Resumo para A Prova 4 de Fisiologia

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Resumo para a prova 4 de Fisiologia

(by: Thalita Almeida Linhares)

Slides para a prova:


Audição: https://drive.google.com/file/d/1lrp6qUPcfqA9vb6zdDMFCQ9R_JS4L2cv/view?usp=drivesdk
Olfato e Gustação: https://drive.google.com/file/d/1lD-BkWZAskn7UJGWMaU-Qr4RU9RhcFEr/view?usp=drivesdk
Visão: https://drive.google.com/file/d/1vGkEbuyrmxVDZdh9nVTg9GIlO0iTI9yZ/view?usp=drivesdk
Termorregulação: https://drive.google.com/file/d/1w3tZBtyQ_4lOxE0cVF8dqKzYXQ4JnGWI/view?usp=drivesdk
Ritmos biológicos: https://drive.google.com/file/d/1RyLniscMcGY2ttomILEzEEjIy349Vgp1/view?usp=drivesdk

Livros:
Dukes: https://drive.google.com/file/d/1QWfNRbhJIK42V8hp6xF21r-mHHc4RU8h/view?usp=drivesdk
Cunningham: https://drive.google.com/file/d/1nM2JZYspFfqEqk3szhkp2RW7D-VamTIh/view?usp=drivesdk

Audição
• O sistema auditivo é fundamental para a sobrevivência animal:
o Informação sonora do ambiente para o cérebro;
o Alimentação;
o Defesa;
o Visualização para a comunicação;
o Comportamento de acasalamento
• Estruturas do sistema auditivo periférico (constituído de três componentes):
o Ouvido externo: pavilhão auricular ou pina (cartilagem coberta por pele), que se estende até a membrana timpânica.
o Ouvido médio: câmara repleta de ar contendo 3 ossos. Nos mamíferos que conectam a membrana à janela oval
(vestibular) da cóclea.
▪ Músculos
▪ Tuba auditiva
o Ouvido interno: parte acústica, a cóclea, e uma parte não acústica, o órgão vestibular.
• Pavilhão auricular
o Parte externa do ouvido
o Aves, anfíbios, peixes e répteis não tem pavilhão auricular e em mamíferos a estrutura costuma ser altamente
desenvolvida
o Função:
▪ Orientar as ondas sonoras para baixo do canal auditivo até a membrana timpânica, fazendo-a vibrar; e age
como estrutura de ressonância.
• Sua perda elimina a ressonância normal e impossibilita a audição, de modo que se tenta salvar tal
estrutura, caso sofra lesão.
o A orelha pode ser orientada de forma individual ou sincrônica por muitos mamíferos em determinada direção,
fornecendo, assim, informação sobre a direção da fonte do som com relação a diferenças na intensidade do som e
no tempo de chegada dele com orientações diferentes do pavilhão auricular.
o Aves e crocodilos: embora não tenham pavilhão auricular, possuem meato auditivo externo; em geral, há uma
membrana externa que pode cobrir ou expor o meato.
o Condutos (meato auditivo) externo: glândulas sebáceas
• Membrana timpânica (tímpano)
o Localização: extremidade do meato auditivo externo, separa a orelha externa da média.
o Conectada à sequência de ossículos da orelha média, conectados a janela oval da cóclea ou ouvido interno.
o Esses pequenos ossos estão ligados por articulações sinoviais em uma sequência, do exterior para o interior, do
martelo, bigorna e estribo.
o As vibrações da membrana timpânica fazem vibrar o martelo, que se articula com a bigorna, que se articula com
o estribo; a placa do estribo transmite as vibrações para a janela oval.
o Transforma energia acústica em energia mecânica.
o A ruptura da membrana timpânica causa significativa redução na capacidade auditiva, mas não surdez, pois os
sons continuam a ser transmitidos para a cóclea, principalmente pelas vibrações ósseas.
o Os répteis e aves tem um único ossículo contendo dois subcomponentes, a columela e subcolumela, em vez dos três
ossos distintos dos mamíferos.
• Ossículos
o Exercem uma função protetora, atenuando os reflexos ativados por sons altos e vários outros estímulos.
o Os músculos do ouvido médio (tensor do tímpano e estapédio) são estimulados a se contrair por eferentes do tronco
cerebral.
o O reflexo tem uma latência de resposta de 40 a 160 ms (mais curta para os sons altos), de maneira que um som alto,
como o percussivo de uma arma de fogo, pode causar dano mecânico as células pilosas cocleares antes da ativação
do reflexo. A exposição repetida provoca perda auditiva cumulativa irreversível, problema comum em cães de caça.
• Tuba auditiva (Eustáquio)
o Conecta a cavidade do ouvido médio à orofaringe;
o Abre-se periodicamente para igualar a pressão no ouvido médio com a pressão atmosférica externa e retirar os
líquidos do ouvido médio.
o A abertura faríngea do tubo normalmente se abre durante a deglutição, igualando a pressão através da membrana
timpânica, como ocorre durante a faringite, pode causar desconforto e dor semelhantes aos que as pessoas
costumam sentir durante uma viagem aérea.
o A tuba auditiva constitui uma via para o desenvolvimento de otites medias e interna em consequência de processos
infecciosos na faringe.
o Equino: possui um divertículo ventral da tuba auditiva, cuja função é incerta (equalização de pressão e heterotermia
regional), denominada bolsa gutural. Tal estrutura é um local de frequente infecções.
• Cóclea
o Dividida em três compartimentos ou ductos paralelos, espiralados e cheios de liquido, delimitados pela membrana
basilar e membrana de Reissner:
▪ Rampa vestibular: se conecta diretamente com a janela oval e está separada da rampa média pela
membrana de Reissner (vestibular).
▪ Rampa do tímpano: termina na janela redonda (coclear) e é separada da rampa média pela membrana
basal
▪ Rampa média (ducto coclear): enrolam-se em torno de uma estrutura óssea central conhecida como
modíolo, cujo centro contém células ganglionares da parte auditiva do VIII nervo craniano, estrutura
chamada gânglio espiral. A rampa vestibular e a rampa do tímpano são contínuas no ápice da cóclea em
uma região denominada helicotrema.
o Esses ductos contém um liquido chamado perilinfa, de composição semelhante a do liquido extracelular, sendo
relativamente rico em sódio e pobre em potássio. A rampa média contém um liquido conhecido como endolinfa,
semelhante ao liquido intracelular, relativamente rico em potássio e pobre em sódio.

o Todas as estruturas desempenham um papel na transdução da pressão através dos líquidos cocleares.
▪ As vibrações são transmitidas da membrana timpânica para a cóclea pelos ossículos.
▪ A placa plantar do estribo flexiona a membrana da janela oval da rampa vestíbular, causando o movimento
do liquido na rampa vestibular
▪ As alterações de pressão são transmitidas para cima pelas espirais da rampa vestibular para o ápice e para
baixo pela rampa do tímpano para a janela redonda.
o Particularidades das espécies:
▪ Humanos: 2,75 espirais
▪ Gatos: 3 espirais
▪ Cães: 3,25 espirais
o A variação auditiva correlaciona-se um pouco com o número de espirais.
o As espécies aviarias tem uma cóclea curta sem espirais, e suas células pilosas possuem a capacidade de se regenerar,
o que não parece ocorrer nos mamíferos.
• Órgão de Corti
o É o do sentido da audição
o Situa-se sobre a membrana basilar na rampa média. A membrana basilar é estreita e rígida na base próxima das
janelas oval e redonda, e larga e elástica no ápice.
o Contém receptores sensoriais: uma fileira de células pilosas internas e três ou quatro de células pilosas externas.
• Transdução dos sinais auditivos
o

o
o

• Faixa de audição
o Amplitude de frequências detectadas:
▪ Humanos: 20 – 20.000 Hz (sensibilidade baixa nos extremos)
▪ Cães: 15 – 50.000Hz
▪ Rato: 40.000 Hz
▪ Morcegos: 1000 – 120.000Hz
▪ Gatos: até 100.000 Hz
• Percepção da localização do som
o O valor da informação sonora será reduzido, se a localização de sua origem não puder ser determinada.
o Os neurônios do tronco cerebral nos núcleos olivares, bem como os neurônios em estruturas mais altas, possibilitam
a localização de uma fonte sonora. Conforme o tamanho da cabeça de um animal, a diferença máxima no tempo de
chegada aos dos pavilhões auditivos de um som colocado em um lado da cabeça é de aproximadamente 0,7 ms; essa
demora cai para zero conforme a posição da fonte no plano horizontal muda para o plano mesossagital (de frente
ou de trás) do animal.
• Condições clínicas auditivas
o As condições diagnosticadas mais comumente são as infecções do ouvido: otite externa, otite média e, menos
frequente, otite interna. Tais condições, em geral resultantes de ácaros auriculares, mas também de infecções
bacterianas e fúngicas, podem prosseguir, causando ruptura da membrana timpânica e ou lesões na cóclea ou no
sistema nervoso central. O exsudato e detritos celulares das otites externas e media podem resultar em surdez de
condução, impedindo que o som alcance a cóclea. A otite externa em cães é mais frequente em raças com pelos
crescidos no meato e naquelas com orelhas pendulares. A otite externa crônica pode causar estenose do canal
auditivo em decorrência de hiperplasia tecidual e depósitos de cálcio dolorosos que podem requerer ablação
cirúrgica parcial ou total do canal auditivo

Olfato
Quimiorreceptores:
o Células receptoras que se especializaram em obter informações sobre o ambiente químico e transmiti-las a outros
neurônios.
o Olfação:
▪ Respondem a moléculas no meio aéreo.
▪ Quimiorrecepção de sinais de fontes distantes.
o Gustação:
▪ Responde a moléculas dissolvidas.
▪ Quimiorrecepção de sinais de materiais que estão em contato direto com a estrutura receptora.
• Estudos recentes = 1963 (1º Simpósio Internacional sobre Olfação e Paladar).
o Avaliação subjetiva
• Médicos na antiguidade:
o Olfato e paladar = diagnóstico de doenças
▪ Paciente com cheiro de pão recém-saído do forno: Pseudomonas sp.
▪ Diabetes mellito
▪ Diabetes insípido
• Função e estado gerais do paladar e do olfato
o Uma das principais funções adaptativas para esses sentidos é discriminar os alimentos e bebidas de sabor agradável
daqueles de sabor desagradável.
o Inspeção de alimentos: análise organoléptica
▪ As características dos materiais que podem ser percebidas pelos sentidos humanos, como a cor, o brilho, a
luz, o odor, a textura, o som e o sabor.
▪ Alimentos estragados: odor desagradável e sabor nauseante
o Muitos venenos são notáveis pelo seu sabor ou cheiro. O gás cianeto é notável pelo seu cheiro de amêndoas, e os
alcalóides, muitos deles venenosos, costumam ser extremamente amargos
o Outras funções: reprodução, comunicação e demarcação
o O paladar e olfato funcionam juntos para produzir sabores diferentes dos produzidos apenas pela sensação do
paladar, o que leva ao conceito importante da palatabilidade dos alimentos
o É provável que um veterinário se depare com muitos casos de anorexia (ausência de consumo alimentar) e hiporexia
(redução do consumo de alimentos) durante sua carreira. Em pelo menos alguns desses casos, o problema pode
estar parcialmente relacionado com a má palatabilidade do alimento fornecido, o que pode ser fundamental, ou
seja, a comida nunca foi palatável para o animal ou uma condição fisiopatológica manifestou-se parcialmente pela
redução da palatabilidade do alimento
o Ao abordamos esse aspecto do olfato e paladar, é preciso mencionar que, pelo menos no gato, a perda do olfato
(anosmia) pode induzir à perda de apetite (anorexia), e a perda parcial do olfato (hiposmia) pode aumentar o
consumo de alimentar (hiperexia)
o Em cetáceos (golfinhos e baleias), o sentido do olfato é problemático. Não tendo bulbo olfatório, essas espécies são
praticamente anósmicas, mas a inervação trigeminal para a cavidade nasal permanece, de modo que algum sentido
geral do olfato pode estar presente
o Uma característica fundamental do paladar e olfato é a rapidez com que cada um deles se adapta fisiologicamente.
Essa adaptação é um evento tanto periférico no nível dos receptores como central, envolvendo partes do sistema de
ativação reticular
• Organização anatômica do sentido do olfato:
o Pelo menos dois sistemas neurais estão envolvidos distintos estão envolvidos na percepção consciente dos odores.
Esses dois componentes principais são o sistema olfatório e o sistema trigeminal intranasal. Uma terceira
possibilidade envolvida na percepção consciente de odores é o sistema vomeronasal ou acessório, embora seja
conhecido principalmente como um sistema receptor de feromônios.
o Sistema olfatório:
▪ É composto pelo par de narinas (orifícios externos) das quais o ar e os odores são inspirados, pela cavidade
nasal formada pelas conchas tortuosas (fornecem calor e umidade ao ar inspirado) e pelos ossos turbinados
(etmoidais), revestidos por epitélio respiratório ou mucosa, forrados anteriormente por epitélio olfatório
ou mucosa. Deste epitélio, saem axônios do nervo olfatório através da lâmina cribforme do osso etmoidal
para o bulbo olfatório principal, onde neurônios glomerulares (neurônios mitrais) então se dirigem ao córtex
somatossensorial no cérebro (parte inferior) e várias estruturas do sistema límbico bem como outras partes
do cérebro

▪ O tamanho da região olfatória está diretamente relacionada com o grau de desenvolvimento do sentido de
olfação
• um cão tem mais de 220 milhões de receptores olfatórios em seu focinho, enquanto os seres
humanos têm apenas 5 milhões.
▪ Epitélio olfativo
• A mucosa olfatória é coberta por uma fina camada de muco secretada pelas células de sustentação
da mucosa olfatória. As próprias células receptoras são estruturas ciliadas, localizadas dentro da
mucosa, e constituem os eferentes primários do sistema. Uma característica notável desses
neurônios receptores é que eles se regeneram no mamífero adulto, tendo um ciclo celular
(desenvolvimento de novas a partir de células basais por apoptose. Em outras palavras, uma perda
das células receptoras, desde que a camada basal das células da mucosa permaneça íntegra,
resultará apenas em anosmia transitória, com células recém-formadas substituindo
completamente a perda após cerca de 30 dias.

▪ As células olfativas são consideradas os neurônios mais expostos do organismo e também os únicos que
sofrem renovação contínua através de divisão por mitose e também por diferenciação das células basais
do epitélio.
▪ Células de sustentação
• Suporte para os dendritos
• Proteção para os corpos celulares dos neurônios
• Camada de muco:
o As substâncias químicas voláteis (aromatizantes ou odorantes) presentes no ar inspirado
aderem-se ao muco e se ligam a sítios específicos.
o Sistema trigeminal
▪ O sistema trigeminal, com o seu conhecido envolvimento no sentido do olfato, compartilha numerosas
estruturas com o sistema olfatório, como as narinas e cavidade nasal
▪ É composto por:
• Receptores quimiossensoriais do nervo trigêmeo localizados por toda a cavidade nasal
• Ramificações intranasais do nervo trigêmeo (ramos etmóide palatino)
▪ Há um postulado de que o sistema trigeminal contribui para a característica de odores percebidos. Além
disso, ele próprio pode ser responsável pela sensação “crua” dos odores, embora seja possível pouca
discriminação ou reconhecimento
▪ Substâncias irritantes causam sensação desagradável e evocam respostas reflexas como espirro,
lacrimejamento e inibição temporária do movimento inspiratório
o Sistema vomeronasal ou acessório
▪ O sistema olfativo acessório compreende os receptores olfativos localizados no órgão vomeronasal ou
órgão de Jacobson, que é uma estrutura simétrica localizada no piso da cavidade nasal de cada lado do osso
vômer
▪ Os detalhes anatômicos e histológicos do sistema vomeronasal variam entre os répteis com o órgão de
Jacobson e mamíferos com o órgão vomeronasal análogo.
▪ As estruturas dos mamíferos incluem, de anterior para posterior, o ducto incisivo ou palatino de localização
posterior ao segundo ao segundo dente incisivo que conecta a cavidade nasal à cavidade oral; o próprio
órgão vomeronasal; localizado no palato duro entre as cavidades nasal e oral; e os neurônios daquele órgão,
que atravessam o bulbo acessório ou lateral e estruturas do sistema límbico. Também pode haver conexões
com os centros corticais. O ducto incisivo nem sempre está aberto nos mamíferos, e um comportamento
de flehmen aparentemente faz com que o ducto incisivo fique completamente patente, permitindo que o
ar e as substâncias químicas que ele carrega entra em contato com o órgão vomeronasal
▪ Receptores
• Receptores olfativos do OVN são similares àqueles do sistema olfativo principal, porém os
dendritos são equipados apenas com microvilosidades e não possuem cílios.
• Apresentam regeneração;
• Sinapse com células mitrais no bulbo olfativo acessório (dorsal ao bulbo olfativo).
• Hipotálamo associada a comportamentos sexuais e sociais

• Fisiologia dos sentidos-olfato


o Função das proteínas de ligação presentes nas camadas de muco:
▪ Atuam como transportadores de moléculas odoríferas lipofílicas através do ambiente aquoso do muco;
▪ Ligam-se de forma seletiva, a certas classes de odoríferos – filtro seletivo;
▪ Apresentam moléculas odoríferas, para facilitar a transdução do sinal;
▪ Limpam o muco, ao retirar compostos indesejáveis ou tóxicos;
▪ Desativam odoríferos, após a estimulação dos receptores olfatórios.
o

o Via central do olfato


o Receptores do sistema olfatório


▪ Seletivos
▪ Sensibilidade ampla e superposta.
▪ A codificação pode ser interpretada como resultado da proporção de ativação da célula receptora dos vários
tipos de moléculas odoríferas, resultando em uma proporção única para cada odor discriminado.
o



Gustação
• Função: Associada a ingestão de alimento
• Prudência nutricional: Rejeição de substâncias tóxicas x nutritivas
• Orientação sobre entrada de alimento (com o olfato):
o Salivação
o Aumento do fluxo gástrico e pancreático
• Receptores:
o Localização:
▪ Mucosa da cavidade oral
▪ Mucosa da cavidade faríngea
• Órgãos do paladar: botões gustativos presentes na parede das papilas gustativas
• Botões gustativos:
o Cada botão gustativo possui em torno de 50 a 150 células sensoriais mais as células de sustentação e células de
suporte
o Botões gustativos, que aparecem como corpos ovalados que captam coloração pálida aos cortes histológicos, estão
presentes nas papilas fungiformes, foliadas e circunvaladas, mas não nas papilas filiformes (Sönmez et al, 2012).
o As papilas gustativas se renovam a cada 10 dias;
o
o

o Localização: a predominância dos tipos é variável entre diversas espécies, e pode justificar os diferentes hábitos
alimentares – Ex.: Emura e cols. (2006) associa as papilas circunvaladas com a percepção do gosto amargo.
o

• Receptores membrana
o Doces: ricos em calorias;
o Salgados: manutenção do balanço hídrico;
o Azedo: sinal de perigo quando consumido em excesso;
o Amargo: tóxicas;
o Cada célula receptora individual da gustação reage a um estímulo particular, e cada classe de estímulo de sabor
ativa uma via celular distinta nos receptores que respondem a ela.
• Mecanismos da estimulação do paladar:
o Os mecanismos moleculares dos receptores do paladar não estão bem entendidos e que a pesquisa sugeria que
múltiplos mecanismos são responsáveis pela recepção.
o Sabor amargo: pelo menos dois mecanismos são postulados, um sistema de transdução do IP 3 (trifosfato de
inositol) e um outro direto da proteína G (gustducina).
o Sabor doce: é provável que existam dois mecanismos. Um deles é uma via mediada por receptor envolvendo
proteínas G e AMPc elevado, e o outro é um aumento da condutância catiônica direta via um canal de cálcio
sensível à amilorida.
o Salgado e ácido: agem via o estabelecimento de uma voltagem através do epitélio lingual e transporte de cátions
por vários canais (MYERS e COULTER, 2006).
o Segundo Hall (2017) os estudos com microeletrodos colocados em bostões gustativos isolados mostraram que cada
botão frequentemente responde, sobretudo, a um dos cinco sabores primários quando a substância identificada está
em baixa concentração. Entretanto, em altas concentrações, a maioria dos botões pode ser excitada por dois ou mais
dos estímulos gustatórios primários, assim como por outros poucos estímulos gustatórios que não se encaixam nas
categorias primárias.
• Distribuição topográfica papilar e da percepção de sabor
o As papilas não se distribuem sempre na mesma localização em todos os animais. P. ex. no cão:
▪ Papilas fungiformes estão distribuídas por toda a superfície dorsal nos dois terços rostrais da língua,
especialmente ao longo das bordas laterais e na ponta
▪ Papilas circunvaladas ocupam a parte caudal do dorso da língua
▪ Papilas foliadas estão localizadas na parte dorsolateral do segmento caudal da língua.
o A percepção de diferentes tipos de sabores também segue localização topográfica na língua (indicando que o
padrão de distribuição das diferentes células nos botões não é aleatório). Exemplo:
▪ Sabor “cárneo” é percebido principalmente nos dois terços rostrais da superfície dorsal da língua
▪ As áreas rostral e lateral da língua são sensíveis ao sabor doce
▪ A percepção do salgado e do ácido é mais intensa nas superfícies laterais (estão mais distais à área ocupada
pelos botões para sabor doce). A área perceptiva para sal ocupa apenas uma área pequena
▪ A parte distal da língua é mais sensível aos sabores amargos

• Variabilidade das espécies


o Métodos de estudo:
▪ Preferência
▪ Estudos eletrofisiológicos
o Animais com paladar similar ao humano: Uso do rato como modelo
o Cada espécie tem um paladar diferente
o Humanos:
▪ Doce
▪ Ácido
▪ Amargo
▪ Salgado
▪ Umami (gutamato)
o Animais:
▪ Agradável
▪ Desagradável
▪ Indiferente
o Cães:
▪ Açúcar
▪ Indiferentes ao octacetato de sacarose (amargo)
▪ O desenvolvimento de preferências gustativas iniciase antes do nascimento. As preferências inatas são
resultado da passagem transplacentária de moléculas presentes no sangue materno para a circulação fetal
e para a glândula mamária. Durante os primeiros dias de lactação, diferentes moléculas lipossolúveis
presentes no leite materno irão contribuir para a constituição de uma hierarquia precisa e forte de
preferência do cão. Este fato é amplificado pelo mimetismo com o comportamento alimentar materno e
por um condicionamento em função da natureza das refeições oferecidas durante este período. A variedade
das texturas e dos aromas oferecidos desde a quarta semana até a idade de seis meses condiciona
fortemente o comportamento alimentar do cão (PIZZATO e DOMINGUES, 2008).
o Gatos:
▪ Não mostram preferência para: sacarose, lactose, maltose, frutose, glicose.
▪ Evitam: sacarina, ciclamato, quinino e ácido cítrico
▪ Preferência – aroma
▪ Essa predileção por aminoácidos se mostra importante nos hábitos carnívoros dos gatos, pois permite a
diferenciação das diversas variedades de carne.
▪ Nucleotídeos monofosfato, que se acumulam no tecido da carne após a morte, são inibidores das unidades
perceptivas de aminoácidos em gatos, o que pode contribuir para sua indisposição em ingerir carnes
pútridas.
o Bovinos:
▪ Preferência por sacarose, glicose
▪ Indiferente a lactose
▪ Tolerância ao sal
▪ Os herbívoros possuem mais receptores do sabor amargo do que os carnívoros,
▪ Rejeita sulfato de quinino
o Galinhas:
▪ Indiferentes ao açúcar comum
▪ Xilose é desagradável
▪ Indiferença seguida de aversão a concentração crescente de sal
▪ Ampla tolerância a acidez e alcalinidade
▪ Amargos:
• Aceita octacetato de sacarose
• Rejeita sulfato de quinino
o Suínos:
▪ Respondem a sacarose
▪ Preferência menor pela glicose e lactose
▪ Indiferentes ao ciclamato de sódio (adoçante)
▪ Rejeitam sais de quinino

Visão
• Os olhos são órgãos sensoriais complexos que são, basicamente, uma extensão do cérebro.
• Cada olho possui uma camada de receptores, um sistema de lentes para a focalização de uma imagem sobre esses
receptores e um sistema de axônios para transmitir potenciais de ação para o cérebro, córnea e câmaras
• Estruturas anatômicas da visão:
o A parede do olho consiste em três camadas concêntricas:
▪ Túnica fibrosa: esclerótica e córnea. Essa camada confere sustentação mecânica e proteção ao olho.
▪ Túnica vascular: íris, corpo ciliar e coroide. Essas estruturas são amplamente pigmentadas e vascularizadas.
▪ Túnica neuroepitelial: retina (retina é a camada mais interna do olho)
o

o Câmara anterior - limitada pela córnea anterior e íris e superfície anterior da lente; Preenchido por humor aquoso
o Câmara posterior - limitada anteriormente pela íris, posteriormente pela cápsula da lente;
o Vítreo - fixado na pars plana, cápsula posterior da lente e membrana limitadora interna da retina; Quase
completamente acelular; Composto de ácido hialurônico, pequenas quantidades de colágeno e hialocitos raros
(corpo ciliar).
o Pálpebras
▪ Nascimento:
• Cãezinhos, gatinhos, ratos, coelhos e camundongos – fechadas
• Equinos, ruminantes, suínos e cobaias – abertas
▪ Piscar de olhos:
• Gatos – poucas vezes
• Mamíferos – pálpebra superior maior mobilidade
• Aves – pálpebra inferior maior mobilidade
▪ Função:
• Película de lágrima;
• Remoção de sujidades;
• Drenagem das lágrimas.
▪ Reflexo conjuntival: sensorial oculomotor e trigêmeo (toque);
o Glândula lacrimal:
▪ Produz lágrimas em resposta a estimulação parassimpática.
▪ Fluem pela córnea e são drenadas pelo ducto nasolacrimal.
▪ Valores de referência: entre 15 e 25 mm/min (cães) e 10 a 20 mm/min (gatos).
▪ Camadas do filme lacrimal pré-corneal:
• A camada externa é delgada, oleosa, produzida pelas glândulas sebáceas das pálpebras.
• A camada aquosa média é secretada pela glândula lacrimal, pela glândula da membrana nictitante
e pelas glândulas lacrimais da conjuntiva.
• Mucina: células caliciformes da conjuntiva e, às vezes pela glândula profunda da membrana
nictitante.
• Córnea
o Interface ar-tecido – resistência
o Transparência:
▪ Opacidade – edema, inflamação, trauma, etc.
o Ausência de vasos sanguíneos
o Animais noturnos -córnea maior (gato 30% e cão 17%)
o Inervação por fibras nervosas não mielinizadas
▪ Extremidades
o Epitélio corneano - escamoso estratificado; Não queratinizado;
o Lâmina basal e zona acelular colágena do estroma superficial – Membrana de Bowman;
o Estroma-lamelas corneanas compostas de fibras de colágeno finas, uniformemente espaçadas;
o Membrana Descemet: lamina posterior limitante.
o Endotélio - epitélio cubóide simples
o
• Humor aquoso
o Fluido transparente
o Funções:
▪ Nutrir a lente e a córnea
▪ Remover dejetos do metabolismo destas estruturas;
▪ Ocupar espaço e manter distância das partes refratárias
o Preenche as câmaras anterior e posterior
o Origem: câmara posterior por filtração e secreção de solutos e água.
▪ Transporte ativo de íons de sódio, cloreto e bicarbonato – gera gradiente osmótico.
o Absorção: sistema venoso no ângulo entre a córnea e a íris (ângulo iridocorneal) – gradiente de pressão.
▪ Glaucoma

• Íris
o Estrutura pigmentada contendo fibras musculares lisas dilatadoras e constritoras, dispostas de forma a variar o
diâmetro da pupila.
o Função:
▪ Permitir a passagem da luz para a retina, variando o diâmetro da pupila;
▪ Manutenção da pureza do humor aquoso;
• As células epiteliais superficiais fagocitam resíduos
▪ Manter a luz em foco sobre a retina.
o Variações entre espécies:
▪ Horizontal – herbívoros e suínos;
▪ Vertical e elíptica – gatos;
▪ Circular – cães.
o

• Cristalino
o Entre córnea e retina, preso por ligamentos suspensores que ligam o cristalino ao corpo ciliar
o Estrutura biconvexa
o Composição:
▪ Cápsula do cristalino: é uma lâmina basal grossa. Composta principalmente por colágeno tipo IV,
proteoglicanos, é elástica. É mais grossa no equador, onde se fixam as fibras zonulares.
▪ Epitelio subcapsular: é uma camada cúbica de células epiteliais do cristalino presentes apenas na superfície
anterior do cristalino
▪ Fibras do cristalino (células fibrosas do cristalino): derivam de células epiteliais do cristalino, se
diferenciam, sofrem alongamento e perdem todas suas organelas
o Funções:
▪ Focalização da luz incidente sobre a retina;
• Mudança no formato do cristalino para promover o foco (acomodação).
o Curvatura do cristalino:
▪ Tensão reduzida nos ligamentos
• Foco para perto
• Lente arredondada
▪ Tensão aumentada
• Foco em objetos distantes
• Lentes achatadas
o Catarata: Opacidade do cristalino (refração aleatória da luz – visão embaçada).
• Humor vítreo
o Fluido gelatinoso
▪ Rico em ácido hialurônico e colágeno
o Células fagocíticas para remover debris celulares
o Fornece suporte físico ao cristalino e mantém a retina junto à coroide;
▪ Alterações físico-químicas no hidrogel vítreo causam luxações do cristalino e deslocamento da retina.
• Retina
o É a membrana que preenche a parede interna em volta do olho, que recebe a luz focalizada pelo cristalino. Contém
fotorreceptores que transformam a luz em impulsos elétricos, que o cérebro pode interpretar como imagens.
Existem na retina dois tipos de receptores: bastonetes e cones que se localizam em torno da fóvea (primatas e aves)
ou estrias visuais (mamíferos domésticos).
o Outras células que compõem a retina são: bipolares, amácrimas, horizontais e ganglionares.
o Disco óptico: Ponto cego (é o lugar no campo visual que corresponde à falta de células fotorreceptoras no disco
óptico da retina onde passa o nervo óptico).
o Suprim. sanguíneo - Artéria central da retina (Nutre toda a superfície interna da retina) e Coroide (nutre superfície
externa da retina)
o Células bipolares, sinapse fotorreceptor- células ganglionares
o Células horizontais (interneurônio) – sinapse lateral entre fotorreceptores e bipolares.
o Células amácrinas (interneurônio) – sinapse lateral entre células bipolares e ganglionares.
o

o Região “foveal”
▪ Minimiza distorção
▪ Maior acuidade visual;
▪ Grande densidade de cones, ligados individualmente ao cérebro;
▪ Visão muito nítida: visão foveal ou visão central.
▪ Animais domésticos não apresentam região foveal, mas apresentam estrias visuais
▪ Quanto mais próximo da região central da retina, menor é a convergência dos fotorreceptores e maior
acuidade visual
▪ Em muitas espécies mamíferas veterinárias, embora a área central da retina também seja a área de maior
acuidade visual, não é formada uma fóvea distinta.
▪ Da fóvea para a periferia da retina decresce a densidade dos cones e aumenta a dos bastonetes;
▪ As Camadas de Tecido por Trás da Retina Absorvem Luz Principalmente, ou Podem Refletir a Luz,
Dependendo dos Hábitos da Espécie
• Visão diurna: melanina – absorção de luz sem excitar os fotorreceptores
• Visão noturna: tapetum, o facilita a reflexão de luz não absorvida de volta para a retina, permitindo
otimizar a utilização da luz que recebe, mas à custa da acuidade visual. A reflexão da luz no tapetum
produz o familiar “brilho noturno” dos olhos dos animais noturnos.
o Anatomia e função dos elementos estruturais da retina
▪ Cones e bastonetes
• Receptores primários
• Três partes
o Terminal sináptico
▪ Sinapse com cel bipolares
o Segmento interno
▪ Citoplasma
▪ Núcleo
o Segmento externo
▪ Especializado na fotorrecepção
▪ Contêm discos membranosos, cujas membranas contêm fotopigmentos visuais.
O fotopigmento visual é um complexo molecular sensível à luz que inicia uma
cadeia de eventos bioquímicos, transformando a luz em sinais elétricos neurais
• Sistema de Cones
o Menos sensíveis a luz
o Visão diurna;
o Alta acuidade (discernimento de detalhes)
o Visão colorida
o Retina central (fóvea)
o Fotopsina
• Sistema de Bastonetes
o Mais sensíveis à luz
o Visão noturna (baixa luminosidade);
o Baixa acuidade
o Acromático
o Retina periférica – animais diurnos;
o Rodopsina – purpura visual
▪ (escotopsina 11-cis retineno) – indução do potencial receptor
• Vit A
• Mecanismos de transdução fotoquímica
o Os discos dos segmentos mais externos dos fotorreceptores são formados regularmente próximos aos cílios e
fagocitados pelo epitélio pigmentar, e seus fotopigmentos ciclados de volta para discos recém-formados.
o O fotopigmento dos discos:
▪ Bastonetes – rodopsina
• Rodopsina = Ela é sintetizada a partir da opsina (proteina) e o retinal (lipideo) que é derivado da
vitamina A.
▪ Cones – fotopsina
o No escuro
▪ A membrana dos discos tem a sua permeabilidade alta para os ions Na e há uma corrente de despolarização
(corrente de escuro).
▪ Canais de Na são cGMP dependentes.
o Presença de luz
▪ O fotorreceptor reage fotoquímicamente: a rodopsina se descolore e ativa a proteina G, (conhecida como
transducina) que por sua vez, estimula a atividade da enzima efetora, uma fosfodiesterase (que que
converte o cGMP em GMP). A redução de cGMP inativa os canais de Na causando corrente de
hiperpolarização na membrana do fotorreceptor.
o Excitação do bastonete quando a rodopsina é ativada
▪ Quando os fótons de luz atingem a rodopsina há alterações que resultam na diminuição da concentração
do segundo mensageiro e consequente fechamento de muitos canais de sódio e cálcio = hiperpolarização.
▪ Diminuição da liberação do neurotransmissor Glutamato
▪ Gera potencial receptor
• Observação de cores
o Mamíferos domésticos:
▪ Cães: dois tipos de cones
▪ Gatos: 4 tipos de cones
▪ Primatas: três tipos de cones
▪ Pássaros: 4 tipos de cones (UV)
▪ Cones no centro
o Teoria de Young-Helmholtz, O cérebro determina a cor para um dado comprimento de luz pela comparação da
ativação relativa das diferentes populações de cones.
• Processamento da imagem na retina
o Deve-se:
▪ Diferenças funcionais dos fotorreceptores
▪ Distribuição na retina
• Região central: rica em cones, menos convergência (cone - cel ganglionar)
• Integração retiniana da imagem
o Circuitos neurais
▪ Acentuação do contraste
▪ Detecção do movimento
▪ Grandes alterações na luminosidade
▪ Interações sinápticas entre fotorreceptores, células bipolares e células horizontais – aumento de contraste
e da sensibilidade de direção
▪ Interação das células amácrinas, células bipolares e ganglionares – habilidade em detectar mudanças na
taxa de alternância entre claro e escuro.
• Vias ópticas
o Via retino-genículo-estriada está envolvida principalmente na percepção visual consciente da forma, cor,
movimento, orientação e profundidade.
o Via retinotectal desempenha um importante papel nos reflexos pupilares e no reflexo de orientação do olho ao alvo
visual.
o Via retino-hipotalâmica tem um papel na regulação do ritmo fisiológico pelos ciclos de claro-escuro.
o Ao nível do quiasma, ocorre decussação parcial das fibras: as fibras nasais de um mesmo olho cruzam para o lado
oposto; já as fibras temporais que se mantêm homolateralmente. Como consequência, no LGN e no córtex de um
lado (direito), chegam impulsos da retina nasal do olho esquerdo e da retina temporal do olho direito.
o Na prática significa que o córtex do lado direito toma consciência do hemicampo visual temporal do olho direito e
do hemicampo temporal do olho esquerdo.
o

• Reflexo pupilar
o Um reflexo luminoso pupilar direto normal testa a integridade da retina, do segundo e terceiro nervos cranianos
ipsilaterais, uma região limitada do tronco cerebral e a íris.
o Reflexo luminoso pupilar indireto ou consensual
• Amplitude visual
o Posição dos olhos
▪ Quanto mais laterais maior o campo de visão.
o Campo de visão (área total):
▪ Monocular: sem sobreposição
• Amplo campo de visão
• Proteção
▪ Binocular: sobreposição da área vista
• Maior percepção de profundidade
• Olhos frontais
• Animais de rapina – precisão
o
• Óptica e movimentos circulares
o

Termorregulação
• As reações químicas do corpo e, consequentemente, suas funções dependem da temperatura corporal.
• A elevação da temperatura acelera as reações, enquanto a redução da temperatura deprime estas reações.
• Para evitar oscilações das funções causadas pela temperatura, os mamíferos e as aves desenvolveram mecanismos pelos
quais a temperatura corporal é mantida em um nível relativamente constante, independentemente da temperatura
ambiente.
• Desafio !!!
o Espécies exóticas
o Variações sazonais ou diurnas
• Termorregulação: É a capacidade de manutenção da temperatura corporal dentro dos limites fisiológicos da espécie e de
importância fundamental para a homeostase
• Endotérmicos
o Homeotérmicos, de sangue quente
o A temperatura corporal não varia com a do ambiente
o Característica de mamíferos e aves de manter a temperatura corporal relativamente constante como resultado de
uma alta taxa metabólica gerada pela intensa combustão de alimento energético nas células.
o A produção de calor e é 7 a 10 X maior que os ectotérmicos.
o A temperatura interna do corpo é controlada pelo equilíbrio entre o calor produzido pelo seu metabolismo e o calor
ganho ou perdido para o ambiente externo.
o Modificações no comportamento;
o Meios fisiológicos modificam a conservação e perda de calor.
o Vantagens:
▪ Os homeotérmicos podem sobreviver a uma ampla variedade de ambientes e podem ficar ativos no inverno
▪ Permite às aves e mamíferos manter altas temperaturas corpóreas quando a radiação solar não está
disponível ou é insuficiente
▪ Podem viver nos locais mais frios da terra
▪ Sobra mais tempo para as outras atividades
o Desvantagens:
▪ Os endotérmicos necessitam de mais alimento que os ectodérmicos
▪ A energia para sustentar estas altas taxas metabólicas provém do alimento
▪ A endotermia é energicamente dispendiosa, e requer maiores taxas metabólicas nas aves e mamíferos
• Ectotérmicos
o Pecilotérmicos, de sangue frio
o A temperatura corpórea varia de acordo com a do ambiente
o Animais de temperatura variável, poiquilotérmicos, pecilotérmicos, ectotérmicos ou heterotérmicos são os que não
têm um mecanismo interno que regule a temperatura do seu corpo.
o

o Desta forma, ou o seu corpo permanece com temperatura variável, consoante a que existe no meio ambiente onde
está inserido, ou têm hábitos comportamentais que, por si só, lhes permitem manter a temperatura em níveis
aceitáveis para o seu organismo.
▪ As cobras e lagartos que tomam banhos de sol sobre pedras.
▪ Os peixes que se colocam a diferentes níveis de profundidade nas colunas de água, de forma a encontrar a
temperatura ideal.
▪ Animais, no deserto, que se enterram debaixo da areia durante o dia.
o Vantagens:
▪ Animais ectotérmicos não precisam se alimentar todo dia
▪ Podem colonizar habitats nos quais os suprimentos energéticos são baixos
▪ São mais adaptados a situações adversas como a falta de água, oxigênio e comida
o Desvantagens:
▪ Não podem viver em ambientes com mudanças extremas de temperatura
▪ As atividades de regulação térmica ocupam uma porção considerável do tempo de um animal
▪ Algumas espécies são excluídas de certos habitats devido à impossibilidade de termorregulação
• 33°C – 40°C : faixa de temperatura das espécies terrestres;
• 43°C – 45°C : letal (desnaturação dos sistemas enzimáticos).
• Temperatura corporal
o Cada espécie de animal doméstico tem uma temperatura corporal média.
o Algumas condições podem afetar a temperatura corporal, inclusive atividade física, hora do dia, temperatura
ambiente, digestão e ingestão de água.
o Gradiente de temperatura
▪ As diversas partes do corpo podem ter temperaturas diferentes por causa das diferenças na taxa
metabólica, no fluxo sanguíneo ou na distância da superfície.
▪ Por exemplo, o fígado e o cérebro: podem ter temperaturas mais altas que a do sangue e, por isso, eles são
resfriados pelo sangue circulante.
• Heterotermia regional –
o

• Reações fisiológicas ao calor


o O corpo produz continuamente calor em consequência do metabolismo. Se não tivessem mecanismos para perder
calor, a temperatura do corpo dos animais poderia aumentar a níveis insuportáveis.
o Os dois mecanismos principais de perda de calor são:
▪ (i) radiação, condução e conversão – 75% (controlado por mecanismos vasomotores);
▪ (ii) evaporação da água da pele e das vias respiratórias – 25%
▪ (iii) excreção das fezes e da urina – perda mínima.
o Ajuste circulatório
▪ O sangue circulante é um veículo de distribuição do calor corporal, o animal pode perder calor pelo sangue
quando este é levado à superfície da pele e exposto a um gradiente, resultando na perda de calor para o
ambiente.
▪ O volume de sangue que circula na pele é controlado pelas fibras vasoconstritoras simpáticas que inervam
os vasos sanguíneos.
▪ As células termossensíveis do hipotálamo rostral reagem ao aquecimento ativando os mecanismos
fisiológicos e comportamentais que levam à perda de calor.
o
o

o Perda de calor por evaporação


▪ A perda de água por evaporação é descrita como perda imperceptível de água;
• Inclui a perda pelas superfícies da pele e pelo ar aquecido exalado
• aumentam com a transpiração e a respiração ofegante.
▪ Sudorese
• Maior importância para animais de grande porte.
• Apócrinas: perdem parte do citoplasma durante a eliminação da secreção.
o liberam-na nos folículos pilosos.
• Écrinas (SH): liberam apenas sua secreção sem que nenhuma parte do citoplasma seja perdida
o lançam sua secreção diretamente na superfície da pele.

▪ Respiração ofegante
• O mecanismo da respiração ofegante é efetivo para dissipar excesso de calor, por causa das
quantidades maiores de ar que são forçadas a passar sobre as superfícies úmidas.
• Cão
o Inspira pelo nariz e expira pela boca
o Protrusão da língua úmida também aumenta a área de superfície disponível para
evaporação.
• Bovinos
o a respiração ofegante acompanha-se de aumento da salivação e a secreção salivar facilita
o resfriamento por evaporação.
o pode causar acidose metabólica, em consequência das perdas dos tamponadores
bicarbonato e fosfato presentes na saliva dos ruminantes.
o Reações aos extremos de calor
▪ As diversas espécies animais diferem quanto a sua capacidade de resistir ao calor.
▪ A umidade do ar torna-se um fator importante: à medida que a umidade aumenta, a evaporação por perdas
imperceptíveis diminui e o resfriamento é menor.
▪ Ruminantes parecem ter mais capacidade de resistir aos extremos de calor.
• A respiração ofegante com a boca aberta e a transpiração começam à medida que a temperatura
aumenta e esses animais podem suportar temperaturas na faixa de até 43°C com umidade acima
de 65%.
▪ Os porcos não conseguem tolerar temperaturas acima de 35°C com umidade acima de 65%
• Os porcos não transpiram copiosamente e suas bocas pequenas tornam ineficaz a respiração
ofegante. Além disso, esses animais geralmente têm gordura subcutânea expressiva (isolamento
térmico – gordura, penas, pelos e cabelos).
▪ Chafurdação
• Suínos têm mecanismos de perda de calor relativamente fracos e dependem do hábito de
chafurdar na lama, para que haja perda evaporativa de calor.
• Paquidermes
▪ Os gatos não podem suportar exposição prolongada às temperaturas ambientes iguais ou maiores que 40°C
quando a umidade relativa é maior que 65% - respiração ofegante e dispersão de saliva sobre os pelos.
▪ Cães – respiração ofegante, tolerância para até 41°C retal.
• Reações fisiológicas ao frio
o O frio ativa os mecanismos de aquecimento do corpo,
o Com o esfriamento excessivo, o calor é conservado por redução da perda ou ele é gerado para compensar o que é
perdido.
o Redução da perda
▪ Alterações comportamentais
• Redução da área de superfície (postura).
▪ Piloereção: a espessura da camada de ar aprisionado contra a pele aumentará. Quanto mais espessa a
camada de ar, maior o isolamento externo = diminui a condutância térmica.
o Aumento da produção de calor
▪ Quando a capacidade de reduzir a perda de calor não é suficiente para manter a temperatura corporal
normal, o animal precisa produzir calor.
▪ Calafrio/tremor (sensação de frio acompanhada de contrações musculares involuntárias) é um dos meios
pelos quais o animal produz calor. Calafrios são contrações rítmicas generalizadas dos músculos. Como 30
a 50% da energia da contração muscular são convertidos em calor, a contração aparentemente espasmódica
do músculo tem uma finalidade útil.
▪ Termogênese sem tremor
• A epinefrina e a norepinefrina são liberadas em quantidades maiores sob temperaturas baixas.
o ativa os receptores β3 -adrenérgicos nos adipócitos que aumenta o metabolismo de
gordura para produzir calor, que é distribuído ao corpo através da corrente sanguínea.
Além disso, sob estresse causado pelo frio, os adipócitos brancos podem ser convertidos
em adipócitos marrons necessários para geração de calor
• estimulam o aumento do metabolismo do tecido adiposo marrom (animais que hibernam e recém-
nascidos).
o A gordura marrom contém muitas mitocôndrias com proteínas especiais que as deixam
liberar energia de moléculas combustíveis, diretamente como calor.
• Hibernação
o é o ato de repousar em um estado dormente em uma cova protegida. (Recentemente, essa definição reconquistou
aceitação).
o No passado, a definição proposta era: “Hibernação é um estado de redução acentuada da temperatura central por
um mamífero ou uma ave, que tem sua temperatura corporal ativa na faixa de 37°C, embora mantendo sua
capacidade de reaquecer-se espontaneamente de volta ao nível homeotérmico normal sem absorver calor do seu
ambiente (Menaker, 1962).”
o As características da hibernação são as seguintes:
▪ Hibernação é um processo que ocorre nos animais de sangue quente
▪ O processo é autônomo: o animal induz e reverte o processo por algum mecanismo intrínseco
▪ O processo é radical: as alterações envolvem não apenas as funções fisiológicas evidentes, mas também
alterações celulares e subcelulares
▪ Todas as funções fisiológicas são mantidas, embora a um nível reduzido
▪ Durante o processo, a temperatura corporal é reduzida expressivamente a um nível compatível com a
sobrevivência das espécies.
o Despertar da hibernação:
▪ Os animais hibernantes despertam periodicamente de seu estado dormente. Por exemplo, os rins
continuam a produzir urina e o animal precisa urinar. Também existe um mecanismo de proteção contra o
resfriamento profundo nos animais que hibernam no inverno. Quando a temperatura corporal cai a níveis
próximos do congelamento, o animal desperta e reaquece rapidamente.
▪ Tecido adiposo marrom versus tecido adiposo branco
• O tecido adiposo marrom tem alta densidade de mitocôndrias.
• Esse tipo de gordura é encontrado tipicamente nos animais que hibernam e nas espécies menores,
mas também está presente nos recém- nascidos.
• A localização habitual do tecido adiposo marrom é na região subcutânea entre as escápulas
(omoplatas dos ombros) e na região dos rins, assim como no miocárdio.
• Quando as células do tecido adiposo marrom são estimuladas, elas consomem oxigênio e
produzem calor a uma taxa elevada.
• Hipotermia
o Exaustão dos mecanismos metabólicos de defesa.
▪ Caquexia, circulação e movimento.
o Anestesia – pentobarbital (depressão hipotalâmica e perda da capacidade de inicial mecanismos termogênicos) –
monitoramento pós-cirúrgico.
o 33 a 35°C: declínio na função do SNC (diminuição dos reflexos termorreguladores e tremor).
o 30 a 33°C: fibrilação ventricular
o Hipotermia regional
▪ Gangrena (orelha, cauda e pés)
o 26ºC – perda da consciência (cães e gatos)
o 25ºC – morte
• Hipertermia
o excede a capacidade evaporativa do ambiente ou
o diminuição dos mecanismos evaporativos devido a grande perda de líquido corporal.
o Estresse pelo calor: fase inicial da hipertermia (desidratação, hipovolemia e hipotensão)
o Intermação (41 a 43°C): semicomatoso e convulsões (choque circulatório).
▪ Tecidos hipertérmicos tem consumo elevado de oxigênio + perfusão tecidual inadequada (hipotensão) =
hipoxia celular (insuficiência orgânica)
• Regulação da temperatura nos endotérmicos
o Controle neural da temperatura corporal
▪ Termorreceptores periféricos
• Receptores para o calor;
• Receptores para o frio (maior número).
▪ Temperatura constante: descargas constantes
▪ Unidades termossensível do SNC
• Hipotálamo
o Flutuação da temperatura

o Febre
▪ Surge em resposta a uma elevação no ponto de ajuste termorregulador do animal e quase sempre
acompanha as doenças infecciosas. Acredita- se que a febre seja uma adaptação evolucionária para o
combate de infecções.
▪ A indução da febre começa com a produção de pequenos polipeptídeos, conhecidos como pirógenos, a
partir de vários tipos de células:
• a interleucina-1 (IL-1; considerada como sendo o mais importante), o fator de necrose tumoral
(TNF), a interleucina-6 (IL-6), o interferon (IFN) e a proteína inflamatória do macrófago (MIP) e
prostaglandinas (PGs), produtos da cascata do ácido araquidônico que provêm de células
endoteliais, são os principais participantes da patogenia da febre

Ritmos Biológicos
• “Os ritmos biológicos são alterações fisiológicas que se repetem regularmente em um mesmo tempo e em uma mesma ordem
e intervalo (periodicidade)” (Atkinson e Reilly, 1996).
• Periodicamente: dormir, acordar, comer, beber, excretar.
o Sono – diariamente.
• Classificação dos ritmos biológicos:
o Circadianos: ciclos de 24 ± 4 horas
▪ Temperatura corporal, melatonina;
o Ultradianos: ciclos menores de 20 horas
▪ Circulação sanguínea, ciclo sono-vigília bebês;
o Infradianos: ciclos maiores de 28 horas
▪ Ciclo menstrual e estral, produção de plaquetas no sangue;
• Ritmo cicardiano
o O ritmo circadiano é um ritmo biológico que persiste mesmo sob condições ambientais constantes (luz, temperatura)
com um período de duração de aproximadamente 24 horas.
▪ A manutenção de ritmicidade em um ambiente constante como a permanência no escuro contínuo
demonstra que o ritmo é gerado de forma endógena ao invés de uma reação ao ambiente externo.
▪ apesar de serem mantidos independentes das condições ambientais eles atuam sincronicamente com o
ambiente
▪ Luz fator externo mais comum;
o Esse sistema temporal permite ao organismo antecipar e se preparar para mudanças físicas no ambiente que estão
associadas com a noite e o dia. Assim o organismo se adapta tanto comportamentalmente como fisiologicamente
para deparar com desafios associados com essas mudanças, resultando em uma sincronização entre o organismo e
o ambiente externo.
▪ Ex: crepúsculo – crescente baixa luminosidade promove liberação de hormônios indutores do sono. Dita
hábitos diurnos e noturnos.
• Mecanismos de temporização em mamíferos
o O sistema de temporização dos vertebrados envolve três elementos principais:
▪ componentes capazes de recolher pistas ambientais (aferências);
▪ uma estrutura marcadora de ritmos – relógios biológicos.
▪ vias de comunicação (eferências) das informações para órgãos periféricos e tecidos.
o

o Aferência
▪ As informações da variação de luminosidade do ambiente são percebidas por células fotorreceptoras da
retina. O estímulo luminoso percebido exerce o papel de arrastador da ritmicidade circadiana na produção
de melatonina, fazendo com que seu pico seja sempre coincidente com a noite.
▪ RETINA – HIPOTÁLAMO – PINEAL
• Existe uma conexão multi-sináptica entre retina, NSQ e glândula pineal
• O trato retino-hipotalâmico leva a informação de percepção de luz até a zona ventro-lateral do
NSQ para ajustá-lo e para promover a geração de um ritmo.
• O NSQ por sua vez exerce um efeito modulatório sobre a via neural formada pelo núcleo
paraventricular (PVN) e a coluna intermédio-lateral da medula espinhal, as quais levam as
informações rítmicas do NSQ ao gânglio cervical superior (gânglio simpático) que inerva
diretamente a glândula pineal, liberando noradrenalina durante a noite, e consequentemente
ativando a via biosintética de melatonina.

o Relógios biológicos
▪ Nos mamíferos esses marcapassos constituem os Núcleos Supraquiasmáticos (NSQ), que são aglomerados
de neurônios no hipotálamo, adjacentes ao quiasma óptico.
▪ A destruição total dos Núcleos Supraquiasmáticos suprime numerosos ritmos circadianos como o de
atividade locomotora, ingestão de água, liberação de cortisol, a liberação de LH e a ovulação são bloqueadas
em muitas espécies.
o Eferências do relógio
▪ Das vias eferentes mais bem conhecidas é a conexão com a glândula pineal (NSQ – PINEAL), que atua como
um transdutor neuroendócrino liberando melatonina durante a fase de escuro e marcando a existência e
duração da noite.
▪ A pineal funciona como um transdutor neuroendócrino recebendo pistas da retina e dos NSQ e transmitindo
para o sistema como um todo por meio do padrão de secreção de melatonina, informar ao organismo de
se é noite ou dia no meio exterior, preparando o organismo fisiologicamente e no comportamento para as
mudanças temporais cíclicas no ambiente externo.
• Dia, noite e estações do ano
• Pineal relógio infradiano
o no período de luz, o núcleo supraquiasmático está ativo e, graças à sua ação inibitória gabaérgica sobre o núcleo
paraventricular, não há estimulação noradrenérgica da pineal.

o na fase escura o núcleo supraquiasmático está inativo e, portanto, há ativação da pineal.


▪ em ação inibitória sobre o núcleo paraventricular, há liberação de noradrenalina pelos neurônios pós-
ganglionares simpáticos do gânglio cervical superior à glândula pineal.
▪ Os receptores α1-adrenérgicos e β1-adrenérgicos, elevando os níveis intracelulares de AMP cíclico nos
pinealócitos e induzindo a expressão da Nacetiltransferase5 que resulta na síntese da MELATONINA.

o Eferências do relógio
▪ Melatonina
• A melatonina é o hormônio produzido pela glândula pineal, conhecido como hormônio marcador
do escuro;
• A síntese de melatonina não é exclusiva da glândula pineal, ocorre em outros tecidos como na
retina e no trato gastrintestinal;
• A melatonina plasmática reflete a melatonina sintetizada na pineal, enquanto a produção extra
pineal tem uma ação autócrina e/ou parácrina;
• Consciência, alerta e sistema reticular ativador
o Morfologia
▪ Serotoninérgicos:
• Núcleos da rafe: sono, apetite, regulação da temperatura, comportamento reprodutivo (projeções
craniais), tônus muscular e percepção da dor (projeções caudais).
o Funções do SRA
▪ Nível decrescente de atividade = desatenção e profundos do sono.
• Mediados por quedas na atividade dos sistemas colinérgicos, histaminérgicos e noradrenérgicos e
aumento na atividade dos sistemas dopaminérgicos e serotoninérgicos.
• Mecanismos de temporização em mamíferos
o

o Eferências do relógio
▪ Efeitos da Melatonina
• sincronizador endógeno
• indutor do sono
• como modulação do sistema imunológico
• inibição de prostaglandinas
• inibição da atividade mitótica e antioxidante.
• Reprodução: por ativação de receptores no eixo hipotálamohipófise-gônadas. Dado a diversidade
de receptores para melatonina no cérebro é possível que ela atue em diversos locais, exercendo
vários efeitos reprodutivos (secreção de gonadotrofinas, atividade das gônadas, comportamento
sexual, comportamento maternal, etc).
• O ritmo sazonal da fertilidade é dado primariamente por variações na frequecência de pulsos do
hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), controlado parcialmente pela melatonina.
▪ A melanina é antigonadotrófica em animais com período de gestação curto (hamster) e pró -gonadotrófica
em animais com gestação longa (ovelha)
o

o D

• Cortisol
o Variação durante o dia
▪ eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal coordenado pelo NSQ;
▪ o cortisol está relacionado à vigília , que eleva-se momentos depois do despertar.
▪ acredita-se que o início desse aumento ajuda a promover o despertar. Estudos demonstraram que
diminuições anormais no nível de cortisol em humanos, está relacionada a fadiga e sonolência.
▪ Animais domésticos = auge de liberação durante o dia uma vez que são diurnos.
• Ciclo vigília- sono
o Vigília: Estado em que uma pessoa responde facilmente aos estímulos sensoriais ambientais e comporta-se
ativamente manifestando padrões locomotores e expressões cognitivas.
o Sono: Estado de consciência complementar ao de vigilia que proporciona repouso durante o qual ocorre a suspensão
temporária da atividade perceptivo-sensorial e motora voluntária.
o Sono:
▪ Ocupa muito da vida de um animal:
• Gatos:
o 42% do sono comum
o 16% do estágio adormecido
▪ Animais privados do sono
• Morte (ratos 3 semanas);
• Em humanos, comprometimento cognitivo, distúrbios sensoriais e comportamentais.
▪ Necessário para:
• Recuperação bioquímica e funcional do cérebro *****Atividade cerebral durante o sono *****
• Consolidação da memória ou retificação de lembranças e do aprendizado.
• Plasticidade neural no desenvolvimento do cérebro
• Animais jovens dormem mais
▪ A longo prazo, a privação do sono pode comprometer seriamente a saúde, uma vez que é durante o sono
que são produzidos alguns hormônios que desempenham papéis vitais no funcionamento dos organismos.
▪ O pico de produção do hormônio do crescimento (também conhecido como GH, de sua sigla em inglês,
Growth Hormone) ocorre durante a primeira fase do sono profundo, aproximadamente meia hora após
uma pessoa dormir.
▪ A leptina, hormônio capaz de controlar a sensação de saciedade, também é secretada durante o sono.
Pessoas que permanecem acordadas por períodos superiores ao recomendado produzem menores
quantidades de leptina.
• Resultado: o corpo sente necessidade de ingerir maiores quantidades de carboidratos.
▪ Estágios do Sono
• Sono de ondas lentas (desativado, SOL ou NREM) Non Rapid Eye Movement
• Sono de ondas rápidas (ativado, REM) Rapid Eye Movement

• Sono de ondas lentas


o Estágio inicial
o Sistema nervoso parassimpática predomina (Frequência cardíaca e Frequência
Respiratória calma)
o Musculatura relaxada – com possíveis movimentos
o redução do metabolismo e diminuição do consumo da energia cerebral.

• Sono REM
o Sono de movimentos oculares rápidos ou paradoxal
o Sistema simpático mantem-se ativo (Frequência cardíaca, Frequência Respiratória e
temperatura aumentam)
o Aumento do consumo de glicose e oxigênio pelo cérebro;
o Paralisia generalizada ou perda do tônus muscular
• As Fases do Sono:
o (Sono NREM)
▪ Fase 1: Melatonina é liberada, induzindo o sono (sonolência);
▪ Fase 2: diminuem os ritmos cardíaco e respiratório, (sono leve) relaxam-se os
músculos e cai a temperatura corporal;
▪ Fases 3 e 4: pico de liberação do GH e da leptina; (sono profundo) cortisol começa
a ser liberado até atingir seu pico, no início da manhã;
o Sono REM: sigla em inglês para movimento rápido dos olhos, é o pico da atividade
cerebral, quando ocorrem os sonhos. O relaxamento muscular atinge o máximo, voltam a
aumentar as frequências cardíaca e respiratória.
o Sono NREM: de modo geral, o sono NREM apresenta baixa atividade neuronal, taxa
metabólica baixa, temperatura encefálica baixa, declínio da atividade simpática e
aumento da atividade parassimpática, pouca atividade muscular e a regulação da
temperatura está presente.
o SONO NÃO – REM
▪ “É um encéfalo ocioso em um corpo móvel”;
o SONO REM
▪ “O encéfalo está ativo e alucinado em um corpo paralisado”

o Particularidades do sono
▪ Espécies predadoras dormem mais do que as que servem de presa;
▪ As presas tendem a gastar menos tempo no sono REM do que os predadores;
▪ Animais que dormem em tocas (locais seguros), dormem mais do que os que dormem em lugares abertos.
▪ Em alguns animais, um hemisfério cortical dorme (sono uniemisférico), enquanto o hemisfério contralateral
permanece acordado;
• Permanecem com um olho aberto, vigilante;
• Golfinhos, baleias, peixe-bois, focas; proteção e respiração.
• aves, patos e jacarés; quando necessário, em situações de perigo.
o Substâncias endógenas responsáveis pelo início do sono:
▪ Peptídios muramil, interleucina 1, peptídio indutor do sono delta, prostaglandina D2, melatonina e
adenosina.
▪ Cafeína: Bloqueador dos locais receptores de adenosina.
o Vigília

o Perda de consciência: coma não é um sono profundo!


▪ SONO = estado de inconsciência do qual uma pessoa pode ser despertada por estímulo sensorial
▪ COMA = estado de inconsciência do qual uma pessoa não pode ser despertada.
▪ Perda de consciência transitória (Desmaio/Síncope)
• Causa – redução do fluxo sanguíneo cerebral
o Falha nos reflexos autorregulatórios dos vasos cerebrais
• Tipos:
o vasovagal – reflexa (dor, medo, estresse emocional)

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