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Jejejek

O documento descreve o imperialismo europeu na África e Ásia no século XIX, quando as potências européias dividiram e colonizaram grande parte desses continentes, motivadas por interesses econômicos. Isso resultou em exploração dos recursos locais e resistência dos povos colonizados.

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O documento descreve o imperialismo europeu na África e Ásia no século XIX, quando as potências européias dividiram e colonizaram grande parte desses continentes, motivadas por interesses econômicos. Isso resultou em exploração dos recursos locais e resistência dos povos colonizados.

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IEMA PLENO

CURURUPU

3ª Série

O IMPERIALISMO NA ÁFRICA E NA ÁSIA


O termo imperialismo é utilizado para referir-se às práticas da política em que uma nação buscava promover uma
expansão territorial, econômica e/ou cultural sobre outra nação. A utilização da palavra imperialismo pode ocorrer em
contextos atuais como, por exemplo, quando um país resolver intervir militarmente em outro.
O termo “imperialismo” também é muito utilizado para fazer referência ao processo de colonização da África, Ásia e
Oceania, que se iniciou na segunda metade do século XIX. Esse processo também é conhecido entre os historiadores
como neocolonialismo. Durante o neocolonialismo, segundo o historiador Eric Hobsbawm, cerca de 25% das terras do
planeta foram ocupadas por alguma potência imperialista.
Eric Hobsbawm também exemplifica por meio de dados estatísticos a dimensão da expansão imperialista na época. As
seguintes potências imperialistas tiveram um aumento significativo no tamanho de seus territórios e isso foi motivado
pela dominação e a criação de colônias na Ásia, África e Oceania. Segue os dados abaixo|:
Inglaterra: teve um aumento de 10 milhões de km2 em seu território.
França: teve um aumento de 9 milhões de km2 em seu território.
Alemanha: teve um aumento de 2,5 milhões de km2 em seu território.
Bélgica e Itália: teve um aumento de 2 milhões de km2 em seu território.
Além dessas, outras nações como Portugal, Espanha, Rússia, Estados Unidos, Japão etc. foram enxergadas como
praticantes de políticas imperialistas. A influência do imperialismo sobre o planeta foi tamanha, e continentes como a
África, até hoje, colhem as consequências desse processo de dominação colonial.

Causas do imperialismo
O imperialismo, na definição dada acima, surgiu como consequência das transformações causadas pela Revolução
Industrial. Essa revolução foi iniciada pioneiramente na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, e causou
transformações profundas. A partir dela, houve o surgimento da indústria, e mudanças nos modos de produção e nas
relações patronais aconteceram.
A Revolução Industrial resultou no surgimento de novas máquinas, novos meios de comunicação, novos meios de
transporte e foi responsável pela utilização de combustíveis fósseis. Com o desenvolvimento da indústria, o comércio
transformou-se, não somente em nível local, mas também em escala global.
Essa expansão do comércio por meio da Revolução Industrial aconteceu, porque o processo de produção de mercadorias
cresceu consideravelmente. Com o crescimento na produção de mercadorias, as nações industrializadas precisaram
ampliar seu acesso às matérias-primas utilizadas na produção e também de ampliar a sua capacidade de venda, isto é,
eram necessários novos mercados consumidores.
Uma causa que explica, em grande parte, a expansão colonial da segunda metade do século XIX é a busca por novos
mercados consumidores, segundo aponta Eric Hobsbawm|3|. Isso porque acreditava-se que a grande quantidade de
mercadorias produzidas seria absorvida com a expansão dos mercados consumidores.
Hobsbawm também fala que “o ‘novo imperialismo’” foi o subproduto natural de uma economia internacional baseada
na rivalidade entre várias economias industriais concorrentes, intensificada pela pressão econômica dos anos 1888”.
Motivadas pela expansão econômica, as nações europeias, principalmente, iniciaram o processo de expansão territorial.
Imperialismo na África Dentro do processo neocolonialista que aconteceu no século XIX, a ocupação do continente
africano teve grande destaque. Isso porque o continente africano foi amplamente impactado
pelo imperialismo, uma vez que, no auge do ciclo imperialista (entre 1884 e 1914), o
continente teve apenas dois territórios que não foram ocupados: Libéria e Etiópia.
O historiador Valter Roberto Silvério aponta que três acontecimentos entre 1876 e 1880
foram cruciais para iniciar a corrida de ocupação do continente africano:
a Conferência Geográfica de Bruxelas, encontro promovido por Leopoldo II, rei da
Bélgica, com o objetivo de desenvolver os interesses dos belgas na região do Congo;
Mapa que informa as nações
as ações de Portugal para expandir seu domínio sobre as regiões do interior de
europeias que possuíram colônias
no continente africano. Moçambique;
a política francesa para promover sua expansão colonial em regiões da África como
Egito, Tunísia e Madagascar.
Esses acontecimentos deram início a uma corrida pela ocupação do continente africano que resultou em uma série de
atritos entre as nações europeias. Em decorrência disso, Otto von Bismarck, chanceler alemão, buscando defender os
interesses da Alemanha e pôr fim a essas disputas, organizou a Conferência de Berlim, entre 1884 e 1885.
Algumas das pautas debatidas na conferência foram as questões relativas à navegação dos rios Congo e Níger, a questão
do mapa cor-de-rosa proposto por Portugal, e também foi organizada a divisão do continente africano, isto é, estabelecidas
as fronteiras entre as regiões e estipulado quais nações teriam direitos sobre os territórios.
A ocupação do continente africano ocorreu sob a justificativa de ser uma “missão civilizatória”, na qual as nações
europeias levaram a civilização para os povos “atrasados” da África. A exploração do continente para fins econômicos
também se utilizava de missionários. Todas essas justificativas utilizadas partiam de ideais racistas, como o
darwinismo social, que estipulava que o homem branco era “superior”.
Hoje sabemos que as justificativas utilizadas não passavam de disfarce para os reais interesses que eram de promover a
exploração econômica do continente africano. A ocupação do continente africano, por sua vez, não aconteceu de
maneira pacífica, pois os povos africanos lançaram dura resistência contra a presença europeia. Vejamos agora um dos
exemplos de resistência ao imperialismo.

Movimentos de resistência ao neocolonialismo na África.


O processo de neocolonialismo iniciou uma violenta ocupação do continente africano, o que foi respondido por
movimentos de resistência surgidos em toda a África.
A partir da segunda metade do século XIX, iniciou-se o neocolonialismo, no
qual as nações industrializadas da Europa passaram a ocupar e dominar o
continente africano, implantando um grande processo de exploração da África.
Esse processo – que está relacionado com o desenvolvimento do capitalismo –
encontrou grande resistência em todo o continente africano.
Contexto
Na segunda metade do século XIX, a Europa sofreu intensas transformações que
resultaram em grandes avanços tecnológicos. A indústria europeia passou por um
crescimento agudo em decorrência da utilização de novas fontes de energia. Houve
avanços também na química, na tecnologia de comunicação, nos meios de transporte etc.
Esse desenvolvimento tecnológico ficou conhecido como Segunda Revolução Industrial.
O desenvolvimento industrial desse período contribuiu para o crescimento e fortalecimento do capitalismo. Uma
consequência direta desse processo foi o neocolonialismo, no qual as nações europeias, para dar suporte ao seu
crescimento industrial, partiram para a ocupação dos continentes africano e asiático para obter fontes de matérias-primas
e novos mercados consumidores.

Assim, foi iniciada uma verdadeira corrida pela ocupação do território africano. Essa ocupação foi justificada pelas nações
europeias como uma missão civilizatória, no entanto, esse discurso tinha como objetivo mascarar o real objetivo, que
era impor uma intensa exploração econômica na África.
Uma das consequências desse interesse pelo território africano foi a realização da Conferência de Berlim, reunião que
impôs as regras de ocupação e determinou algumas questões relativas ao domínio belga sobre o Congo e sobre a
navegação dos rios Congo e Níger. Após a Conferência de Berlim, quase todo o continente africano havia sido ocupado
(com exceção de Libéria e Etiópia).
Consequências do imperialismo
O imperialismo foi muito forte no mundo, durante o período citado (entre 1884 e 1914), mas a presença de europeus como
colonizadores na África e na Ásia ocorreu até a segunda metade do século XX. O imperialismo deixou graves
consequências nesses locais, expostas a seguir.
• A demarcação de fronteiras artificiais gerou impactos negativos até hoje na África e causou inúmeras tensões entre as
nações africanas.

• Durante o neocolonialismo, surgiu uma série de disputas étnicas influenciadas por ação europeia. Um dos casos mais
notáveis aconteceu em Ruanda, região que havia feito parte do Congo Belga. Em 1994, um massacre de grandes
proporções aconteceu no país, e hutus foram responsáveis pela morte de aproximadamente 1 milhão de tutsis.
• A exploração econômica deixou marcas profundas e, até hoje, a maioria absoluta dos países africanos sofre com economias
instáveis.

• Os nativos foram sujeitos a uma violência escabrosa. Um caso notável foi no Congo Belga, quando 10 milhões de pessoas
morreram fruto da violência colonial dos belgas.

A industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de


expansão econômica. O crescimento dos parques industriais e o acúmulo
de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa
buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores
quantidades de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto
que, a partir do século XIX, essas nações buscaram explorar regiões na
África e Ásia.

Gradativamente, os governos europeus intervieram politicamente nessas


regiões com o interesse de atender a demanda de seus grandes
Século XIX onde as potências industriais "dividem" a
conglomerados industriais. Distinto do colonialismo do século XVI, essa
China. nova modalidade de exploração pretendia fazer das áreas dominadas
grandes mercados de consumo de seus bens industrializados e, ao mesmo
tempo, polos de fornecimento de matéria-prima. Além disso, o grande
crescimento da população europeia fez da dominação afro-asiática uma alternativa frente ao excedente populacional da
Europa que, no século XIX, abrigava mais de 400 milhões de pessoas.

Apesar de contarem com grandes espaços de dominação, o controle das regiões alvo da prática neocolonial impulsionou
um forte acirramento político entre as potências europeias. Os monopólios comerciais almejados pelas grandes potências
industriais fizeram do século XIX um período marcado por fortes tensões políticas. Em consequência à intensa disputa
dos países europeus, o século XX abriu suas portas para o primeiro conflito mundial da era contemporânea.

Somado aos interesses de ordem político-econômica, a prática imperialista também buscou suas bases de sustentação
ideológica. A teoria do darwinismo social, de Hebert Spencer, pregava que a Europa representava o ápice do
desenvolvimento das sociedades humanas. Em contrapartida, a África e a Ásia eram um grande reduto de civilizações
“infantis” e “primitivas”. Influenciado por esse mesmo conceito, o escritor britânico Rudyard Kipling defendia que o
repasse dos “desenvolvidos” conceitos da cultura europeia aos afro-asiáticos representava “o fardo do homem branco” no
mundo.

Na Índia, a presença britânica também figurava como uma das maiores potências coloniais da região. Após a vitória na
Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763), a Inglaterra conseguiu formar um vasto império marcado por uma pesada imposição
de sua estrutura político-administrativa. A opressão inglesa foi alvo de uma revolta nativa que se deflagrou na Guerra dos
Sipaios, ocorrida entre 1735 e 1741. Para contornar a situação, a Coroa Inglesa transformou a colônia indiana em parte do
Império Britânico.

Resistindo historicamente ao processo de ocupação, desde o século XVI, o Japão conseguiu impedir por séculos a
dominação de seus territórios. Somente na segunda metade do século XIX, que as tropas militares estadunidenses
conseguiram forçar a abertura econômica japonesa. Com a entrada dos valores e conceitos da cultura ocidental no Japão,
ocorreu uma reforma político-econômica que industrializou a economia e as instituições do país. Tal fato ficou
conhecido como a Revolução Meiji.

Com tais reformas, o Japão saiu de sua condição econômica feudal para inserir-se nas disputas imperialistas. Em 1894,
os japoneses declararam guerra à China e passaram a controlar a região da Manchúria. Igualmente interessados na
exploração da mesma região, os russos disputaram a região chinesa na Guerra Russo-Japonesa, de 1904. Após confirmar
a dominação sob a Manchúria, os japoneses também disputaram regiões do oceano Pacífico com os EUA, o que
acarretou em conflitos entre essas potências, entre as décadas de 1930 e 1940.

Outras guerras e conflitos foram frutos do neocolonialismo. Entre elas, podemos inclusive destacar a Primeira e a Segunda
Guerra Mundial. Por fim, percebemos que a solução obtida pelas nações industriais frente à questão de sua superprodução
econômica teve consequências desastrosas. O imperialismo foi responsável por uma total desestruturação das culturas
africanas e asiáticas. Na atualidade vemos que as guerras civis e os problemas socioeconômicos dessas regiões dominadas
têm íntima relação com a ação imperialista.

• https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-ideologia-imperialista.htm

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