Você É Introvertido

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Você é introvertido?

Ver o que está bem debaixo do nosso nariz demanda uma luta constante.
-- George Orweel

Eis a parte mais divertida. Você é um peixe fora d’agua? A receita federal dá a
nós, contribuintes, a opção de formulários curtos ou formulários longos para a
nossa declaração de imposto de renda, e eu estou dando a você mesma
oportunidade. Faça o teste rápido a seguir ou longo questionário de auto-
avaliação para introvertidos mais adiante, o que mais lhe agradar. Ou, então,
responda aos dois e compare os resultados.

Teste Rápido
Dê uma olhada na lista de características a seguir. Qual lista se parece mais
com você, pelo menos na maior parte do tempo? (Nem todas as características
da lista se encaixarão.) Responda de acordo com o que você é, e não com o
que gostaria de ser. Confie em sua primeira impressão.

Características A
Gosta de estar por dentro das coisas
Aprecia a variedade e se aborrece com mesmice
Conhece muitas pessoas, considera-as amigas
Tem prazer em bater papo, até mesmo com estranhos
Sente-se estimulado após alguma atividade, ansiando sempre por mais
atividade
Fala ou age sem necessidade de pensar antes
É normalmente animado e bem-disposto
Tende a falar mais do que ouve
Características B
Prefere relaxar sozinho ou ao lado de uns poucos amigos íntimos
Considera como amigos apenas os relacionamentos mais profundos
Precisa de um descanso depois de atividades ao ar livre, mesmo aquelas que
lhe dão prazer
Costuma ouvir, mas fala muito sobre temas que considera importantes
Aparenta ser calmo e contido, e gosta de observar
Tende esquecimentos momentâneos quando está em grupo ou sob pressão
Não gosta que apressem

Qual dessas listas de características o descreve melhor? Se for a lista A, você


é extrovertido. Se for a lista B, você é introvertido. Você provavelmente não
apresentara todas as características da lista, mas uma delas se encaixara
melhor no seu perfil do que a outra. Como todos nós vivemos em uma cultura
voltada para a extroversão, e as demandas de seu trabalho e de sua família
exigem que você funcione um pouco como extrovertido, pode ser difícil decidir
qual das descrições se parece mais com você. Se ficou indeciso, faça a si
mesmo a seguinte pergunta: “Eu me sinto renovado com mais frequência
depois de um período de tempo tranquilo [para dentro] ou agitado [para fora]?”
Se você ainda não tiver certeza, faça a Auto-avaliação para introvertidos a
seguir.

Auto-avaliação para introvertidos


Faça o teste para introversão em um dia em que você esteja se sentindo
relaxado, sem nenhum estresse. Escolha um cantinho aconchegante onde não
seja interrompido. Considere cada sentença em termos do que é geralmente
verdadeiro ou falso para você, e não de como você gostaria de ser ou como
você é em alguns momentos. Não analise nem pense demais sobre cada
afirmação. Sua primeira impressão costuma ser a melhor. Para ter uma visão
externa de si mesmo, pode ser bastante esclarecedor se um companheiro ou
amigo também responder por você. Compare seu resultado com a pontuação
de seu amigo. Se as duas contagens forem diferentes, conversem sobre a
visão de ambos.
Responda V ou F para as questões a seguir, depois some os verdadeiros e
verifique pontuação ao final da lista para ver se você é introvertido, se está no
meio do continuum ou se é extrovertido.
 Quando preciso descansar, prefiro passar um tempo sozinho ou com
uma ou duas pessoas bem próximas a ficar em grupo.
 Quando estou trabalhando em algum projeto, gosto de contar com
longos períodos ininterruptos, em vez de períodos mais curtos.
 Às vezes, ensaio antes de falar, fazendo até mesmo anotação para mim
mesmo.
 Geralmente, gosto mais de ouvir do que falar.
 As pessoas as vezes acham que sou tranquilo, misterioso, arredio ou
quieto.
 Gosto de partilhar momentos especiais com apenas uma pessoa ou com
alguns poucos amigos íntimos, em vez de fazer grandes comemorações.
 Geralmente preciso pensar antes de responder ou falar.
 Tendo a observar detalhes que muitas pessoas não vêem.
 Se digo que vou fazer alguma coisa, quase sempre faço.
 Fico ansioso se tenho um prazo ou sofro pressão para terminar um
projeto.
 Posso ficar “fora do ar” se muita coisa estiver acontecendo a minha
volta.
 Gosto de observar uma atividade por algum tempo antes de me decidir a
participar dela.
 Construo relacionamento duradouros.
 Não gosto de interromper os outros; não gosto de ser interrompido.
 Quando absorvo uma quantidade grande de informações, demoro algum
tempo para organizá-las.
 Não gosto de ambientes com estímulos demais. Não consigo imaginar
por que as pessoas querem ir a filmes de terror ou montanhas russas.
 Às vezes, tenho fortes reações a cheiros, gostos, alimentos,
temperaturas, barulhos, etc.
 Sou criativo e/ou imaginativo.
 Sinto-me esgotado depois de eventos sociais, mesmo que tenha me
divertido.
 Prefiro ser apresentado a apresentar outras pessoas.
 Posso ficar mal-humorado se estiver por muito tempo com pessoas ou
em atividades.
 Não costumo me sentir à vontade em ambientes novos.
 Gosto que as pessoas venham à minha casa, mas não gosto que fiquem
muito tempo.
 Em geral, tenho horrores em retornar telefonemas.
 Às vezes, tenho esquecimentos momentâneos quando encontro
pessoas ou quando, inesperadamente, sou solicitado a falar.
 Falo lentamente ou apresento falha entre as palavras, especialmente se
estiver cansado ou se estiver tentando falar e pensar ao mesmo tempo.
 Não considero que conhecidos casuais sejam amigos.
 Tenho a sensação de que não posso mostrar meu trabalho ou minhas
ideias a outras pessoas até que estejam totalmente formulados.
 Outras pessoas podem me surpreender ao pensar que sou mais
inteligente do que eu imagino ser.

Some o número de verdadeiros. Depois, leia o parágrafo a seguir para ver em


que faixa de pontuação você se encaixa.
10-19 Verdadeiros: Em algum lugar no meio. Como se fosse ambidestro, você
é tanto introvertido quanto extrovertido. Pode se sentir dividido entre a
necessidade de ficar sozinho e a vontade de sair por ai. Então, é bastante útil
observar quando e como você se sente realmente com mais energia. Você
julga a si mesmo com base em seus próprios pensamentos e sentimentos e,
também, pelos padrões de outras pessoas. Isso lhe dá uma visão ampla, mas,
as vezes você pode ser apanhado entre dois pontos de vistas em uma
determinada situação e não saber onde se situar. É importante saber a avaliar
seu temperamento para que consiga manter sua energia e seu equilíbrio.
Pontos para reflexão
 Os introvertidos são diferentes, e isso não é problema algum.
 Somos diferentes em três questões principais:
- Criação de energia
- Resposta a estimulação
- Profundidade x amplitude
 Os introvertidos gostam de gente
 O mundo precisa dos introvertidos com suas qualidades únicas e
preciosas.

Os introvertidos relevam menos de si mesmo e de suas ações; eles podem


parecer distantes e misteriosos. É comum que nos mesmos não tenhamos
compreensão a respeito de nossas próprias contribuições.
Vamos dar uma olhada em algumas das qualidades dos introvertidos que
possam colaborar com suspeitas dos extrovertidos. Ao passar pela lista,
lembre-se de que os introvertidos podem ser ainda mais confusos como sua
energia apresenta fluxo de refluxo, eles podem não parecer consistentes. Um
dia, com as baterias bem carregadas, são falantes e expansivos. No outro,
estão se arrastando e mal conseguem falar. Isso pode confundir e desconcertar
as pessoas que os conhecem.
Os introvertidos tendem a:
 Manter a energia dentro de si, tornando difícil para os outros os
conhecerem.
 Ficar absorvidos em seus pensamentos.
 Hesitar antes de falar.
 Evitar aglomerações e procurar tranquilidade.
 Perder de vista o que os outros estão fazendo.
 Conduzir-se cautelosamente em encontros com outras pessoas e
participar apenas de atividades selecionadas.
 Não oferecer ideias gratuitamente; precisar serem questionados a
respeito de sua opinião.
 Ficar agitado se não passarem algum tempo sozinhos ou sem ser
perturbados.
 Refletir e agir de maneira cuidadosa.
 Não exibir muita reação ou expressão facial.

Três diferenças primordiais entre introvertidos e extrovertidos causam


fissuras que podem se abrir em vastos mal-entendidos.
1. Os introvertidos pensam e falam de maneira diferente

Os extrovertidos pensam e falam ao mesmo tempo. Isso não demanda deles


nenhum esforço.
Os introvertidos, por uma vez, precisam de tempo para pensar e não falam com
espontaneidade, a menos que se trate de um assunto familiar. Os introvertidos
podem parecer cauteloso ou passivos para os extrovertidos. Os extrovertidos
estão tão acostumados a falar sem pensar que podem se sentir desconfiados
dos introvertidos mais reticentes. Ponha para fora de uma vez é o que pensam.
Por que eles não tem mais confiança em suas próprias opiniões? O que estão
tentando esconder? Os extrovertidos podem ter a sensação de que os
introvertidos estão sonegando informações ou ideias. Depois de uma reunião,
por exemplo, diversos conhecidos extrovertidos me perguntaram por que eu
simplesmente não havia me expressado e dito o que estava passando em
minha cabeça. Por que eu não havia participado e dado a minha opinião?
2. Os introvertidos não são vistos
A pessoa introvertida tem a sensação de quem ninguém a vê. Isso é frustrante
e confuso pra ela.
Quase sempre dizem algo que amplia o assunto que estivermos discutindo.
Mas seus rostos permanecem tão inexpressivos que não tenho ideia se estão a
quilômetros de distância ou não. Outros na formação de um grupo podem
começar a excluir os introvertidos, se não mantiverem contato visual ou não
derem indicações de que estejam ouvindo.
3. Os introvertidos pressionam os extrovertidos a parar e pensar
A terceira razão pela qual os extrovertidos desconfiam dos introvertidos é que
nós fazemos algo que eles odeiam – ousamos sugerir que parem de reagir e
comecem a refletir antes de sair atropelando tudo.

Errar é humano; culpar outra pessoa


Pelo erro é ainda mais humano.
A maioria das crianças introvertidas é criada recebendo a mensagem, tanto
explicita quanto velada, de que há algo de errado com elas. Elas se sentem
culpadas – porque não conseguem responder a pergunta mais rapidamente?
Esse exemplo ilustra o quanto é importante para nossa natureza, um ambiente
encorajador.
As crianças introvertidas geralmente captam em alto e bom som a mensagem
de que há algo de errado com elas. Em estudo reaplicado três vezes e
apresentando sempre os mesmos resultados; perguntou-se a introvertidos e
extrovertidos se preferiam que o seu eu ideal fosse extrovertido ou introvertido.
Perguntou-se também se preferiam o seu líder ideal fosse introvertido ou
extrovertido. Refletindo os preconceitos da nossa cultura, tantos uns quantos
os outros escolheram os extrovertidos como seu eu ideal e também seu líder
ideal. Vivemos uma cultura que satisfaz e exalta os extrovertidos.
Definitivamente aprendemos que é assim que deveríamos ser.

A reprovação leva a culpa e a vergonha


As pessoas costumam a usar as palavras culpa e vergonha como se tivessem
o mesmo sentido, mas elas representam, na verdade, sentimentos diferentes,
embora as vezes seja difícil distingui-los.
Vergonha é um sentimento intensamente mortificante e doloroso que adere ao
seu corpo como as penas se colocam ao alcatrão quente. É difícil ver-se livre
dessa sensação desagradável, desconfortável. As indicações de que você
esteja sentindo vergonha podem ser:
 Um ímpeto de querer escolher ou se esconder.
 O desejo de desaparecer.
 A impressão de que seu corpo inteiro está murchando.
 A sensação de que falar está se tornando ainda mais difícil do que de
costume.
A vergonha está relacionada ao ser. Sentimos vergonha quando pensamos que
não temos nenhum valor ou que temos muitos defeitos de nascença. O
resultado da vergonha é a sensação de desamparo e desesperança. A
vergonha nos impele a retrair e nos esconder.
Queria me enfiar debaixo da terra. Que vergonha! Queria que o chão se
abrisse sob os meus pés para eu poder sumir. Esse é um sentimento
miserável. Esmaga a alegria de repartir nosso mundo interior com as pessoas
que nos rodeiam. Em vez disso, temos a sensação de que dói demais quando
nos entusiasmamos e nos expomos, e por isso, precisamos permanecer
escondidos.
A vergonha é um sentimento complexo e confuso que requer condições
favoráveis para que possa ser extinto, do mesmo modo que são necessárias
condições atmosféricas especificas para que a luz de um raio possa cortar o
céu ou o estrondo de um trovão possa ser ouvido. Para que uma pessoa sinta
vergonha é preciso que ela esteja revelando algo profundamente pessoal a
alguém. Imagine que você esteja mostrando a um amigo algo do qual tenha
muito orgulho.
Embora a vergonha atinja a todos, é duplamente paralisante para os
introvertidos.
A culpa é uma emoção muito menos complicada e está relacionadas as nossas
ações. É o sentimento desconfortável, incomodo, de ter feito algo errado, como
quando se é pego com a boca na proverbial botija.
Geralmente sentimos culpa quando prejudicamos alguém. Ou quando
quebramos alguma regra e ficamos com medo de ser descobertos.
Muitos tem a visão geral de como somos todos interconectados e, portanto, se
preocupam com a maneira como suas ações afetarão os outros. Podem achar
que os incomoda – interrupções, por exemplo -- também incomoda todo
mundo. Como normalmente são muito conservadores podem se sentir
culpados por causa de pequenas imprudências. Muitas vezes ficam
preocupados por ter maltratado alguém, quando na verdade não o fizeram.
Além disso, para evitar fazer algo que possa prejudicar outras pessoas, os
introvertidos as vezes isola-se ainda mais do mundo, diminuindo, dessa
maneira, sua própria satisfação com a vida. A sociedade também é privada de
suas contribuições.

Há sentimentos por toda a parte -- Seja gentil


Aprender a administrar a vergonha e a culpa é fundamental para os
introvertidos, caso contrário podemos passar um bom tempo nos sentindo
péssimo.
 Se estiver se sentindo culpado, tente descobrir se realmente prejudicou
alguém. As vezes imaginamos ter ofendido alguém quando, na verdade,
não o fizemos. Os introvertidos não gostam de interromper as pessoas.
Então antes de supor que tenha sido responsável por perturbar alguém,
verifique com a pessoa. Talvez ela não tenha reagido da maneira que
você imaginou. Diga a si mesmo: “eu estava um pouco nervoso na hora
de me juntar aquela conversa e interrompi Jane; mas ela não parece
estar chateada. Tudo bem.”
 Se você prejudicou alguém, peça desculpas com sinceridade. Depois,
siga em frente. “Jane, desculpe-me. Não deixei que você terminasse. O
que você estava dizendo? O principal antidoto contra a culpa é pedir
desculpas. Todos cometemos erros. Perdoa a si mesmo.
 Se você será como aviltante e desagradável sentimento de vergonha,
tente descobrir o que originou. Por exemplo, se um colega lhe faz uma
pergunta em uma reunião e você quer responder, mas não consegue
pensar em nada para dizer, isso pode ativar um sentimento de
vergonha. Você se flagra tendo a vontade de se esconder. “É assim que
o meu cérebro funciona. Nem sempre tenho uma resposta rápida. Posso
dizer ao meu colega que preciso refletir sobre a pergunta para depois
lhe dar um retorno.” E deixe o barco correr. O principal antidoto para
vergonha é a auto estima. Diga a si mesmo que você não é cheio de
falhas. Não há nada de errado com você. Seu cérebro funciona de outra
maneira. A meditação é uma pratica bastante útil. É bom ser quem você
é.
Tenha altas aspirações, expectativas moderadas
E pequenas necessidades.
Há duas técnicas que podem ajudá-lo a se precaver contra um retraimento
muito grande: uma, é aprender a usar antídotos para a culpa e a vergonha
descritos anteriormente, A outra é aprender a ler a temperatura do seu
temperamento. Da mesma maneira que se lê o nível do mercúrio em um
termômetro, você pode se tornar adepto da pratica de verificar a temperatura
da sua energia.
Você pode estimar seu nível de energia a cada dia, então, ajustar seu dia, sua
semana ou sua vida de forma a manter um equilíbrio de oferta e demanda. Ao
fazer isso, você vai se tornar um introvertido confiante, menos vulnerável a
exaustão, as panes mentais ou a sensação de vergonha e culpa por causa de
outras pessoas. Vamos tentar.
Observe como você se sente. Os braços pesados? A cabeça estourando? O
corpo exausto? Parece que seus pés estão calçando botas de cimento? Nesse
caso, você precisa encaixar vários intervalos esta semana para recuperar as
energias. Ou, em vez disso, digamos que você tenha passado um tranquilo fim
de semana no aconchego de seu lar. Seu corpo se sente energizado. Todos os
tipos de ideias sobre o que você deseja fazer estão martelando em sua cabeça.
Você está animado para começar.
Obviamente na maior parte do tempo, seu nível de energia não será assim tão
fácil de ser determinado. Então, aqui estão algumas perguntas para ajudar
você a fazer uma leitura mais correta:
 Qual é o meu nível de energia mental? Alerta? Indefinido? Nulo?
 Qual é o nível de energia corporal? Esgotado? Animado? Vigoroso?
 Estou me sentido pouco estimulado ou estimulado em excesso?
 O que tenho que fazer hoje: o que é opcional?
 Posso acrescentar alguma coisa se tiver mais energia?
 Posso cancelar alguma coisa se estiver com pouca energia? Ou sem
nenhuma energia?
 Posso incluir mais intervalos em minha agenda?
 Preciso passar alguém remédio sozinho?
 Tenho necessidade de que tipo de momento solitário ( por exemplo, ler,
tirar uma soneca, olhar pela janela, ficar sentado tranquilamente, ouvir
música, assistir à televisão)?
 Posso me beneficiar de um pouco de estimulo externo (encontrar os
amigos, ir a um museu)?
 De que estou precisando hoje?
Se você se habituar a examinar seu corpo e verificar sua energia mental, pode
aprender a ler a temperatura do seu temperamento. Quando alguém o convidar
para ir a um restaurante chinês, você se sentira mais seguro em aceitar o
convite se estiver com as baterias carregadas. Caso esteja com pouca energia
poderá recusar o convite sem se sentir culpado, envergonhado ou temeroso de
que nunca mais receba outro convite para sair.

Pontos para reflexão


 Há introvertidos até mesmo entre personalidades publicas
 Os introvertidos não são necessariamente tímidos, esquizoides.
 A maioria dos introvertidos já foi acusada, envergonhada. Aprenda
antídotos.
 Aprenda a verificar a temperatura do seu temperamento.

Rastreando os afluentes do cérebro



A tartaruga enterra na areia seus pensamentos, assim, como seus ovos, e
deixa para o sol a tarefa de choca-los.
No entanto, até que pudéssemos realmente visualizar imagens da quantidade e
da localização do fluxo sanguíneo do cérebro, ainda estávamos em uma zona
de adivinhação esclarecida.
A Dra. Debora Johnson relatou no American Jornal Of Psychiatry a primeira
tentativa de replicar, usando a tomografia por emissão de pósitrons (pósitron
emission tomography ou PET), estudo anteriores sobre a função cerebral de
introvertidos/extrovertidos. A Dra. Johnson pediu a um grupo de introvertidos e
a outro de extrovertidos (determinados por suas respostas a questionários) que
se deitassem a relaxassem. Foi realizada então uma varredura para determinar
qual a parte mais ativa do cérebro.
Primeiro, os introvertidos apresentam maior fluxo sanguíneo em seus cérebros
que os extrovertidos. Maior fluxo sanguíneo indica maior estimulação interna.
Sempre quando o sangue flui para alguma área do seu corpo, como quando
você faz um corte no dedo, por exemplo, aquela área se torna mais sensível. O
sangue dos introvertidos percorre vias diferentes em relação ao sangue dos
extrovertidos. A Dra. Johnson descobriu que a via dos introvertidos é mais
complicada e focada internamente. O sangue deles fluía para partes do cérebro
envolvidas com experiências internas, como as lembranças, a solução de
problemas e planejamentos. Essa via é longa e complexa. Os introvertidos
estavam atentos a seus pensamentos e sentimentos internos.
A Dra. Johnson rastreou a via do cérebro de ação rápida dos extrovertidos,
mostrando como eles processam dados que influenciam sua atividade e sua
motivação. Sua via principal é curta e menos complicada. Os extrovertidos
estavam atentos ao que acontecia externamente no laboratório.
A Dra. Johnson concluiu que diferenças comportamentais entre introvertidos e
extrovertidos resultam da utilização de diferentes vias que influenciam para
onde direcionamos nosso foco – interna ou externamente.
Recuperando a palavra
Os introvertidos as vezes tem dificuldade em encontrar a palavra desejada
quando estão falando para fora. Nosso cérebro usa muitas áreas diferentes
para a fala, a leitura e a escrita; portanto, a informação precisa fluir livremente
entre essas áreas distintas.
Uma das causas é o fato de usarmos a memória de longo prazo, fazendo com
que o processo leve mais tempo a demande a correta associação (algo que
nos faça lembrar a palavra) para entrar em nossa memória de longo prazo e
localizar a palavra exata que buscamos.
As palavras escritas usam via diferentes no cérebro, o que parece fluir mais
livremente para muitos introvertidos.

Rastreando as pegadas
Dos neurotransmissores

Não apenas são distintas as vias pelas quais o sangue do introvertido e dos
extrovertidos viaja, mas também cada via requer um neurotransmissor
diferente. Conforme podemos recordar, Dean Hamer descobriu que as pessoas
que buscam novidades, com base em seus genes, têm necessidade de
perseguir emoções para satisfazer sua maior demanda por dopamina. A via
que os extrovertidos usam é ativada pela dopamina. A dopamina é um
poderoso neurotransmissor mais intimamente identificado com o movimento, a
atenção, os estados de alerta e o aprendizado. Em O Livro de ouro da mente
(Ediouro 2003), Rita Carter afirma: “Dopamina em excesso parece causar
alucinações e paranoia. Dopamina em quantidades pequenas demais é
conhecida por causar tremores e a incapacidade de iniciar movimentos
voluntários, e está envolvida nos sentimentos de ausência de sentido da vida,
letargia e tormento. Pouca dopamina também resulta em falta de atenção e
concentração, ansiedade e retraimento.” É fundamental ter a quantidade
correta de dopamina em seu corpo. E há também outra função importante. Em
states of Mind (estado da mente), Steven Hyman diz: “Uma maneira de
caracterizar a função desse circuito de dopamina é o fato de ser um sistema de
recompensas. Efetivamente ele diz: ‘Foi bom, vamos fazer isso de novo e
vamos lembrar exatamente como fizemos.’” É por isso que a cocaína e as
anfetaminas tem alto poder viciador – elas elevam o nível de dopamina.
Algumas partes do cérebro liberam um pouco de dopamina. Mas os
extrovertidos precisam de sua companheira, a adrenalina, que é liberada pela
ação do sistema nervoso simpático, para produzir mais dopamina no cérebro.
Quanto mais ativo for o extrovertido, mais choque de felicidades são
disparados e o nível de dopamina se eleva. Os extrovertidos se sentem bem
quando tem lugares para ir e pessoas para ver.
Os introvertidos por outro lado, são altamente sensível a dopamina. Dopamina
demais faz com eles se sintam estimulados em excesso. Os introvertidos usam
um neurotransmissor totalmente diferente, a acetilcolina, em uma via
dominante. Em Wet Mind (mente molhada) Stephen Kosslyn e Oliver Koenig
situam a via cerebral para a acetilcolina, e adivinha o que? É a mesma via cuja
imagem a Dra. Johnson obteve para introvertidos. A acetilcolina é outro
importante neurotransmissor relacionado a diversas funções do cérebro e do
corpo. Afeta a atenção e o aprendizado (especialmente o aprendizado
perceptivo), a influencia a capacidade de manter o sentimento de calma e
prontidão e a utilização da memória de longo prazo, além de ativar o
movimento voluntario.
No entanto, recentemente foi feita uma relação entre a deficiência de
acetilcolina e o mal de Alzheimer. Parece que a acetilcolina desempenha um
grande papel nos estados de sono e sonho, sonhamos quando estamos no
sono REM. A acetilcolina é ativada no sono REM, dando início ao sonho, então
nos paralisa (desconecta o movimento voluntario) de forma que sonhamos sem
“levar a pratica” o que estamos sonhando. Transformando-as em memorias de
curto prazo em longo prazo de sonho REM. Como diz Ronald Kotulak em seu
livro Inside The Brain (dentro do cérebro), “a acetilcolina é o óleo que faz a
máquina da memória funcionar. Quando ela seca, a máquina congela”.
Outra curiosidade interessante é que o estrógeno impede uma diminuição da
acetilcolina. Essa é uma das razoes pelas quais, durante meses de pausa, a
medida que os níveis de estrógenos declinam, as mulheres sofrem perda de
memória.
Esse é o sistema que conecta a memória e o corpo e tem uma enorme
influência sobre as nossas decisões e respeito de como nos comportarmos e
reagirmos ao mundo.
Enquanto os extrovertidos estamos relacionados a dopamina/adrenalina, ao
consumo de energia e ao sistema nervoso simpático, os introvertidos estão
relacionados a acetilcolina, a conservação de energia e ao sistema nervoso
parassimpático.

A conexão da nicotina
Nos estudos, os fumantes alegam que fumam porque sentem que conseguem
se concentrar melhor, aprender mais facilmente, lembrar-se mais das coisas e
ficar mais “animados”. Os receptores de nicotina no cérebro imitam a ação da
acetilcolina, que aumenta a atenção, a memória, o bem estar, predominam nos
introvertidos.
A nicotina também faz com que o corpo libere dopamina e isso influencia na
interrupção da serotonina e da norepinefrina, e todas as neurotransmissores
que são liberados nos extrovertidos quando ativos.
Os cigarros desencadeiam uma sensação de bem estar nas duas pontas do
continuum introvertido/extrovertido, de forma que não é de espantar que tantas
pessoas fumem, mesmo sabendo dos perigos.
Essa é uma das razoes pelas quais, durante a menopausa, à medida que os
níveis de estrógeno declinam, as mulheres sofrem perda de memória.
Esse é o sistema que conecta a mente e o corpo e tem uma enorme influência
sobre as nossas decisões a respeito de como nos comportamos e reagimos ao
mundo. Enquanto os extrovertidos estão relacionados a dopamina/adrenalina,
ao consumo de energia e ao sistema nervoso simpático, os introvertidos estão
relacionados à acetilcolina, a conservação de energia e ao sistema nervoso
passimpático.

A via mais longa da acetilcolina nos introvertidos

1. Sistema ativador reticular  Os estímulos entram aqui, onde a prontidão


esta regulada. Diminuída nos introvertidos.
2. Hipotálamo  Regula a sede, a temperatura e o apetite. Ativa o sistema
de desaceleração nos introvertidos.
3. Tálamo anterior  Estação de retransmissão, envia estímulos ao lobo
frontal e rejeita estímulos nos introvertidos.
4. Área de broca  Centro da fala, onde o diálogo interno é ativo.
5. Lobo frontal  Onde ocorrem o pensamento, o planejamento, o
aprendizado e o raciocínio.
6. Hipocampo  Assimila o ambiente e repassa a memória de longo prazo.
7. Amigdala  Centro emocional, onde os sentimentos estão ligados aos
pensamentos nos introvertidos.

A via mais curta da dopamina nos extrovertidos

1. Sistema ativador reticular  Os estímulos entram aqui, onde a


prontidão esta regulada. Aumentada nos extrovertidos
2. Hipotálamo  Regula a sede, a temperatura e o apetite. Ativa o
sistema de aceleração total nos extrovertidos.
3. Tálamo anterior  estação de retransmissão, envia os estímulos
crescentes para a amigdala.
4. Amidala  Centro emocional, onde as emoções estão ligadas as
ações na área motora dos extrovertidos.
5. Área temporal e motora  O movimento se conecta à memória de
trabalho (curto prazo). É também o centro para aprendizado e o
processamento de estímulos sensoriais e emocionais.
Aceleração total ou
Desaceleração

A vida gera energia  a energia cria mais energia.
Somente consumindo com sabedoria
é possível alcançar a riqueza da vida.
O hipotálamo, regula a temperatura do corpo, as emoções, a fome, sede
e o sistema nervoso autônomo. Autônimo “governando a si mesmo”. O
simpático e o parassimpático, funcionam em um círculo de
retroalimentação, enviando mensagens de volta ao cérebro por meio dos
neurotransmissores que liberam, regulando a energia, o humor e a
saúde.
Quando é necessário a mobilidade, o sistema simpático  geralmente
chamado de sistema “lutar ou fugir”  entra em ação. Eu o chamo de
sistema de aceleração total. É ativado pelo neurotransmissor excitatório
dopamina no cérebro.
O Dr. Allan schore afirma que cada pessoa possui um ponto de repouso
entre os dois lados desses sistemas. O ponto de repouso é onde
ganhamos mais energia e nos sentimos melhor. Ao longo de nossas
vidas, flutuaremos em torno de nosso ponto de repouso.
Com o Dr. Schore , o “temperamento é crucial”; se soubéssemos qual é
o nosso ponto de repouso, podemos, então, ajustar nossa energia para
alcançar nossos objetivos.
O ramo parassimpático do sistema nervoso autônomo é dominante nos
introvertidos.

O sistema de aceleração total


Vamos imaginar que você esteja dando uma volta no quarteirão em
torno das nove horas da noite, e de repente, do nada, um grande coiote
comece a ronda-lo, a cabeça baixa, os olhos avaliando a possibilidade
de fazer de você um saboroso lanche noturno. Seu corpo aumenta o
ritmo e entra no sistema de aceleração total. Suas pupilas se dilatam
para permitir maior entrada de luz. Seu coração bate mais rápido contra
seu peito e sua pressão arterial se eleva para levar oxigênio extra a seus
órgãos e músculos. Seus vasos sanguíneos se contraem para diminuir o
sangramento em caso de ferimento. Seu cérebro é informado para
manter-se em alerta e concentração máxima. Seus níveis de ácidos
graxos livres e de açúcar no sangue são elevados para lhe dar mais
energia. Os ritmos de seus processos digestivo, de salivação e de
eliminação são diminuídos. Esse sistema de luta ou fuga é atividade em
caso de emergência, real ou imaginaria. É nosso sistema ativo para lidar
com situações externas. Ele nos prepara para tomar decisões rápidas
para lutar, se necessário, ou para sair correndo. O ato de pensar é
reduzido e o foco se volta para atividade. Nessa situação, precisamos
desse sistema para movimentar os braços e gritar com o coiote ou, se
tudo falhar, dar o fora o mais rápido possível.
Nosso corpo funciona basicamente nesse sistema até termos quase dois
anos de idade. Isso nos dá a energia e o entusiasmo para explorar o
mundo  O que os psicólogos desenvolvimentistas chama de “fase da
exploração”.
O sistema de aceleração total é orientado ao consumo e não revigora o
corpo. No entanto, se os extrovertidos não aprenderem a usar o sistema
de desaceleração, podem se desgastar e prejudicar sua saúde. Podem
desenvolver problemas digestivos, distúrbios do sono, doenças
cardíacas e deficiências no sistema imunológico. O sistema de
desaceleração não fornece aos extrovertidos energia nem choques de
felicidade, mas o sistema de aceleração total, sim. Ao aprender usar o
sistema de desaceleração prestando atenção a seus pensamentos,
sentimentos, sensações corpóreas e massagens corporais, os
extrovertidos podem equilibrar seus pontos externos positivos
desenvolvendo habilidades internas.

O sistema de desaceleração
Imagine-se percorrendo uma trilha em Big Sul,. Você se apoia em uma
roda para observar uma queda-d’água. De repente, ouve um chocalho.
Parece bem próximo. Lentamente, você gira a cabeça e avista uma
cascavel com desenhos em forma de losango no dorso, já enrolada,
chacoalhando seu guizo e encarando você com seus olhos bem abertos.
Seu corpo fica petrificado e tudo fica mais lento. Uma lâmpada pisca em
seu cérebro; o que você deve fazer? Essas são respostas dos sistemas
responsável pela conservação e pode armazenamento de energia, o
sistema nervoso parassimpático. Esse sistema sinaliza para que o corpo
conserve energia e se retrai. Suas pupilas se contraem para reduzir a
entrada de luz. Seu batimento cardíaco e sua pressão arterial ficam mais
lentos para reduzir o consumo de energia; seus músculos relaxam.
Esse sistema se torna mais ativo quando as crianças tem cerca de um
ano e meio a dois anos de idade. Aprendemos a nos acalmar para
aprender a falar e a usar o banheiro. Seu corpo está armazenando
energia e não consumindo-a. Os neurotransmissores da sensação boa
dos introvertidos estão sendo disparados enquanto eles relaxam em
contemplação. É reparador e nos prepara para usar o sistema de
aceleração total quando for necessário. O sistema de aceleração total
não oferece aos introvertidos energia ou choques de felicidade, da
maneira como ocorre com os extrovertidos. Para pessoas com uma
fisiologia introvertida, toda essa dopamina e adrenalina geralmente
fazem com que se sintam estimulados em excesso. Ocasionalmente,
pode ser divertido.
Os introvertidos que ficam demais no sistema de desaceleração podem
tornar-se deprimidos, desmotivados ou frustrados por não alcançar os
objetivos desejados. Eles precisam envolver o sistema de aceleração
total para se animar. Isso requer que aprendam a regular a ansiedade e
a superestimação, tópico que abordarei mais adiante.

As chaves para liberar sua memória de longo prazo


A memória humana é complexa e utiliza muitas áreas diferentes do cérebro. O
cérebro armazena memorias em diversas localizações e cria vínculos entre
elas chamados de associações. Nós introvertidos pensamos que não há nada
relevante em nossa cabeça quando ainda não iniciamos o processo de
associação em nossa memória de longo prazo, um termo de conexão para
puxar uma experiência de nossa memória. Apenas uma chave, podemos
recuperar toda a memória.
Isso pode parecer absurdo para um extrovertido, mas trata-se de um problema
comum para os introvertidos. Lembre-se basta uma única chave. Como um
pensamento, uma emoção ou uma associação sensorial, para abrir toda a
memória.
Sente-se, relaxe e deixe sua memória divagar e associe-se a possíveis chaves
sensoriais, como cheiros, imagens visuais, sons, a sensação de seu corpo ou o
sabor de alguma coisa agradável.
Anote as memorias que encontrar para que possa usá-las algum outro dia,
quando não conseguir se lembrar do que gosta. Use essas chaves para
destrancar sua memória e procurar também as coisas nas quais você é bom.
Obviamente, precisamos ter capacidade de usar o sistema simpático e o
parassimpático em ocasiões diferentes. Mas, sob pressão, ativismos nosso
sistema dominante.
Entrei em meu sistema dominante, o da desaceleração (parar e avaliar),
enquanto Mike foi catapultado a seu sistema dominante, o da aceleração total
(sair e fazer algo).
Em resumo, embora todos nos precisemos de ambas esses sistemas para ter
equilíbrio, somos genética e ambientalmente preparados para usar um mais do
que o outro, especialmente em situações de estresse. Acredito que os dois
lados do sistema nervoso autônomo criam condições para o continuum
A visão geral

Se combinarmos as receitas da genética, as mensagens enviadas pelos
neurotransmissores, as vias cerebrais e as funções dos centros nervosos
autônomos, o que emergirá? O processo completo e o circuito de
retroalimentação para cada ponta do continuum introvertido/ extrovertido.

Nossa fisiologia, nós mesmos


Você pode observar muito apenas olhando.
Os termos introvertidos e extrovertidos vem sendo usado para descrever as
pessoas há quase cem anos. Em parte porque é fácil ver se somos
introvertidos ou extrovertidos em muitos de nossos comportamentos. E esses
comportamentos provêm de nossa fisiologia. Vamos dar uma olhada.
Como vimos, o cérebro introvertido tem um nível maior de atividade interna e
pensamentos que o cérebro extrovertido. É dominado pela longa e lenta via da
acetilcolina. A acetilcolina também desencadeia o sistema de desaceleração
(nervoso parassimpático), que controla determinadas funções corporais e
influencia a maneira pela qual os introvertidos se comportam.
 Reduzir o contato visual ao falar, para se concentrar em recolher as
palavras e os pensamentos; aumentar o contato visual ao ouvir, para
absorver a informação
 Surpreender os outros com sua riqueza de informações
 Afastar-se no caso de receber muita atenção ou estar em foco
 Parecer petrificados, atordoados ou limitados quando estressados,
cansados ou em grupo.

O predomínio da via l-o-n-g-a da acetilcolina significa que os introvertidos:


 Podem começar a falar no meio de um pensamento, o que pode
confundir os outros
 Tem boa memória, mas levam muito tempo para recuperar suas
lembranças
 Podem esquecer coisas que conhecem muito bem—podem tropeçar nas
palavras ao explicar qual é seu trabalho ou esquecer temporariamente
uma palavra que desejam usar
 Podem achar que lhe falaram alguma coisa, quando apenas pensaram
 Tem mais clareza a respeito de ideias, pensamentos e sentimentos
quando dedicam mais tempo a eles
 Podem não ter plena consciência de seus pensamentos a menos que os
escrevam ou conversem sobre eles
A ativação do sistema nervoso parassimpático significa que as introvertidos:
 Podem ter dificuldade em se motivar ou agir, podem parecer
preguiçosos
 Podem ter reações lentas sob estresse
 Podem ser calmos ou reservados em seus modos; podem andar, falar
ou comer lentamente
 Podem precisar regular o consumo de proteína e a temperatura do corpo
 Precisam de pausas para recuperar energia
O cérebro extrovertido apresenta menos atividade interna que o cérebro
introvertido.
Ele examina o mundo externo para reunir estímulos que abasteçam a via mais
rápida da dopamina. Os sinais cerebrais viajam para o sistema de aceleração
total (nervoso simpático), que controla determinados funções corporais e
influencia a maneira pela qual os extrovertidos se comportam.
O fato de o cérebro dos introvertidos estar constantemente buscando novos
insumos significa que ele tem propensão a:
 Ansiar por estimulação externa; não gostar de ficar sozinhos por muito
tempo
 Aumentar o contato visual ao falar pra captar a reação dos outros;
reduzir o contato visual ao ouvir, para observar o que está acontecendo
no ambiente
 Gostar de falar e ter talento para isso; sentir-se energizados ao
receber atenção ou estar em foco

O predomínio da via curta da dopamina significa que os extrovertidos:


 Falam sem prensar, e falam mais do que ouvem
 Tem boa memória de curto prazo o que lhes permite pensar
rapidamente
 Saem-se bem em provas com tempo limitado ou sob pressão
 Sentem-se revigorados pelo debate, pela novidade, pelas experiências
 Tem facilidade e fluidez em bate-papos sociais
A ativação do sistema nervoso simpático significa que os extrovertidos tem
propensão a:
 Agir rapidamente em situações de estresse
 Gostar de movimentar seu corpo e se exercitar
 Ter altos níveis de energia; não precisar se alimentar com tanta
frequência
 Sentir-se incomodados se não tiverem nada para fazer
 Diminuir o ritmo ou se desgastar na meia-idade
Obviamente todos temos ambos os sistemas, um com foco no mundo
exterior e o outro com foco no mundo interior; no entanto, um deles será
mais restaurador e revigorante que o outro devido a forma pela qual
nosso cérebro reage aos neurotransmissores.

O processo introvertido
Os introvertidos circulam com muitos pensamentos e sentimentos na
cabeça. Ficam meditando  comparando experiências novas e antigas.
Estão sempre em constante dialogo consigo mesmo. Por se tratar de
uma experiência não familiar, podem não se dar conta de que outras
mentes funcionam de maneira diferente. Eles precisam acessar sua
memória de longo prazo para localizar a informação. Isso requer um
tempo de reflexão sem pressões. Também precisam dar a si mesmo
espaço físico para deixar que seus sentimentos e suas impressões
aflorem. No sono REM ou durante o sonho, essa via integra as
experiências diárias e as armazena na memória de longo prazo, onde
são arquivadas em diversas áreas do cérebro. Os introvertidos estão
em um constante processo de destilação que requer muita energia
interna.
A acetilcolina também aciona o hipotálamo para que envie uma
mensagem ao sistema nervoso parassimpático a fim de conservar
energia. Esse sistema diminui o ritmo do corpo, permitindo que os
introvertidos contemplem e examinem uma situação. Se a decisão
envolver partir para ação, serão necessários pensamento consciente e
energia para manter o corpo em atividade. Isso explica por que muitos
introvertidos conseguem ficar sentados por longos períodos enquanto
estão concentrados. A acetilcolina também recompensa a concentração
por meio de choques de felicidade, mas não dá uma carga de glicose e
oxigênio (energia) para o corpo. O processo introvertido resulta em um
tipo de comportamento que afeta todas as áreas da vida da pessoa.
O processo extrovertido
Estão alertas para os insumos sensoriais e emocionais. Quando
recebem estímulos, conseguem responder prontamente porque a via é
rápida e reage facilmente. O introvertido ainda está procurando uma
palavra, o extrovertido já colocou varias para fora. Os extrovertidos
precisam de mais insumos pra manter seu circuito de retroalimentação
funcionando. Seu sistema alerta o sistema nervoso simpático, que é
destinado a partir para a ação sem pensar muito antes. Ele libera
adrenalina, sangue (oxigênio) para os músculos e glicose, inundando,
assim, o corpo de energia. A liberação de neurotransmissores a partir
de vários órgãos entra no circuito de retroalimentação, enviando
componentes de volta ao cérebro para produzir mais dopamina. A
dopamina e a adrenalina liberam choques de felicidade a partir do
centro da “sensação boa”. Não e de espantar que os extrovertidos não
queiram diminuir seu ritmo.
Toda essa adrenalina e essa glicose rapidamente fazem com que se
sintam exausto. É estimulante demais, consome combustível demais e
os deixa com o tanque vazio. Como não recebem tantos choques de
felicidade da dopamina e da adrenalina e como o nível de acetilcolina
não aumenta nesse circuito de retroalimentação, eles não se beneficiam
da mesma “sensação boa” que atinge os extrovertidos desse lado do
sistema.

Duas mentes
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Há uma ponta de tolice até no
Cérebro do homem mais sábio.
Os introvertidos com predomínio do lado direito do cérebro apresentam
diferentes talentos, comportamentos e limitações daqueles com
predomínio do lado esquerdo.
Durante os dois primeiros anos de vida, usamos fundamentalmente
nosso lado direito do cérebro, orientando a símbolos. Acenar significa
dar adeus.
A mente com predomínio do lado esquerdo do cérebro torna-se mais
ativa por volta de um ano e meio a dois anos de idade, quando a
linguagem começa a despontar. Lembre-se de que é também quando o
sistema de declaração começa a funcionar. O nosso “estagio de
exploração” perde um pouco seu ritmo para que possamos aprender a
pensar e a falar.
PRATICANDO A EXTROVERSAO:
DEIXE SUA LUZ BRILHAR
NO MUNDO
Ter medo é uma coisa. Deixar que o medo domine
E controle você é outra.
 Katherine Paterson
Você reconheceu que é introvertido e está no caminho certo para viver
confortavelmente sendo quem é. Agora é hora de um pouco de
desconforto novamente  mas por um bom motivo.
Há coisas que os introvertidos precisam fazer que demandam
habilidades de extrovertido.
Às vezes, todos precisamos praticar um pouco de extroversão para
alcançar nossos objetivos e realizar nosso sonhos. Temos de nos
aventurar fora de nossa zona de conforto. Mas sempre podemos voltar
correndo em seguida.
Os extrovertidos são como faróis, construídos para dirigir sua energia
para fora. Sua atenção é direcionada para fora de si mesmos; estão
constantemente examinado o ambiente externo. E ali que os
extrovertidos ganham energia física. Eles obtém seus choques de
felicidade intoxicados pela dopamina. Os introvertidos não tem a mesma
sorte. Somos construídos como lanternas, um brilho suave indicando
uma força interna. Nossa atenção, está sempre voltada para ideias
interna. Nossa atenção está sempre voltada para ideias internas.
Quando saímos para o mundo real, precisamos fazer as coisas de um
modo diferente. Precisamos reduzir nosso brilho interior e acender outra
chama, direcionando nosso feixe luminoso para fora.
Os extrovertidos mergulham no mundo em movimento rápido, com uma
atitude destemida que transpira confiança. São falantes, abertos
espontâneos e prontos para experimentar qualquer coisa. Assim como
precisam aprender algumas habilidades com os introvertidos, também
precisamos aprender algumas de suas habilidades.
Neste capitulo, sugiro estratégias para fazer com que as suas incursões
pela extroversão sejam tão suaves e livres de ansiedade quanto
possível. Você aprendera a adotar alguns aspectos da “atitude E”
(atitude extrovertida). Trata-se de uma abordagem mais leve, mais livre
e mais confiante diante da vida. E em pequenas doses e por períodos
curtos de tempo você pode usá-la em seu benefício.

Ilusão da zona de conforto


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Mal começamos a acreditar que chegamos a uma vida confortável
para descobrir uma parte de nós que não se encaixa ali.
 Gail Sheehy
Desde a infância, encontramos segurança naquilo que nos é Familiar.
Crianças de todos os temperamentos podem levar com elas um cobertor
ou um bichinho de pelúcia para ajuda-las com a sensação de estranheza
e falta de familiaridade. O tecido desgastado faz com que se lembrem de
seu lar, de sua casa, acalma seus medos e suas ansiedades. Como
adultos, continuamos a buscar o que nos é familiar, pois isso nos ajuda
a administrar a sensação de abatimentos. Os introvertidos, até mais que
os extrovertidos, percebem e encontram segurança naquilo a que estão
acostumados. Incorporar novas informações é algo que requer energia.
Os introvertidos podem desenvolver uma fantasia de que, se estiverem
se sentindo confortáveis o tempo todo, tudo estará bem. Mas essa
fantasia pode ser limitante. Independentemente do cuidado com que
você construa sua vida, sempre encontrara obstáculos, desafios e
sentimentos desagradáveis e precisara ser capaz de lidar com eles. Isso
requer que se experimentem novos comportamentos e que se tolere a
sensação de não ser exatamente você mesmo.
Uma vida em isolamento pode protegê-lo de sentimentos desagradáveis,
mas também cria limitações para que tenha novas experiências e
conheça outras pessoas, coisas que poderiam ajuda-lo e lhe trazer
delicias que jamais imaginou ou pensou serem possíveis.
Permanecer confortável demais faz com que se percam aspectos de
nossa personalidade. Assim como os músculos não ganham força se
não forem usados, algumas partes de nossa personalidade não serão
fortalecidas a menos que as exercitamos de vez em quando. Além disso,
você também pode ficar entediado ou deprimido sem novas informações
e desafios. O medo de ser abandonado, rejeitado ou decepcionado pode
aumentar, a menos que experiências externas positivas façam com que
você se lembre de que esses medos nem sempre tem fundamento na
realidade.
Como introvertido, você precisa lembrar a si mesmo que, embora
queime combustível rapidamente quando está praticando a extroversão,
também está adquirindo novas ideias, relacionamentos e experiências.
O mundo é capaz de fazer com que sua luz brilhe por ai afora de modo
descontrolado. Mas você pode pontuar as áreas onde deseja focar sua
energia “extrovertida”.

Adquirindo confiança

O caráter reside naquilo que você faz
na terceira e na quarta tentativas.
Mas os desafios existem para serem vencidos, e ter confiança em si
mesmo é um ótimo começo.
Quando saem por ai, costumam se sentir profundamente afetados e não
conseguem se lembrar de suas próprias capacidades. Podem até se
comparar aos extrovertido e chegar à conclusão de que tem algum
defeito. Retraem-se para não se sentirem mal a seu próprio respeito. Os
introvertidos também podem ser tomados pela ideia tão difundida em
nossa cultura de que nosso valor pessoal se baseie naquilo que
fazemos, e não naquilo que somos.
Barbara de Angelis, explica que, “quando você baseia sua autoconfiança
em quem você é, em vez de naquilo que você realiza, acaba criando
algo que ninguém nem circunstância alguma jamais poderá tirar de
você”.
A autoconfiança é um termo frequentemente mal compreendido. As
pessoas pensam nele de um modo extrovertido: fazer atividades
rapidamente, ter alto nível de energia e acumular um número enorme de
realizações. Mas, se isso fosse verdade, apenas campeões olímpicos
teriam essa segurança interna. A natureza não projetou o universo
dessa maneira ou, então, a maioria das pessoas ficaria de fora. Além
disso, pense em todas as pessoas que parecem estar no auge, cheias
de realizações, mas que se comportam de uma forma autodestrutiva,
abusando de drogas ou de álcool, por exemplo. Se sua autoconfiança
dependesse daquilo em que você já se provou capaz, seria muito difícil
fazer coisas novas. Para empreender atividades novas, você precisa
ser iniciante, passar por uma curva de aprendizado e enfrentar
dificuldades. A autoconfiança baseada somente em realizações limita
sua capacidade de expandir e encarar novos interesses.
Se você só consegue se sentir autoconfiante quando está participando
de alguma atividade que execute bem, o que acontece quando não está
realizando essa atividade? Se você se sente seguro com relação as
suas capacidades apenas quando está desempenhando suas funções
de pai ou mãe, o que fazer quando seus filhos não precisam de você?
Ou, se tem uma profissão que envolve ajudar os outros, o que acontece
com a sua própria imagem quando não está se doando a ninguém? Se
adoecer, por exemplo, terá menos valor por não estar realizando nada?
Há uma diferença entre autoconfiança baseada em realizações e
autoconfiança baseada em suas qualidades interiores. É por isso que
alcançar um determinado objetivo, como se formar na faculdade,
comprar um carro de luxo, conseguir aquela promoção ou ter certa
quantia no banco traz uma sensação boa, mas passa logo. Pesquisas
indicam que o aumento de satisfação decorrente de uma grande
promoção dura, no máximo, cerca de seis meses. Para termos confiança
em nós mesmos, precisamos de algo que esteja sempre conosco. A
autoconfiança precisa partir daquilo que existe dentro de nós, e não do
que fazemos fora.
A autoconfiança reside em compromisso íntimo. É um acordo que se faz
consigo mesmo para aprender ou fazer o que for preciso para atingir
nossos objetivos. E a capacidade de ser determinado, curioso, tolerante
com os erros e gentil consigo mesmo à medida que aprende novas
habilidades.
Ninguém pode tirar de você essa persistência ou qualquer outra dessas
quantidade.
Especialmente os introvertidos precisam pensar sobre suas capacidades
interiores, já que podem não ter tantas realizações externas quanto os
extrovertidos em que possam se apoiar.
Portanto, como impulsionar sua autoconfiança de introvertido? Basta
apenas um pouco de sua capacidade de observação. Imagina que você
tenha uma conta bancaria para autoconfiança. Credite sua conta sempre
que fizer uma ação que o leve adiante, no caminho em direção ao seu
objetivo ou a sua prioridade. Imagine-se depositando algumas “moedas
de autoconfiança” em sua conta. Melhor inda, mantenha um livro de
autoconfiança e registre seus “depósitos”. Quando você tiver medo,
mas, mesmo assim, se sentir capaz de dar um telefonema difícil, faça
mais um deposito. Acrescente outra moeda em sua conta sempre que
confiar e valorizar seus sentimentos. Se alguém critica-lo e você for
capaz de considerar os argumentos de maneira objetiva, sem
subestima-lo (eles estão certos; fui desprezível ao fazer aquilo) nem
subestima-los (eles não sabem de nada; eu estou certo), depois
algumas moedas em sua conta. Depois que resolver como responder a
crítica “entendo seu ponto de vista, mas acho que você me entendeu
mal; eu queria dizer...”, faça mais um deposito sempre que se sentir
esperançoso, coloque mais moedas de autoconfiança. Se sofrer uma
decepção  você não conseguiu aquele emprego que desejava ,
permita-se.
Imagine como se sentiria em relação a si mesmo se realmente fizesse
um deposito toda vez que demonstrasse um atitude autoconfiante. Em
pouquíssimo tempo, teria uma conta polpuda.
LIBERTE-SE DESSE PADRÃO
Dizer a si mesmo para parar com a ansiedade não ajuda em nada. Nem
se crítica, isso só faz com que fiquem ainda mais tensos. Portanto,
sugiro que façam o oposto do que costumam fazer. Por exemplo,
quando nosso corpo fica tenso, normalmente procuramos relaxar. Mas
isso nem sempre funciona. Então, mude o padrão. Conscientemente,
tensione todo o corpo. Em seguida, solte-o com um grande suspiro,
Depois, sacuda-se como um Golden retriever depois de correr em volta
dos irrigadores de um jardim em um dia de calor escaldante. Sacuda-se,
sacuda-se, sacuda-se. Visualize gotas de agua chovendo no ar a seu
redor. Como você está se sentindo agora?
Para os introvertidos, começar qualquer coisa pode ser como escalar o
monte Everest. Por saberem que é preciso energia extra para escalar
seu caminho já bastante desgastado e por não serem recompensados
com choques de felicidade por movimentarem seu corpo, é mais fácil
permanecerem sedentários. Confrontar o que lhes é familiar demanda
menos energia. E, se não há introvertidos o bastante no mundo, eles
podem partir do princípio de que tem mais problemas do que os outros,
reforçando a noção de que há algo de errado com eles. Eles se sentem
ainda mais constrangidos e aumentam seu isolamento. Os introvertidos
muitas vezes não percebem que a vida apresenta pressões e tensões a
ela inerentes e que todo mundo tem de lutar de uma forma ou de outra.
Então, o que um introvertido deve fazer apenas uma coisa de maneira
diferente pode ajudá-lo a realizar qualquer mudança que desejar. É
como jogar uma pedra em um lago. Diversas ondulações se formarão na
agua, alterando toda a superfície. Tente o seguinte:
1. Localize com precisão o padrão que deseja mudar.
2. Faça qualquer parte dele de maneira diferente.
3. Experimente uma solução que você tenha usado em outra
situação e que tenha surtido bom resultado.
4. Use o paradoxo. Pense em como poderia piorar o problema.
Novas soluções podem lhe ocorrer.
5. Concentre sua atenção naquilo que gostaria que acontecesse, e
não naquilo que está acontecendo.
6. Parabenize-se por seu sucesso. Há algo de libertador em fazer
alguma coisa que escape a sua rotina.

Muitos introvertidos sentem se

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