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Introdução

A educação da infância tem sido actualmente um tema de várias investigações, sobretudo de


práticas educacionais mais eficientes para a sua melhoria. No entanto, dentre as varias
investigações vigentes o nosso trabalho irá debruçar sobre o ser do educador como maior
força do processo de educação da criança. Neste, temos como objectivo de entender até que
ponto a personalidade do educador influencia no processo de educação da criança, apontando
as características e influências do ser do educador no processo de educação da criança.

O trabalho segue como ordem estrutural: 1) historial sobre o desenvolvimento da noção de


criança, 2) Características de um educador para a infância, 3) influencias do educador no
processo de educação da criança 4) Responsabilidades ou orientações globais do educador, 5)
Objectivos da educação infantil, 6) Conclusão e as 7) referencias bibliográficas as quais foram
seleccionadas na internet.
O ser do Educador como maior força do processo de educação da criança.

1.1. Historial sobre o desenvolvimento da noção de criança - infância

Para principiarmos o nosso tema de estudo, partiremos antes por fazer uma observação
discretiva daquilo que o termo criança traz como o sentido para a sociedade durante a
evolução.

Segundo AREIS (1981) Apud MELISSA (2008-311) Ate meados do século XI não havia
lugar para infância na sociedade ocidental. E como notar nas pinturas da época, que as
crianças eram retratadas como adultos em mini-altura.

O conceito de criança como uma classificação específica de seres humanos que requerem um
tratamento especial, diferente a aquele aplicado ao adulto ainda não havia Se desenvolvido
na idade média (STEIINBERG E KIKCHELOE 2001, P11) Apud MELISSA (2008-312).

Os estratos acima mostram nos que as crianças na antiguidade não mereciam os tratamentos
tal como nas características de uma idade ainda tenra e em processo de aprendizagem.

Mas a partir do século XIV surge nova concepção que acreditava a existência de uma nova
personalidade própria para crianças. Fazendo assim o surgimento do primeiro sentimento da
infância caracterizado pela PARPARICAÇÃO em que as crianças eram vistas como seres
graciosos que causavam prazeres com seus actos ingénuos e doces.

Este sentimento foi alvo de crítica. Educadores e moralistas defendiam que tal sentimentos
geravam crianças mal-educadas sem limites e com pouca preparação para viver em
sociedades. Consequentemente o surgimento de uma nova consideração para crianças que se
chama EXASPERAÇÃO – caracterizado pelo interesse psicológico da criança e por uma
formação moral.

MELISSA, (2008;312); Frisa que, No entanto se o primeiro surgiu no meio familiar, o


segundo foi derivado das ideias de educadores e moralistas do século XVII preocupados com
a disciplina e a formação moral das crianças.

Neste sentido podemos perceber então o surgimento dos primeiros educadores e outros
interessados pela educação das crianças e o reconhecimento da criança como criança
necessitando de um tratamento especial.
Nesta corrente de ideias sobre crianças e infância, no século XX, com as teorias
psicogenéticas de PIAJET, VYGOTSKY e WALLON aumentaram os estudos e interesses e
considerações sobre a criança.

WALLON considera que infância como sendo uma obra em construção. PIAGET defende
que o processo que leva a criança a conhecer o mundo è o processo activo em que toda
aprendizagem se dá a partir de acção do sujeito sobre os objecto e VYGOTSKY tem como
um dos seus pressupostos básicos a ideia de que o ser humano constitui-se em quanto tal na
sua relação com outro social.

1.2. Características de um educador para a infância

O educador é um eterno aprendiz, que realiza uma leitura e uma reflexão sobre sua
própria prática e conhecimento, vivenciando e compartilhando com os alunos a
metodologia que está preconizando, propiciando situações de cuidados, brincadeiras
e aprendizagens orientadas de forma integrada que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com
os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito, e confiança, e o acesso, pelas
crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Criando
situações para o uso de metodologias motivadoras e sedutoras como instrumento
pedagógico, oportunizando o pensamento reflexivo e identificando o nível de
desenvolvimento da criança, onde os resultados podem ser amplamente aplicados
em áreas diversas do conhecimento, aceitando e valorizando a vivência de mundo
que a criança já traz para a escola. Neste processo, a educação auxilia o
desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das
potencialidades corporais, afectivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de
contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. (MATTA &
VASCONCELOS; 2001:14)

Posicionando-se nas palavras dos autores entendemos que o educador deve ter:

 Uma capacidade maleável, a partir de uma constante aprendizagem entre ele e os seus
educandos, isto é tanto ele quanto os seus educandos devem-se conhecer;

 O educador deve preconizar atitudes próprias dele mesmo com a finalidade de


promover o desenvolvimento das capacidades infantis nas suas relações com outras
crianças e adultos sobretudo o respeito, aceitação e confiança;

 Percebemos também que o ser do educador interfere sobretudo aos métodos


pedagógicos que este usa para lidar com a camada miúda. Em que é importante que o
educador tenha boas metodologias que sejam motivadoras e sedutoras pois facilitam-
nas o crescimento do pensamento reflexivo.
1.3. Influências do ser do educador no processo de educação da criança

Anteriormente quando mencionamos algumas notas históricas sobre a noção de criança na


sociedade referimos que duas três concepções ocorreram das quais uma a criança era
considerada adulto em mini altura, outra caracterizada pela parparicação e a exasperação.
No entanto nestas fases se fazermos uma profunda reflexão sobre o que as crianças
passaram neste período sempre caracterizou o tipo de homem que foi construído.

Por exemplo WALLON quando defende que a criança é uma obra em construção, é logo
notório quão o mestre numa determinada obra interfere no aspecto futuro desta mesma
construção.
Para MATTA & VASCONCELOS (Opcit); Ao assumir essa nova postura, o
educador irá propiciar a criança a formação de sua identidade, o desenvolvimento de
sua capacidade crítica, de sua autoconfiança e de sua criatividade, isto é o
desenvolvimento deste em sua totalidade onde entendemos que isso tudo deve ser
trabalhado desde a fase do pré-escolar, em que a criança certamente obterá um
melhor desenvolvimento em todos os aspectos como: cognitivo, sócio-afetivo,
emocional, cultural, motor e outros. Onde todo ser humano, seja criança, jovem ou
adulto e necessite da prática recreativa para manter-se integrado ao seu próximo e ao
meio.

Nesta perspectiva a criança na sua relação com o educador na fase pré-escolar pode interferir
na sua identidade, no desenvolvimento da capacidade crítica, autoconfiança e de toda sua
integridade cognitivo, sócio-afectivo, emocional cultural, motores.

O educador possui um papel de mediador da aprendizagem acompanhando e orientando a


criança de forma que a mesma possa expressar suas dúvidas e certezas de maneira reflexiva
no processo acção-reflexão-acção.
Sendo neste contexto imperioso o uso de bons modos de linguagem para que não iniba a
criança e se sinta angustiada.

1.4. Responsabilidades ou orientações globais do educador

De acordo com o GEDEPE (GABINETE PARA A EXPANSÃO E DESENVOLVIMENTO


DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR – LISBOA), (1997:25) A intencionalidade do processo
educativo que caracteriza a intervenção profissional do educador passa por diferentes etapas
interligadas que se vão sucedendo e aprofundando, o que pressupõe:

Observar, o que predispõe o conhecimento da criança para a diferenciação pedagógica. Isto


é, conhecer as capacidades da criança, interesses e dificuldades, recolher as informações sobre
o contexto familiar e o meio em que as crianças vivem. Pois estes dados poderão ser bases de
planeamento e avaliação.

Planear, planear o processo educativo de acordo com o que o educador sabe do grupo e de
cada criança, para que a educação pré-escolar proporcione um ambiente de desenvolvimento e
promova aprendizagens significativas e diversificadas que contribuam para uma maior
igualdade de oportunidades.

Agir, o agir significa a concretização na acção por parte do educador as suas intenções
educativas e tirando partido das situações e oportunidades imprevistas. Sendo também
necessário a participação de outros adultos responsáveis pela educação das crianças.

Avaliar, implica tomar consciência da acção para adequar o processo educativo às


necessidades das crianças

Comunicar, o conhecimento que o educador adquire da criança e do modo como esta evolui
é enriquecido pela partilha com outros adultos que também tem responsabilidades na sua
educação.

Articular, cabe ao educador promover a continuidade educativa num processo marcado pela
entrada para educação pré-escolar e a transição pela escolaridade obrigatória, cooperando com
os outros actuais professores da criança.

1.5. Objectivos da educação infantil

A educação pré-escolar visa à criação de condições para satisfazer as necessidades


básicas da criança, oferecendo-lhe um clima de bem-estar físico, afectivo, social e
intelectual, mediante a proposição de actividades lúdicas, que levam a criança a agir
com espontaneidade, estimulando novas descobertas e o estabelecimento de novas
relações, a partir do que já se conhece. (MATTA & VASCONCELOS; 2001:17)

Resumidamente, o objectivo principal da educação infantil é o desenvolvimento harmónico e


integral da criança. Sendo assim necessário de enquadramento de pessoais devidamente
preparadas para assumir e orientar as crianças de bons hábitos e tratamentos morais que
venham influenciar a personalidade futura das crianças. Pois a personalidade das crianças esta
sujeita a vararias influencias do seu meio desde a formas de linguagem que elas apreendem no
dia pós dia até ao menor comportamento apesar de elas não serem simples receptores passivos
elas podem identificar de modo selectivo com uma personalidade da pessoa mais próxima e
muitas vezes os educadores são os que mais tempo ficam com as crianças do que os pais.
1.6. Conclusão

Sumariamente, o desenvolvimento da noção de criança teve três etapas históricas: uma


que considerava a criança como sendo um adulto em miniatura, a segunda que
caracterizava-se pelos sentimentos de parparicação e a exasperação. Esta ultima que pela
primeira vez teve a influência de educadores e moralistas, caracterizava-se pelo interesse
psicológico e moral pelas crianças. Sobre as características e influências do educador para
a educação da infância, referiu-se que a partir do pressuposto teórico de WALLON a
criança e uma obra em construção é necessário que os educadores tenham atenção nos
seus discursos linguísticos quando estão dirigindo-os para orientar as crianças porque
estes são sujeitos em constante aprendizagem sendo necessário de se evitar a perigo delas
assimilarem comportamentos desajustados dos seus educadores enquanto são os que mais
tempo ficam com elas. Contudo, salienta-se ainda que e pertinente olha-se nos métodos e
responsabilidades que os educadores precisam de ter para cumprir com os objectivos da
educação infantil que é de garantir o desenvolvimento harmónico e integral da criança,
razão pela qual deve-se também ter em conta da importância da formação dos educadores.
1.7. Bibliografia

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