Malária
A malária é uma protozoose transmitida por meio da picada de um mosquito (gênero
Anopheles) contaminado com o parasita do gênero Plasmodium. A doença é grave e pode
levar à morte caso o tratamento adequado não seja feito. Seus sintomas apresentam padrões
cíclicos e incluem febre alta, calafrio e sudorese. Todo o tratamento para a malária é
disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Definição de Malária
A malária é uma doença febril causada por um protozoário do gênero Plasmodium. As
espécies que podem causar malária em seres humanos são Plasmodium falciparum, P.
vivax, P. malaria e, P. ovale e P. knowlesi. Vale destacar, no entanto, que nem todas essas
espécies são encontradas no Brasil, sendo esse o caso das P. ovale e P. knowlesi. No que
diz respeito ao protozoário responsável pelo maior número de casos no nosso país, destaca-
se o P. vivax, responsável por 90% de todos os casos, sendo esse parasita de baixa
letalidade. No quesito letalidade, destaca-se o P. falciparum.
O vetor dessa doença é o mosquito do gênero Anopheles, popularmente conhecido como
mosquito-prego ou carapanã. Ele se contamina ao picar uma pessoa contaminada, tornando-
se capaz de transmitir a doença para outros indivíduos.
No Brasil, os principais focos da doença estão na região chamada de Amazônia Legal, da
qual fazem parte os estados Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins
Sintomas da malária
Os sintomas da malária surgem, em média, 15 dias após a picada do mosquito infectado.
Entretanto, pode-se observar variações no tempo de incubação de acordo com o protozoário
causador da doença.
Dentre os sintomas da malária, podemos destacar a febre alta, geralmente maior que 38 ºC.
Essa febre coincide com o momento em que as hemácias rompem-se e os merozoítos são
liberados. Além da febre, pode-se observar sintomas como calafrios, tremores, sudorese
intensa, dores de cabeça, dores nos músculos e diminuição da força física.
Na sua forma mais grave, o paciente pode apresentar icterícia (coloração amarelada na pele,
mucosas e olhos), hemorragias, hipotensão e coma. A malária pode levar à morte.
Diagnóstico da malária
O diagnóstico da malária é feito por meio da análise de sintomas e exames laboratoriais. O
exame considerado padrão-ouro no diagnóstico da doença é conhecido como gota espessa.
Esse teste permite a análise da carga parasitária e também a identificação do parasita.
Outros exames que podem ser realizados são o teste rápido, diagnóstico molecular e
esfregaço delgado. Vale destacar que, apesar da praticidade, os testes rápidos devem ser
usados apenas em locais que o gota espessa esteja em falta, entre outros fatores, pelo fato
de não avaliarem a densidade parasitária e poderem levar ao falso positivo devido à
persistência de partes do parasita.
Transmissão da malária
A malária é uma doença transmitida, principalmente, pela picada da fêmea do mosquito do
gênero Anopheles contaminada. Esses mosquitos, geralmente, são mais abundantes durante
o amanhecer e o fim da tarde. Apesar da transmissão da malária ocorrer, principalmente,
pela picada de uma fêmea do mosquito, a doença pode ser adquirida de outras formas.
Transfusão de sangue, forma congênita, compartilhamento de seringas e acidentes de
trabalho (pessoas que trabalham em hospitais e laboratórios) são algumas das formas de
transmissão.
Tratamento da malária
A malária, após ser diagnosticada, deve ser tratada rapidamente, pois é uma doença grave
que pode causar a morte. O tratamento baseia-se no uso de medicamentos específicos que
podem variar de acordo com cada caso e possuem como objetivo principal interromper o
ciclo do parasita. A dosagem também será diferente a depender de fatores como tipo de
parasita e quadro geral do paciente.
Prevenção da malária
A malária é transmitida, principalmente, por meio da picada do mosquito, portanto, deve-se
evitar o contato do ser humano com esse vetor. Algumas formas de prevenção são:
Utilizar telas de proteção nas janelas e portas;
Fazer uso de mosquiteiros;
Utilizar repelentes;
Fazer uso de roupas que protegem braços e pernas.
Vale destacar que, até o momento, não existem vacinas contra a malária. Outro ponto que
merece destaque é o fato de que uma pessoa que teve malária uma vez pode desenvolver a
doença novamente. Entretanto, de acordo com o Ministério da Saúde, indivíduos que
tiveram vários episódios de malária podem apresentar uma imunidade parcial, o que faz
com que a doença, quando adquirida após vários casos, não apresente ou apresente poucos
sintomas. Uma imunidade total contra a doença, no entanto, não foi observada.
Tuberculose
A tuberculose é uma infecção contagiosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium
tuberculosis, que se propaga pelo ar. Ela geralmente afeta os pulmões, mas praticamente
qualquer órgão pode estar envolvido.
Definição de Tuberculose
A tuberculose é uma doença infecciosa predominantemente pulmonar causada pela bactéria
do tipo bacilo chamada Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch). A bactéria foi
descoberta por Robert Koch em 1882. É transmissível de pessoa a pessoa e ainda hoje é um
grave problema de saúde, principalmente em países menos desenvolvidos, onde possui alta
mortalidade. As variedades do M. tuberculosis podem provocar tuberculose no gado bovino
(M. tuberculosis bovis), aves (M. tuberculosis avis) e humanos (M. tuberculosis hominis).
A tuberculose bovina pode contagiar o homem e vice versa. Quando o homem adquire a
tuberculose bovina, esta se apresenta sob forma extrapulmonar (tuberculose intestinal,
óssea ou ganglionar). Mais raramente pode ocorrer tuberculose nas meninges (membrana
que recobre o cérebro). Os grupos mais vulneráveis a contrair a tuberculose são os
portadores do HIV, diabéticos, fumantes, indivíduos que fazem uso de álcool e drogas e as
pessoas privadas de liberdade.
Sintomas de Tuberculose
Tosse persistente por pelo menos três semanas, expectoração, dor torácica, falta de apetite,
fadiga constante, emagrecimento, suor noturno, febre baixa ao anoitecer, catarro
esverdeado, amarelado ou com sangue. Em casos mais graves pode ocorrer
a hemoptise (hemorragia proveniente dos pulmões, devido à ruptura dos vasos pulmonares
nas crises de tosse).
Diagnóstico
Basicamente é feito pelo histórico do paciente e o seu exame clínico. Para confirmação do
diagnóstico utilizam-se os exames de cultura de escarro (de lavados gástricos, urina, líquido
cefalorraquidiano) e raio-X de tórax. Pode ser solicitado quando necessário a biópsia do
órgão afetado
Transmissão
É uma doença extremamente contagiosa. A transmissão pode acontecer de várias formas:
através de fala, espirro e tosse da pessoa infectada; uso de objetos, roupas e utensílios
contaminados; ingestão de leite, carne bovina e derivados contaminados; convivência com
a pessoa infectada. Em domicílios pouco ventilados e arejados a possibilidade de
transmissão da doença é maior porque os bacilos sobrevivem por até 8 horas no ambiente
Tratamento
O tratamento dura em média 6 meses. Nos primeiros dois meses, utiliza-se uma
combinação de quatro drogas: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Após esse
período inicial e durante mais quatro meses o paciente utiliza somente a rifampicina e a
isoniazida. Se o paciente seguir o tratamento durante esses seis meses, ele fica curado
da infecção. Caso o tratamento seja interrompido, ocorre uma recaída e o paciente tem que
começar o tratamento todo novamente. Os casos complexos e graves necessitam de
internação hospitalar.
Prevenção
A prevenção é realizada através da vacina BCG que é aplicada no primeiro mês de vida da
criança. Essa vacina não é eficaz na tuberculose pulmonar, mas diminui as chances de
desenvolvimento das formas graves da doença. Apesar disso, a forma mais eficaz é o
tratamento das pessoas doentes para que seja evitado o aparecimento de novos casos.
Referência Bibliografia:
Soares, JL. Programas de Saúde. Editora Scipione
Tortora, Gerard J. Microbiologia. 10. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2012.
Tuberculose: médica explica os sintomas, o diagnóstico e como se prevenir.
https://portal.fiocruz.br/pt-br/content/tuberculose-especialista-explica-os-sintomas-o-
diagnostico-
e-como-se-prevenir.
Vanessa Sardinha dos Santos
Tuberculose
A tuberculose é uma doença infeciosa que afeta principalmente os pulmões. Esta infecção
pulmonar causa sintomas como febre, tosse, expetoração, perda de peso, dor no peito, entre
outros, conforme veremos adiante com maior detalhe.
A tuberculose pulmonar é uma doença grave provocada por uma bactéria (bacilo de Koch)
e que pode ser fatal. Para além do sistema respiratório, a tuberculose também pode afetar
outros órgãos (veja os principais adiante).
A tuberculose primária é a forma mais comum após a infeção pelo bacilo. Resulta numa
pequena área de pneumonite (ocupando geralmente o terço médio do pulmão) e por uma
adenomegalia hilar e/ou mediastínica homolateral - complexo primário. Após esta fase
inicial, o sistema imunológico ou imunitário (sistema de defesa do organismo), geralmente,
evita que a doença se propague, mas pode abrigar as micobactérias que causam tuberculose.
Por este motivo, faz-se uma distinção entre dois tipos de tuberculose:
Tuberculose latente - situação em que existe uma infeção por tuberculose, mas as
bactérias permanecem no corpo num estado inativo e não causam sintomas. A
tuberculose latente não é contagiosa. A tuberculose latente, também é chamada de
tuberculose inativa ou tuberculose infeção. A tuberculose latente pode transformar-
se em tuberculose ativa, daí que a instituição de tratamento adequado e atempado
seja muito importante, não só para debelar a tuberculose latente na pessoa afetada,
mas também para ajudar a controlar a propagação a outros indivíduos.
Tuberculose ativa - nesta situação, a doença pode contagiar outros indivíduos. Esta
reativação ou tuberculose secundária pode ocorrer nas primeiras semanas após a
infeção ou pode ocorrer anos mais tarde. Não podemos falar em período de
incubação da tuberculose, mas o processo de transformação de tuberculose infeção
em doença pode demorar anos ou inclusive nunca ocorrer.
O risco de adquirir a tuberculose é maior em pessoas com idade muito jovem ou muito
avançada (idosos). Apesar do risco ser semelhante nos homens e nas mulheres, os homens
possuem uma maior incidência devido aos fatores de risco serem mais predominantes no
sexo masculino. Nomeadamente a infecção pelo HIV, alcoolismo, tabagismo,
toxicodependência. Veja mais informação em causas e fatores de risco.
Saiba, de seguida, quais são os sintomas de tuberculose.
Sintomas de Tuberculose
Os sinais e sintomas da tuberculose ativa são:
Tosse com duração de três ou mais semanas;
Expetoração com sangue;
Dor no peito ou dor com respiração ou tosse, vulgarmente definida como “pontada”
e “dor nas costas”;
Perda de peso involuntária;
Fadiga (cansaço);
Febre, embora o doente com tuberculose nem sempre tenha febre associada;
Suor noturno (transpiração durante a noite);
Arrepios;
Perda de apetite;
Rouquidão ou dor de garganta (tuberculose laríngea).
No começo da doença, podemos identificar alguns sintomas iniciais: febre (temperatura
corporal elevada), perda de peso inexplicada, suores noturnos ou tosse persistente, que
podem variar de acordo com vários fatores. No entanto, estes sinais e sintomas podem
resultar de outras doenças pulmonares, ou que afetem até outros órgãos. Perante estes
primeiros sintomas deve procurar o seu médico pneumologista (especialista em
pneumologia) com urgência.
A tuberculose também pode afetar outras partes do corpo para além do pulmão. Incluem-se
os rins, coluna vertebral ou cérebro.
Denomina-se por tuberculose extra-pulmonar quando a doença ocorre fora dos pulmões,
conforme veremos de seguida. Os sinais e sintomas na tuberculose extra-pulmonar variam
de acordo com a fisiopatologia do órgão envolvido.
Tuberculose extra-pulmonar
A doença ativa não tratada afeta geralmente os pulmões, mas pode disseminar-se para
outras partes do corpo através da corrente sanguínea (tuberculose disseminada). Exemplos
de tuberculose extra-pulmonar incluem:
Tuberculose óssea (nos ossos), Tuberculose da coluna vertebral - dor nas costas e
rigidez são complicações comuns da tuberculose;
Doença articular - a artrite tuberculosa geralmente afeta as ancas e os joelhos;
Tuberculose cerebral (no cérebro) –inflamação das membranas que cobrem o
cérebro (meningite). Isso pode causar dor de cabeça duradoura ou intermitente que
ocorre durante semanas. Alterações mentais também são possíveis na tuberculose
cerebral;
Tuberculose ganglionar - quando a doença provoca um aumento do tamanho dos
gânglios linfáticos; no pescoço, axilas, ….
Tuberculose urinária – Se a tuberculose afeta o rim (tuberculose renal) e bexiga,
podendo causar sangue na urina (hematúria);
Doença no fígado (tuberculose hepática) ou nos rins. O fígado e os rins ajudam a
filtrar resíduos e impurezas da corrente sanguínea. Essas funções ficam prejudicadas
no caso de estarem infetados por tuberculose;
Tuberculose miliar ou tuberculose cutânea – quando a tuberculose afeta a pele;
Doenças cardíacas - Raramente, a tuberculose pode infetar os tecidos que rodeiam o
coração, causando inflamação e acumulação de líquidos que podem interferir com a
capacidade do coração bombear eficazmente o sangue. Esta condição, chamada de
derrame pericárdico, pode ser fatal;
Tuberculose pleural – a tuberculose pleural é o tipo de tuberculose que afeta a
pleura;
Para além dos atrás mencionados, praticamente todos os órgãos podem ser
envolvidos: tuberculose ocular (nos olhos), tuberculose intestinal (no intestino),
tuberculose peritoneal, etc.
Na tuberculose extra-pulmonar, os sinais e sintomas podem variar bastante de acordo com o
órgão afetado.
Causas de Tuberculose
O agente etiológico (agente causador) da tuberculose é o bacilo de Koch (nome cientifico
da bactéria - mycobacterium tuberculosis) que se propaga de pessoa para pessoa através de
gotículas microscópicas liberadas para o ar. Essas gotículas microscópicas podem ser
libertadas para o ar quando alguém com a forma ativa de tuberculose não tratada, fala,
espirra, ri ou canta.
Embora a tuberculose seja contagiosa, a sua propagação (contágio de outras pessoas) não é
fácil de acontecer. A tuberculose é transmitida por pessoas com quem mantém contacto
diário (alguém com quem vive ou trabalha) mais facilmente. Menos provável é que a
tuberculose seja transmitida por uma pessoa estranha, com a qual mantenha contactos
esporádicos.
A maioria das pessoas com tuberculose ativa que teve tratamento adequado com fármacos
durante pelo menos duas semanas já não é contagiosa.
As pessoas com um sistema imunológico (sistema de defesa do organismo) enfraquecido
são mais suscetíveis de serem infetadas. Um sistema imunológico saudável, muitas vezes,
consegue combater com sucesso as bactérias da tuberculose. Algumas doenças podem
enfraquecer o sistema imunológico. Por exemplo, o número de casos de tuberculose
aumentou dramaticamente devido à disseminação do HIV, o vírus que causa a SIDA. A
infeção pelo HIV deprime o sistema imunológico (sistema de defesa do organismo),
tornando mais difícil o combate contra as bactérias. Como resultado, as pessoas com HIV
são muitas vezes mais propensas a contrair tuberculose e a evoluir de doença latente para
ativa do que as pessoas que não estão infetadas pelo HIV. Veja mais informação em formas
de transmissão da tuberculose e medidas de precaução
Tuberculose - diagnóstico
Durante o exame físico, o seu médico pneumologista (especialista em pneumologia) irá
verificar se os nódulos linfáticos estão aumentados. O médico, através de um estetoscópio,
irá auscultar atentamente os sons que os pulmões emitem, enquanto o doente respira.
A ferramenta de diagnóstico mais frequentemente utilizada para a tuberculose é a prova de
Mantoux, embora os exames de sangue sejam comuns. Uma pequena quantidade de uma
substância chamada PPD tuberculina é injetada logo abaixo da pele do antebraço. Após 48
a 72 horas, uma enfermeira verificará o braço para avaliar a reação no local da injeção.
Enduração e elevação significam que provavelmente existirá uma infeção por tuberculose.
O tamanho da reação determina se os resultados do teste são significativos.
Se existir uma prova de Matoux positiva, o médico pode solicitar a realização de um Raio
X (RX) de tórax. Se o RX de tórax apresentar sinais de tuberculose pulmonar, deverão ser
colhidas amostras da expetoração (“escarro”) para pesquisa BAAR (bacilo álcool ácido
resistente). Veja imagens de um pulmão com tubérculos ao raio X (RX).
Além disso, estas amostras também podem ser usadas para testar os fármacos da
tuberculose e identificar as estirpes resistentes. Isto ajuda o médico a escolher os
medicamentos que apresentam maior probabilidade de tratar eficazmente a doença.
Os testes podem demorar entre quatro a oito semanas para serem concluídos. Estas
recomendações aplicam-se apenas a adultos, a tuberculose na criança ou no bebé
(tuberculose infantil) possui uma abordagem diferente.
Tuberculose é contagiosa
A tuberculose é contagiosa ou transmissível, ou seja, a doença “pega-se” ou transmite-se de
pessoa para pessoa, através de gotículas libertadas na respiração de doentes com
tuberculose ativa. Ou seja, podemos contrair a tuberculose estando próximas de doentes
infetados com a doença na sua forma ativa.
Qualquer indivíduo pode contrair tuberculose, mas certos fatores de risco podem aumentar
a probabilidade de transmissão da doença. Entre esses fatores, destacam-se alterações no
sistema imunológico ou imunitário (sistema de defesa do organismo). Um sistema
imunológico saudável combate com sucesso as bactérias da tuberculose e mantem a infeção
confinada. No entanto, se o sistema imunológico enfraquece, a defesa pode ficar
comprometida e consequentemente o bacilo “ganha terreno” e o indivíduo acaba por
desenvolver tuberculose ativa. Uma série de doenças, medicamentos e hábitos podem
enfraquecer o sistema imunológico, como por exemplo:
HIV / SIDA;
Diabetes;
Doença renal grave;
Certos tipos de cancro;
Alguns tratamentos do cancro, como quimioterapia;
Fármacos para evitar a rejeição de órgãos transplantados;
Fármacos usados para tratar artrite reumatóide, doença de Crohn, psoríase, entre outras;
Desnutrição (alimentação inadequada).
A falta de assistência médica pode constituir também um fator de risco. O uso de drogas ou
abuso de álcool (hábitos alcoólicos) enfraquece também o sistema imunológico e torna o
individuo mais vulnerável à tuberculose.
Uma especial chamada de atenção para os fumadores, pois existe um risco
consideravelmente superior de contrair tuberculose, um incremento no risco de morte e um
maior risco de recidiva por parte destes. Daí que parar de fumar seja uma medida essencial
para um eficaz combate à tuberculose.
Tuberculose - complicações
A tuberculose pode gerar complicações resultantes diretamente da infeção pulmonar, que
nos casos mais graves poderá resultar em Sepsis (infeção generalizada).
Os casos de sepsis são extremamente graves e consequentemente estão associados a um
elevado risco de morte.
Quando se trata de uma tuberculose sensível aos fármacos de primeira linha e é efetuado
tratamento logo no início dos sintomas, a doença possui uma evolução quase sempre
favorável.
Tuberculose tem cura
A tuberculose é uma doença cujo prognóstico depende da rapidez de diagnóstico e do início
do tratamento. Sem tratamento, a tuberculose pode ser fatal (pode matar).
Por isto, é de enorme importância estarmos conscientes do perigo da tuberculose e ter
cuidado com alguns “tratamentos alternativos” como chá ou outros, por vezes, descritos em
alguns blogs na Internet. O doente deve tomar consciência da gravidade da doença, nunca
se deve automedicar ou tentar qualquer tipo de remédio natural ou caseiro, devendo
consultar o médico com a maior urgência possível e realizar os tratamentos sempre de
acordo com o plano estabelecido pelo médico.
Uma razão pela qual a tuberculose continua a ser um enorme problema de saúde pública é
o aumento das estirpes bacterianas resistentes aos fármacos. Os primeiros antibióticos
foram utilizados para combater a tuberculose há mais de 60 anos. Desde então, algumas
estirpes de tuberculose desenvolveram a capacidade de sobreviver e essa habilidade é
transmitida aos seus descendentes. Isto acontece quando um antibiótico não consegue
destruir todas as bactérias e as sobreviventes tornam-se resistentes a esse fármaco
particular.
Tratamento Tuberculose -
O tratamento da tuberculose é um processo lento. Em média, a duração do tratamento é
consideravelmente superior quando comparada com outras infeções bacterianas ou infeções
víricas (por vírus). O tratamento antibiótico deve ser administrado pelo menos entre seis a
nove meses. A seleção dos fármacos a usar, o tempo de tratamento e eventuais
procedimentos dependem da idade, das comorbilidades, da possível resistência aos
fármacos, da forma de tuberculose (latente ou ativa) e da localização da infeção no
organismo.
Se o diagnóstico for de tuberculose latente, talvez seja necessário tomar apenas um tipo de
medicamento contra a tuberculose. Na tuberculose ativa, particularmente se estivermos
perante uma estirpe resistente, o doente deverá fazer a toma de vários tipos de fármacos
(medicação) ao mesmo tempo. Os medicamentos (ou remédios) utilizados para tratar a
tuberculose com maior frequência são:
Isoniazida;
Rifampicina;
Etambutol;
Pirazinamida.
De forma a simplificar o tratamento existe o coxcip 4 , comprimido contendo dose fixa
combinada destes 4 fármacos. No entanto, este fármaco não está disponível em Portugal.
Existem casos em que a tuberculose é multirresistente aos “antibióticos habituais”. Nestes
casos, a tuberculose é uma doença grave, pois as bactérias desenvolveram resistência aos
“antibióticos habituais”, necessitando de uma combinação de antibióticos chamados
fluoroquinolonas e medicamentos injetáveis (injeção), como amicacina, kanamicina ou
capromicina. Geralmente, este tratamento medicamentoso é realizado durante 20 a 30
meses.
Uma série de novos medicamentos estão a ser analisados no tratamento da tuberculose
humana: Bedaquiline, Linezolide, …