Capitulo Um Do Livro "A Matemática e Os Temas Transversais" de Alexandrina Monteiro e Geraldo Pompeu Junior.

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Docente: Guilherme Francisco Ferreira

Discente: Stella Cezário Camargo

Fichamento

MONTEIRO, Alexandrina e JUNIOR, Geraldo Pompeu. A Matemática e os temas


transversais. São Paulo: Moderna, 2001.

Cap. 1-Algumas reflexões sobre o ensino da matemática.

Este livro aborda a importância dos temas transversais no contexto escolar e como eles
podem ser incorporados ao ensino de matemática. No capítulo um, ele tem como
objetivo fazer uma reflexão sobre o ensino de matemática a partir do que sabemos de
educação e matemática com o intuito de fundamentar a ideia da Etnomatemática, ou
seja, defender que se enfatizem as ações pedagógicas construídas dentro do contexto
sociocultural dos educandos, levando-se em consideração os distintos grupos culturais.
Assim sendo, são enaltecidos os conceitos matemáticos informais desenvolvidos pelos
alunos através de seus conhecimentos, fora da vivência escolar.

Sabemos que não só o papel do professor dentro da sala mas também o papel dos pais
no cotidiano é essencial para a educação dos jovens, pois eles têm a intenção de educar
para o bem, formar cidadãos com seus valores éticos, morais e outros. Isso faz com que
enxergamos que a educação é complexa, no sentido em que escolher o que é melhor
para o outro é algo extremamente difícil.

O texto aborda que é necessário compreendermos que cada indivíduo tem seu contexto
social, cultural e como que ele se expressa em sua totalidade física, emocional,
intelectual e cultural, ou seja, é de extrema importância que compreendemos que escola
está associado a cada uma das culturas e valores do alunos, professores e de toda a
comunidade. Com isso, levamos em consideração que ao analisar cada contexto
sociocultural, as escolhas variam de acordo com cada cultura, cada realidade social e
outras coisas que a educação passa a ser significativa.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais incluem Ética, Saúde, Meio Ambiente,


Pluralidade Cultural, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo. Esses temas não

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constituem novas áreas do conhecimento, mas devem ser abordados
continuamente ao longo da escolaridade, com isso, cada escola organiza sua própria
proposta pedagógica.

No papel do professor é crucial que ele saiba “quem”, “por que” e “como” queremos
educar, pois o fazer do professor é um processo que permite o outro perceber de
maneira significativa que o mundo pode ser transformado por meio de sua ação, ou
seja, atos que devem ser executados, como conhecer o meio em que a escola está
inserida, saber o conteúdo que está sendo ensinado e outros. Enfatizam também o
quanto a participação popular é essencial nas decisões em educação, já que as escolhas
feitas para o outro (alunos) é fundamental.

O conhecimento tem dois elementos que se relacionam, quem conhece e o que é


conhecido, ou seja, o sujeito só é sujeito para um objeto e o objeto só é objeto para um
sujeito. Com isso, entendemos que o objeto do conhecimento matemático depende
tanto de seus aspectos históricos e sociais para a sua existência, isto é, precisamos
observar como a matemática se apresenta, por exemplo, em nossa própria vida ela está
presente a todo momento.

O texto traz como exemplo o teorema de pitágoras, que já era utilizado pelos egípcios e
babilônios, quando os gregos começaram a utilizar ele passou a ser demonstrado como
um teorema. Entendemos que ele já existia na prática, mas não tinha um nome
específico e nem tinha sido estudado. Temos que deixar claro que o conhecimento
matemático não foi apenas pelas experiências práticas, mas também pela própria teoria.

Com o passar dos séculos destaca-se quatro concepções metodológicas matemáticas:


empírica, dedutiva, racional e simbólica, e com isso, surgiram três tendências distintas
para fundamentar o conhecimento matemático, o logicismo, o formalismo e o
intuicionismo. Na matemática a concepção empírica é uma forma de resolver questões
de ordem prática, ou seja, um simples fazer no mundo real. A dedutiva é algo fora da
realidade, tornando-se algo perfeito com modelo dedutivo. Já a racional surgiu como
uma representação como algo fora do real, mas pode ser aplicada para explicar e
justificar os fenômenos observados. E por fim, a simbólica, que tem o logicismo que
era para reduzir a matemática à lógica, o formalismo via também a matemática como
algo fora da realidade com seu objetivo era o próprio sistema formal e o intuicionismo
onde o conhecimento matemático é construído por entidades abstratas, a partir da
intuição do matemático.

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Concluímos que o conhecimento matemático era ressaltado no sujeito que
cria e no objeto do conhecimento. Com isso, essas diferentes formas de entendermos a
matemática nos leva a ver o ensino de diferentes formas, e ela é vista na realidade, na
ação do homem.

A ciência contemporânea é marcada pela busca da objetividade, racionalidade,


universalidade, metodologia científica, interdisciplinaridade e tecnologia. Essas
características são fundamentais para o avanço do conhecimento científico e para a
compreensão do mundo que nos cerca.

Portanto, a matemática é vista como algo que está presente na vida do homem, na sua
realidade, e onde se manifesta na relação homem-realidade, mundo-vida. Diante disso,
a matemática deve considerar o conhecimento produzido no cotidiano e na faculdade.

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