Bioquimica - Proteínas
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Aminoácidos
Os α- a m i n o á c i d o s p o s s u e m u m á t o m o d e c a r b o n o c e n t r a l ( α)
onde estão ligados covalentemente um grupo amino primário
( − NH2), u m g r u p o c a r b o x í l i c o ( −C O O H ) , u m á t o m o d e h i d r o g ê n i o e
uma cadeia lateral (R) diferente para cada aminoácido (Figura 1).
E x i s t e m d u a s e x c e ç õ e s , a p r o l i n a e h i d r o x i p r o l i n a , q u e s ã o α-
iminoácidos.
Os α−a m i n o á c i d o s c o m u m ú n i c o g r u p o a m i n o e u m ú n i c o
grupo carboxila, ocorrem em pH neutro na forma de íons dipolares
(“zwitterions”) eletricamente neutros. O grupo α−a m i n o
e s t á p r o t o n a d o ( í o n a m ô n i o , - N H 3 + ) e o g r u p o α−c a r b o x í l i c o e s t á
d i s s o c i a d o ( í o n c a r b o x i l a t o , - C O O -).
Figura 1
C o m o o s α- a m i n o á c i d o s p o s s u e m g r u p o s i o n i z á v e i s n a
molécula, a forma iônica predominante dessas moléculas em
solução depende do pH. A titulação dos aminoácidos ilustra o
efeito do pH sobre sua estrutura. A titulação é também útil para
determinar a reatividade das cadeias laterais dos aminoácidos. As
cadeias laterais R diferenciam um aminoácido de outro. O
significado funcional da cadeia lateral é enfatizado nas proteínas
onde o grupo α−c a r b o x í l i c o e o grupo α−a m i n o formam
ligações peptídicas e, portanto, não exercem suas propri edades
ácido básicas. Quando o grupo R é neutro, a sua composição tem
pequeno efeito sobre as propriedades de dissociação dos grupos
c a r b o x í l i c o s e g r u p o s a m i n o s d o c a r b o n o α. O s a m i n o á c i d o s c o m
cadeias laterais ionizáveis apresentam três grupos ácido básicos.
Ao considerar a alanina em solução fortemente ácida (pH 0),
tem-se os grupos ácido e básico da molécula totalmente
protonados. Coma adição de uma base forte tal como NaOH,
ocorre inicialmente a perda de próton do grupo α COOH e,
p o s t e r i o r m e n t e , a p e r d a d o p r ó t o n d o g r u p o -α NH3+.
Proteínas
Desnaturação e renaturação
2. Solventes orgânicos.
Solventes orgânicos solúveis em água como o etanol interferem
com as interações hidrofóbicas por sua interação com os grupos R
não polares e forma pontes de hidrogênio com a água e grupos
protéicos polares. Os solventes não polares também rompem
interações hidrofóbicas.
3. Detergentes.
As moléculas anfipáticas interferem com as interações
hidrofóbicas e podem desenrolar as cadeias polipeptídicas.
4. Agentes redutores.
E m p r e s e n ç a d e r e a g e n t e s c o m o a u r é i a e β−m e r c a p t o e t a n o l o c o r r e
a conversão das pontes dissulfeto em grupos sulfidrílicos. A uréia
rompe pontes de hidrogênio e interações hidrofóbicas.
5. Concentração de sais.
A ligação de íons salinos a grupos ionizáveis das proteínas
enfraquecem as interações entre grupos de cargas opostas da
molécula protéica. As moléculas de água solvatamos grupos
protéicos. Com a adição de grandes quantidades de sal
às proteínas em solução, formam-se precipitados. As moléculas de
água competem pelo sal adicionado tornando a quantidade de
solvente muito pequena e, com isso, promovendo a agregação de
moléculas protéicas e a sua precipitação. Esse efeito é chamado
salting out.
7. Alterações na temperatura.
Com o aumento da temperatura, a velocidade de vibração
molecular aumenta. Eventualmente, interações fracas como as
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pontes de hidrogênio são rompidas promovendo alterações na
conformação das proteínas.
8. Estresse mecânico.
Agitação e trituração rompem o delicado equilíbrio de forças que
mantém a estrutura protéica. Por exemplo, a espuma formada
quando a clara do ovo é batida vi gorosamente contém proteína
desnaturada.
Referencia: