Cultura FCS 168
Cultura FCS 168
Cultura FCS 168
FORMAÇÃO DE SEGURANÇA
CULTURA DE SEGURANÇA
FCS 168168
CULTURA
1.0 Introdução
2.0 Objetivo
A seguir, iremos entender estes avisos e porque é importante atuar na base da pirâ-
mide. Vamos fazer uma reflexão na pirâmide de Frank Bird, que foi aprimorada pela
consultoria Dupont em 1990 com o acréscimo de mais um nível na base para repre-
sentar os desvios.
Figura 01: Pirâmide de Frank Bird Figura 02: Pirâmide de perdas Dupont
Sabemos que a relação dos números para cada nível da pirâmide é bem variável,
mas a ideia é tratar o conceito da evolução de um acidente.
O fato é que para responder à pergunta, temos que entender como funciona nosso
cérebro. A escolha pelo caminho seguro nem sempre é uma tarefa simples, pois tra-
ta-se da tomada de decisão em determinado momento dentro das atividades desen-
volvidas nas organizações.
Estas decisões passam pelo caminho da percepção dos riscos, que depende do pro-
cessamento analítico e intuitivo de cada indivíduo.
A resposta a pergunta é que as decisões são tomadas por pessoas, e estas pessoas
precisam modificar a forma de pensar segurança. Temos que entender que o maior
valor dentro das organizações são os indivíduos que lá trabalham, portanto, a práti-
ca do cuidado ativo (eu me cuido, eu cuido do outro e me deixo ser cuidado) é pri-
mordial.
São diversos os fatores, iremos elencar alguns deles, mas seguramente, você
que está lendo esta matéria, terá sua lista pessoal baseado em sua experiên-
cia. Vamos lá:
Me explico:
- Como tenho mais de 26 anos de experiência em processos de consultoria em
vários países, utilizarei como exemplo duas regiões com culturas distintas e
com influência direta no ambiente laboral. Sem fazer juízo de valor a nenhuma
das regiões, mas vale o registro, os peruanos são menos questionadores, bem
obedientes e conformes, portanto as regras e procedimentos de segurança são
mais facilmente aceitos e cumpridos que o povo argentino, onde os profissio-
nais são mais questionadores, não gostam muito de seguir regras e são bem
complacentes um com os outros.
É claro que isso depende da região do país, como trabalhamos de norte a sul
nestes dois países, uso como um exemplo para reflexão.
O entendimento das crenças de sua organização, a história da população que vive na-
quele local, o estilo de liderança, o perfil de educação, dentre outras questões forma
o conceito de valor das coisas, e um destes valores, é a segurança, seja ela na vida
pessoal ou laboral.
Como falar de cultura de segurança a um povo que desafia a vida de seus familiares
em uma única motocicleta? É possível? Sim é possível, mas precisamos ter uma boa
estratégia para “flechar o coração” das pessoas daquela organização.
Crenças: Sua organização acredita que valorizar o ser humano gera valor para seu
negócio? E portanto, segurança é tão importante quanto outros resultados (custo,
produção, qualidade, outros)?
Cultura: Qual tipo de cultura está inserida sua organização? Qual o nível de matu-
ridade em segurança está sua empresa? Qual a cultura organizacional local?
Perfil das lideranças: Sua organização pratica o cuidado ativo? – eu cuido de mim,
do outro e permito ser cuidado. Existe a prática do sentido de pertencimento?
• Fator Fisiológico: Este fator está relacionado diretamente com a saúde física do
colaborador, características antropométricas adequadas ao cargo, doenças relaciona-
das ao colaborador, necessidades fisiológicas como sono que pode levar a fadiga ex-
cessiva, e a falta de atenção. Imaginem colaboradores sob a pressão do trabalho, com
horas extras excessivas, pouco tempo para descanso e quase nenhum lazer. Como
será que estariam as condições físicas destes colaboradores? Será que dormiriam bem?
Será que as horas de sono foram renovadoras? Será que estariam com alto nível de
concentração e atenção nas tarefas?
20% 20%
60 %
Contemplação
Atitude: irei considerar sua solicitação
Pré incorporação
Atitude: Farei sozinho porque
Entendemos que um programa de cultura antes de ser iniciado, deve possuir mini-
mamente um grau de conformidade que atenda aos requisitos legais, os requisitos
de infraestrutura e os requisitos mínimos de gestão. Esta observação se torna im-
portante, pelo fato de facilitar a aceitação das mudanças nos indivíduos, diminuindo
sobremaneira o uso de “muletas” para permanecer na “zona de conforto”. Situações
que ocorreram pessoalmente comigo, “Estou trabalhando na manutenção do telhado
sem dispositivos contra quedas porque não tenho onde ancorar meu cinto”, “eu não
sabia da necessidade de verificar meus dispositivosde segurança na máquina porque
não tenho procedimento ou porque nunca fui treinado”. Situações como estas, são
minimizadas quando temos alicerces claros.
A. Programas de reconhecimento
B. Estimulação da motivação e positividade
C. Práticas de empoderamento e orgulho organizacional
D. Valorização e importância da segurança na vida de todos
Pilar que traz à tona uma discussão a respeito dos processos de liderança, respon-
sabilidades, as crenças e valores da organização, bem como o compromisso de cada
um. A seguir, alguns temas visitados neste pilar:
CICLO DE CRIAÇÃO
05 DE CULTURA 02
04 03
JORGE SECAF
Diretor técnico da AFAM, com 26 anos de experiência em
processos de consultoria, treinamento e auditorias.
Engenheiro Químico, com pós graduação nas áreas da
qualidade, meio ambiente e higiene ocupacional. Atuou
em mais de 500 empresas ao longo destes anos, como
consultor, instrutor e auditor.