Risco Biologico

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GRUPO SER EDUCACIONAL

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA – UNAMA


CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ANA BEATRIZ VASCONCELOS

ANA CAROLINE GARCIA MACIEL

DAIANA FELEOL FARIAS

FLÁVIA LORRANE DE SOUZA VIANA

HEVELLYN FERNANDA LIMA BARROS

LORENA DA CRUZ GALVÃO

MIRELA SAMIRA VIANA ALVES

RAÍSSA KARINE SÁ FIGUEIREDO

RAISSA SOUZA DA ROCHA

VITÓRIA ALVES

RISCOS BIOLÓGICOS NO AMBIENTE HOSPITALAR

SANTARÉM PARÁ

2024
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................3

2 O QUE É RISCO BIOLÓGICO? ......................................................................4-5

3 QUAL A CLASSIFICAÇÃO? ..............................................................................6

3.1 Classe risco 1 ...........................................................................................................6

3.2 Classe risco 2 ...........................................................................................................6

3.3 Classe risco 3 ...........................................................................................................6

3.4 Classe risco 4 ...........................................................................................................6

4 COMO PREVENIR O AMBIENTE HOSPITALAR? .......................................7

5 COMO ME PROTEGER? .....................................................................................8

6 ELIMINAÇÃO ADEQUADA DOS RESÍDUOS HOSPITALARES ................9

7 NORMAS DE SEGURANÇA................................................................................10

8 IMP. DE LAVAR AS MÃOS ANTES E DEPOIS DOS PROCEDIMENTOS..11-12

9 LIMPAR E DESINFETAR O AMBIENTE HOSPITALAR..............................13-14

10 QUAL A IMPORTÂNCIA DE TREINAMENTO DA EQUIPE?.....................15-16

11 ARTIGO...................................................................................................................17-21

12 CONCLUSÃO.............................................................................................................22

REFERÊNCIAS...................................................................................................................
1.INTRODUÇÃO

O risco biológico está presente em vários ambientes laborais, entre eles, os hospitais,
sendo uma grande ameaça para os profissionais da saúde. Pelo fato de acidentes provocados
por esse tipo de agente afetarem o bem-estar e qualidade de vida dos integrantes da equipe,
bem como para o pleno funcionamento da rotina hospitalar, é indispensável programar
medidas que capazes de evitar que esses eventos ocorram.

Pensando nisso, elaboramos este artigo para mostrar como prevenir e minimizar
os riscos biológicos presentes nas unidades de saúde.

No trabalho aqui descrito será abordado assuntos relacionados desde a prevenção, até a
importância de termos profissionais treinados e conscientizados sobre tais riscos.

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2.O QUE É O RISCO BIOLÓGICO?

O risco biológico é caracterizado pela possibilidade de um profissional entrar em


contato com alguma espécie de agente biológico patogênico, que podem incluir vírus,
bactérias, fungos, parasitas, entre outros.Entre as principais vias de entrada desses
microrganismos no corpo humano estão a transmissão por contato com fluídos corporais de
pessoas infectadas, sistema respiratório e contato com objetos contaminados, por exemplo.
São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos.

Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o


homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o
contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública
(coleta de lixo), laboratórios, etc.

Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos incluem-se:


tuberculose, brucelose, malária, febre amarela.

Para que essas doenças possam ser consideradas doenças profissionais, é preciso que
haja exposição do funcionário a estes microorganismos.

São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos
diversos setores de trabalho sejam adequadas.

Os riscos biológicos em laboratórios podem estar relacionados com a manipulação de:

- Agentes patogênicos selvagens;

- Agentes patogênicos atenuados;

- Agentes patogênicos que sofreram processo de recombinação;

- Amostras biológicas;

- Culturas e manipulações celulares (transfecção, infecção);

- Animais.

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Todos os itens citados acima podem tornar-se fonte de contaminação para os
manipuladores. As principais vias envolvidas num processo de contaminação biológica são a
via cutânea ou percutânea (com ou sem lesões - por acidente com agulhas e vidraria, na
experimentação animal - arranhões e mordidas), a via respiratória (aerossóis), a via conjuntiva
e a via oral.

Há uma classificação dos agentes patogênicos selvagens que leva em consideração os


riscos para o manipulador, para a comunidade e para o meio ambiente. Esses riscos são
avaliados em função do poder patogênico do agente infeccioso, da sua resistência no meio
ambiente, do modo de contaminação, da importância da contaminação (dose), do estado de
imunidade do manipulador e da possibilidade de tratamento preventivo e curativo eficazes.

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3.CLASSIFICAÇÃO

 Classe risco 1

Abrange os agentes biológicos que apresentam nenhuma ou pequena chance de


provocar danos ao funcionário, além de ter um baixo risco de propagação; Eles são
encontrados; Largamente distribuído na natureza; Pó, colheitas de cereais, vegetação, pelos de
animais, água e matéria em decomposição.

Exemplo; Basillus Subtilis

 Classe risco 2

Os agentes possuem uma possibilidade moderada de gerar danos ao trabalhador e um


pequeno risco de propagação no ambiente laboral;

Exemplos; Vírus da Febre Amarela, Vírus das Hepatites B,C e E, Schistosoma


mansoni (Animal), Dengue,H1N1

 Classe risco 3

Estão inseridos aqui os microrganismos que podem provocar sérios danos ao


profissional e apresenta risco moderado de propagação, além da capacidade de transmitir
doenças de pessoa para pessoa, inclusive graves e fatais;

Exemplo; VÍRUS - hepatites B e C, HTLV 1 e 2, HIV, febre amarela, dengue


FUNGOS - (Blastomyces dermatiolis, Histoplasma; parasitos - Echinococcus,
Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi);
BACTERIAS; Bacillus anthracis, Brucella,Chlamydia psittaci,Mycobacterium
tuberculosis;

 Classe risco 4
Englobam os agentes de alta periculosidade, sem tratamento eficiente e que geram
riscos para toda a sociedade, devidos o seu alto poder de propagação.
Exemplo: Vírus de febres hemorrágicas

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4. COMO PREVENIR O AMBIENTE HOSPITALAR?

Para proteger os trabalhadores dos hospitais dos riscos gerados pelos agentes
biológicos, é preciso programar a biossegurança por meio de um conjunto de práticas e
procedimentos técnicos voltados para a prevenção, redução, controle e eliminação dos perigos
inerentes aos serviços executados e que possam comprometer a saúde.

NR 7 – estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do Programa de


Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que visa promover e preservar a saúde de
seus trabalhadores. Está contida na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), para regulamentar a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977;

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) – visa estabelecer medidas


que visem a eliminação, redução ou controle desses riscos em prol da preservação da
integridade física e mental do trabalhador. Esse programa é regulamentado pela Norma
Regulamentadora 9, contida na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego –
MTE, para regulamentar a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977;

NR – 32 / Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde – norma que


cuida da saúde dos profissionais da área de saúde e tem por finalidade estabelecer as diretrizes
básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores
dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência
à saúde em geral. Está contida na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego –
MTE, para regulamentar a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977.

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5. COMO ME PROTEGER?

Os EPIs são equipamentos bastantes eficazes quando o assunto é garantir a saúde no


trabalho. Esses itens devem ser disponibilizados gratuitamente pela empresa/hospital. No caso
do ambiente hospitalar, cada setor requer o uso de um ou mais equipamento, levando em
conta que é difícil proteger os funcionários simultaneamente de todos os riscos presentes.

NR 6 / Equipamento de Proteção Individual – estabelece a obrigação do


empregador em oferecer gratuitamente a proteção completa contra os acidentes de trabalho.
Está contido na Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego – TEM

Exemplos de alguns EPI’S;

 Luva: EPI básico para proteção contra riscos biológicos e químicos, sendo os
tipos mais resistentes, adequados para manipulação de produtos mais contaminantes;
 Touca: protege de forma dupla, tanto contra partículas que possam contaminar
os profissionais quanto da queda de cabelos ou outros componentes em materiais e
ambientes de trabalho;
 Avental: funciona como barreira contra determinadas substâncias e
microrganismos;
 Sapatos fechados: a NR-32 impede uso de sapatos abertos;
 Máscara: Evita o risco de contaminação respiratória;
 Óculos: impede exposição dos olhos com agentes físicos, químicos e/ou
biológicos.

Apesar da NR6 não especificar jalecos como EPIs, na prática, são assim considerados,
por serem considerados como: “dispositivo de uso individual, utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a sua segurança no trabalho”.

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6. ELIMINAÇÃO ADEQUADA DOS RESÍDUOS HOSPITALARES

Os resíduos gerados durante a realização das atividades são grandes fontes de


contaminação, tanto para os trabalhadores quanto para os pacientes e seus acompanhantes.
Por este motivo, lidar de forma correta com o lixo hospitalar é uma medida importante para
manter o ambiente seguro.

Entre as principais medidas, nesse caso, está o de manter as lixeiras confeccionadas de


material lavável, resistentes a vazamentos e ruptura e com tampas feitas de sistema de
abertura sem contato manual, além de minimizar o volume de resíduos gerado e sinalizar as
lixeiras para um descarte apropriado.

Nós como sociedade geramos diferentes tipos de resíduos. Em casa, na indústria, na


limpeza urbana ou nos ambientes hospitalares. Para cada tipo de lixo existe um procedimento
de descarte correto para não gerar impactos ao meio ambiente.

Quando falamos em resíduos hospitalares, levamos em consideração todo o lixo


produzido por estabelecimentos da área de saúde que prestam atendimento, como hospitais,
clínicas, laboratórios, consultórios, entre outros.

Este resíduo é classificado como perigoso! Além de contaminar o meio ambiente ele
pode representar riscos à saúde humana.

Por exemplo, se um lixo hospitalar é descartado de forma incorreta e entra em contato


com rios ou lagos terá uma ação de ampla contaminação e qualquer ser vivo que tenha contato
com esta água poderá ser contaminado. O mesmo ocorre com o solo, quando materiais
perfuro cortantes contaminados com patógenos são descartados incorretamente em aterros
comuns, podem levar riscos às pessoas que trabalham nestes locais.

Além do descarte correto é fundamental que todo resíduo seja tratado conforme as as
legislações ambientais, seguindo todos os protocolos para um encaminhamento seguro e
eficiente.

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7.NORMAS DE SEGURANÇA

Entre as principais normas regulamentadoras que abrangem o ambiente hospitalar, está


a NR-32, que define diretrizes específicas com foco na segurança do trabalho em serviços de
saúde, que abordar riscos biológicos, limpeza e manutenção, entre outros.Também, podemos
destacar as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), normas do
Ministério do Trabalho, recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
entre outras.

As ações que promovem saúde e segurança no trabalho criam ambientes seguros e


saudáveis oferecem condições adequadas aos trabalhadores o que contribui para o aumento da
produtividade.

Também é importante destacar que as empresas, ao atuarem proativamente para a


promoção de segurança e saúde no trabalho vinculam-se ao bem-estar dos seus trabalhadores
e também para toda a comunidade, aquelas que vivem/dependem de lixo, atuando de acordo
com as modernas atitudes de responsabilidade social corporativa.Trata-se de práticas que
aliam interesses e benefícios não só para os colaboradores, como para as empresas.
Em sentido oposto, a ocorrência de acidentes de trabalho acarreta danos sociais imediatos. O
mais importante é o comprometimento da saúde e integridade física do trabalhador.

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8. IMP. DE LAVAR AS MÃOS ANTES E DEPOIS DOS PROCEDIMENTOS

Entre os principais transmissores de microrganismos estão as mãos. Isso porque,


estamos a todo momento tocando em algo. Em um ambiente hospitalar, onde as pessoas se
encontram mais vulneráveis e suscetíveis às mais variadas doenças, o cuidado com as mãos
deve ser ainda mais minucioso.

Sendo assim, os profissionais da saúde devem higienizá-las e desinfetá-las com álcool


70% em todas as trocas de pacientes, antes de colocarem uma nova luva. Além disso, os
funcionários terceirizados, visitantes e pacientes, também precisam estar atentos à
higienização.

Nesse caso, precisam ser estimulados a lavar a mão com frequência, com o intuito de
acabar com o ciclo de contaminação hospitalar. Para isso, avisos e placas a respeito da
relevância da limpeza das mãos, com as devidas instruções, precisam ser fixadas em locais
adequados e visto por todos.

Isso sem contar que o ambiente clínico e hospitalar precisa de um controle rigoroso
para que a proliferação de microrganismos causadores de infecções seja evitada. Uma medida
simples — e necessária — que muitos profissionais do ramo negligenciam é a higienização
das mãos. Aliás, por que tal procedimento é tão importante?

A falta de higienização resulta na transmissão de doenças, agravando o quadro de


pacientes e colocando em risco a vida deles. Ao mesmo tempo, deixar de lavar as mãos de
forma e na hora adequadas representa um perigo para o próprio colaborador. Logo, cabe
ao gestor hospitalar intervir para que a prática passe a ser uma constante.

Nossa pele é como um depósito de múltiplos microrganismos. Sem sabermos, as mãos


fazem a transferência de agentes potencialmente contaminantes. Isso ocorre tanto por
contato direto (de uma pessoa para outra) como indireto (por meio do toque em objetos ou
superfícies infectadas).

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Inclusive, a transmissão de doenças acontece principalmente por meio das mãos e dos
materiais empregados durante a assistência. Sendo assim, higienizá-las é uma medida de
prevenção. A higienização não serve para proteger apenas o paciente, mas também os
colaboradores e os visitantes. Portanto, todos devem tomar as devidas precauções.

É importante destacar que a higienização das mãos precisa ser feita antes e depois do
contato com o paciente, tendo em vista que em clínicas, hospitais e unidades de saúde a
presença de vírus e bactérias costuma ser maior. Além disso, vale lembrar que pessoas
doentes ou em recuperação são mais vulneráveis às infecções, principalmente porque seus
sistemas imunológicos estão fracos. Sendo assim soma-se a isso a necessidade de manter o
ambiente limpo, o cuidado com os itens utilizados e o cumprimento das boas práticas. Aliás,
não devemos nos esquecer dos equipamentos de proteção individual (EPI’s), pois eles são
fundamentais para proteger a saúde de colaboradores e pacientes. Em se tratando das mãos,
as luvas são os materiais apropriados para a execução de procedimentos.

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9. LIMPAR E DESINFETAR O AMBIENTE HOSPITALAR

Para realizar a desinfecção das superfícies, equipamentos e demais utensílios, o álcool


70% é um item bastante usado e eficaz. A higienização constante dos ambientes em que
ocorre o trânsito de pessoas é altamente necessária para impedir riscos biológicos.

Também, a limpeza com detergente ou água corrente e sabão pode ser uma boa ideia
para eliminar o material biológico, como fluídos corporais e sangue. É fundamental que tudo
seja limpo antes e depois do uso.

Outro ponto relevante é evitar que material biológico fique em superfícies, tendo em
vista que se tratar de um ato que propicia a proliferação de microrganismos residuais, então,
isso pode proteger os vírus e bactérias dos efeitos da desinfecção e da esterilização.

O Serviço de Limpeza e Desinfecção de Superfícies em Serviços de Saúde


compreende a limpeza, desinfecção e conservação das superfícies fixas e equipamentos
permanentes das diferentes áreas. Tem a finalidade de preparar o ambiente para suas
atividades, mantendo a ordem e conservando equipamentos e instalações, evitando
principalmente a disseminação de microrganismos responsáveis pelas infecções relacionadas
à assistência à saúde.

 Os princípios básicos para a limpeza e desinfecção de superfícies em serviços


de saúde são a seguir descritos;
 Proceder à frequente higienização das mãos.
 Não utilizar adornos (anéis, pulseiras, relógios, colares, piercing, brincos)
durante o período de trabalho.
 Manter os cabelos presos e arrumados e unhas limpas, aparadas e sem esmalte.

 Os profissionais do sexo masculino devem manter os cabelos curtos e barba


feita.
 O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) deve ser apropriado para a
atividade a ser exercida.

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 Nunca varrer superfícies a seco, pois esse ato favorece a dispersão de
microrganismos que são veiculados pelas partículas de pó. Utilizar a varredura úmida, que
pode ser realizada com mops ou rodo e panos de limpeza de pisos.
 Para a limpeza de pisos, devem ser seguidas as técnicas de varredura úmida,
ensaboar, enxaguar e secar.
 Os usos de desinfetantes ficam reservados apenas para as superfícies que
contenham matéria orgânica ou indicação do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
(SCIH).
 Todos os produtos saneantes utilizados devem estar devidamente registrados
ou notificados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Favorecer a limpeza e desinfecção do meio inanimado da instituição hospitalar,


rompendo a cadeia epidemiológica das infecções hospitalares através da eliminação de
veiculo comum.

Os profissionais designados para tal trabalho também devem usar seus equipamentos
de proteção individual;

10. QUAL A IMPORTÂNCIA DE TREINAMENTO DA EQUIPE?

Oferecer treinamentos para os colaboradores regularmente é uma boa maneira de


melhorar o desempenho durante os procedimentos e reduzir riscos. Nesse caso, todos que
atuam no ambiente hospitalar precisam entender os cuidados a serem aplicados no decorrer da
jornada de trabalho.

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Caso contrário, as possibilidades de acidentes e surgimento de doenças aumentam de
forma considerável, levando em conta que haverá mais comportamentos inseguros e falhas
humanas.

Além da conscientização em geral, é necessário disponibilizar a capacitação periódica


dos funcionários, conforme os riscos do seu setor ou atividade profissional. Por exemplo,
aquelas que manipulam equipamentos médicos, por exemplo, devem respeitar as orientações
do fabricante e entender sobre as boas práticas antes de utilizá-los.

Entre os maiores ‘dificultadores para organização dos treinamentos está a jornada de


trabalho longa e com horários não convencionais tão presentes nas rotinas dessa equipe. Na
maioria das empresas é comum reunir o maior número de funcionários de uma vez para
otimizar o processo de treinamento, mas isso é inviável no dia a dia de clínicas e hospitais.
Além disso, muitas vezes esse fator cria estresse e falta de disposição para com o treinamento.

Considerando os desafios identificados, existem algumas alternativas para contorná-


los e conseguir implementar o treinamento. É importante que o pessoal que vai aplicá-lo
considere as peculiaridades da área e entenda que é necessário utilizar dinâmicas diferentes
das que acontecem em empresas de outros segmentos.

O primeiro passo é entender que frente a um ambiente carregado de estresse e cansaço,


para o seu treinamento ter um resultado positivo, é preciso que ele seja cativante. Por isso, é
indispensável pensar em uma linguagem e em um visual que seja atrativo, capturando a
atenção do profissional.

Em relação à dificuldade de horários, existem algumas alternativas que podem ser


aplicadas. No caso de treinamentos presenciais, é importante entender que não vai haver uma
oportunidade de se reunir a equipe completa, sendo necessária uma adaptação. Esta pode vir
em forma de turnos, com profissionais especializados nos aparelhos disponíveis em diferentes
horários, conseguindo capacitar diferentes profissionais.Uma ótima forma de engajar a equipe

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médica em treinamentos é convidar como treinador ou anfitrião, um médico renomado ou
algum profissional admirado e que tenha penetração entre os profissionais.

11. ARTIGO

MEDIDAS PREVENTIVAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AOS


RISCOS BIOLÓGICOS NO AMBIENTE HOSPITALAR

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Kérima Magalhães Machado1 , Laiena Sávia Santos de Moura1 , Tânia Kellen de
Faria Conti

1. INTRODUÇÃO Os profissionais de saúde que trabalham em ambiente


hospitalar estão expostos a diversificados riscos, entre eles, os causados por agentes
biológicos, químicos, físicos, ergonômicos, dentre outros. Com isso podemos notar que os
hospitais são considerados insalubres por receber pacientes com diversas doenças
infectocontagiosas e agrupá-los em um mesmo local, o que causa um elevado grau de riscos
biológicos para os profissionais (NISHIDE, 2004). A exposição dos trabalhadores de saúde
aos fluidos biológicos se deve, em parte, às formas de organização do trabalho.
Frequentemente, os trabalhadores de saúde se sobrecarregam com vários plantões em turnos
alternados, manipulam instrumentos inseguros, bem como não utilizam Equipamento de
Proteção Individual (EPI) adequado. (MAGAGNINI, 2009) . Assim, os profissionais da
saúde devem ser orientados e receber treinamentos com a finalidade de prevenir eventuais
acidentes, tais como uso de EPI, descarte adequado dos perfurocortantes, imunização dos
profissionais, preparo técnico da equipe, entre outras medidas que possam dificultar a
exposição biológica por parte do profissional (NISHIDE, 2004). A partir deste contexto
busca-se segurança para que o profissional perceba seu trabalho como fonte de satisfação e
crescimento pessoal. Este trabalho surgiu da necessidade de conscientizar o profissional de
enfermagem quanto à sua vulnerabilidade em relação aos riscos biológicos no ambiente
hospitalar, frente às repercussões físicas, psicológicas e econômicas que tais acidentes de
trabalho podem acarretar. Essa pesquisa torna-se relevante por despertar nestes profissionais
a importância de se cuidarem e atentarem para a prevenção com a sua saúde, lutando por
melhores condições de trabalho, visto que tais medidas preventivas são pouco abordadas na
graduação de enfermagem.

2. Este estudo teve por objetivo identificar os riscos biológicos e propor medidas
preventivas a serem tomadas pelos profissionais de enfermagem que atuam no âmbito
hospitalar frente aos riscos biológicos, para que assim possam priorizar sua saúde e intervir
de maneira sistemática.

3. METODOLOGIA Os riscos que os trabalhadores se expunham já era


preocupação em meados do século XVII, quando um médico na Itália, ao citar as doenças
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dos trabalhadores, abordou as dermatites e a exaustão como doenças relacionadas às
parteiras, pelo fato destas ficarem horas agachadas com as mãos estendidas dando auxílio às
parturientes. No Brasil a regulamentação da saúde do trabalhador começou a partir da década
de 80, reformulando o pensamento sobre o processo saúde-doença e o papel do trabalho,
período este em que se destacavam as epidemias, enfermidades advindas da profissão e o
aparecimento de novas doenças relacionadas ao trabalho; na mesma época surgia a formação
especializada de profissionais em saúde do trabalhador e a especialização dos cursos de
Enfermagem do Trabalho no Brasil (PAZ, 2011). A especialização em enfermagem do
trabalho é voltada para o cuidado do trabalhador de todas as categorias e setores de ocupação
que possa existir (SILVA, 2008). O papel do enfermeiro do trabalho é de assegurar aos
trabalhadores de diferentes classes trabalhistas o cuidado por meio de prevenção e promoção
da saúde, conforme determinado no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) (SILVA,
2011). Segundo a Associação Nacional dos Enfermeiros do Trabalho (ANENT), os
Enfermeiros de Saúde Ocupacional (ESO) no Brasil realizam tarefas relacionadas à
segurança, medicina e higiene ocupacional, e implantam grupos de estudo de segurança do
trabalhador e proteção da saúde (MARZIALE, 2010).

1.1 Acidentes de Trabalho Para o Ministério da Saúde o termo “acidentes de


trabalho” relaciona a todos os acidentes ocorridos durante a atividade de trabalho ou no
trajeto de casa para o trabalho e vice-versa, também são entendidos como acidentes as
ocorrências que causam morte ou danos à saúde e consequentemente levando à diminuição
da capacidade para o trabalho (BRASIL, 2002).

Os acidentes de trabalho com material perfurocortante é a principal causa de acidente pelos


profissionais de enfermagem, representando sérios problemas às instituições, tanto pela
frequência que ocorrem, quanto pela gravidade sobre a saúde do trabalhador (SARQUIS,
2002) (CAIXETA, 2005). Profissionais de enfermagem que se acidentam no ambiente de
trabalho sentem medo de se contaminarem, ansiedade, depressão, medo da morte, na
expectativa do resultado do exame anti-HIV, expressam também raiva do próprio trabalho
(CASTRO, 2009).

3.2 Processo Saúde e Doença no Ambiente Hospitalar “Os hospitais são


considerados locais tipicamente insalubres na medida em que propiciam a exposição dos
trabalhadores da área da saúde a inúmeros riscos”, por abrigar pacientes com doenças

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contagiosas, e necessitar de procedimentos muitas vezes invasivos, apresentam riscos de
acidentes de trabalho e ameaça para a saúde do profissional de enfermagem (BALSAMO,
2006). O trabalho da enfermagem em ambiente hospitalar exige destes profissionais o
cuidado integral ao paciente (SARQUIS, 2002). As condições trabalhistas relatadas por
profissionais de enfermagem, em especial os que atuam no ambiente hospitalar, tem gerado
problemas de saúde, que na maioria das vezes estão relacionados à situação e setor de
trabalho, causando prejuízos sociais e econômicos para os trabalhadores e para a instituição,
por ter que afastar este trabalhador do seu cargo (SARQUIS, 2002) (BARBOZA, 2003)

3.3 Profissionais da saúde submetem-se a riscos ocupacionais próprios da área,


como riscos biológicos (representado pelo contato com agentes biológicos infecciosos),
físicos (circunstâncias impróprias de luminosidade, temperatura, barulho, radiações),
químicos (manejo de medicamentos), psicossociais (assistência ininterrupta aos pacientes,
cansaço, ritmo intenso) e ergonômicos (excesso de peso, condições impróprias de trabalho)
(ZAPAROLLI, 2006). A causa mais importante para a disposição dos riscos ergonômicos
entre os trabalhadores de enfermagem é a postura inadequada, principalmente ao prestar
assistência ao paciente (SILVA, 2009). Além dos riscos de acidentes e doenças ergonômicas
que expõem os trabalhadores da saúde no ambiente hospitalar, somam às cargas psíquicas,
causadas pela pressão do seu trabalho (ELIAS, 2006).

3.4 Riscos Biológicos A contaminação por material biológico representa maior


risco ao profissional de enfermagem devido a sua constante exposição durante seu processo
de trabalho, dentre elas, as infecções de maior preocupação são as causadas pelos vírus do
HIV e as hepatites B e C (NEVES, 2011). Antigamente, a área da saúde não era caracterizada
como classe profissional de altos riscos de acidentes de trabalho, o que ocorreu a partir dos
anos 80 com o surto do HIV/AIDS, época em que foram inseridas as “Precauções
Universais”, hoje conhecidas como “Precauções Padrão”, as quais abordam a necessidade
desses profissionais de usarem luvas como barreira de proteção contra contato de fluidos do
paciente (NISHIDE, 2004). No Brasil o primeiro relato de AIDS obtido de forma acidental
foi confirmado pelo Ministério do Trabalho somente em 1999, envolvendo uma auxiliar de
enfermagem que realizava um procedimento invasivo (GIR, 2008).

4. METODOLOGIA Esta pesquisa científica foi realizada através de revisão


bibliográfica de caráter descritivo, através de um levantamento bibliográfico em livros,

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artigos, dissertações e teses disponíveis nas bases de dados: LILACS(Literatura Latino
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SCIELO (Scientific Eletronic Labrary
Online), Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho e Emprego e revistas Nursing, no
período de março a novembro de 2012. Foram utilizados como critérios de inclusão, material
bibliográfico dos últimos 21anos sobre acidentes com riscos biológicos causados pela equipe
de enfermagem no ambiente hospitalar. Tendo como critério de exclusão acidentes de trajeto,
ergonômico, físicos e outros.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Antigamente os profissionais da saúde não


eram vistos como categoria de risco para acidente ocupacional. A preocupação com os
acidentes de trabalho nas intuições hospitalares começou na década de 80 com o surto da
AIDS, com o medo dos profissionais da saúde adquirirem a doença com acidente de material
contaminado (NISHIDE, 2004).. Ainda hoje, é grande a preocupação de se adquirir o vírus
do HIV por acidente biológico entre os trabalhadores da saúde, apesar de ser de maior
incidência a contaminação pelos vírus das hepatites, principalmente o da hepatite B
(NISHIDE, 2004) (SILVA, 2009).

Acidentes de trabalho envolvendo material biológico são característicos da equipe de


saúde, sendo que estes profissionais estão em constante exposição a agentes biológicos ao
prestarem assistência a pacientes com diversas doenças.

O termo acidentes de trabalho envolve não somente os acidentes causados no


ambiente de trabalho, mas também os ocorridos no trajeto de ida ou volta do serviço
(CAIXETA, 2005). Acidentes envolvendo agentes biológicos podem se manifestar de forma
lenta, levando até mais de duas décadas para aparecerem os sintomas. É importante os
acidentes biológicos serem notificados imediatamente após sua constatação, para eficácia de
tratamentos profiláticos contra a hepatite B e a AIDS (NISHIDE, 2004) (NISHIDE, 2004).

Contudo, há um alto índice de subnotificação entre os trabalhadores, sendo constatado


em pesquisas nas intuições hospitalares. Os autores (RIBEIRO, 2007) (BAKKE, 2010),
chegaram a conclusão de que os números reais de acidentes não condizem com os notificados
nestas instituições. Tal questão pode ser explicada pelo medo dos resultados de exames,
ausência de informação sobre os procedimentos administrativos, burocracia para preencher o
fluxograma de notificação ou pelo simples fato de não se dar a devida importância ao
acontecimento (RIBEIRO & SHIMIZU, 2007).
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Esta falta de notificação além de omitir os reais índices de acidentes, impede as
instituições de elaborar medidas preventivas no combate de contaminação biológica. Para
melhor entender a exposição dos acidentes ocupacionais, autores fizeram a divisão,
destacando as instituições hospitalares entre categoria que mais se acidentam, tipos de
acidentes, setor de maior incidência de acidentes, sexo, idade e tempo de profissão.

12. CONCLUSÃO

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Nesse trabalho aqui apresentado teve como principal objetivo exercer a EDUCAÇÃO
EM SAÚDE/PROMOÇÃO A SAÚDE, tendo como objetivo reforçar a importância de
mantermos tais cuidados, para que assim, nós profissionais e nossos futuros pacientes
estejamos seguros de qualquer microrganismo, que possa afetar o ser humano. Durante as
pesquisas realizadas tanto em livros, quanto em sites podemos ver e até quantificar os riscos,
conhecer melhor os EPI’S e etc .Dessa forma os maiores aproveitadores de tal conhecimento
e utilização desses cuidado citados, e segurança, seriamos nós mesmos, tanto profissionais,
quanto no quesito população.

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REFERÊNCIAS

AMBIENTUS, empresa lixo hospitalar: a importância do descarte correto; 2 de junho de


2020,(51) 3364.8688 | (51) 3365.2254/[email protected] Euclides Gomes de

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CNI Brasília /SBN - Quadra 1 - Bloco C/ Ed. Roberto Simonsen/Brasília - DF CEP
70040-903/Escritório São Paulo/Rua Surubim, 504 - Brooklin Novo/São Paulo - SP -
CEP 04571-050/CNI - Tel. (11) 3040 3860/IEL - Tel. (11) 3040 3370 Disponível;
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