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RELATORIO5555

Este documento descreve diferentes tipos de rochas e conceitos geológicos básicos. Aborda rochas ígneas, sedimentares e metamórficas, além de conceitos como mineral, minério e estruturas geológicas.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
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Este documento descreve diferentes tipos de rochas e conceitos geológicos básicos. Aborda rochas ígneas, sedimentares e metamórficas, além de conceitos como mineral, minério e estruturas geológicas.
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Índice

INTRODUÇÃO........................................................................................................................................3
EQUIPAMENTOS PARA AULAS DE CAMPO.............................................................................................4
CONCEITOS BÁSICOS...........................................................................................................................10
Conceitos.........................................................................................................................................10
Rocha...............................................................................................................................................12
Tipos de rochas................................................................................................................................12
ESTRUTURAS GEOLÓGICAS..................................................................................................................19
Uso da bússula geológica.................................................................................................................19
Erosão..............................................................................................................................................21
Classificação das erosões conforme os agentes erosivos................................................................22
DESCRIÇÃO DOS AFLORAMENTOS.......................................................................................................23
DISTRITOS DE CHIUTA......................................................................................................................23
DISTRITO DE TETE E DE CHANGARA.................................................................................................30
DISTRITO DE MOATIZE.....................................................................................................................37
INTRODUÇÃO
O presente relatorio é de carácter académico, de referir que o homem sempre teve uma
busca no seu quotidiano no que diz respeito de Rocha que Rocha é um agregado sólido que
ocorre naturalmente e é constituído por um ou mais minerais ou mineralóides. .

1
EQUIPAMENTOS PARA AULAS DE CAMPO
Durante as aulas do curso de Engenharia de Minas, se houve muito falar dos trabalhos de
campo. Eles tem o objectivo de elucidar e ilustrar os conhecimentos que são transmitidos em
sala de aula, a fim de moldar o futuro profissional. Diante disso, considera-se muito
importante ressaltar os cuidados que devem ser tomados para realização desses trabalhos,
com o intuito de evitar possíveis problemas aos estudantes.

1.1. Bussula geologica

É um instrumento utilizado para determinar a direcção de uma camada geológica, inclinação


dessacamada, a direcção da inclinação da mesma camada e orientação em campo.

1.2. Martelo do geologo


É utilizado para colheita de amostras, o lado aguçado serve para perfurar ou cavar, enquantoa
outra parte serve para partir aquando da colheita de amostra.

1.3. Lupa do geologo


É instrumento que permite ampliar a amostra a observar, para poder ver com detalhes alguns
dosminerais ou a granulometria não distinguíveis a olho nú.

1.4. GPS
É um equipamento que permite dar a localização global. Durante as actividades de campo
énecessário que se referencie o local onde foi colhida uma determinada amostra no campo ou
olocal de um determinado afloramento estudado.

1.5. Caderneta do campo


É um material de extrema importância, todas as anotações e esquemas devem ser feitas
nacaderneta, é comum uso de códigos e símbolos que caracterizam um determinado
fenómeno.

2
CONCEITOS BÁSICOS
Conceitos
O que diferencia um minério de um mineral? Todo metal é minério? O minério é uma rocha?
Por vezes, podem surgir algumas dúvidas quanto à mineração, principalmente pelo carácter
complexo do negócio. Afinal, o minério é vendido directamente para outras empresas e chega
ao consumidor já no produto final, como celulares, computadores e carros.
 Mineral é um corpo natural sólido e cristalino formado em resultado da interacção de
processos físico-químicos em ambientes geológicos. Cada mineral é classificado e
denominado não apenas com base na sua composição química, mas também na
estrutura cristalina dos materiais que o compõem. Para descobrir a composição de um
mineral, é feita uma análise química e física, que determina as proporções relativas
dos diferentes elementos químicos daquele mineral e a sua estrutura cristalina (por
exemplo quartzo, pirita, hematite etc).
 As rochas são agregados de um ou mais minerais. Desta forma, pode-se afirmar que
todas as rochas são constituídas de minerais. É possível descobrir do que elas são
feitas por meio da análise de sua composição química ou da composição
mineralógica. Essa última expressa as diferentes proporções dos minerais que
constituem a rocha.
 Minério é um agregado de minerais rico em um determinado mineral ou elemento
químico que é economicamente e tecnologicamente viável para extracção
(mineração). O cobre, por exemplo, acontece naturalmente em alguns tipos de rochas,
mas só é possível tornar-se um minério quando se concentra em quantidades elevadas
e é possível de ser extraído da natureza.
 Metais são elementos extraídos de alguns minérios encontrados em solos e rochas, o
ferro e o cobre são recolhidos dos minérios já na forma adequada para serem
utilizados; o aço e o bronze, por outro lado, precisam ser associados a outras
substâncias. Os metais podem ser separados em dois grupos: os ferrosos (compostos
por ferro), como ferro e aço, e os não-ferrosos, como alumínio, cobre e metais
pesados (chumbo, níquel, zinco e mercúrio).

3
Rocha
Rocha é um agregado sólido que ocorre naturalmente e é constituído por um ou mais
minerais ou mineralóides. A camada externa sólida da Terra, conhecida por litosfera, é
constituída por rochas. A rocha mais antiga da Terra, uma lasca de 2 centímetros colectada
pelos astronautas da Apollo na Lua, é um fragmento de 4 bilhões de anos

Tipos de rochas
a) Rochas ígneas
Rochas ígneas (mais conhecidas como Magmáticas) são resultado da solidificação e
consolidação do magma (ou lava), Por isso o nome rochas magmáticas. O magma é um
material pastoso que, há bilhões de anos, deu origem às primeiras rochas de nosso planeta, e
ainda existe no interior da Terra. As rochas ígneas podem, de maneira geral, ser classificadas
sob dois critérios: texturais e mineralógicos. O critério textural é especialmente útil na
identificação do ambiente onde a rocha se cristalizou, enquanto o mineralógico é baseado na
proporção entre seus minerais principais. A classificação da maior parte das rochas ígneas,
segundo o critério mineralógico, é feito com base no diagrama QAPF, usado para rochas com
menos de 90% de minerais máficos. Podem ser de dois tipos, nomeadamente:

Fig. 1: Um exemplo de rocha metamórfica

 Vulcânicas (ou extrusivas) - são formadas por meio de erupções vulcânicas, através de
um rápido processo de resfriamento na superfície. Alguns exemplos dessas rochas são o
basalto e a pedra-pomes, cujo resfriamento dá-se na água. O vidro vulcânico é um tipo de
rocha vulcânica de resfriamento rápido.

Fig. 2: Diorito, uma rocha ígnea intrusiva

 Plutônicas (ou intrusivas) - são formadas dentro da crosta por meio de um processo
lento de resfriamento. Alguns exemplos são o granito e o diabásio.

Fig. 3:Basalto, em Moatize

Principais Propriedades Macroscópicas

TEXTURA: É a avaliação do tamanho dos minerais constituintes de uma rocha. Para


efeitoprático e de acordo com o tamanho dos constituintes, as rochas são denominadas:

4
Afaníticas: rochas de granulação muito fina onde os constituintes minerais são dificilmente
identificados e/ou distinguidos a olho nu, vide figura 7-A;
Faneríticas: rochas cujos minerais constituintes são identificados e distinguidos a olho nu,
vide figura 7-B.

Fig.4

ÍNDICE DE COLORAÇÃO: As rochas ígneas podem apresentar minerais claros (félsicos)


e/ou escuros (máficos) em quantidades variáveis:

 Rochas Leucocratas: rochas onde predominam minerais claros, tais como: quartzo,
feldspatos,muscovita, etc. A tonalidade da rocha é clara, porque tem 30% de minerais
escuros.
 Rochas Melanocratas: rochas onde predominam minerais escuros, tais como:
piroxênios, biotita,anfibólios, etc. A tonalidade da rocha é mais escura, porque tem
mais de 60% de minerais escuros.
 Rochas Mesocratas: rochas onde os minerais claros e escuros aparecem em
proporçõessimilares. A tonalidade da rocha escura, porque tem 30 a 60% de minerais
escuros

b) Rochas Sedimentares
As rochas sedimentares são rochas formadas através da deposição, e consequente
cimentação ou consolidação de fragmentos provenientes de material mineral ou material
orgânico.
No caso do material mineral, os respectivos fragmentos, denominados de detrito geológico,
são provenientes da meteorização e da erosão. Estes fragmentos minerais são transportados
pelo gelo, vento, água, movimento de massas geológicas ou glaciares, sendo estes agentes
denominados de agentes de denudação. Por serem formados por detrito biológico, as rochas
sedimentares são importantes fontes de material fóssil, como petróleo ou carvão. As rochas
sedimentares são um dos três grupos de rochas. Os outros dois grupos são as rochas ígneas,
também denominadas de rochas magmáticas; e as rochas metamórficas.

5
Fig.5: Dique doloritico cortando a sequência de rochas sedimentares.

Formação
As rochas sedimentares formam-se por três processos principais:
 pela deposição das partículas originadas pelo intemperismo de outras rochas - rochas
sedimentares clásticas ou detríticas;
 pela precipitação de substâncias em solução - rochas sedimentares quimiogénicas; e
 pela deposição dos materiais de origem biológica - rochas sedimentares biogénicas.

A rocha sedimentar pode ainda ser considerada:

Consolidada - se os detritos apresentam-se ligados por um cimento, como é o caso das


brechas ou do arenito; ou

Não consolidada - se os detritos não estão ligados entre si, como no caso dos grãos de areia
das dunas.

As rochas sedimentares são formadas a partir de restos de outras rochas, seres vivos ou outros
materiais transportados pelo vento e pela água e sofrem dois passos na sua formação, a
sedimentação, sendo esta o conjunto de processos que levam à formação de sedimentos
(meteorização, erosão, transporte e deposição); e a diagénese.

Estas rochas podem ser formadas por:

Minerais primários minerais que provêm diretamente de rochas pré-existentes; Minerais de


neoformação - minerais novos formados devido a fenômenos de transformações químicas ou
de precipitações de soluções; e Partes de seres vivos - por exemplo: conchas e fragmentos de
corais.mRochas sedimentares contêm informações importantes sobre a história da Terra,
como por exemplo, os fósseis, os restos preservados de antigas plantas e animais. A

6
composição dos sedimentos nos fornecem pistas sobre a rocha original. As diferenças entre as
sucessivas camadas indicam mudanças de ambiente que ocorreram ao longo do tempo.
Rochas sedimentares podem conter fósseis porque, ao contrário da maioria das rochas ígneas
e metamórficas, elas se formam a temperaturas e pressões que não destroem os restos fósseis.

Classificação
 Rochas sedimentares clásticas são compostas por fragmentos de materiais derivados
de outras rochas. São compostas basicamente por sílica (ex: quartzo), com outros
minerais comuns, como feldspato, anfibólios, argilominerais e raramente alguns
minerais ígneos mais exóticos.
 Rochas sedimentares biogênicas são formadas por materiais gerados por organismos
vivos, como corais, moluscos e foraminíferos, que cobrem o fundo do oceano com
camadas de calcite que podem mais tarde formar calcários. Outros exemplos incluem
os estromatólitos, e o sílex encontrado em nódulos em giz (que é em si uma rocha
sedimentar biogênica, uma forma de calcário).
 Rochas sedimentares quimiogênicas podem se formar quando em soluções
minerais, tais como a água do mar que se evapora. Os exemplos incluem o calcário, o
halite e o gesso.

Principais Propriedades Macroscópicas


TEXTURA - A textura de uma rocha é a avaliação do tamanho de seus constituintes. No
caso da rocha sedimentar, a textura está intimamente ligada aos constituintes das rochas
preexistentes e materiais que lhe deram origem.A classificação quanto a textura das rochas
sedimentares clásticas ou mecânicas é dada pelotamanho médio de seus constituintes.
De acordo com a escala granulométrica as rochas clásticas ou mecânicas podem ser:
 Rudáceas: onde predomina a fracção areia com seixos ou cascalhos.
Ex: CONGLOMERADOS, TILITOS.
 Arenosas: onde predomina a fracção areia sem seixos ou cascalhos. Ex: ARENITOS
 Siltosas: onde predomina a fração silte. Ex: SILTITOS
 Argilosas: onde predomina a fração argila. Ex: ARGILITOS

c) Rochas metamórficas
Rochas metamórficas são rochas que resultam da transformação[1] da rocha original, o
protólito. Este dá origem a uma rocha metamórfica depois de sofrer transformações químicas
e físicas devido ao fato de se submeter a temperaturas e pressões elevadas e à atuação de

7
fluidos sofre erosão (metassomatose) em zonas profundas da crosta terrestre, sem que,
contudo, cheguem a fundir .

Fig.6: Quartzito, exemplo de rocha metamórfica

Metamorfismo
O metamorfismo actua sobre rochas pre-existentes modificando suas texturas, estruturas. As
modificações observadas em decorrência do metamorfismo, são reajustes necessários para
que osminerais alcancem a estabilidade nas novas condições do meio em que a rocha foi
colocada.
Éimportante observar que esse processo ocorre sem que haja fusão da rocha pre-existente, ou
sejaas transformações ocorrem na fase sólida. Podem ocorrer tanto a recristalização dos
minerais preexistentes como a formação de novos minerais, graças à mudança da estrutura
cristalina sob novascondições de pressão e temperatura ou a combinação química entre dois
ou mais mineraisformando um novo mineral.

Agentes do metamorfismo
Os três principais factores que levam ao metamorfismo são: temperatura, pressão e fluidos.
 Temperatura: é um factor de primordial importância na transformação das rochas.
Calorsuficiente para afectar a estabilidade de uma associação mineral pre-existente
pode seroriginado por processos diferentes e em quantidades desiguais no interior da
Terra.

 Pressão: a pressão pode ser de dois tipos uniformes (hidrostática) ou dirigida tensão e
podeproduzir mudanças estruturais nas rochas. A pressão uniforme produz texturas
granulares,estruturas não orientadas, e provoca o aparecimento de minerais de maior

8
densidade. Apressão dirigida produz estruturas orientadas, como por exemplo,
xistosidade egnaissificação.
 Fluidos: a acção de fluidos quimicamente activos é muito importante no
metamorfismo,promovendo reacções, precipitações e redeposições dos componentes
das rochas. Estesfluidos, de origem magmática, apresentam na sua composição CO2,
HF, HCl, S, etc

Tipos do Metamorfismo
Os principais tipos de metamorfismo:
 Metamorfismo Termal: é o processo onde o principal agente modificador das rochas
é atemperatura. Predominam neste tipo de metamorfismo temperaturas elevadas
(maior que200°C).
 Metamorfismo Dinamotermal: neste tipo de metamorfismo há o predomínio da
pressãodirigida e temperatura elevada. Esses dois factores são capazes de produzir
grandesmodificações nas rochas, resultando em novas estruturas e novos minerais. O
metamorfismo dinamotermal ocorre em profundidade após, por exemplo, uma longa
sequência de sedimentação, no interior de uma bacia (geossinclinal).
 Metamorfismo Cataclástico: Neste tipo de metamorfismo a pressão dirigida é o
principalagente. As rochas são submetidas a esforços dirigidos tornando-se fraturadas.

ESTRUTURA
E o arranjo ou a distribuição que os minerais apresentam em uma rocha. A estrutura
depende também do tamanho dos cristais (granulação ou textura).Quanto a estrutura, as
rochas metamórficas podem ser classificadas em:
 MACIÇA - característica de rochas que exibem aspecto maciço e ausência de
elementos
lineares ou planares nítidos, indicando, via de regra, amplo domínio da recristalização
sobre a deformação (predomínio do metamorfismo termal). Como exemplos têm-se
váriostipos de mármores, quartzitos e anfibolitos.
 GNEISSICA - resulta da interação das estruturas granulares e xistosas, sendo
característicados gneisses. Estas rochas são constituídas por camadas alternadas ricas
em mineraisequidimensionais (principalmente quartzo, feldspato) e planares ou
lineares(principalmente biotite).

9
 XISTOS - é uma estrutura característica das rochas que exibem acentuado aspecto
planare fissulidade ao longo de planos paralelos denominados de xistosidade.
Exemplo são aestruturas observadas nos muscovite, biotite, xistos, talco-xistos,
clorite, hornblenda,estaurolite, etc
 GRANULAR-apresentam minerais bem evidentes aproximadamente de mesmo
tamanhoe ausência de elementos lineares nítidos ou qualquer orientação. Esta
estrutura écaracterística do predomínio do metamorfismo termal.
 FOLIAÇÃO - é uma estrutura planar que caracteriza rochas nas quais sua orientação
ébasicamente devido à acção tectónica. Difere da estrutura xistosa por apresentar
mineraisde tamanho reduzido (textura afanítica e subfanerítica). Exemplos, filitos,
ardósias.Predomínio do metamorfismo dinamotermal.
 MIGMATÍTICA - a rocha exibe gnaissificação muito deformada e com
concentraçõesirregulares de neossoma (material claro de composição granítica) e
paleossoma (materialescuro constituído predominantemente de biotite, anfibólio.
Exemplos, migmatitos.

ESTRUTURAS GEOLÓGICAS
Um dos objectivos do mapeamento geológico é elucidar as estruturas e a história estrutural
dumadeterminada região (formação geológica). Mas isso só pode ser possível a partir de
medições deestruturas geológicas, tais como: falhas, dobras, foliações, juntas, lineações,
clivagem, etc...As estruturas geológicas são caracterizadas pela sua atitude
 Direcção da camada [DC] - é a linha de intersecção entre a camada e a linha de
superfície terrestre projectada na horizontal. A sua orientação é definida de 0ᵒ-360ᵒ.
 Direcção de inclinação da camada [DI] - é a direcção do mergulho da camada. A
suaorientação é definida de 0ᵒ-360ᵒ

Uso da bússula geológica


Existem diferentes tipos de Bússulas geológicas e consequentemente várias formas de
medição eanotação de estruturas geológicas. Vamos focar apenas em um método, o método
de contacto. é ométodo mais vulgar, é usado (aplicado) onde a superfície é suave e plana,
para casos onde oacamamento ou as clivagens estão expostas.
a) Procedimento de determinação da direcção da camada usando Bússola
Geológica

10
 Colocar uma bússola na horizontal encostando-a ao estrato cuja direcção se pretende
medir;
 Rodar a bússola graduada de modo a que a agulha magnética coincida com o norte
magnéticoque está impresso na bússola;
 Fazer a medição do ângulo entre o estrato e o ponteiro da bússola.

Fig.7: Medição da, direcção da camada

b) Procedimentos de determinação da inclinação da camada usando Bússola


Geológica
 Alinhar a direcção E-W da coroa graduada da bússola (clinómetro) com a linha de
referência;
 Encostar o bordo longitudinal do corpo da bússola ao estrato;
 Registar o valor da inclinação indicado pelo clinómetro na escala graduada (0° a 90°);
 Determinar o quadrante para o qual se verifica o sentido da inclinação desse plano
(NE, NW,SE, SW),

Fig.8: Medição da atitude de estruturas geológicas, direcção de inclinação da camada.


Fonte:
1.6. Representação das medições de estruturas geológicas
Notações usuais em geologia:
a) Notação quadrante: O registo é feito em DC/I (Direcção da camada/Inclinação da
camada),Para estruturas planares a DC é registado de 0ᵒ-90ᵒ, e referido aos quadrantes
do Norte ( NE, NW),a inclinacção é registado de 0ᵒ-90ᵒ e referido aos quadrantes
( NE, NW,SE, SW) conforme o caso.Plano: N30E/50NW; onde DC=N30E; I=50ᵒ na
direcçãoNW.

Fig.9

b) Notação azimutal: O registo é feito em DC/I


A direcção da camada (DC) é referida em Azimute que varia entre 0ᵒ-360ᵒ, a

11
inclinacção (I) éregistado de 0ᵒ-90ᵒ e referido aos quadrantes ( NE, NW, SE, SW)
conforme o caso..Plano: 030/50NW; onde DC=030ᵒ; I=50ᵒ na direcção NW.
c) Notação Clar: definida pelo azimute do rumo de mergulho (direcção de inclinação),
quevaria de 0ᵒ-360ᵒ, seguida do valor angular do mergulho (inclinação), que varia de
0ᵒ-90ᵒ.Plano: 300/50; onde DI=300ᵒ; I=50ᵒ

DESCRIÇÃO DOS AFLORAMENTOS


DISTRITOS DE CHIUTA
a) Afloramento 1
Coordenadas:
X:0565851;
Y:8217939;
Elevação: 43 metros.
O Afloramento do tipo corte de estrada, localizado ao longo da EN9, que vai a Cassacatiza a
cercade 500 metros depois do portão dos escritórios da ICVL.
Este afloramento faz parte da formação da bacia de Moatize – Minjova com orientação NW -
SE,as rochas são do tipo arenito de granulometria médio a grosseiro, vide a figura 43, com
atitudes(DC=183; DI=298 e I=06NW) ou N003E, 06NW e (DC=180; DI=270 e I=10W) ou
NS, 10W.

Fig.12: Afloramento de rocha sedimentar (arenito) mostrando estruturas cruzadas

b) Afloramento 2
Coordenadas
X:0563203;

12
Y:8227160;
Elevação: 254 metros.
O afloramento localiza-se do lado esquerdo a cerca de 200 metros depois do posto policial de
Kaunge na EN9, é uma pequena montanha de rochas do tipo gabro. Na base do monte é
possivelobservar filão de quartzo (composto por quartzo, feldspato e ortoclasse) com
orientação 160,apresenta espessura de cerca de 75 centímetros. Sobre o mesmo ponto é
possivelobservar uma intrusão granítica.

Fig.13: Ilustra um filão de quartzo que corta discordantemente as rochas gabróicas


c) Afloramento 3
Coordenadas
X:0560403;
Y:8227958;
Elevação: 256 metros.
O afloramento do tipo corte de estrada, localiza-se a cerca de 700 metros da chapa que indica
opovoado de Chimambe ao longo da EN9, tem extensão de cerca de 100 metros. Apresenta
rochassimilares as do ponto número 2 e, é cortado por vários diques doloríticos e veios de
quartzo. Os diques apresentam orientação generalizada N10E, e espessura que varia até 4 a 9
metros. Os veios de quartzo tem orientação 110 e cerca de 60 centímetros de espessura. Em
diante pode-se verificar no ponto com coordenadas X:0560326; Y:8228060 e elevação 251
metros) um contacto litológico entre as rochas gabro e anortosito.

13
Fig.14: Filão de quartzo no ponto de observação 3

d) Afloramento 4
Coordenadas
X: 055763;
Y: 8237262;
Elevação: 356 metros.
Afloramento do tipo corte de estrada tem cerca de 50 metros de extensão e 3 metros de altura,
localiza-se aproximadamente 2 Km do povoado de Chimambe ao longo da EN9 em direcção
aCatipo, apos um aviário. O afloramento é basicamente constituído de blocos de carbonatito
nasduas margens da estrada, podendo observar impregnações de calcite nos ali expostos. Os
estãoexpostos provavelmente pela aberta da estrada tenham sido removidos, alguns são
blocos in situnaturalmente se solidificaram naquele estado durante o processo de formação.

Fig.14: Blocos de carbonatito com impregnações de calcite EN9.

e) Afloramento 5

14
Coordenadas
X: 0557396;
Y: 8237548;
Elevação: 363 metros.
O afloramento localiza-se aproximadamente cerca de 150 metros do afloramento anterior (4)
aolongo na EN9. O afloramento é do tipo corte de estrada, constituído de gneisse
migmatittico, rochametamórfica, pode-se observar na rocha orientação preferencial de grãos
de minerais menosevidente, devido a menor intensidade do metamorfismo que ocorreu
durante o processo deformação, vide figura 50 comparando com o gneisse migmatitico que
ocorre no afloramento daPedreira de Mafilipa. Atitude de orientação preferencial de minerais
com direção de 260, 40SE ouN80E, 40 SE, direccao de inclinação de 170,40 ou (40, 170)

Fig.15: Blocos de carbonatito com impregnações de calcite EN9

f) Afloramento 6
Coordenadas
X;0556914;
Y;8238345,
Elevação: 355 metros.
Afloramento do tipo corte de estrada tem cerca de 150 metros de comprimento, localiza-se no
povoado do Catipo ao longo da EN9. Apresenta carbonatitos, que ocorrem em forma de
blocosisolados.

15
Fig.16: Afloramento do tipo corte de estrada apresentando carbonatitos

g) Afloramento7
Coordenadas
X: 0556826;
Y:8338903,
Elevação: 354 metros.
Afloramento de tipo corte de estrada ao longo de EN9, localizado a sensivelmente 300
metros doafloramento anterior (carbonatito), na margem direita da EN9. O afloramento é
compostoessencialmente de rochas do complexo gnaisse-migmatitico de Tete. Pode se
observar nitidamente a orientação preferencial de minerais pela acção de metamorfismo
de altaintensidade tenha sofrido durante a formação dessas rochas metamórficas.

Ainda pode se fazeruma analogia que essas rochas são as mesmas em relação ao
afloramento 5 que estão antes docarbonatito, conclui-se que provavelmente que os
carbnatitos representam rochas recentes emrelação ao gneisse-migmatitico. Possui a
direcção de orientação de 035, 30SE ou N35, 30SE edirecção de inclinação 118, 30 ou
(30, 118)

16
Fig.17: Rochas do complexo gnaisse-migmatitico com orientação preferencial de minerais

h) Afloramento 8
Coordenadas
X:0555585;
Y: 8242350,
Elevação: 401 metros.
Afloramento do tipo corte de estrada, com uma extensão cerca de 100 metros, localiza-se ao
longoda EN9. Apresenta rocha do tipo granito-gnaisse, atravessado por um veio de quartzo
com cercade 25 cm de espessura e orientação N30W.

Fig.18:O veio de quartzo

17
i) Afloramento 9
Coordenadas
X:0550157;
Y:8251549;
Elevação: 123 metros.
Afloramento localizado sobre o rio Mavudze, nas margens do rio apresenta rochas do tipo
granitóides com fracturas , vide figuras 54, com direcção de inclinação 060 e inclinação
70SE.Ao longo do rio pode-se observar blocos soltos de rochas que foram rolados, presume-
se que sejamfragmentos de rochas graníticas da montante do rio Mavudze.

Fig.18:Ilustra blocos rolados no leito do rio Mavudze

j) Afloramento 10
Coordenadas
X:0549875;
Y: 8253497;
Elevação: 241 metros.
O afloramento localiza-se ao longo do rio Chipata, cerca de 500 m da ponteca depois do
povoado= de Mavudze - Ponte em direcção a Vila de Manje, distrito de Chiuta, lado direito
da EN9.Apresenta rochas graníticas intruídas por rochas basálticas, no leito do mesmorio
pode-se observar fragmentos de rochas cimentadas por material carbonático.

18
Fig.20: Intrusão de rochas ígneas sobre uma rocha gneissica.

DISTRITO DE TETE E DE CHANGARA


Ao longo da Estrada EN7 em direcção ao distrito de Changara, estes afloramentos fazem
partedo Complexo Gnaisse-Migmatitico de Tete e outras rochas (Grés de Caramafue no
Povoadode Vuzi, Basaltos Amigdaloidal de Mazóe e Grés de Sena na Vila de Luenha)

a) Afloramento 1
Coordenadas
X: 0560189
Y:8203620;
Elevação:290 metros.
O Afloramento localiza-se ao longo da estrada EN7, em direcção ao cruzamento 18km, junto
aPedreira SINTRAPEL NOVA ERA em Mafilipa, com as seguintes dimensões de cerca de
100 mde comprimento e 60 m de largura.
Apresenta rochas do tipo Gnaisse, com atitude N20E, resultantede actuação das forças
(tensões) no sentido E-W, vide a figura 31.O gnaisse é usado como material de construção
civil, é britado pela empresa SINTRAPEL NOVAERA muito próximo ao afloramento
referenciado.
Gnaisse é rocha metamórfica originada por metamorfismo regional, especialmente de alto
grau,de textura orientada, granular, apresenta minerais como feldspato, quartzo, micas
(Biotite eMuscovite).

19
O afloramento está em frente da pedreira SINTRAPEL NOVA ERA em actividade e, é
possivelperceber a actividade/processo envolvidos na operação perfuração, carregamento por
explosivos,posterior detonação e processamento da rocha em fragmentos de diferentes
tamanhos denominados“brita”.

Fig.21:Gneisse - migmatítico com orientação preferencial de minerais, e filões de quartzo, em frente da


Pedreira SINTRAPEL NOVA ERA de Mafilipa

b) Afloramento 2
Coordenadas
X: 0560028;
Y: 8203437;
Elevação: 299 metros.
O afloramento está localizado acerca de 150 metros do afloramento1. O afloramento é do tipo
corte de estrada, essencialmente de Granito-Gnaisse, com seguintes atitudes:

DC = 040 ou N40E,60 NW e Direcção de inclinação de 310, 60NW ou (60, 310).Este


afloramento é ideal para a instrução do uso da bússula, pois os elementos DC, DI e I são
bemrepresentativos.

20
Fig.22: Afloramento de granito-gnaisse.
c) Afloramento 3
Coordenadas
X: 0558300;
Y: 8201083;
Elevação: 308 metros.
Localizado a cerca de 200 metros do rio que separa cidade de Tete do distrito de Changara,
aolongo da EN7 em direcção a Changara. O afloramento é tipo corte de estrada de dimensão
de cercade 70 metros de extensão.
Os tipos de rochas: basicamente constituído por granito-gnaisse, apresenta três diques
doloriticoscom orientação aproximada de N30W, vide figura 32, com dimensões de 50cm,
20cm e 115cmrespectivamente.

Fig.23: A abertura mostra por onde atravessava um dique dolorítico, que foi removido pela população que usou
como material de construção.

d) Afloramento 4
Coordenadas
X: 0548110

21
Y: 8191456;
Elevação: 312 metros.
O afloramento está localizadoao longo da estrada EN1, lado oposto à Escola Primária de
Missawa. O afloramento é do tipo corte de estrada, com as dimensões de cerca de 30 metros
deextensão.O tipo de rochas é basicamente constituída por Gnaisse com um alinhamento
quase vertical(N010E), apresenta veio de quartzo com orientação 120 e espessura de cerca de
16 cm que cortadiscordantemente a rocha Gnaisse.

Fig.24 Ilustra dissolução do material carbonático

e) Afloramento 5
Coordenadas
X:0542851;
Y: 8174561,
Elevação: 184 metros.
O afloramento situa-se sobre o rio Vuzi, na margem esquerda, no povoado do mesmo nome.
Otipo de rocha apresenta intercalação de arenito fino e grosseiro, apresenta estruturas
sedimentaresplanares e cruzadas, não, só, como também calcário, visto a partir da sua
dissolução na presençade água.

22
Fig.26: Ilustra dissolução do material carbonático

f) Afloramento 6
Coordenadas
X:0540580;
Y:8171137,
Elevação: 186 metros.
O Afloramento é do tipo corte de estrada, localizada no povoado de Mazoé. As dimensões do
afloramento são cerca de 50 metros de comprimentos, 2.5 metros de altura, vide figura 38.
Formação de Basaltos a 10 metros da ponte sobre o rio Mazoé. Rocha com estrutura
amigdaloidalna base e blocos de basalto mostrando a meteorização esfereoidal no topo.

Fig.27: Ilustra o basalto amigdaloidal, junto a EN7

g) Afloramento 7
Coordenadas
X:0536584;
Y:8158134;

23
Elevação: 263 metros
O Afloramento é do tipo corte nas duas margens de EN7, localizada a sensivelmente 3 Km
apósrio Mazoé em direccao à sede do distrito de Changara. As dimensões do afloramento são
cerca de100 metros de extensão com taludes de altura 10 m. O afloramento e constituídode
formações de basaltos que apresenta uma coloração acastanhada que evidencia
alteração,também apresenta fraturas.

Fig.28: Ilustra formação de basalto acastanhado com fraturas, junto a EN7

h) Afloramento 8
Coordenadas
X:0528059;
Y:8134421;
Elevação: 237 metros.
O afloramento localiza-se ao longo do rio Luenha, lado direito da ponte, figura 40. O tipo de
rochasé Gnaisse (minerais essenciais: quartzo, feldspato-potássio, plagioclase e micas) em
geral comdirecção da camada 280, direcção de inclinação 190, 20SW. Ao longo do
afloramento verifica-seestruturas do tipo marmitas, que são resultantes do desgaste
provocado pelo movimento defragmento de rochas sobre uma determinada secção.
São visíveis fracturas com orientação 280; veios de quartzo com espessuras variando entre 2
a 13cm, com orientação geral N-S, também pode-se observar uma falha sinistral (movimento
relativodos blocos no sentido anti-horário) com orientação E-W.

24
Fig.29: Ilustra veios de quartzo, estruturas do tipo marmitas

i) Afloramento 9
Coordenadas
X:0529880;
Y:8138560,
Elevação 244 metros.
O afloramento é do tipo erosão na margem esquerda do rio Luenha, na Vila do mesmo nome,
ondegrande parte de pessoas abandonaram o local devido ao fenómeno.Nesta área é
observável a progressão da erosão ao longo da margem esquerda do rio Luenha.
Esteenómeno ocorre em rochas sedimentares do Grés de Sena, formando taludes que atingem
cercade 20m de altura ao longo do rio Luenha. Ainda se nota estruturas cruzadas nestasrochas
sedimentares.

Fig.30: Efeitos de erosao

25
DISTRITO DE MOATIZE
a) Afloramento 1
Coordenadas:
Y: 8213141;
X: 0569219.
O afloramento situa-se na EN7 à 6km partindo da Rotunda da ponte sobre o rio Revúbuè em
direcção a ponte Base Kassuende.Afloramento do tipo corte de estrada composto por rochas
sedimentares, nomeadamenteintercalação de camadas de arenito fino e siltito, com direcção
que varia de 120,18SW 140,18SW,os mesmos podem também ser escritos N60W, 18SW a
050,18SW, respectivamente com ocomprimento de aproximadamente 100m e altura de 20m.

Fig31: Afloramento do tipo corte de estrada, mostrando uma sequência de deposição cíclica, argilito, siltito e
arenito.

No topo do afloramento é possível observar que a camada mais nova está na horizontal e
assentediscordantemnte sobre as outras camadas. Esta discordância indica que esta camada
está associadaa um evento de deposição que é diferente das restantes camadas, por isso estas
são inclinadas,diferentemente da do topo que é horizontal, a isto se designa de
inconformidade.
b) Afloramento2
Coordenadas:
Y: 8213355;
X: 0569382.
O afloramento está a 200 m do afloramento 1 em direcção Rotunda da ponte sobre o rio
Rovúbue.Afloramento do tipo corte de estrada composto por rochas sedimentares,

26
nomeadamente arenitogrosseiro no topo e siltito meteorizado na base, com direcção da
camada 120,12SW ou N60W,12SW, direcção de inclinação da camada 210,12.

Fig.32: Afloramento do tipo corte de estrada, mostrando sequência de deposição, arenito grosseiro no topo e
argilito na base.

c) Afloramento 3
Coordenadas
Y: 8213466;
X: 0569440.
O afloramento localiza-se na EN7 a 100 m do afloramento 2 em direccao a Rotunda da ponte
sobreo rio Revubue.Afloramento do tipo corte de estrada apresenta intercalações de siltito e
carvão, apresenta falhascom movimentos visiveis dos blocos. Nas camadas de carvão
apresenta enxofre dissiminado,apresenta também um sistema de falhas normais (em
estruturas do tipo graben). O afloramento écomposto por rochas sedimentares, nomeadamente
alternância de camadas de carvão mineral.
Aatitude da camada de siltito é de 118, 6SW ou N62W,06SW de direcção, e direcção de
inclinação208, 08 ou (08, 208), enquanto a atitude da camada de carvão mineral é de 136,
08SW ouN44,08SW, e direcção de inclinação 226, 08SW ou (08, 226).

27
Fig.33: Camada de carvão apresentando uma falha normal onde é possivel ver um desfasamento da camada desiltito.

A partir desta imagem é possível observar que neste afloramento existe um sistema de falhas
normaisque causam um mini-graben. Nas camadas de carvão mineral há presença de enxofre
(côr amarela).O plano de falha tem a seguinte atitude da direcção do plano de falha
N70W,50oSW direcção doplano de falha ou 110, 50SW e direcção de inclinação do plano de
falha 210,50. A falha apresentaum rejeito de 30 cm.

d) Afloramento 4
Coordenadas
Y: 8213914;
X: 0569504.
O afloramento licaliza-se junto a EN7, sensívelmente a 700 m do afloramento 3 em direcção
aRotunda da ponte sobre o rio Rovúbue, vide a figura 18. O afloramento é do tipo corte de
estradaapresenta rochas sedimentares, nomeadamente alternância de camadas de arenito
grosseiro notopo, intercalado com camada de siltito no meio e arenito na base. É a mesma
sequência doafloramento do ponto 2. A atitude das camadas é de 196,10SE ou N16E, 10SE
de direcção dacamada, e 102, 10 ou (10,102) de direcção de inclinação da camada.

28
Fig.33: Afloramento do tipo corte de estrada, mostrando uma sequência de deposição cíclica, argilito, siltito e
arenito.

e) Afloramento 5
Coordenadas:
X: 0570974;
Y: 8219068;
Elevação: 133 metros.
O afloramento localiza-se ao longo da EN7, depois do Posto Policial de Capanga em direcção
aCidade de Moatize a cerca de 400 metros.O afloramento é composto por rocha
metamórfica,denominada Xisto que tem uma extensão deaproximadamente de 300m na
encosta do monte Mpandi. Rocha com orientação preferencial dosminerais, apresentando
xistosidade, com minerais visíveis a olho nu. Esta é explorada pelosartesãos para fins de
construção civil, vide a figura 18. A atitude da orientação preferencial é de:302, 22SW ou
N58W, 22SW e a sua direcção de inclinação têm orientação 214, 22 ou (22,214).

29
Fig.34: Afloramento de Xisto, em exploração pelos artesãos em Capanga .
f) Afloramento 6
Coordenadas:
X: 0581041;
Y: 8218216:
O afloramento localiza-se na margem esquerda da EN7, para quem sai da Cidade de Moatize
emdirecção a Zóbuè a cerca de 20 metros depois da Ponte sobre o Rio Moatize.
O afloramento do tipo corte de estrada composto por rochas sedimentares, nomeadamente
argilitocarbonoso na base, seguido por arenito fino com uma espessura de 20 cm, argilito
carbonoso comuma espessura de 150 cm, camada de carvão mineral André, (ver descrição
desta camada na tabela1) com uma espessura de 100 cm, seguido de argilito carbonoso com
uma espessura de 40 cm eno topo arenito grosseiro com algumas fracturas quase verticais.
A atitude dacamada de argilito carbonoso é de 344,08NE, ou N14W,08NE de direcção da
camada, e dedirecção de inclinação da camada e 076, 08 ou (08, 076).

30
Fig.35: Afloramento de camada André, ao longo da estrada Tete-Zóbue.
.
g) Afloramento 7
Coordenadas
Y: 8220229;
X: 0576770.
O afloramento localiza-se no leito do rio Moatize, no Bairro 25 de Setembro, nas Cascatas do
RioMoatize - Ntchintchi, caracterizado por diques doloríticos.O afloramento possui rochas
sedimentares com arenito na base, seguido de siltito, seguido porcarvão mineral, siltito e no
topo argilito, esta sequência de rochas foram cortadas por um diquedoloritico com direcção
140, com cerca de 20 metros de espessura. Essas camadas apresentamfracturas quase na
vertical, com uma tendência geral de 170 de direcção. Próximo do dique as
rochas estão parcialmente metamorfizadas e a intensidade do metamorfismo vai diminuindo a
medida que se afasta do dique. Na camada de arenito há presença de duas famílias de
fracturas,onde a 1a tem direcção 150 e a 2a tem direcção 220.

31
A atitude da camada de arenito é de 086, 08SE ou N86E, 08SE de direcção da camada, e 176,
08ou (08, 176) de direcção de inclinação da camada.
Os corpos intrusivos (diques doloriticos), localizam-se ao longo de falhas pósdeposicional,
que atingiram os sedimentos do Karoo, provavelmente durante o período Jurássico,no início
do estabelecimento do sistema de “riftes” da África Oriental.
Na maioria dos casos,ocorrem na forma de diques e mais raramente na forma de soleiras,
com espessuras variáveis quepodem chegar até 50 m. Possuem granulações médias e fina, são
maciços e quando inalterados,em subsuperfície, são homogéneos e de difícil penetração.
Estes corpos podem se constituir emfontes térmicas que causaram auréolas de alteração nas
rochas encaixantes. Quando estas rochascortam as camadas de carvão, surgem normalmente
efeitos de pré – coqueificação de intensidadesproporcionais à espessura do corpo intrusivo.

Fig.36: Dique doloritico cortando a sequência de rochas sedimentares.

Ao longo do afloramento é visivel um conjunto de falhas normais com atitude direcção


N70W,60SW. Também pode-se observar um conjunto de dobras antiformes e sinformes na
camada de carvão.
Atitude da dobra1 antiforme (flanco: DI=280; I=24NW; flanco: DI=100; I=24SE).
Atitude da dobra2 antiforme (flanco: DI=64; I=30NE; flanco: DI=244; I=32NW)

32
Fig.34: Sequência de rochas sedimentares.

Sobre as camadas de carvão pode-se observar evidências do processo de combustão


espontâneado carvão, evidências que são o enxofre disseminado (material de côr
amareloespalhado nascamadas) e o carvão queimado.

h) Afloramento 8
Coordenadas
Y: 0579057;
X: 8216689;
Elevação: 209 m.
O afloramento do filão de calcite, localiza-se junto aos Tanques de Água do FIPAG, no
MonteCruz, Padroeira Santa Bárbara na Cidade de Moatize, vide a figura 23.
O afloramento do tipo filão de calcite, apresenta uma direcção N74E com cerca de 3 metros
deespessura.
Calcite é um mineral da família dos carbonatos, que cristaliza no sistema hexagonal, de
composição CaCO3. Seus hábitos mais importantes são o prismático, o romboédrico e o
escalenoédrico, com dureza 3 na escala de Mohs, clivagem perfeita. Usualmente branca a
incolorpode, contudo mostrar cores cinza, vermelho, verde, azul e amarelo.

33
Fig.38: Afloramernto de calcite.
i) Afloramento9.
Coordenadas
Y: 0578992;
X: 8217011;
Elevação: 233 m.
Monte da Cruz Santa Bárbara, Este é um dos pontos mais elevado da Cidade de Moatize,
sobre este ponto é possível observarparte da bacia carbonífera de Moatize-Minjova que são
zonas de topografia baixa, com aorientação de NW/SE. A partir deste ponto, também pode-se
observar os blocos de rochasdolorítca, com seguinte atitude de 330, com essa atitude deduz-
se que seja acontinuidade do diquedolerítico observado no ponto n0 6.

Fig.39: Afloramernto do dique dolerítico.

j) Afloramento 10
Coordenadas
Y: 0581739;
X: 8218503;
Elevação: 190 metros.

34
O afloramento localiza-se ao longo da estrada principal EN7 a cerca de 300 metros do
Afloramento5 (camada de carvão André), na bacia carbonífera, apresenta rochas do tipo
gneisses com umaorientação N-S.

Fig.40
k) Afloramento 11
Coordenadas
Y: 0582999;
X: 8219983;
Elevação: 266 metros.
O afloramento localiza-se junto a EN7, a cerca de 100m do Posto de Controlo da Policia. O
afloramento é do tipo corte de estrada, está do lado direito da estrada principal EN7,
apresentarochas gneissicas com fracturas preenchidas por quartzitos com orientação 220.
Apresentaintercalação de gneisse com cerca de 40 cm, e quartzitos com cerca de 90 cm.
Pode-se constatarfracturas com preenchimento por aragonite, vide figura 27 é, como a
calcite, uma das formascristalinas do carbonato de cálcio, que cristaliza no sistema
ortorrômbico, sendo muito menosestável e mais solúvel em água que a calcite, com a
seguinte fórmula química CaCO3. Formageralmente agregados fibrosos com gesso e
minerais de ferro. Brilho vítreo, sem a excelenteclivagem da calcite, fratura conchoidal.
Forma maclas cíclicas, com a aparência de cristaishexagonais.

35
Fig.41
a) Afloramento 12
Coordenadas
Y: 0598245;
X: 8224300;
Elevação: 349 metros.
O afloramento localiza-se junto a Linha Férrea da Vale que liga a Cidade de Moatize e a
provínciade Nampula passando pela República do Malawi, no povoado de Inhangoma, no
desvio que daacesso a Mina Helin Mining, vide a figura 28. O afloramento é do tipo corte da
linha férrea,apresenta rochas do tipo gabro-anortosito (labradorite)

Fig.42: intercalação de Gabro e Anortosito


b) Afloramento 13
Coordenadas
Y: 0598504;
X: 8224548;

36
Elevação: 351 metros.
O afloramento localiza-se, ainda junto a linha Férrea da Vale, no povoado de Inhangoma, O
afloramento é do tipo corte para da linha férrea. apresenta anortosito cortado por diques
doloríticoscom espessura que varia de 15 a 60 cm, com uma direcção N45E. Também é
visível um segundodique com a mesma orientação que o primeiro.

Fig.43: Afloramento de gabro e anortosito. Rocha castanha dique dolerítico e cinzento-escuro gabro

c) Afloramento 14
Coordenadas
Y: 0598741;
X: 8224455;
Elevação: 355 metros.
O afloramento está localizado no povoado de Inhangoma, ao longo da estrada que vai a Mina
HelinMining, depois de atravessar a linha férrea. Pode-se observar neste ponto as rochas do
tipo Gabroe Anortosito da Suíte de Tete.De salientar que é nesta área onde se localiza a Mina
Helin Mining, que está a fazer extracção deblocos de rochas, vide a figura 30, essencialmente
Gabro e Anortosito, que posteriormente sãousados como rochas de ornamentação depois de
lapidação na Unidade de Processamento emChimoio-Manica

37
Fig.45:Blocos de gabro e anortosito no Site da Mina Helin Mining no Povoado de Inhangoma.

CONCLUSÃO
De modo geral, foi possível concluir que os Rocha que Rocha é um agregado sólido
que ocorre naturalmente e é constituído por um ou mais minerais ou mineralóides. .

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