Apostila 2018

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INTRODUÇÃO

A morfologia vegetal é a ciência que estuda os órgãos das plantas macro e


microscopicamente, inseridos no seu ambiente de desenvolvimento. Nesse contexto
são estudados os órgãos vegetativos como raiz, caule, folhas, e também
reprodutivos, como as flores, resultantes do processo de fecundação.

Os estudos da morfologia são fundamentais para conhecimento da


organização e das funções de cada órgão no metabolismo e desenvolvimento das
plantas.

Através dos estudos morfológicos necessita-se de técnicas e equipamentos


adequados, assim, surgindo a necessidade de práticas laboratoriais específicas,
como estocagem, fixação, clareamento de materiais e outras, além do uso de
equipamentos como micrótomo, lupas e microscópios.

A microscopia é o estudo que usa as leis da física óptica. Com o auxilio de


lentes tem-se a capacidade de aumentar o campo de visão dos nossos olhos,
possibilitando uma visão microscópica das estruturas morfológicas.

Os estudos morfológicos ocorrem principalmente dentro de ambientes


laboratoriais, e para um bom desenvolvimento desses estudos é fundamental o
conhecimento de praticas de segurança que, por meio global minimizam as
possibilidades de erro humano e possíveis acidentes.
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1 - NOÇÕES PRELIMINARES AO TRABALHO EM LABORATÓRIO

Data: __ /__ /_____

Conceitos importantes:

A – Atitudes de trabalho em laboratório:

1- Ordem no laboratório:
- Arrume em ordem o material necessário para cada experimento para evitar perda
de tempo e gastos desnecessários.
- Etiquete cuidadosamente o material, quando necessário.
- Depois de usar, reponha o material no devido lugar.

2- Limpeza no laboratório:
- Depois de usar, lave a vidraria com detergente líquido e enxágüe várias vezes em
água limpa.
- Jogue o material usado sólido no lixo.
- Deixe seu lugar tão limpo como gostaria de encontrar.

3- Precauções no laboratório:
- Sempre que ocorrer um acidente no trabalho, avise imediatamente o professor ou
técnico.
- Quando aquecer uma substância em tubo de ensaio, não aponte a extremidade
aberta para você ou outra pessoa.
- Nunca prove uma droga ou solução, a não ser com permissão do professor ou
técnico.
- Se qualquer substância cair em sua pele, lave-a imediatamente com bastante
água.
- Leia os rótulos dos frascos antes de usar as substâncias neles contidas.
- Quando qualquer substância cair no chão ou na mesa, lave o local imediatamente.
- Ao lidar com vidrarias proceda com cuidado para evitar quebras e cortes perigosos.
- Substâncias inflamáveis devem ser aquecidas em banho-maria ou em chapa
elétrica.
- Em caso de dúvida sobre o uso de uma substância, consulte o professor.

4- Regras básicas para um trabalho produtivo:


- Leia com atenção os passos do roteiro proposto antes de iniciar o trabalho.
- Siga todas as instruções cuidadosamente. Somente com um trabalho exato você
pode obter resultados precisos.
- Registre os dados e desenhe os campos observados ao microscópio do material
indicado em seu caderno reservado para este fim. Anote sempre a data das
observações.
- Use todo o tempo de laboratório para realizar os experimentos selecionados para a
aula.

B- Uso e cuidados com o microscópio:

O microscópio é um instrumento físico que serve para ampliar objetos muito


pequenos ou estudo de células, tecidos e órgãos animais e vegetais. Apresenta
partes muito delicadas e sensíveis, por isso tome cuidado durante seu manuseio,
limpeza e conservação.

Para limpá-lo, empregue flanela macia para as partes mecânicas e lenço de papel
absorvente para as lentes. Nunca utilize material que possa arranhar as lentes.
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Evite retirá-lo da bancada e mantenha-o sempre coberto e ligado à tomada


quando não estiver em uso.

Para uma boa observação siga os seguintes passos:

1- Acenda a luz e ajuste o diafragma para a iluminação e contraste desejados.

2- Coloque a lâmina preparada sobre a platina, prendendo-a com as presilhas e


localizando o campo que se quer observar no centro do orifício.

3- Posicione a objetiva de menor aumento (50 x) e observe através da ocular.

4- Faça os ajustes movimentando os parafusos macro e micrométricos até que


obtenha o ajuste fino que lhe permita observar os detalhes com nitidez.

5- Gire o revólver e passe para as objetivas de 100 e 400 x, sempre ajustando com
o parafuso micrométrico.

6- Para observar outros campos movimente o charriô que desloca a lâmina sobre a
platina.

Prática I:

1- Observe a última lâmina da caixa do laminário, identificando a letra que está


colocada nela.

2- Focalize ao microscópio no aumento 50X.

3- O que aconteceu com a letra?


Como você deve interpretar as estruturas vistas ao microscópio?

Prática II: Caule de Cenchrus sp (carrapicho)

1- Focalize ao microscópio a lâmina número 03 nos aumentos crescentes de 50X,


100X e 400X.

2- Faça um desenho do campo marginal no aumento 100X e procure legendar


corretamente os tecidos: epiderme – parênquima – xilema – floema.

DESENHO:
8

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Corte transversal do caule de Cenchrus, da Visão detalhada de um estômato em corte


família Poaceae, evidendiando as duas células- transversal presente na epiderme do caule de
guarda, duas células subsidiárias e a câmara Cenchrus. Destaque para as cristas estomáticas
subestomática que compõem um estômato. (880 x) presentes na face externa das células-guarda e
para a espessa cutícula que reveste a epiderme.
(2000x)
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2 - PRINCIPAIS ESTRUTURAS DA CÉLULA VEGETAL

Data: __ /__ / _____

Conceitos importantes

A célula vegetal é semelhante à célula animal, sendo muitas estruturas


comuns a ambas. Existem, entretanto, algumas que são peculiares aos vegetais,
como a parede celular, os vacúolos e os plastos.

Parede celular
Sua estrutura fundamental é formada de microfibrilas de celulose, imersas em uma
matriz contendo polissacarídeos não-celulósicos: hemiceluloses e pectina. São
também comuns as enzimas peroxidases, fosfatases, endoglucanases e pectinases,
além de substâncias lipídicas como suberina, cutina e ceras que tornam a parede
celular impermeável à água. Dentre as substâncias inorgânicas podem ser citadas a
sílica e o carbonato de cálcio.
Funções:
- contém a parte viva da célula (protoplasto), conferindo-lhe forma e rigidez;
- evita a ruptura da membrana plasmática pela entrada de água na célula;
- contém enzimas relacionadas a vários processos metabólicos;
- atua na defesa da célula contra bactérias e fungos.

Vacúolos
Circundados por uma membrana lipoprotéica trilamelar semelhante à membrana
plasmática, contêm substâncias orgânicas (açúcares, ácidos orgânicos, proteínas,
pigmentos, etc.) e inorgânicas (íons de cálcio, potássio, cloro, sódio, fosfato, etc.).
As células meristemáticas possuem numerosos vacúolos pequenos que se fundem
para formar um único vacúolo central na célula diferenciada. Em células
parenquimáticas, por exemplo, representa até 90% do espaço intracelular.
Funções:
- importantes nos processos de ganho e perda de água pela célula através da
osmose;
- participam da manutenção do pH da célula;
- são compartimentos de armazenagem de íons, proteínas e outros metabólitos;
podem acumular também inclusões na forma de cristais, drusas e ráfides;
- em células jovens desempenham a função de autofagia, ou seja, digestão de
componentes celulares, como mitocôndrias, plastos e ribossomos.

Plastídeos
Organelas com envoltório membranoso duplo (membranas lipoprotéicas), contendo
uma matriz denominada estroma, onde se situa um sistema de membranas
chamadas tilacóides. Podem conter pigmentos, como clorofilas e carotenóides
(cloroplastos e cromoplastos) ou acumular tipos específicos de substâncias
orgânicas (leucoplastos).
Funções:
- os cloroplastos e cromoplastos são responsáveis pela fotossíntese e síntese de
aminoácidos e ácidos graxos;
- promovem a assimilação do nitrogênio e enxofre;
- os leucoplastos armazenam amido, proteínas e lipídios.
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Prática I: Observação da epiderme em folhas de Elodea canadensis

1- Retire uma folha de Elodea com uma pinça e disponha sobre a lâmina com uma
gota de água destilada.
2- Coloque delicadamente a lamínula sobre o material, enxugue o excesso de água
com o papel absorvente e observe ao microscópio com a objetiva de menor
aumento.
3- Passe para as objetivas de 100X e 400X e desenhe um dos campos observados
em 100X, apontando nas células da epiderme, a parede celular, o citoplasma
limitado pela membrana plasmática e os inúmeros cloroplastos.
4- Observe o movimento dos cloroplastos localizados próximos à parede celular – é
o fenômeno de ciclose.
5- Retire a lâmina da platina e goteje com cuidado a solução de NaCl a 1,0 M na
borda da lamínula, retirando a água com papel absorvente fixo na extremidade
oposta por aproximadamente 3 minutos. Observe ao microscópio e desenhe
novamente (objetiva de 100X), identificando na legenda, as estruturas celulares
observadas.

DESENHO 1 DESENHO 2
(com água destilada) (com solução de NaCl a 1 M)

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Vista frontal da epiderme de uma folha de Detalhe de células epidérmicas da folha de elódea,
elódea (Elodea canadensis) com células ricas evidenciando cloroplastos junto à parede celular,
em cloroplastos (880x) devido a presença de grande vacúolo em seu
interior . (2000x)
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Células plasmolisadas da epiderme da elódea.


Após imersão em solução de cloreto de sódio a
1M (molar) a célula perde água para o meio, seu
protoplasma retrai e a membrana plasmática se
afasta da parede celular. (880x)

Questões:

1- O movimento por ciclose é próprio dos cloroplastos ou é conseqüência dos


movimentos do citoplasma?

2- Qual a diferença observada entre o primeiro e o segundo desenhos? Qual o papel


do NaCl neste fenômeno?

Prática II: Importância dos corantes para destacar estruturas celulares

1- Retire um pequeno pedaço da epiderme interna do bulbo de uma cebola e


coloque sobre a lâmina com uma gota de água destilada.

2- Cubra com a lamínula, retire as bolhas de ar, enxugue o excesso de água e


observe ao microscópio nos aumentos de 50, 100 e 400 x.

3- Escolha um campo e desenhe, apontando as estruturas.

4- Seguindo os mesmos passos, monte uma segunda lâmina, pingando uma gota do
corante escolhido. Cubra com a lamínula, retire os excessos do corante, observe
novamente ao microscópio nos três primeiros aumentos e desenhe o campo
escolhido.
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DESENHO 1 DESENHO 2
(sem corante) (com corante)

Questão:

1- Compare as duas lâminas observadas. Qual o efeito do corante sobre a lâmina


corada?

Observação: Os corantes têm importante papel na montagem de lâminas


permanentes, pois, devido sua afinidade química por determinados componentes
celulares, permitem a observação mais detalhada destas estruturas.
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3 - EPIDERME - OBSERVAÇÃO DE ESTRUTURAS ESTOMÁTICAS

Data: __ /__/____

Conceitos importantes:

A epiderme é o tecido mais externo dos vegetais em estrutura primária. Em


caules e raízes com crescimento secundário esse tecido é substituído pela
periderme. É formado, geralmente, por uma única camada de células, mas em
algumas espécies vegetais, a epiderme se apresenta múltipla, com duas ou mais
camadas, ou superposta à hipoderme.
A principal função desse tecido é o revestimento dos órgãos vegetais,
protegendo-os de choques mecânicos, desidratação e ataque de microrganismos
patogênicos. Desempenha também outras funções, como: trocas gasosas pelos
estômatos, absorção de água e sais minerais através dos pêlos radiculares,
proteção contra a radiação solar, reprodução e polinização.
Estruturas epidérmicas - estômatos

Os estômatos são formados por duas células, geralmente em forma de rim, as


células-guarda ou estomáticas, que delimitam uma fenda central, o ostíolo. Essa
estrutura pode ser circundada por células epidérmicas diferenciadas, as células
subsidiárias, também chamadas companheiras, ou desenvolver-se entre células
epidérmicas comuns. As paredes das células estomáticas voltadas para a fenda,
possuem espessamentos, o que permite regular a abertura e fechamento do ostíolo.
São as únicas células da epiderme que sempre contêm cloroplastos. Sua função é
permitir a troca de gases e vapor de água entre o ambiente e o interior do vegetal.

Prática I – Molde da epiderme da folha de Saccharum officinarum (cana-de-


açúcar) ou de Zea mays (milho)

- Pincele com esmalte incolor pequenos trechos da folha de cana (epiderme superior
e inferior); deixe secar bem e retire a película com cuidado, obtendo impressões das
duas superfícies do órgão vegetal escolhido.
- Disponha as películas sobre a lâmina, estendendo-as bem (não há necessidade de
lamínula). Identifique-as com lápis na parte escariada e observe ao microscópio com
aumentos crescentes (50 – 100 e 400 X). Faça dois desenhos um de cada face da
folha com aumento de 100 X.

DESENHO 1 DESENHO 2
(epiderme superior) (epiderme inferior)
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FOTOS ILUSTRATIVAS

Vista frontal em corte a Visão mais detalhada dos Estômatos da epiderme do


fresco da epiderme abaxial da estômatos da folha do milho. estolho de Brachiaria, com
folha do milho (Zea mays), Epiderme com células células-guarda em halteres.
onde os estômatos justapostas e paredes celulares (2000 x)
distribuem-se em faixas onduladas que permitem
paralelas. (200 x) estreito entrosamento entre as
células vizinhas. (880 x)
Prática II – Observação de estômatos em Zebrina pendula – roxinha – em
lâminas a fresco

1- Retire uma película da epiderme inferior e outra da epiderme superior da folha de


Zebrina – técnica de escalpelo – monte entre lâmina e lamínula, adicionando gotas
de água destilada. Identifique-as com lápis na parte escariada da lâmina.
2- Retire o excesso de água com papel higiênico e observe ao microscópio nos três
primeiros aumentos.
3- Compare o número de estômatos das duas faces da folha.
4- Desenhe um estômato com aumento de 400 x, identificando por legenda as
células-guarda com seus cloroplastos, o ostíolo e as células companheiras.

DESENHO:
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FOTOS ILUSTRATIVAS:

Vista frontal da epiderme abaxial da folha


da Zebrina (Zebrina pendula) em corte a
fresco, com destaque para estômatos
dotados de células-guarda reniformes e
núcleos das células epidérmicas bem
evidenciados. (200 x)

Detalhe de um estômato tetracítico da


folha da Zebrina, apresentando quatro
células subsidiárias. Esse tipo de estômato
é comum em numerosas famílias de
monocotiledôneas. A coloração púrpura se
deve à presença de antocianina, pigmento
presente nos vacúolos das células
epidérmicas. (880 x)

Células-guarda de um estômato da folha


da Zebrina com numerosos cloroplastos.
Observe-se o ostíolo aberto. As paredes
das células estomáticas apresentam
espessamento típico, mais acentuado nas
proximidades da fenda. Esse espessamento
relaciona-se ao fenômeno de abertura e
fechamento do ostíolo. (2000x)

Prática III – Observação de estômatos em criptas de folhas de Nerium oleander


- espirradeira

1- Observe a epiderme da folha da espirradeira na lâmina permanente número 22


nas três primeiras objetivas.
2- Desenhe uma cripta com seus tricomas e estômatos no aumento de 100 X ou 400
X.
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DESENHO:

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Corte transversal da folha de Nerium oleander


(espirradeira), evidenciando duas criptas
estomáticas, dotadas de inúmeros tricomas
tectores. Observe-se o mesofilo formado de
parênquima paliçádico e lacunoso.(200x)

Detalhe de uma cripta estomática da face abaxial


da folha de Nerium com seus tricomas tectores
unicelulares. Essas estruturas são importantes no
processo de economia de água pelo vegetal por
dificultar a saída do vapor de água da folha. (880x)

Detalhe com maior aumento da epiderme que


atapeta uma cripta estomática da folha da
espirradeira, mostrando dois estômatos com
ostíolos abertos e vários tricomas. (2000 x)
17

Questões:

1- Existem diferenças quantitativas e qualitativas entre as espécies observadas em


relação à presença de estômatos nas superfícies superior e inferior das folhas?

2- Como você classificaria as espécies observadas quanto à presença de


estômatos?

3- Qual a importância dos estômatos para a vida da planta?

4- Qual a relação entre turgescência das células-guarda e abertura estomática?


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4 - ANEXOS DA EPIDERME

Data: __/ __ / ____

Conceitos importantes - Outras estruturas epidérmicas:

a. Tricomas:

São apêndices epidérmicos presentes em qualquer órgão vegetal. Podem ser


classificados de forma simples em tectores (ou não glandulares) e os glandulares,
que são responsáveis pela secreção de vários tipos de resinas, óleos, néctar e
outras substâncias.

b. Células especializadas:

Suberosas e silicosas: células pequenas, presentes aos pares entre as


células epidérmicas das gramíneas. Aparecem também na forma de papilas,
espinhos ou tricomas em outras famílias de vegetais. Como o nome indica as
suberosas possuem paredes suberificadas e as silicosas apresentam sílica em seu
interior ou depositada na parede celular.

Buliformes ou bulínicas: células grandes, com paredes finas e grande


vacúolo. Ocorrem com freqüência na epiderme das gramíneas. Parecem ter relação
com o mecanismo de enrolamento das folhas.

Litocistos: células grandes que contêm um cristal de carbonato de cálcio,


conhecido por cistólito.

Papilas: pequenas projeções da parede externa de células epidérmicas com


forma e função variada. Aparecem em pétalas de flores, dando o aspecto aveludado
e também no estigma, participando do processo de polinização.

Prática I – Classificação de tricomas

Observe a lâmina permanente número 24 – Folha do girassol - focalizando nos três


primeiros aumentos. Escolha o campo com as estruturas mais definidas e desenhe,
classificando os tricomas.

DESENHO:
19

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Corte transversal da folha de Helianthus Visão detalhada de tricoma tector e glandular


annuus (girassol), evidenciando um tricoma da folha de Helianthus annuus. (2000x)
tector e um glandular. (880x)

Secção transversal do caule de Nerium


(espirradeira), destacando tricomas tectores
unicelulares originários da epiderme. Esse
tecido é revestido por espessa cutícula que
diminui a perda de água para o ambiente,
tornando o vegetal adaptado a períodos de
estresse hídrico. Abaixo da epiderme
encontra-se o colênquima. (220x)

Corte transversal a fresco do pecíolo de Viola


odorata (violeta), evidenciando tricomas tectores
pluricelulares unisseriados e glandulares. (880x)

Prática II – Células especializadas da epiderme


Faça o mesmo procedimento da Prática II com relação às lâminas permanentes
abaixo:

Células buliformes ou bulínicas:


Lâmina número 16 - Folha do carrapicho
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DESENHO:

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Corte transversal da folha de Cenchrus Células bulínicas na face adaxial da folha de


(carrapicho), evidenciando células Saccharum officinarum (cana-de-açúcar).
bulínicas em leque na face adaxial. São Também são denominadas células motoras,
células maiores que as demais pois, aparentemente, são responsáveis pelo
epidérmicas e possuem parede celular fina fenômeno de enrolamento e desenrolamento
e grande vacúolo. São comuns entre as das folhas. (200x)
Poaceae. (200x)

Litocistos com cistólitos:


Lâmina número 23 – Folha do Fícus

DESENHO:
21

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Corte transversal da folha de Ficus Detalhe de um cistólito contido num litocisto


(figueira), onde se observa um litocisto, na epiderme da folha de Ficus. Esses cristais
célula grande presente na epiderme são formados de carbonato de cálcio,
adaxial multisseriada, contendo um pectoses e sílica e se originam a partir da
cristal complexo – o cistólito. (880x) invaginação da parede celular do litocisto.
(2000x)

Papilas epidérmicas:
Lâmina número 35 – Pétalas do hibisco

DESENHO:

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Seção transversal da pétala de Hibiscus sp, Detalhe da epiderme da pétala de


evidenciando papilas, pequenas projeções da Hibiscus sp, onde se observam papilas
parede externa de células epidérmicas com epidérmicas aos pares. (880x)
forma variada. Sem função conhecida. (200x)
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5 - PARÊNQUIMA – COLÊNQUIMA – ESCLERÊNQUIMA

Data: __ / __ / _____

Conceitos importantes:

Parênquima
Características:
É um tecido vivo, formado de células grandes, geralmente com paredes finas e
lúmen dilatado, apresentando espaços intercelulares de tamanho variável.
Suas células conservam a capacidade de se dividir mesmo na maturidade,
sendo importantes no processo de cicatrização e regeneração de lesões nos órgãos
vegetais.

Classificação quanto à função:

1- Parênquima de preenchimento ou fundamental, subdividido em:


- cortical
- medular

Este tecido está presente nos caules, raízes, pecíolos e nervuras das folhas.

2- Parênquima clorofiliano – rico em cloroplastos e é responsável pela fotossíntese


em folhas e caules jovens.

Tipos mais comuns:


- paliçádico: com células alongadas, próximas umas às outras como estacas de uma
cerca.
- lacunoso ou esponjoso: apresenta células de contorno e tamanhos irregulares com
grandes espaços intercelulares.

Estes dois tecidos aparecem bem caracterizados no mesófilo das folhas de


Dicotiledôneas.

3- Parênquima de reserva – armazena substâncias orgânicas produzidas pelo


metabolismo do vegetal, como: sacarose (caule da cana-de-açúcar), óleos (fruto da
mamona), proteínas (cotilédones da soja, feijão), etc.

Colênquima
Características:
É um tecido formado por células vivas, com paredes mais espessas e poucos
cloroplastos. Tem função de sustentação dos órgãos da planta que estão sujeitos a
movimentos constantes, como os caules herbáceos, pecíolos e nervuras das folhas
e em raízes aquáticas e aéreas.
Suas células também conservam a capacidade de divisão, participando dos
processos de cicatrização e regeneração.
Em certas condições as paredes das células do colênquima ganham lignina, tornam-
se mais espessas e convertem-se em esclerênquima.

Esclerênquima
Características:
É um tecido formado de células geralmente mortas, com paredes grossas
lignificadas ou não.
Sua função é de sustentação e proteção dos órgãos vegetais e pode estar presente
nas raízes, caules, folhas, pecíolos, frutos e sementes.
23

Tipos de células esclerenquimáticas:


- Fibras: células longas, de paredes grossas, geralmente lignificadas e extremidades
afiladas. Sua função é sustentar partes do vegetal que não se alongam mais.

- Esclereídes: células com paredes muito espessas e lignificadas. Formam o


tegumento de sementes (feijão), cascas das nozes e caroço de drupas (azeitona,
pêssego). Na pêra dão a textura empedrada, tão característica desta fruta.

Observe as lâminas permanentes abaixo, focalize nos três primeiros aumentos


e desenhe, destacando as estruturas pedidas:

Prática I – Classificação do parênquima

Lâmina número 02 – Caule do café (100 x) – epiderme, parênquima cortical e


medular

DESENHO:

FOTO ILUSTRATIVA:

Corte transversal do caule de Coffea


arabica (café), evidenciando a epiderme
unisseriada, parênquima cortical, feixe de
fibras esclerenquimáticas, vasos do floema
e xilema e parênquima medular. (200 x)

Lâmina número 02 - Esclerênquima do caule do café (400x)


DESENHO:
24

FOTO ILUSTRATIVA:

Detalhe de feixes de esclereídes


presentes no caule de Coffea arabica.
(880x)

Lâmina número 14 – Folha do café (100 e 400 x) – epiderme, mesófilo com


parênquima paliçádico e lacunoso

DESENHO:

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Corte transversal da folha de Coffea arabica


Secção transversal da folha de Coffea
(café), com destaque para a nervura principal. arabica (café), mostrando os parênquimas:
Observar a presença de parênquima
paliçádico e lacunoso. São tecidos ricos em
paliçádico e lacunoso formando o mesofilo.
cloroplastos e os principais responsáveis pela
(200 x) fotossíntese nas folhas. (880 x)
25

Prática II – Parênquima de reserva

Lâmina número 29 – Mesocarpo do fruto de dicotiledônea ou Folha de Ficus


(400 x) – ráfides e drusas

DESENHO:

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Ráfides em mesocarpo de uma baga Folha de Cristais de oxalato de cálcio


sob luz polarizada. Esses cristais de Ficus sp: corte (drusas) em parênquima da raiz de
oxalato de cálcio em forma de agulha transversal em Philodendron evidenciadas em
estão presentes no parênquima de microscópio de microscópio de polarização. (2000 x)
reserva. Detalhe do tegumento resistente polarização.
que protege as sementes. (880x)

Lâmina número 43 – Raiz de morango (400 x) – inclusões parenquimáticas


(amido)

DESENHO:
26

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Parênquima de reserva do tipo amilífero em raiz Inclusões em células do parênquima de


de Fragaria vesca (morangueiro) rico em grãos de reserva presentes no interior do caule de
amido depositados em amiloplastos. (880 x) Phaseolus vulgaris (feijão). (2000 x)

Prática III – Colênquima e Esclerênquima

Lâmina número 39 – Raiz da cana (100 x) – parênquima medular, colênquima e


esclerênquima

DESENHO:

FOTO ILUSTRATIVA:

Células de colênquima circundando


vasos do xilema em raiz de Saccharum
officinarum (cana-de-açúcar). (200 x)
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Lâmina número 16 – Folha do carrapicho - extremidades (400 x) –


esclerênquima

DESENHO:

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Corte transversal da folha de Cenchrus sp (carrapicho) onde se observam células


colenquimáticas na extremidade. Circundando o feixe vascular maior ocorrem células
de paredes grossas - o esclerênquima. Observe-se o grande número de células
bulínicas nas epidermes. (200 x)

Detalhe do colênquima presente na extremidade da folha


de Cenchrus. (880 x)
28

6 - XILEMA – FLOEMA – CÂMBIO VASCULAR

Data: __ / __ / _____

Conceitos importantes:

Os organismos vegetais são dotados de dois tipos de tecidos de condução ou


vasculares:

1- Xilema
É o tecido responsável pelo transporte de água e nutrientes, além de outros solutos
por toda a planta. Responde também pelo armazenamento de alimentos e suporte
mecânico.

O xilema das Angiospermas e das Gimnospermas mais evoluídas é formado por


vários tipos de células:
- elementos de vaso: células alongadas que se comunicam longitudinalmente,
formando longos tubos no sentido axial (ou vertical) e radial (ou horizontal) do corpo
do vegetal. São responsáveis pelo transporte de água e sais minerais. Na
maturidade, estas células perdem o protoplasma e espessam as paredes celulares
com depósitos de lignina que adquirem reforços em forma de anel (anelar), hélice
(helicoidal), escada (escalariforme), rede (reticulado) ou pontoado. Nesta fase
constitui um tecido morto.
- células parenquimáticas: preenchem os espaços entre os elementos de vaso e
lhes dão apoio e sustentação.
- fibras: células de sustentação, responsáveis pela rigidez ou flexibilidade da
madeira.

2- Floema
Tecido que conduz soluções de materiais orgânicos (como sacarose,
aminoácidos, gorduras, ácidos nucléicos, hormônios e vitaminas) e inorgânicos
(água e íons minerais) dos órgãos produtores para as demais regiões do vegetal.
É formado de células vivas, com paredes pouco espessas que se ligam
longitudinalmente, formando longos tubos que percorrem todo o organismo da
planta, tanto no sentido axial, como no radial.

O floema é formado por vários tipos de células:

- elementos crivados: células longas com paredes terminais que apresentam áreas
crivadas, especializadas em condução.

- células parenquimáticas associadas aos elementos crivados que se diferenciam


em células companheiras, células albuminosas e células intermediárias. Têm função
de preenchimento e proteção dos tubos crivados.

- células esclerenquimáticas do tipo fibras e esclereídes, cuja função é


sustentação do tecido floemático.

Em Gimnospermas e em muitas Angiospermas dicotiledôneas, o aumento em


diâmetro do caule e da raiz é devido ao crescimento secundário resultante da
atividade de meristemas laterais denominados Câmbio vascular. A atividade deste
tecido origina xilema para dentro do câmbio, (voltado para a região da medula do
órgão) e floema para fora (voltado para a região do córtex).
29

Prática I – Observação dos feixes vasculares em lâminas permanentes

1 - lâmina número 04 – caule de dicotiledônea (400 x) – xilema, floema e câmbio

DESENHO:

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Corte transversal do caule de uma Detalhe de um feixe vascular do caule de


dicotiledônea em estrutura primária, mostrando uma dicotiledônea, evidenciando grandes
vasos do meta e protoxilema, floema e vasos do metaxilema, floema e células
parênquima medular bem definidos. (200x) companheiras. Observe-se as células do
câmbio fascicular, tecido meristemático que
origina xilema e floema. (2000x)

2 - lâmina número 08 – caule do milho (monocotiledônea) (400x) – xilema e


floema

DESENHO:
30

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Disposição aleatória dos feixes vasculares Corte transversal de um feixe


em corte transversal de caule de Cenchrus sp vascular do caule de Zea mays, com
(carrapicho). (100 x) vasos do xilema e floema bem
definidos. Tecido colenquimático
protege toda a estrutura. (880 x)

3 - lâmina número 07 – caule longitudinal do beijo (dicotiledônea) (400x) – corte


longitudinal dos vasos do xilema e floema

DESENHO:

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Secção longitudinal de vasos do xilema e Corte longitudinal do caule de Impatiens sp


do floema em caule de Impatiens sp (beijo). (beijo), evidenciando os reforços de anéis de
(2000 x) lignina dentro dos vasos do xilema. (2000 x)
31

4 - lâmina número 27 – folha da Milho (monocotiledônea) – feixe liberolenhoso


(400 x) - endoderme, periciclo, xilema, floema e colênquima

DESENHO:

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Região mediana da folha de Zea mays Feixe vascular da folha de Zea mays
(milho) com feixes vasculares dispostos na (milho), onde se observam: a endoderme com
face abaxial. (200 x) estrias de Caspary, periciclo, xilema e floema
bem definidos. Presença de células bulínicas na
epiderme. (880 x)

5- lâmina número 14 – folha do café (dicotiledônea) – nervura principal (100 x) –


xilema, floema, colênquima e epidermes superior e inferior.
DESENHO:
32

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Nervura mediana em folha de Coffea Vasos do xilema e do floema em nervura


arabica (café) em corte transversal. (200 x) mediana da folha do café. Medula é
preenchida por parênquima. (200 x)

6 - Lâmina número 39 – Raiz da cana (400 x) – endoderme, xilema, floema,


colênquima e parênquima medular

DESENHO:

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Corte transversal da raiz de Saccharum Detalhe do cilindro vascular da raiz de


officinarum (cana-de-açúcar), evidenciando a Saccharum officinarum, com destaque para o
endoderme com espessamento em U e periciclo localizado logo abaixo da endoderme
“coroa” de grandes vasos do xilema. O com reforços em U. Os vasos do floema
cilindro vascular tem o centro ocupado por alternam-se com o xilema. (200 x)
parênquima, por isso, não são chamamos de
oco. Essa estrutura ocorre em
monocotiledôneas e raízes adventícias.(200x)
33

7 - PERIDERME

A periderme desenvolve-se na planta como tecido de proteção e tecido de


cicatrização. No primeiro caso, em caules e raízes com crescimento secundário e
em frutos e catafilos ou escamas que protegem gemas do frio. No segundo caso, em
superfícies expostas por necrose, ferimento, e outros. A periderme pode, então ser
definida como o conjunto de tecidos de revestimento de origem secundária. A
periderme não pode ser confundida com casca ou ritidoma. O termo casca refere-se
ao conjunto de tecidos situados externamente ao câmbio vascular, podendo
envolver tecidos de origem primária e secundária. Ritidoma, por sua vez, é o termo
utilizado para o conjunto de tecidos mortos, externos à ultima periderme formada,
constituindo de peridermes seqüências e de tecidos por elas englobadas, incluindo
frequentemente tecidos de origem primaria. (GLORIA, GUERREIRO, 2003)

ESTRUTURA DA PERIDERME

Felogênio: O felogênio é o cambio da periderme, que difere do câmbio


vascular por conter somente um tipo de célula meristemática de origem secundária.
(GLORIA, GUERREIRO, 2003)
Felema: O felema, súber ou cortiça, é composto por células que variam de
forma. Estas podem ser retangulares, quadradas, arredondadas ou em paliçada na
seção transversal; irregulares na seção longitudinal; e , às vezes, alongada tanto no
sentido tangencial quanto no radial. (GLORIA, GUERREIRO, 2003)
Feloderme: A feloderme consiste de células parenquimáticas ativas,
semelhantes ao parênquima cortical. Normalmente, é constituída de apenas uma
camada de células ou de, no maximo, três ou quatro camadas, raramente é
representada por maior número de camadas. (GLORIA, GUERREIRO, 2003)
Lenticelas: As células da periderme apresentam-se geralmente em arranjo
compacto, exceto nas áreas das lenticelas, que são extensões limitadas
caracterizadas pelo aumento de espaços intercelulares e compostas pelo felogênio
da lenticela, pelo tecido de enchimento e pela feloderme da lenticela. (GLORIA,
GUERREIRO,2003)

Região da Lenticela da Periderme Inicio da Lenticela destacando-se o felogênio


Foto retirada do Livro Anatomia Foto retirada do Livro Anatomia Vegetal GLORIA,
Vegetal GLORIA, GUERREIRO,2003 GUERREIRO,2003 p255
p255
34

8 - TECIDOS MERISTEMÁTICOS – EMBRIÕES – SEMENTES

Data: __ /__ /_____

Conceitos importantes:

Meristemas são tecidos indiferenciados, formados por células pequenas, com


paredes delgadas, citoplasma abundante, ausência total ou quase total de vacúolos
e dotadas de núcleo grande e central. Elas sofrem mitoses contínuas e rápidas;
gradativamente, se diferenciam, originando os tecidos permanentes do vegetal
adulto.
Podemos distinguir dois tipos básicos de tecidos meristemáticos:

-meristemas primários: começam a se desenvolver ainda no embrião ou plântula.


Da multiplicação de suas células resultará o crescimento longitudinal (crescimento
primário) dos caules e raízes. Localizam-se na região apical ou extremidade dos
caules, e nas raízes surgem na região subapical, protegidos pela coifa.
Nos vegetais superiores, os meristemas primários compreendem:
- caliptrogênio: só encontrado nas raízes, onde vai originar a coifa ou caliptra.
- dermatogênio ou protoderme: origina os tecidos de revestimento, principalmente
a epiderme de caules e raízes.
- periblema ou meristema fundamental: forma os parênquimas corticais (da casca
ou córtex).
- pleroma ou procâmbio: responsável pela origem dos tecidos do cilindro central,
principalmente tecidos de condução – xilema e floema.

-meristemas secundários: em meio aos diferentes tecidos que surgem na estrutura


do caule e da raiz, alguns grupos de células se mantêm indiferenciados. Mais tarde,
elas voltarão a se dividir e se diferenciar, constituindo os meristemas secundários
que compreendem:
- câmbio: mais profundo, localizado entre os tecidos do cilindro central que dará
origem ao xilema e floema.
- felogênio: é mais superficial e se situa entre as camadas de tecidos do córtex. É
responsável pela formação da periderme, tecido que substitui a epiderme no
crescimento secundário do vegetal.

A proliferação celular do câmbio e do felogênio acarretam o crescimento em


espessura, isto é, o alargamento do vegetal, também chamado crescimento
secundário das raízes e caules.

O desenvolvimento dos meristemas primários e secundários levam ao


aparecimento da estrutura primária e estrutura secundária de caules e raízes. A
primeira é encontrada em vegetais novos e tenros. A segunda é encontrada nas
plantas velhas, que já tiveram aumento de espessura do caule e da raiz em virtude
da multiplicação das camadas celulares do câmbio e do felogênio.

Prática I – Embriões de Mono e Dicotiledôneas

1- Abra as sementes do feijão (Phaseolus vulgaris) no sentido longitudinal e retire


delicadamente com o estilete o embrião.
2- Coloque-o numa placa de Petri, juntamente com os cotilédones. Pingue gotas de
azul de metileno e observe na lupa.
3- Abra o fruto do milho (Zea mays), longitudinalmente (no sentido da menor
largura), coloque em placa de Petri, pingue gotas de lugol e observe na lupa.
35

4- Desenhe os dois embriões, compare com as fotos da página 26, identifique suas
principais partes e complete sua legenda.

DESENHO 1 DESENHO 2
(embrião do feijão) (embrião do milho)

FOTOS ILUSTRATIVAS (VISÃO MACROSCÓPICA DOS EMBRIÕES):

Embrião de Phaseolus vulgaris (feijão), em Corte longitudinal do grão maduro ou cariopse de Zea
vista longitudinal, evidenciando a radícula, mays (milho), identificando o endosperma, corado
caulículo e folhas primárias. Entre as duas fortemente com lugol, a radícula, o mesocótilo e o
folhas encontra-se a plúmula ou gema coleóptilo, observado em esteriomicroscópio.
apical, não visível na foto. O embrião
encontra-se preso a um dos cotilédones.

5- Observe ao microscópio a lâmina número 11 – Embrião do feijão e desenhe no aumento de


100 x. Comparando com as fotos abaixo, reconheça e aponte as estruturas: protoderme,
meristema fundamental e o procâmbio.

DESENHO:
36

FOTOS ILUSTRATIVAS (VISÃO MICROSCÓPICA DO EMBRIÃO DO FEIJÃO)

Detalhe do corpo do embrião de Protoderme em embrião de Phaseolus com


Phaseolus, identificando os tecidos tricomas tectores e glandulares. (880x)
meristemáticos. (200x)

Prática II – Meristema apical do caule de Coleus sp

Focalize ao microscópio a lâmina número 30, compare com as fotos abaixo e


desenhe a estrutura principal deste meristema (aumento de 50 x), apontando:
folhas primitivas, promeristema, procâmbio e meristema fundamental.

DESENHO:

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Corte longitudinal do meristema Detalhe do promeristema apical do


apical do caule de Coleus sp, embrião de Phaseolus vulgaris (feijão) com
identificando o promeristema, duas folhas primárias e brotos laterais.
protoderme, procâmbio, meristema (880x)
fundamental e primórdios de folhas.
(220x)
37

Prática III – Meristema apical da raiz do milho (Zea mays)

1- Observe ao microscópio a lâmina número 10 – Coifa do milho e desenhe no


aumento 100 x.

2- Compare com as fotos a seguir e identifique as estruturas: coifa, meristema apical


da raiz, protoderme e procâmbio, anotando em seu desenho.

DESENHO:

FOTOS ILUSTRATIVAS:

Corte transversal do meristema apical Detalhe do promeristema e da coifa


da raiz de Zea mays, identificando os em região apical da raiz de Zea mays.
tecidos primitivos. Notam-se “ilhas” de À medida que a raiz cresce, por atrito
procâmbio imersas no meristema com partículas do solo ou ataque de
fundamental e a coifa bem desenvolvida. microrganismos, as células da coifa
(200x) descamam e são substituídas por
novas, originadas do caliptrogênio,
tecido meristemático. (880x)
38

9 - TECIDOS DE SECREÇÃO

Nos vegetais, a secreção compreende os complexos processos de formação,


incluindo-se a síntese, e de isolamento de substancias especificas em
compartimentos do protoplasto da célula secretora e posterior liberação para
espaços extracelulares no interior dos órgãos ou para a superfície externa do
vegetal. Processos de reabsorção de matérias secretados também já foram
registrados nas plantas. (GLORIA, GUERREIRO, 2003)
Hidatódios: São estruturas nas ornamentações das margens das folhas que
secretam, por processo ativo, um liquido de composição variável desde água pura
ate soluções diluídas de solutos orgânicos e inorgânicos na forma de íons (NH4+, K+,
Mg2+, Ca2+, PO3-, Cl-, NO3-). A gutação ocorre em condições especiais, quando a
capacidade de campo é máxima e a umidade relativa, elevada.(GLORIA,
GUERREIRO, 2003)
Nectários: São estruturas secretoras de néctar geralmente encontradas em
varias partes do corpo vegetativo e reprodutivo das plantas. Os componentes
principais do néctar são sacarose, glicose e frutose, outro mono (galactose),
di(maltose e melobiose). Em alguns casos, o tecido nectarífico não difere dos
tecidos adjacentes e apenas o nectar é detectados ( nectários não estruturados).
Quando anatomicamente diferenciados, os nectários as caracterizados pela
presença de elementos de condução floemáticos e xilemáticos.(GLORIA,
GUERREIRO, 2003)
Hidropótios: São tricomas encontrados nas superfícies submersas das
folhas de mono e dicotiledôneas aquaticas e de águas doce. Estão envolvidos no
transporte de água e sais e retêm mais íons minerais, que as demais células da
epiderme. (GLORIA, GUERREIRO, 2003)

Tricoma glandular do pecíolo de Viola. A


extremidade desses tricomas é formada por uma
cabeça uni ou multicelular que pode apresentar
várias formas e tamanhos, unida à epiderme por
meio de uma haste ou pedúnculo. Têm função de
secreção de várias substâncias, como óleos,
néctar, sais, resinas, mucilagem, sucos digestivos e
água. (2000x)
39

10 - ÍNDICE DE DESENHOS DE MORFOLOGIA DE PLANTAS FORRAGEIRAS

DATA ASSUNTO DESENHOS

Noções preliminares - Caule do carrapicho – lâmina 03

Estruturas da célula - Epiderme da folha de elódea (água destilada)


vegetal - Epiderme da folha de elódea (solução NaCl)
- Epiderme da cebola (sem corante)
- Epiderme da cebola (com corante)

Epiderme - - Epiderme superior da folha da cana ou do milho


Observação de - Epiderme inferior da folha da cana ou do milho
estruturas - Estômatos da folha da zebrina
estomáticas - Estômatos da folha da espirradeira - lâmina 22

Anexos da epiderme - Tricomas da folha do girassol – lâmina 24


- Células bulínicas da folha do carrapicho – lâmina 16
- Litocistos e cistólitos da folha do fícus – lâmina 23
- Papilas epidérmicas da pétala do hibisco – lâmina 35

Parênquima, - Parênquima cortical e medular do caule do café – lâmina


Colênquima e 02
Esclerênquima - Esclerênquima do caule do café – lâmina 02
- Parênquima paliçádico e lacunoso da folha do café –
Lâmina 14
- Parênquima de reserva no mesocarpo de fruto de
dicotiledônea – lâmina 29 // ou // da folha do fícus -
lâmina 23
- Inclusões parenquimáticas da raiz do morango – lâmina
43
- Colênquima e esclerênquima da raiz da cana – lâmina 39
- Colênquima e esclerênquima da folha do carrapicho –
lâmina 16

Xilema, Floema e - Feixes vasculares em caule de dicotiledônea – lâmina 04


Câmbio vascular - Feixes vasculares em caule de monocotiledônea – lâmina
08 (milho) ou lâmina 03 (carrapicho)
- Vasos condutores em corte longitudinal no caule do beijo -
lâmina 07
- Feixes vasculares em folha da cana-de-açúcar – lâmina
27
- Nervura principal da folha do café – lâmina 14
- Tecidos condutores na raiz da cana-de-açúcar – lâmina
39

Tecidos - Embrião do feijão (visão macroscópica)


meristemáticos, - Embrião do feijão (visão macroscópica)
embriões e - Embrião do feijão (visão microscópica) – lâmina 11
sementes - Meristema apical do caule do Coleus – lâmina 30
- Meristema apical da raiz do milho – lâmina 10
40

REFERÊNCIAS

CUTTER, Elizabeth G. Anatomia vegetal. v.1. 2.ed. São Paulo: Roca, 1986.

________. Anatomia vegetal. v.2. 2.ed. São Paulo: Roca, 1986.

GLÒRIA, Beatriz Appezzato da; GUERREIRO, Sandra Maria Carmello. Anatomia


vegetal. Viçosa: Editora UFV, 2003, 438p

OLIVEIRA, Fernando de; SAITO, Maria Lúcia. Práticas de morfologia vegetal. São
Paulo: Editora Atheneu, 2000, 116p

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