(Daniel Pereira de Sales) - TCC Versão Final - BEE-PEP
(Daniel Pereira de Sales) - TCC Versão Final - BEE-PEP
(Daniel Pereira de Sales) - TCC Versão Final - BEE-PEP
PRESIDENTE EPITÁCIO
2022
DANIEL PEREIRA DE SALES
PRESIDENTE DE EPITÁCIO
2022
Ficha catalográfica elaborada pela Coordenadoria de Biblioteca, IFSP
Câmpus de Presidente Epitácio, com dados fornecidos pelo autor.
CDD – 621.47
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
Prof. Dr. José Guilherme Magalini Santos Dacanini
IFSP Câmpus Presidente Epitácio
Orientador (Presidente)
_______________________________________________________
Prof. Dr. Fernando da Cruz Pereira
IFSP Câmpus Presidente Epitácio
Avaliador
_______________________________________________________
Prof. Dr. Leonardo Ataide Carniato
IFSP Câmpus Presidente Epitácio
Avaliador
Dedico este trabalho aos meus pais, que não
pouparam esforços para que eu pudesse
concluir meus estudos.
AGRADECIMENTOS
Benjamin Franklin
RESUMO
Com o passar dos anos o Brasil avançou no que tange a implantação de tecnologias da
informação e digitais, e isso beneficiou a confiabilidade e automação dos Sistema Elétricos de
Potência (SEP), principalmente as redes de distribuição. Além disso, a implantação da
resolução normativa (REN) 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),
tornou possível a geração de energia para os consumidores cativos instalados junto à sua carga
ou de maneira remota, em razão disso, verificou-se no cenário brasileiro um aumento
significativo de sistemas instalados de fontes renováveis como a solar, eólica e biomassa. As
tecnologias embarcadas nas redes de distribuição até o vigor da REN nº 482/2012 não
considerava um fluxo de potência bidirecional em seus sistemas de distribuição, com isso,
fluxos bidirecionais começaram a surgir, consequentemente, impactos técnicos e operacionais
podem ocorrer devido à inserção das fontes de geração distribuída (GD), por exemplo, elevação
de tensão, sobrecorrente em horários de alto fluxo de geração e inversão de fluxo de potência.
Dentro deste contexto, nesse trabalho é elaborado um estudo e análise das redes de distribuição
e os impactos oriundos da inserção de fontes de geração distribuída. Nessa circunstância, por
meio da ferramenta computacional OpenDSS, realizaram-se simulações em quatro cenários
diferentes variando os níveis de penetração de GD em função do total da carga instalada no
alimentador, as simulações realizadas nesses cenários não consideraram uma variação temporal
e seus resultados representam um ponto de operação específico. Por fim, simulou-se o mesmo
alimentador com fontes geradoras fotovoltaicas distribuídas em barras junto às cargas
instaladas, com o intuito de analisar a característica temporal da geração solar em função da
demanda exigida pela carga. Com a aquisição dos resultados das simulações, foi possível
analisar, interpretar e destacar os impactos que a inserção da GD produz nos sistemas de
distribuição de energia elétrica. Evidenciou-se, por meio das simulações, que o aumento da
penetração de GD ocasionou variação no perfil de tensão do alimentador, a inversão do fluxo
de potência e bem como redução das perdas elétricas no alimentador. Os resultados obtidos
serviram de amparo para analisar e comprovar os impactos da geração distribuída nas redes de
distribuição, além de mostrar que a inserção da geração distribuída oriunda de fontes renováveis
é uma realidade brasileira e um caminho a ser seguido, já que a diversificação da matriz
energética em consonância com o uso de novas tecnologias, como as smart grids, proverá aos
sistemas elétricos de potência maior segurança, eficiência operacional e qualidade no produto
entregue aos consumidores.
Over the years, Brazil has advanced in terms of the implementation of information and digital
technologies, and this has benefited the reliability and automation of the Electric Power Systems
(EPS), especially the distribution networks. In addition, the implementation of normative
resolution (REN) 482/2012 of the Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), made it
possible to generate energy for captive consumers installed next to their load or remotely,
because of this, there was a significant increase in systems installed from renewable sources
such as solar, wind and biomass. The technologies embedded in the distribution networks until
the vigor of REN No. 482/2012, did not consider a bidirectional power flow in their distribution
systems, with this, bidirectional flows began to emerge, consequently, technical and operational
impacts may occur due to the insertion of distributed generation (DG) sources, for example,
voltage rise, overcurrent at times of high generation flow and power flow reversal. Within this
context, this work presents a study and analysis of distribution networks and the impacts arising
from the insertion of distributed generation sources. In this circumstance, through the OpenDSS
computational tool, simulations were performed in four different scenarios varying the DG
penetration level as a function of the total load installed on the feeder, the simulations performed
in these scenarios did not consider a temporal variation and their results represent a specific
operating point. Finally, the same feeder was simulated with photovoltaic generating sources
distributed in bars along the installed loads, in order to analyze the temporal characteristic of
solar generation as a function of the demand required by the load. With the acquisition of the
results of the simulations, it was possible to analyze, interpret and highlight the impacts that the
insertion of DG produces on the electric power distribution systems. It was evidenced, through
the simulations, that the increase of DG penetration caused a variation in the voltage profile of
the feeder, the inversion of the power flow and as well as a reduction of the electrical losses in
the feeder. The results obtained served as support to analyze and prove the impacts of
distributed generation on distribution networks, in addition to showing that the insertion of
distributed generation from renewable sources is a Brazilian reality and a path to be followed,
since the diversification of the matrix energy in line with the use of new technologies, such as
smart grids, will provide electrical power systems with greater safety, operational efficiency
and quality in the product delivered to consumers.
Gráfico 1 ‒ Produção de Energia Primária Brasileira de 2021 por fontes (%). ....................... 21
Gráfico 2 ‒ Capacidade Instalada no SIN: (a) em 2022 (b) em 2026. ..................................... 24
Gráfico 3 ‒ Crescimento da Capacidade Instalada entre 2022 e 2026. .................................... 24
Gráfico 4 ‒ Valores da Curva de Consumo Normalizada. ....................................................... 44
Gráfico 5 ‒ Tensão nas Barras do Alimentador GPR_04 e EPE_01 sem GD.......................... 52
Gráfico 6 ‒ Perfil de Tensão do Alimentador Sem GD. ........................................................... 53
Gráfico 7 ‒ Tensão nas Barras do Alimentador GPR_04 e EPE_01 com 40% de GD. ........... 54
Gráfico 8 ‒ Perfil de Tensão no Alimentador com 40% de GD. .............................................. 55
Gráfico 9 ‒ Tensão nas Barras do Alimentador GPR_04 e EPE_01 com 50% de GD. ........... 56
Gráfico 10 ‒ Perfil de Tensão no Alimentador com 50% de GD. ............................................ 57
Gráfico 11 ‒ Tensão nas Barras do Alimentador GRP_04 e EPE_01 com 60% de GD. ......... 58
Gráfico 12 ‒ Perfil de Tensão no Alimentador com 60% de GD. ............................................ 59
Gráfico 13 ‒ Comparação do Perfil de Tensão nos 4 Cenários. ............................................... 60
Gráfico 14 ‒ Comparação das Perdas Elétricas no Sistema de Distribuição Considerando os 4
Cenários. ................................................................................................................................... 70
Gráfico 15 ‒ Comparação das Perdas Elétricas no Sistema de Distribuição Incluindo um Novo
Cenário com Penetração de 70% de Geração Distribuída. ....................................................... 70
Gráfico 16 ‒ Curva de Potência do Gerador Fotovoltaico. ...................................................... 72
Gráfico 17 ‒ Consumo de Potência sem GFV Operando no Modo Daily. .............................. 73
Gráfico 18 ‒ Consumo de Potência com GFV Operando no Modo Daily. .............................. 74
Gráfico 19 ‒ Fluxo de Potência Consumida pelo Alimentador. ............................................... 75
Gráfico 20 ‒ Consumo de Potência sem GFV na Barra 1053. ................................................. 75
Gráfico 21 ‒ Consumo de Potência com GFV na Barra 1053.................................................. 76
Gráfico 22 ‒ Fluxo de Potência na Barra 1053. ....................................................................... 77
LISTA DE TABELAS
% Porcentagem
GWh Consumo de energia em gigawatts-hora
kcal/kg Unidade de energia por massa
km Unidade de distância em metros
kV Tensão em quilovolts
kVA Potência aparente em quilovoltampère
kVAr Potência reativa em quilovoltampère reativo
kW Potência em quilowatts
kWp Potência em quilowatts pico
MVA Potência aparente em megavoltampère
MW Potência em megawatts
TEP Tonelada equivalente de petróleo
Ω/m Resistência elétrica por metro
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 15
2 MATRIZ ENERGETICA BRASILEIRA.......................................................... 18
2.1 MATRIZ ENERGÉTICA DE PRODUÇÃO ..................................................... 19
2.2 MATRIZ ENERGÉTICA DE CONSUMO ....................................................... 21
3 CAPACIDADE DE GERAÇÃO E CRESCIMENTO DA GERAÇÃO
DISTRIBUÍDA NO BRASIL .............................................................................. 23
4 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ...................... 26
5 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA ................................................................................ 30
5.1 PRINCIPAIS TIPOS DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA .................................... 30
5.2 REGULAMENTAÇÃO ....................................................................................... 32
5.3 IMPACTOS NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO .................................................. 35
6 OPEN DSS ............................................................................................................ 37
6.1 CONCEITOS BÁSICOS ..................................................................................... 38
6.2 SINTAXE DA LINGUAGEM DE COMANDO ................................................ 40
7 DESCRIÇÃO DO CASO ..................................................................................... 42
7.1 CARGAS ............................................................................................................... 43
7.2 CABOS E CONEXÕES ....................................................................................... 44
7.3 TRANSFORMADORES ..................................................................................... 46
7.4 GERADORES....................................................................................................... 46
8 SIMULAÇÃO E RESULTADOS ....................................................................... 50
8.1 PERFIL DE TENSÃO ......................................................................................... 50
8.1.1 Cenário Base – Sem GD........................................................................................ 51
8.1.2 Cenário – Penetração de 40% de Geração Distribuída ....................................... 53
8.1.3 Cenário – Penetração de 50% de Geração Distribuída ....................................... 55
8.1.4 Cenário – Penetração de 60% de Geração Distribuída ....................................... 57
8.1.5 Comparação do Perfil de Tensão Considerando os 4 Cenários .......................... 59
8.2 FLUXO DE POTÊNCIA E PERDAS ELÉTRICAS ........................................ 60
8.2.1 Cenário Base – Sem Geração Distribuída ............................................................ 62
8.2.2 Cenário – Penetração 40% de Geração Distribuída ............................................ 63
8.2.3 Cenário – Penetração 50% de Geração Distribuída ............................................ 65
8.2.4 Cenário – Penetração de 60% de Geração Distribuída ....................................... 67
8.2.5 Comparação Entre os 4 Cenários ......................................................................... 68
8.2.6 Análise do fluxo de potência com variação temporal .......................................... 71
9 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 78
9.1 PESQUISAS FUTURAS ...................................................................................... 79
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 80
ANEXO A – Coordenadas das Barras.................................................................................. 84
ANEXO B – Alimentador ...................................................................................................... 85
15
1 INTRODUÇÃO
Podemos notar na Figura 1 que a grande maioria dessas unidades geradoras são de
origem fotovoltaica. Além disso, dentro das unidades geradoras notamos que a participação em
potência é majoritariamente gerada na própria unidade consumidora e na sua grande maioria
alocadas em residências e comércios (EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA, 2021).
Desta forma, percebe-se a grande quantidade de potência instalada dentro dos grandes centros
consumidores.
Segundo PABLA (2005), a maior parcela das perdas elétricas está concentrada nos
sistemas de distribuição, perdas que acontecem tanto nos alimentadores primários,
17
Nota-se que até os anos 2000 o Brasil manteve sua matriz energética majoritariamente
composta por fontes renováveis. Todavia, a partir deste período o país mudou o seu cenário e
apresentou um aumento na produção de energia de fontes não renováveis.
Na Figura 3 verifica-se que a produção de petróleo cresceu, tal fato se deve pelos
crescentes investimentos nas extrações de petróleo impulsionados pelo pré-sal (PETROBRAS,
2022). De modo que em 2021, representava 45% da produção de energia primária, seguido pela
cana-de-açúcar com 15%, o gás natural com 14% e a energia hidráulica com 9%, já a energia
primária proveniente do sol na matriz energética de produção apresenta como 0% devido baixa
contribuição.
20
Figura 3 ‒ Produção de Energia Primária Brasileira de 1970 a 2021 por fontes (%).
NÃO RENOVÁVEL
Petróleo 150386
Gás Natural 48462
Carvão Vapor 2640
Carvão Metalúrgico 0
Urânio (U308) 343
Outras Não Renováveis 1829
RENOVÁVEL
Energia Hidráulica 31202
Lenha 26083
Produtos da Cana 49423
Eólica 6217
Solar 1441
Outras Renováveis 18525
Fonte: EPE (2021) – Adaptada pelo autor.
21
Quando se trata da matriz energética de consumo, o Brasil se destaca pelo uso de fontes
renováveis. Isso é reflexo dos investimentos que aconteceram na década de 1990 que
permitiram uma melhor estruturação da infraestrutura, que consequentemente incentivou o
consumo.
No Brasil, em 2021, a matriz energética de produção, na qual se insere as fontes de
energia destinadas à transporte e à eletricidade, era composta por 39,5% de fontes renováveis.
Já na ótica da matriz energética de consumo (matriz elétrica), o percentual do uso das fontes
renováveis aumenta para 75%, para o mesmo ano (EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA,
2021; KRELL e SOUZA, 2021).
As fontes de geração de energia consumida no Brasil no ano de 2021, em porcentagem
e em GWh, são mostradas no Gráfico 1 e Tabela 2, respectivamente.
Ferraz e Codiceira (2017) destacam que o Brasil é um país considerado acima da média
global, em vista da sua participação de energias renováveis na distribuição da matriz energética,
porém existe a necessidade de diversificar a matriz energética a fim de tornar mais eficiente a
produção de energia. Ademais, os autores expressam políticas de incentivos sancionadas pelo
governo, que tem como princípio ajudar a crescer a instalação de energias renováveis como a
energia solar em residências.
23
Figura 5 ‒ Exemplo de Rede de Distribuição: (a) Radial Sem Laterais, (b) Radial Com Laterais e (c)
Fracamente Malhada.
controle do trânsito de carga pela rede de transmissão e de distribuição passará a ser definida
como macrorede. De tal forma, atinge-se o objetivo de aumentar a capacidade de integração de
geração distribuída das centrais de microgeração ou microprodução de energia nas redes
elétricas (CHIANG et al., 2008). Além disso, a implantação dessas tecnologias para o
gerenciamento das redes poderá favorecer a redução das perdas e o aumento da eficiência dos
sistemas como um todo (SMART E-NERGY, 2010).
Dentro desta perspectiva, no próximo capítulo será apresentada a geração distribuída,
contemplando de forma macro os impactos na qualidade de energia elétrica, e sua contribuição
para que as redes de distribuição operem respeitando as diretrizes preestabelecidas pelos órgãos
reguladores.
30
5 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
• Energia Eólica
• Energia de Biomassa
5.2 Regulamentação
Sancionada no dia 6 de janeiro de 2022, a lei 14.300 institui o marco legal da geração
distribuída no Brasil, de tal forma que as unidades consumidoras ainda poderão produzir sua
própria energia que utilizam a partir de fontes renováveis.
As principais mudanças em relação aos benefícios cedido pela ANEEL são em função
da carga instalada das minigerações distribuídas, onde o limite de potência anteriormente era
de 5MW, agora passa para 10MW, outro ponto relacionado a transição é a cobrança de tarifas
em cima dos encargos da distribuição (o chamado “Fio B”), esses pagamentos serão relativos à
remuneração dos ativos do serviço de distribuição, da depreciação dos equipamentos da rede e
dos custos de operação e manutenção do serviço (AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS,
2022).
Como exposto no Capítulo 3, a energia fotovoltaica vem crescendo muito e é uma das
mais presentes aos meios urbanos, por conta da sua facilidade e fácil acesso. Todavia, esses
impactos foram estudados por Shayani (2010) e serão apresentados a seguir:
• Distorção harmônica;
• Regulação de tensão;
• Estabilidade do sistema elétrico;
• Ilhamento não-intencional;
• Faltas à terra;
• Escoamento capacitivo de inversores sem transformadores.
6 OPENDSS
informações que foram solicitadas, como por exemplo as perdas do sistema. Para uma análise
mais detalhada dessas informações, medidores de energia podem ser instalados em pontos
estratégicos para apresentar os fluxos no decorrer de um intervalo de tempo.
Com essas informações é possível também gerar gráficos onde as espessuras das linhas
representaram os fluxos, tensões, correntes ou perdas que foram medidas, entretanto para
representar graficamente essa função é necessário declarar as coordenadas espaciais das barras
do sistema (DUGAN, 2016).
Dentro do sistema elétrico de potência, cada elemento seja ativo ou passivo, é composto
por um ou mais terminais, e cada terminal pode ter um ou mais condutores. Desse modo, um
dispositivo polifásico, de N fases, terá os seus primeiros terminais representando as fases, em
sequência os outros terminais serão neutros ou não transmite potência, como apresentado na
Figura 7.
Para o OpenDSS uma barra é apenas um ponto de conexão dos condutores provenientes
de elementos dos circuitos, ou seja, o barramento não existe para o programa, até que seja
necessário à sua utilização para a conexão de elemento, com isso, para declarar uma nova barra,
basta declarar um elemento conectado a ela.
39
Os elementos assim que criados terão uma quantidade definida de terminais, e serão
nomeados em ordem numérica, sendo ela [1, 2, 3, ...], e sua conexão entre o elemento e o
barramento pode ser feita de todas as formas de conexões já existentes. Em vista disso, o
barramento que possuir um elemento trifásico, suas conexões serão realizadas nos nós 1, 2, 3 e
o nó 0 sempre será a tensão de referência, o neutro ou aterramento do sistema (zero volts).
Os elementos passivos na grande maioria possuem dois ou mais terminais polifásicos,
onde a função básica desses elementos é o transporte de energia, e sua representação no
programa é feita por meio das suas impedâncias, como disposto na Figura 8.
Dentre os comandos, citam-se os mais comuns, que são: New, Set, Edit, Show e Export.
O comando Set é utilizado para alteração ou configurações de opções que serão aplicadas em
todo o circuito, pode ser empregado para estabelecer tipos de soluções, como selecionar modos
de soluções de fluxo, modo Daily e Snap, também estabelecer valores de tensões de base para
simplificação na apresentação dos resultados. Exemplos:
comando Export salvará na pasta (onde o arquivo fonte está localizado) um arquivo no formato
*.CSV, também com as informações solicitadas. Exemplos:
Show Powers
Show Voltages
Show Losses
Export Voltages
Export Losses
Os parâmetros, Effcurve e P-Tcurve, são curvas de dados que são fornecidos pelos
fabricantes dos módulos fotovoltaicos e os parâmetros Daily e Tdaily, são respectivamente
valores em pu da irradiação e a temperatura do ambiente, ambos em um intervalo de 24h.
42
7 DESCRIÇÃO DO CASO
7.1 Cargas
TOTAL 13,41
7.3 Transformadores
• Nome – TR1
• Tensão (kV): Primário – 66, Secundário – 13,8
• Impedância (pu): 14,03
• Potência (MW): Primário – 20, Secundário – 20
• Conexão: Primário – Delta, Secundário – Estrela
7.4 Geradores
Os geradores foram alocados nas barras finais de alguns ramos alimentadores, i.e.,
barras 1093, 1023, 1024, 1043 e 1053. A representação da localização dos geradores também é
apresentada na Figura 10.
Como comentado anteriormente, é importante ressaltar que a potência dos geradores
sofrerá mudanças nos diferentes cenários a serem simulados.
Todos os geradores utilizados para o devido estudo apresentam os mesmos parâmetros
e são dispostos abaixo:
• Fases: 3
• Tensão (kV): 0,22
• Potência Trifásica (kW):
o 40% de Penetração: 1072 kW
o 50% de Penetração: 1340 kW
o 60% de Penetração: 1600 kW
• Fases: 3
• Tensão (kV): 0,22
• Potência do Inversor (kVA): 500
• Máxima potência dos painéis (kVA): 432
48
Além dos valores em função do tempo, tem-se mais duas variáveis que caracterizarão
um comportamento temporal e oscilatório para o gerador fotovoltaico, a curva de potência
versus temperatura, a qual dispõe a proporção de potência que será fornecida pelos painéis em
função da temperatura que os painéis estão operando, que está totalmente relacionada ao vetor
49
8 SIMULAÇÃO E RESULTADOS
Por fim, será empregado o modo Snap, por meio do qual serão utilizados valores fixos
de carga e geração.
Nota-se que as barras 1041 e 1941 operam no limite dos valores de tensão classificados
como adequados pela ANEEL, já as barras 1042 e 1043 operam com níveis de tensão precários,
resultando em uma operação inadequada.
Para facilitar a visualização, no Gráfico 5 está disposta a curva do perfil de tensão do
ramo alimentador GPR_04 e EPE_01.
Tabela 12 ‒ Tensão nas Barras do Alimentador GPR_04 e EPE_01 com 40% de GD.
Tensão
Barra
(PU)
1000 1,00
1200 0,9887
1081 0,9632
2100 0,9567
1041 0,9524
1941 0,951
1042 0,9498
1043 0,9531
Fonte: Elaborada pelo autor.
Gráfico 7 ‒ Tensão nas Barras do Alimentador GPR_04 e EPE_01 com 40% de GD.
Deve-se enfatizar que analisando o gráfico acima é possível constar com facilidade a
inversão do sentido do fluxo no que tange o trecho relativo às barras 1042-1043, i.e., o fluxo de
55
potência flui da barra 1043 para a 1042, onde se nota que ao invés de se ter uma queda de tensão
da barra 1042 para 1043, há uma elevação da tensão (inversão do sentido do fluxo
potência/corrente, consequentemente inversão no sentido da queda de tensão).
No Gráfico 8 está disposto o perfil de tensão de todo o alimentador, operando nesse
cenário, em função da distância.
Gráfico 8 ‒ Perfil de Tensão no Alimentador com 40% de GD.
Não diferente dos cenários anteriores, agora tem-se um aumento de penetração da GD,
cujos resultados expressarão os valores de tensão nos ramos alimentadores quando o nível de
penetração operar em 50%.
Na Tabela 13 estão dispostos os valores de tensões nas barras que estão conectadas no
ramo alimentador GPR_04 e EPE_01.
56
Tabela 13 ‒ Tensão nas Barras do Alimentador GPR_04 e EPE_01 com 50% de GD.
Tensão
Barra
(PU)
1000 1,00
1200 0,9894
1081 0,9655
2100 0,9595
1041 0,956
1941 0,9552
1042 0,9553
1043 0,9603
Fonte: Elaborada pelo autor.
Nos cenários atual e anterior, com penetração de 50% e 40% de GD, respectivamente,
tem-se todas as barras do ramo alimentador selecionado operando dentro dos padrões aceitáveis
estabelecidos pela ANEEL. Assim, pode-se inferir que este ramo alimentador em análise
propicia maior confiabilidade e estabilidade para um adequado suprimento da carga.
Para facilitar a visualização, no Gráfico 9 está apresentada a curva do perfil de tensão
do ramo alimentador GPR_04 e EPE_01.
Gráfico 9 ‒ Tensão nas Barras do Alimentador GPR_04 e EPE_01 com 50% de GD.
Tabela 14 ‒ Tensão nas Barras do Alimentador GRP_04 e EPE_01 com 60% de GD.
Tensão
Barra
(PU)
1000 1,00
1200 0,99
1081 0,9677
2100 0,9621
1041 0,9595
1941 0,9593
1042 0,9606
1043 0,9672
Fonte: Elaborada pelo autor.
A mesma análise relativa à inversão do fluxo e perfil de tensão é válida para este caso,
no qual é ainda mais acentuado visto o aumento da inserção da GD. Deve-se ressaltar, que o
mesmo procedimento de avaliação é válido para todos alimentadores/trechos deste sistema de
distribuição teste, o qual pode ser aplicado e observado via análise do Gráfico 12.
59
Nesta seção será realizada a comparação dos níveis de tensão das barras do ramo
alimentador em análise operando nos quatro cenários supracitados, a fim de se verificar de
forma gráfica o impacto do incremento da geração distribuída no perfil de tensão do sistema.
Portanto, apresenta-se no Gráfico 13 os perfis de tensão do ramo alimentador GPR_04 e
EPE_01 obtido via simulação no software OpenDSS considerando a rede de distribuição sem
GD, e com a inserção de 40%, 50% e 60% de GD.
60
Avaliando o Gráfico 13 nota-se claramente uma melhoria nos níveis de tensão quando
se aumenta a penetração de GD no alimentador, ressalta-se que foi selecionado para esta análise
mais detalhada um ramo alimentador que possuía barras em operação com níveis mais críticos
de tensão.
Desse modo, pode-se concluir que a presença de geradores próximos a carga provê
melhoria no perfil de tensão do sistema, tendo em vista que se reduz a corrente advinda
(solicitada) do sistema de transmissão, ocasionando consequentemente menores quedas de
tensão nos condutores do sistema de distribuição, proporcionando assim, uma melhoria do
perfil de tensão da rede. Salienta-se que, a inserção de geração distribuída oriunda de fontes
renováveis é de extrema importância para o desenvolvimento socioeconômico do país, mas
especificamente, a geração fotovoltaica por possui maior capacidade de suprimento nos
períodos em que há maior consumo, i.e., possibilita desafogar o atual sistema energético
brasileiro.
Após o circuito ser simulado no OpenDSS, executando o comando Show Powers, será
criado um arquivo *.TXT, o qual apresenta todos os elementos presentes no circuito ativo, o
61
valor de potências ativas (kW), potências reativas (kVAr) e as perdas totais no sistema. No
arquivo consta a potência que entra no terminal do elemento e a potência que sai, com isso é
possível analisar as perdas de cada elemento individualmente.
Ressalta-se que considerou que as GD e cargas sempre estão despachando e
demandando seus valores máximos de potência (modo Snap), respectivamente.
Nos geradores fotovoltaicos modelados por meio do elemento PVSystem a potência
injetada está diretamente relacionada à irradiação e temperatura preestabelecidas e as cargas
obedecem a curva de consumo diária conforme descrito no Capítulo 7. Para tais simulações,
espera-se analisar o impacto do comportamento temporal dos geradores fotovoltaicos ao longo
do dia. Deste modo, empregou-se na simulação o modo Daily.
Desta maneira, as simulações que fundamentam esta seção apresentarão os fluxos de
potência do sistema, possibilitando verificar as alterações das potências circulantes e seus
sentidos decorrentes do aumento da penetração da geração distribuída. Concomitantemente,
avaliam-se as reduções das perdas nos condutores, visto que a inserção dos geradores será
realizada próxima às cargas, diminuindo consequentemente a corrente demandada da
concessionária de transmissão que circulará pelo sistema de distribuição de energia elétrica.
Deve-se enfatizar que com uma penetração considerável de geração distribuída há a
necessidade de reavaliar os níveis de corrente em cada ramo e tronco do alimentador, e
obviamente as bitolas dos cabos da rede, isto se deve ao fato que pode ocorrer uma notória
diminuição de corrente advinda da fonte (início do alimentador), onde se tinha condutores de
maiores bitolas antes da inserção da GD, e um acréscimo nos valores das correntes circulantes
nos trechos próximos ao local onde foi alocada a GD, onde antes podem ser compostos por
condutores de bitolas menores, visto que havia menos corrente circulante (principalmente em
fim de trecho). Consequentemente, podendo ocasionar aumentos significativos nas perdas
elétricas. Neste sentido, deve-se avaliar possibilidades/necessidades de troca de condutores.
Portanto, os resultados relativos ao fluxo de potência e às perdas no sistema de
distribuição considerando os cenários previamente especificados são apresentados nos
próximos tópicos, assim como será apresentada a perda elétrica no trecho de linha de
distribuição que conecta a barra 1042 à barra 1043, na qual está alocada um gerador
fotovoltaico.
62
Uma ferramenta presente no software OpenDSS, que possibilita uma fácil visualização
e interpretação gráfica do fluxo de potência no sistema, corresponde à função Plot. Esta função
apresenta a proporção de potência que circula no alimentador por meio das espessuras das linhas
do diagrama da rede. Neste sentido, o fluxo de potência no sistema de distribuição sem inclusão
da geração distribuída é mostrado na Figura 12.
Em relação às perdas elétricas, neste cenário base, no qual não se tem penetração de
GD, estão dispostas na Tabela 16.
No que tange as perdas elétricas no trecho de linha que conecta a barra 1042 à barra
1043, neste cenário base, no qual não se tem penetração de GD, foi de 0,22 kW.
Analisando este cenário base, no qual o sistema de distribuição não possui geração
distribuída, observa-se que toda a potência que alimenta as cargas é advinda da subestação,
elemento VSource. Consequentemente, nota-se a concentração de fluxo de potência no início
do alimentador, i.e., próximo à subestação, conforme facilmente verificado avaliando a Figura
11. Assim, com a circulação de correntes de altos valores por grandes trechos do alimentador
tem-se maiores perdas elétricas nos elementos do sistema.
Tabela 17 ‒ Fluxo de Potência na Subestação e nos Geradores Fotovoltaicos com 40% de Penetração.
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Fluxo de Potência
BARRA Potência Ativa (kW) Potência Reativa (kVAr)
SE 1000 -8331,20 -6288,70
GFV1 1093 -1072,00 0,00
GFV2 1023 -1072,00 0,00
GFV3 1024 -1072,00 0,00
GFV4 1043 -1072,00 0,00
GFV5 1053 -1072,00 0,00
Fonte: Elaborada pelo autor.
Quanto às perdas elétricas, neste cenário atual, no qual se tem a penetração de 40% de
GD, estão descritas na Tabela 18.
No que tange as perdas elétricas no trecho de linha que conecta a barra 1042 à barra
1043, neste cenário, no qual se tem penetração de 40% de GD, foi de 5,28 kW, i.e., aumento
das perdas elétricas em relação ao cenário base de 24 vezes.
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Avaliando este cenário, com 40% de GD, observa-se que o fluxo de potência não é mais
totalmente provido por meio da subestação, ou seja, os geradores fotovoltaicos presentes nos
finais das linhas, próximos às cargas, atuam injetando potência, conforme disposto na Tabela
17, e consequentemente reduzindo a corrente advinda da subestação que circulava por todo o
alimentador, ocasionando redução de perdas. Comparando os resultados mostrados nas Tabelas
16 e 18 corrobora com o relatado anteriormente, i.e., redução de perdas de 5,49% para 2,71%.
As perdas elétricas, considerando este cenário com penetração de 50% de GD, estão
descritas na Tabela 20.
No que tange as perdas elétricas no trecho de linha que conecta a barra 1042 à barra
1043, considerando esse cenário com penetração de 50% de GD, foi de 8,72 kW, i.e., aumento
das perdas elétricas em relação ao cenário base de 39 vezes.
Analisando e comparando as Tabelas 18 e 20, observa-se que com um acréscimo de
10% de penetração da GD houve redução de perdas de 2,71% para 2,47%, ou seja, mais carga
sendo alimentadas pelas fontes próximas (descentralizadas), que ocasionam reduções de
correntes nos ramos e consequente redução de perdas.
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Por fim, será analisada a inserção de 60% de geração distribuída no que tange o fluxo
de potência e as perdas no sistema de distribuição teste. Realizando-se as devidas simulações
no software OpenDSS, obtiveram-se os resultados relativos ao fluxo de potência na subestação
e nos geradores fotovoltaicos apresentados na Tabela 21.
As perdas elétricas, considerando este cenário com inclusão de 60% de GD, estão
descritas na Tabela 22.
No que tange as perdas elétricas no trecho de linha que conecta a barra 1042 à barra
1043, considerando esse cenário com penetração de 60% de GD, foi de 12,83 kW, i.e., aumento
das perdas elétricas em relação ao cenário base de 58 vezes.
Observa-se que neste cenário houve uma pequena redução das perdas elétricas quando
comparado ao cenário com 50% de geração distribuída, porém pode-se inferir que novos
acréscimos na geração distribuída poderão ocasionar aumento de perdas, tendo em vista que
poderá haver circulação de maiores correntes por cabos de bitolas inferiores (fim de trecho)
visando o suprimento de cargas presentes no início do alimentador, ou seja, a ideia básica da
geração distribuída, a priori, é o suprimento das cargas situadas próximas à esta geração. Uma
inversão considerável do fluxo de potência ocasionará possivelmente problemas de sobretensão
no sistema e extrapolará o limite de capacidade de condução de corrente dos condutores
presentes no fim de linha, onde estão alocados os geradores fotovoltaicos. Dentro deste
contexto, realizou-se uma breve simulação para averiguação apenas das perdas considerando a
inserção de 70% de geração distribuída, os resultados comprovam o que foi inferido acima, i.e.,
as perdas nos cabos foram de 206 kW, nos transformadores de 132,4 kW, perdas totais de 338,5
kW, e percentual total de perdas de 2,52%, ou seja, comprovando que um aumento
indiscriminado de inserção de geração distribuída ocasiona uma inversão no sentido da curva
de perdas (aumento das perdas).
subestação, ocasionando redução das perdas elétricas do sistema. Deve-se enfatizar que a
depender do nível de penetração da geração distribuída, pode alterar substancialmente o fluxo
de potência e as correntes circulantes pelos ramais da rede, devendo ser realizado novos estudos
e verificações no que tange a capacidade limite de condução dos condutores presentes em cada
ramal, uma reavaliação da coordenação e seletividade do sistema e as perdas elétricas podem
aumentar.
Em uma análise micro, considerando o sistema sem GD e com penetrações de 40%,
50% e 60%, obteve-se uma redução na potência ativa proveniente da subestação de 38%, 48%
e 58%, respectivamente.
As perdas elétricas no sistema considerando os cenários supracitados são apresentadas
na Tabela 23.
Analisando o gráfico acima observa-se uma redução considerável das perdas elétricas
no sistema com a inserção da geração distribuída, mais especificamente, houve redução 49%,
53% e 54% das perdas considerando os cenários de inclusão da GD, 40%, 50% e 60%, em
relação ao sistema sem GD, respectivamente. É importante observar o comportamento da curva
de perdas, destacada em vermelho, há uma redução considerável de perdas com o início da
inclusão da geração distribuída, e há uma tendência de inversão do sentido da curva quando se
observa o seu comportamento considerando a inclusão de 50% e 60% de geração distribuída.
Assim, realizou-se a simulação do sistema com a presença de 70% de geração distribuída, com
intuito de verificar o quantitativo de perdas com este acréscimo de 10% de geração distribuída
e o comportamento da curva de perdas no que tange o índice de penetração de GD, o qual pode
ser constatado no Gráfico 15.
Gráfico 15 ‒ Comparação das Perdas Elétricas no Sistema de Distribuição Incluindo um Novo Cenário
com Penetração de 70% de Geração Distribuída.
Figura 16 ‒ Presença dos Geradores Fotovoltaicos no Sistema de Distribuição para Análise do Fluxo
se Potência com Variação Temporal.
Observa-se que às 13h, 14h e 15h cada gerador fotovoltaico fornece, respectivamente,
346,5 kW, 346,5 kW e 351,3 kW. Todavia, vale ressaltar que no sistema de distribuição há 22
geradores fotovoltaicos idênticos, assim apresenta-se na Tabela 24 os valores totais de potência
ativa injetada na rede nos horários supracitados.
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Analisando o gráfico acima observa-se que o horário com o maior pico de fornecimento
de energia é às 16h, de modo que cada fase fornece para o circuito uma potência de 4,5 MW,
totalizando uma potência total nesse período de 13,5 MW. Ressalta-se que o gráfico apresenta
os valores das potências fornecidas por fase, e por se tratar de um sistema trifásico composto
por linhas e cargas equilibradas faz com que as curvas das outras fases fiquem sobrepostas.
Em seguida, foram inseridos os geradores fotovoltaicos de maneira distribuída, a fim,
de demostrar os efeitos dessa implantação. Dentro dessa perspectiva, percebe-se uma notória
74
Neste momento será realizada a análise da barra 1053, por meio da qual pode-se
observar a potência que a carga está solicitando da rede ao longo do dia e comparar o
comportamento do fluxo de potência depois da inserção do GFV conectado à barra. Nesta
perspectiva, observa-se a mudança do fluxo de potência quando se tem uma alta geração de
energia ocasionada pela alta irradiação solar versus um consumo menor do que a potência
injetada pelo gerador.
No Gráfico 20 ilustra-se a característica inicial da potência consumida pela carga
alocada na barra 1053, sem a interação do gerador fotovoltaico.
9 CONCLUSÃO
Como sugestões para pesquisas futuras baseado na análise dos impactos da inserção da
geração distribuída nas redes de distribuição, tem-se:
REFERÊNCIAS
CAMARGOS, Ronaldo Sérgio Chacon. Método para a identificação dos limites de geração
distribuída fotovoltaica que alteram a necessidade de reforços detectada pelo
planejamento da expansão de sistemas de distribuição de média tensão. 2016. xxi, 195 f.,
il. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) — Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
81
CHIANG, W. J.; JOU, H. L.; WU, J. C. Maximum power point tracking method for the
voltage-mode grid-connected inverter of photovoltaic generation system. International
Conference Sustainable Energy Technologies (ICSET), p. 1- 6, 2008.
DUGAN, R. C. Reference guide – the open distributions system simulator (opendss). EPRI,
2016.
ESFERA, Blog: Entenda o que é energia de biomassa e seu papel na matriz energética
brasileira. 2021. Disponivel em: https://esferaenergia.com.br/blog/fontes-de-energia/energia-
biomassa/. Acesso em: 07 out 2022
PABLA, A. S. Electric Power Distribuition. New York: McGraw-Hill, 2005. Xiii, 878 p.
(Mcgraw-Hill Professional Engineering)
REIS, Lineu Belico D.: Geração de Energia Elétrica. Bd. 2. 1º. Manole, 2011. – ISBN 978-
85-204-4308-8
SMART E-NERGY. País diferente, diferentes desafios no smart grid. Grupo Editorial
Bolina, n. 4, nov./dez. 2010. Disponível em: www.smartenergyonline.com.br. Acesso em: 02
out. 2022.
VIGLIO, José Eduardo et al. Narrativas científicas sobre petróleo e mudanças do clima e
suas reverberações na política climática brasileira. Sociologias, v. 21, n. 51, 2019.
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ANEXO B – Alimentador