Equoterapia

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 13

Equoterapia: benefícios,

aplicações e disciplinas
A equoterapia é a terapia que trabalha com os cavalos para
potencializar diferentes áreas ou habilidades da pessoa. É utilizada
principalmente com crianças com autismo, síndrome de Rett,
paralisia cerebral... Conheça alguns dos seus benefícios!

Cada vez mais as pessoas com algum tipo de transtorno ou deficiência vêm

optando por experimentar terapias alternativas para melhorar a qualidade de

vida, como é o caso da equoterapia.

Isso não significa que este tipo de terapia não existisse muitos anos atrás, mas

agora elas estão ganhando protagonismo. Através das terapias alternativas, a

pessoa pode conhecer novas maneiras de melhorar, de se conhecer e de

potencializar o seu desenvolvimento pessoal e a sua qualidade de vida.

A equoterapia tem como protagonista o cavalo, que é, por sua vez, a sua

ferramenta principal de trabalho. Foram relatados inúmeros benefícios da

equoterapia para pessoas com autismo, paralisia cerebral e outros tipos de

transtornos ou doenças. Você quer saber mais sobre o tema? Como esta prática

se originou? A quais grupos ela é indicada? Quais disciplinas inclui?

Contaremos todos os detalhes a seguir.

O que é a equoterapia?
A equoterapia, também chamada de terapia equestre, consiste em um tipo de

terapia na qual a ferramenta principal é o cavalo. É oferecida como uma

alternativa frequentemente utilizada em pessoas com algum tipo de deficiência

ou transtorno de desenvolvimento (como, por exemplo, o autismo).

O objetivo da equoterapia é favorecer o desenvolvimento cognitivo, físico,


emocional, social e/ou ocupacional do paciente (ou usuário) através de uma
série de exercícios, brincadeiras e atividades com os cavalos. De forma mais

global, esta terapia permite melhorar a qualidade de vida e o bem-estar destas

pessoas.

Através dela, a pessoa pode montar o cavalo, penteá-lo, cuidar dele, acariciá-lo,

dar-lhe comida, brincar com ele, fazer exercícios de diferentes tipos, etc. Como

sempre, um tratamento personalizado para cada pessoa (de acordo com as

suas características físicas e psicológicas) permitirá tirar o máximo proveito

da interação com o animal.

Origem
Onde e quando esta prática teve origem? Os gregos antigos aconselhavam as
pessoas a montar cavalos para prevenir e curar diferentes incômodos do corpo

e da mente. De maneira mais formal, diz-se que a equoterapia surgiu no

México em 1969, graças a um preparador físico do Centro Deportivo Olímpico

Mexicano, Rogelio Hernández Huerta. Naquele mesmo ano foi criado o


primeiro centro especializado de equoterapia, além da NARHA (North American

Riding for the Handicapped Association), uma associação que tem a missão de

coordenar e reconhecer oficialmente este tipo de terapia que tem o cavalo

como protagonista.

Em quais casos ela é indicada?


A equoterapia é especialmente indicada para pessoas que, como mencionamos,

têm algum tipo de deficiência, seja física ou mental, mas também para pessoas

com outros tipos de problemas, conforme veremos a seguir. Ela é utilizada

tanto em crianças quanto em adultos. Especificamente, os grupos que podem

tirar um grande proveito da equoterapia incluem pessoas com:


 Algum tipo de deficiência (física, psíquica ou sensorial).
 Transtornos do neurodesenvolvimento (como o autismo).
 Problemas de marginalização ou inadaptação social.
 Outros tipos de doenças.
De forma mais específica, este tipo de intervenção é aplicado, sobretudo, no

âmbito do autismo, da paralisia cerebral, da síndrome de Rett, lesões

medulares e/ou cerebrais, esclerose múltipla, fibromialgia, etc. Em cada caso, é

preciso fazer as adaptações correspondentes, e os objetivos a serem

trabalhados também serão diversos.

Benefícios da equoterapia
Os benefícios da equoterapia foram comprovados por diversos estudos. A

grosso modo, encontramos benefícios físicos e psicológicos. Entre os

psicológicos (e emocionais), se destacam os seguintes:


 Melhora a autoestima.
 Favorece o autocontrole das emoções.
 Potencializa a autoconfiança.
 Estimula a memória e a atenção.
 Favorece o respeito pela natureza e pelos animais.

Quanto aos benefícios físicos, foram observadas melhorias em crianças que

praticam equoterapia no desenvolvimento muscular, equilíbrio, força, tônus

muscular, capacidade motora, coordenação e resistência, entre outros.

A equoterapia e o autismo
Como mencionamos, a equoterapia é utilizada com frequência em crianças com

autismo pelos grandes benefícios que oferece. Um estudo de Pérez et al.

(2008) mostrou que, por meio do cavalo, a criança pode receber estímulos de

quatro tipos: vestibular, proprioceptivo, tátil e motor.

Além disso, segundo um trabalho de De La Prieta (2017), a transmissão de

calor corporal do cavalo, seus movimentos tridimensionais e as vibrações que

transmite proporcionam à criança uma estimulação das estruturas nervosas, o

que favoreceria o seu desenvolvimento.


Outro estudo, de Delgado y Sánchez (2015), publicado na Mediciego, indica

que as crianças com autismo podem chegar a se conectar emocionalmente com


o cavalo. Além disso, o fato de montá-los lhes proporciona uma sensação de

segurança que permitiria beneficiar a sua autoestima.

Diferentes disciplinas
Dentro da equoterapia, encontramos diferentes disciplinas. Algumas das mais

conhecidas são:

 Volteio terapêutico: implica fazer exercícios sobre o lombo do cavalo. A


sua realização melhora o equilíbrio e a coordenação do paciente.
 Equitação pedagógica: é uma disciplina muito utilizada. Consiste na
adaptação do paciente com o cavalo e com todo o seu entorno. No que diz
respeito aos benefícios, aumenta a motivação, estimula a afetividade e
melhora a concentração, entre outros.
 Hipoterapia: envolve a realização de exercícios de fisioterapia com e sobre
o cavalo. É possível transmitir o calor corporal do cavalo ao paciente, bem
como seus impulsos rítmicos e o movimento tridimensional (ou seja,
trabalha-se através do movimento do cavalo).
 Equitação adaptada: está ligada ao esporte de pessoas com diversidade
funcionam que já praticam a montaria. Sua finalidade é praticar a equitação
com as adaptações pertinentes.

A equoterapia constitui uma ferramenta terapêutica com benefícios

inegáveis que pode ser utilizada como terapia alternativa para crianças com

autismo e outras patologias ou transtornos.

Ela também é indicada para adultos, e a variedade de disciplinas que ela

engloba permite trabalhar com pessoas de todo tipo e em âmbitos muito

diversos. Vale destacar que a pessoa que acompanha o usuário ou paciente

durante a prática deve ser um profissional devidamente

qualificado (geralmente são fisioterapeutas especializados).


https://amenteemaravilhosa.com.br/equoterapia/
Terapia familiar na
esquizofrenia
A esquizofrenia não afeta apenas o paciente, mas também costuma
ter um impacto considerável em seu círculo de apoio. De forma
prototípica, esse círculo de apoio é constituído pela família. Neste
artigo, nos aprofundaremos neste tópico.

O papel da família e o uso da terapia familiar no tratamento da esquizofrenia

começaram a ganhar importância por volta da década de 1950. Brown

observou em seus estudos que os pacientes que retornavam ao ambiente

familiar sofriam muito mais recaídas do que aqueles que viviam sozinhos ou

com outras pessoas que não eram da sua família, como em residências

especializadas.

Concluiu-se, portanto, que a família pode ser uma variável estressante que

pode precipitar novas descompensações, podendo desenvolver

intervenções visando o controle desse estresse. Assim nasceu o interesse pela

terapia familiar na esquizofrenia.

Brown, em conjunto com outros dois pesquisadores – Birley e Wing – elaborou a

entrevista Camberwell Family (CFI), de quatro horas de duração, com a qual

tentaram prever recaídas nos pacientes.

Esses pesquisadores propuseram o novo conceito de Emoção Expressa (EE),

operacionalizado em 5 grandes escalas, a saber: Criticismo, Hostilidade,

Insatisfação, Cordialidade e Envolvimento Emocional Excessivo. O índice de

emoção expressa (EE) estaria em função da crítica, hostilidade e envolvimento

excessivo.
 O criticismo seria baseado naqueles comentários críticos que a família faz
constantemente sobre o comportamento do paciente.
 A hostilidade seria ainda mais generalizada e implicaria a rejeição total do
paciente como pessoa, e não apenas do seu comportamento específico.
 Finalmente, o envolvimento excessivo se refere à superproteção do paciente
pela família, à dramatização de situações sem importância e à exibição de
um grande sofrimento emocional.

Até o momento, pode-se concluir que a alta emocionalidade expressa a nível

familiar é o estressor crônico que melhor prediz as recaídas nos pacientes. É por

essa razão que, a nível psicológico, a terapia familiar é essencial na

esquizofrenia.

Estas são terapias que geralmente duram vários anos – cerca de dois para

serem eficazes – e é necessário contato regular com os familiares. Aqui estão os

principais tratamentos psicológicos voltados para a família.

São modelos de intervenção que têm como foco principal fornecer informações

sobre a doença, modificar certas respostas emocionais, reduzir o contato

paciente-família, melhorar a comunicação, fornecer às famílias estratégias

válidas de enfrentamento e resolução de problemas e oferecer apoio.

Modelo Anderson
Baseia-se na teoria da vulnerabilidade e tem como objetivo principal

a psicoeducação. Está organizado em cinco fases altamente estruturadas cujos

objetivos são promover um clima familiar adequado, favorecer a adesão ao

tratamento, evitar o isolamento social e evitar situações estressantes. As fases

são as seguintes:
 Conexão com a família. É uma intervenção unifamiliar na qual o paciente
pode estar presente. Trabalha-se sobretudo a aliança terapêutica, o
sentimento de culpa, a emoção expressa e as estratégias para resolver
problemas do passado e do presente.
 Workshop psicoeducacional ou seminário de habilidades de
sobrevivência. É multifamiliar por natureza e o paciente não estaria
presente aqui. É uma oficina psicoeducacional em que a família recebe
informações sobre a doença, os medicamentos e a importância do cuidado.
 Reintegração na comunidade. Família e paciente juntos nas sessões.
Trabalhamos para colocar em prática tudo o que aprendemos nas fases
anteriores. Pode haver sessões de rotina, telefônicas e atendimento
excepcional em momentos de descompensação.
 Reabilitação social e profissional.
 Fim do tratamento. As sessões são espaçadas quando o paciente e sua
família alcançam as metas e são acompanhados ao longo do tempo.

Modelo Leff
Oferece um pacote de intervenções sociofamiliares destinadas a mudar a alta

emoção expressa. Os principais objetivos desse modelo são: reduzir a EE e o

contato com o paciente, aumentar as redes sociais familiares, reduzir

expectativas irrealistas e melhorar a comunicação. Está organizado em três

fases:
 Programa psicoeducacional. Para aumentar a conscientização sobre a
doença. É realizado na própria casa da família por meio de leituras, que
serão posteriormente debatidas.
 Grupos interfamiliares. Integrado com famílias de baixo e alto EE, para
que aqueles que fizerem parte dos de baixo sirvam de modelo para os demais
e possam aprender. A técnica estrela desta fase é a resolução de problemas,
considerando várias situações e encontrando, entre todas as formas de
enfrentamento, as mais realistas e eficazes.
 Grupos unifamiliares. O objetivo é diminuir a EE e o contato social.
Trabalha-se de forma unifamiliar com o paciente

Modelo Fallon
Trata-se de uma terapia comportamental. Ela encontra sua justificativa no

modelo de estresse-vulnerabilidade-enfrentamento-competência.
É altamente estruturado e diretivo e se baseia no aprendizado social e no

behaviorismo. Defende que as habilidades de enfrentamento tornam a pessoa

competente para enfrentar os desafios da vida. Está organizado em 5 fases:


 Avaliação comportamental da unidade familiar. Pretende-se analisar
funcionalmente a forma como a família se comunica e resolve seus
problemas e também as possibilidades, necessidades e déficits que cada
membro da família apresenta.
 Educação sobre a doença. Baseia-se em um formato de intervenção
unifamiliar com a família e o paciente, sendo o contexto da intervenção o
domicílio. São fornecidas informações sobre a doença, combinando a
apresentação de conteúdos, o debate e a contribuição de experiências
pessoais. O estilo do terapeuta deve ser aberto e isento de críticas e
acusações.
 Treinamento em comunicação. Baseado em um formato de intervenção
unifamiliar com a família e o paciente. O treinamento em habilidades sociais
e de comunicação é realizado para reduzir as tensões no ambiente familiar e
promover a adaptação.
 Treinamento em resolução de problemas.
 Estratégias comportamentais específicas. Existem problemas que não
podem ser resolvidos pelo treinamento em solução de problemas da fase
anterior. Nesta fase, as famílias aprendem outras estratégias
comportamentais que podem ser úteis, tais como: gerenciamento operante,
estabelecimento de limites, habilidades sociais, contrato de contingência,
terapia sexual e de casal, relaxamento, pausa, etc.

Modelo Tarrier
É um modelo cognitivo-comportamental que se interessa em dar uma resposta

aos problemas e necessidades familiares e reduzir a EE. Pretende-se dotar os

familiares – “agentes da reabilitação” – de competências em relação ao

paciente. É importante reduzir o estresse familiar e a forma como a família


reage quando o estresse é produzido. As fases são as seguintes:
 Programa educacional. Em uma das sessões, apenas familiares são
consultados por meio de folheto educativo e são
analisadas crenças falaciosas sobre a doença. Na outra sessão, também se
trabalha com o paciente.
 Gerenciamento do estresse e respostas de enfrentamento.
 Programa de definição de metas. Os membros da família são ensinados a
lidar com os problemas de uma maneira mais construtiva e a mudar os
padrões antigos para alguns mais benéficos para todos os membros.

Conclusões sobre o uso da terapia


familiar na esquizofrenia
A esquizofrenia é considerada uma doença psiquiátrica em que a medicação

deve ser o único tratamento utilizado. Isso gerava um sentimento de

desamparo nos pacientes e seus familiares: parecia que “tudo estava perdido” e

que nem o paciente nem sua família poderiam exercer qualquer controle sobre

esse transtorno tão devastador.

Graças às inúmeras pesquisas no campo da emoção expressa, sabemos que não

é esse o caso. A terapia familiar na esquizofrenia pode ajudar os pacientes a

administrar seus problemas de forma mais positiva, integrar-se à sociedade ou

se comunicar de maneira mais eficaz. Por outro lado, a família, que pode ser

um grande estressor, também pode aprender com as terapias e

consequentemente beneficiar o paciente e o entorno em geral.

Portanto, uma vez que o paciente esteja estável, é necessário implementar

tratamentos psicológicos empiricamente respaldados com o objetivo de

melhorar a qualidade de vida dos pacientes esquizofrênicos e incutir

esperanças de melhora que dependem deles próprios, e não apenas de um

medicamento.
https://amenteemaravilhosa.com.br/terapia-familiar-na-esquizofrenia/
Sexólogos: características,
formação e mitos
Alguma vez você já se perguntou o que os sexólogos fazem? Será
que sabemos qual formação eles têm? O que ouvimos sobre essa
profissão é verdade? Talvez você fique surpreso com este artigo.

Os sexólogos são figuras desconhecidas que, ao mesmo tempo, estão cercadas

de mistério. Primeiramente, antes de dizer quem é essa figura profissional,

seria bom descrever a própria área de atuação: a sexologia é a ciência que

estuda os sexos, suas identidades, misturas, diferenças e interações, tanto

íntimas quanto públicas.

Ou seja, não é uma área que estuda apenas “o sexo”, no singular, mas sim “os

sexos”, no plural, uma vez que são dois e implicam uma diversidade de formas

de viver e se sentir como homem e como mulher.

Estamos falando de uma corrente científica que tem aproximadamente cem

anos de idade. Ou seja, ainda não se encontra tão embasada e normalizada

quanto outras correntes que, de alguma forma, se fazem presentes em nossas

vidas.

É precisamente por ser uma ciência nova que crescem a incerteza, o

desconhecimento e, como consequência, alguns preconceitos… Isso

porque quando uma disciplina não está tão bem estabelecida, ela precisa de

tempo para se institucionalizar e obter uma certa aprovação e consideração

social. Além do mais, esta ciência é cercada pela crença popular de que se

encarrega única e exclusivamente dos “problemas da cama”, quando na

verdade ela se encarrega de muitas outras situações.

Sua “juventude” e o assunto com que lida a tornam peculiar. Tanto que ainda

há um certo desconhecimento acerca dos profissionais sexólogos e sexólogas. O

que fazem ou o que estudaram são apenas algumas das perguntas mais
frequentes, cujas respostas permanecem desconhecidas para boa parte da

sociedade.

O que define um sexólogo?


As intervenções em sexologia podem ser agrupadas em quatro grandes

grupos: a educação, o aconselhamento, a terapia e a investigação. Estas quatro

áreas diferentes e diversas geram uma diversidade de perfis profissionais, o

que dificulta definir um perfil profissional único.

Porém, há certos traços e características que um sexólogo deveria ter, ou que,

pelo menos, favoreceriam o seu desenvolvimento profissional:


 Habilidades sociais. Em praticamente todos os âmbitos, o sexólogo precisa
tratar diretamente com dificuldades individuais ou de casais. Isso requer
uma certa sutileza no trato, nas palavras, nas formas e, definitivamente, no
tipo de comunicação. Encontrar o equilíbrio entre se fazer presente sem
perder o profissionalismo, e ser profissional sem perder a proximidade, é
uma tarefa difícil que requer prática.
 Curiosidade. Seja por abordar, às vezes, temas difíceis de abordar em outras
áreas, ou simplesmente porque o estudo dos sexos oferece muita
diversidade, o sexólogo está em um processo contínuo de aprendizagem.
Assim, é difícil para uma pessoa que escolheu esta profissão não ter a
curiosidade de conhecê-la melhor e se alimentar do conhecimento dela.
 Abertura mental. O sexólogo não deve apenas estar disposto a aprender
todos os dias, mas também deve estar disposto a ter a mente aberta o
suficiente para receber informações de muitas fontes e não descartá-las, ou
assumi-las como verdadeiras antes de processá-las. Ou seja, o sexólogo,
devido à evolução contínua e rápida, precisa se atualizar
constantemente.

Qual é a formação dos sexólogos?


Já sabemos a que os sexólogos se dedicam e quais características são

recomendáveis para exercer a profissão, mas talvez não estejamos a par de


qual formação acadêmica eles recebem. Vale destacar que, dependendo do país,

a prática da sexologia, de modo geral, pode estar mais ou menos desenvolvida.

Isso significa que países nos quais a área já esteja avançada provavelmente

possuem entidades próprias, tanto acadêmicas quanto profissionais.

Na Espanha, por exemplo, um sexólogo é um profissional que possui diploma

universitário (tecnólogo, bacharel ou licenciatura) e que também possui

mestrado em sexologia. Ao contrário do que muitos podem pensar, um

sexólogo não necessariamente precisa ser um médico ou psicólogo que escolheu

uma especialização em sexologia; por outro lado, é recomendável ter uma

formação profissional nessas áreas.

Ainda na Espanha, há grandes profissionais que se formaram em sexologia após

terem estudado áreas como sociologia, jornalismo, fisioterapia, filosofia,

assistência social ou antropologia. A sexologia é uma disciplina muito ampla,

com uma diversidade de perfis acadêmicos que praticamente garante o

exercício da profissão a partir de todas as perspectivas.

Quais são os mitos sobre os


sexólogos?
Listamos os principais mitos relacionados a esta profissão a seguir:

Os sexólogos só intervêm em casos de


dificuldades eróticas
De fato, os sexólogos tratam dificuldades em relações eróticas, mas não fazem

só isso. Além desses casos, existe uma variedade considerável de situações que

podem ser trabalhadas com a assistência de um sexólogo, como uniões

e separações de casais ou infidelidade.

“Se é sexólogo, é bom de cama”


Este é um mito que até parece simpático e bem-humorado, mas apesar disso

ele pode gerar dificuldades ou criar expectativas irrealistas com relação à

esfera privada dos sexólogos.

“Ser bom de cama” é uma expressão rechaçada na própria sexologia, uma vez

que não há um jeito “certo” de se relacionar, mas sim muitíssimos jeitos.

Temos que escolher aquele que nos traga mais prazer e satisfação.

Ensinam a colocar camisinha nas escolas


Mais do que um mito, esta é uma imagem que foi construída ao longo do tempo

em decorrência das intervenções feitas por sindicatos em escolas

secundárias. É importante falar de saúde sexual: saber usar camisinha, quais


tipos de métodos contraceptivos estão disponíveis e entender os riscos de

doenças sexualmente transmissíveis, mas, além disso, é importante garantir

que, quando os adolescentes decidem ter relações, é porque eles realmente têm

vontade, e não porque estão cedendo a pressões do grupo.

Também é importante ensinar como administrar a intimidade no

relacionamento, para que moças e rapazes aprendam que não se pode invadir a

intimidade do namorado ou namorada com a intenção de controlar a pessoa.

Este é apenas um dos exemplos de intervenção realizada no ambiente escolar

por sexólogos e sexólogas.

É preciso que a visibilidade da sexologia enquanto profissão avance para que

possamos encerrar estigmas e mitos que só atrapalham. No final das contas, os

maiores beneficiários desses serviços serão os usuários carentes de assistência

nesse âmbito.
https://amenteemaravilhosa.com.br/sexologos-caracteristicas/

Você também pode gostar