PEI 30 Grupo
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Para principiarmos o nosso tema de estudo, partiremos antes por fazer uma observação
discretiva daquilo que o termo criança traz como o sentido para a sociedade durante a
evolução.
Segundo AREIS (1981) Apud MELISSA (2008-311) Ate meados do século XI não havia
lugar para infância na sociedade ocidental. E como notar nas pinturas da época, que as
crianças eram retratadas como adultos em mini-altura.
O conceito de criança como uma classificação específica de seres humanos que requerem um
tratamento especial, diferente a aquele aplicado ao adulto ainda não havia Se desenvolvido
na idade média (STEIINBERG E KIKCHELOE 2001, P11) Apud MELISSA (2008-312).
Os estratos acima mostram nos que as crianças na antiguidade não mereciam os tratamentos
tal como nas características de uma idade ainda tenra e em processo de aprendizagem.
Mas a partir do século XIV surge nova concepção que acreditava a existência de uma nova
personalidade própria para crianças. Fazendo assim o surgimento do primeiro sentimento da
infância caracterizado pela PARPARICAÇÃO em que as crianças eram vistas como seres
graciosos que causavam prazeres com seus actos ingénuos e doces.
Este sentimento foi alvo de crítica. Educadores e moralistas defendiam que tal sentimentos
geravam crianças mal-educadas sem limites e com pouca preparação para viver em
sociedades. Consequentemente o surgimento de uma nova consideração para crianças que se
chama EXASPERAÇÃO – caracterizado pelo interesse psicológico da criança e por uma
formação moral.
Neste sentido podemos perceber então o surgimento dos primeiros educadores e outros
interessados pela educação das crianças e o reconhecimento da criança como criança
necessitando de um tratamento especial.
Nesta corrente de ideias sobre crianças e infância, no século XX, com as teorias
psicogenéticas de PIAJET, VYGOTSKY e WALLON aumentaram os estudos e interesses e
considerações sobre a criança.
WALLON considera que infância como sendo uma obra em construção. PIAGET defende
que o processo que leva a criança a conhecer o mundo è o processo activo em que toda
aprendizagem se dá a partir de acção do sujeito sobre os objecto e VYGOTSKY tem como
um dos seus pressupostos básicos a ideia de que o ser humano constitui-se em quanto tal na
sua relação com outro social.
O educador é um eterno aprendiz, que realiza uma leitura e uma reflexão sobre sua
própria prática e conhecimento, vivenciando e compartilhando com os alunos a
metodologia que está preconizando, propiciando situações de cuidados, brincadeiras
e aprendizagens orientadas de forma integrada que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com
os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito, e confiança, e o acesso, pelas
crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Criando
situações para o uso de metodologias motivadoras e sedutoras como instrumento
pedagógico, oportunizando o pensamento reflexivo e identificando o nível de
desenvolvimento da criança, onde os resultados podem ser amplamente aplicados
em áreas diversas do conhecimento, aceitando e valorizando a vivência de mundo
que a criança já traz para a escola. Neste processo, a educação auxilia o
desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das
potencialidades corporais, afectivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de
contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. (MATTA &
VASCONCELOS; 2001:14)
Posicionando-se nas palavras dos autores entendemos que o educador deve ter:
Uma capacidade maleável, a partir de uma constante aprendizagem entre ele e os seus
educandos, isto é tanto ele quanto os seus educandos devem-se conhecer;
Por exemplo WALLON quando defende que a criança é uma obra em construção, é logo
notório quão o mestre numa determinada obra interfere no aspecto futuro desta mesma
construção.
Para MATTA & VASCONCELOS (Opcit); Ao assumir essa nova postura, o
educador irá propiciar a criança a formação de sua identidade, o desenvolvimento de
sua capacidade crítica, de sua autoconfiança e de sua criatividade, isto é o
desenvolvimento deste em sua totalidade onde entendemos que isso tudo deve ser
trabalhado desde a fase do pré-escolar, em que a criança certamente obterá um
melhor desenvolvimento em todos os aspectos como: cognitivo, sócio-afetivo,
emocional, cultural, motor e outros. Onde todo ser humano, seja criança, jovem ou
adulto e necessite da prática recreativa para manter-se integrado ao seu próximo e ao
meio.
Nesta perspectiva a criança na sua relação com o educador na fase pré-escolar pode interferir
na sua identidade, no desenvolvimento da capacidade crítica, autoconfiança e de toda sua
integridade cognitivo, sócio-afectivo, emocional cultural, motores.
Planear, planear o processo educativo de acordo com o que o educador sabe do grupo e de
cada criança, para que a educação pré-escolar proporcione um ambiente de desenvolvimento e
promova aprendizagens significativas e diversificadas que contribuam para uma maior
igualdade de oportunidades.
Agir, o agir significa a concretização na acção por parte do educador as suas intenções
educativas e tirando partido das situações e oportunidades imprevistas. Sendo também
necessário a participação de outros adultos responsáveis pela educação das crianças.
Comunicar, o conhecimento que o educador adquire da criança e do modo como esta evolui
é enriquecido pela partilha com outros adultos que também tem responsabilidades na sua
educação.
Articular, cabe ao educador promover a continuidade educativa num processo marcado pela
entrada para educação pré-escolar e a transição pela escolaridade obrigatória, cooperando com
os outros actuais professores da criança.