O Relativismo
O Relativismo
O Relativismo
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
LICEU Nº 8042 “PUNIV-ANA PAULA”
TRABALHO DE FILOSOFIA
TEMA:
O RELATIVISMO
O DOCENTE
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TERESA CUNGO
LUANDA 2022/2023
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
LICEU Nº 8042 “PUNIV-ANA PAULA”
TRABALHO DE FILOSOFIA
TEMA:
O RELATIVISMO
GRUPO Nº: 03
SALA: 09
CLASSE: 11ª
TURMA: 11H8023FB
LUANDA 2022/2023
INTEGRANTES DO GRUPO:
1. MANUEL MANUEL Nº 30
2. MANUEL JOSÉ Nº 31
3. MARIA NDONZI Nº 33
4. MARIA MIGUÊNS Nº 34
5. MARIO VALENTIN Nº 35
6. MARTA ALFREDO Nº 36
7. MENEZES NZANJE Nº 37
8. NVEMBA LÁZARO Nº 38
9. NSIMBA BERNADO Nº 40
Não quer isto dizer que o relativismo não compreenda outras facetas de igual
modo relevantes, como, por exemplo, a do relativismo jurídico, mas tem sido sobretudo
a respeito daqueles domínios que o posicionamento relativista mais se tem afirmado como
marcante.
Segundo o relativismo moral, não há uma norma moral universal que determine
se a eutanásia é certa ou errada em todas as circunstâncias. Em vez disso, as normas
morais são relativas ao contexto cultural e social de cada país. Nesse exemplo, a
percepção da moralidade da eutanásia varia de acordo com a cultura e a sociedade em que
ela está inserida.
No início de uma das suas principais obras, este filósofo escreveu uma frase que
se tornaria célebre e, de certo “O homem é a medida de todas as coisas, das que são que
são, das que não são que não são” (Vaz Pinto/ Alves de Sousa, 2005, 79).
Se o que é mais saliente nesta sentença é a expressão do aspecto cognitivo, ela não
deixa, contudo, de poder ser interpretada como contemplando também a dimensão ética.
A principal objecção lançada contra a posição relativista de Protágoras consiste em ela
implicar uma auto-contradição e, logo, uma auto-refutação, pois se tudo é tomado como
relativo, também a enunciação do próprio princípio se deverá incluir entre o que é dito
como relativo.
Na filosofia céptica antiga também se fez amplo uso da noção de relatividade (pros
ti) e de uma argumentação construída com base nela. Todavia, os cépticos faziam questão
de frisar aquilo que na sua posição os distinguia dos relativistas como Protágoras,
aproximados que estavam uns dos outros pelo extenso recurso a essa noção.
Destas teses, a aceitação da primeira acha-se implícita por parte de quem adopta
as outras duas, e a segunda é normalmente aceite por todos os que se apresentam como
relativistas, já o mesmo não se passando com a terceira, que não é necessariamente
implicada pelas outras duas e que possui um carácter mais controverso.
O Relativismo Descritivo, identificado por alguns com o relativismo cultural
(que no entanto achamos preferível, como Brandt, considerar apenas uma subespécie
daquele), é a posição segundo a qual os valores e os códigos morais, quer todos (de acordo
com a versão mais extrema) quer somente alguns (conforme a versão moderada), variam
consoante os indivíduos ou consoante as culturas e as sociedades.
Quer isto dizer que, de tal ponto de vista, não haverá nenhum código com validade
universal, embora todos encerrem ou possam encerrar alguma verdade.
Uma dessas posições será nomeadamente a de dizer que não se deve tentar
conformar aos códigos do seu próprio grupo ou sociedade os indivíduos, grupos ou
sociedades com outros códigos, nem tão-pouco emitir juízos morais a respeito de tais
indivíduos ou sociedades e com base nesses juízos interferir nas suas práticas.
De entre as três teses enumeradas, esta última é a mais difícil de sustentar nas suas
versões simplistas e radicais e aquela sobre a qual mais críticas chovem.
Uma delas é a tecida por Bernard Williams, para quem este tipo de relativismo, a
que ele chama “relativismo vulgar”, incorre em inconsistência ao aplicar um princípio a
priori não relativo na determinação a partir de uma cultura ou sociedade de uma outra,
quando reivindica a relatividade de culturas ou sociedades (Williams, 1982, 173).
No entanto, como frisa David Wong, “não existe contradição em sustentar que
não haja uma moral válida única, não se deixando de se fundar na sua própria moral para
se julgar as outras e intervir na sua vida” (Wong, 1997, 1294).
Pelo contrário, a maioria dos autores que hoje acham válidos diversos aspectos do
relativismo e que de uma ou outra maneira o sustentam – como Richard Brandt, Philippa
Foot, Gilbert Harman ou David Wong –, fazem-no através de versões assinaladamente
moderadas e de âmbito restrito. Por outro lado, muitos pontos da doutrina relativista não
deixam hoje também de ser reconhecidos por quem explicitamente advogue uma posição
antagónica da relativista.
O RELATIVISMO NA ACTUALIDADE
O Relativismo continua sendo objeto de discussão e debate nos dias de hoje, tanto
na Filosofia como em outros campos do conhecimento, observamos algumas
considerações sobre o relativismo nos tempos atuais:
Essas são apenas algumas das áreas em que o relativismo continua sendo discutido
e aplicado nos dias de hoje. É importante ressaltar que a discussão sobre o relativismo é
dinâmica e está em constante evolução, adaptando-se aos desafios e contextos
contemporâneos.
Rui Bertrand Romão Bibliografia - Annas, J.; Barnes, J., The Modes of Scepticism –
Ancient Texts and Modern Interpretations, Cambridge University Press, Cambridge
(1985).
- Moser, P.K.; Carson, T.L. (eds.), Moral Relativism: a Reader, Oxford University Press,
New York/Oxford (2001).
- Vaz Pinto, M.J.; Alves de Sousa, A.A., Sofistas. Testemunhos e Fragmentos, Imprensa
Nacional – Casa da Moeda, Lisboa (2005).