R.I. Influencias Dos Grupos Final

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1.

Índice
1. Índice..........................................................................................................................1
2. Introdução..................................................................................................................2
3. Objectivos..................................................................................................................2
3.1. Objectivo Geral...................................................................................................2
3.2. Objectivo Específico...........................................................................................2
4. Perguntas de Reflexão................................................................................................3
5. Metodologia...............................................................................................................3
6. Conceitos....................................................................................................................4
6.1. Grupos Sociais....................................................................................................4
6.2. Marginalização....................................................................................................5
6.3. Minorias..............................................................................................................6
6.4. Grupo Socialmente Marginalizado.....................................................................7
7. Principais teorias relacionadas à influência das minorias ou dos grupos socialmente
marginalizados nas relações interpessoais.........................................................................8
7.1. Teoria da Identidade Social................................................................................8
7.2. Teoria da Categorização Social..........................................................................9
7.3. Teoria Contacto Intergrupal..............................................................................10
8. Grupos Socialmente Marginalizados e Minorias.....................................................11
8.1. Grupos Socialmente Marginalizados e Minorias em Moçambique..................12
9. A influência das minorias ou dos grupos socialmente marginalizados....................14
10. A influência das minorias ou dos grupos socialmente marginalizados no trabalho
15
11. Desafios das minorias ou dos grupos socialmente marginalizados......................17
12. Importância das minorias ou grupos socialmente marginalizados.......................18
13. Possíveis soluções para promover a influência positiva das minorias ou grupos
socialmente marginalizados na sociedade.......................................................................19
14. O que Aprendemos com o Trabalho.....................................................................21
15. Conclusão.............................................................................................................22
16. Referencias Bibliográficas....................................................................................23

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2. Introdução
A diversidade é uma característica fundamental da sociedade actual. Grupos
marginalizados e minorias, que anteriormente eram pouco ou nada representados na
sociedade, agora têm uma voz activa e contribuem significativamente para a cultura,
economia e política. No entanto, esses grupos também enfrentam desafios significativos
em relação à aceitação e inclusão em diversos espaços sociais, incluindo nas relações
interpessoais.

Este trabalho busca compreender a influência das minorias ou dos grupos socialmente
marginalizados nas relações interpessoais. A partir de uma revisão da literatura
existente, exploraremos as formas pelas quais esses grupos podem influenciar positiva e
negativamente as relações interpessoais. Além disso, discutiremos as possíveis soluções
para promover a influência positiva desses grupos, a fim de criar um ambiente social
mais inclusivo e respeitoso.

Por meio dessa análise, esperamos fornecer uma compreensão mais profunda dos
desafios enfrentados pelos grupos marginalizados e minorias nas relações interpessoais,
bem como suas contribuições para a sociedade em geral. Acreditamos que este trabalho
possa ser útil para académicos, profissionais e gestores que buscam promover a
diversidade, inclusão e respeito em suas relações interpessoais e profissionais.

3. Objectivos
3.1. Objectivo Geral
 Analisar a influência das minorias ou dos grupos socialmente marginalizados
nas relações interpessoais.

3.2. Objectivo Específico


 Identificar as principais teorias e conceitos relacionados à influência das
minorias ou dos grupos marginalizados nas relações interpessoais.
 Analisar a literatura existente sobre as formas pelas quais esses grupos podem
influenciar positiva e negativamente as relações interpessoais.
 Identificar as principais barreiras que esses grupos enfrentam em suas relações
interpessoais e as possíveis soluções para superá-las.

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 Discutir as implicações práticas e teóricas dos resultados encontrados em relação
à promoção da diversidade, inclusão e respeito nas relações interpessoais.

4. Perguntas de Reflexão
Para orientar a apresentação do tema e maximizar o grau de compressão acerca do
mesmo, o grupo propõe as seguintes perguntas de reflexão:

 A que grupo social pertencemos ou ainda com que grupo social identificamo-
nos?
 Que grupos sociais podem ser considerados marginalizados ou minorias na
sociedade Moçambicana?
 Qual é o papel da sociedade civil na luta pelos direitos e pela igualdade de
oportunidades para grupos marginalizados e minorias?
 Qual é o papel das instituições governamentais e não-governamentais na
promoção da igualdade e no combate à discriminação?
 Quais são os impactos da marginalização na saúde mental e física das pessoas
que pertencem a minorias ou grupos socialmente marginalizados?
 De que forma as minorias e grupos socialmente marginalizados podem
enfrentar a discriminação e lutar pelos seus direitos?

5. Metodologia
Para a realização do presente trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica que consistiu
na colecta de informações de fontes como livros, teses, artigos científicos e revistas que
abordam sobre o tema. Para Manzo (1917), apude Lakatos e Marconi (op.cit), a
bibliografia pertinente oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já
conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram
suficientemente e tem por objectivo permitir ao cientista o reforço paralelo da análise de
suas pesquisas ou manipulações de suas informações. Usamos também os debates e
explicações obtidas na sala de aula para elaborar instrumentos práticos de exploração de
carreira que possam ser utilizados no contexto moçambicano.

O presente trabalho teve um conjunto de métodos e técnicas para a sua elaboração. A


priori foi feita a pesquisa bibliográfica e levantamento de material em livros, artigos e
teses que são relevantes ao tema disponíveis nas bibliotecas da Universidade. Numa

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segunda estância o mesmo processo foi levado a cabo mas na internet em busca de
material contextualizado.

6. Conceitos
6.1. Grupos Sociais
O conceito de grupos sociais é fundamental para a compreensão da dinâmica da
sociedade, visto que os indivíduos tendem a se organizar em colectividades que
compartilham interesses, valores, normas e comportamentos comuns. Como define
Durkheim (2013), “um grupo social é formado por indivíduos que possuem
características semelhantes e que se relacionam de maneira estável e duradoura”.

Os grupos sociais podem ser classificados de diferentes formas, dependendo do critério


utilizado. Segundo Weber (2001), uma das formas de classificação mais comuns é em
relação ao grau de intimidade entre os membros do grupo, sendo que os grupos
primários são aqueles onde as relações são mais intensas e pessoais, enquanto os grupos
secundários são formados por indivíduos que se relacionam com base em interesses
comuns, mas sem uma ligação pessoal profunda.

Além disso, os grupos sociais podem ser definidos com base em suas características
específicas, como a idade dos membros, a actividade económica que desenvolvem, a
religião que professam, a orientação política, entre outras. Como destaca Merton (2017),
“os grupos sociais possuem normas e valores próprios, que muitas vezes entram em
conflito com as normas e valores da sociedade em geral” .

É importante destacar que os grupos sociais não são necessariamente homogéneos,


podendo apresentar diferentes níveis de diversidade em relação a género, raça, etnia,
orientação sexual, entre outros aspectos. Nesse sentido, os grupos sociais podem ter um
papel tanto positivo quanto negativo na construção da identidade dos indivíduos e na
promoção ou redução da desigualdade social.

Ao compreender as características dos diferentes grupos sociais e as dinâmicas que os


regem, é possível promover uma maior compreensão da complexidade da sociedade e
das relações interpessoais.

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6.2. Marginalização
A marginalização é um conceito amplamente discutido no campo das ciências sociais,
e refere-se ao processo pelo qual certos grupos são excluídos ou tornados periféricos em
relação à sociedade em que vivem. Esse processo pode ocorrer por vários motivos,
como a falta de recursos, a discriminação e o preconceito, ou a falta de acesso a
oportunidades e serviços, isto é a marginalização esta relacionada com a exclusão social
cultural, política, económica, os “indivíduos marginalizados” sofrem o processo de
marginalização, são chamados popularmente de "marginais" e "vadios" eles se
encontram à margem da sociedade e não possuem os mesmos direitos que outros.

De acordo com Bonaventura de Sousa Santos (1994), a marginalização é um processo


pelo qual determinados grupos sociais são excluídos do acesso aos recursos e
oportunidades da sociedade, tornando-se, assim, uma "subclasse social". Para Santos, a
marginalização é um resultado directo da desigualdade social e económica, e pode ter
graves consequências para a coesão social e para a democracia.

Seguindo essa linha de raciocínio, Pierre Bourdieu (1996) argumenta que a


marginalização é um efeito da reprodução social, ou seja, do modo como as
desigualdades sociais são transmitidas de geração em geração. Para Bourdieu, a
marginalização é o resultado de um processo de "violência simbólica", em que as
pessoas são levadas a aceitar sua posição social inferior como algo natural e inevitável.

Outro autor que se destacou na análise da marginalização é Robert Merton (1938), que
propôs a teoria da anomia. Para Merton, a marginalização é um efeito da falta de acesso
aos meios legítimos de alcançar o sucesso social, como a educação, o trabalho e a renda.
Quando esses meios são bloqueados, as pessoas recorrem a formas não convencionais
de alcançar seus objectivos, como a criminalidade.

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6.3. Minorias
O conceito de minorias sociais, ou simplesmente minorias refere-se a grupos de
pessoas que possuem características específicas que as colocam em uma posição de
desvantagem em relação ao restante da sociedade. Essas características podem ser
baseadas em factores como raça, etnia, género, orientação sexual, identidade de género,
religião, nacionalidade, condição socioeconómica, deficiência física ou mental, entre
outros.

As minorias, que ironicamente são quantitativamente, a maioria da população são


frequentemente alvo de preconceito, discriminação e exclusão social, o que pode limitar
seu acesso a recursos e oportunidades e afectar sua qualidade de vida de maneira
significativa. A luta pelos direitos das minorias tem sido uma importante pauta de
movimentos sociais e políticas públicas em todo o mundo.

Existem diversas teorias e abordagens que tentam explicar as dinâmicas de exclusão e


marginalização que afectam as minorias. Por exemplo, a teoria da dominação simbólica,
proposta por Pierre Bourdieu(2015), sugere que a exclusão das minorias é mantida por
meio de sistemas de valores e crenças que favorecem as posições de poder e
estigmatizam as identidades das minorias. Já a teoria da interseccional idade, proposta
por Kimberlé Crenshaw(2019), destaca a importância de entender as múltiplas
identidades que as pessoas carregam e como elas se interconectam para criar diferentes
formas de opressão.

O conceito de minorias é fundamental para entender as dinâmicas de exclusão e


desigualdade que afectam grupos vulneráveis na sociedade. Ao reconhecer as barreiras
que as minorias enfrentam, é possível promover acções afirmativas e políticas públicas
que busquem promover a equidade e justiça social. Como afirma Guimarães (2002), “a
igualdade não pode ser alcançada sem que se promova a diversidade, reconhecendo e
valorizando as diferenças”.

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6.4. Grupo Socialmente Marginalizado
Os grupos socialmente marginalizados são aqueles que estão em desvantagem em
relação às normas e valores da sociedade em que estão inseridos, sofrendo assim
discriminação e exclusão social. Esses grupos enfrentam diversos obstáculos para
aceder a direitos básicos, como educação, trabalho, saúde e até residência, e muitas
vezes são estigmatizados e estereotipados pela maioria da sociedade. Essa
marginalização pode ocorrer por diversos factores, como género, orientação sexual,
raça, etnia, religião, classe social, entre outros.

Segundo Giddens (2005), a marginalização é um processo social que ocorre quando um


grupo ou indivíduo é excluído dos recursos sociais, económicos e culturais da sociedade
em que está inserido. Ainda segundo o autor, a marginalização pode ser uma forma de
discriminação, quando um grupo é impedido de participar plenamente da vida social por
causa de sua raça, etnia, género, orientação sexual, religião ou outras características

Segundo Esteban et al. (2013), a marginalização social é resultado de um processo


histórico e cultural, em que certos grupos são considerados inferiores e são alvo de
discriminação. Para esses autores, a marginalização não é um atributo inerente aos
indivíduos, mas sim uma condição imposta pelo sistema social

Dentre os grupos socialmente marginalizados, podemos citar os negros, indígenas,


LGBTQIA+, pessoas com deficiência, refugiados, imigrantes, os indivíduos em situação
de pobreza e entre outros. Esses grupos enfrentam diversas formas de discriminação e
preconceito, que muitas vezes se manifestam de forma sútil e velada, como o racismo
estrutural e outras vezes de forma explícita, como a homofobia ou a xenofobia.

Por exemplo, as pessoas negras em países maioritariamente brancos enfrentam racismo


estrutural, dificuldades de acesso à educação e ao mercado de trabalho, além de serem
frequentemente vítimas de violência policial. Tem também o caso da comunidade
LGBTQIA+ é alvo de discriminação e violência por sua orientação sexual ou identidade
de género, o que pode levar a situações de exclusão social e agravamento de problemas
de saúde mental. As pessoas com deficiência muitas vezes sofrem com a falta de
acessibilidade em diversos ambientes e serviços, além de enfrentarem preconceito e
discriminação.

Portanto, a marginalização social desses grupos é um problema que afecta a sociedade


como um todo e demanda acções para a promoção da equidade e inclusã

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7. Principais teorias relacionadas à influência das minorias ou dos
grupos socialmente marginalizados nas relações interpessoais
7.1. Teoria da Identidade Social
A Teoria da Identidade Social, desenvolvida por Henri Tajfel (1986), é uma teoria
amplamente estudada na psicologia social que busca entender como as identidades
sociais influenciam o comportamento e as interacções interpessoais. Esta teoria tem sido
utilizada para explicar a influência das minorias ou dos grupos marginalizados nas
relações interpessoais, já que a identidade social desses grupos é frequentemente
afectada por processos de estigmatização e discriminação.

Segundo a teoria, a identidade social de uma pessoa é composta por uma série de
identidades colectivas que são compartilhadas com outros membros do mesmo grupo
social. Essas identidades colectivas são importantes para o senso de pertencimento e
auto-estima das pessoas, e podem ser afectadas tanto positiva quanto negativamente
pelas interacções com outros grupos sociais. Por exemplo, indivíduos que pertencem a
grupos marginalizados podem sentir-se estigmatizados e discriminados em função de
suas identidades colectivas, o que pode afectar negativamente sua auto-estima e bem-
estar psicológico.

De acordo com esta teoria, as pessoas tendem a adoptar comportamentos que reforçam
suas identidades sociais positivas e que rejeitam aquelas que são percebidas como
negativas. Isso pode levar a uma polarização entre grupos sociais e à intensificação de
preconceitos e discriminações. No entanto, a teoria também sugere que é possível
reduzir a polarização e promover relações interpessoais mais positivas através do
contacto intergrupal, que pode ajudar a reduzir a percepção de diferenças e aumentar a
empatia entre os membros dos diferentes grupos.

Assim, esta teoria tem sido utilizada para entender a influência das minorias ou dos
grupos marginalizados especialmente em contextos de discriminação e exclusão social.
Essa teoria destaca a importância das identidades colectivas para o comportamento e as
interacções interpessoais, e oferece insights valiosos para a promoção da diversidade,
inclusão e igualdade de direitos entre os membros de diferentes grupos sociais.

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7.2. Teoria da Categorização Social
A Teoria da Categorização Social (TCS) é uma abordagem teórica proposta por John
Turner e seus colaboradores, que busca explicar como os indivíduos processam
informações sobre si mesmos e sobre os outros em contextos sociais complexos. A
Teoria da Categorização Social parte do pressuposto de que as pessoas não vêem o
mundo de forma neutra e objectiva, mas sim através de lentes sociais que moldam suas
percepções e avaliações. Essas lentes são construídas a partir de processos de
categorização, nos quais os indivíduos agrupam pessoas e objectos em diferentes
categorias mentais, com base em características compartilhadas.

Segundo a Teoria da Categorização Social, a categorização social é uma parte


fundamental do processo de construção da identidade social, que se refere ao conjunto
de características pessoais que um indivíduo compartilha com um grupo social. As
categorias sociais podem ser amplas (como género, idade ou raça) ou mais específicas
(como fãs de determinado clube de futebol). A pertinência a uma determinada categoria
social pode afectar a forma como as pessoas se percebem e são percebidas pelos outros,
bem como suas atitudes e comportamentos em relação aos membros de outras
categorias.

No contexto das relações interpessoais, a Teoria da Categorização Social tem sido


aplicada para entender como as minorias e os grupos marginalizados são percebidos
pelos membros da maioria, e como essa percepção pode afectar as interacções entre
eles. Por exemplo, estudos mostram que as pessoas tendem a categorizar os outros com
base em características visíveis, como raça ou género, e a atribuir traços estereotipados
às diferentes categorias. Isso pode levar a preconceito e discriminação contra as
minorias, além de reforçar a distinção entre "nós" e "eles".

No entanto, a A Teoria da Categorização Social também sugere que a categorização


social pode ser usada de forma positiva, como um meio de promover a coesão e a
solidariedade dentro dos grupos. Por exemplo, quando as minorias se unem para lutar
por seus direitos e interesses, isso pode fortalecer a identidade social do grupo e
aumentar sua influência sobre a maioria. Assim, a Teoria da Categorização Social é uma
abordagem teórica importante para entender como a percepção de categorias sociais
pode afectar as relações interpessoais, incluindo a forma como as minorias e os grupos
marginalizados são percebidos e tratados pelos membros da maioria.

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7.3. Teoria Contacto Intergrupal
A teoria do contacto intergrupal, desenvolvida por Gordon Allport em 1954, busca
entender a influência das minorias e grupos marginalizados nas relações interpessoais
por meio do contacto entre diferentes grupos sociais. A teoria parte da premissa de que
o contacto entre grupos com diferentes características pode levar à diminuição de
preconceitos e discriminações, além de promover mudanças positivas nas atitudes e
comportamentos dos indivíduos.

Segundo Allport, para que o contacto entre grupos seja efectivo, é necessário que
algumas condições sejam cumpridas, tais como a igualdade de status entre os grupos, o
contacto prolongado e próximo, a cooperação entre os grupos em tarefas comuns, o
apoio de autoridades sociais e a ausência de competição entre os grupos. A partir dessas
condições, é possível que se estabeleça uma interacção positiva entre os grupos, em que
haja a troca de informações e experiências, a redução de estereótipos e a promoção de
uma maior compreensão e aceitação mútua.

A teoria do contacto intergrupal tem sido amplamente utilizada em diferentes contextos


sociais, como na promoção de mudanças nas relações entre diferentes grupos étnicos,
religiosos, de género, entre outros. Contudo, é importante ressaltar que o simples
contacto entre grupos não é suficiente para promover mudanças significativas, sendo
necessário que as condições ideais sejam cumpridas e que o contacto seja acompanhado
de outras estratégias educativas e sociais.

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8. Grupos Socialmente Marginalizados e Minorias
Os grupos socialmente marginalizados e as minorias são frequentemente invisibilizados
e subestimados em suas demandas e necessidades dentro da sociedade. Esses grupos
podem ser definidos como aqueles que possuem pouca representatividade e poder
político e económico, além de sofrerem discriminação e preconceito por parte dos
grupos majoritários. Eles são submetidos a estereótipos, preconceitos e discriminação
em diferentes esferas da vida, incluindo emprego, habitação, educação, saúde, justiça e
acesso a serviços básicos.

Dentre os grupos socialmente marginalizados, podemos citar as pessoas negras,


mulheres, pessoas com deficiência, LGBTI+, pessoas em situação de rua, migrantes e
refugiados, entre outros. Esses grupos possuem características específicas que os tornam
vulneráveis à exclusão social, tais como etnia, género, orientação sexual, religião, idade,
deficiência física ou mental.

Uma das minorias mais conhecidas em todo o mundo é a comunidade LGBTQ+. O


acrónimo LGBTQ+ inclui lésbicas, gays, bissexuais, transgénicos e outras pessoas que
não se identificam com a heterossexualidade padrão. Esta comunidade tem lutado por
direitos iguais em muitos países, incluindo o direito ao casamento, adoção e tratamento
igual em relação à saúde e à educação. O símbolo mais conhecido da comunidade
LGBTQ+ é a bandeira do arco-íris, que representa a diversidade e a inclusão de todas as
pessoas.

Outro exemplo de grupo marginalizado são as pessoas com deficiência física ou mental.
Essas pessoas enfrentam muitos obstáculos em sua vida cotidiana, incluindo acesso
limitado a transportes, edifícios e serviços públicos, bem como barreiras sociais e
culturais. A Organização Mundial da Saúde estima que existam cerca de um bilhão de
pessoas com deficiência no mundo, o que representa cerca de 15% da população global.
O símbolo mais comum para pessoas com deficiência é a cadeira de rodas, que
representa a acessibilidade e a mobilidade. No caso do autismo e outras doenças mentais
silenciosas é a fita azul e o quebra-cabeças colorido.

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As mulheres são outro grupo que historicamente tem enfrentado discriminação e
exclusão em muitas partes do mundo. A desigualdade de género pode ser vista em áreas
como emprego, salários, violência doméstica e acesso limitado a serviços de saúde
reprodutiva. O símbolo mais comum para a luta pelos direitos das mulheres é o punho
feminista, que representa a solidariedade e o empoderamento feminino.

As pessoas de origem étnica ou racial são frequentemente marginalizadas em muitas


partes do mundo. A discriminação racial pode ser vista em áreas como emprego,
habitação, educação e justiça criminal. Os símbolos mais comuns para a luta contra o
racismo são o punho cerrado e o movimento Black Lives Matter.

A religião também é um factor importante na marginalização de grupos sociais.


Muçulmanos, judeus e hindus, entre outros, enfrentam discriminação em muitas partes
do mundo. O símbolo mais comum para a luta pela liberdade religiosa é o símbolo da
paz, que representa a tolerância e a convivência pacífica entre diferentes religiões.

Esses são apenas alguns exemplos de grupos socialmente marginalizados e minorias e


seus símbolos. Embora existam muitos grupos diferentes, todos eles enfrentam desafios
semelhantes em termos de exclusão e discriminação. É importante reconhecer esses
desafios.

8.1. Grupos Socialmente Marginalizados e Minorias em Moçambique


Em Moçambique, há várias minorias étnicas e culturais, que se caracterizam por terem
uma presença numérica menor em relação à população majoritária e, muitas vezes,
enfrentam discriminação e exclusão social. Algumas das principais minorias em
Moçambique incluem grupos étnicos como os Makonde, Swahili, Maconde, Sena,
Ndau, e muitos outros.

1. Nampulenses: apesar de serem a segunda maior etnia do país, são considerados


uma minoria em muitas áreas de Moçambique, incluindo a capital, Maputo. Eles
são conhecidos por sua cultura, música e dança únicas.

2. Makhuwa: é a maior minoria étnica em Moçambique e é concentrada


principalmente no norte do país. Eles são conhecidos por suas cerimônias
tradicionais e música, incluindo a dança de tufo.

3. Sena: são uma minoria étnica concentrada na província de Sofala, e são


conhecidos por sua música tradicional, como o gongue e o timbila.

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4. Swahili: são uma minoria cultural em Moçambique, concentrada principalmente
na costa norte do país. Eles são conhecidos por sua música e dança tradicionais,
e sua língua é falada em vários países africanos.

5. Albino: embora não sejam uma minoria étnica, as pessoas com albinismo em
Moçambique são frequentemente marginalizadas e discriminadas. Eles
enfrentam desafios significativos na educação, emprego e saúde, e são
frequentemente vítimas de ataques violentos por causa de crenças supersticiosas.

6. LGBTQ+: Na sociedade moçambicana, a comunidade LGBTQ+ é considerada


uma minoria e um grupo socialmente marginalizado. Eles enfrentam diversos
tipos de discriminação, incluindo violência física e verbal, exclusão social, e
falta de acesso a direitos básicos, como educação e cuidados de saúde. Muitos
LGBTQ+ em Moçambique sentem-se obrigados a esconder sua orientação
sexual ou identidade de género para evitar perseguição e estigmatização.

7. Rastafári: A cultura rastafári é frequentemente mal entendida e estigmatizada


pela sociedade moçambicana. Eles são frequentemente vistos como "diferentes"
e são frequentemente discriminados por causa de suas roupas e estilos de vida. A
falta de compreensão e aceitação por parte da sociedade em geral pode levar a
problemas de exclusão social e económica para os rastafáris.

8. Pessoas em situação de pobreza: pessoas em situação de pobreza também são


frequentemente marginalizadas em Moçambique. A falta de acesso a recursos
básicos, como moradia, educação e serviços de saúde, pode contribuir para a
exclusão social e económica desse grupo,

9. Pessoas com deficiência: Eles enfrentam diversas barreiras, incluindo a falta de


acessibilidade física e social, estereótipos negativos e falta de oportunidades de
educação e emprego

Essas minorias muitas vezes enfrentam desafios e desvantagens em relação à maioria


étnica, incluindo a falta de representação política e económica, bem como a
discriminação e marginalização em muitos aspectos da vida social, cultural e económica
do país.

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9. A influência das minorias ou dos grupos socialmente
marginalizados
O processo de influência das minorias ou dos grupos socialmente marginalizados é um
fenómeno complexo e que envolve diversas variáveis, tais como a cultura, a história e a
política do contexto social em que esses grupos estão inseridos. Neste sentido, é
importante entender como ocorre a influência desses grupos e como eles podem
desempenhar um papel positivo ou negativo nas relações interpessoais e na sociedade
como um todo.

Em primeiro lugar, é importante destacar que a influência das minorias ou dos grupos
socialmente marginalizados pode ocorrer de diferentes formas. Um exemplo comum é a
luta por direitos e igualdade, que muitas vezes é liderada por esses grupos e que pode
resultar em mudanças significativas na sociedade. Esse tipo de influência pode ser visto,
por exemplo, na luta pelos direitos civis na vizinha Africa do Sul, liderada por activistas
negros, que resultou na abolição da segregação racial.

Além disso, os grupos marginalizados também podem ter uma influência negativa na
sociedade, quando fortalecem estereótipos e preconceitos. Esse tipo de influência pode
ocorrer quando esses grupos são representados de forma negativa na média, por
exemplo, reforçando preconceitos e estereótipos já existentes.

Um dos principais factores que influenciam a capacidade dos grupos marginalizados de


afectar a sociedade é o seu nível de organização e mobilização. Grupos que têm uma
organização forte e uma liderança clara são mais capazes de mobilizar recursos e
influenciar a sociedade de forma positiva. Isso pode ser visto, por exemplo, na luta
pelos direitos LGBT, que foi liderada por organizações como a Human Rights
Campaign e que resultou em importantes conquistas, como a legalização do casamento
entre pessoas do mesmo sexo em vários países. Por outro lado, grupos que são menos
organizados e têm menos recursos podem ter uma capacidade limitada de influenciar a
sociedade. Esses grupos muitas vezes enfrentam dificuldades em fazer suas vozes serem
ouvidas e em conseguir apoio para suas causas.

A forma como esses grupos são percebidos e tratados, pode mudar ao longo do tempo, e
novos desafios e oportunidades surgem constantemente.

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10.A influência das minorias ou dos grupos socialmente
marginalizados no trabalho
A influência das minorias ou dos grupos socialmente marginalizados no ambiente de
trabalho é um tema relevante e que tem ganhado cada vez mais atenção nos últimos
anos. É importante entender como esses grupos afectam as dinâmicas organizacionais e
como as organizações podem lidar com essas questões de forma eficaz.

Desde as últimas décadas do século XX, o mundo do trabalho tem passado por
significativas transformações que têm contribuído para aumento das taxas de
desemprego, diminuição do emprego assalariado e generalizados postos de trabalho
precarizados (Pochmann, 2012).

As relações de trabalho, ao longo da história e em diferentes sociedades, têm permitido


analisar as condições nas quais os direitos humanos têm ou não sido respeitados
(Martins & Pires, 2016).

Esse é um fenómeno complexo que ocorre em diversos países, e as análises evidenciam


padrões de participação e de desenvolvimento laborais desiguais em relação a sectores
da economia, a países e regiões, bem como a grupos sociais.

Isso significa afirmar que há indivíduos para os quais os efeitos dessa realidade são
mais devastadores em função da natureza da actividade que desenvolvem, dos espaços
geográficos que ocupam ou dos grupos sociais a que pertencem (Guimarães, 2012).

Um dos principais impactos das minorias e grupos marginalizados nas organizações é a


diversidade de pensamento e perspectivas que eles trazem. Isso pode levar a uma maior
criatividade e inovação nas empresas, pois diferentes experiências e pontos de vista são
incorporados no processo de tomada de decisão. Além disso, as empresas que abraçam a
diversidade e inclusão podem ter maior engajamento e satisfação dos funcionários.

No entanto, a presença de minorias e grupos marginalizados também pode desencadear


desafios, como preconceito e discriminação, que podem levar a conflitos e baixa
produtividade.

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Os ambientes de trabalho, enquanto organizações sociais, reproduzem condições e
relações de trabalho marcadas por situações de preconceito e discriminação, tais como
as existentes na sociedade de um modo geral (Camino, 2012). Por isso, é importante que
as organizações estejam preparadas para lidar com essas questões e implementar
políticas e práticas inclusivas.

Um dos principais factores que contribuem para a eficácia da gestão da diversidade nas
organizações é a liderança inclusiva, que se preocupa com a promoção de um ambiente
de trabalho justo e respeitoso para todos os funcionários. A liderança inclusiva pode
ajudar a combater o preconceito e a discriminação e criar um ambiente em que todos
possam se sentir valorizados e respeitados.

Portanto, a presença de minorias e grupos marginalizados nas organizações pode trazer


tantos benefícios quantos desafios. É importante que as organizações adoptem uma
abordagem proactiva para lidar com essas questões e promover um ambiente de trabalho
justo e inclusivo para todos os funcionários.

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11.Desafios das minorias ou dos grupos socialmente marginalizados
As minorias ou grupos socialmente marginalizados enfrentam diversos desafios em
nossa sociedade, que afectam a sua qualidade de vida, seu acesso a direitos e serviços
básicos e a sua participação política e social. Alguns desses desafios incluem:

1. Discriminação e Preconceito: As minorias ou grupos socialmente


marginalizados frequentemente sofrem com a discriminação e o preconceito,
seja por questões de raça, género, orientação sexual, religião, entre outras
características. Essas atitudes discriminatórias podem afectar o acesso desses
grupos a oportunidades de trabalho, educação, moradia, entre outros.

2. Desigualdades Sociais e Económicas: As minorias ou grupos socialmente


marginalizados geralmente possuem menos acesso a recursos económicos e
sociais em comparação com a população majoritária. Isso pode resultar em
desigualdades significativas em termos de renda, educação, acesso a cuidados de
saúde, entre outros.

3. Violência e Segurança: As minorias ou grupos socialmente marginalizados


frequentemente sofrem com altos índices de violência, intimidação e assédio.
Eles podem ter menos protecção policial e acesso a sistemas de justiça que os
protejam adequadamente contra a violência.

4. Desafios Políticos e de Participação: As minorias ou grupos socialmente


marginalizados podem ter dificuldades em ter sua voz ouvida na sociedade e nas
esferas políticas. Eles podem enfrentar barreiras para o acesso a cargos políticos
ou para ter representatividade em instituições que afectam suas vidas.

Para enfrentar esses desafios, é importante promover políticas e práticas inclusivas que
valorizem a diversidade e respeitem os direitos humanos das minorias e grupos
socialmente marginalizados. Isso envolve medidas que garantam acesso a recursos,
serviços e direitos fundamentais, bem como o fim da discriminação e preconceito. Além
disso, é necessário garantir uma participação significativa desses grupos na tomada de
decisões políticas e sociais, bem como o acesso a uma justiça e segurança adequadas.

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12. Importância das minorias ou grupos socialmente
marginalizados
A importância das minorias ou grupos socialmente marginalizados na sociedade é algo
que deve ser discutido e valorizado. Afinal, esses grupos representam uma parcela
significativa da população que, muitas vezes, é negligenciada e ignorada pelos poderes
instituídos e pela sociedade em geral.

Primeiramente, é importante destacar que esses grupos trazem uma diversidade cultural,
social e económica que enriquece a sociedade como um todo. Suas experiências de vida,
seus costumes e tradições são valiosos para o desenvolvimento da cultura e da
identidade nacional. Além disso, a presença desses grupos na sociedade traz uma
oportunidade de aprendizado e troca de conhecimentos, permitindo a construção de uma
sociedade mais plural e tolerante.

A luta por direitos e igualdade desses grupos é fundamental para o avanço da


democracia e da justiça social. A discriminação e o preconceito são problemas graves
que ainda afectam esses grupos, e a luta por igualdade de direitos e oportunidades é uma
batalha constante. A participação activa desses grupos na sociedade é essencial para que
suas demandas sejam ouvidas e para que possam contribuir com a construção de uma
sociedade mais justa e igualitária.

Por fim, é importante ressaltar que a valorização e o reconhecimento das minorias e


grupos socialmente marginalizados não devem ser vistos apenas como uma questão de
justiça social, mas também como uma questão de desenvolvimento económico e
humano. A inclusão desses grupos na sociedade pode trazer benefícios em termos de
inovação, criatividade e produtividade, além de garantir o acesso a recursos e
oportunidades que podem impulsionar o crescimento e o desenvolvimento do país.

Portanto, é fundamental que a sociedade como um todo reconheça a importância desses


grupos e trabalhe para promover a sua inclusão, valorização e participação activa na
sociedade. Isso não só é um dever ético e moral, mas também é fundamental para a
construção de uma sociedade mais justa, igualitária e próspera.

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13. Possíveis soluções para promover a influência positiva das minorias ou
grupos socialmente marginalizados na sociedade
As minorias e grupos socialmente marginalizados enfrentam desafios significativos na
sociedade, mas existem soluções para promover sua influência positiva e criar
mudanças duradouras. Algumas possíveis soluções incluem:

1. Educação e conscientização: A educação pode ser uma ferramenta poderosa para


aumentar a conscientização sobre as questões que afetam as minorias e grupos
marginalizados e promover mudanças de atitude na sociedade. Instituições
educacionais podem oferecer cursos que abordem questões como preconceito,
discriminação e marginalização, e esses cursos podem ser obrigatórios em todos
os níveis de ensino.

2. Inclusão social e profissional: A inclusão social e profissional das minorias e


grupos marginalizados é fundamental para promover sua influência positiva na
sociedade. Isso pode ser alcançado através de políticas públicas e privadas que
incentivem a contratação e promoção de indivíduos de diferentes origens e
grupos marginalizados. O apoio financeiro e logístico a projetos empreendedores
de pessoas pertencentes a esses grupos também pode ser uma boa opção.

3. Representação política: A representação política das minorias e grupos


marginalizados é importante para garantir que suas vozes sejam ouvidas e suas
preocupações sejam abordadas. O incentivo ao envolvimento político de pessoas
pertencentes a esses grupos pode ser uma solução, bem como o incentivo à
criação de partidos políticos voltados a essas causas.

4. Combate ao preconceito e à discriminação: A discriminação e o preconceito são


grandes obstáculos para a influência positiva das minorias e grupos
marginalizados na sociedade. Políticas públicas e campanhas de conscientização
devem ser implementadas para combater esses problemas, com a punição
adequada para aqueles que desrespeitam os direitos dessas minorias.

5. Alianças entre grupos: As alianças entre grupos podem ser uma solução para
promover a influência positiva das minorias e grupos marginalizados na
sociedade. Isso pode ser alcançado através de coalizões e parcerias entre
organizações que trabalham em prol dos direitos desses grupos. Essas alianças

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podem ajudar a criar uma rede de apoio e solidariedade entre as minorias e
grupos marginalizados, o que pode levar a mudanças significativas na sociedade.

Podemos dizer que promover a influência positiva das minorias e grupos socialmente
marginalizados na sociedade é essencial para garantir uma sociedade justa e equitativa.
As soluções acima mencionadas são algumas das maneiras pelas quais podemos
alcançar essa meta e criar um mundo melhor e mais inclusivo para todos. É necessário
que as políticas e estratégias citadas sejam implementadas e aperfeiçoadas para que a
sociedade se desenvolva de forma justa e igualitária.

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14.O que Aprendemos com o Trabalho
Ao final deste trabalho, foi possível compreender a complexidade e a importância da
discussão sobre a influência das minorias ou dos grupos socialmente marginalizados na
sociedade. Foi possível perceber que esses grupos enfrentam diversos desafios, como a
falta de representatividade e a discriminação, que limitam sua capacidade de participar
plenamente da vida em sociedade.

Também foi possível entender que existem diversas teorias que tentam explicar como
esses grupos influenciam a sociedade e vice-versa, como a Teoria da Identidade Social,
a Teoria da Categorização Social e a Teoria do Contacto Intergrupal. Cada uma delas
tem sua abordagem e foco específicos, mas todas destacam a importância de reconhecer
e valorizar a diversidade e a individualidade de cada pessoa, independentemente de sua
pertença a um determinado grupo.

Os exemplos dados de grupos socialmente marginalizados e minorias em Moçambique,


como a comunidade LGBTQ+, as pessoas rastafári, as pessoas em situação de pobreza e
os deficientes, permitiram uma compreensão mais concreta e próxima da realidade
desses grupos. Foi possível perceber que, apesar das diferenças entre esses grupos,
todos compartilham uma luta comum por direitos e por uma inclusão mais efectiva na
sociedade.

Por fim, as possíveis soluções para promover a influência positiva desses grupos na
sociedade foram discutidas, como a conscientização e a sensibilização da população em
geral, o empoderamento desses grupos e a criação de políticas públicas que os protejam
e promovam sua inclusão social.

Em suma, foi possível compreender que a valorização da diversidade e a luta contra a


discriminação e exclusão social são fundamentais para promover uma sociedade mais
justa e igualitária, onde todos os grupos tenham suas vozes ouvidas e suas contribuições
valorizadas. O trabalho ajudou a aumentar a conscientização sobre essas questões e
esperamos que possa contribuir para um debate mais amplo e inclusivo sobre o tema.

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15.Conclusão
A influência das minorias ou dos grupos socialmente marginalizados é um tema de
grande relevância nos estudos sociológicos e psicológicos, pois nos permite
compreender como esses grupos podem afectar as relações interpessoais e as
organizações.

Neste trabalho, foi possível identificar conceitos fundamentais, tais como grupos
sociais, marginalização e minorias, bem como as principais teorias relacionadas à
influência desses grupos nas relações interpessoais, como a teoria da identidade social, a
teoria da categorização social e a teoria do contacto intergrupal.

Foi evidenciado que a influência das minorias ou dos grupos marginalizados pode ser
positiva ou negativa, dependendo do contexto em que ocorre. Em alguns casos, esses
grupos podem desafiar normas sociais e culturais, promovendo mudanças e avanços na
sociedade. Em outros, podem ser alvo de discriminação e preconceito, o que pode levar
à exclusão e marginalização.

Além disso, foi destacado que a presença desses grupos nas organizações pode trazer
benefícios, como maior diversidade de ideias e perspectivas, bem como desafios, como
a necessidade de criar ambientes inclusivos e acolhedores.

Portanto, é importante que as organizações estejam atentas à influência das minorias ou


dos grupos socialmente marginalizados em suas dinâmicas internas, buscando promover
a diversidade, o respeito e a igualdade de oportunidades para todos os colaboradores.

Concluímos, assim, que o estudo da influência das minorias ou dos grupos socialmente
marginalizados é fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e
inclusiva, e que cabe a todos nós trabalhar para construir um mundo onde as diferenças
sejam valorizadas e respeitadas.

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16. Referencias Bibliográficas
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