Cromatografia
Cromatografia
Cromatografia
Fase móvel:
Solvente que se move através da coluna pela fase estacionária
Fase estacionária:
Aquela que fica fixa dentro da coluna. Sendo que a separação depende da distribuição dos
solutos entre as duas fases.
Eluente e eluato:
Correspondem, respetivamente, ao fluído que entra na coluna e ao fluido que emerge no final
da coluna.
Eluição:
Processo de passagem de um líquido ou de um gás pela coluna cromatográfica.
coluna cromatográfica
Empacotada capilar
O que tem mais afinidade com a fase móvel sai primeiro do que o que tem mais afinidade com
a fase estacionaria. Na cromatografia gasosa isto não acontece, pois, o gás é inerte, não
interage, só tem função de transportar. Separação para cromatografia líquida.
Tem mais aptidões para uns iões que para outros. Utilizada para a analise de iões inorgânicos
maioritariamente
Os aniões mantem perto de si catiões que estão covalentemente ligados à fase estacionaria.
Acontece em colunas de resina de troca iónica e apenas alguns aniões são atraídos por ela.
Cromatografia de afinidade
A fase estacionaria é solida e a fase movel é líquida.
Um tipo de molécula na mistura complexa liga-se à molécula que esta covalentemente ligada à
fase estacionaria. Método muito seletivo.
A utilização de solventes mais polares na fase móvel diminui o tempo de retenção dos
compostos enquanto os solventes mais hidrofóbicos tendem a aumentar o tempo de retenção.
Técnica que entrou em desuso devido à falta de reprodutibilidade dos tempos de retenção.
Cromatografia líquida de fase reversa
A HPLC de fase reversa consiste em numa fase estacionária apolar e uma fase móvel de
polaridade moderada. Uma das fases estacionárias mais comuns deste tipo de cromatografia é
a sílica tratada, C18H37ou C8H17. O tempo de retenção é maior para as moléculas de natureza
apolar, enquanto as moléculas de carácter polar eluem mais rapidamente.
O tempo de retenção aumenta com a adição de solvente apolar à fase móvel e diminui com a
introdução de solventes mais hidrofóbicos. A cromatografia de fase reversa é tão utilizada que
com frequência é denominada por HPLC sem nenhuma especificação adicional. A
cromatografia de fase reversa baseia-se no princípio das interações hidrofóbicas que resultam
das forças de repulsão entre um solvente relativamente polar, um composto relativamente
apolar, e uma fase estacionária apolar. A força condutora na união do composto à fase
estacionária é a diminuição da área do segmento apolar do analito exposto ao solvente. Este
efeito hidrofóbico está dominado pela diminuição da energia livre. O efeito hidrofóbico
diminui com a adição de solvente apolar à fase móvel. Isto modifica o coeficiente de partição
de forma que o composto se move pela coluna e elue.
Cromatograma
Um Cromatograma é o gráfico que mostra a resposta do detetor em função do tempo de
eluição.
Tempo morto: tempo que o composto que não é retido na coluna (solvente) demora a
atravessar a coluna.
Tempo de retenção: tempo necessário para o composto atingir o detetor desde a injeção.
Tempo de retenção ajustado:
𝑡𝑟 ′ = 𝑡𝑟 − 𝑡𝑚
Fator de seletividade:
Depende do fator de retenção, dos tipos de fases e da temperatura
Quando alfa se aproxima de 1, otimizar K’ e aumentar N pode não ser suficiente para uma boa
separação.
Este fator é importante para sabermos se conseguimos separar os analitos. Se alfa=1, não
conseguimos separar, pois, k’s vão ser iguais.
𝑡𝑟𝑎 − 𝑡𝑚 𝑡 ′ 𝑟𝑎
𝑘′𝑎 = =
𝑡𝑚 𝑡𝑚
É igual ao tempo de permanência do soluto na fase estacionária a dividir pelo tempo de
permanência do soluto na fase móvel.
Se o soluto permanecer todo o tempo na fase móvel e nenhum na fase estacionária, tr=tm e
k=0 pois o soluto não permanece tempo nenhum na fase estacionária.
Eficiência de separação:
Fatores que contribuem para a eficiência:
Podemos quantificar a concentração dos analitos pela área ou pela altura do pico, no entanto,
o melhor resultado é o da área porque mantem-se sempre constante enquanto a altura pode
variar.
Não pode existir uma co-eluição, ou seja, dois analitos a saírem ao mesmo tempo. Se isso
acontecer, no Cromatograma vai apenas haver um pico correspondente à sobreposição dos
dois componentes. Não pode haver sobreposição de bandas, quanto mais estreitos os picos,
melhor a separação.
Resolução:
Idealmente, entre os picos, deve haver sempre a linha de base.
2(𝑡𝑟𝑏 − 𝑡𝑟𝑎)
𝑅𝑠 =
𝑤𝑎 + 𝑤𝑏
Numa analise quantitativa, Rs é >1.5
Como melhorar a separação:
Quanto maior o valor de Kd, mais tempo o soluto permanece na fase estacionária. A fração de
tempo total que uma molécula passa na fase móvel está diretamente relacionada com a fração
da população presente na fase móvel.
A velocidade de eluição pode ser relacionada com a velocidade linear da fase móvel.
*coeficiente de distribuição.
A razão por que os solutos são eluídos com velocidades diferentes é devido ao facto de terem
diferentes valores de Kd.
Por convenção utiliza-se muitas vezes o parâmetro de volume de retenção pois é uma
grandeza que indica a quantidade de volume da fase móvel que é necessária para eluir o
soluto.
A, B e C são constantes para uma dada coluna e uma dada fase estacionária.
Os fenómenos que provocam o alargamento nas bandas, uns são proporcionais ao caudal,
outros são inversamente proporcionais ao caudal:
Em colunas empacotadas, os 3 termos da equação contribuem para o alargamento das
bandas.
Como a difusão longitudinal em gases é muito mais rápida que em líquidos, B em valores mais
elevados em CG que em HPLC, razão pela qual em CG, o caudal ótimo, é mais elevado que em
HPLC.
Resolução
A resolução fornece uma mediada quantitativa da capacidade dessa coluna separar 2 solutos.
Análise Qualitativa
A cromatografia é utilizada para conhecer a presença ou a ausência ou a distância de
componentes numa amostra que contém um nr limitado de espécies o tempo de retenção é
característico de um composto e é através deste que podemos ver se o componentes está ou
não presente na amostra. Depende da temperatura da coluna, do caudal da fase movel, do
comprimento da coluna e do tipo de fase estacionária/móvel.
Análise Quantitativa
Comparação entre a área e a altura dos picos dos solutos com os de um ou mais padrões.
Condições cromatográficas constantes: velocidade da injeção, caudal da fase móvel,
temperatura da coluna.
Cromatografia gasosa
O analito é transportado através da coluna por uma fase móvel, gasosa, de arraste, que retira
o analito da fase estacionaria. Separação concebida numa coluna cromatográfica baseada
numa separação a determinada temperatura (no forno)
Na cromatografia de partilha gás sólido a fase estacionaria é um liquido não volátil que recobre
a coluna oi um solido finamente dividido.
Método de analise
O método mais usado em CG é o método da adição padrão. Neste método há adição no
branco, padrões e amostra de uma quantidade fixa de substância padrão interno). Registam-se
os sinais e representação gráfico. A substância escolhida para padrão interno deve ter sinal
semelhante ao do analito, mas suficientemente distinguível e não pode estar presente na
amostra. Minimiza erros aleatórios e sistemáticos.
Analito:
Amostra gasosa ou liquido volátil (tem de ser termo estável, não depender da temperatura)
Gás de amostra:
Fase móvel: depende do detetor utilizado e do que deseja para a eficiência e velocidade de
separação (não interage com o analito).
Fase estacionária:
Líquido não volátil ligado a um suporte sólido inerte, partículas da coluna.
A amostra é injetada através do septo de borracha que se usa para isolar bem a coluna senão
os gases escapam, para dentro da injeção aquecida que se encontra a uma temperatura
elevada para que não haja condensação do gás, ou para caso o líquido for volátil, ocorrer de
imediato a sua vaporização.
A coluna deve estar suficientemente aquecida para a pressão de vapor possibilite a eluição dos
analitos num tempo razoável
A temperatura do detetor e do injetor deve ser superior à temperatura da coluna para evitar a
condensação.
Injeção da amostra
Amostra líquida: 0.1-2microL
Amostra gasosa:0.5-2mL
A seringa contem água para garantir a injeção completa, força a que toda a gota entre no
sistema cromatográfico.
Tipos de injeção
em colunas
capilares
1.
Utiliza-se quando os analitos de interesse constituem 0.1% da amostra (elevadas
concentrações).
Quantidade de amostra menor que 1microL- maior resolução
Transfere apenas 0.2-2% da amostra para a coluna, o que reduz a introdução de
impurezas não voláteis com o gás de arraste. Assim, purificamos a amostra e
contaminamos menos a coluna.
Desvantagens:
• Grande desperdício de amostra
• Analises quantitativas pouco exatas
• Algum vapor pode regressar de novo ao septo (os componentes com pontos
de ebulição menores podem retornar mais facilmente), deve ter-se uma
temperatura de entrada de injeção bastante elevada para evitar este
problema, no entanto, esta não pode ser demasiado elevada para não causar
destruição da amostra.
• Substituição periódica do revestimento de vidro devido à posição de resíduos
da amostra e de constituintes não voláteis (pode utilizar-se um material
adsorvente dentro do revestimento de vidro)
2.
Utiliza-se para a analise dos analitos que constituem menos e 0.01% da amostra A
região revestida de vidro é apenas um tubo reto, vazio, sem nenhuma camara de mistura. A
Temperatura do injetor para a injeção sem divisão de fluxo é menor do que para a injeção com
divisão porque a amostra permanece mais tempo na entrada, enão queremos que ela se
decomponha. Aplica-se na coluna aproximadamente 30% da amostra.
3.
É usada para amostra que se decompõem acima dos seus pontos de ebulição e é a
preferida para a analise quantitativa (analitos que se degradam com a temperatura). Não
passa no injetor aquecido. A temperatura inicial da coluna é baixa o suficiente para condensar
os solutos numa zona estreita.
Vantagens:
• Amostras sujeitas a menores temperaturas e há pouca perda de solutos.
Desvantagens:
• Todas as impurezas da amostra vão para a coluna o que reduz o seu tempo de vida
Coluna de Capilares
15-100 m de comprimento e diâmetro interno de 0.10-0.53 mm
• Maior resolução
• Maior sensibilidade para pequenas quantidades de analito
• Menor tempo de analise
• Pequena capacidade de amostra
• Maior região linear
Não se pode ultrapassar a temperatura limite imposta pela coluna para não a danificar, para
não haver decomposição da fase estacionária, e também para não decompor a amostra.
Desvantagem
Tempo de espera para que a temperatura regresse ao valor inicial. Para evitar o tempo de
espera podemos utilizar um gradiente constante de temperatura.
Objetivo da análise
Teoricamente precisamos sempre de uma separação completa com alta resolução, mas, nem
todos os componentes são necessários separar ou analisar então á possível obter um
Cromatograma com alta resolução para parte dos constituintes.
Preparação da amostra
Devemos isolar os analitos desejados dos interferentes
Resumo CG
Um líquido volátil ou um gás é transportado por uma fase movel gasosa sobe uma fase
estacionaria que se encontra na parte interna de uma coluna capilar. A fase movel é um gas
inerte em relação à fase estacionaria e aos componentes da mistura, sendo transportados na
forma de gases ou vapores.
Opera-se a altas temperaturas e por isso os tubos de colunas são feitos de aço inoxidável. As
colunas capilares de sílica fundida são longas, estreitas e têm pouca capacidade, mas
proporcionam uma boa separação.
A amostra é arrastada pela coluna, pelo gás de arraste. O Analito para ser usado na CG tem de
ser volátil e termo estável, ou seja, quando injetado e evaporado tem de ser estável à
temperatura do mesmo e não se decompor.
Usa padrões elevados para forçar a passagem do solvente através de colunas fechadas que
contem partículas muito finas, capazes de proporcionar separações eficientes (com alta
resolução), a difusão em líquidos é 100x mais lenta que em gases. As colunas são
empacotadas.
Vantagens
• Sensibilidade elevada
• Separação de espécies não voláteis
• Não necessidade de volatizar o analito.
Fatores que influenciam a HPLC
• Velocidade da fase móvel
• Tamanho das partículas da coluna empacotada – quanto menores as partículas, maior
é a eficiência pois torna se mais difícil atravessá-la, logo as partículas ligam-se melhor
• Variação da % de solventes.
Equipamento de HPLC
O equipamento para a realização desse tipo de cromatografia é denominado de cromatógrafo
líquido que é constituído por vários sistemas, sendo eles:
Solventes
Na fase móvel emprega-se uma mistura de alguns solventes, por exemplo, metanol,
acetonitrila e água, sendo que essa mistura é denominada de Eluente. Normalmente para a
fase móvel existem alguns critérios quanto aos solventes, tais como:
Remoção de gases dissolvidos para minimizar dificuldades com as bombas, detetor e coluna.
Quanto a eluição de compostos é importante ressaltar que existem dois tipos de eluições:
Isocrática: a composição da fase móvel (%B) é constante durante todo o processo de análise.
Normalmente utiliza-se um tipo de solvente. PROBLEMA: ou separa adequadamente os
primeiros picos ou os últimos.
Gradiente: a composição da fase móvel (%B) pode ser alternada durante a realização da
análise. Quando o solvente não proporciona uma eluição suficientemente rápida de todos os
componentes é necessária uma força de eluente maior. Adiciona-se quantidades crescentes
do solvente B ao solvente A.
Nota: Em relação à percentagem das eluições, essa denominação é definida de acordo com o
tipo de bomba do cromatógrafo líquido, podendo ser uma bomba binária, quaternária, etc.
Coluna
A coluna é de aço ou plástico com um comprimento entre 5-30 cm e com diâmetro interno de
1-5 mm.
A fase movel é aquecida entre o injetor e a coluna para que o solvente e a coluna fiquem à
mesma temperatura.
CIANO
Fase normal APOLAR POLAR DIOL
AMINA
N-OCTILO
Fase reversa POLAR APOLAR N-OCTADECILO
FENILO
Detetores
• Sensível a pequenas quantidades de concentração de todos os analitos
• Resposta linear
• Não causa alargamento dos picos eluídos
• Insensível às variações de temperatura e de composição de solvente
Detetor ultravioleta
• Para solutos que absorvem radiação UV (capacidade de adsorção)
• Lâmpada de mercúrio a 254 nm ou outros comprimentos de onda no UV com
lâmpadas de vapor de zinco ou cádmio. Também podem ser usadas lâmpadas de
deutério, xénon, tungsténio e um monocromador
• Conjunto de fotodiodos:
o Regista o espetro de cada soluto assim que é eluído, para todos os
comprimentos de onda.
o Faixas de absorvância de 0.005 a 3 unidades de absorvância, com nível de
ruído próximo da 1% do fundo de escala.
o São bons para eluição com gradiente de concentração de solventes que
absorvem nessa região.
Detetor de fluorescência
• Excitam o eluato com um laser e medem a fluorescência emitida
• Muito sensíveis
• Só respondem a analitos que fluorescem
Detetor evaporativo por espalhamento de luz
• Qualquer analito que seja menos volátil que a fase movel
Perguntas exame:
1. Qual o efeito na separação cromatográfica de um aumento moderado na temperatura
da coluna (20 a 50) em cromatografia gasosa?
2. Como a fase estacionaria é apolar os que saem 1ra são compostos com menor
afinidade sendo por isso polares.
5>4>3>2>1
4.
4. O pico com menor tempo de retenção apresenta melhor área pois a coluna é apolar e
aqui o 1ro composto a sair é o menos apolar.
5. O gráfico da relação linear da altura equivalente a um prato teórico em função do
caudal descreve satisfatoriamente o processo cinético do alargamento do pico numa
dada coluna cromatográfica associado à contribuição do efeito da difusão longitudinal