ESG - Porque Sair Do Empírico e Ir Ao Mensurável - Instituto Brasileiro de Sustentabilidade

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ESG – Porque sair do empírico e ir ao mensurável

 Luiz Otávio Goi Junior(https://inbs.com.br/author/luizgoi/)


 10/12/2021(https://inbs.com.br/2021/12/10/)

Falar sobre temas voltados a sustentabilidade e ESG (https://inbs.com.br/esg-porque-sair-do-


empirico-e-ir-ao-mensuravel/) tem sido uma missão demasiadamente fácil para todos os
tipos de público. Desde a disseminação do termo “Desenvolvimento Sustentável”, vemos
diversos materiais, artigos e notícias, comentando sobre a importância das medidas que
atendam os pilares ambiental, social e econômicos. Poucos anos atrás, fomos atingidos por
mais uma onda chamada de ESG (https://inbs.com.br/esg-porque-sair-do-empirico-e-ir-ao-
mensuravel/), que também tem diversos tipos de publicações voltadas a questões
ambientais, sociais e de governança corporativa.

A facilidade com a qual podemos entender quais são os pilares da sigla, se assemelha com a
facilidade de sabemos da importância de realizar ações para minimizar nossos impactos e
riscos ao planeta, porém, esta facilidade é um paradoxo quando relacionado a inserção de
métricas para controle e monitoramento desses mesmos temas.

Em pesquisas realizadas pela ABERJE (Associação brasileira de comunicação empresarial),


95% das empresas informaram que entendem que o ESG (https://inbs.com.br/esg-porque-
sair-do-empirico-e-ir-ao-mensuravel/) é importante e se preocupam com a sua realização,
porém em contrapartida, em outra pesquisa conduzida pela XP investimentos, 61% das
empresas mencionaram saber pouco ou quase nada sobre as questões relacionadas ao
tema ou como estabelecer essas agendas.

Os números pesquisados demonstram a proporção de interesse por parte das empresas em


tomar atitudes relacionadas ao ESG (https://inbs.com.br/esg-porque-sair-do-empirico-e-ir-ao-
mensuravel/), porém, a falta de métricas transversais dificultam o seu entendimento,
aumentando assim a complexidade para a saída da inercia em direção a ação.

Para alterar esse quadro, se faz necessário o estabelecimento de meios de medida claros e
que realmente atendam os temas mais importantes para implementação, monitoramento e
controle das agendas:

1. Estabelecer a materialidade: O termo materialidade surgiu no mercado financeiro, sob a


breve descrição de “temas que preocupam o investidor”. Um pouco diferente disso, na
sustentabilidade e ESG (https://inbs.com.br/esg-porque-sair-do-empirico-e-ir-ao-
mensuravel/), a materialidade é considerada como “Limiar a partir do qual um tema
passa a ser suficientemente expressivo para ser relatado” (GRI, 2015). A partir dessa
prerrogativa da Global Reporting Initiative, podemos entender que a materialidade é a
base para entendermos quais os pontos que devemos considerar importantes para
serem monitorados, controlados e desenvolvidas ações para minimizar seus impactos.
O estabelecimento dessa materialidade deve ser realizado em conjunto com
stakeholders e organização, afim de que todas as partes interessadas realmente
possam levantar informações sobre todos os temas considerados importantes.

2. Medição, monitoramento, controle e relato da materialidade: Os temas materiais, para


que sejam realmente monitorados corretamente, precisam seguir alguns critérios
básicos de referência, a fim de que tenham relevância para os públicos envolvidos com
a atividade da organização e também para servir como tomada de decisão para a alta
administração. Nesse contexto a GRI estabelece princípios básicos para que um tema
material seja devidamente controlado, são eles: comparabilidade (é necessário que a
metodologia de monitoramento do tema seja possível comparar com outros períodos,
outras organizações), Exatidão (as informações utilizadas devem ter o máximo de
precisão possível), Clareza (os temas precisam ser claros e de pleno entendimento de
todas as partes interessadas) e confiabilidade (esses temas precisam ser informados de
forma confiável, com uma avaliação de terceira parte, por exemplo).

3. Métricas: Estabelecidos os temas materiais e as bases de monitoramento e relato, as


métricas devem ser estabelecidas através de metas para os temas conhecidas como
SMART (Específica, mensurável, atingível, relevante e temporal). Essas métricas
devem ser consideradas sempre como ferramenta de gestão e servir de base para
análise crítica da alta administração da organização. Um exemplo importante de ser
utilizado é uma empresa que utiliza agua em seu processo produtivo: Essa empresa,
tem o consumo de água como tema material e por isso, precisa estabelecer métricas de
controle e monitoramento para esse fator, onde deve ser especificado conforme abaixo:

Compromisso: Reduzir em 50% o consumo de água no processo produtivo até 2035

Fator material: Consumo de recurso natural – água

Medição: Consumo em M³ de água (Trimestre atual x Trimestre anterior)


Redução: Meta de redução do consumo em 4% ao ano (e pequenas medições de 1% a cada
3 meses para monitoramento).

Como vemos nesse exemplo, temos estabelecida uma métrica de medição, controle e
gestão de um tema material através de um compromisso e de metas estabelecidas, onde
temos todos os fatores SMART presentes para controlar e direcionar o atendimento da meta,
além de poder servir como ferramenta de decisão estratégica.

Como vimos, a transição do ESG (https://inbs.com.br/esg-porque-sair-do-empirico-e-ir-ao-


mensuravel/) de uma percepção empírica para uma medida, nos auxilia no controle de ações
e também na confiabilidade das ações perante os stakeholders. Empresas que utilizam de
métricas ESG (https://inbs.com.br/esg-porque-sair-do-empirico-e-ir-ao-mensuravel/)
conforme princípios básicos de relato do GRI, tem maior confiança do investidor e também
oferecem mais transparência de seu interesse pelas agendas.

Falar sobre sustentabilidade e ESG (https://inbs.com.br/esg-porque-sair-do-empirico-e-ir-ao-


mensuravel/) pode hoje ser um assunto fácil de falar e difícil de cumprir, porém, em alguns
anos, quando estivermos com uma maturidade de medição dos temas gerais bem
desenvolvida na sociedade como um todo, será muito mais simples para o investidor
entender quem de fato está olhando para seus temas materiais e agindo em direção do
desenvolvimento sustentável.

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