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Atividades
Complementares
Teoria Geral da
Administração
5. “Se tiver que fazer o mal, o príncipe deve fazê-lo de uma só vez. O bem deve-se
fazê-lo aos poucos.” MAQUIÁVEL.
Analise esta afirmação feita por Maquiavel, buscando exemplos de empresas que se
utilizam deste método.
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AS PRINCIPAIS ESCOLAS DA ADMINISTRAÇÃO
Neste momento, você, estudante, deverá fazer uma revisão dos conteúdos vistos na
matéria de Introdução à Administração, quando foram estudadas as teorias da administração.
Como recordar é viver, vamos relembrar os principais aspectos da Escola de Administração
Científica, da Teoria Clássica da Administração e da Teoria Burocrática, bem como as idéias
de Taylor, Ford, Fayol e Weber.
Para refletir !
José Antônio é um gerente de produção da empresa ABC Indústrias de Calçados Ltda,
e tem sob a sua responsabilidade 150 empregados e uma produção ano de 20.000 pares
de sapatos. A fábrica está perdendo espaço para os seus concorrentes que conseguem
produzir 30.000 pares/ano. José Antonio esta tentando melhorar a produtividade da empresa
para alcançar ou até mesmo passar os seus concorrentes. O que fazer?
Vamos analisar o problema acima sob a luz dos conhecimentos da Administração
Científica e os princípios do Taylorismo e do Fordismo. O objetivo é entender a situação
em que se encontra a empresa, analisar os pontos positivos e negativos que podem
incidir no momento e propor uma solução para resolver o problema em questão.
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A Administração Científica foi vista como uma tentativa de aplicação
dos métodos da ciência aos problemas da Administração até então, a fim
de alcançar elevada eficiência industrial, sendo que os principais métodos
científicos aplicáveis aos problemas da Administração são a observação e
Teoria Geral da
a mensuração. Taylor provocou uma verdadeira revolução no pensamento
Administração administrativo e no mundo industrial de sua época.
Sua preocupação foi de tentar eliminar desperdícios e das perdas
sofridas pelas indústrias americanas e aumentar os níveis de produtividade através da
aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial.
Taylor pretendia definir princípios científicos para a administração das empresas.
Tinha por objetivo resolver os problemas que resultam das relações entre os operários,
como conseqüência modifica-se as relações humanas dentro da empresa, o bom operário
não discute as ordens, nem as instruções, faz o que lhe mandam fazer. A gerência planeja
e o operário apenas executa as ordens e tarefas que lhe são determinadas.
“No futuro prevalecerá a idéia de que nossos líderes devem ser tão bem treinados
quanto bem nascido e que nenhum homem, embora excelente, poderá competir com homens
comuns, mas que forem organizados...” Sempre que dermos a um operário uma tarefa bem
definida e ser executada, numa forma pré-estabelecida e dentro de um tempo também
definido, terá um aumento de produção.
Foi em 1895, que Taylor apresentou à Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos
um estudo experimental chamado “Notas sobre as correias” e dando continuidade as suas
reflexões em torno do que seria a “administração por eficiência” publicou um segundo estudos,
de nome: “Um sistema de gratificação por peça”, onde apresentava um sistema de gratificação
e administração dos operários. Em 1903, publicou seu livro denominado “Administração de
Oficinas”, onde se preocupa exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho
operário, por meios do Estudo de Tempos e Movimentos.
Taylor analisou as organizações, inicialmente, por baixo, junto com os operários no
nível de execução, executando um rigoroso trabalho de análise das tarefas individuais,
dividindo os seus movimentos e processos de trabalho, especializando-os e racionalizando-
os paulatinamente; assim, percebeu que o operário médio produzia muito menos do que
poderia produzir com o mesmo equipamento disponível.
Em um segundo momento da sua trajetória, Taylor publicou o seu livro Princípios de
Administração Científica (1911), chegando à conclusão que “a racionalização do trabalho
operário deveria ser logicamente acompanhada de uma estruturação geral da empresa e
que tornasse coerente a aplicação de seus princípios” (RIBEIRO, 2004).
Segundo CHIAVENATTO (2006), Taylor assegurava que as indústrias de sua época
padeciam de males que poderiam ser agrupados em três fatores:
A Administração Científica constitui uma combinação universal que deve ser distribuída
da seguinte forma:
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Taylor observou que, “em todos os ofícios, os operários aprendiam a maneira de
executar as tarefas do trabalho por meio da observação dos companheiros vizinhos, o que
levava a diferentes maneiras e métodos para fazer a mesma tarefa em cada ofício, e uma
grande variedade de instrumentos e ferramentas diferentes em cada operação.” AMARU,
(2004) Esta diferença conduzia diferentes índices de produtividade em diferentes operários,
desse modo, Taylor concluiu que deveriam ser os administradores, e não os operários á fixar
a melhor maneira de realizar um trabalho.
Por conseqüência desta decisão, Taylor dividiu as atividades de execução (operários),
planejamento e supervisão (administração). A substituição dos métodos empíricos e
rudimentares pelos métodos científicos em todos os ofícios recebeu o nome de Organização
Racional do Trabalho - ORT.
“Para Taylor, o operário não tem capacidade, nem formação, nem meios para
analisar cientificamente o seu trabalho e estabelecer racionalmente qual o método
ou processo mais eficiente. Geralmente, o supervisor comum deixava ao arbítrio de
cada operário a escolha do método ou processo para executar o seu trabalho, para
encorajar sua iniciativa. Porém, com a Administração Cientifica ocorre uma repartição
de responsabilidades: a administração (gerência) fica com o planejamento (estudo
minucioso do trabalho do operário e o estabelecimento do método de trabalho) e a
supervisão (assistência contínua ao trabalhador durante a produção), e o trabalhador
fica com a execução do trabalho, pura e simplesmente” (CHIAVENATTO, 2006)
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Desenhos de cargos e tarefas – Com a Administração Científica,
a preocupação básica era a racionalidade do trabalho do operário e,
conseqüentemente, o desenho dos cargos mais simples e elementares.
Teoria Geral da A ênfase sobre as tarefas a serem executadas levou os engenheiros
Administração americanos a simplificarem os cargos no sentido de obter o máximo
de especialização de cada trabalhador.
Ênfase na eficiência – Existe uma única maneira certa de executar uma tarefa (the
best way). Para descobri-la, a administração deve empreender um estudo de tempos e
métodos, decompondo os movimentos das tarefas executadas pelos trabalhadores.
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Outros importantes estudos realizados por Taylor foram:
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O método de produção fordista exigia vultuosos investimentos
e grandes instalações, mas permitiu que Ford produzisse mais de 2
milhões de carros por ano, durante a década de 1920. O veículo pioneiro
de Ford no processo de produção fordista foi o mítico Ford Modelo T,
Teoria Geral da
mais conhecido no Brasil como “Ford Bigode”.
Administração O Fordismo teve seu ápice no período posterior à Segunda Guerra
Mundial, nas décadas de 1950 e 1960, que ficaram conhecidas na história do
capitalismo como Os Anos Dourados. Entretanto, a rigidez deste modelo de gestão industrial foi
a causa do seu declínio. Ficou famosa a frase de Ford, que dizia que poderiam ser produzidos
automóveis de qualquer cor, desde que fossem pretos. O motivo disto era que com a cor preta,
a tinta secava mais rápido e os carros poderiam ser montados mais rapidamente.
A partir da década de 70, o Fordismo entra em declínio. A General Motors flexibiliza
sua produção e seu modelo de gestão. Lança diversos modelos de veículos, várias cores
e adota um sistema de gestão profissionalizado, baseado em colegiados. Com isto a GM
ultrapassa a Ford, como a maior montadora do mundo.
Na década de 70, após os choques do petróleo e a entrada de competidores japoneses
no mercado automobilístico, o Fordismo e a produção em massa entram em crise e começam
gradativamente a serem substituídos pela Produção enxuta, modelo de produção baseado
no Sistema Toyota de Produção.
Em 2007, a Toyota torna-se a maior montadora de veículos do mundo e pôe um ponto
final no Fordismo.
Para refletir !
João Marcelo assumiu a direção geral da empresa WWW Tintas Ltda com a
responsabilidade de organizá-la e torná-la produtiva, já que a empresa está perdendo
eficiência e clientes. A empresa encontra-se em desordem, com empregados fazendo
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trabalhos em duplicidade e seguindo várias orientações ao mesmo tempo. O que fazer?
Analisando o problema acima e tomando-se por base os conhecimentos
adquiridos nos estudos da Teoria Clássica da Administração e nos princípios de Fayol,
proponha uma solução para resolver o problema em questão. O que você, enquanto
estudante de administração de empresas, faria no lugar de João Marcelo?
A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pela
ênfase na estrutura organizacional, pela visão do Homem Econômico e pela busca da máxima
eficiência. Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos
materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade. Este conteúdo
é muito importante para o futuro entendimento das praticas administrativas mais simples.
Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia princípios
semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto os
métodos de Taylor eram estudados por executivos Europeus, os seguidores da Administração
Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos
Estados Unidos. O atraso na difusão generalizada das idéias de Fayol fez com que grandes
contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princípios.
A visão de Fayol, ao contrário da visão de Taylor (trabalhador) e do olhar de Henry
Ford (dono), foi a de um gerente ou diretor.
Por volta de 1888, Fayol assumiu a direção geral da mineradora de carvão francesa
Commentry-Fourchambault-Decazeville que atravessava processo de falência, Fayol foi
responsavel por devolver saúde econômica e financeira da companhia. Os 58 anos de estudos,
pesquisa e observação de Fayol foram reunidos em sua principal obra: Administração Industrial
Geral (Administration Industrielle et Generale), que foi publicada em 1916 e foi traduzida para
o inglês em 1949, Fayol era filho de pais Franceses e nasceu em Constantinopla.
Henri Fayol foi um dos principais responsaveis pelo desenvolvimento do saber
administrativo contemporaneo, tendo como uma das principais contribuições da teoria
criada e divulgada por ele, a abordagem conhecida como Gestão Administrativa ou processo
administrativo, onde pela se escutou pela primeira vez a palavra administração enquanto
como disciplina e profissão, que por sua vez, poderia ser ensinada através de uma Teoria
Geral da Administração.
Segundo Fayol, a administração é uma função distinta das outras funções, como
finanças, produção e distribuição, e o trabalho do gerente está distinto das operações técnicas
das empresas. Com este traço de especificidade Fayol colaborou para que se torne mais
nítido o papel dos executivos. Identificou quatorze princípios que devem ser seguidos para
que a Administração seja eficaz. Esses princípios se tornaram uma espécie de prescrição
administrativa universal, que segundo Fayol devem ser aplicadas de modo flexível. Os
quatorze princípios são:
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5. Unidade de direção: os esforços dos empregados devem
centra-se no atingimento dos objetivos organizacionais;
6. Subordinação: prevalência dos interesses gerais da
Teoria Geral da organização;
Administração 7. Remuneração do pessoal: sistematicamente recompensar.
TEORIA DA BUROCRACIA
Uma pessoa entra numa Farmácia de Manipulação, que anuncia como diferencial
a entrega do produto em uma hora. A Cliente automaticamente solicita a manipulação de
duas receitas, e se surpreende ao ser comunicada pela funcionária, que seu pedido será
entregue em duas horas. Sentindo-se enganada, a cliente questiona: “Por que o anuncio
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informa uma hora e você disse que só me entregaria em duas horas?”. A funcionária
responde que as regras estão no manual da empresa e que o prazo de uma hora aplica-
se apenas a entrega de uma fórmula. Ironicamente, a cliente sugere: “E seu eu solicitasse
um produto agora, saísse da loja e entrasse novamente, vocês me entregariam cada um
em uma hora”? A funcionária respondeu: “Nesse caso, sim”. Sorrindo, a cliente adotou esta
estratégia, otimizando seu tempo.
Para refletir !
Os manuais são elaborados com o objetivo de construir procedimentos
Organizacionais, facilitar a tomada de decisão do funcionário e garantir ao cliente um padrão
de atendimento e qualidade constantes. Entretanto, até que ponto a padronização pode
atrapalhar a dinâmica de funcionamento do negócio (Empresa x Funcionário x Cliente)?
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prescritiva, a weberiana era mais descritiva e explicativa.
Para entender e definir melhor a burocracia, Weber identificou três
tipos de autoridade:
- Racional-legal: em que a aceitação da autoridade se baseia na
Teoria Geral da
crença, na legalidade das leis e regulamentos. Esta autoridade pressupõe
Administração um tipo de dominação legal que vai buscar a sua legitimidade no caráter
prescritivo e normativo da lei;
- Tradicional: também chamada de feudal, ou patrimonial, em que a aceitação da
autoridade se baseia na crença de que o que explica a legitimidade é a tradição e os costumes.
Em suma, os subordinados aceitam como legítimas as ordens superiores que emanam dos
costumes e hábitos tradicionais ou de fatos históricos imemoriais;
- Carismática: em que a aceitação advém da lealdade e confiança nas qualidades
normais de quem governa. Em presença de um líder ou chefe que personifique um carisma
invulgar ou excepcional, qualquer subordinado aceitará a legitimidade da sua autoridade.
Segundo Weber (1946), a autoridade racional-legal prevalece nas sociedades
ocidentais e apresenta o modelo para todas as sociedades. Este modelo, também chamado
burocrático, caracteriza-se pelos seguintes elementos:
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5. Hierarquia de autoridade;
6. Rotinas e procedimentos padronizados;
7. Competência técnica e meritocracia;
8. Especialização da administração;
9. Profissionalização dos participantes;
10. Completa previsibilidade do funcionamento.
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Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão. Daí a necessidade da
hierarquia da autoridade para definir as chefias nos vários escalões de
autoridade. Todos os cargos estão dispostos em uma estrutura hierárquica
que encerra privilégios e obrigações, definidos por regras específicas. A
Teoria Geral da
autoridade - o poder de controle resultante de uma posição - é inerente ao
Administração cargo e não ao indivíduo que desempenha o papel oficial. A distribuição de
autoridade serve para reduzir ao mínimo o atrito, por via do contato (oficial)
restritivo, em relação às maneiras definidas pelas regras da organização. Dessa forma, o
subordinado está protegido da ação arbitrária do seu superior, pois as ações de ambos se
processam dentro de um conjunto mutuamente reconhecido de regras. Assim, a burocracia
é uma estrutura social hierarquicamente organizada.
6. Rotinas e procedimentos padronizados
A burocracia é uma organização que fixa as regras e normas técnicas para o
desempenho de cada cargo. O ocupante de um cargo - o funcionário - não faz o que deseja,
mas o que a burocracia impõe que ele faça. As regras e normas técnicas regulam a conduta
do ocupante de cada cargo, cujas atividades são executadas de acordo com as rotinas e
procedimentos. A disciplina no trabalho e o desempenho no cargo são assegurados por um
conjunto de regras e normas que ajustam o funcionário às exigências do cargo e às exigências
da organização: a máxima produtividade. Essa racionalização do trabalho encontrou sua
forma mais extremada na Administração Científica, com o condicionamento e o treinamento
racionais do desempenho no trabalho. As atividades de cada cargo são desempenhadas
segundo padrões definidos relacionados com os objetivos da organização. Os padrões
facilitam a avaliação do desempenho de cada participante.
7. Competência técnica e meritocracia
A burocracia é uma organização na qual a escolha das pessoas é baseada no
mérito e na competência técnica e não em preferências pessoais. A seleção, a admissão,
a transferência e a promoção dos funcionários são baseadas em critérios de avaliação e
classificação válidos para toda a organização e não em critérios particulares e arbitrários.
Esses critérios universais são racionais e levam em conta a competência, o mérito e a
capacidade do funcionário em relação ao cargo. Daí a necessidade de exames, concursos,
testes e títulos para admissão e promoção dos funcionários.
8. Especialização da administração
A burocracia é uma organização que se baseia na separação entre a propriedade e
a administração. Os membros do corpo administrativo estão separados da propriedade dos
meios de produção. Em outros termos, os administradores da burocracia não são seus donos,
acionistas ou proprietários. O dirigente não é necessariamente o dono do negócio ou grande
acionista da organização, mas um profissional especializado na sua administração. Com a
burocracia surge o profissional que se especializa em gerir a organização, e daí o afastamento
do capitalista da gestão dos negócios, diversificando as suas aplicações financeiras de
capital. Os meios de produção, isto é, os recursos necessários para desempenhar as tarefas
da organização, não são propriedade dos burocratas. O funcionário não pode vender,
comprar ou herdar sua posição ou cargo, e sua posição e cargo não podem ser apropriados
e integrados ao seu patrimônio privado. A estrita separação entre os rendimentos e bens
privados e públicos é a característica específica da burocracia e que a distingue dos tipos
patrimonial e feudal de administração.18 “Existe um princípio de completa separação entre
a propriedade que pertence à organização e a propriedade pessoal do funcionário ... “
9. Profissionalização dos participantes
A burocracia é uma organização que se caracteriza pela profissionalização dos
participantes. Cada funcionário da burocracia é um profissional, pois:
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• É um especialista. Cada funcionário é especializado nas atividades do seu
cargo. Sua especialização varia conforme o nível hierárquico. Enquanto os que ocupam
posições no topo da organização são generalistas, à medida que se desce nos escalões
hierárquicos, os que ocupam posições mais baixas vão se tornando gradativamente
mais especialistas.
• É assalariado. Os funcionários da burocracia participam da organização e, para
tanto, recebem salários correspondentes ao cargo que ocupam. Quanto mais elevado
o cargo na escala hierárquica, maior o salário e, obviamente, o poder. Os funcionários
são recompensados exclusivamente por salários e não devem receber pagamentos
de clientes, a fim de preservarem sua orientação para a organização. O trabalho na
burocracia representa a principal ou única fonte de renda do funcionário.
• É ocupante de cargo. O funcionário da burocracia é um ocupante de cargo e
seu cargo é sua principal atividade dentro da organização, tomando todo o seu tempo
de permanência nela. O funcionário não ocupa um cargo por vaidade ou honraria, mas
porque é o seu meio de vida, o seu ganha-pão.
• É nomeado pelo superior hierárquico. O funcionário é um profissional selecionado e
escolhido por sua competência e capacidade, nomeado (admitido), assalariado, promovido
ou demitido da organização pelo seu superior hierárquico. O superior hierárquico tem
plena autoridade (autoridade de linha) sobre seus subordinados. Em outros termos, é o
superior quem toma decisões a respeito de seus subordinados.
• Seu mandato é por tempo indeterminado.
Quando um funcionário ocupa um cargo dentro da burocracia, o tempo de
permanência no cargo é indefinido e indeterminado. Não que o cargo seja vitalício,
mas porque não existe uma norma ou regra que determine previamente o tempo de
permanência de um funcionário, seja no cargo, seja na organização.
• Segue carreira dentro da organização. À medida que um funcionário demonstre
mérito, capacidade e competência, ele pode ser promovido para outros cargos superiores.
Em outros termos, o funcionário na burocracia também é recompensado por uma
sistemática promoção, através de uma carreira dentro da organização. O funcionário é
um profissional que faz do trabalho a sua carreira, ao longo de sua vida.
• Não possui a propriedade dos meios de produção e administração. O administrador
gere a organização em nome dos proprietários, enquanto o funcionário, para trabalhar,
precisa das máquinas e equipamentos fornecidos pela organização. Como as máquinas
e equipamentos vão-se tornando sofisticados pela tecnologia e, portanto, mais caros,
somente as organizações têm condições financeiras de adquiri-los. Daí as organizações
assumem o monopólio dos meios de produção. O administrador administra a organização,
mas não é o proprietário dos meios de produção. O funcionário utiliza as máquinas e
equipamentos mas não é dono delas.
• É fiel ao cargo e identifica-se com os objetivos da empresa. O funcionário passa a
defender os interesses do cargo e da organização, em detrimento dos demais interesses
envolvidos. Administrador profissional tende a controlar cada vez mais as burocracias.
As burocracias são dirigidas e controladas por administradores profissionais.
Fonte:Chiavenato, 2007, p.137
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Robert Merton que notou a presença de varias disfunções da Burocracia:
Teoria Geral da
Disfunções da Burocracia:
Administração
• Internalização das regras: Elas passam a dar mais importância aos “meios do
que aos fins”, ou seja, às regras são mais importantes do que às metas.
• Excesso de Formalismo e papelório: Torna os processos mais lentos.
Resistências às Mudanças.
• Despersonalização: Os funcionários se conhecem pelos cargos que ocupam.
Categorização como base no processo decisorial: O que tem um cargo maior
decide, independentemente do que conhece sobre o assunto.
• Superconformidade das rotinas: Traz muita dificuldade de inovação e crescimento.
• Exibição de poderes de autoridade e pouca comunicação dentro da empresa.
• Dificuldade com os clientes: o funcionário está voltado para o interior da
organização, o que torna difícil realizar as necessidades dos clientes - inflexibilidade.
• A burocracia não leva em conta a organização informal e nem a variabilidade
humana.
Fonte:Wikipédia
Nos dias atuais a burocracia caiu no conceito popular como uma organização onde
o papelório se multiplica e se avoluma, impedindo soluções rápidas ou eficientes. O termo
também é empregado com o sentido de apego dos funcionários aos regulamentos e rotinas,
causando ineficiência à organização.
O leigo passou a dar o nome de burocracia aos defeitos do sistema (disfunções) e não
ao sistema em si mesmo. No entanto, o conceito de burocracia para Max Weber é exatamente
o contrário. Para ele, a burocracia é a organização eficiente por excelência. Para conseguir
eficiência, a burocracia explica nos mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas.
Para refletir !
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