Nino o Menino de Saturno Livrarias Degustacao

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Nino, o Menino

de Saturno

Eis as capas dos livros, onde conto as aventuras


dos meninos que habitam os planetas do Sistema Solar.
Contei também a do Menino da Lua, o único que vive em um satélite.
Em 2018 completei a série com as histórias dos meninos de Júpiter,
Netuno e Plutão. A última que escrevi foi mesmo a de Plutão,
porque este planeta é o símbolo do recomeço.
Foi bom estarmos juntos até aqui.
E já vou logo começar a fazer uma outra série.
Ziraldo

ISBN 978-85-8155-100-5

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Nino,
o Menino de Saturno

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Para Isaque, Eunice, Debora e Gabriel Em respeito ao meio ambiente, as folhas
deste livro foram produzidas com fibras
obtidas de árvores de florestas plantadas,
com origem certificada.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Ziraldo
Nino, o menino de Saturno / Ziraldo ; [ilustrações
do autor] ; com a colaboração do pintor Paulo Vieira. - São Paulo:
Melhoramentos Livrarias, 2018.

ISBN 978-85-8155-100-5

1. Literatura infantojuvenil I. Vieira, Paulo. II. Título.

18-15620 CDD 028.5


Índices para catálogo sistemático:
1. Literatura infantil 028.5
2. Literatura infantojuvenil 028.5
Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

Ziraldo nasceu em Caratinga, Minas Gerais, em 1932.


Começou sua carreira nos anos 1950 em jornais e revistas
como Jornal do Brasil, O Cruzeiro e Folha de Minas. Minas
Autor de livros infantis, ilustrador e cartunista, Ziraldo
tem suas obras traduzidas para diversos idiomas, entre eles
inglês, espanhol, alemão, francês e italiano. Seu maior sucesso, O
Menino Maluquinho,, com mais de 120 edições e 3,5 milhões de
exemplares, tornou-se um ícone da literatura infantil brasileira.

Obra conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

Ilustrações do autor
com a colaboração do pintor Paulo Vieira
Finalização digital: Victor Moura

©Ziraldo Alves Pinto

Direitos de publicação:
©2018 Melhoramentos de São Paulo Livrarias Ltda.
Todos os direitos reservados.

1.ª edição, abril de 2018


ISBN: 978-85-8155-100-5

Atendimento ao consumidor:
[email protected]

Impresso no Brasil no Parque Gráfico da Editora FTD S.A.


CNPJ: 61.186.490/0016-33

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Autor e Obra

Z iraldo Alves Pinto (1932-) é pintor, dramaturgo, cronista,


jornalista e cartunista brasileiro. Desde criança, tem uma for
te ligação com desenhos e começou pintando as paredes do quarto.
Apaixonado por histórias em quadrinhos, foi assim que aprendeu a fazer
for-

aquilo que chama de “desenhos narrativos”, ou seja, desenhos que estão


contando uma história. É o inventor do famoso personagem Menino
Maluquinho e, com seus trabalhos de literatura infantil, já visitou inú
inú-
meras escolas pelo Brasil. Foi um dos fundadores do jornal de contracul
contracul-
tura O Pasquim (1969) e formou-se em Direito, na UFMG, em 1957.
Saturno compõe a série de livros “Meninos dos
Nino, o menino de Saturno,
Planetas”, que contam as aventuras dos meninos que habitam cada um
dos planetas do Sistema Solar e a Lua. Nesse livro, acompanhamos o
menino Nino, que adora deslizar com sua prancha de surfe pelo espaço
e pelos anéis coloridos de seu planeta, Saturno. Mas, de repente, ele
percebe que os anéis perderam a cor. O que poderia ter acontecido?
Depois de surfar chateado e escutar o conselho de outro menino
do espaço, Nino parte para a Terra em busca de uma solução para esse
mistério. Nessa busca, Ziraldo apresenta aos seus leitores a riqueza da
criação de grandes pintores, como Picasso, Van Gogh, Pollock, Matisse
e Miró. E fala da importância de imaginarmos e sermos capazes de criar
nossas próprias cores.

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E sta é a lenda
de um menino
de nome Saturnino.
Todos, porém,
o chamavam Nino.

N
Ele vivia voando
pelo Espaço
ino achava
na sua prancha de surfe,
muito bom
deslizando sobre o tapete
viver no planeta
feito de cor e cristais
que era o mais bonito
dos anéis de seu planeta.
entre os que giram
Ele era de Saturno.
em torno do Sol.
Ele era um menino
muito corajoso
e todos os habitantes
de Saturno diziam
que o Nino tinha
um jeito de herói
feito para viver
grandes aventuras.

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E contam que
ele gostava
de ficar solto no Espaço,
bem quietinho,
de pé sobre sua prancha,
a contemplar, de longe,
a beleza colorida
dos anéis de Saturno
(sua pista de surfe).

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H ouve um momento
no Tempo
– no Tempo e no Espaço –
em que, sem nenhuma explicação,
uma coisa muito estranha
aconteceu a Saturno:
o planeta amanheceu
sem as cores de seus anéis,
sem o seu velho crepúsculo,
sem sua aurora boreal.

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T odo o povo
de Saturno
não conseguia entender
o que havia acontecido.
Quem poderia saber?
Quem é que pode explicar
os mistérios do Universo?

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A costumado a surfar
sobre as cores
dos anéis de seu planeta,
Nino sentiu como
N ino ficou muito,
muito triste,
pois, quando o girar de Saturno
faz com que seus anéis
se lhe houvessem sejam vistos como um mar
arrancado um pedaço: se perdendo no horizonte,
um menino aqui da Terra Nino adorava surfar
de quem tivessem roubado sobre sua superfície,
suas ondas do mar. vendo as cores desfilarem
velozes sob seus pés.

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A partir da metade
do planeta
– no equador de Saturno –
Nino olhava os anéis N ino não conseguia
imaginar
e via como suas cores como seria viver
fabricavam a aurora sem as cores dos anéis
das manhãs de primavera que enfeitavam sua vida,
ou o crepúsculo multicor que davam sentido a ela
dos fins das tardes e à vida de todo mundo
de outono. que habitava Saturno.

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C ontam que, um dia,
vagando pelo Espaço,
muito desolado e triste
– com saudades de suas cores –
Nino ouviu,
sem saber de onde vinha,
uma voz que lhe dizia:
“As cores não existem!”
Nino voltou-se para saber
de quem era
a misteriosa voz e viu,
vindo em sua direção,
um outro menino
– que surgiu no Espaço
como uma aparição –
deslizando em uma prancha
bem mais veloz que a sua,
de muito longe ele vinha.

Nino só fez perguntar:


“Quem é você?”

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E o menino respondeu:
“Sou o Espírito da Lenda,
aquele que anima e guia
o herói de todas as histórias”.
E, com um jeito que o fazia parecer
mais vivido do que o Nino
– pois os que habitam o Espaço
contam o tempo a seu modo –
o misterioso menino
falou como quem insiste:
“As cores não existem!”

E continuou:
“Somos nós,
meu caro Nino,
que inventamos as cores,
E disse o novo amigo:
“Em algum lugar do Espaço
há seres mágicos, meu caro,
que só existem – isto sim – que convivem com a luz
em cada raio que ilumina o Universo.
do Sol que nos ilumina. São os garimpeiros do Sol,
Nós as criamos, apenas, que, no fundo dessa luz,
para enfeitar mais ainda acham pepitas de cor
nossa alegria de ver”. (como as de ouro que existem
E Nino, então, perguntou: na funda areia dos rios).
“Como é que posso buscar, Só eles é que podem
nos raios que do Sol emanam, atender o seu pedido.
as cores de que preciso Você tem o Espaço inteiro
para reviver o brilho para procurar por eles”.
dos anéis de meu planeta?”

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“Vá! Trate de encontrar
esses seres, caro amigo;
são eles que vão revelar-lhe
o segredo que guardam das cores
e mostrar pra você
como podem recolorir
os anéis de seu planeta.
Vá! Essa é a sua missão!”
Contam que, na mesma hora,
Nino, rápido, obedeceu
a ordem recebida:
a de partir, velozmente,
pelo Espaço Infinito
em busca das suas cores,
como faz um navegador
partindo para vencer
as bravas ondas do mar,
na procura da sua Ilha do Tesouro.

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D epois de muito voar,
sem medir tempo ou distância,
Nino chegou a um planeta
que não parecia nada
com os outros que encantaram
seus olhos de viajante
na paisagem do Céu.
Era, visto assim de longe,
um planeta todo azul,
mas diferente dos outros,
pois, de perto, de pertinho,
tinha todas as cores
que o Sol sabe inventar.
De repente, Nino ouviu
a voz do seu novo amigo,
que outra vez lhe apareceu
sem nenhuma explicação.
E o amigo lhe dizia,
com firmeza e exatidão:
“Você chegou ao seu destino”.

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E m uma manobra rápida,
Nino pousou sua prancha
na superfície colorida
do planeta encontrado.
Olhou em frente,
e eram cores;
para os lados, e eram cores;
por todo lado eram cores
como nunca havia visto
no solo do seu planeta.
E pareciam dizer-lhe:

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“Você vai encontrar aqui
os guardiões dos segredos
e dos mistérios das cores.
Eles falam com o Sol e sabem,
como sábios alquimistas,
transformar a luz em ouro.
São eles os seres mágicos
que, com as suas poções
– de ouro virado em cor –
vão colorir, novamente,
os muitos anéis de Saturno”.

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