Você É Introvertido
Você É Introvertido
Você É Introvertido
Ver o que está bem debaixo do nosso nariz demanda uma luta constante.
-- George Orweel
Eis a parte mais divertida. Você é um peixe fora d’agua? A receita federal dá a
nós, contribuintes, a opção de formulários curtos ou formulários longos para a
nossa declaração de imposto de renda, e eu estou dando a você mesma
oportunidade. Faça o teste rápido a seguir ou longo questionário de auto-
avaliação para introvertidos mais adiante, o que mais lhe agradar. Ou, então,
responda aos dois e compare os resultados.
Teste Rápido
Dê uma olhada na lista de características a seguir. Qual lista se parece mais
com você, pelo menos na maior parte do tempo? (Nem todas as características
da lista se encaixarão.) Responda de acordo com o que você é, e não com o
que gostaria de ser. Confie em sua primeira impressão.
Características A
Gosta de estar por dentro das coisas
Aprecia a variedade e se aborrece com mesmice
Conhece muitas pessoas, considera-as amigas
Tem prazer em bater papo, até mesmo com estranhos
Sente-se estimulado após alguma atividade, ansiando sempre por mais
atividade
Fala ou age sem necessidade de pensar antes
É normalmente animado e bem-disposto
Tende a falar mais do que ouve
Características B
Prefere relaxar sozinho ou ao lado de uns poucos amigos íntimos
Considera como amigos apenas os relacionamentos mais profundos
Precisa de um descanso depois de atividades ao ar livre, mesmo aquelas que
lhe dão prazer
Costuma ouvir, mas fala muito sobre temas que considera importantes
Aparenta ser calmo e contido, e gosta de observar
Tende esquecimentos momentâneos quando está em grupo ou sob pressão
Não gosta que apressem
Rastreando as pegadas
Dos neurotransmissores
Não apenas são distintas as vias pelas quais o sangue do introvertido e dos
extrovertidos viaja, mas também cada via requer um neurotransmissor
diferente. Conforme podemos recordar, Dean Hamer descobriu que as pessoas
que buscam novidades, com base em seus genes, têm necessidade de
perseguir emoções para satisfazer sua maior demanda por dopamina. A via
que os extrovertidos usam é ativada pela dopamina. A dopamina é um
poderoso neurotransmissor mais intimamente identificado com o movimento, a
atenção, os estados de alerta e o aprendizado. Em O Livro de ouro da mente
(Ediouro 2003), Rita Carter afirma: “Dopamina em excesso parece causar
alucinações e paranoia. Dopamina em quantidades pequenas demais é
conhecida por causar tremores e a incapacidade de iniciar movimentos
voluntários, e está envolvida nos sentimentos de ausência de sentido da vida,
letargia e tormento. Pouca dopamina também resulta em falta de atenção e
concentração, ansiedade e retraimento.” É fundamental ter a quantidade
correta de dopamina em seu corpo. E há também outra função importante. Em
states of Mind (estado da mente), Steven Hyman diz: “Uma maneira de
caracterizar a função desse circuito de dopamina é o fato de ser um sistema de
recompensas. Efetivamente ele diz: ‘Foi bom, vamos fazer isso de novo e
vamos lembrar exatamente como fizemos.’” É por isso que a cocaína e as
anfetaminas tem alto poder viciador – elas elevam o nível de dopamina.
Algumas partes do cérebro liberam um pouco de dopamina. Mas os
extrovertidos precisam de sua companheira, a adrenalina, que é liberada pela
ação do sistema nervoso simpático, para produzir mais dopamina no cérebro.
Quanto mais ativo for o extrovertido, mais choque de felicidades são
disparados e o nível de dopamina se eleva. Os extrovertidos se sentem bem
quando tem lugares para ir e pessoas para ver.
Os introvertidos por outro lado, são altamente sensível a dopamina. Dopamina
demais faz com eles se sintam estimulados em excesso. Os introvertidos usam
um neurotransmissor totalmente diferente, a acetilcolina, em uma via
dominante. Em Wet Mind (mente molhada) Stephen Kosslyn e Oliver Koenig
situam a via cerebral para a acetilcolina, e adivinha o que? É a mesma via cuja
imagem a Dra. Johnson obteve para introvertidos. A acetilcolina é outro
importante neurotransmissor relacionado a diversas funções do cérebro e do
corpo. Afeta a atenção e o aprendizado (especialmente o aprendizado
perceptivo), a influencia a capacidade de manter o sentimento de calma e
prontidão e a utilização da memória de longo prazo, além de ativar o
movimento voluntario.
No entanto, recentemente foi feita uma relação entre a deficiência de
acetilcolina e o mal de Alzheimer. Parece que a acetilcolina desempenha um
grande papel nos estados de sono e sonho, sonhamos quando estamos no
sono REM. A acetilcolina é ativada no sono REM, dando início ao sonho, então
nos paralisa (desconecta o movimento voluntario) de forma que sonhamos sem
“levar a pratica” o que estamos sonhando. Transformando-as em memorias de
curto prazo em longo prazo de sonho REM. Como diz Ronald Kotulak em seu
livro Inside The Brain (dentro do cérebro), “a acetilcolina é o óleo que faz a
máquina da memória funcionar. Quando ela seca, a máquina congela”.
Outra curiosidade interessante é que o estrógeno impede uma diminuição da
acetilcolina. Essa é uma das razoes pelas quais, durante meses de pausa, a
medida que os níveis de estrógenos declinam, as mulheres sofrem perda de
memória.
Esse é o sistema que conecta a memória e o corpo e tem uma enorme
influência sobre as nossas decisões e respeito de como nos comportarmos e
reagirmos ao mundo.
Enquanto os extrovertidos estamos relacionados a dopamina/adrenalina, ao
consumo de energia e ao sistema nervoso simpático, os introvertidos estão
relacionados a acetilcolina, a conservação de energia e ao sistema nervoso
parassimpático.
A conexão da nicotina
Nos estudos, os fumantes alegam que fumam porque sentem que conseguem
se concentrar melhor, aprender mais facilmente, lembrar-se mais das coisas e
ficar mais “animados”. Os receptores de nicotina no cérebro imitam a ação da
acetilcolina, que aumenta a atenção, a memória, o bem estar, predominam nos
introvertidos.
A nicotina também faz com que o corpo libere dopamina e isso influencia na
interrupção da serotonina e da norepinefrina, e todas as neurotransmissores
que são liberados nos extrovertidos quando ativos.
Os cigarros desencadeiam uma sensação de bem estar nas duas pontas do
continuum introvertido/extrovertido, de forma que não é de espantar que tantas
pessoas fumem, mesmo sabendo dos perigos.
Essa é uma das razoes pelas quais, durante a menopausa, à medida que os
níveis de estrógeno declinam, as mulheres sofrem perda de memória.
Esse é o sistema que conecta a mente e o corpo e tem uma enorme influência
sobre as nossas decisões a respeito de como nos comportamos e reagimos ao
mundo. Enquanto os extrovertidos estão relacionados a dopamina/adrenalina,
ao consumo de energia e ao sistema nervoso simpático, os introvertidos estão
relacionados à acetilcolina, a conservação de energia e ao sistema nervoso
passimpático.
O sistema de desaceleração
Imagine-se percorrendo uma trilha em Big Sul,. Você se apoia em uma
roda para observar uma queda-d’água. De repente, ouve um chocalho.
Parece bem próximo. Lentamente, você gira a cabeça e avista uma
cascavel com desenhos em forma de losango no dorso, já enrolada,
chacoalhando seu guizo e encarando você com seus olhos bem abertos.
Seu corpo fica petrificado e tudo fica mais lento. Uma lâmpada pisca em
seu cérebro; o que você deve fazer? Essas são respostas dos sistemas
responsável pela conservação e pode armazenamento de energia, o
sistema nervoso parassimpático. Esse sistema sinaliza para que o corpo
conserve energia e se retrai. Suas pupilas se contraem para reduzir a
entrada de luz. Seu batimento cardíaco e sua pressão arterial ficam mais
lentos para reduzir o consumo de energia; seus músculos relaxam.
Esse sistema se torna mais ativo quando as crianças tem cerca de um
ano e meio a dois anos de idade. Aprendemos a nos acalmar para
aprender a falar e a usar o banheiro. Seu corpo está armazenando
energia e não consumindo-a. Os neurotransmissores da sensação boa
dos introvertidos estão sendo disparados enquanto eles relaxam em
contemplação. É reparador e nos prepara para usar o sistema de
aceleração total quando for necessário. O sistema de aceleração total
não oferece aos introvertidos energia ou choques de felicidade, da
maneira como ocorre com os extrovertidos. Para pessoas com uma
fisiologia introvertida, toda essa dopamina e adrenalina geralmente
fazem com que se sintam estimulados em excesso. Ocasionalmente,
pode ser divertido.
Os introvertidos que ficam demais no sistema de desaceleração podem
tornar-se deprimidos, desmotivados ou frustrados por não alcançar os
objetivos desejados. Eles precisam envolver o sistema de aceleração
total para se animar. Isso requer que aprendam a regular a ansiedade e
a superestimação, tópico que abordarei mais adiante.
O processo introvertido
Os introvertidos circulam com muitos pensamentos e sentimentos na
cabeça. Ficam meditando comparando experiências novas e antigas.
Estão sempre em constante dialogo consigo mesmo. Por se tratar de
uma experiência não familiar, podem não se dar conta de que outras
mentes funcionam de maneira diferente. Eles precisam acessar sua
memória de longo prazo para localizar a informação. Isso requer um
tempo de reflexão sem pressões. Também precisam dar a si mesmo
espaço físico para deixar que seus sentimentos e suas impressões
aflorem. No sono REM ou durante o sonho, essa via integra as
experiências diárias e as armazena na memória de longo prazo, onde
são arquivadas em diversas áreas do cérebro. Os introvertidos estão
em um constante processo de destilação que requer muita energia
interna.
A acetilcolina também aciona o hipotálamo para que envie uma
mensagem ao sistema nervoso parassimpático a fim de conservar
energia. Esse sistema diminui o ritmo do corpo, permitindo que os
introvertidos contemplem e examinem uma situação. Se a decisão
envolver partir para ação, serão necessários pensamento consciente e
energia para manter o corpo em atividade. Isso explica por que muitos
introvertidos conseguem ficar sentados por longos períodos enquanto
estão concentrados. A acetilcolina também recompensa a concentração
por meio de choques de felicidade, mas não dá uma carga de glicose e
oxigênio (energia) para o corpo. O processo introvertido resulta em um
tipo de comportamento que afeta todas as áreas da vida da pessoa.
O processo extrovertido
Estão alertas para os insumos sensoriais e emocionais. Quando
recebem estímulos, conseguem responder prontamente porque a via é
rápida e reage facilmente. O introvertido ainda está procurando uma
palavra, o extrovertido já colocou varias para fora. Os extrovertidos
precisam de mais insumos pra manter seu circuito de retroalimentação
funcionando. Seu sistema alerta o sistema nervoso simpático, que é
destinado a partir para a ação sem pensar muito antes. Ele libera
adrenalina, sangue (oxigênio) para os músculos e glicose, inundando,
assim, o corpo de energia. A liberação de neurotransmissores a partir
de vários órgãos entra no circuito de retroalimentação, enviando
componentes de volta ao cérebro para produzir mais dopamina. A
dopamina e a adrenalina liberam choques de felicidade a partir do
centro da “sensação boa”. Não e de espantar que os extrovertidos não
queiram diminuir seu ritmo.
Toda essa adrenalina e essa glicose rapidamente fazem com que se
sintam exausto. É estimulante demais, consome combustível demais e
os deixa com o tanque vazio. Como não recebem tantos choques de
felicidade da dopamina e da adrenalina e como o nível de acetilcolina
não aumenta nesse circuito de retroalimentação, eles não se beneficiam
da mesma “sensação boa” que atinge os extrovertidos desse lado do
sistema.
Duas mentes
Há uma ponta de tolice até no
Cérebro do homem mais sábio.
Os introvertidos com predomínio do lado direito do cérebro apresentam
diferentes talentos, comportamentos e limitações daqueles com
predomínio do lado esquerdo.
Durante os dois primeiros anos de vida, usamos fundamentalmente
nosso lado direito do cérebro, orientando a símbolos. Acenar significa
dar adeus.
A mente com predomínio do lado esquerdo do cérebro torna-se mais
ativa por volta de um ano e meio a dois anos de idade, quando a
linguagem começa a despontar. Lembre-se de que é também quando o
sistema de declaração começa a funcionar. O nosso “estagio de
exploração” perde um pouco seu ritmo para que possamos aprender a
pensar e a falar.
PRATICANDO A EXTROVERSAO:
DEIXE SUA LUZ BRILHAR
NO MUNDO
Ter medo é uma coisa. Deixar que o medo domine
E controle você é outra.
Katherine Paterson
Você reconheceu que é introvertido e está no caminho certo para viver
confortavelmente sendo quem é. Agora é hora de um pouco de
desconforto novamente mas por um bom motivo.
Há coisas que os introvertidos precisam fazer que demandam
habilidades de extrovertido.
Às vezes, todos precisamos praticar um pouco de extroversão para
alcançar nossos objetivos e realizar nosso sonhos. Temos de nos
aventurar fora de nossa zona de conforto. Mas sempre podemos voltar
correndo em seguida.
Os extrovertidos são como faróis, construídos para dirigir sua energia
para fora. Sua atenção é direcionada para fora de si mesmos; estão
constantemente examinado o ambiente externo. E ali que os
extrovertidos ganham energia física. Eles obtém seus choques de
felicidade intoxicados pela dopamina. Os introvertidos não tem a mesma
sorte. Somos construídos como lanternas, um brilho suave indicando
uma força interna. Nossa atenção, está sempre voltada para ideias
interna. Nossa atenção está sempre voltada para ideias internas.
Quando saímos para o mundo real, precisamos fazer as coisas de um
modo diferente. Precisamos reduzir nosso brilho interior e acender outra
chama, direcionando nosso feixe luminoso para fora.
Os extrovertidos mergulham no mundo em movimento rápido, com uma
atitude destemida que transpira confiança. São falantes, abertos
espontâneos e prontos para experimentar qualquer coisa. Assim como
precisam aprender algumas habilidades com os introvertidos, também
precisamos aprender algumas de suas habilidades.
Neste capitulo, sugiro estratégias para fazer com que as suas incursões
pela extroversão sejam tão suaves e livres de ansiedade quanto
possível. Você aprendera a adotar alguns aspectos da “atitude E”
(atitude extrovertida). Trata-se de uma abordagem mais leve, mais livre
e mais confiante diante da vida. E em pequenas doses e por períodos
curtos de tempo você pode usá-la em seu benefício.
Adquirindo confiança
O caráter reside naquilo que você faz
na terceira e na quarta tentativas.
Mas os desafios existem para serem vencidos, e ter confiança em si
mesmo é um ótimo começo.
Quando saem por ai, costumam se sentir profundamente afetados e não
conseguem se lembrar de suas próprias capacidades. Podem até se
comparar aos extrovertido e chegar à conclusão de que tem algum
defeito. Retraem-se para não se sentirem mal a seu próprio respeito. Os
introvertidos também podem ser tomados pela ideia tão difundida em
nossa cultura de que nosso valor pessoal se baseie naquilo que
fazemos, e não naquilo que somos.
Barbara de Angelis, explica que, “quando você baseia sua autoconfiança
em quem você é, em vez de naquilo que você realiza, acaba criando
algo que ninguém nem circunstância alguma jamais poderá tirar de
você”.
A autoconfiança é um termo frequentemente mal compreendido. As
pessoas pensam nele de um modo extrovertido: fazer atividades
rapidamente, ter alto nível de energia e acumular um número enorme de
realizações. Mas, se isso fosse verdade, apenas campeões olímpicos
teriam essa segurança interna. A natureza não projetou o universo
dessa maneira ou, então, a maioria das pessoas ficaria de fora. Além
disso, pense em todas as pessoas que parecem estar no auge, cheias
de realizações, mas que se comportam de uma forma autodestrutiva,
abusando de drogas ou de álcool, por exemplo. Se sua autoconfiança
dependesse daquilo em que você já se provou capaz, seria muito difícil
fazer coisas novas. Para empreender atividades novas, você precisa
ser iniciante, passar por uma curva de aprendizado e enfrentar
dificuldades. A autoconfiança baseada somente em realizações limita
sua capacidade de expandir e encarar novos interesses.
Se você só consegue se sentir autoconfiante quando está participando
de alguma atividade que execute bem, o que acontece quando não está
realizando essa atividade? Se você se sente seguro com relação as
suas capacidades apenas quando está desempenhando suas funções
de pai ou mãe, o que fazer quando seus filhos não precisam de você?
Ou, se tem uma profissão que envolve ajudar os outros, o que acontece
com a sua própria imagem quando não está se doando a ninguém? Se
adoecer, por exemplo, terá menos valor por não estar realizando nada?
Há uma diferença entre autoconfiança baseada em realizações e
autoconfiança baseada em suas qualidades interiores. É por isso que
alcançar um determinado objetivo, como se formar na faculdade,
comprar um carro de luxo, conseguir aquela promoção ou ter certa
quantia no banco traz uma sensação boa, mas passa logo. Pesquisas
indicam que o aumento de satisfação decorrente de uma grande
promoção dura, no máximo, cerca de seis meses. Para termos confiança
em nós mesmos, precisamos de algo que esteja sempre conosco. A
autoconfiança precisa partir daquilo que existe dentro de nós, e não do
que fazemos fora.
A autoconfiança reside em compromisso íntimo. É um acordo que se faz
consigo mesmo para aprender ou fazer o que for preciso para atingir
nossos objetivos. E a capacidade de ser determinado, curioso, tolerante
com os erros e gentil consigo mesmo à medida que aprende novas
habilidades.
Ninguém pode tirar de você essa persistência ou qualquer outra dessas
quantidade.
Especialmente os introvertidos precisam pensar sobre suas capacidades
interiores, já que podem não ter tantas realizações externas quanto os
extrovertidos em que possam se apoiar.
Portanto, como impulsionar sua autoconfiança de introvertido? Basta
apenas um pouco de sua capacidade de observação. Imagina que você
tenha uma conta bancaria para autoconfiança. Credite sua conta sempre
que fizer uma ação que o leve adiante, no caminho em direção ao seu
objetivo ou a sua prioridade. Imagine-se depositando algumas “moedas
de autoconfiança” em sua conta. Melhor inda, mantenha um livro de
autoconfiança e registre seus “depósitos”. Quando você tiver medo,
mas, mesmo assim, se sentir capaz de dar um telefonema difícil, faça
mais um deposito. Acrescente outra moeda em sua conta sempre que
confiar e valorizar seus sentimentos. Se alguém critica-lo e você for
capaz de considerar os argumentos de maneira objetiva, sem
subestima-lo (eles estão certos; fui desprezível ao fazer aquilo) nem
subestima-los (eles não sabem de nada; eu estou certo), depois
algumas moedas em sua conta. Depois que resolver como responder a
crítica “entendo seu ponto de vista, mas acho que você me entendeu
mal; eu queria dizer...”, faça mais um deposito sempre que se sentir
esperançoso, coloque mais moedas de autoconfiança. Se sofrer uma
decepção você não conseguiu aquele emprego que desejava ,
permita-se.
Imagine como se sentiria em relação a si mesmo se realmente fizesse
um deposito toda vez que demonstrasse um atitude autoconfiante. Em
pouquíssimo tempo, teria uma conta polpuda.
LIBERTE-SE DESSE PADRÃO
Dizer a si mesmo para parar com a ansiedade não ajuda em nada. Nem
se crítica, isso só faz com que fiquem ainda mais tensos. Portanto,
sugiro que façam o oposto do que costumam fazer. Por exemplo,
quando nosso corpo fica tenso, normalmente procuramos relaxar. Mas
isso nem sempre funciona. Então, mude o padrão. Conscientemente,
tensione todo o corpo. Em seguida, solte-o com um grande suspiro,
Depois, sacuda-se como um Golden retriever depois de correr em volta
dos irrigadores de um jardim em um dia de calor escaldante. Sacuda-se,
sacuda-se, sacuda-se. Visualize gotas de agua chovendo no ar a seu
redor. Como você está se sentindo agora?
Para os introvertidos, começar qualquer coisa pode ser como escalar o
monte Everest. Por saberem que é preciso energia extra para escalar
seu caminho já bastante desgastado e por não serem recompensados
com choques de felicidade por movimentarem seu corpo, é mais fácil
permanecerem sedentários. Confrontar o que lhes é familiar demanda
menos energia. E, se não há introvertidos o bastante no mundo, eles
podem partir do princípio de que tem mais problemas do que os outros,
reforçando a noção de que há algo de errado com eles. Eles se sentem
ainda mais constrangidos e aumentam seu isolamento. Os introvertidos
muitas vezes não percebem que a vida apresenta pressões e tensões a
ela inerentes e que todo mundo tem de lutar de uma forma ou de outra.
Então, o que um introvertido deve fazer apenas uma coisa de maneira
diferente pode ajudá-lo a realizar qualquer mudança que desejar. É
como jogar uma pedra em um lago. Diversas ondulações se formarão na
agua, alterando toda a superfície. Tente o seguinte:
1. Localize com precisão o padrão que deseja mudar.
2. Faça qualquer parte dele de maneira diferente.
3. Experimente uma solução que você tenha usado em outra
situação e que tenha surtido bom resultado.
4. Use o paradoxo. Pense em como poderia piorar o problema.
Novas soluções podem lhe ocorrer.
5. Concentre sua atenção naquilo que gostaria que acontecesse, e
não naquilo que está acontecendo.
6. Parabenize-se por seu sucesso. Há algo de libertador em fazer
alguma coisa que escape a sua rotina.