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O CONDICIONAMENTO DE TECIDO PERI-
IMPLANTAR NA REABILITAÇÃO ESTÉTICA DE
PRÓTESES UNITÁRIAS SOBRE IMPLANTES:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Peri-implant tissue conditioning in the esthetic rehabilitation of unitary
prostheses on implants: Clinical case report
Acondicionamiento del tejido periimplantario en la rehabilitación
estética de prótesis unitarias sobre implantes: Informe de caso clínico
Richelle Nunes Costa ● Graduanda em Odontologia pela Universidade Federal do
Rio Grande do Norte-UFRN ● E-mail: [email protected]
Liliane Cristina Nogueira Marinho ● Doutoranda em Ciências Odontológicas-
PPGCO/UFRN ● E-mail: [email protected]
Ana Luísa de Barros Pascoal ● Doutora em Ciências Odontológicas-PPGCO/UFRN
● E-mail: [email protected]
Kêiverton Rones Gurgel Paiva ● Doutor em Ciências Odontológicas-PPGCO/UFRN
● E-mail: [email protected]
Wagner Ranier Maciel Dantas ● Professor Associado do Departamento de
Odontologia da UFRN ● E-mail: [email protected]
Bruno César de Vasconcelos Gurgel ● Professor Associado do Departamento de
Odontologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas-
PPGCO/UFRN ● E-mail: [email protected]
Patrícia dos Santos Calderon ● Professora Associado do Departamento de
Odontologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas-
PPGCO/UFRN ● E-mail: [email protected]
Autora correspondente:
Patrícia dos Santos Calderon ● E-mail: [email protected]

Submetido: 22/05/2023
Aprovado: 30/07/2023

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RESUMO

Introdução: A reabilitação protética implantosuportada de espaços edêntulos na

região do sorriso é um desafio para o cirurgião-dentista. Para obtenção da estética em
próteses unitárias sobre implante é necessário considerar aspectos como o correto
posicionamento do implante e sua harmonia com os tecidos moles e duros. Objetivo:
relatar o resultado estético e funcional de um tratamento com auxílio de coroa
provisória associada ao condicionamento gengival na reabilitação final com coroa
unitária implantossuportada. Relato de caso clínico: Paciente MJFA, 36 anos, sexo
feminino, compareceu à clínica de Prótese Dentária do Departamento de
Odontologia/UFRN queixando-se de trauma dentário com perda do elemento
dentário 15 e necessidade de “ficar com sorriso mais bonito”. Após instalação de
implante com conexão cônica e período de osseointegração, foi realizada a confecção
da coroa provisória sobre implante e iniciada sessões de condicionamento gengival
por meio de acréscimos com resina acrílica, utilizando a técnica de pressão gradual
sob a margem gengival. Observou-se uma melhora no tecido periimplantar e um perfil
de emergência adequado. O caso possui proservação de 3 anos. Conclusões: a
realização de condicionamento gengival previamente a prótese final é uma etapa
importante para alcançar uma reabilitação com características estéticas e funcionais
semelhantes à de dentes naturais.

Palavras-Chave: Condicionamento de tecido mole oral. Estética dentária. Implantes

dentários.

ABSTRACT

Introduction: Implant-supported prosthetic rehabilitation of edentulous spaces in the

smile area is a challenge for dental surgeons. To achieve pleasing esthetics in single
implant prostheses it is necessary to consider aspects such as the correct positioning
of the implant and its harmony with the soft and hard tissues. Objective: to report the
esthetic and functional results of a treatment with the aid of a provisional crown
associated with gingival conditioning in the final rehabilitation with a single implant-
supported crown. Clinical case report: Patient MJFA, 36 years old, female, attended
the Prosthodontics clinic of the Department of Dentistry/UFRN complaining of dental
trauma with loss of tooth 15 and the need to “have a more beautiful smile”. After
installing an implant with a conical connection and a period of osseointegration, a
temporary crown was made on the implant and gingival conditioning sessions were
initiated by means of acrylic resin augmentations, using the gradual pressure
technique under the gingival margin. An improvement in the peri-implant tissue and
an adequate emergence profile were observed. The case has a 3-year follow-up period.
Conclusions: performing gingival conditioning prior to the final prosthesis is an
important step in achieving rehabilitation with esthetic and functional characteristics
similar to those of natural teeth.

Keywords: Oral soft tissue conditioning. Dental esthetics. Dental implants.

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RESUMEN

Introducción: La rehabilitación protésica implantosoportada de espacios edéntulos en

el área de la sonrisa es un desafío para el cirujano dentista. Para conseguir una buena
estética en las prótesis unitarias sobre implantes es necesario tener en cuenta aspectos
como el posicionamiento correcto del implante y su armonía con los tejidos blandos y
duros. Objetivo: informar los resultados estéticos y funcionales de un tratamiento con
ayuda de coronas provisionales asociado al acondicionamiento gingival en la
rehabilitación final con corona única implantosoportada. Relato de caso clínico: La
paciente MJFA, 36 años, sexo femenino, se dirigió a la clínica de Prostodoncia del
Departamento de Odontología/UFRN quejándose de un traumatismo dental con
pérdida del diente 15 y de la necesidad de “tener una sonrisa más bonita”. Después de
la colocación de un implante con conexión cónica y de un período de osteointegración,
se realizó una corona provisional sobre el implante y se iniciaron sesiones de
acondicionamiento gingival con aumentos de resina acrílica, utilizando la técnica de
presión gradual bajo el margen gingival. Se observó una mejora del tejido
periimplantario y un perfil de emergencia adecuado. El caso tiene un seguimiento de
3 años. Conclusiones: el acondicionamiento gingival previo a la prótesis definitiva es
una etapa importante para conseguir una rehabilitación con características estéticas y
funcionales similares a las de los dientes naturales.

Palabras clave: Acondicionamiento de tejidos blandos orales. Estética dental.

Implantes dentales.

Introdução
A reabilitação com próteses fixas unitárias sobre implantes osseointegrados é
um procedimento muito indicado na clínica odontológica, apresentando alta taxa de
sobrevida tanto do implante, quanto da restauração protética1. Para uma reabilitação
adequada, procedimentos como adequação do meio bucal, exames de imagem,
enceramentos diagnósticos, montagem de modelos em articulador e até confecção de
guias cirúrgicos podem ser necessários durante a etapa de planejamento².
A obtenção de uma estética satisfatória é um dos maiores desafios na
reabilitação unitária implantossuportada, sendo dependente do quanto a restauração
protética se assemelha a dentição natural e de sua acomodação sob os tecidos moles
periimplantares³. Fatores como a condição desses tecidos, sua manipulação durante o
ato cirúrgico e o correto posicionamento do implante apresentam grande influência na
obtenção da estética. Dessa forma, exames clínicos pré-operatórios e um correto

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planejamento devem ser feitos, assim, obtendo-se um bom prognóstico e resultado
estético ideal4.
Além disso, as restaurações provisórias implantossuportadas configuram-se
como um componente necessário para uma reabilitação implantossuportada bem-
sucedida, sobretudo, nos casos em que a estética é um fator determinante5. A etapa de
restauração provisória tem por finalidade suportar e melhorar a arquitetura
periimplantar, possibilitando a manipulação e manutenção dos tecidos moles. Assim,
manobras clínicas de condicionamento tecidual podem ser realizadas durante essa
fase, visando um perfil de emergência mais harmônico e como consequência, uma
estética mais satisfatória para o tratamento final1,6.
A etapa de condicionamento tecidual, tem seus resultados e importância não
somente no que tange a estética, e por sua vez fatores psicossociais, mas também no
quesito funcional. Tal desenho na arquitetura periimplantar pode ser obtido entre
outras formas pela técnica da pressão gradual, a qual é usada sobretudo em casos de
até dois elementos. Essa técnica consiste na confecção de coroas provisórias que, nas
consultas de retorno, recebem incrementos de resina acrílica de até 1mm de espessura,
as quais geram uma pressão sobre o tecido levando a uma isquemia transitória, que,
com o passar de sessões, resultará na arquitetura desejada7.
Existem alguns requisitos para o condicionamento ocorrer corretamente, sendo
eles: superfície polida; permitir correta higienização da área pelo paciente; espessura
suficiente de tecido para permitir o condicionamento e ausência de ulceração pré e pós
condicionamento. A coroa provisória utilizada, deve, ainda, possuir formato
compatível com a anatomia que se deseja obter para as papilas dentais e
interimplantes7.
Do ponto de vista funcional, o condicionamento tecidual permite uma correta
manutenção dos tecidos ao redor dos implantes e, assim, a obtenção de bons
resultados estéticos para a coroa torna-se mais fácil. A formação de papila é um dos
grandes desafios da implantodontia, pois a irrigação sanguínea é reduzida nessa
região e há um menor número de estruturas de suporte periimplantares em relação ao
periodonto8. Com o uso de técnicas de condicionamento periimplantar, o ganho em
altura e espessura da papila também tornam-se resultados esperados9, dessa forma,

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melhorando não apenas estética, mas também fonação, redução na impacção de
alimentos e facilitando a higienização10.
Sendo assim, é clara a relevância do condicionamento tecidual no planejamento
e resultados de reabilitações. Logo, o objetivo desse estudo é relatar o resultado final
obtido no condicionamento de tecido periimplantar usando coroa provisória, com a
técnica da pressão gradual, em uma reabilitação final com coroa unitária
implantossuportada.

Revisão de literatura
No planejamento cirúrgico para instalação de coroas implantossuportadas em
áreas de relevância estética, a localização na qual o implante será colocado é de grande
importância. O posicionamento desse pode ser definido com mais segurança quando
se faz uso do planejamento reverso, no qual a posição do implante é definida a partir
do posicionamento da restauração protética. A localização do contorno dentogengival
e posição vestibulo-lingual do implante são variáveis que são definidas a partir da
posição da restauração provisória. Além disso, a distância entre o implante e dentes
adjacentes também deve ser considerada, devendo ser mantida uma distância de
1,5mm entre esses2.
O posicionamento tridimensional do implante tem influência nas dimensões
ósseas ao redor deste, logo, no resultado estético dos tecidos moles. Além da distância
entre implante e dentes vizinhos, a distância entre implante e a crista óssea vestibular
e plataforma do implante e margem gengival também devem ser consideradas, sendo
respectivamente 2mm e 3-4mm. Quando tais distâncias, como a implante-crista óssea
vestibular não são preservadas, problemas como recessões teciduais e ausência da
formação de papila podem ocorrer11, dessa forma, prejudicando o resultado estético e
funcional final.
A análise do biótipo periodontal (BP), previamente ao tratamento reabilitador,
também é de suma importância. Parâmetros como arquitetura óssea, tecido mole,
dimensões coronárias e relações interproximais classificam o biótipo periodontal em
três tipos: fino, que apresenta estreita faixa de mucosa ceratinizada, gengiva
clinicamente delicada e fina e osso alveolar relativamente fino; intermediário, que

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apresenta gengiva fibrosa e espessa e estreita faixa de mucosa ceratinizada; e, por fim,
espesso, que possui ampla faixa de mucosa ceratinizada e gengiva com aspecto fibroso
e espesso. Devido a tais diferenças, cada biótipo responde de forma diferente frente ao
tratamento reabilitador, a exemplo disso tem-se a formação de papilas adjacentes ao
implante. Enquanto no biótipo espesso tem-se melhor cicatrização e formação de
papila, biótipos do tipo fino tem maior dificuldade na formação de papila, além de
serem fortemente relacionados com casos de recessão gengival, que podem, por sua
vez, levar ao insucesso do tratamento12.
Estudos realizados mostram que as principais queixas feitas por pacientes
portadores de próteses sobre implantes estavam relacionadas e falta de comunicação
entre o paciente e o cirurgião-dentista, sobretudo em relação às possíveis complicações
trans e pós-operatórias13. Dessa forma, não apenas em Implantodontia e reabilitação
oral, como também em todos os tratamentos realizados em Odontologia, se faz
necessário conhecer as expectativas do paciente em relação ao tratamento, sempre
comunicando riscos, benefícios e alternativas14.
Para alcançar resultados mais estéticos, técnicas de condicionamento tecidual
periimplantar podem ser aplicadas. Tais técnicas tem por objetivo melhorar a
arquitetura dos tecidos, alcançando melhor formação de papila e um adequado perfil
de emergência para a acomodação coroa protética9. Dessa forma, o condicionamento
apresenta-se como uma conduta clínica que deve fazer parte do planejamento de
próteses parciais fixas implantossuportadas, para otimizar o sucesso estético e
funcional do tratamento reabilitador15.
Na literatura, é possível encontrar estudos que demonstram a obtenção do
condicionamento tecidual utilizando coroas provisórias. Alguns autores descrevem
três técnicas para obter-se condicionamento tecidual, sendo elas a pressão gradual
sobre tecidos usando a restauração provisória, a escarificação, que modela o tecido
com brocas diamantadas, e a eletrocirurgia, a qual faz uso de pontas de eletrobisturi,
sendo, portanto, traumática15. Dente essas, a técnica da pressão gradual é a
considerada mais simples, segura, não invasiva, reversível e de baixo custo, dentre
outras vantagens, também se mostra com resultados satisfatórios em reabilitações
implantossuportadas1.

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Estudos realizados também mostram que o uso de implantes com provisórios
imediatos com uma coroa implantossuportada reestabelecem de forma instantânea a
função e a estética ao paciente, impedindo perda de arquitetura e aspectos favoráveis
dos tecidos moles16 Logo, percebe-se a importância do uso de tal técnica para um bom
resultado final.

Relato de caso
Paciente MJFA, sexo feminino, melanoderma, 36 anos de idade compareceu à
Clínica de Prótese Dentária do Departamento de Odontologia da UFRN -
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, relatando ter sofrido trauma dentário
com perda do elemento dentário 15 e como queixa principal a necessidade de “ficar
com sorriso mais bonito”.
Na situação inicial, é possível observar que, apesar de ser um dente posterior,
por a paciente apresentar um corredor bucal amplo, a ausência acaba sendo aparente
no sorriso. Dessa forma, causando prejuízo estético e funcional a mesma (Figura 1).

Figura 1. A) Observa-se diferença de continuidade no corredor bucal do lado da

ausência para o lado homologo; B e C) Ausência do elemento 15 por vestibular e
oclusal. Natal/RN, 2023.

Após exame clínico e adequação do meio bucal, foi realizada moldagem da

arcada superior com alginato e obtenção de modelo de gesso tipo IV para confecção
de guia multifuncional mucossuportada. Nesse guia, o espaço edêntulo referente ao
elemento 15 foi ocupado por um dente de estoque, com dimensões e cor semelhante a
dentição natural da paciente, e com auxílio de uma broca esférica foi realizada uma
perfuração na região de cíngulo deste, a qual foi em seguida preenchida com guta-
percha, e a paciente encaminhada para realização de tomografia computadorizada de
feixe cônico.

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Com auxílio do guia multifuncional, foi realizada a instalação do implante de
conexão interna Cone Morse (CM) nas dimensões de 3,75x13mm (Neodent). Esse, por
não atingir torque de 45N, recebeu um parafuso de cobertura, sendo, portanto, de
carga tardia. Após o período de osseointegração, um novo procedimento cirúrgico foi
realizado para instalação do cicatrizador (Neodent), o qual foi instalado na altura de
3,5mm, assim coincidindo com a altura da mucosa e favorecendo ainda mais o
resultado estético.
Após 21 dias de cicatrização tecidual, um componente protético pré-fabricado
em titânio foi instalado, sendo do tipo munhão universal não angulado nas dimensões
de 4,5x6mm e transmucoso com altura de 2,5mm (Neodent). Após isso, foi iniciado o
processo de reabilitação provisória e, por sua vez, as sessões de condicionamento de
tecido periimplantar. (Figura 2)

Figura 2. A e B) Posicionamento do munhão universal por vestibular e oclusal; C)

aspecto do primeiro provisório sendo ajustado para conferir pontos de contato
proximais. Natal/RN, 2023.

As sessões de condicionamento tecidual foram realizadas usando a técnica da

pressão gradual. Acréscimos de resina acrílica de cor semelhante ao provisório e aos
dentes naturais da paciente, foram feitos pela técnica de Nealon colocados sobre a
superfície da coroa provisória. Com isso, era esperado se observar uma compressão
da mucosa periimplantar, causando uma isquemia transitória de até 5 minutos após a
coroa ser colocada em posição. Acréscimos e desgastes de resina acrílica foram feitos,
e por fim, a coroa provisória recebia acabamento e polimento e era cimentado.
As sessões de condicionamento tecidual seguiram até atingir um nível
considerado satisfatório em relação à estética do tecido periimplantar, ou após não
apresentar progressão em relação as sessões anteriores. Neste caso, o processo de

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condicionamento foi realizado em 5 sessões, com intervalo de 15 dias cada, totalizando
cerca de 3 meses de condicionamento tecidual. (Figura 3)

Figura 3. A) Técnica de Nealon; B) Provisória em posição. Observar compressão

isquêmica do tecido; C) Polimento da provisória; D) Aspecto da coroa provisória final;
E e F) Aspecto dos tecidos periimplantares após condicionamento tecidual. Natal/RN,
2023.
Concluída a etapa de condicionamento dos tecidos periimplantares, iniciou-se
o processo de instalação das coroas cerâmicas livres de metal. Uma vez que o perfil de
emergência foi modificado durante a fase de condicionamento tecidual, a coroa final
deve manter os tecidos periimplantares na posição alcançada. Dessa forma, o
transferente do componente protético foi individualizado com o auxílio de pote
dappen, alginato e componente homólogo do munhão universal (Neodent) (Figura 4).
Em seguida, realizou-se o procedimento de moldagem com silicone de adição (Express
XT 3M) utilizando a técnica da moldagem em tempo único, inserindo o material fluido
em torno do transferente e o pesado diretamente na moldeira. Após presa do material
e desinfecção do molde com hipoclorito de sódio 1% foi inserido o análogo de munhão
universal.

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Figura 4. A e B) Personalização do transferente de moldagem para munhão universal.

Natal/RN, 2023.

Por fim, a coroa definitiva foi confeccionada em cerâmica pura e cimentada

utilizando cimento adesivo autocondicionante (RelyX U200, 3M), sendo possível
observar a adaptação da restauração sobre o tecido periimplantar e a manutenção da
arquitetura tecidual esteticamente satisfatória, alcançada com o condicionamento
tecidual. O caso tem proservação de 3 anos, a paciente comparece periodicamente à
clínica de Prótese Dentária da UFRN para exame clínico e radiográfico de rotina, sendo
observado que no tempo decorrido, o condicionamento obtido continua sendo eficaz,
proporcionando bons resultados estéticos. (Figura 5)

Figura 5. A e B) Aspecto após instalação de coroa definitiva. Observar perfil de

emergência adequado; C) Controle após 2 anos; D) Controle após 3 anos. Natal/RN,
2023.

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Conclusões
A técnica do condicionamento tecidual periimplantar pela pressão gradual com
provisórios mostrou-se bastante satisfatória, apesar de apresentar uma demanda de
tempo clínico prolongado. Esse tempo clínico é compensado por seus resultados
satisfatórios, sobretudo por se tratar de um procedimento simples de ser realizado, de
baixo custo, minimamente invasivo, reversível e que modela o tecido sem necessidade
de desgastes.
Além disso, o resultado se mostrou duradouro e eficaz na manutenção não
somente da estética, mas também da função dos tecidos moles periimplantares. Dessa
forma, evidenciando a importância de se inserir o condicionamento tecidual na etapa
de planejamento e execução de reabilitações unitárias implantossuportadas em áreas
de exigência estética.

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