Mecânica Aplicada

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MECÂNICA APLICADA

PROF. RAFAEL CASTRO


MECÂNICA APLICADA

Bombas Compressores Ventiladores Sopradores Moto-Redutores


MAQUINAS OPERATRIZES
MÁQUINAS OPERATRIZES:
✓Transferem potência a um escoamento de fluido (injetam energia ao fluido).
✓Exemplos: bombas, compressores e ventiladores.

TIPO DE FLUIDO:
Para líquidos (fluidos incompressíveis) são usadas bombas.
Para gases:
✓ventiladores (baixa queda de pressão)
✓sopradores (queda de pressão de 1 atm)
✓compressores (alto gradiente de pressão)
BOMBAS
 São Máquinas Hidráulicas Operatrizes, isto é, máquinas que recebem
energia potencial (força motriz de um motor ou turbina), e
transformam parte desta potência em energia cinética (movimento) e
energia de pressão (força), cedendo estas duas energias ao uído
bombeado, de forma a recirculá-lo ou transportá-lo de um ponto a
outro.
 Dois grandes grupos:

Bombas Centrífugas (centrifugas , fluxo axial, fluxo misto e


periféricas);
Bombas Volumétricas, também conhecidas como de
deslocamento positivo (Pistão, Embolo, Diafragma,
Engrenagens, Lóbulos, Parafusos e Palhetas deslizantes).
BOMBAS
 BOMBAS CENTRÍFUGAS
✓ Transforma energia cinética (devido a rotação de um
impelidor) em carga de pressão.
✓ A conversão da energia cinética em pressão ocorre
através do escoamento do fluido em uma região de área
crescente.
a) ROTOR: - Órgão móvel que fornece energia ao fluido. - É
responsável pela formação de uma depressão no seu
centro para aspirar o fluido e de uma sobrepressão na
periferia para recalcá-lo.
b) DIFUSOR OU VOLUTA: - Canal de seção crescente que
recebe o fluido vindo do rotor e o encaminha à
tubulação de recalque. - Possui seção crescente no
sentido do escoamento com o fim de transformar
energia cinética em energia de pressão.
BOMBAS: CLASSIFICAÇÃO QUANTO A TRAJETÓRIA DO FLUIDO
 a) BOMBA CENTRÍFUGA: - O fluido entra no rotor na
direção axial e sai na direção radial. - Caracteriza-se pelo
recalque de pequenas vazões a grandes alturas.

 b) BOMBA AXIAL: - O fluido entra no rotor na direção axial


e sai também na direção axial. - Caracteriza-se pelo
recalque de grandes vazões a pequenas alturas.

 c) BOMBA DE FLUXO MISTO: - O fluido entra no rotor na


direção axial e sai numa direção intermediária entre a
axial e a radial. - Caracteriza-se pelo recalque de médias
vazões a médias alturas.
BOMBAS: CLASSIFICAÇÃO QUANTO A PRESSÃO DESENVOLVIDA

 a) Bomba de BAIXA PRESSÃO Altura Manométrica (Hm) 15 m.

 b) Bomba de MÉDIA PRESSÃO 15 < Altura Manométrica (Hm) < 50 m.

 c) Bomba de ALTA PRESSÃO Altura Manométrica (Hm) 50 m.


BOMBAS: CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE ROTORES

 a) BOMBA DE SIMPLES ESTÁGIO OU MONO -ESTÁGIO: -


A bomba possui um único rotor dentro da carcaça. -
Normalmente altura manométrica (Hm) < 100 metros.
 b) BOMBA DE MÚLTIPLO ESTÁGIO OU MULTICELULAR: -
A bomba possui DOIS ou MAIS rotores dentro da
carcaça. - É o resultado da associação de rotores em
SÉRIE dentro da carcaça. - Essa associação permite a
elevação do líquido a alturas maiores do que 100
metros, sendo o rotor radial ou diagonal usado para tal
associação. - Muito usada para poços profundos de
água ou de petróleo ou para alimentação de caldeiras
com pressões superiores a 250 kgf/cm 2 (2.500 m).
BOMBAS: MODOS DE MONTAGEM
 Normalmente, para aumentar a altura de bombeamento, os
projetistas de sistemas hidráulicos preferem utilizar duas bombas
centrífugas radiais puras, funcionando em conjunto e em série. A
opção pelas duas bombas centrífugas deve-se ao fato de que, por
sua simplicidade de construção, elas têm menor custo de aquisição
e uma manutenção mais simples, apesar de, na maioria vezes,
esse método apresentar um consumo de energia elétrica maior do
que se fosse utilizada uma única bomba de múltiplo estágio.
 Quando se elabora um projeto de instalação hidráulica para
aumentar a vazão do sistema, é comum optar pela utilização de
duas bombas centrífugas radiais puras de simples estágio
funcionando em conjunto e em paralelo. Essa opção costuma ser a
preferida pelos projetistas de sistemas hidráulicos, devido ao
menor custo das bombas e à facilidade de sua manutenção. Apesar
das vantagens que a opção pelas duas bombas apresenta, é
necessário levar em conta que elas consomem mais energia
elétrica que uma bomba centrífuga radial de sucção dupla.
BOMBAS: CLASSIFICAÇÃO QUANTO A POSIÇÃO DE TRABALHO
 a) BOMBA DE EIXO HORIZONTAL: - É a concepção  b) BOMBA DE EIXO VERTICAL: - Usada na extração de
construtiva mais comum. água de poços profundos (Bomba Submersa).
BOMBAS: CLASSIFICAÇÃO AO TIPO DE ROTOR

 a) Rotor ABERTO: - Usado para bombas de pequenas


dimensões. - Possui pequena resistência estrutural e
baixo rendimento. - Dificulta o entupimento, devendo
ser usado para bombeamento de líquidos SUJOS.
 b) Rotor FECHADO: - Usado para bombeamento de
líquidos LIMPOS. - Possui dois discos com as palhetas
fixas em ambos. - Evita a recirculação da água (retorno
da água a boca de sucção). - As perdas de água são
menores (maior rendimento). - É o tipo mais usado.
 c) Rotor SEMI-ABERTO ou SEMI-FECHADO: - Possui
apenas um disco onde são afixadas as palhetas. -
Dificulta o entupimento, devendo ser usado para
bombeamento de líquidos SUJOS.
BOMBAS: CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA POSIÇÃO EM RELAÇÃO AO
NÍVEL DE ÁGUA.

 a) Bomba de SUCÇÃO POSITIVA: - O eixo


da bomba situa-se acima do N.A. . (nível
da água) do reservatório de sucção (é a
situação que mais ocorre, em
instalações de bombeamento para
irrigação).
 b) Bomba de SUCÇÃO NEGATIVA OU
AFOGADA: - O eixo da bomba situa-se
abaixo do N.A. do reservatório. - Deve
ser utilizada, sempre que possível. -
Evita a CAVITAÇÃO
BOMBAS

 BOMBAS VOLUMETRICAS

Também chamada de Deslocamento Positivo;


A movimentação do fluído é causada diretamente pela ação do
órgão de impulsão da bomba que obriga o fluído a executar o
mesmo movimento a que está sujeito este impulsor (êmbolo,
engrenagens, lóbulos, palhetas). Dividem-se em:
- Êmbolo ou Alternativas - Pistão, diafragma, membrada;
- Rotativas - Engrenagens, lóbulos, palhetas, helicoidais, fusos,
parafusos).
CUIDADOS NAS INSTALAÇÕES DE BOMBEAMENTO

 a) O conjunto motobomba deve ser instalado em local seco, ventilado, protegido da chuva e de fácil acesso para manutenção;
 b) A fundação sobre qual se apoiará o conjunto motobomba deve ser bem firme e nivelada, de modo que permita um correto alinhamento, e
evite as trepidações;
 c) A altura de sucção deve ser mínima possível. Devem-se evitar peças especiais ou curvas desnecessárias na tubulação de sucção, para
diminuir as perdas de carga;
 d) Tubulação de sucção:
Deve ser a mais reta e curta possível;
Deve apresentar uma inclinação ascendente para a bomba, sem pontos altos;
Deve ser isenta de entrada de ar;
Deve-se instalar válvula de pé e crivo, no seu início, para facilitar o escorvamento e evitar a entrada de corpos estranhos;
Diâmetro imediatamente acima do usado no recalque (V < 1,5 m/s).
CUIDADOS NAS INSTALAÇÕES DE BOMBEAMENTO
 e) As tubulações de sucção e recalque devem ter suportes próprios e próximos à bomba, não
devem apoiar sobre a bomba;
 f) Deve-se instalar na tubulação de recalque:
Válvula de retenção:
✓ Evitar o refluxo;
✓ Impedir que a coluna líquida fique pressionando a bomba;
✓ “By – Pass” (facilita a escorva).
Registro de gaveta:
✓ Fechamento lento;
✓ É necessário fechar o registro, antes de ligar e de parar o motor;
✓ Não deixar o registro fechado por mais de 5 minutos.
Manômetro (com registro).

 g) Ler o manual do fabricante (lubrificação, etc.);


 h) A motobomba somente deve ser ligada, após verificar se ela está escorvada.
BOMBAS
 CAVITAÇÃO EM BOMBAS
✓ Como qualquer outro líquido, a água também tem a propriedade de
vaporizar-se em determinadas condições de temperatura e pressão.
✓ Quando a pressão varia, a temperatura de ebulição também varia.
✓ Fenômeno da Cavitação.
✓ Fenômeno que decorre da ebulição da água no interior dos condutos,
quando as condições de pressão caem a valores inferiores a pressão
de vaporização.
✓ Formam-se bolhas de vapor prejudiciais ao funcionamento bomba,
caso a pressão do líquido na linha de sucção caia abaixo da pressão
de vapor originando bolsas de ar que são arrastadas pelo fluxo.
✓ Características: ruídos e vibrações característicos e quanto maior for
a bomba, maiores serão estes efeitos. Além de provocar o desgaste
progressivo até a deformação irreversível dos rotores e das paredes
internas da bomba.
✓ Nas bombas a cavitação geralmente ocorre por altura inadequada da
sucção (problema geométrico), por velocidades de escoamento
excessivas (problema hidráulico) ou por escorvamento incorreto
(problema operacional).
BOMBAS

 Para o funcionamento da bomba é necessário que a carcaça esteja completamente cheia do líquido a ser
bombeado e, portanto, é imprescindível que o rotor permaneça submerso no líquido.
“Não pode existir ar no compartimento onde está instalado o rotor, dentro da carcaça da bomba, porque o ar cria uma
resistência física à passagem do líquido”.
BOMBAS

 O mais importante a observar é a diferença de conceitos que está embutida no princípio de funcionamento das
bombas descritas.
 Bomba volumétrica é aquela em que a energia é fornecida ao líquido já sob a forma de pressão; essa pressão é
causada diretamente pela movimentação do dispositivo mecânico de impulsão da bomba (pistão, rotor, lóbulo,
parafuso de rotação), que ao diminuir o volume interno da câmara de compressão, da bomba, faz com que o
líquido se movimente.
 Já na bomba centrífuga, a energia fornecida ao líquido é na forma de velocidade em seu deslocamento,
posteriormente ela é convertida em energia de pressão que eleva a água à altura desejada. A vazão a ser
bombeada depende das características de projeto da bomba.
BOMBAS

 MANUTENÇÃO (COMPONTENS)

✓ LUVAS PROTETORAS DE EIXO, que tem a função de proteger o eixo da bomba, sendo fixada por chavetas, no
entanto, nem todas as bombas possuem luvas protetoras
✓ SISTEMA DE VEDAÇÃO
✓ Vedação por gaxeta, tem a função de evita a passagem de água do interior da carcaça para os componentes do eixo e a entrada de ar
para a carcaça, sendo elas resistentes ao calor e ao atrito, no entanto, elas nunca vendam totalmente, sempre a uma tolerância de 30 a
60 gotejamentos por minuto. O que pode danificar a gaxeta é um aperto excessivo da mesma, a gaxeta danificada aumenta o consumo
de energia.
✓ Vedação por selo mecânico, O selo mecânico tem como principal função evitar totalmente o vazamento de água na bomba. O uso do
selo mecânico, pela absoluta impossibilidade de ocorrer vazamento, é válido quando o fluido a ser bombeado é um combustível como
álcool e a gasolina, entre outros, ou quando a pressão na entrada da caixa de gaxeta for superior a 155mca (cento e cinqüenta e cinco
metros de coluna de água).
BOMBAS
BOMBAS

✓ MANCAL
✓ Mancal de Rolamento.
✓ Mancal de Deslizamento

✓ Lubrificação do Mancal
A lubrificação do mancal, de rolamento ou deslizamento, além de propiciar outros benefícios, tem os seguintes objetivos:
• reduzir o atrito entre o eixo e o mancal;
• auxiliar na dissipação do calor gerado pelo atrito produzido;
• proteger o mancal contra corrosão.
OBS:
O fabricante da bomba ou o do rolamento sempre indica o intervalo de tempo entre cada lubrificação. Obedecer aos critérios para escolha de
lubrificante e seu intervalo de substituição reduz consumo de energia. Além disso aumenta a vida útil da bomba.
Quanto maior o atrito entre o eixo e o mancal, maior será a força que o motor terá de mover e maior o consumo de energia elétrica.
BOMBAS

✓ ANEIS DE DESGASTES

Os anéis fazem a separação entre regiões onde imperam as


pressões de descarga e sucção, Os anéis são peças de
pequeno custo e que evitam o desgaste do rotor e a carcaça.
Bombas comuns para serviços leves, não possuem anéis de
desgaste. A própria carcaça e o rotor possuem superfícies
ajustadas de tal forma que a folga entre essas peças é
pequena. Quando a folga aumenta, pode-se reusinar o rotor
ou a carcaça e colocar anéis.
O anel de desgaste necessita de sua substituição
periodicamente. Esses intervalos devem estar previstos no
plano de manutenção, constante do catálogo técnico do
fabricante da bomba.
BOMBAS
✓ ACOMPLAMENTOS
✓ RIGIDO, não permite movimento relativo entre os eixos, funciona como um flange e passa a operar como um único eixo
✓ FLEXIVEL, permite um pequeno movimento relativo, no entanto, não permite desalinhamento, podendo causar esforços, prejudicando
os mancais e causar uma falha no equipamento.
BOMBAS
 MANUTENÇÃO
 seguir um plano de manutenção preventiva;
 realizar tarefas de lubrificação;
 substituir gaxetas;
 realizar escorva.

Antes de Realizar a manutenção em uma bomba avaliar os seguintes pontos de segurança


• a alimentação elétrica deverá estar sempre isolada, com a chave elétrica do quadro elétrico da bomba desligada e travada com cadeado,
para que ninguém, inadvertidamente, ligue a bomba durante uma operação de desmontagem para substituição de qualquer componente
da bomba;
• a bomba deve estar isolada do sistema e a pressão precisa ser aliviada antes da desmontagem, da remoção dos bujões, ou da
desconexão da tubulação da canalização;
• no caso de necessidade de remover a bomba do local, deve-se utilizar equipamentos adequados de içamento e apoio, para evitar
ferimentos graves; • caso a bomba trabalhe com algum produto tóxico ou nocivo à saúde, os procedimentos adequados de
descontaminação devem ser observados; • as regras de segurança da empresa devem ser conhecidas e obedecidas à risca;
BOMBAS
 MANUTENÇÃO
✓ Rotinas de manutenção Um bom plano de manutenção prevê verificações mensais, trimestrais, semestrais e anuais, das quais pode-se destacar:
• lubrificação do mancal;
• monitoração do selo;
• análise de vibração;
• pressão de descarga;
• monitoração da temperatura.
✓ Inspeções de rotina As inspeções a serem feitas rotineiramente devem incluir os itens a seguir:
• verificação do nível e da condição do óleo, por meio do visor no alojamento do mancal;
• verificação da presença de ruído, vibração e temperaturas anormais do mancal.
• inspeção da bomba e das tubulações quanto à presença de vazamentos
• verificação de vazamento da caixa de gaxetas:
• engaxetamento: a existência de vazamento excessivo requer ajustagem ou possível troca do engaxetamento.
• verificação de vazamento no selo mecânico: não deve haver nenhum;
• medições de corrente e tensão elétrica do motor elétrico.
BOMBAS
✓ Inspeções mensais As inspeções mensais devem verificar:
• a temperatura dos mancais;
• o intervalo de lubrificação dos mancais.
✓ Inspeções trimestrais
Durante as inspeções trimestrais é necessário controlar os itens a seguir:
• verificação do aperto da base e dos parafusos de fixação;
• inspeção do engaxetamento, se a bomba foi deixada sem funcionar. Deve ser trocado, se for necessário;
• troca de óleo a cada três meses ou com mais freqüência se existem condições atmosféricas adversas ou outras condições que possam
contaminar ou deteriorar o óleo. O manual técnico do fabricante da bomba deverá ser consultado;
• medir a resistência de isolação elétrica do motor;
• inspeção do painel elétrico, verificando principalmente o rele de nível e as proteções elétricas.
✓ Inspeções anuais
• As inspeções anuais devem verificar a capacidade, pressão e potência da bomba. Caso o desempenho da bomba não atenda aos requisitos
de processamento, ela deve ser desmontada e inspecionada. As peças desgastadas devem ser trocadas.
BOMBAS
 Manutenção
✓ Manutenção de mancais lubrificados com óleo
O que é necessário saber é que as propriedades originais dos
lubrificantes deterioram-se em virtude do uso. Além disso, todos
os lubrificantes sofrem contaminação durante o serviço, motivo
pelo qual devem ser completados e trocados regularmente.
✓ Manutenção de mancais lubrificados com graxa
Os mancais lubrificados com graxa são pré-lubrificados na
fábrica. Em relação a esse tipo de mancal, Engraxar novamente
os mancais a cada 2.000 horas de operação, ou a cada 3
meses, ou conforme orientação do manual técnico do fabricante
da bomba.
BOMBAS
✓ Caixa de Gaxetas
As gaxetas sofrem desgaste natural durante o funcionamento da bomba e devem ser substituídas.
• com o motor e a pressão desligados, a gaxeta velha deve ser retirada com um saca-gaxeta. Deve-se ter o
cuidado para não danificar o eixo (ou luva protetora do eixo);
• limpar a câmara da caixa de gaxetas;
• examinar o estado do eixo ou da luva protetora, que deverá ser substituído caso apresente sulcos ou
rugosidade.
OBS: A luva protetora do eixo poderá ser reusinada até um diâmetro de 1mm, em valores superiores a esse
deverá ser substituída.
• escolher o tamanho certo da gaxeta, determinando a seção transversal correta pela fórmula:
𝐵−𝐴
Seção transversal = 2

• Para determinar a quantidade correta de anéis, deve-se medir a profundidade dividindo-a pela seção
transversal, ou seja:
𝑃𝑅𝑂𝐹𝑈𝑁𝐷𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸
Número de anéis = 𝑆𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙
BOMBAS: EXEMPLO 1

 Um condomínio, denominado Jardim das Rosas, constituído de um prédio residencial de cinco andares, num total
de dez apartamentos, tem em seu sistema hidráulico uma bomba centrífuga que eleva água da caixa inferior até a
caixa superior, na laje do 5º andar. Devido ao excessivo tempo de uso, a bomba está com os custos de manutenção
muito elevados e precisa ser substituída.

 O síndico, que sempre tenta manter o consumo de energia e os custos de manutenção do edifício dentro de
padrões aceitáveis, ficou muito contente quando ganhou de um dos condôminos uma bomba alternativa de
êmbolo. Mas, como ele não entende muito do assunto, deseja saber se será possível utilizá-la na substituição da
antiga bomba centrífuga, mantendo a mesma eficiência energética e operacional.
BOMBAS: EXEMPLO 1 RESOLUÇÃO

 Até o momento, com as informações apresentadas, é possível perceber que a bomba alternativa de êmbolo pode
até elevar água da caixa d’água inferior para a caixa d’água superior do prédio. Mas lendo as informações com
atenção, você viu que como essas bombas fornecem pequenas vazões (a altas pressões) sua utilização não é
recomendada, pois esse tipo de bomba não possui de fornecer a vazão de água necessária para a caixa de água
superior, na mesma velocidade em que os moradores a estarão consumindo.
 Assim, o melhor conselho que poderia ser dado ao síndico é o de que ele deve substituir a bomba de elevação de
água do condomínio por outra bomba centrífuga, no mínimo, com as mesmas características da atual.
BOMBAS: EXEMPLO 2

 O síndico do condomínio Jardim das Rosas foi informado por uma empresa de manutenção condominial que a
bomba deve ter, sempre que necessário, o nível de seu óleo lubrificante completado e substituído após algum
tempo de funcionamento. Essa empresa também disse ao síndico que a bomba deve apresentar, quando em
funcionamento, um pequeno e constante gotejamento de água na sua parte traseira, junto ao seu eixo de
interligação com o motor elétrico.
 O síndico está em dúvida se estas providências são mesmo necessárias, pois ele imagina que a bomba, uma vez
funcionando, não necessitará mais de óleo lubrificante e que é um desperdício deixar um gotejamento de água
constante.
 Levando em conta a relação custo-benefício, oriunda da lubrificação e do gotejamento de água durante o
funcionamento da bomba, diga se o síndico está com razão em questionar esse desperdício.
BOMBAS: EXEMPLO 2 RESOLUÇÃO

 A melhor solução que você poderá dar ao síndico até este momento é recomendar que ele deve manter o nível de
óleo nos mancais de rolamentos, pois, se o nível ficar abaixo do normal, isso resultará em lubrificação inadequada
e desgastes prematuros. Com relação à substituição do óleo lubrificante, informe que, segundo o manual do
fabricante, o óleo lubrificante deve ser trocado após um determinado tempo de uso.

 O desgaste do mancal, além de levar à sua quebra, exigirá maiores potências para manter a bomba em
funcionamento e uma maior potência necessita de um maior consumo de energia.

 O gotejamento na parte traseira da bomba, junto ao eixo, refere-se à caixa de gaxetas. Estas devem permitir que
haja um vazamento mínimo da ordem 30 a 60 gotas por minuto para possibilitar a lubrificação do eixo com a água
e auxiliar a manter as gaxetas com a temperatura adequada. Portanto, mostre ao síndico que estes procedimentos
não são desperdícios.
BOMBAS: EXEMPLO 3

 A bomba, que será substituída no Condomínio Jardim das Rosas, apresentou durante o seu período de
funcionamento um estranho ruído de areia sendo movimentada dentro de sua carcaça.
 O mecânico (encanador) contratado para fazer o serviço de manutenção da rede hidráulica do prédio havia
informado que esse ruído era normal.
 Esse mesmo mecânico havia instalado um registro tipo globo na tubulação de sucção, pouco antes da entrada da
bomba e informou ao síndico que isso era muito bom, pois assim ele podia controlar a vazão de água com mais
precisão. O mecânico estava equivocado.
 Responda: onde ele cometeu o erro? E por quê?
BOMBAS: EXEMPLO 3 RESOLUÇÃO

 O mecânico (encanador) acabou cometendo vários erros que, provavelmente, serviram para diminuir a vida útil da
bomba:
A válvula globo instalada antes da bomba aumentou a perda de carga na linha de sucção, o que fez diminuir, ainda
mais, a pressão na entrada da bomba, causando cavitação, o que gera um barulho semelhante ao de areia
movimentando-se dentro da bomba.
O conselho que pode ser dado ao síndico é que retire a válvula globo da tubulação de sucção, ao refazer a instalação
de sucção. Dessa forma, será possível ter certeza que não haverá cavitação na nova bomba a ser adquirida.
COMPRESSORES

 A introdução, de forma mais generalizada, da pneumática na indústria,


começou com a necessidade, cada vez maior, de automatização e
racionalização dos processos de trabalho. Hoje, o ar comprimido tornou-se
indispensável, e nos mais diferentes ramos industriais instalam-se aparelhos
pneumáticos.

 Pressão
 Pressão é a força por unidade de área. P = F/A
Façamos agora, um exercício numérico para mostrar como se calcula a pressão. • Aplica-se
uma força de 8N perpendicularmente a uma superfície de área A igual a 0,004 m². Calcule a
pressão exercida por F sobre A.
COMPRESSORES
 Conforme as necessidades fabris em relação à pressão de trabalho e ao volume, serão empregados compressores
de diversos tipos de construção.
COMPRESSORES: ÊMBOLO COM MOVIMENTO LINEAR

 Compressor de êmbolo:
 Atualmente, o compressor de êmbolo com movimento linear é o
mais usado. Ele é apropriado não só para compressão a pressões
baixas e médias, mas também para altas pressões. O campo de
pressão varia de um bar até milhares de bar.
 Para a compressão a pressões mais elevadas são necessários
compressores de vários estágios.

 Compressor de membrana (diafragma)


 Este tipo pertence ao grupo dos compressores de êmbolo com
movimento linear. Mediante uma membrana, o êmbolo fica
separado da câmara de sucção e compressão, quer dizer, o ar
não terá contato com as partes deslizantes. O ar, portanto, ficará
sempre livre de resíduos de óleo.
COMPRESSORES: ÊMBOLO ROTATIVO
 Compressor rotativo multicelular
 Em um compartimento cilíndrico, com aberturas de entrada e
saída, gira um rotor alojado excentricamente. O rotor tem nos
rasgos palhetas que, em conjunto com a parede, formam
pequenos compartimentos (células). Quando em rotação, as
palhetas serão, pela força centrífuga, apertadas contra a parede.
Devido à excentricidade de localização do rotor, há uma
diminuição e um aumento das células.

 Compressor helicoidal de dois eixos (duplo parafuso)


 Neste tipo de compressor existem dois parafusos helicoidais, os
quais, por terem perfis côncavo e convexo, comprimem o ar que se
movimenta axialmente.

 Compressor Root
 Nestes compressores o ar é transportado de um lado para o outro,
sem alteração de volume. A compressão efetua-se no lado da
descarga, ou seja, lado de alta pressão pelos cantos dos êmbolos.
COMPRESSORES: TURBO COMPRESSOR

 Estes compressores trabalham segundo o princípio


de fluxo e são adequados para o fornecimento de
grandes vazões. Os turbocompressores são
construídos em duas versões: axial e radial. Em
ambas as versões, o ar é colocado em movimento
por uma ou mais turbinas, e a energia de
movimento gerada é então transformada em
energia de pressão.
COMPRESSORES

 Diagrama de Volume e
pressão fornecidos
No diagrama a seguir estão
indicadas as capacidades,
em quantidade aspirada e
pressão alcançada, para
cada modelo de compressor.
COMPRESSORES

Os componentes dos compressores de ar devem


ser sempre verificados quanto a seu estado de
conservação, drenagem, regulagem e limpeza, pois
isto garante um funcionamento seguro e eficiente.
COMPRESSORES: LUBRIFICAÇÃO
A lubrificação do compressor tem por finalidade reduzir o atrito entre as peças móveis em contato, diminuindo o
desgaste e esfriando o compressor. Em compressores de pistão, as partes a serem lubrificadas são: conjunto biela-
manivela e seus respectivos mancais, bronzinas, pinos e camisas dos cilindros.
Há dois tipos de lubrificação: por salpico e forçada. Na lubrificação por salpico, o virabrequim, ao girar, faz com que a
biela mergulhe no óleo lubrificante armazenado no cárter do compressor, salpicando óleo nas peças móveis. Na
lubrificação forçada, uma bomba é acionada pelo eixo do compressor e pressuriza óleo lubrificante nas partes móveis
do mesmo.
Em qualquer tipo de lubrificação deve-se usar, no cárter do compressor, óleo específico para compressores, ou seja,
óleo mineral não-detergente com inibidores de oxidação ferrugem e com viscosidade SAE 30.
 OBS:
 Em compressores com lubrificação forçada usam-se pressostatos de óleo como dispositivos de segurança. Assim, caso haja queda de
pressão de lubrificação, o pressostato desliga o compressor.
 Em compressores com lubrificação por salpico, deve-se verificar o nível de óleo diariamente, o que é feito por meio de visores
apropriados.
COMPRESSORES: VAZAMENTOS

 Qualquer sistema de ar comprimido apresenta vazamento ao longo do seu funcionamento, em maior ou menor
escala. Mesmo instalações novas podem apresentar índices de vazamentos de 10% ou mais.
 OBS: Não somente ocorrem vazamentos na rede de ar comprimido propriamente dita, como nos próprios equipamentos consumidores.

 A seguir, são apresentadas algumas medidas com as quais estes vazamentos podem ser minimizados.
• Colocação de válvulas solenóides na entrada do ar comprimido do equipamento. Desligando-se o equipamento, a válvula solenóide é
fechada, eliminando uma fonte de vazamentos. É claro que esta medida não exclui a necessidade de manutenção do equipamento, que é
necessária para reduzir os vazamentos durante a operação do mesmo.
• Desligar o compressor de ar à noite, quando não há produção, pois neste período o compressor trabalha somente para cobrir perdas por
vazamento.
OBS: A maneira mais simples de detecção de vazamentos em tubulações de ar comprimido consiste em passar água com sabão ao longo
das mesmas, marcando os pontos de formação de bolhas, para posterior correção pela manutenção. Por meio de campanhas internas pode
ser institucionalizado o uso de marcadores (fitas, adesivos), os quais são afixadas em pontos de vazamentos detectados pelos funcionários,
para posterior correções pela manutenção.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO
 O ar comprimido produzido por compressores de deslocamento positivo deve ser armazenado em reservatórios ou vasos
de pressão.
 O reservatório serve para estabilizar a distribuição do ar comprimido. Ele elimina as oscilações de pressão na rede
distribuidora e garante uma reserva de ar quando houver, momentaneamente, alto consumo. Além disso, a grande
superfície interna do reservatório refrigera parcialmente os ares suplementares, separando, assim, uma parte da umidade
do ar.
 Quanto ao dimensionamento, em regra geral, a capacidade do reservatório é calculada para conter, no mínimo, um
décimo da produção efetiva de ar do compressor.
 Observe, a seguir, a fórmula para calcular a capacidade de um reservatório.
V = Q/10
 Onde: V = volume do reservatório em m³ Q = produção efetiva em m³/min

 OBS: Periodicamente o reservatório deve passar por um teste hidrostático (teste de resistência à pressão de projeto), a fim
de verificar o estado da sua estrutura.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO

 Um reservatório bem projetado deve conter:


• dreno de água;
• registro para descarga de ar;
• tampas de inspeção que facilitem a limpeza periódica;
• registro geral para abertura e fechamento do ar;
• manômetro para verificar a pressão do ar;
• termômetro para medir a temperatura do ar;
• válvula de segurança;
• válvula de retenção;
• pressostato para compressores que trabalham em regime intermitente;
• válvula piloto;
• válvula de descarga para compressores que trabalham em regime contínuo.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO

 Dreno de água
 O vapor de água no ar comprimido, em contato com a superfície interna fria do reservatório, se condensa e volta ao estado líquido, acumulando-se
no fundo do tanque. Por meio do dreno de água, é possível retirar esse condensado do reservatório evitando, desse modo, a redução da
capacidade de armazenagem.

 Registro para descarga de ar


 Trata-se de um registro rosqueado no reservatório. Esse registro serve para descarregar o ar comprimido do tanque na atmosfera, quando houver
necessidade de manutenção de algum acessório do reservatório.

 Tampa de inspeção
 Normalmente os reservatórios de grande porte possuem uma tampa parafusada na lateral. Isso possibilita a inspeção e a limpeza periódica do
interior do tanque. Antes da tampa ser retirada, é necessário que o operador descarregue todo o ar comprimido do reservatório, pela válvula de
descarga de ar.

 Registro geral
 O registro geral é conhecido também como válvula de fechamento. É utilizado quando se faz necessária a manutenção de algum componente
localizado na rede de distribuição de ar comprimido. Em algumas situações é preciso que o ar já comprimido não seja totalmente descarregado.
Nesse caso, fecha-se o registro geral até que o defeito da linha de distribuição seja reparado.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO
 Manômetro
 Manômetro é um instrumento empregado na hidráulica e na pneumática para medir pressão. O manômetro rosqueado no reservatório
serve para medir a pressão do ar comprimido no seu interior e auxilia na regulagem da válvula de segurança, do pressostato e da
válvula piloto.

 Termômetro
 O termômetro é utilizado em alguns reservatórios para medir a temperatura do ar comprimido. Indica quando é necessário instalar um
resfriador na saída do ar que alimenta a rede de distribuição.

 Válvula de retenção
 A válvula de retenção serve para evitar que o ar do reservatório volte ao compressor quando ele estiver trabalhando em vazio (regime
contínuo) ou quando ele parar (regime intermitente). Isso acontece toda vez que a pressão do ar comprimido no tanque atinge o limite
máximo de trabalho.

 Válvula de retenção
 A válvula de retenção serve para evitar que o ar do reservatório volte ao compressor quando ele estiver trabalhando em vazio (regime
contínuo) ou quando ele parar (regime intermitente). Isso acontece toda vez que a pressão do ar comprimido no tanque atinge o limite
máximo de trabalho.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO
 Válvula de segurança
 A válvula de segurança é um componente de vital importância no
reservatório. Ela evita a explosão do tanque, não permitindo que a
pressão do ar comprimido ultrapasse o limite máximo suportado pela
chapa. A válvula de segurança deve ser calibrada sempre abaixo da
pressão máxima permitida para o trabalho do compressor e do
reservatório de ar comprimido

 Pressostato
 O pressostato é um dispositivo eletropneumático que serve para ligar
e desligar o motor elétrico de acionamento do compressor em
períodos sucessivos. Esses períodos são determinados em função da
produção e do consumo de ar comprimido. Uma vez regulado, o
pressostato trabalha automaticamente. Sua regulagem é diferencial:
máxima e mínima.
 A regulagem máxima serve para desligar o compressor quando a
pressão máxima for atingida.
 A regulagem mínima serve para ligar o compressor quando o consumo
de ar provocar uma queda de pressão.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO

 Válvula piloto  Válvula de descarga


 A válvula piloto determina a pressão máxima de trabalho  A válvula de descarga, como o próprio nome diz, serve para
requerido na rede de distribuição de ar comprimido. Uma vez descarregar a produção de ar do compressor. Isto é feito toda a
atingida essa pressão, previamente regulada, a válvula piloto vez que a pressão do ar comprimido no reservatório ultrapassar
permite a passagem do ar que irá pilotar a válvula de descarga a pressão de regulagem da válvula piloto. A válvula de descarga
do compressor. trabalha acionada pela válvula piloto.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO

 O reservatório serve para a estabilização da distribuição do ar comprimido. Ele elimina as oscilações de pressão na
rede distribuidora e, quando há momentaneamente alto consumo de ar, funciona como uma garantia de reserva. A
grande superfície do reservatório refrigera o ar suplementar. Por isso ocorre diretamente no reservatório a
transformação de uma parte da umidade do ar em água.
 O tamanho do reservatório de ar comprimido depende de:
• volume fornecido;
• consumo de ar;
• rede distribuidora (volume suplementar);
• tipo de regulagem;
• diferença de pressão desejada na rede.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO
 A seguir, calcularemos o volume de um
reservatório quando a regulagem é
intermitente, determinado mediante o
diagrama a seguir.
 Exemplos:

 Consumo Q = 20m³

 Interrupções/h Z = 20

 Diferença de pressão Δp = 1,0bar

 Volume do reservatório Vβ = ?
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: PREVENTIVA (PROCEDIMENTOS)

 Trocar o óleo do cárter do compressor após o primeiro mês de operação. Empregar óleo mineral de boa qualidade
ou, na falta deste, usar óleo SAE 30. As trocas posteriores poderão ser realizadas trimestralmente, ou de acordo
com as especificações técnicas estabelecidas pelo fabricante.
 Verificar semanalmente o nível do óleo de lubrificação e testar o funcionamento da válvula de segurança.

 Limpar semanalmente o compressor. O acúmulo de óleo e de sujeira forma uma camada isolante que prejudica a
dissipação normal de calor. Isto, além de prejudicar a eficiência da máquina, pode danificar o compressor e
provocar incêndios.
 Remover e limpar o filtro de admissão uma vez por mês, ou mais frequentemente, ainda dependendo das
condições do ambiente. Limpar o elemento filtrante com um jato de ar comprimido seco e sem óleo, no sentido
contrário ao fluxo de passagem do ar de admissão, isto é, de dentro para fora. Trocar o elemento filtrante pelo
menos três vezes ao ano.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: PREVENTIVA (PROCEDIMENTOS)

 Drenar o reservatório diariamente e de preferência pela manhã. O acúmulo de água no reservatório, além de
reduzir sua capacidade, provoca corrosão interna.
 Verificar periodicamente se há vazamentos nas juntas, válvulas, conexões e tubulações, para evitar perdas de ar.

 Verificar as juntas do cárter, para evitar perdas de óleo lubrificante.

 Observar periodicamente a fixação das serpentinas resfriadoras, para evitar que, trabalhando soltas, sejam
quebradas pela vibração.
 Verificar temporariamente a tensão das correias. Se elas não forem esticadas corretamente ou tiverem
comprimentos diferentes, poderão provocar vibrações prejudiciais ao equipamento.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA

 Temperatura elevada Na compressão, o ar é aquecido e provoca um ligeiro aquecimento no compressor. Porém,


quando for constatada uma temperatura alta no compressor, isso pode ser causado por:
• falta de óleo no cárter;
• travamento ou sujeira nas válvulas de admissão ou recalque;
• falta de ventilação;
• sujeira ou excesso de tinta nos cabeçotes e cilindros do compressor;
• viscosidade excessiva do óleo do cárter, fora das especificações do fabricante;
• sujeira no filtro de ar de admissão, causando entupimento.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA

 Barulho excessivo Ao ser notado barulho excessivo, como batidas anormais no conjunto compressor, observar com
atenção se isto está sendo provocado por:
• pistão ou cilindro carbonizados, isto é, com crostas de carvão;
• desgaste ou folga excessiva nos pinos e bronzinas do conjunto biela-pistão;
• folga nos mancais principais ou nas buchas do eixo de manivelas (virabrequim);
• assentos das válvulas de admissão e recalque defeituosos provocando vibrações;
• volante de acionamento solto;
• rolamentos do compressor ou do motor elétrico de acionamento, danificado.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA

 Irregularidades no regime de trabalho Em compressores que trabalham em regime intermitente, é preciso observar se os
períodos de funcionamento são muito longos, e as paradas muito rápidas. Esta irregularidade poderá ser causada por:
• entupimento do filtro de ar de admissão;
• excesso de tinta ou sujeira depositada sobre os cilindros;
• vazamento de ar na rede de distribuição;
• travamento, defeito ou sujeira no assento das válvulas;
• excesso de água acumulada no reservatório de ar reduzindo sua capacidade de armazenamento;
• regulagem incorreta ou vazamento de ar no diafragma do pressostato;
• rotação incorreta do motor elétrico de acionamento ou correias patinando;
• dimensionamento inadequado (muito pequeno) do reservatório de ar comprimido;
• consumo de ar acima do normal devido a ampliações não previstas na época da instalação do compressor.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA

 Consumo excessivo de óleo lubrificante Quando o compressor apresenta consumo excessivo de óleo lubrificante, o
problema pode ser causado por:
• sujeira ou entupimento do filtro de ar de admissão;
• pontos de vazamento de óleo lubrificante;
• desgastes ou rupturas dos anéis de segmento dos êmbolos dos cilindros;
• viscosidade do óleo abaixo das especificações do manual de serviço do compressor;
• conjunto compressor instalado fora do nível.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA

 Presença de óleo no ar comprimido A presença de partículas de óleo lubrificante no ar comprimido pode ser
acusada por:
• restrição no filtro de admissão de ar do compressor;
• excesso de óleo lubrificante no cárter do compressor;
• baixa viscosidade do óleo lubrificante, fora das especificações do manual de serviço do compressor.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA

 Desgaste excessivo das correias O desgaste prematuro das correias de acionamento do compressor pode ser
causado por:
• polia do motor elétrico de acionamento desalinhado em relação ao volante do compressor;
• tensão excessiva ou insuficiente das correias;
• oscilação da polia do motor ou do compressor devido a desgastes de chavetas, furos ou virabrequim;
• deformação dos canais em “V” da polia do motor ou do compressor.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA

 Temperatura elevada do ar comprimido A alta temperatura do ar comprimido na saída do compressor pode ser
provocada por:
• excesso de tinta ou sujeira acumulada nas serpentinas dos resfriadores;
• ventilação precária dos resfriadores devido à instalação do compressor muito próximo à parede;
• sujeira ou entupimento do filtro de admissão de ar;
• inversão do sentido de rotação do volante do compressor, provocando uma ventilação inadequada das serpentinas.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA

 Irregularidade no comando elétrico Quando os fusíveis se queimam repetidamente ou a chave elétrica de proteção
do motor se desliga com frequência, isto pode ser causado por:
• fusíveis dimensionados para uma corrente elétrica menor que a corrente normal de trabalho do motor;
• sobrecarga do motor elétrico devido a ajuste incorreto dos rolamentos cônicos do compressor.
MANUTENÇÃO: EXEMPLO 1

 Em uma indústria cimenteira, após desmontar e realizar inspeção de rotina em uma linha de ar comprimido, o
mecânico de manutenção percebeu a presença de impurezas em determinados pontos desta linha. Baseado nesta
informação e analisando as vantagens e desvantagens do ar comprimido, descreva a etapa que causou o
problema.
MANUTENÇÃO: EXEMPLO 1 RESOLUÇÃO

 A presença de impurezas em linhas de ar comprimido se dá por deficiência de filtragem e secagem do ar captado


(preparação do ar comprimido). Para correção deste problema surgido, será necessária a troca do elemento
filtrante (acessório responsável pela eliminação das impurezas do ar captado).
MANUTENÇÃO: EXEMPLO 2

 Após o compressor desligar pela regulagem do pressostato de alta, o operador percebeu que a pressão de
regulagem estava acima da pressão lida no manômetro instalado junto ao tanque do compressor. Identifique quais
as ações que deverão ser tomadas para solucionar este desafio.
MANUTENÇÃO: EXEMPLO RESOLUÇÃO

 O operador deverá comunicar o ocorrido ao pessoal da manutenção que avaliará se houve obstrução da válvula de
descarga ou da linha de descarga. Caso esteja tudo bem, deverá mandar o manômetro para a calibração ou trocá-
lo se necessário.
MANUTENÇÃO: EXEMPLO 3

 Durante o processo de drenagem verificou-se excesso de óleo lubrificante no condensado. O operador apontou em
relatório (O.S.) o ocorrido, e enviou para que o pessoal de manutenção realizasse a devida manutenção corretiva.
Liste as possíveis causas e soluções para o problema.
MANUTENÇÃO: EXEMPLO RESOLUÇÃO

As possíveis causas para o problema descrito neste desafio podem ser:


• lubrificante incorreto;
• folga do conjunto (pistão/cilindro);
• superaquecimento do conjunto
MANUTENÇÃO: EXEMPLO 4

Foi observado em uma unidade de ar comprimido, que após o desligamento do motor elétrico pelo pressostato, o ar
estava escapando (refluxo) pelo filtro de ar de admissão. Faça o diagnóstico desta situação e aponte a solução para o
problema. Cite as principais causas para o aparecimento de depósitos de carvão em cabeçotes de compressores de
deslocamento positivo (pistão).
MANUTENÇÃO: EXEMPLO RESOLUÇÃO

No primeiro item do desafio foi observado o refluxo do ar comprimido no filtro de ar. Este tipo de defeito deve-se a
problemas na placa de válvulas (válvula de descarga sem retenção). Antes de trocar a placa de válvula e sua
guarnição, devemos avaliar se o problema de origem está na própria placa ou surgiu devido a fatores diversos, como:
falta de lubrificante ou lubrificante inadequado, filtro de ar saturado ou ausência do mesmo, deixando passar poeiras
e sujidades para o interior da câmara de compressão, ar de admissão com temperatura superior ao permitido,
sistemas de ventilação do cabeçote inoperante, temperatura do ar da casa de máquinas acima da especificada em
projeto.
No segundo item do desafio, podemos citar como principal causa do aparecimento de depósito de carvão em
cabeçotes a alta temperatura na câmara de compressão, provocada por desgaste mecânico, alta temperatura do ar na
admissão, lubrificante inadequado, sistema de arrefecimento do cabeçote inoperante.
VENTILADORES

 O ventilador é uma máquina que tem como função levar gás de um local para outro. É utilizado, por exemplo, para
trazer uma quantidade de ar novo para um ambiente, para retirar os gases do escapamento dos automóveis em
uma garagem, para retirar a fumaça de uma cozinha etc.
 O ar pode ser empurrado para dentro do ambiente ou pode ser puxado para fora do ambiente e o equipamento que
vai realizar esta tarefa é o mesmo, mudando de nome conforme a situação.
 Quando o ar é empurrado, chamamos o equipamento de ventilador, quando o ar é puxado chamamos de exaustor.
VENTILADORES

 TIPOS DE VENTILADORES

 Existem basicamente dois tipos de ventiladores: o axial e o radial. O ventilador do tipo axial é aquele cuja pá lembra
uma hélice. Trata-se de um tipo muito comum de pá, presente naquele modelo que temos em casa ou até mesmo
no exaustor de uma cozinha.
VENTILADORES: AXIAIS

 A configuração A corresponde a ventiladores geralmente instalados em paredes, para uso como exaustor ou
ventilador.
 A configuração B mostra um conjunto hélice-motor montado em um trecho de duto circular e que permite
acoplamento com outros dutos.
 Na configuração C, para melhorar o rendimento, as aletas fixas posteriores têm a finalidade de direcionar o
movimento espiralado do ar na saída da hélice para um movimento retilíneo ao longo do duto.
VENTILADORES: RADIAL
 O ventilador do tipo radial também é conhecido como centrífugo devido ao fato de aspirar o ar pelo centro. As pás
são distribuídas radialmente formando um rotor parecido com um cilindro. O fluxo se dá radialmente do centro para
fora do conjunto, ou seja, opera da mesma maneira que uma bomba centrífuga para líquidos.
 O rotor gira dentro de uma carenagem especial que dirige o fluxo para uma única saída.

 O motor, que não está indicado na figura, é montado na parte externa e o acionamento pode ser direto ou por meio
de correias.
VENTILADORES
 COMPONENTES MECÂNICOS DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO
Qualquer conjunto mecânico possui partes fixas e móveis. Por exemplo, um ventilador radial possui a parte fixa, que é o caracol e a parte
móvel, que é o rotor. Observe a ilustração a seguir.
VENTILADORES

 COMPONENTES MECÂNICOS DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO

Os componentes da parte mecânica, que permitem a transmissão de potência por meio do movimento, têm impacto
no consumo de energia elétrica. Vamos, então, estudar esses componentes, que são:
• eixo;
• rolamentos;
• buchas;
• polias e correias.
VENTILADORES

 EIXO

Para que o ar seja deslocado é preciso que o rotor gire sem raspar as paredes internas do caracol. Para isto, é
necessário que o eixo tenha dois pontos de apoio. O eixo transmitirá o movimento e a potência do motor elétrico.
 MANCAIS
 Os mancais têm duas funções:
 Posicionar o eixo
 Permitir seu giro com pouco desgaste.
 As funções dos mancais são realizadas de duas maneiras, com a utilização de:
 rolamentos;
 buchas.
VENTILADORES
 Rolamentos
 O funcionamento do rolamento é baseado no movimento das esferas. Imagine um sanduíche formado por duas placas com o recheio de
esferas. Se puxarmos uma placa, as esferas giram enquanto a outra placa fica parada.

 Lubrificação dos mancais de rolamento

 No caso dos mancais de ventiladores, o método de lubrificação mais comum é a utilização de graxa, que deve ser
específica para rolamentos.
 Dependendo do tipo de mancal, a graxa é aplicada diretamente sobre o rolamento com um pincel. Em outros,
utiliza-se a engraxadeira, que é uma espécie de seringa de injeção que se encaixa num bico semelhante a uma
válvula de pneu, permitindo empurrar a graxa nova, enquanto a velha sai por um furo.
VENTILADORES

 BUCHAS
 As buchas são usadas em ventiladores pequenos, em que é difícil instalar um rolamento, além de dispendioso. Muitas vezes são
encontradas junto ao motor elétrico. Apresentam algumas vantagens, como maior resistência a choques e à poeira e sua função é
desgastar antes do eixo, porque seu material é mais macio que o do eixo.
 A substituição das buchas devem ocorrer quando são ouvidos sons agudos estranhos ao funcionamento do ventilador. Nesta condição,
a bucha apresenta problemas de lubrificação.
VENTILADORES

CORREIAS E POLIAS
 A transmissão do movimento em exaustores industriais se dá por meio de um acoplamento composto por polias e
correias. No caso da ventilação, a correia utilizada é conhecida como em V devido ao seu formato. A polia é feita de
metal e tem um formato que permite o encaixe da correia.
VENTILADORES
 ALINHAMENTOS DE CORREIAS E POLIAS

 Utilizando um procedimento simples, que é o de colocar uma


régua de maneira a ter quatro pontos de contato.
 Outra maneira de verificar o paralelismo e o alinhamento das
polias, é usando um fio.
 A quatro tipos possíveis de desalinhamentos, conforme na
figura a seguir
VENTILADORES
 CORREIAS E POLIAS
 A folga da correia .
 Este problema pode ser identificado pelo barulho agudo durante a partida do ventilador, pois a correia não consegue abraçar a polia do
motor e escorrega. Outra maneira de identificar o problema é observando o movimento da correia, pois quando existe folga excessiva a
correia fica pulando no ar.
 A correção deste problema é feita durante o alinhamento da correia por meio de uma referência prática, que pode ser chamada de teste
de aperto. Este consiste em empurrar a correia no centro, entre as duas polias, a fim de verificar se o deslocamento é do tamanho da
altura da correia, algo próximo de 2,5 centímetros.
 Para que uma correia funcione adequadamente é necessário, também, que ela esteja corretamente tensionada.
EXEMPLO 1

Eric, um profissional da equipe do serviço de manutenção de uma indústria farmacêutica, tem como tarefa sugerir
ações que levem à redução do consumo de energia dos ventiladores do sistema de ventilação instalado na
respectiva planta industrial. Tendo esta missão em mente, após estudar este capítulo com atenção, responda: de
que maneira os componentes da parte mecânica do ventilador causam aumento do consumo de energia elétrica?
RESOLUÇÃO

Os componentes da parte mecânica (os rolamentos, as buchas, as polias e as correias) causam o aumento do
consumo de energia devido ao atrito e ao esforço excessivo ao qual o motor é submetido, quando esses
componentes não apresentam bom estado de conservação.
EXEMPLO 2

Depois de corrigir todos os problemas mecânicos e elétricos dos ventiladores da indústria farmacêutica Ipiranga, Eric
iniciou a fase de otimização do consumo de energia com a instalação de equipamentos auxiliares. Responda: o que
Eric pode utilizar para otimizar o consumo de energia do sistema de ventilação da planta industrial onde trabalha?
RESOLUÇÃO

Eric poderá sugerir a instalação de equipamentos auxiliares que podem ser utilizados para a otimização do consumo
de energia dos ventiladores. Eles são: timers, guias de entrada no caracol, sensores e inversores de freqüência.

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