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SUMÁRIO:

Compreensão de estruturas lógicas: proposições e conectivos lógicos, quantificadores, falácias.


..........................................................................................................................................2
Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções, equivalência e implicação lógica,
argumentos válidos e conclusões. ......................................................................................16
Diagramas lógicos. .............................................................................................................20
Princípios da contagem, técnicas de contagem, princípio multiplicativo, permutações,
arranjos, combinações e probabilidade..........................................................................26

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COMPREENSÃO DE ESTRUTURAS LÓGICAS: PROPOSIÇÕES E CONECTIVOS LÓGICOS,
QUANTIFICADORES, FALÁCIAS.

O assunto estruturas lógicas se divide em:

Proposições lógicas (lógica proposicional)

Conectivos lógicos

Tabela verdade

Tautologia, Contradição e Contingência

PROPOSIÇÕES LÓGICAS (LÓGICA PROPOSICIONAL)

Chama-se proposição toda oração declarativa que pode ser expressa de forma
afirmativa ou negativa, na qual atribuímos um dos valores lógicos verdadeiro (V) ou falso
(F), mas nunca para ambas. Também conhecida por sentença fechada.

São sentenças declarativas afirmativas às quais podemos atribuir apenas um dos valores
lógicos: verdade ou falsidade.

• Janeiro tem 31 dias. (O valor lógico dessa proposição é a verdade.)

• A Terra é quadrada. (O valor lógico dessa proposição é a falsidade.).

• Janeiro tem 31 dias e 2 é um número primo. (O valor lógico dessa proposição é a


verdade.)

PROPOSIÇÕES SIMPLES

É a proposição declarativa que não contém nenhum dos conectivos "e" , "ou", "se ...,
então" e "se, somente se".

Exemplos:

- O número 7 é ímpar;

- Os mamíferos são seres vivos;

- 10: 2 = 5;

- Amanhã não choverá;

2|Página
- Lineu é professor de Matemática; etc.

PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

São proposições declarativas formada por duas ou mais proposições simples, ”ligadas”
através de conectivos como "e" , "ou", "se ..., então" , "se, somente se".

Exemplos:

- Carlos é inteligente e rico;

- Amanhã irei ao Teatro ou ao Mineirão;

- Se amanhã não chover, então sairei de casa;

- Um número natural é ímpar se, e somente se não for par.

Obs.: A verdade ou a falsidade de uma proposição composta, depende do valor lógico


das proposições simples e do conectivo que as conectam.

Classificação das proposições compostas:

Tautologia, Contradição e Contingência

TAUTOLOGIA é uma proposição cujo valor lógico é sempre verdadeiro.


Exemplo:

A proposição p ∨ (~p) é uma tautologia, pois o seu valor lógico é sempre V, conforme a
tabela-verdade.

A proposição (p Λ q) → (p → q) é uma tautologia, pois a última coluna da tabela-verdade


só possui V.

CONTRADIÇÃO é uma proposição cujo valor lógico é sempre falso.

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A proposição p Λ (~p) é contraválida,pois os resultados com verdadeiro e falso sempre
dão falso no final da coluna.

A proposição ~(p ν q) Λ (p Λ q) é contraválida, pois a última coluna da tabela-verdade só


possui F.

CONTINGÊNCIA
Quando uma proposição não é tautológica nem contraválida, a chamamos de
contingência ou proposição contingente ou proposição indeterminada.

CONECTIVOS LÓGICOS

O conectivo lógico é um símbolo ou palavra que usamos para conectar duas ou mais
proposições para que elas sejam válidas, de modo que a proposição composta formada
dependa apenas das proposições que a originou. Por causa dos conectivos conseguimos
dar um valor lógico para esta proposição formada.

As proposições simples podem ser combinadas entre si e, para representar tais


combinações usaremos os conectivos lógicos:

e; ou; ou...ou; se. . . então; se e somente se; não.

SINTAXE:

∧: e ,

∨: ou ,

→ : se...então ,

↔ : se e somente se ,

∼: não

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Exemplos:

• Janeiro tem 31 dias e 2 é um número primo. : p ∧ q

• Janeiro tem 31 dias ou 2 é um número primo. : p ∨ q

• Se janeiro tem 31 dias então 2 é um número primo. : p → q

• Janeiro tem 31 dias se e somente se 2 é um número primo. : p ↔ q

• Janeiro não tem 31 dias. : ~ p

TABELA VERDADE

Tabela verdade é uma tabela matemática usada no campo do raciocínio lógico, para
verificar se uma proposição composta é válida.

TABELA VERDADE DA "NEGAÇÃO"

A negação de uma proposição p é a proposição composta que se obtém a partir de p


antecedida do conectivo lógico “não” ou outro equivalente.

Exemplos:

a) p: Os Atleticanos são fanáticos.

~p: Não é verdade que os Atleticanos são fanáticos.

b) p: Dois é um número ímpar.

~p: É falso dizer que dois é ímpar..

c) p: Os Cruzeirenses são maioria em B.H.

~p: Os Cruzeirenses não são maioria em B.H.

5|Página
P ~P

V F

F V

TABELA VERDADE DA "CONJUNÇÃO"

Uma proposição composta do tipo p e q é chamada de conjunção das proposições p e


q.

P Q P^Q

V V V

V F F

F V F

F F F

TABELA VERDADE DA "DISJUNÇÃO".

OU INCLUSIVO

A disjunção é verdadeira se, e somente, pelo menos uma das proposições simples for
verdadeira.

P Q PvQ

V V V

V F V

F V V

F F F

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OU EXCLUSIVO

É importante observar que "ou" pode ter dois sentidos na linguagem habitual: inclusivo
(disjunção) ∨ e exclusivo ∨

P Q PvQ

V V F

V F V

F V V

F F F

TABELA VERDADE DA "IMPLICAÇÃO" OU “CONDICIONAL”

A proposição composta se p, então q é chamada de condicional, onde p é o antecedente


e q o consequente.

A Condicional é falsa se, e somente se, o antecedente é verdadeiro e o consequente é


falso.

P Q P→Q

V V V

V F F

F V V

F F V

BIZÚ: Vera Fischer é Falsa

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TABELA VERDADE DO “SE E SOMENTE SE” OU "BI-IMPLICAÇÃO"

A bi-implicação é verdadeira se, e somente se as proposições simples forem ambas


verdadeiras ou ambas falsas.

P Q P↔Q

V V V

V F F

F V F

F F V

“ATENÇÃO” MUITO COBRADO EM PROVAS

NÚMERO DE LINHAS DE UMA TABELA-VERDADE:

Cada proposição simples (atômica) tem dois valores V ou F, que se excluem. Para n
proposições simples, o número de linhas da tabela verdade é 2n . Assim, para duas
proposições são 22 = 4 linhas; para 3 proposições são 23 = 8; etc.

EXEMPLO:

QUESTÃO DA BANCA CEBRASPE

1. Considere-se a seguinte proposição P.

P: “O juiz atendeu ao pedido do promotor e determinou a suspensão do porte de arma


do suspeito.”

A quantidade de linhas da tabela-verdade associada à proposição P é igual a

A
32.
B
16.
C
8.
D
2.

8|Página
E
4.
GABARITO LETRA E

Temos duas proposições simples:

O juiz atendeu ao pedido do promotor e determinou a suspensão do porte de arma


do suspeito

Logo, 22 = 4

CONECTIVO NEGAÇÃO EQUIVALÊNCIA


E^ 1. Nega as duas
proposições e troca por
OU
Trabalho e sou rico.
Não trabalho ou não sou
rico.

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2. Nega a segunda
proposição e troca por Se,
Então

Trabalho e sou rico.


Se Trabalho, então não
sou rico
OU v Nega as duas proposições Nega o começo e
e troca por E mantenha o final e troca
Trabalho ou sou rico por Se, Então.
Não trabalho e não sou
Não trabalho ou canso.
rico.
Se trabalho, então canso.

SE, ENTÃO → Nega a última proposição e 1. Inverta a ordem e nega


troca por E. as duas proposições.
Se trabalho, então sou Se trabalho, então canso.
rico.
Se não canso, então
Trabalho e não sou rico. não trabalho.

2. Nega o começo e
mantenha o final e troca
por OU
Se trabalho, então canso.
Não trabalho ou canso.
SE, SOMENTE SE ↔ Troca por Ou...Ou
Sou rico se e somente se
trabalho
Ou sou rico ou trabalho
OU... OU v Troca por Se, Somente se
Ou sou rico ou trabalho
Sou rico se e somente se
trabalho

10 | P á g i n a
QUANTIFICADORES
Quantificadores são palavras ou expressões que indicam que houve quantificação. São
exemplos de quantificadores as expressões: existe, algum, todo, cada, pelo menos um,
nenhum.

Proposição universal afirmativa Todo recifense é pernambucano.


Proposição universal negativa Nenhum recifense é pernambucano.
Proposição particular afirmativa Algum recifense é pernambucano.
Proposição particular negativa Algum recifense não é pernambucano.

NEGAÇÃO DOS QUANTIFICADORES

Proposição Negação
Universal afirmativa (“todo…”) Particular negativa (“algum… não”)
Universal negativa (“nenhum…” ou
Particular afirmativa (“algum…”)
“todo… não…”)
Universal negativa (“nenhum…” ou
Particular afirmativa (“algum…”)
“todo… não …”)
Particular negativa (“algum… não”) Universal afirmativa (“todo…”)

FALÁCIAS
Falácia é um raciocínio que parece lógico e verdadeiro, porém existe alguma falha que
o faz ser falso.

11 | P á g i n a
NA PRÁTICA, COM QUESTÕES DO INSTITUTO AOCP:

1.
Considere a seguinte sentença: “Se consigo ler 10 páginas de um livro a cada dia, então
leio um livro em 10 dias”. Uma afirmação logicamente equivalente a essa sentença
dada é

A
“Consigo ler 10 páginas de um livro a cada dia e leio um livro em 10 dias”.
B
“Se consigo ler 10 páginas de um livro a cada dia, então não consigo ler um livro em 10
dias”.
C
“Se não consigo ler um livro em 10 dias, então não consigo ler 10 páginas de um livro a
cada dia”.
D
“Consigo ler 10 páginas de um livro a cada dia e não consigo ler um livro em 10 dias”.
E
“Se não leio 10 páginas de um livro a cada dia, então não consigo ler um livro em 10
dias”.

GABARITO LETRA C

A equivalência da condicional (Se..., então....) possui três possibilidades:

1º) Mantém o "se..., então..." negando tudo e invertendo.

“Se consigo ler 10 páginas de um livro a cada dia, então leio um livro em 10 dias”

Equivalência= “Se "não" consigo ler um livro em 10 dias, então "não" consigo ler 10
páginas de um livro a cada dia”.

2°) Chama a "NEUMA"= (NEga a primeira OU MAtém a segunda)

“Se consigo ler 10 páginas de um livro a cada dia, então leio um livro em 10 dias”

Equivalência= “Não consigo ler 10 páginas de um livro a cada dia ou leio um livro em 10
dias”

3º) A terceira possibilidade é "dizer" a mesma coisa. Aqui vai da interpretação da


assertiva. Ela costuma ser pouco cobrada, mas quando aparece derruba geral.

2.

12 | P á g i n a
Se não é verdade que “O sistema operacional A é lento e o sistema operacional B não
é o mais caro”, então é verdade afirmar que

A
“Se o sistema operacional A não é lento, então o sistema operacional B não é o mais
caro”.
B
“Se o sistema operacional A não é lento, então o sistema operacional B é o mais caro”.
C
“O sistema operacional A é lento ou o sistema operacional B é o mais caro”.
D
“O sistema operacional A não é lento e o sistema operacional B é o mais caro”.
E
“O sistema operacional A não é lento ou o sistema operacional B é o mais caro”.

GABARILO LETRA E
Quando o anunciado trouxer "se não é verdade que" ou "não é verdade que" a questão
quer a negação do conectivo.

Negação do e : nega tudo e troca pelo ou

Negação do ou : nega tudo e troca pelo e

“O sistema operacional A é lento e o sistema operacional B não é o mais caro”.

No caso, a questão quer a negação do conectivo e.

“O sistema operacional A não é lento ou o sistema operacional B é o mais caro”.

3.
A tabela verdade apresenta os estados lógicos das entradas e das saídas de um dado no
computador. Ela é a base para a lógica binária que, igualmente, é a base de todo o
cálculo computacional. Sabendo disso, assinale a alternativa que apresenta a fórmula
que corresponde ao resultado da tabela verdade dada.

A
(p ^ q)
B
(p v q)

13 | P á g i n a
C
(p → q)
D
(¬ p)
E
(¬ q)

GABARITO LETRA A
NA CONJUNÇÃO (^) SÓ TEM UMA VERDADE
NA DISJUNÇÃO (v) SÓ TEM UMA FALSA
NA CONDICIONAL ( ---> ) É FALSA NA QUANDO VERDADEIRO E FALSO NA
ANTECENDENTE
E CONSEQUENTE, respectivamente.
NA DISJUNÇÃO EXCLUSIVA ( v ), SÓ É VERDADE QUANDO TIVEREM VALORES
DIFERENTES.
NA BICONDICIONAL ( <-> ) SÓ É VERDADE QUANDO OS VALORES SÃO IGUAIS.

4.
Considere as proposições: p = “João gosta de maçãs", q = “Está chovendo aqui". Assinale
a alternativa que corresponde à proposição (~p ˄ ~q).

A
“João gosta de maçãs ou está chovendo aqui".
B
“João não gosta de maçãs ou não está chovendo aqui".
C
“João gosta de maçãs e está chovendo aqui".
D
“João não gosta de maçãs e não está chovendo aqui".
E
“Se João gosta de maçãs, então não está chovendo aqui".

GABARITO LETRA D
p = “João gosta de maçãs”

~p = "João não gosta de maças"

q = “Está chovendo aqui”

~q = "Não está chovendo aqui"

(~p ^ ~q) = "João não gosta de maças E está não chovendo aqui"

14 | P á g i n a
5.
Considerando a proposição composta ( p ∨ r ) , é correto afirmar que

A
a proposição composta é falsa se apenas p for falsa.
B
a proposição composta é falsa se apenas r for falsa.
C
para que a proposição composta seja verdadeira é necessário que ambas, p e r sejam
verdadeiras.
D
para que a proposição composta seja verdadeira é necessário que ambas, p e r sejam
falsas.
E
para que a proposição composta seja falsa é necessário que ambas,p e r sejam falsas.

GABARITO LETRA E

p r pvr

v v v

v F v

F v v

F F F

A proposição composta só será falsa quando ambas (p e r) forem falsas.

15 | P á g i n a
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS, INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES, EQUIVALÊNCIA
E IMPLICAÇÃO LÓGICA, ARGUMENTOS VÁLIDOS E CONCLUSÕES.

ANALOGIAS

Este raciocínio faz comparações (semelhanças) entre casos conhecidos com


desconhecidos.

Exemplos de raciocínio por analogia

Votar em branco é como deixar que outra pessoa escolha o sabor de seu refrigerante.

Se deixar de escolher o sabor do refrigerante e não gostar, não tem direito de reclamar.

Portanto, se votar em branco você não tem o direito de reclamar se o vencedor for um
péssimo governante.

INFERÊNCIAS

Inferência é a ação de inferir, ou seja, deduzir algo tirando uma conclusão. É um método
que parte de uma ou mais premissas para achar novas proposições.

Exemplo 1:
Se eu não tiver aula, eu vou ao cinema

Se eu não tiver aula (premissa verdadeira)

Conclusão: logo, eu vou ao cinema

Exemplo 2:
Se eu não tiver aula, eu vou ao cinema

Eu não fui ao cinema (negando a premissa)

Conclusão: logo, eu tive aula

DEDUÇÃO

A dedução parte de uma certeza (uma premissa universal) para poder chegar a uma
conclusão, ou seja, ela vai do todo a uma parte. Ela parte de algo abrangente para

16 | P á g i n a
descobrir uma verdade particular. Ele tem mais segurança na conclusão por que usa
premissas já aceita pelas pessoas.

Exemplo:

Pedro é natural de Belo Horizonte

Belo Horizonte é uma cidade de Minas Gerais

Quem nasce em Minas Gerais é mineiro

Logo, Pedro é mineiro

INDUÇÃO

É o oposto da dedução, pois parte de casos particulares, buscando semelhanças entre


eles para se definir uma premissa universal, ou seja, ela vai da parte ao todo.

Exemplo:

O cão da Maria tem rabo

O cão do João tem rabo

O cão do Pedro tem rabo

Todo cão é um animal

Logo, todo animal tem rabo

CONCLUSÃO

É uma proposição que tem a resposta final da inferência que foi baseada nas premissas
dadas.

Normalmente ela começa com as expressões logo, por isso, portanto….

17 | P á g i n a
ARGUMENTOS

Considere a seguinte afirmação: “A cidade de São Paulo pertence ao Brasil”. Será que
essa afirmação é verdadeira? Vejamos algumas proposições importantes para
chegarmos a uma conclusão:

 P1: A região Sudeste é uma região do território brasileiro;

 P2: O estado de São Paulo pertence à região Sudeste;

 P3: A cidade de São Paulo está dentro do estado de São Paulo.

Se a cidade de São Paulo está dentro do estado de São Paulo, então ela pertence à região
Sudeste e, por consequência, está no território brasileiro. Logo a cidade de São Paulo
pertence ao Brasil.

Após analisarmos todas as afirmações, é possível confirmar que a cidade de São Paulo
realmente pertence ao Brasil. Mas só foi possível constatarmos a veracidade dessa
afirmação após a análise das proposições P1, P2 e P3. No estudo da lógica matemática,
essas proposições são conhecidas como premissas. A partir dessas premissas, chegamos
a uma conclusão, que pode ser identificada como Q. Podemos agora
definir “argumento”. Uma sequência de premissas que levam a uma conclusão é
conhecida como argumento.

Um argumento constituído por premissas P1, P2,..., Pn e com uma conclusão Q

Um argumento só será considerado válido se todas as premissas tiverem o valor lógico


V, o mesmo da conclusão. Portanto, podemos afirmar que um argumento será válido se
todas as premissas forem verdadeiras e levarem a uma conclusão também verdadeira.
Um argumento não válido é conhecido como FALÁCIA.

Exemplo:

1. Toda leão é um felino;

2. Nenhum felino nasce do ovo;

3. Nenhum leão nasce do ovo;

Temos então composto um argumento, em que as afirmações 1 e 2 são as premissas e


a afirmativa 3 é a conclusão. Podemos concluir que esse é um argumento válido.

Vamos analisar outro exemplo:

1. Em minha escola há meninos e meninas;

2. Existem meninos que não gostam de estudar;

3. Existem meninos da minha escola que não gostam de estudar.

Temos um argumento em que as afirmações 1 e 2 são as premissas e a afirmativa 3 é a


conclusão. Mas a conclusão não é verdadeira, pois não temos premissas que validem a

18 | P á g i n a
conclusão. Portanto, esse argumento não é válido e trata-se de uma falácia, ainda que
o conteúdo seja verdadeiro.

19 | P á g i n a
DIAGRAMAS LÓGICOS

As questões de raciocínio lógico que usam os diagramas utilizam os quantificadores:

Todo/ qualquer

Existe/ pelo menos um/ algum

Nenhum

Eles são muito utilizados em questões que todos fazem algo ou somente alguns fazem
ou nenhum fazem ou fazem os dois.

Por exemplo uma reunião de condomínio que irão decidir sobre duas propostas (A e B).
Eles podem concordar com as duas propostas (todo), com somente uma das
propostas (alguns) ou com nenhuma das propostas (nenhum)

Com o diagrama de Venn fica mais fácil visualizar a situação:

Todo/ qualquer

Exemplo:

Todo mineiro gosta de queijo

20 | P á g i n a
Dois conjuntos: mineiro e gosta de queijo

João gosta de queijo

Diagrama:

João faz parte do conjunto que gosta de queijo e não de mineiro, pois não se especificou
se ele era mineiro ou não.

Existe/ pelo menos um/ algum

Exemplo:

Existem casas azuis

Dois conjuntos: o de casas e as de cor azul

21 | P á g i n a
Nenhum

Exemplo:

Nenhum estudante gosta de matemática

Diagrama:

QUESTÕES COMENTADAS

1.

Considere os conjuntos:

▪ M = {1,2,3,4,5,6,7,8,9}

▪ N = {2,4,6,8}

▪ P = {1,3,5,7,9}

Dessa forma, é correto afirmar que

A
M ⊂ N.
B
M ∩ P = N.
C
P ⊃ M.
D
M = N ∪ P.
GABARITO LETRA D

22 | P á g i n a
M ⊂ N. ------ M está contido N

M ∩ P = N ------- M intersecção de conjuntos P igual N

P ⊃ M. ------ P contém M

M = N ∪ P. ------ M é igual N união de conjuntos P

2.
Um grupo de 200 pessoas foi entrevistado para saber se pagava suas compras em
dinheiro ou utilizava cartão. 70 pessoas disseram que pagavam suas compras apenas
com dinheiro e 90 responderam que pagavam apenas com o cartão. Sabendo que todos
os entrevistados responderam a pesquisa, quantas pessoas fazem suas compras
utilizando os dois, dinheiro e cartão?

A
40.
B
50.
C
55.
D
58.
E
60.
GABARITO LETRA A

200 pessoas

70 dinheiro

90 cartão

90+70 = 160

200- 160 = 40

3.
Em uma pequena cidade, circulam apenas dois jornais diferentes. O jornal A e o jornal
B. Uma pesquisa realizada com os moradores dessa cidade mostrou que 33% lê o jornal
A, 45% lê o jornal B, e 7% leem os jornais A e B. Sendo assim, quantos por cento não
leem nenhum dos dois jornais?

A
15%
B
25%

23 | P á g i n a
C
27%
D
29%
E
35%
GABARITO LETRA D
A questão não afirma que 33% lê APENAS o jornal A ou 45% lê APENAS o jornal B por
isso você tem que subtrair os 7% dos que leem o jornal A e B. Fica assim :

33% - 7% = 26%

45% - 7%= 38%

Somando agora A ,B e AB. 26% +38%+7%= 71%.

100% - 71%= 29%.

4.

Considere os conjuntos A, B e C, dados de tal maneira que: A = {11, 13, 14, 15}; B =
{14,15,16,17}; A ∩ B ∩ C = {14}. Além disso, sabe-se que os números 17, 18, e 19 são
elementos de C, mas não de A e que os números 13 ,18 e 19 são elementos de C, mas
não de B. Então, determine o número de elementos do conjunto C.

A
1
B
2
C
3
D
4
E
5
GABARITO LETRA E

C= 14

C= 17,18,19

C=13

Logo, C= 13,19,17,18,19

5.

24 | P á g i n a
Um grupo de 40 pessoas, em que todas já tinham viajado para ao menos um destino da
Europa ou da Ásia, respondeu a um questionário simples a partir do qual se constatou
que: 22 pessoas já tinham visitado a Ásia e 30 já tinham visitado a Europa. Quantas
pessoas desse grupo tinham visitado os dois continentes citados?

A
52
B
40
C
30
D
22
E
12
GABARITO LETRA E
40 PESSOAS

22 ÁSIA

30 EUROPA

40-22=18

40-30=10

18+10 = 28

28-40 = 12 PESSOAS VIAJARAM PARA OS 2 CONTINENTES

25 | P á g i n a
PRINCÍPIOS DA CONTAGEM, TÉCNICAS DE CONTAGEM, PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO,
PERMUTAÇÕES, ARRANJOS, COMBINAÇÕES E PROBABILIDADE.

PERMUTAÇÃO
A permutação é uma técnica de contagem utilizada para determinar quantas maneiras
existem para ordenar os elementos de um conjunto finito. Fazer uma permuta é realizar
uma troca e, nos problemas de combinatória, significa trocar os elementos de lugar,
considerando a ordenação desses.
PERMUTAÇÃO SIMPLES
é a ordenação dos elementos de um conjunto finito, quando seus elementos não se
repetem, são distintos.
A fórmula para determinar a quantidade de permutações simples é Pn = n!

Considere um conjunto com n elementos. Para organizá-los em uma fila, precisamos


escolher o primeiro e, para isso, temos n possibilidades. Para escolher o segundo, temos
(n-1) possibilidades, uma menos, pois, já usamos uma opção ao escolher o primeiro.
Esse processo continua até que só reste um elemento.

Assim, como a palavra PATO possui 4 letras, temos que

P4 = 4! = 4x3x2x1 = 24

Portanto, há 24 permutações simples para a palavra PATO.

PERMUTAÇÃO COM REPETIÇÃO


Uma permutação com elementos repetidos acontece quando em um conjunto de n
elementos, alguns destes são iguais.

Na fórmula para determinar o número de permutações com repetição, dividimos o


fatorial do número total n de elementos, pelo produto entre os fatoriais dos elementos
que se repetem.

Vamos determinar quantas permutações existem para a palavra OVO. Para facilitar
vamos colorir as letras. Vejamos os anagramas da palavra OVO.

26 | P á g i n a
Devemos dividir o valor de P3 (pois a palavra possui três letras), por P2 (pois a letra O se
repete duas vezes).

Dessa forma, o número de permutações para as letras da palavra OVO é igual a 3.

ARRANJO
Arranjo a ordem dos elementos importa.

Formula arranjo simples:

n → quantidade de elementos que podem ser escolhidos

p → quantidade de elementos por agrupamento

Exercício de fixação resolvido:


Numa sala com 15 alunos, a professora pede para organizar uma chapa com um
presidente e um vice, quantas maneiras distintas podemos formá-la?
A ordem dos alunos importa? Sim pois um aluno pode ser presidente ou vice.

27 | P á g i n a
O siímbolo ! na matemática quer dizer: fatoração, ou seja, 4! quer dizer: 4 x 3 x 2 x 1
A 15,2 = 15! / ( 15 – 2 ) !
A 15,2 = 15! / 13!

A 15,2 = 15.14.13! / 13!


A 15,2 = 15.14
A 15,2 = 210

COMBINAÇÃO
A ordem dos elementos não importa. Exemplo: uma dupla formada por João e Paulo, é
a mesma que Paulo e João.

Fórmula combinação:

Exercício de fixação resolvido


Em uma sala de aula existem 12 alunas, onde uma delas chama-se Carla, e 8 alunos,
onde um deles atende pelo nome de Luiz. Deseja-se formar comissões de 5 alunas e 4
alunos. Determine o número de comissões, onde simultaneamente participam Carla e
Luiz
Comissão de alunas será dada por: C11,4
Comissão de alunos será composta por: C7,3

28 | P á g i n a
O número de comissões, respeitando a condição imposta, será de 11 550.

FÓRMULA DA PROBABILIDADE

Sendo:

P(A): probabilidade da ocorrência de um evento A.


n(A): número de casos favoráveis ou, que nos interessam (evento A).
n(Ω): número total de casos possíveis.

COMO A BANCA COBRA ESSES ASSUNTOS?


1.
Daniele colocou para lavar na máquina 3 blusas vermelhas, 2 blusas amarelas e 1 blusa
azul. Como estava com pressa para sair, estendeu no varal apenas as quatro primeiras

29 | P á g i n a
que pegou da máquina aleatoriamente. Sendo assim, o que podemos, com certeza,
afirmar sobre as blusas que foram estendidas?

A
Pelo menos uma das blusas era vermelha.
B
Exatamente 2 blusas eram vermelhas e 2 amarelas.
C
Pelo menos uma era a blusa azul.
D
Exatamente uma blusa era vermelha, 2 eram amarelas e 1 era azul.
E
Três blusas eram vermelhas e uma era azul.
GABARITO LETRA A
Um simples raciocínio resolve:

Quantas camisas eram no total: 6

Ela tira 4, sendo que

3 são vermelhas

2 amarelas

1 azul

Se você somar as amarelas e as azuis verá que não darão 4, ou seja, ainda que ela tirasse
todas as amarelas e a outra azul, uma necessariamente seria vermelha!!

2.
Lançando uma moeda não viciada por três vezes consecutivas e anotando seus
resultados, a probabilidade de que a face voltada para cima tenha apresentado ao
menos uma cara e ao menos uma coroa é

A
0,66.
B
0,75.
C
0,80.
D
0,98
E
0,50.
GABARITO LETRA B

30 | P á g i n a
KKK

K K C - caso favorável

K C C - caso favorável

CCC

C C K - caso favorável

C K K - caso favorável

K C K - caso favorável

C K C - caso favorável

Casos possíveis => 8

Casos favoráveis => 6

6/8 = 0,75

3.
Uma certa enfermidade, muito comum em pessoas do sexo masculino, é detectada
através de um exame simples. Sabe-se que 3 em cada 5 homens possui essa
enfermidade. Em uma sala de espera, há 3 homens que farão o exame para saber se têm
ou não essa enfermidade. Qual é a probabilidade de, exatamente dois desses três
homens, possuir essa enfermidade?

A
17/50
B
17/150
C
27/75
D
17/125
E
54/125
GABARITO LETRA E
Chance de um homem ter é 3/5, logo, a chance de não ter é 2/5

31 | P á g i n a
A questão pede exatamente que 2 dos 3 homens tenham a doença, não citando ordem,
sendo assim, existindo 3 possibilidades:

TEM - TEM - NÃO TEM --> 3/5 X 3/5 X 2/5 = 18/125

TEM - NÃO TEM - TEM --> 3/5 X 2/5 X 3/5 = 18/125

NÃO TEM - TEM - TEM --> 2/5 X 3/5 X 3/5 = 18/125

soma o de cima: 18+18+18 = 54 e repete o de baixo = 125, ficando 54/125.

4.
Ao jogar três dados, que possuem seis faces numeradas de 1 a 6, e fazer o produto dos
números das faces voltadas para cima, qual é a probabilidade desse produto ser um
número ímpar?

A
1/2
B
3/4
C
3/8
D
1/4
E
1/8
GABARITO LETRA E

Informações:

 São 3 dados; (3 lançamentos)


 Cada dado tem 6 faces;
 Dos 6 temos como números impares os seguintes: 1,3 e 5, isto é, 3 números.
 Qual a probabilidade de que nesses três lançamentos a parte de cima do dado
seja um número ímpar?

Sabemos que a probabilidade é: O que quero divido pelo que tenho, então:

1º lançamento: 3/6

2º lançamento: 3/6

3º lançamento: 3/6

32 | P á g i n a
3/6 . 3/6 . 3/6 = ?

Podemos simplificar para o cálculo ficar melhor...(simplifica por 3)

1/2 . 1/2 . 1/2 =

1.1.1 = 1 e 2.2.2 = 8, melhor dizendo: 1/8

33 | P á g i n a

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