Direito Processual Civil
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Direito Processual Civil
Nesta fase tem lugar, não só a convocação dos credpres, mas 'também convocação do cônjuge
do em certos casos.
o Cód. Proc.' Civil regula o concurso dos credores nos arts. 864.0 a 871.% podendo nesta
regulamentação distinguirern-se os seguintes após penhora, reclamações, verificação e
gra*duação dos créditos.
CITAÇÕES FINALIDADES
a) Junção da certidão de direitos, ónus e encargos.
O art. 8641.° , n.° 1 faz referência a'uma ceitidão de e encargos inscritos que deve ser junta ao
processo pelo exequente.
Porém, este preceito refere a possibilidade de essa junção não ser necessária, pelo que se deve
entender que aquela certidão só deve ser junta ao processo quando na acção executiva
tiverem sido efectuadas , penhoras sujeitas a regist0é
Isto é assim porque se torna necessário comprovar que esse registo foi efectivamente feito, o
que se consegue mediante a referida certidãQ de direitos, ónus e encargos 'inscritos, do qual
constam as pessoas que tern direitos sobre os bens penti0tados (quer direitos reais de gozo,
quer direitos reais de garantia),
b) Citações e finalidades
As citações a que se refere o art. 864,0 basicamente, a dois grupos: por lado, ado cônjuge
reconduzem-se,do executado e, por outro lado, a dos seus restantes creçlores, em
determinadas cõndiçõee-
Sempre.que haja 'lugar citação do cônjuge dó executado, nos termos .da ai. a) do n.0 t do art.
864, 0, pode concluir-se que a execuçüo foi apenas proposta contra dos cônjuges.
Esta citação tem lugar em duas situaçóes distintas:
- Por um l?do, cita-se o cônjuge do executado quando a penhora tiver recaído sobre bens
imóveis que o executado não possa alienar livremente, o que pode suceder quando a iodos os
imóveis o regime de bens do caSamento não for o da separação - art. 1682.0-A, n.0 1, als a)
do Cód. Civil -ecom acasa de morada de família- art. 1682.0-A, n.0
2 do Cód. Civil, embora a lei tenha em vista sobretudo os bens imóveis próprios do cônjuge,
já quê quanto aos bens comuns, estes estão previstos no arti 825. 0 , adiante referido:
Esta citação tem como finalidade permitir ao cônjuge participar nu
fase de alieriação 'executiva desses imóveis, assegurando assim a intervenção do casal ( 86).
- Por um lado, deve citar-se o cônjuge do executado quando o exequente utiliya a.faculdade
do art. 825,0, n.0 1 (penhora de-bens comuns), embora esta citação tenha lugar ainda na fase
da penhoral
Ponto controverso era, antes da revisão do o de sabei qual a medida dos poderes processuais
do cônjuge do executado.
(86) No fundo Cuma exigencia congénere da prevista no actual artigo 283A do Cód. de
Processo Civil, embora não destinada a assegurar g legilimidade.
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A este respeito alguns autores entendiam que o cônjuge, 'Orno parte principal, podia
contestár os créditos reclamados,
Actualmente, o artigo 864.0-B„'intróduzido pelo Dec. Lei 329* A/95, define o âmbito do
estatuto processual do cônjuge do executado, conferindo-lhes podeteS para deduzir a
oposição à penhora e exercer, após a sua citação, os mesmos poderes que a lei concede ao
execÚtado,
Atém do ç6njuge do executado, determinam as alíneas b), c) e d) do n: I do art. 864.0 que
sejam citados, respectivamente, ot credores conhecidos comagarantia real sobre os bens
penhorados, as entidades fiscais que representem a Fazenda nacional (que pode ser çredOra
priyilegiêda) e;por último, os credores desconhecidos (que têm também de ser titulares de
uma garantia não sujeita@registo e, por
1. da certiéão de
O actüal- artigo 864.0:A, introduzido pela ,revisõo do estabêI€¿€Aiae20 juiz poderá
dispensar a convocação destes crédotes, quand6 a penhora tenha incidido apenas sobre
vencimentos, abonos ou -z pensõesou quando tenha sido penhorados'm6veís não sujeitos a
registo e de Eduzido valor, não conste dós autos'que sóbre eles incidamdire4tog reais de
garantia.
No entanto; o credor que tiver garantia real sobre es_tes bens poderá vir a reclamar o seu
crédito, espontaneamente, até à transmissão -desses bens.
2. Também o n.0 1 do artigo 2.0 do Decreto Lei n.0 274/97 de 8 de OutubrO, não
admite, regra geral, esta reclamação de créditos, nas execuções baseadas em qualquer título
(judicial' ou extra judicial) destinadas a pagamento de quantia certa, de valor não superior à
alçada
da I.E instância,-se a penhora recair sobre bens móveis ou direitos que não tenham sido dados
ern penhor, com excepção dC) estabelecimento comercial. Eicepcionalrnente, a referida
reclamação é admitida 'nos' caso; previstos no n.0 2 daquele artL 2,0.
(87) J. A. Reis, ob. cit., págs230 e 231 e Lopes Cardoso "Manual da Acção•Executívg", púge
496.
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tão somente relaçóes substantivas entre os credores (e una lado, e o executado, por outro lado.
51 • AS GARANTIAS REAIS E SEMELHANTES QUE SER-
VEM DE FUNDAMENTO À INTERVENÇÃO DOS CREDORES
SegUndo um certo entendimento doutrinal, poderão considerar-se dois casos:
| Caso) Garantias reais
a) Hipotecas•c
-Legais (arts. 704, 0 a 709.0 do Cód. Civil); . • - Judiéiais (artS 710.0 e 71 1 . 0 do Cód.
CivilY,noutr
- Voluntárias (art. 712.0 a 717. 0 do Cód. .Civil)',
b) Consignação de rendimentos (arts. 656.0 e segs. do
c) Pênhor - (arts. 666. 0 e segs. do Cód. Civil);
d) Privilégios creditórios (arts. 733. 0 e
e) Direito de retenção (arts. 754.0 e quandohncide sobre móveis tem os mesmos
'do Cód. Civil) e sobre imóveis, da hipoteca
f) Arresto não convertido em' penhora (art. 622. 0 , n.0 2 do Cód.
Civil;
g) Penhora (quando efectuada sobre os mesmos bens noutra acção
executiva) (93)
2.0 Caso) Preferências resultantes da separaç¿io de patrim6Hlos
Estas Situações sãb equiparadas por algums autores para p efeito de citação dos credores, às
gaiañtias. reais, embora de admissibilidade duvidosa.
São fundamentálrnente dois casos:
- - A separação do património próprio e comum dos%cônjuges (dada a preferênciãdos
credores comuns/dos cônjuges sobre os bens cornuns do casal* deVefn estesiparticipar na
execução movida contra Vim dos cônjuges@uando sejag) penhorados bens.corrñns) ( 94).
: A,Separação do património do "de cujus" e do próprio herdeiro; (devem intervir os
credores da herança, dada a preferência de que gozam sobre os credores pessoais do herdeiro,
quandO se trata dê penhorar bens da±erança em execução por dívidas próprias do herdeiro)
(art. 2070. 0 do Cód. Civil) e5) (96)
FORMAS DE CITAÇÃO DOS CREDORES
A forma de citação é variável, consoante se trata de credores conhecidos ou desconhecidqs
O conhecimento.da existência dos credoies opera-se pela certidão de direitos, énus e
encargos inscritos no registo, a cuja função já fizemos féferência,
(93) Dada a possibilidade de os mesmos béns poderem ser objecto de diversas penhoras etn
processo: difereptes (víde art. 871 to do C,P.C.).
(94) A. de Castro, ob. cit., pág. 179; embora este regime não esteja expressnrnente
consignado na lei, seria uma coñsequência da afectgçno do património comum às dfvidns
cotrwns do casal,
6. Ae.de Castro, ob. cit., pág.' 179 a 180,
L L. de Freitas,.ob, cit., pág, 256, em sentido contrário,
A lei equipara a falta de citação do credor na acção executiva, à falta de citação do réu na acç\
o declarativa.
Consequentemente, trata-se de uma nulidade deq grau, prevista n-o art. 194.0, ale a) e que
tem com efeito a anulação de todo o processado posteri0F à irregularidade (vide no
entanto'solução diferente sustentada
por Anselmo de Castro - ob. cit.,' pág. 1841 87).
Verifica-se, apesar desta equiparação de regime, uma excepção, dado que as vendas,
adjudicações, remições ou' mesmo pagamentos já efectuados são considefados válidos, desde
que o exequente não tenha sido -o exclusivo heneficiáÊio.-Se, pelo contrário, tais actos
apenas resultam em faç•or do exequente, mantérn-se a regra geral de equiparação de efeitós,
considerando-se, portanto, que eles estão feridos de nulidade:
Na hipótese dê as vendas, adjudicações ? remições e pagamentos serem tónsiderados válidos,
o credor não citado- tem o direito de ser indemñizado pelo exequente, pelo dario que haja
sofrido, como consequência de não ter•podido Obter o pagargento que lhe era devido atenção
à preferência inerente à sua garantia real que cauucou-
Este regime tem a sua justificação no princípio da auto-responsabilidade do exequente na
acção executiva, que o responsabiliza pelo seu andamento e regularidade.
É assim justificável que o exequente sofra as consequênáias das omissões e irregularidades
nela ocorridas, havendo quem afirme que tar responsabilidade é objectiva (não é sequer
exigível culpa), solução no
entanto controversa e que suscita reservas, dada a natureza excepcional da responsabilidade
objectiva
Por fim, assinale-se a possibilidade do Conhecimento oficioso da falta de citações de
credores, em qualquer estado do processo executivo,
Castro, ob. cit., pág- .1 88.
como resulta do disposto nos artS•, 202.0 e 2CÍ4.0 , ri. 0 2 do Cód. Péoc. Civil crunnto falta
de citaçÃô do réu, por reiniss{io Fara o art. 1 94. 6
55 RFCV,AMAeÃO VERIFICAÇÃO CRÉDITOS
55.1. PRAZO FARA AS RECLAMAÇÓES
O prazo geral de que dispõem os credores para reclamarem os seus créditos é de 15 dias, a
contar da sua citação, conforme dispõe o art. 865.0, n.0 2 do Cód. Proc. Civil; acrescenta este
preceito.que o prazo será de 25 diasi se se tratar de. créditosda Fazenda.Nacional,
cu•ja.reclamaç'ãQ compete ao Ministério Públicdi em sua representação.
REQUISITOS
Mas não basta, para reclamar créditoS numa acção executiva, que -o credor esteja munido de
uma garantia real.
Este será, apensas, um dos requisitos Substantivos exigidos por lei/ além de outros 'que
iremos analisdr.
Com efeito, exige também o . 0 , n.0 2, que o credordisponha de um título executivo.
A falta de título executivo é, porém, 'suprível, na medida em que o credor pode tgrnbéril
pedir, dentro do prazo para a reclamação, que a graduação dos créditos aguarde,
relativamente aos bens sobre os quais incide a sua garantia, que ele obtenha, em acção
própria, sentença exequível (art. 869.0, n.0 1) e portanto um título executivo judicial
(sentença condenatória). Vide, adiante, n.0 55.5.
Por lil(irno, como requisito final, o créditói\que se reclamür deve ser certo e líquido (art.
865.0, n.0 3 détC,P.C,),.
175
Note-se quê a lei, eal rela-ção aos -requisitos que-exigia-para a obrigação exequenda,
apresenta aqui um desvio, ao dispensar a exigibilidade do crédito a reclamar ( IDG).' Assim
se compreende o art. 868.0; n,0 3, que preceitua que a sentençq de graduação deve determinar
que , na cônta final para pagamento, se efectue o desconto cprrespondente ao- benefício da
antecipação,
Quanto à certeza e liquidez do crédito reclamado, eStabelece o art.
865:0, n.0 3 que, na falta de alguma' daquelas características, dispõe o credor reclamante dos
mesmoS meios de que dispõe o-exequente para tornar a•obrigafão certa•e líquida, ou•seja
dosnineiOS previstos nos arts.• 803. 0 e seguintes - -Vide supra, n:os 37 a 39.
Atenta a- dificuldade que pode existir em usar desses meios dentro do prazo para reclarfiàr-o
seu crédito? deverá entender-se que na própria petição de reclamação poderá formular o
pedido de liquidaçãó ou formular os pêdidos Érevistos no art. 803. 0 para tornar certa a
Em resumo, constituem pressupost'os específicos da reclamação de Créditos na acção
executiva, a existência de garantia real sobre os bens penhorados (art. 865. 0, n. 0 1), a
existência de título executivo (art. 865.e, 3)?
Os dois últimos requisitos, como se viu, têm apenas de ser susceptíveis de verificação no
momento da reclamação, já que a sua verificação pode ser posterior (art. 869. 0 , n. 0 e art.
865. 0 , n.0 3 "in fine", respectivamente para o título executivo e para ter à certeza e liquidez).
Mas existern outros requisitos para a' reclamação de créditos, embora agora de índole
exclusivamente proeesSuaI,
pelo que o processo de reclamaçao é materialmente diverso (artigo 865, 9, n.0 4),
Este regicne ju stjfjca-se para que, na medida do possível, a execuçáo possa prossegui' os
seus termos com autonomia, o mesmo se
( O I ) O art. 60.0, 2 ref e 'c upenos para afgec:iuçiodele", Oca a apreciação pelo juiz da
existencia do crédito rectatnado só é necessária, em regra, se a reclamação tiver sido
868', 2 e 4)
podem responder no prazo&de IO dias a contar da data em que notificados das impugnações,
sa quando estas contiverem defesa por excepção e, portan¿o, só quanto a esta defesa.
Para -a apresentação dêste articulado, o patrocínio judiciáfio já pode ser obiigatório [Cfr. art.
60,0 , n.0 2;' vide, supra, nota (101)].
A falta de impugnação tem como efeito o reconhecimento dos créditos não impugnados, sem
prejuízo do conhecimento de questões justificativas da rejeição liminar e.das excepções
ao_efeito cominatório da revelia vigentes no processo declarativo (n. 0 4 do. artigo "868.0).
Estas excepções, após .a revisão da C.P;C., são as previstas no artigo 485.0 , embora só para
o efeito cominatório semi-pleno, dado ter sidó suprimido o efeito cominatório pleno.
Terminada esta fase dos articulados, - há lugar a um despacho saneador,- no qual devem logo
ser reconhecidos os créditos que o poderem ser, ou por não terern sido impugnádos Qu
porque o juiz pode desde logo reconhecê-los, em função das proVas produzidas até aí (art.
868. 0 , n.0 1 , 2.2 parte e n. 0 2).
Se por hipótese todos os créditos reclamados estivessem nesta situação, proferir-se-ia logo
sentença que conhecesse da sua existência e efectuasse a gYaauação (art. 868. 0 , n.0 2).
Mas esta hjpótese será de rara verificação, pelo que, normalmente. haverá lugar a instrução,
discussão e verificação de créditos não reconhe-
*Estas, de acdtdd com o art.• 455. 0 do- Cód. Proc.- Civil, saem precípuas do produto dos
bens* penhorados, pelo que•o seu pagamento é-_feito cc_fora do concurso ou da graduação".
-Vejamos agora a ordem de graduação que deverá ser efectuada separadamente, como disse,
para Us%benSñ-n6veis e" imóveis.
a) Ordem de graduação quanto a bens móveis.
I .0 - Créditos privilegiados por despesas de justiça no interesse comum dos credores para a
conservação, execução e liquidação dos bens (arts. 746.0 do Cód.-Civil);
2.0 Créditos privilegiados por impostos (art. 747.0, n.0 1, al. a) do Cód. Civil);
- Primeiro, os devidos ao Estado;
Depois, os devidos às Autarquias Locais.
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3.0 - Outros créditos nrivileiiados peta ordem indicada nas alo b) a n n.0 1 -do art%747.0 do
Cód. Civil.
4.0 - Créditos com garantia de penhor, direito de retenção sobre-
i móveis, penhora e arresto, segundo ordem da gua antiguidade,
b) Ordem df graduaçao quantp a bens ihlóveis,
I - Créditos privilegiados por despesas de justiça (art. 746.0 do
Civil);
2. - Créditos privilegiados por dívidas de impostqs:
O Cód. Proc. Civil vem perníitir a este ¿redor que nela tentêobter o título executivo, para
intervir na execução e obter nela pagamento.
Para Tanto, deve apresentar um requerimento no qual solicite que a graduação de créditos
aguarde que ele obtenha', na acção declarativa própria, uma sentença exequível (n.0 1 do art.-
869.0).
Essa acção declarativa pode já estar propostá ou ter ainda de ser proposta'.
No primeiro casp,.o n.0 2 do. arte 869.0 estabeleçe que o credor, auto,r nessa acção, deve
pedir nela a intervenção principal do eXequente e dos demais'credores interessados prevista
no artl 325.4, n.0 J. No: segUndo caso, deverá propôr essa acção'contra o executado; o
exequente e os credores interessados (na execução), para possibilitar a impugnação do seu
crédito, já. que na execução não se vai.poSterior_mente proceder à sua verificação, até
porque só.se suspende a graduação.
A verificação é feita, portanto, na acção declarativa com interyenção dos legítimos
contraditores (exequente, execütado e demais credores com garantia real sobre os. beris
objecto de garantia real do reclamante).
7. Este requerimento, assim apresentado. na acção executiva, não suspende a veri-
ficação dos demais créditos, nem a venda ou adjudicação dos bens pelo que continuará a sua
marcha normal a "expropriação" dos bens do executado (as vendas e adjudicações).
8. No entanto, o requerente é admitido a exercer 40 processo os mesmos direitos que
competem ao credor cuja reclamação tenha sido
Como nele se estabelece, a execução etn que a penhora foi feita hiais tardeé 'suspehs.a
quanto a esses,benst, e se o exequente não degígtir da penhora; poderá reclamar o seu crédito
na onde penhorn foifeita em primeiro lugar.
Para este efeito o que interessa é a data da penhora (quando está sujeita a registo, atende-se à
data do registo) e não.a data da propositura da acção executi va.
Nos termos glo n. 0 2 do art. 871T, o credor dispéedo prazo de 15, dias a contar da sua
citação pes'oal para reclamar o crédito (se apenhora maiS recente constar. da certidão de
ónus, direitos e encargoé), ou do
prazo@e 15 dias a contar da notificação do despacho do juiz que mandou süstar a execução
em que foi feita a ppnhora mais recente (se esta ñão constar da referida:certidão•)..
A reclamação deste crédito suspende tafnbém os efeitos da graduação de créditos que já
existia e, quando seja átendida, provocará nova graduação na qual será incluído este
novo'crédito.
O credor que intentara uma acção executiva, e, que per força dos mecanismos que
descrevemos, se vê obrigado a intervir na outra execu ção em 'que a penhora era mais antiga,
assumé nesta urna posição processual idêntica à do exequente.
Esta solução tem grande alcance prático, pois os direitos do exequente e dos credores
reclamantes têm extensão diversa.
Com efeito, embora todos desfrutem de poderes de çontroje da legalidade da alienação
executiva dos bens penhorados, di sponíbilidade da relação jurídí¿a
processuabperténce«eygtudo; ao exequente (v,g. direito de nomeação de bens à penhora).
SS muito excepcionalmente os etedo•res tec18tnantes podem ossua posiçao de exequente
(efr. art. 920.0, n.0 3 (o mesmo nesses casosnso detêm a faculdade de nomearem beng a
penhora • vide, adiante,
55.6. CONSEQV€NCIAS DA CONVOCAÇÃO DOS crwoonrs
9. A de bens na execução (actos de alienação, que
fazem parte fase do pagamento) corre a pat da verificação e de créditos nó respectivo apenso
(artigo 873,0, n. 0 1);
Os direitos dos Scredofes adm_itidos liminarmente (não é ne¿es sério•qpe tenham Sido
verificados ou reconhecidos) a participarem na "exfropriaçüo" dos bens do executado,
reconduzem-se, esm geral, ao contiole da legalidáde e escolha das respectivas formas de
alienação;
- Os credores reclamantes, em geral, não podem nomear bens à penhora;
10. A disponibilidade da acção executiva pertence fundamentalmente ao exequente.
(sobre a força do caso julgado da sentença de verificação e graduação dos créditos, vide Prof.
Lebre de Freitas - obra citada - pág.
263 a 266:
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