Mecânica Aplicada
Mecânica Aplicada
Mecânica Aplicada
TIPO DE FLUIDO:
Para líquidos (fluidos incompressíveis) são usadas bombas.
Para gases:
✓ventiladores (baixa queda de pressão)
✓sopradores (queda de pressão de 1 atm)
✓compressores (alto gradiente de pressão)
BOMBAS
São Máquinas Hidráulicas Operatrizes, isto é, máquinas que recebem
energia potencial (força motriz de um motor ou turbina), e
transformam parte desta potência em energia cinética (movimento) e
energia de pressão (força), cedendo estas duas energias ao uído
bombeado, de forma a recirculá-lo ou transportá-lo de um ponto a
outro.
Dois grandes grupos:
BOMBAS VOLUMETRICAS
a) O conjunto motobomba deve ser instalado em local seco, ventilado, protegido da chuva e de fácil acesso para manutenção;
b) A fundação sobre qual se apoiará o conjunto motobomba deve ser bem firme e nivelada, de modo que permita um correto alinhamento, e
evite as trepidações;
c) A altura de sucção deve ser mínima possível. Devem-se evitar peças especiais ou curvas desnecessárias na tubulação de sucção, para
diminuir as perdas de carga;
d) Tubulação de sucção:
Deve ser a mais reta e curta possível;
Deve apresentar uma inclinação ascendente para a bomba, sem pontos altos;
Deve ser isenta de entrada de ar;
Deve-se instalar válvula de pé e crivo, no seu início, para facilitar o escorvamento e evitar a entrada de corpos estranhos;
Diâmetro imediatamente acima do usado no recalque (V < 1,5 m/s).
CUIDADOS NAS INSTALAÇÕES DE BOMBEAMENTO
e) As tubulações de sucção e recalque devem ter suportes próprios e próximos à bomba, não
devem apoiar sobre a bomba;
f) Deve-se instalar na tubulação de recalque:
Válvula de retenção:
✓ Evitar o refluxo;
✓ Impedir que a coluna líquida fique pressionando a bomba;
✓ “By – Pass” (facilita a escorva).
Registro de gaveta:
✓ Fechamento lento;
✓ É necessário fechar o registro, antes de ligar e de parar o motor;
✓ Não deixar o registro fechado por mais de 5 minutos.
Manômetro (com registro).
Para o funcionamento da bomba é necessário que a carcaça esteja completamente cheia do líquido a ser
bombeado e, portanto, é imprescindível que o rotor permaneça submerso no líquido.
“Não pode existir ar no compartimento onde está instalado o rotor, dentro da carcaça da bomba, porque o ar cria uma
resistência física à passagem do líquido”.
BOMBAS
O mais importante a observar é a diferença de conceitos que está embutida no princípio de funcionamento das
bombas descritas.
Bomba volumétrica é aquela em que a energia é fornecida ao líquido já sob a forma de pressão; essa pressão é
causada diretamente pela movimentação do dispositivo mecânico de impulsão da bomba (pistão, rotor, lóbulo,
parafuso de rotação), que ao diminuir o volume interno da câmara de compressão, da bomba, faz com que o
líquido se movimente.
Já na bomba centrífuga, a energia fornecida ao líquido é na forma de velocidade em seu deslocamento,
posteriormente ela é convertida em energia de pressão que eleva a água à altura desejada. A vazão a ser
bombeada depende das características de projeto da bomba.
BOMBAS
MANUTENÇÃO (COMPONTENS)
✓ LUVAS PROTETORAS DE EIXO, que tem a função de proteger o eixo da bomba, sendo fixada por chavetas, no
entanto, nem todas as bombas possuem luvas protetoras
✓ SISTEMA DE VEDAÇÃO
✓ Vedação por gaxeta, tem a função de evita a passagem de água do interior da carcaça para os componentes do eixo e a entrada de ar
para a carcaça, sendo elas resistentes ao calor e ao atrito, no entanto, elas nunca vendam totalmente, sempre a uma tolerância de 30 a
60 gotejamentos por minuto. O que pode danificar a gaxeta é um aperto excessivo da mesma, a gaxeta danificada aumenta o consumo
de energia.
✓ Vedação por selo mecânico, O selo mecânico tem como principal função evitar totalmente o vazamento de água na bomba. O uso do
selo mecânico, pela absoluta impossibilidade de ocorrer vazamento, é válido quando o fluido a ser bombeado é um combustível como
álcool e a gasolina, entre outros, ou quando a pressão na entrada da caixa de gaxeta for superior a 155mca (cento e cinqüenta e cinco
metros de coluna de água).
BOMBAS
BOMBAS
✓ MANCAL
✓ Mancal de Rolamento.
✓ Mancal de Deslizamento
✓ Lubrificação do Mancal
A lubrificação do mancal, de rolamento ou deslizamento, além de propiciar outros benefícios, tem os seguintes objetivos:
• reduzir o atrito entre o eixo e o mancal;
• auxiliar na dissipação do calor gerado pelo atrito produzido;
• proteger o mancal contra corrosão.
OBS:
O fabricante da bomba ou o do rolamento sempre indica o intervalo de tempo entre cada lubrificação. Obedecer aos critérios para escolha de
lubrificante e seu intervalo de substituição reduz consumo de energia. Além disso aumenta a vida útil da bomba.
Quanto maior o atrito entre o eixo e o mancal, maior será a força que o motor terá de mover e maior o consumo de energia elétrica.
BOMBAS
✓ ANEIS DE DESGASTES
• Para determinar a quantidade correta de anéis, deve-se medir a profundidade dividindo-a pela seção
transversal, ou seja:
𝑃𝑅𝑂𝐹𝑈𝑁𝐷𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸
Número de anéis = 𝑆𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙
BOMBAS: EXEMPLO 1
Um condomínio, denominado Jardim das Rosas, constituído de um prédio residencial de cinco andares, num total
de dez apartamentos, tem em seu sistema hidráulico uma bomba centrífuga que eleva água da caixa inferior até a
caixa superior, na laje do 5º andar. Devido ao excessivo tempo de uso, a bomba está com os custos de manutenção
muito elevados e precisa ser substituída.
O síndico, que sempre tenta manter o consumo de energia e os custos de manutenção do edifício dentro de
padrões aceitáveis, ficou muito contente quando ganhou de um dos condôminos uma bomba alternativa de
êmbolo. Mas, como ele não entende muito do assunto, deseja saber se será possível utilizá-la na substituição da
antiga bomba centrífuga, mantendo a mesma eficiência energética e operacional.
BOMBAS: EXEMPLO 1 RESOLUÇÃO
Até o momento, com as informações apresentadas, é possível perceber que a bomba alternativa de êmbolo pode
até elevar água da caixa d’água inferior para a caixa d’água superior do prédio. Mas lendo as informações com
atenção, você viu que como essas bombas fornecem pequenas vazões (a altas pressões) sua utilização não é
recomendada, pois esse tipo de bomba não possui de fornecer a vazão de água necessária para a caixa de água
superior, na mesma velocidade em que os moradores a estarão consumindo.
Assim, o melhor conselho que poderia ser dado ao síndico é o de que ele deve substituir a bomba de elevação de
água do condomínio por outra bomba centrífuga, no mínimo, com as mesmas características da atual.
BOMBAS: EXEMPLO 2
O síndico do condomínio Jardim das Rosas foi informado por uma empresa de manutenção condominial que a
bomba deve ter, sempre que necessário, o nível de seu óleo lubrificante completado e substituído após algum
tempo de funcionamento. Essa empresa também disse ao síndico que a bomba deve apresentar, quando em
funcionamento, um pequeno e constante gotejamento de água na sua parte traseira, junto ao seu eixo de
interligação com o motor elétrico.
O síndico está em dúvida se estas providências são mesmo necessárias, pois ele imagina que a bomba, uma vez
funcionando, não necessitará mais de óleo lubrificante e que é um desperdício deixar um gotejamento de água
constante.
Levando em conta a relação custo-benefício, oriunda da lubrificação e do gotejamento de água durante o
funcionamento da bomba, diga se o síndico está com razão em questionar esse desperdício.
BOMBAS: EXEMPLO 2 RESOLUÇÃO
A melhor solução que você poderá dar ao síndico até este momento é recomendar que ele deve manter o nível de
óleo nos mancais de rolamentos, pois, se o nível ficar abaixo do normal, isso resultará em lubrificação inadequada
e desgastes prematuros. Com relação à substituição do óleo lubrificante, informe que, segundo o manual do
fabricante, o óleo lubrificante deve ser trocado após um determinado tempo de uso.
O desgaste do mancal, além de levar à sua quebra, exigirá maiores potências para manter a bomba em
funcionamento e uma maior potência necessita de um maior consumo de energia.
O gotejamento na parte traseira da bomba, junto ao eixo, refere-se à caixa de gaxetas. Estas devem permitir que
haja um vazamento mínimo da ordem 30 a 60 gotas por minuto para possibilitar a lubrificação do eixo com a água
e auxiliar a manter as gaxetas com a temperatura adequada. Portanto, mostre ao síndico que estes procedimentos
não são desperdícios.
BOMBAS: EXEMPLO 3
A bomba, que será substituída no Condomínio Jardim das Rosas, apresentou durante o seu período de
funcionamento um estranho ruído de areia sendo movimentada dentro de sua carcaça.
O mecânico (encanador) contratado para fazer o serviço de manutenção da rede hidráulica do prédio havia
informado que esse ruído era normal.
Esse mesmo mecânico havia instalado um registro tipo globo na tubulação de sucção, pouco antes da entrada da
bomba e informou ao síndico que isso era muito bom, pois assim ele podia controlar a vazão de água com mais
precisão. O mecânico estava equivocado.
Responda: onde ele cometeu o erro? E por quê?
BOMBAS: EXEMPLO 3 RESOLUÇÃO
O mecânico (encanador) acabou cometendo vários erros que, provavelmente, serviram para diminuir a vida útil da
bomba:
A válvula globo instalada antes da bomba aumentou a perda de carga na linha de sucção, o que fez diminuir, ainda
mais, a pressão na entrada da bomba, causando cavitação, o que gera um barulho semelhante ao de areia
movimentando-se dentro da bomba.
O conselho que pode ser dado ao síndico é que retire a válvula globo da tubulação de sucção, ao refazer a instalação
de sucção. Dessa forma, será possível ter certeza que não haverá cavitação na nova bomba a ser adquirida.
COMPRESSORES
Pressão
Pressão é a força por unidade de área. P = F/A
Façamos agora, um exercício numérico para mostrar como se calcula a pressão. • Aplica-se
uma força de 8N perpendicularmente a uma superfície de área A igual a 0,004 m². Calcule a
pressão exercida por F sobre A.
COMPRESSORES
Conforme as necessidades fabris em relação à pressão de trabalho e ao volume, serão empregados compressores
de diversos tipos de construção.
COMPRESSORES: ÊMBOLO COM MOVIMENTO LINEAR
Compressor de êmbolo:
Atualmente, o compressor de êmbolo com movimento linear é o
mais usado. Ele é apropriado não só para compressão a pressões
baixas e médias, mas também para altas pressões. O campo de
pressão varia de um bar até milhares de bar.
Para a compressão a pressões mais elevadas são necessários
compressores de vários estágios.
Compressor Root
Nestes compressores o ar é transportado de um lado para o outro,
sem alteração de volume. A compressão efetua-se no lado da
descarga, ou seja, lado de alta pressão pelos cantos dos êmbolos.
COMPRESSORES: TURBO COMPRESSOR
Diagrama de Volume e
pressão fornecidos
No diagrama a seguir estão
indicadas as capacidades,
em quantidade aspirada e
pressão alcançada, para
cada modelo de compressor.
COMPRESSORES
Qualquer sistema de ar comprimido apresenta vazamento ao longo do seu funcionamento, em maior ou menor
escala. Mesmo instalações novas podem apresentar índices de vazamentos de 10% ou mais.
OBS: Não somente ocorrem vazamentos na rede de ar comprimido propriamente dita, como nos próprios equipamentos consumidores.
A seguir, são apresentadas algumas medidas com as quais estes vazamentos podem ser minimizados.
• Colocação de válvulas solenóides na entrada do ar comprimido do equipamento. Desligando-se o equipamento, a válvula solenóide é
fechada, eliminando uma fonte de vazamentos. É claro que esta medida não exclui a necessidade de manutenção do equipamento, que é
necessária para reduzir os vazamentos durante a operação do mesmo.
• Desligar o compressor de ar à noite, quando não há produção, pois neste período o compressor trabalha somente para cobrir perdas por
vazamento.
OBS: A maneira mais simples de detecção de vazamentos em tubulações de ar comprimido consiste em passar água com sabão ao longo
das mesmas, marcando os pontos de formação de bolhas, para posterior correção pela manutenção. Por meio de campanhas internas pode
ser institucionalizado o uso de marcadores (fitas, adesivos), os quais são afixadas em pontos de vazamentos detectados pelos funcionários,
para posterior correções pela manutenção.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO
O ar comprimido produzido por compressores de deslocamento positivo deve ser armazenado em reservatórios ou vasos
de pressão.
O reservatório serve para estabilizar a distribuição do ar comprimido. Ele elimina as oscilações de pressão na rede
distribuidora e garante uma reserva de ar quando houver, momentaneamente, alto consumo. Além disso, a grande
superfície interna do reservatório refrigera parcialmente os ares suplementares, separando, assim, uma parte da umidade
do ar.
Quanto ao dimensionamento, em regra geral, a capacidade do reservatório é calculada para conter, no mínimo, um
décimo da produção efetiva de ar do compressor.
Observe, a seguir, a fórmula para calcular a capacidade de um reservatório.
V = Q/10
Onde: V = volume do reservatório em m³ Q = produção efetiva em m³/min
OBS: Periodicamente o reservatório deve passar por um teste hidrostático (teste de resistência à pressão de projeto), a fim
de verificar o estado da sua estrutura.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO
Dreno de água
O vapor de água no ar comprimido, em contato com a superfície interna fria do reservatório, se condensa e volta ao estado líquido, acumulando-se
no fundo do tanque. Por meio do dreno de água, é possível retirar esse condensado do reservatório evitando, desse modo, a redução da
capacidade de armazenagem.
Tampa de inspeção
Normalmente os reservatórios de grande porte possuem uma tampa parafusada na lateral. Isso possibilita a inspeção e a limpeza periódica do
interior do tanque. Antes da tampa ser retirada, é necessário que o operador descarregue todo o ar comprimido do reservatório, pela válvula de
descarga de ar.
Registro geral
O registro geral é conhecido também como válvula de fechamento. É utilizado quando se faz necessária a manutenção de algum componente
localizado na rede de distribuição de ar comprimido. Em algumas situações é preciso que o ar já comprimido não seja totalmente descarregado.
Nesse caso, fecha-se o registro geral até que o defeito da linha de distribuição seja reparado.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO
Manômetro
Manômetro é um instrumento empregado na hidráulica e na pneumática para medir pressão. O manômetro rosqueado no reservatório
serve para medir a pressão do ar comprimido no seu interior e auxilia na regulagem da válvula de segurança, do pressostato e da
válvula piloto.
Termômetro
O termômetro é utilizado em alguns reservatórios para medir a temperatura do ar comprimido. Indica quando é necessário instalar um
resfriador na saída do ar que alimenta a rede de distribuição.
Válvula de retenção
A válvula de retenção serve para evitar que o ar do reservatório volte ao compressor quando ele estiver trabalhando em vazio (regime
contínuo) ou quando ele parar (regime intermitente). Isso acontece toda vez que a pressão do ar comprimido no tanque atinge o limite
máximo de trabalho.
Válvula de retenção
A válvula de retenção serve para evitar que o ar do reservatório volte ao compressor quando ele estiver trabalhando em vazio (regime
contínuo) ou quando ele parar (regime intermitente). Isso acontece toda vez que a pressão do ar comprimido no tanque atinge o limite
máximo de trabalho.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO
Válvula de segurança
A válvula de segurança é um componente de vital importância no
reservatório. Ela evita a explosão do tanque, não permitindo que a
pressão do ar comprimido ultrapasse o limite máximo suportado pela
chapa. A válvula de segurança deve ser calibrada sempre abaixo da
pressão máxima permitida para o trabalho do compressor e do
reservatório de ar comprimido
Pressostato
O pressostato é um dispositivo eletropneumático que serve para ligar
e desligar o motor elétrico de acionamento do compressor em
períodos sucessivos. Esses períodos são determinados em função da
produção e do consumo de ar comprimido. Uma vez regulado, o
pressostato trabalha automaticamente. Sua regulagem é diferencial:
máxima e mínima.
A regulagem máxima serve para desligar o compressor quando a
pressão máxima for atingida.
A regulagem mínima serve para ligar o compressor quando o consumo
de ar provocar uma queda de pressão.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO
O reservatório serve para a estabilização da distribuição do ar comprimido. Ele elimina as oscilações de pressão na
rede distribuidora e, quando há momentaneamente alto consumo de ar, funciona como uma garantia de reserva. A
grande superfície do reservatório refrigera o ar suplementar. Por isso ocorre diretamente no reservatório a
transformação de uma parte da umidade do ar em água.
O tamanho do reservatório de ar comprimido depende de:
• volume fornecido;
• consumo de ar;
• rede distribuidora (volume suplementar);
• tipo de regulagem;
• diferença de pressão desejada na rede.
COMPRESSORES: RESERVATÓRIO
A seguir, calcularemos o volume de um
reservatório quando a regulagem é
intermitente, determinado mediante o
diagrama a seguir.
Exemplos:
Consumo Q = 20m³
Interrupções/h Z = 20
Volume do reservatório Vβ = ?
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: PREVENTIVA (PROCEDIMENTOS)
Trocar o óleo do cárter do compressor após o primeiro mês de operação. Empregar óleo mineral de boa qualidade
ou, na falta deste, usar óleo SAE 30. As trocas posteriores poderão ser realizadas trimestralmente, ou de acordo
com as especificações técnicas estabelecidas pelo fabricante.
Verificar semanalmente o nível do óleo de lubrificação e testar o funcionamento da válvula de segurança.
Limpar semanalmente o compressor. O acúmulo de óleo e de sujeira forma uma camada isolante que prejudica a
dissipação normal de calor. Isto, além de prejudicar a eficiência da máquina, pode danificar o compressor e
provocar incêndios.
Remover e limpar o filtro de admissão uma vez por mês, ou mais frequentemente, ainda dependendo das
condições do ambiente. Limpar o elemento filtrante com um jato de ar comprimido seco e sem óleo, no sentido
contrário ao fluxo de passagem do ar de admissão, isto é, de dentro para fora. Trocar o elemento filtrante pelo
menos três vezes ao ano.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: PREVENTIVA (PROCEDIMENTOS)
Drenar o reservatório diariamente e de preferência pela manhã. O acúmulo de água no reservatório, além de
reduzir sua capacidade, provoca corrosão interna.
Verificar periodicamente se há vazamentos nas juntas, válvulas, conexões e tubulações, para evitar perdas de ar.
Observar periodicamente a fixação das serpentinas resfriadoras, para evitar que, trabalhando soltas, sejam
quebradas pela vibração.
Verificar temporariamente a tensão das correias. Se elas não forem esticadas corretamente ou tiverem
comprimentos diferentes, poderão provocar vibrações prejudiciais ao equipamento.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA
Barulho excessivo Ao ser notado barulho excessivo, como batidas anormais no conjunto compressor, observar com
atenção se isto está sendo provocado por:
• pistão ou cilindro carbonizados, isto é, com crostas de carvão;
• desgaste ou folga excessiva nos pinos e bronzinas do conjunto biela-pistão;
• folga nos mancais principais ou nas buchas do eixo de manivelas (virabrequim);
• assentos das válvulas de admissão e recalque defeituosos provocando vibrações;
• volante de acionamento solto;
• rolamentos do compressor ou do motor elétrico de acionamento, danificado.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA
Irregularidades no regime de trabalho Em compressores que trabalham em regime intermitente, é preciso observar se os
períodos de funcionamento são muito longos, e as paradas muito rápidas. Esta irregularidade poderá ser causada por:
• entupimento do filtro de ar de admissão;
• excesso de tinta ou sujeira depositada sobre os cilindros;
• vazamento de ar na rede de distribuição;
• travamento, defeito ou sujeira no assento das válvulas;
• excesso de água acumulada no reservatório de ar reduzindo sua capacidade de armazenamento;
• regulagem incorreta ou vazamento de ar no diafragma do pressostato;
• rotação incorreta do motor elétrico de acionamento ou correias patinando;
• dimensionamento inadequado (muito pequeno) do reservatório de ar comprimido;
• consumo de ar acima do normal devido a ampliações não previstas na época da instalação do compressor.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA
Consumo excessivo de óleo lubrificante Quando o compressor apresenta consumo excessivo de óleo lubrificante, o
problema pode ser causado por:
• sujeira ou entupimento do filtro de ar de admissão;
• pontos de vazamento de óleo lubrificante;
• desgastes ou rupturas dos anéis de segmento dos êmbolos dos cilindros;
• viscosidade do óleo abaixo das especificações do manual de serviço do compressor;
• conjunto compressor instalado fora do nível.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA
Presença de óleo no ar comprimido A presença de partículas de óleo lubrificante no ar comprimido pode ser
acusada por:
• restrição no filtro de admissão de ar do compressor;
• excesso de óleo lubrificante no cárter do compressor;
• baixa viscosidade do óleo lubrificante, fora das especificações do manual de serviço do compressor.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA
Desgaste excessivo das correias O desgaste prematuro das correias de acionamento do compressor pode ser
causado por:
• polia do motor elétrico de acionamento desalinhado em relação ao volante do compressor;
• tensão excessiva ou insuficiente das correias;
• oscilação da polia do motor ou do compressor devido a desgastes de chavetas, furos ou virabrequim;
• deformação dos canais em “V” da polia do motor ou do compressor.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA
Temperatura elevada do ar comprimido A alta temperatura do ar comprimido na saída do compressor pode ser
provocada por:
• excesso de tinta ou sujeira acumulada nas serpentinas dos resfriadores;
• ventilação precária dos resfriadores devido à instalação do compressor muito próximo à parede;
• sujeira ou entupimento do filtro de admissão de ar;
• inversão do sentido de rotação do volante do compressor, provocando uma ventilação inadequada das serpentinas.
MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES: CORRETIVA
Irregularidade no comando elétrico Quando os fusíveis se queimam repetidamente ou a chave elétrica de proteção
do motor se desliga com frequência, isto pode ser causado por:
• fusíveis dimensionados para uma corrente elétrica menor que a corrente normal de trabalho do motor;
• sobrecarga do motor elétrico devido a ajuste incorreto dos rolamentos cônicos do compressor.
MANUTENÇÃO: EXEMPLO 1
Em uma indústria cimenteira, após desmontar e realizar inspeção de rotina em uma linha de ar comprimido, o
mecânico de manutenção percebeu a presença de impurezas em determinados pontos desta linha. Baseado nesta
informação e analisando as vantagens e desvantagens do ar comprimido, descreva a etapa que causou o
problema.
MANUTENÇÃO: EXEMPLO 1 RESOLUÇÃO
Após o compressor desligar pela regulagem do pressostato de alta, o operador percebeu que a pressão de
regulagem estava acima da pressão lida no manômetro instalado junto ao tanque do compressor. Identifique quais
as ações que deverão ser tomadas para solucionar este desafio.
MANUTENÇÃO: EXEMPLO RESOLUÇÃO
O operador deverá comunicar o ocorrido ao pessoal da manutenção que avaliará se houve obstrução da válvula de
descarga ou da linha de descarga. Caso esteja tudo bem, deverá mandar o manômetro para a calibração ou trocá-
lo se necessário.
MANUTENÇÃO: EXEMPLO 3
Durante o processo de drenagem verificou-se excesso de óleo lubrificante no condensado. O operador apontou em
relatório (O.S.) o ocorrido, e enviou para que o pessoal de manutenção realizasse a devida manutenção corretiva.
Liste as possíveis causas e soluções para o problema.
MANUTENÇÃO: EXEMPLO RESOLUÇÃO
Foi observado em uma unidade de ar comprimido, que após o desligamento do motor elétrico pelo pressostato, o ar
estava escapando (refluxo) pelo filtro de ar de admissão. Faça o diagnóstico desta situação e aponte a solução para o
problema. Cite as principais causas para o aparecimento de depósitos de carvão em cabeçotes de compressores de
deslocamento positivo (pistão).
MANUTENÇÃO: EXEMPLO RESOLUÇÃO
No primeiro item do desafio foi observado o refluxo do ar comprimido no filtro de ar. Este tipo de defeito deve-se a
problemas na placa de válvulas (válvula de descarga sem retenção). Antes de trocar a placa de válvula e sua
guarnição, devemos avaliar se o problema de origem está na própria placa ou surgiu devido a fatores diversos, como:
falta de lubrificante ou lubrificante inadequado, filtro de ar saturado ou ausência do mesmo, deixando passar poeiras
e sujidades para o interior da câmara de compressão, ar de admissão com temperatura superior ao permitido,
sistemas de ventilação do cabeçote inoperante, temperatura do ar da casa de máquinas acima da especificada em
projeto.
No segundo item do desafio, podemos citar como principal causa do aparecimento de depósito de carvão em
cabeçotes a alta temperatura na câmara de compressão, provocada por desgaste mecânico, alta temperatura do ar na
admissão, lubrificante inadequado, sistema de arrefecimento do cabeçote inoperante.
VENTILADORES
O ventilador é uma máquina que tem como função levar gás de um local para outro. É utilizado, por exemplo, para
trazer uma quantidade de ar novo para um ambiente, para retirar os gases do escapamento dos automóveis em
uma garagem, para retirar a fumaça de uma cozinha etc.
O ar pode ser empurrado para dentro do ambiente ou pode ser puxado para fora do ambiente e o equipamento que
vai realizar esta tarefa é o mesmo, mudando de nome conforme a situação.
Quando o ar é empurrado, chamamos o equipamento de ventilador, quando o ar é puxado chamamos de exaustor.
VENTILADORES
TIPOS DE VENTILADORES
Existem basicamente dois tipos de ventiladores: o axial e o radial. O ventilador do tipo axial é aquele cuja pá lembra
uma hélice. Trata-se de um tipo muito comum de pá, presente naquele modelo que temos em casa ou até mesmo
no exaustor de uma cozinha.
VENTILADORES: AXIAIS
A configuração A corresponde a ventiladores geralmente instalados em paredes, para uso como exaustor ou
ventilador.
A configuração B mostra um conjunto hélice-motor montado em um trecho de duto circular e que permite
acoplamento com outros dutos.
Na configuração C, para melhorar o rendimento, as aletas fixas posteriores têm a finalidade de direcionar o
movimento espiralado do ar na saída da hélice para um movimento retilíneo ao longo do duto.
VENTILADORES: RADIAL
O ventilador do tipo radial também é conhecido como centrífugo devido ao fato de aspirar o ar pelo centro. As pás
são distribuídas radialmente formando um rotor parecido com um cilindro. O fluxo se dá radialmente do centro para
fora do conjunto, ou seja, opera da mesma maneira que uma bomba centrífuga para líquidos.
O rotor gira dentro de uma carenagem especial que dirige o fluxo para uma única saída.
O motor, que não está indicado na figura, é montado na parte externa e o acionamento pode ser direto ou por meio
de correias.
VENTILADORES
COMPONENTES MECÂNICOS DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO
Qualquer conjunto mecânico possui partes fixas e móveis. Por exemplo, um ventilador radial possui a parte fixa, que é o caracol e a parte
móvel, que é o rotor. Observe a ilustração a seguir.
VENTILADORES
Os componentes da parte mecânica, que permitem a transmissão de potência por meio do movimento, têm impacto
no consumo de energia elétrica. Vamos, então, estudar esses componentes, que são:
• eixo;
• rolamentos;
• buchas;
• polias e correias.
VENTILADORES
EIXO
Para que o ar seja deslocado é preciso que o rotor gire sem raspar as paredes internas do caracol. Para isto, é
necessário que o eixo tenha dois pontos de apoio. O eixo transmitirá o movimento e a potência do motor elétrico.
MANCAIS
Os mancais têm duas funções:
Posicionar o eixo
Permitir seu giro com pouco desgaste.
As funções dos mancais são realizadas de duas maneiras, com a utilização de:
rolamentos;
buchas.
VENTILADORES
Rolamentos
O funcionamento do rolamento é baseado no movimento das esferas. Imagine um sanduíche formado por duas placas com o recheio de
esferas. Se puxarmos uma placa, as esferas giram enquanto a outra placa fica parada.
No caso dos mancais de ventiladores, o método de lubrificação mais comum é a utilização de graxa, que deve ser
específica para rolamentos.
Dependendo do tipo de mancal, a graxa é aplicada diretamente sobre o rolamento com um pincel. Em outros,
utiliza-se a engraxadeira, que é uma espécie de seringa de injeção que se encaixa num bico semelhante a uma
válvula de pneu, permitindo empurrar a graxa nova, enquanto a velha sai por um furo.
VENTILADORES
BUCHAS
As buchas são usadas em ventiladores pequenos, em que é difícil instalar um rolamento, além de dispendioso. Muitas vezes são
encontradas junto ao motor elétrico. Apresentam algumas vantagens, como maior resistência a choques e à poeira e sua função é
desgastar antes do eixo, porque seu material é mais macio que o do eixo.
A substituição das buchas devem ocorrer quando são ouvidos sons agudos estranhos ao funcionamento do ventilador. Nesta condição,
a bucha apresenta problemas de lubrificação.
VENTILADORES
CORREIAS E POLIAS
A transmissão do movimento em exaustores industriais se dá por meio de um acoplamento composto por polias e
correias. No caso da ventilação, a correia utilizada é conhecida como em V devido ao seu formato. A polia é feita de
metal e tem um formato que permite o encaixe da correia.
VENTILADORES
ALINHAMENTOS DE CORREIAS E POLIAS
Eric, um profissional da equipe do serviço de manutenção de uma indústria farmacêutica, tem como tarefa sugerir
ações que levem à redução do consumo de energia dos ventiladores do sistema de ventilação instalado na
respectiva planta industrial. Tendo esta missão em mente, após estudar este capítulo com atenção, responda: de
que maneira os componentes da parte mecânica do ventilador causam aumento do consumo de energia elétrica?
RESOLUÇÃO
Os componentes da parte mecânica (os rolamentos, as buchas, as polias e as correias) causam o aumento do
consumo de energia devido ao atrito e ao esforço excessivo ao qual o motor é submetido, quando esses
componentes não apresentam bom estado de conservação.
EXEMPLO 2
Depois de corrigir todos os problemas mecânicos e elétricos dos ventiladores da indústria farmacêutica Ipiranga, Eric
iniciou a fase de otimização do consumo de energia com a instalação de equipamentos auxiliares. Responda: o que
Eric pode utilizar para otimizar o consumo de energia do sistema de ventilação da planta industrial onde trabalha?
RESOLUÇÃO
Eric poderá sugerir a instalação de equipamentos auxiliares que podem ser utilizados para a otimização do consumo
de energia dos ventiladores. Eles são: timers, guias de entrada no caracol, sensores e inversores de freqüência.