L422
L422
(Organizadora)
Bem-estar e qualidade
de vida: prevenção,
intervenção e inovações
Vol. 2
Ponta Grossa
2023
Direção Editorial Executiva de Negócios
Prof.° Dr. Adriano Mesquita Soares Ana Lucia Ribeiro Soares
Organizadora Produção Editorial
Prof.ª Ma. Carolina Belli Amorim AYA Editora©
Capa Imagens de Capa
AYA Editora© br.freepik.com
Revisão Área do Conhecimento
Os Autores Ciências da Saúde
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Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus Parauapebas Universidade Tecnológica Federal do Paraná
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Universidade Tecnológica Federal do Paraná Instituto Federal de Santa Catarina
Prof.° Dr. Ricardo dos Santos Pereira
Instituto Federal do Acre
v.2
Inclui biografia
Inclui índice
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Modo de acesso: World Wide Web
ISBN: 978-65-5379-311-8
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Bruna Cristina Bonini - CRB 9/1347
01
Afetos transferenciais como condições de riscos
suicidas: impactos na saúde mental............................... 14
Jayne Santos da Silva
Bruno de Sousa Carvalho Tavares
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.1
02
Síndrome de Burnout em psicólogos pós-pandemia: o
esgotamento do acolher.................................................. 24
Ily Luna Melani
Guilherme Alcantara Ramos
Michele Freitas
Neilice Matos
Bruno Gadonski
Alexia Ferreira Nogueira
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.2
03
Atendimento odontológico a pacientes com HIV......... 38
Ioniff de Paula Costa Tavares
Bruno de Sousa Carvalho Tavares
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.3
04
Importância da promoção de saúde bucal nas escolas.
............................................................................................. 44
Gabriela de Matos Siqueira
Bruno de Souza Carvalho Tavares
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.4
05
A humanização da assistência em enfermagem no
cuidado ao paciente: uma revisão de literatura........... 51
Erica Santos Silva
Marizete Silva Campos de Moura
Lorena Rocha Batista de Carvalho
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.5
06
O enfermeiro nos cuidados à pacientes em tratamento
de hemodiálise: uma revisão de literatura..................... 64
Cristiane da Rocha Oliveira de Medeiros
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.6
07
Treinamento de força: benefícios para os obesos......... 79
Ana Carolina Ferreira da Silva
Caio Rodrigo de Freitas Rodrigues
José Igor Marcos Barbosa
Eziane Barbosa da Silva
Paula Fernanda de Souza Silva
Linsosval Nascimento Cavalcante
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.7
08
Aplicação do laser de baixa potência para dor crônica
em mulheres com fibromialgia........................................ 92
Thaiza Hannah da Silva Lopes
Thatielle Monteiro Matos
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.8
09
Natação infantil: ludicidade e os aspectos
metodológicos................................................................. 101
Ana Clecia Moura Feitosa
Cláudia Fernanda Melo Silva
Jõao Marcos Bezerra de Morais
Rafael Ferreira da Silva
Thomas Caetano Luna
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.9
10
A atividade física na terceira idade.............................. 111
Aline Paula Montanha Cavalcante
Elizangela Miranda de Goes
Felipe Augusto Medeiros Cavalcanti
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.10
11
Treinamento funcional e sua aplicabilidade para a
terceira idade................................................................... 120
Matheus Ferreira de Souza
Bruno Cristino
Jaqueline Gonçalves Bonini Chasseraux
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.11
12
A importância do diagnóstico diferencial da síndrome
de corpúsculos de Lewy e o impacto na vida do
paciente: relato de caso................................................. 140
Ana Giulia Gandra Bastos
Izadora Amorim Queiroga
Luana Fernanda Camilo Silva
Maria Luiza Mendes
Leonardo de Araújo Lopes
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.12
13
Avanços e inovações na cirurgia minimamente
invasiva: transformando a prática cirúrgica................. 150
Pablo Patrick Pereira
Paula Braga Nunes
Sofia Lúcia El Hauche Pereira
Thiago Gabriel Bonoto Valois
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.13
14
Estratégias de prevenção de doenças cardiovasculares
bem-sucedidas em pacientes com histórico de
hipertensão e diabetes em comunidade rural do
estado de Rondônia – um breve relato dos resultados
da implantação do Projeto Viver Mais, como parte da
prática de especialização em Saúde da Família UNA/
SUS com pacientes do Estratégia de Saúde da Família....
........................................................................................... 159
Solange Marçal Oliveira
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.14
15
Hidroxiapatita de cálcio como Bioestimulador na
reestruturação facial....................................................... 168
Alessandra Licos Rodrigues
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.15
16
O potencial farmacológico do gênero Ocimum e sua
importância na fitoterapia: uma revisão de literatura..175
Alice Conceição Moraes Florêncio
Luiz Henrique da Silva Linhares
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.16
17
A epilepsia em pacientes pediátricos e os benefícios
pelo tratamento com canabidiol................................... 184
Bárbara Cristina Andrade Ferreira
Lais Xavier Kretli
Livia de Oliveira Silva
Rívia Carla Ferreira de Lima
Vanilda Pacheco Martins
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.17
18
Ácidos graxos no tratamento do Lúpus Eritematoso
Sistêmico (LES).................................................................. 197
Ana Laura Henrique Rodrigues
Ana Carolina Gomes Costa
Anna Luiza de Carvalho Santana
Lais Xavier Kretli
Livia de Oliveira Silva
Rívia Carla Ferreira de Lima
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.18
19
O desafio da comunicação humanizada para
profissionais de saúde no ambiente hospitalar............ 212
Elena Erhardt Trombelli
Érika Colato
Josely Amaral da Silva Ayalla
Rosemary Cruz Correia
Franciele Leão
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.19
20
Informação em Saúde por meio de portais: uma Revisão
Narrativa........................................................................... 222
Jeferson Victor Viana Silva
Clésia Oliveira Pachú
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.20
21
Neurociência e estratégias de comunicação no
ambiente corporativo: impulsionando a produtividade e
o bem-estar...................................................................... 233
Kenia Maria da Silva
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.21
22
A importância de programas sociais para a população
idosa.................................................................................. 251
Ingrid Fernandes dos Santos
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.22
23
Envelhecimento cognitivo: diagnóstico, tratamento e
prevenção do declínio cognitivo em idosos................ 262
Pedro Henrique de Abreu Souza Zanine
Georgia Brito de Souza
Isadora Monteiro Matos
Gustavo Novelino Reis
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.23
24
Breve análise do acolhimento e tratamento ofertados
aos capixabas dependentes químicos e seus familiares
nos CAADS do estado do Espírito Santo........................ 268
Roberto Dornelas Vilete
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.24
25
A imposição das mãos como prática teológica: uma
abordagem histórico-cultural para compreender a cura
espiritual............................................................................ 280
Guilherme Afonso Pereira Palácios
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.25
Organizadora................................................................... 295
Índice Remissivo............................................................... 296
Apresentação
É com satisfação que apresentamos o segundo volume do livro “Bem-estar e qua-
lidade de vida: prevenção, intervenção e inovações”. Este compêndio reflete o compro-
metimento incessante com o avanço do conhecimento científico nas diversas áreas que
convergem para a promoção da saúde e do bem-estar.
Iniciando com uma análise perspicaz sobre os “afetos transferenciais como condi-
ções de riscos suicidas”, o primeiro capítulo destaca a importância da compreensão das
nuances emocionais na preservação da saúde mental. Da mesma forma, a discussão sobre
a “síndrome de burnout em psicólogos pós-pandemia” oferece uma visão crítica sobre os
desafios enfrentados por profissionais que, incansavelmente, buscam aliviar o sofrimento
alheio.
Este livro não apenas oferece uma compreensão aprofundada dos temas aborda-
dos, mas também representa um marco na convergência de disciplinas que tradicionalmen-
te atuavam de maneira isolada. Ao destacar a interconexão entre a comunicação humani-
zada em ambientes hospitalares, os benefícios do treinamento funcional na terceira idade
e os avanços em tecnologia da informação em saúde, este volume reflete a complexidade
do panorama atual da promoção da saúde.
01
condições de riscos suicidas:
impactos na saúde mental
Transferential affects as suicide
risk conditions: impacts on
mental health
Jayne Santos da Silva
Acadêmico(a) do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Macapá
Bruno de Sousa Carvalho Tavares
Orientador(a). Docente do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de
Macapá.
RESUMO
Capítulo 01
ABSTRACT
In this research, the concept of transference was used, which, within Psychoanalysis, is
integrated to the expression “transference love”. This article also highlighted the suicide,
demonstrating that it is a subject who always presents information about his intention to
die, therefore, one cannot ignore the signs that are manifested, treating them as trivial. The
main objective of this research was to understand if there is a relationship between trans-
ferential love and the risk factors for suicide present in some romantic relationships. It was
consolidated through research methods in Psychoanalysis and bibliographical research.
Psychoanalysis has the great advantage of being the only study that intends to give speech
to the subject, having the unconscious as its object of analysis. It brings in its specificities,
the modalization of the methodology, in order to contribute to the particularities of this know-
ledge. A more contemporary understanding of transference love is also sought, considering
that the manuscripts on the respective subject date from 1915 to 2022. For the books, the
use was centered on the classics of Psychoanalysis dating from different periods. After all
the data collection, relationships were made between transference love and suicides after
the end of relationships within the psychoanalytic context. With this base, it was discovered
that the subject transfers to the other, unconsciously, feelings that provoke anguish that
arise from their paternal or exemplary figures, and ends up not being able to manage this
transference to the partner, resulting in a self-punishment, seeing as the only possibility the
death by suicide.
INTRODUÇÃO
15
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 01
Neste escrito fez-se a relação entre o amor transferencial pós-términos de
relacionamento, tendendo ao comportamento suicida.
DESENVOLVIMENTO
Metodologia
Para Mezan (1982) a bibliografia conexa traz dimensões não somente para que
possamos dar continuidade às pesquisas já trabalhadas que possamos fazer novos estudos
a partir destes que já foram trabalhados anteriormente, assim dando novas visões para o
campo científico, dando também ao cientista que tenha uma visão mais positivista de suas
pesquisas ou de suas informações. Foram utilizados também os métodos bibliográficos, que
para Gil (2008) são provenientes de revisões de materiais elaborados, sendo eles: artigos,
livros e publicações científicas. Trazendo-nos assim, que a pesquisa bibliográfica não é
mera repetição de estudos sendo também uma forma de buscar novos conhecimentos e
assim trazendo novas pesquisas.
Este estudo também teve caráter explicativo, que tem como objetivo central a
identificação de fatos que possam ser determinantes para responder os fenômenos que
estão sendo relacionados. Dentre os modelos de pesquisa, este método é conhecido
como o mais complexo, pois tenta buscar causas e principalmente explicá-las. Segundo
Gil (2008) é válido ressaltar que as maiorias dos conhecimentos do campo científico estão
relacionadas aos métodos de conhecimento explicativo, exatamente por explicar o que se
veio propor.
16
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 01
As informações foram coletadas através do modelo de fichas eletrônicas, sendo
distribuídas pastas e subpastas, uma pasta referente a artigos, mestrados e livros
referentes ao suicídio sendo eles dos anos de 1915 a 2022, a outra pasta referente ao amor
transferencial contendo as subpastas de livros dos anos de 1915 a 2022, artigos referentes
dos anos de 2006 a 2022, após essas coletas de dados às mesmas foram interpretadas
através do método em Psicanálise Interpretativo, o tema foi desenvolvido com base em
Psicanálise O amor transferencial como fator de risco ao suicídio, montando um estudo
que até o presente momento não havia sido feito, fazendo uma relação entre estes dois
fenômenos dentro do contexto Psicanalítico.
Resultados e Discussão
17
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 01
delimitando apenas ao funcionamento psíquico simbólico da neurose; apesar de se fazer
bastante presente.
Essa necessidade de amar deve ser compreendida em cada indivíduo, através da:
Ação combinada de sua disposição inata e das influências sofridas durante os pri-
meiros anos, que conseguiu um método específico próprio de conduzir a vida eró-
tica - isto é, nas precondições para enamorar-se que estabelece nos instintos que
satisfaz e nos objetivos que determina a si mesmo no decurso daquela. Isso produz
o que se poderia descrever como um clichê estereotípico (ou diversos deles), cons-
tantemente repetido – constantemente reimpresso no decorrer da vida da pessoa,
na medida em que as circunstâncias externas e a natureza dos objetos amorosos a
ela acessíveis permitam, e que decerto não é inteiramente incapaz de mudar, frente
a experiências recentes (FREUD, 1912-1996, p. 133)
Segundo Freud (2010) em seu escrito Luto e Melancolia, toda a dor psíquica,
provém da angústia inseparável das nossas perdas, frustrações, escolhas, imperfeições e
limitações, aparecem na fantasia dentro do sono para não termos que enfrentar a realidade o
tempo todo, sendo que o sonhar ajuda a organizar e dar sentido às experiências prazerosas,
enigmáticas ou dolorosas vividas durante o dia.
Freud (2010) apesar de estarem acordados não necessitam estar a todo o momento
em contato com a realidade, poder idealizar, ou seja, “sonhar acordado”. A psicanálise nos
instrui que em todo evento psíquico ocasionalmente existem conflitos, sendo dois lados: para
o suicida existe a linha tênue entre a vontade de matar o corpo e a vontade de sobreviver.
18
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 01
O suicida espera que vá existir um “estado de não sofrimento”, quando na realidade não
existirá “estado” nenhum, apenas um puro corpo morto.
Para Freud (2010) Dentre os escritos que foram abordados abaixo, estão os termos
em psicanálise Narcisismo e Libido, ressaltando a importância em abordar estes fenômenos
psicanalíticos, pois é de total relevância para a construção subjetiva do sujeito e suas
relações amorosas, será muito importante a compreensão de como surgem os sentimentos
amorosos que são dirigidos ao Outro.
Freud (2010) traz um conceito amplo do que seria a libido e como ela é caracterizada.
É a energia que passa a ser direcionada à pulsão sexual ao objeto de desejo, podem ser
representadas como libido do eu e libido do objeto. A diferença delas é que a primeira libido
é própria do sujeito e a segunda está relacionada à construção dos objetos, sendo assim,
uma hipótese levantada que elas estejam inseridas dentro das pulsões.
Já no narcisismo secundário Freud (2010) diz que existem dois momentos, o primeiro
é aquele em que se fazem investimentos nos objetos; posterior a isso, o que é investido
se reformula e volta para o Eu do sujeito. Isso acontece quando o bebê, por exemplo,
consegue fazer esta diferenciação do seu próprio corpo e o mundo externo, ele passa a
identificar suas favoráveis necessidades e quem as consegue satisfazer ou o que consegue
nutrir esta satisfação, aí o sujeito passa a reunir em um único objeto parcialmente suas
pulsões sexuais, neste há um único investimento objetal, que seria concentrado apenas na
mãe e os seios seriam apenas o objeto parcial desta pulsão.
19
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 01
Ao passar do tempo à criança vai descobrindo que não existe somente ela como
desejo único da mãe e que ela não é mundo todo para ela, nisso ele começa a sair daquele
centro, o que resulta na frustração do narcisismo primário da criança, e a partir desta
frustração o objeto passa a ser buscado através do sentimento de ser amado pelo outro,
passando a fazer agrados para recuperar aquele amor.
Freud (2010) descreve que algumas de suas observações que foram dadas a partir
das interações amorosas constituídas desde a infância do sujeito, estas mostraram que
somente uma parte destes investimentos de afeto são determinantes para a vida amorosa
deste, estes investimentos se fazem presentes no desenvolvimento psíquico do indivíduo, e
se encontram ao dispor da personalidade atualizada no consciente. Sendo que a segunda
parte que constitui esses laços amorosos é formada no inconsciente e se encontra nas
pulsões libidinais, ela se mostra separada, bem como da personalidade consciente, como
também da realidade psíquica dele. Freud (2010) aborda que se ampliando somente para a
fantasia ou ficando presente somente no inconsciente, fazendo-se difícil de ser presenciada
pela consciência da personalidade. Bem como a particularidade essencial daquele amor que
tem como satisfação total o campo da realidade, passando a se voltar estas possibilidades
libidinais para novas relações, sendo passiva há duas vertentes libidinais, tanto no campo
da consciência, como no campo do inconsciente
De acordo com Freud (2010) é necessário que possa distinguir uma transferência
“positiva” da “negativa”, para distinção daqueles sentimentos amorosos, afetuosos e aqueles
avessos. O que se considera como transferência “positiva” se dissolve de sentimentos
fraternos, afetivos que estão passíveis na consciência e/ou os que se estendem a estes
estão presentes no inconsciente. Enquanto, a transferência “negativa” é mostrada que são
de fontes eróticas, e que o entendimento destas formações da pulsão de sentimentos como
amizade, afetivo, confiança, entre outras representadas na realidade psíquica do sujeito, ou
seja, estão dentro do campo inconsciente.
A psicanálise nos mostra que algumas pessoas que estão ligadas somente
por sentimentos de estima e respeito, são consideradas como objetos sexuais para o
inconsciente dele. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2019) em seus dados
mundiais sobre as mortes por suicídio, conota que a cada 40 segundos uma pessoa comete
suicídio no mundo, dentre esse índice a idade das pessoas são entre 15-35 anos, a estima-
se que no ano de 2000 cerca de um (01) milhão de pessoas vieram a óbito em decorrência
deste fator, tornando a morte por suicídio entre as dez causas de mortes mais frequentes
no mundo.
20
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 01
De acordo com a OMS (2006) à taxa de suicídio entre os homens são maiores
do que no grupo das mulheres e existem dois picos que são em jovens com as idades
entre 15-35 anos e idosos de 75 anos aproximadamente, dentre estes dados nas cartilhas
da OMS (2006), encontram-se dados de grupos com risco de vulnerabilidade, que são
pessoas recém-divorciadas, viúvos e solteiras são mais provenientes as mortes por suicídio
do que pessoas casadas.
Para Freud (2010) os sentimentos são transferidos de uma pessoa para outro,
sendo estes sentimentos investidos no sujeito desde a infância, o mesmo cresce com estes
investimentos, administra e ao longo de sua vida os vai repetindo nas relações afetuosas
com os mesmos. No decorrer da coleta dos dados deste artigo, buscou-se pesquisas
científicas que pudessem dar vazão à hipótese que foram levantadas, contudo, desta
forma conseguiu-se identificar que a base para que o amor transferencial se desenvolva
é através do narcisismo primário e secundário. O sujeito busca amparar esse desamparo
em outros objetos libidinais, assim passa a transferir para suas figuras amorosas estes
elementos “possam completar”, “suprir um vazio”, sendo que o narcisismo cobra está
lacuna ser “fechada”, como na inscrição do narcisismo primário, somos. Portanto, talvez
por o sujeito não ter sido devidamente castrado, bem como amparados pela maternagem,
o sujeito não consegue lidar com frustrações e quando acontece o rompimento, o ciclo de
repetições do amor transferencial é consumido e individuo acaba por ser atravessado por
estar lembrança de desamparo. De acordo com Freud (2010) para o sujeito, este sofrimento
psíquico é impossível, inconscientemente, de ser amparado. Então o morrer cabe como
única alternativa, já que o referido se sente incompleto de qualquer jeito, achando que não
suporta a frustração melancólica de sua angústia, a existência em desamparo, a mesma
incompletude em um ciclo de repetição constante de parceiro após parceiro, tendo os
mesmos ciclos que causam dores.
Este amor leva o homem a uma repetição em sua vida adulta, com diz Freud (2010)
em Introdução ao Narcisismo, ela se dá quando os investimentos de amor são feitos pelos
pais ou exemplares, ele absorve estes sentimentos fazendo a separação do que seria do
seu Eu e o que seria do mundo externo. Torna-se ou não algo patológico quando o sujeito
não consegue administrar estes sentimentos ou não quando acontece a castração, ou seja,
a separação do Outro para com o seu Eu.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
21
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 01
que foi de total relevância para poder se obter resultados bastante satisfatórios no que
se referem às pesquisas no campo psicanalítico e da psicologia, os escritos de autores
psicanalíticos foram de suma importância para que fosse constatado parcialmente o que
está na proposta.
Durante as pesquisas que foram realizadas para se fazer a coleta de dados que
pudessem constatar as vertentes de conhecimentos empíricos, que o sujeito transfere os
sentimentos que são adquiridos durante a infância, concentrando na figura do parceiro suas
pulsões, quando o mesmo se frustra em relação há estas emoções, quando o mesmo vem
à tona e passa a entrar em um estágio melancólico do adoecimento, ele não consegue
administrar esta angústia, achando como única solução a autopunição como descreve
Freud (2010) em seus escritos.
Nas interpretações que foram feitas a partir das leituras realizadas, o sujeito
desenvolve os sentimentos de amor que são ofertados por seus cuidadores desde a
infância, levando para a vida adulta em forma de repetição, transferindo estes anseios de
suas pulsões libidinais para o Outro inconscientemente, sendo eles positivos ou negativos
como é descrito na discussão e resultados. A infância tem um valor total significativo, pois
é nela que a formação do Eu se concentra e é a partir desta formação que ele escolhe a
pessoa vai amar.
Dentre o que foi proposto nos objetivos do projeto de pesquisa, estava inserido
compreender se há relação entre o amor transferencial e suicídios pós-términos de
relacionamento; não foram encontrados materiais em nenhuma das plataformas propostas,
ou em qualquer outra fonte de pesquisa científica para a coleta destes dados específicos,
para que se obtenham estes dados. Fazendo com que este estudo seja pioneiro dentre o
contexto psicanalítico, a partir da falta destes dados teóricos notou-se que as motivações
para as mortes por suicídio são pouco ou não são discutidas nos campos científicos, a falta
da fala sobre, acaba por acarretar desconhecimento e a não criação de subsídios para
prevenção.
Não houve pesquisas após os escritos de Freud em Luto e Melancolia, desta forma,
este estudo passa a ser pioneiro e primordial para se compreender este estágio em que o
sujeito se encontra. Isso mostra que apesar de serem bastante debatidos meios preventivos
para que se combata de fato o suicídio, as causas que não estejam relacionadas à depressão
não são faladas, sabemos que há esta relação, pois quem tenta ou comete o ato suicida,
mostra que deseja cometer tal ato, talvez buscando pedir ajuda e ser escutado.
22
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 01
REFERÊNCIAS
FERENCZI, S. Transferência e Introjeção. (1909). In: Obras Completas, Psicanálise I. São Paulo:
Martins Fontes, 1991. Acesso em 15 de setembro de 2022 às 17h51min < https://www.scielo.br/j/
agora/a/RFyY4JM3WZKphSxXXZbpncS/?lang=pt >
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GUERRA, Andréa M Campos. Pesquisa em Psicanálise. Minas Gerais. Ed. UEMG, 2010, 179p.
Disponível em: https://www.pucminas.br/pos/psicologia/DocumentosGerais/Publicacoes/pesquisa-
em-psicanalise-producao-na-universidade.pdf acesso em: 22 de novembro de 2022.
MEZAU, R. Pesquisa teórica em Psicanálise in: Psicanálise e Universidade, Revista da PUC – SP.
N. 1, 1994.
WHO. World Health Organization. Suicide worldwide in 2019. Geneva; 2019. Disponível em:
https://www.who.int/publications/i/item/9789240026643. Acessado em: 22 de novembro de 2022.
23
Capítulo Síndrome de Burnout em
02
psicólogos pós-pandemia: o
esgotamento do acolher
Ily Luna Melani
Guilherme Alcantara Ramos
Michele Freitas
Neilice Matos
Bruno Gadonski
Alexia Ferreira Nogueira
RESUMO
INTRODUÇÃO
Capítulo 02
Na classificação, a Síndrome de Burnout sustenta o código QD85 e compõe a lista
de doenças ocupacionais, ou seja, patologias de ordem física ou psicológica que tenham
sido criadas ou eliciadas pelo exercício do trabalho de um profissional. De acordo com a
Lei nº 8.213/91, em seu artigo 20, a doença ocupacional ou profissional “é a enfermidade
desencadeada ou produzida pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e/
ou em função de condições especiais em que o trabalho é realizado” (PLANALTO, 1991).
METODOLOGIA
JUSTIFICATIVA
25
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 02
de questões de saúde pública, questões financeiras, vivências particulares (como processos
de luto e experiências de estado de medo e vulnerabilidade), entre outros tantos aspectos,
reverberam em nossa sociedade no presente momento e necessitam de intervenção para
ampliar o bem-estar social.
26
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 02
sociedade (ORNELL et al., 2020). Os resultados do período turbulento de pandemia ainda
estão aparecendo e o impacto psicológico da rotina exaustiva de trabalho em profissionais
da saúde é tema de diversos artigos ao redor do mundo.
Por outro lado, há pouca literatura no que diz respeito ao impacto das consequências
da pandemia em profissionais de saúde mental, como psicólogos, que além de atuarem com
a população em geral também prestaram apoio aos profissionais de saúde durante e depois
deste momento delicado. Encontram-se artigos anteriores à pandemia que já sinalizavam
uma necessidade de atenção para a saúde mental de psicólogos, pois indicam um aumento
em casos de Burnout na profissão. Um estudo realizado em 2009 com 497 psicólogos, nos
Estados Unidos, concluiu que cerca de 20% deles apresentavam sintomas de Burnout,
decorrentes principalmente de conflitos entre os domínios de trabalho e família (RUPERT;
STEVANOVIC; HUNLEY, 2009).
Outro estudo realizado no Brasil em 2014 com 518 psicólogos do Rio Grande do
Sul demonstrou que 11,6% dos participantes apresentavam sentimentos de baixa ilusão
pelo trabalho, 26,1% apresentavam alto nível de desgaste psíquico, 11,2%, apresentavam
indolência e 10,8% demonstravam sentimento de culpa (SPIENDLER RODRÍGUEZ;
CARLOTTO, 2014). O trabalho de cuidar do outro e acolher demandas emocionais intensas
e excessivas faz com que psicólogos estejam sujeitos ao Burnout, bem como o contato
frequente com o sofrimento e a dor e a falta de reconhecimento (LOPES; GUIMARÃES,
2016).
27
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 02
mais serviços relacionados a atividades administrativas e, até mesmo, a maior número de
atendimentos a pacientes com comportamentos negativos (RUPERT; MORGAN, 2005).
Descansar adequadamente e ter uma noite de sono com qualidade são outras
formas recomendadas que ajudam a diminuir o impacto do Burnout na vida da pessoa e
faz com que ela tenha um equilíbrio entre sua vida pessoal e o trabalho (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2023). Outra técnica que pode ajudar o paciente com Burnout seria o Mindfulness,
ou Atenção Plena, pois auxilia o indivíduo a perceber e acolher suas vivências internas
sem fazer juízos de valor, sem emitir julgamentos ou buscar transformá-las (BECK, 2013).
Existem diversos processos nas organizações que podem ser aprimorados por meio da
prática de Atenção Plena. Isso inclui evitar interpretações simplistas, fortalecer a resiliência
e lidar com preocupações relacionadas a falhas. Além disso, compreender a relação entre
Mindfulness e os processos de tomada de decisão nas organizações é fundamental para
melhorar a capacidade de discernimento (MARKUS; LISBOA, 2015).
Outra técnica encontrada que pode ajudar é a técnica do Coping, fundamentada por
Folkman e Lazarus (1984), que se trata de uma resposta que busca fortalecer, estabelecer
ou preservar a sensação de controle pessoal diante de uma situação estressante. Ter um
amplo conjunto de habilidades sociais é uma das formas de ampliar as recompensas, uma
vez que a pessoa é capaz de lidar com problemas imediatos e reduzir possíveis desafios
futuros, demonstrando respeito tanto por si mesma quanto pelos outros (COSSALTER;
ANGOTTI; CIPPOLA, 2017).
As técnicas de Coping são usadas para prevenir ou reduzir uma ameaça, dano,
perda ou sofrimento, cujas estratégias de enfrentamento utilizadas pelo indivíduo são
cruciais para a transição do estresse ocupacional ao desenvolvimento da Síndrome de
Burnout, o que afeta diretamente sua qualidade de vida. Alguns exemplos dessa técnica
são: suporte social, resolução de problemas, autocontrole, afastamento e fuga-esquiva,
confronto, reavaliação positiva, e aceitação de responsabilidade. Sendo que a estratégia de
enfrentamento a intervenção mais utilizada por profissionais que lidam com trabalhadores
com estresse (HYMOVICH; HAGOPIAN,1992).
28
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 02
estresse. Dessa forma, ele poderá adotar estratégias assertivas e eficazes para lidar com o
estressor, o que resultará na interrupção do avanço do processo e na redução do estresse
ocupacional (ZOMER; GOMES, 2017).
O descanso físico inclui o descanso ativo sendo ele atividades suaves, como ioga,
alongamento e massagem terapêutica, que ajudam a aumentar o fluxo sanguíneo para os
músculos, diminuem o estresse e aumentam a cura do corpo e o descanso passivo inclui
o sono, dormir mais de 7 horas por dia, e tirar cochilos (se necessário). Uma pessoa sem
descanso mental pode ter pensamentos acelerados e pode apresentar dificuldade em se
acalmar para se concentrar ou adormecer. Soluções como programar pausas a cada duas
horas durante o dia, para não fazer nada além de descansar o cérebro, e anotar seus
pensamentos ao longo do dia ou antes de dormir para limpar sua mente (DALTON-SMITH,
2017).
A falta de descanso emocional ocorre quando você sente que não consegue ser
autêntico. Há soluções como passar o tempo com pessoas que você pode ser autêntico, e a
terapia também é um ambiente seguro e vulnerável. As principais necessidades espirituais
incluem um propósito, o amor e um sentimento de pertencimento. Quem não tem descanso
espiritual pode apresentar problemas para sentir o que faz no dia a dia. Encontrar uma
comunidade forte e entrar em contato com suas próprias crenças, seja por meio de uma
cultura baseada na fé ou não, pode ajudá-lo (DALTON-SMITH, 2017).
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Capítulo 02
proposta de intervenção intitulada “Círculo de Atividades – Cuidando de Nós”. A ideia é
promover encontros quinzenais na sede do CRP-PR (podendo se estender a outras sedes
de conselhos regionais e federais de psicologia) com psicólogos e estudantes de psicologia
para oferecer atividades que promovam o bem-estar laboral, a partir de recursos idealizados
exclusivamente para a categoria de psicólogos, além de promover discussões e debates
sobre o tema Burnout em psicólogos.
Cronograma:
• Das 16h às 16h15: Recepção de boas-vindas com entrega de kit contendo bolsa,
caderno e caneta do Círculo de Atividades, cronograma de todos os encontros e
“autoteste” de Burnout (ANEXO I).
Detalhamento de Atividades:
30
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 02
A roda de conversa é uma estratégia que possibilita dar protagonismo para as
pessoas apresentando uma oportunidade de diálogo e comunicação, em que todos os
conhecimentos compartilhados são igualmente importantes. De acordo com Sampaio et
al. (2014, p. 1301), as rodas de conversas: “possibilitam encontros dialógicos, criando
possibilidades de produção e ressignificação de sentido – saberes – sobre as experiências
dos partícipes. Sua escolha se baseia na horizontalização das relações de poder”.
Cronograma:
• Das 18h às 19h: Debate sobre a solidão na psicologia com psicólogos convidados.
Detalhamento de Atividades:
31
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 02
contato contínuo com pessoas portadoras de distúrbios psiquiátricos, incluindo sentimentos
negativos, como frustração com os resultados do trabalho, cansaço, medo de ser agredido
e desejo de mudar de emprego (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1996).
Cronograma:
Detalhamento de Atividades:
32
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 02
aprendizagem, aquisição de novas habilidades, a fim de proporcionar melhor qualidade de
vida” (FEDERAÇÃO MUNDIAL DE MUSICOTERAPIA, 1996).
Cronograma:
Detalhamento de Atividades:
33
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 02
riscos potenciais do tratamento proposto. A competência profissional é um pré-requisito
crucial para lidar com o burnout de maneira ética. Os psicólogos devem ter conhecimentos
atualizados sobre as melhores práticas de intervenção nesta condição, bem como
competências específicas para avaliar, diagnosticar e tratar de forma eficaz o Burnout. O
estabelecimento de uma relação terapêutica baseada no respeito, empatia e confiança é
fundamental para a criação de um ambiente seguro no qual o paciente sinta-se à vontade
para comunicar suas dificuldades relacionadas ao burnout (CFP, 2005).
RESULTADOS ESPERADOS
34
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 02
Além disso, este trabalho pretende dar suporte em um período complicado de pós-
pandemia, em que ainda estamos percebendo enquanto sociedade as sequelas deixadas
por esta situação emergencial de saúde pública. Apoiar as pessoas que ainda sofrem com
as consequências de tal período é uma maneira de acelerar a retomada social para que se
possa seguir em frente e progredir coletivamente.
REFERÊNCIAS
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 02
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 02
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S0718-24492014000300008
37
Capítulo Atendimento odontológico a
03
pacientes com HIV
Ioniff de Paula Costa Tavares
Bruno de Sousa Carvalho Tavares
RESUMO
O número de pessoas que são portadoras pelo vírus HIV, tem passado
de milhares em todo o mundo. Por esse motivo é importante proporcionar
uma qualidade de vida maior para essa parte da população, a integração
da odontologia no atendimento de pacientes acometidos pelo vírus HIV,
é de suma importância pois os primeiros indícios da doença, são através
de manifestações bucais. Neste sentido devemos identificar os serviços e
ações de saúde bucal voltadas para pacientes com HIV, devido se tratar
de uma patologia que ataca o sistema imunológico do paciente, necessi-
tam de cuidados bucais constante para que elevem sua expectativa de
vida. Método: Realizou-se um estudo de revisão de literatura onde foram
pesquisados em livros, dissertações e atividades científicos selecionados
através de busca nas seguintes bases de dados Scielo, Google Acadêmi-
co, Pubmed. Resultados: Os trabalhos analisados sugerem a importância
do atendimento a pacientes portadores do vírus do HIV, com intuito de
promover a saúde bucal e evitar agravos na saúde geral desse indivíduo.
Conclusões: Desta forma é imprescindível que seja incluído estudos com
foco na atenção odontológica a pessoas portadoras do vírus HIV, abor-
dando suas necessidades mais especificas, em busca de qualidade de
vida.
INTRODUÇÃO
Capítulo 03
bucal é fundamental para se garantir a saúde em geral de uma pessoa, inclusive aos
pacientes com HIV, que necessitam de cuidados buscais constantes para que elevem sua
expectativa de vida, tornando-se necessário que os profissionais que os cirurgiões-dentistas
atualizem constantemente suas práticas para propiciar atendimento especializado aos
pacientes soropositivos, visto que o atendimento a estes indivíduos requer conhecimentos
aprofundados e manuseio de técnicas especializadas, para se evitar a contaminação.
DESENVOLVIMENTO
Metodologia
Esse trabalho foi elaborado a partir de uma revisão de literatura onde serão
39
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 03
pesquisados livros, dissertações e artigos científicos selecionados através de busca nas
seguintes bases de dados; Google Acadêmico e SCIELO.
Resultados e Discussão
Nesta linha Ribeiro et al. (2015), aduz que as pessoas que se encontram com
40
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 03
HIV, apresentam alguns tipos de lesões bucais, tal como a candidíase nas suas variadas
modalidades clínicas, assim como, doenças periodontais, gengivais, herpes simples,
leucoplasia pilosa e outras manifestações, que ocasionam danos à saúde bucal.
Figura 1 – candidíase de bochecha.
Fonte: md.saúde.
As lesões bucais e peribucais são comuns nos pacientes infectados pelo vírus HIV e
podem representar os primeiros sinais da doença, antes mesmo das manifestações
sistêmicas, por isso, torna-se crucial para o profissional dentista, reconhecer tais
lesões, tomar as medidas de segurança além de informar o paciente sobre a ne-
cessidade de buscar por mais informações sobre tais lesões, isso é, encaminha-los
para outros procedimentos capazes de identificar a soropositividade no organismo.
41
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 03
vida destes pacientes, por isso é necessários profissionais odontologia capacitados para
atuar diretamente no contato com esses pacientes, de modo a atuar no reconhecimento
precoce das manifestações bucais.
Nesta linha Moreno et al. (2021), aduz que de acordo com o Código de Ética
Odontológica, os pacientes devem receber o melhor atendimento no consultório
odontológico, independente da condição de cada paciente. De modo que o profissional de
odontologia propicie aos pacientes melhor qualidade de vida. Deste modo, o profissional
de odontologia deve manter-se preparado para atender pacientes que apresentam os mais
variados quadros de infecção, inclusive os pacientes soropositivos.
Para pacientes com diagnóstico de HIV-AIDS, o dentista deve seguir alguns proce-
dimentos. Uma delas é comprovar que o paciente recebeu atendimento médico es-
pecializado, depois, antes de iniciar o tratamento, deve seguir algumas das normas
apontadas pela Coordenação Nacional de DST e Aids.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
42
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 03
uploads/2022/04/tratamento-odontologicoempacientes-soropositivos-hiv-e-a-conduta-etica-dos-
profissionais-deodontologia.pdf. Acessado em: 30/03/2023 as 16:40.
SILVA, L.V.R. et al. Tratamento das manifestações bucais de pacientes HIV-positivos: Revisão
integrativa. RSC online., vol. 6, n. 3, p. 133-147, set., 2017.
43
Capítulo Importância da promoção de
04
saúde bucal nas escolas
Gabriela de Matos Siqueira
Bruno de Souza Carvalho Tavares
RESUMO
INTRODUÇÃO
Capítulo 04
higiene bucal.
As existências de doenças bucais que podem prejudicar na saúde não são poucas,
e nas escolas sendo públicas ou privadas, podem se apresentar em diferentes graus, como
uma periodontite, fluorose e até mesmo a famosa carie por exemplo, que pode causar dores,
infecção e até a perda do dente. Os motivos são multifatoriais e a importância do ensino
na escola desde o fundamental ajudará no amadurecimento e na prevenção, além de levar
saúde bucal para toda a família, pois a educação não só vem de casa. São profissionais
como do Programa Saúde na Escola (PSE) visam prevenção, promoção e ação com
objetivos de incentivar e contribuir para melhora a saúde da população e levantamento de
dados para a obtenção do controle da saúde em questão.
DESENVOLVIMENTO
Metodologia
Resultados e discussão
45
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 04
baseando-se nas atitudes do profissional diante do usuário.
46
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 04
assimilam informações rapidamente e são capazes de incorporar novos hábitos saudáveis
com facilidade, levando-os até mesmo para seu ambiente familiar e, portanto, atuando
como multiplicadores do conhecimento em saúde (ALMAS et al., 2003; MASTRANTONIO
et al., 2002).
Uma vez que o paciente é motivado a cuidar da sua higiene bucal e da sua
alimentação, espera-se que ele passe a ter consciência de sua condição tornando-se
47
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 04
disposto às mudanças. Isso pode levá-lo a colocar em prática todas as orientações que
lhe foram passadas. Desta forma, torna-se sujeito de sua própria condição de bem-estar
(SABACHUJFI et al., 1999).
Atividades como palestras, peças teatrais e jogos podem ser realizadas na escola
para facilitar o ensino-aprendizagem sobre saúde bucal. As tecnologias digitais podem
ser aplicadas para disseminar o conhecimento e alcançar efetivamente os estudantes. A
tecnologia renova e implanta a compreensão das práticas de saúde, reestrutura os modelos
assistenciais e de prevenção que podem reforçar e otimizar os benefícios da promoção de
saúde bucal (TENÓRIO et al., 2014).
Dessa forma, o odontólogo tem buscado fazer maior uso da educação em saúde,
em sua prática, possibilitando a construção de uma relação mais próxima entre ele e seus
pacientes. Essa aproximação desenvolve-se nas ações educativas na escola, pois nesse
contato despretensioso, no qual a criança está no seu ambiente cotidiano, sem o medo da
cadeira odontológica, o vínculo ultrapassa a relação profissional/paciente, estabelecendo
relação direta de confiança entre esses sujeitos, muito importante para a continuidade do
tratamento (PINHEIRO et al.,2010).
CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
ALMAS, K. et al. The knowledge and practices of oral hygiene methods and attendance pattern
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 04
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49
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 04
TENÓRIO, L. C. et al. Educação em Saúde através das novas tecnologias da informação e
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TOASSI RFC, PETRY PC. Motivação no controle do biofilme dental e sangramento gengival em
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50
Capítulo A humanização da assistência
05
em enfermagem no cuidado
ao paciente: uma revisão de
literatura
The humanization of nursing
care in patient care: a literature
review
Erica Santos Silva
Centro de Educação Tecnológica de Teresina - CET
Marizete Silva Campos de Moura
Centro de Educação Tecnológica de Teresina – CET
Lorena Rocha Batista de Carvalho
Centro de Educação Tecnológica de Teresina – CET
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo descrever as condutas de enferma-
gem na assistência humanizada, por meio de uma revisão da literatura.
Os dados foram levantados por meio das bases de dados: Biblioteca Virtu-
al da Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), La Litera-
tura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) a partir
de trabalhos publicados entre 2018 e 2022, utilizando palavras chaves
como: Política Nacional de Humanização (PNH); Humanização hospitalar;
Assistência em enfermagem; Enfermagem no cuidado ao paciente. Para
a seleção dos artigos utilizou-se critérios de inclusão e exclusão. Foram
encontrados um total de 3.349 estudos, sendo na base de dados Bvs (n
= 1.751), SciELO (n = 245) e Lilacs (n = 1.353), contudo quando aplica-
dos os critérios de exclusão e inclusão restaram 483 estudos, na Bvs (n
= 292), SciELO (65) e Lilacs (126). Restaram apenas 15 artigos para a
construção do trabalho, sendo na BVs (n = 6), SciELO (n = 4) e Lilacs (n
= 5). Os estudos foram dispostos em um quadro organizado conforme a
base de dados, título, autores/ano, metodologia e conclusões. A partir do
presente estudo ao término da pesquisa, concluiu-se que a humanização
da assistência de Enfermagem, abrange todos os setores e serviços que
prestam atendimento de saúde. A humanização é uma ferramenta primor-
dial para a reabilitação e recuperação da saude do paciente, uma vez que
a complexidade humana exige uma assistência de qualidade levando em
consideração a gravidade do quadro de saúde do paciente.
Palavras-chave: humanização. assistência de enfermagem. cuidado do
paciente.
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.5 51
AYA Editora©
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 05
ABSTRACT
This study aims to describe how the nursing team can act to improve the well-being of pa-
tients, through humanized behaviors in care through a literature review. Data were collected
through databases such as the Virtual Health Library (BVS), Scientific Electronic Library On-
line (Scielo), Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (Lilacs) based on
works published between 2018 and 2022, using keywords such as: National Humanization
Policy (PNH); Hospital humanization; Nursing assistance; Nursing in patient care. For the
selection of articles, inclusion and exclusion criteria were used. A total of 3,349 studies were
found, in the Bvs (n = 1,751), SciELO (n = 245) and Lilacs (n = 1,353) databases, however,
when the exclusion and inclusion criteria were applied, 483 studies remained in the Bvs (n
= 292), SciELO (65) and Lilacs (126). Only 15 articles remained for the construction of the
work, being in BVs (n = 6), SciELO (n = 4) and Lilacs (n = 5). The studies were arranged in
a table organized according to the database, title, authors/year, methodology and conclu-
sions. From the present study to the end of the research, it is concluded that the humaniza-
tion of nursing care covers all sectors and services that provide health care. Humanization is
a key tool for the rehabilitation and recovery of the patient’s health, since human complexity
requires quality care, taking into account the severity of the patient’s health condition.
INTRODUÇÃO
52
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 05
das condições de trabalho destes profissionais, pois quando há um respeito e valorização
mútuos, os profissionais desempenham um trabalho mais eficiente na instituição em que
trabalham, sem contar com as jornadas abusivas de trabalho que se fazem geradoras de
estresse físico e emocional.
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura (RI), que tem como objetivo
mapear os conteúdos dos documentos para estudar a incidência de um fenômeno por
meio da constatação de sua ocorrência em outros estudos (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO,
2008). Esse tipo de estudo permite analisar e sintetizar o conhecimento produzido de forma
ordenada e sistemática, com a finalidade de gerar um todo consistente e significativo por
meio de achados oriundos de estudos diversos e representativos sobre determinado tema
(RABELO; PINTO, 2019).
Coleta de dados
Os dados foram levantados por meio de base de dados como Biblioteca Virtual da
Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), La Literatura Latino Americana e
do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) a partir de trabalhos publicados entre 2018 e 2022,
utilizando palavras chaves como: Política Nacional de Humanização (PNH); Humanização
hospitalar; Assistência em enfermagem; Enfermagem no cuidado ao paciente.
53
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 05
aos descritores e texto que estejam relacionados diretamente ao tema proposto. Como
critérios de exclusão foram eliminados as publicações que não atenderam os critérios
estabelecidos na metodologia, bem como os que não descreveram sobre a temática
definida.
Os dados necessários para a realização foram obtidos através da leitura dos artigos
na íntegra com o objetivo de sistematizar os achados. Depois de lidos, foram elencados os
artigos que fizeram parte da amostra; e estes foram registrados em ficha própria contendo
dados do periódico como a base de dados, título, autores/ano de publicação, metodologia,
conclusões e achados da pesquisa.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
54
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 05
Quadro 1 - síntese das principais informações dos artigos, quanto à base de dados,
título, autores/ano, metodologia e conclusões.
BASE DE TITULO AUTORES/ANO METODOLOGIA CONCLUSÕES
DADOS
BVS A humanização da SOARES, Revisão integra- Observou-se que a humanização
enfermagem nos Giovanna et al. tiva. do atendimento da enfermagem
cenários de urgên- (2022). não depende exclusivamente da
cia e emergência. capacitação do corpo de en-
fermagem, mas envolve outros
coeficientes, como: infraestrutura
hospitalar e recursos humanos.
BVS A comunicação SILVA, Bruna Revisão integrati- A comunicação é uma ferramenta
entre a enferma- Aparecida de va da literatura. importante na prática cotidiano
gem e os pa- Oliveira; SOU- da enfermagem possibilitando
cientes em uma ZA, Diala Alves acolhimento, humanização, acei-
unidade de terapia (2022). tação do tratamento, segurança
intensiva: dilemas do paciente contribuindo para
e conflitos. uma assistência eficiente e de
qualidade.
BVS Fundamentos FERREIRA, Revisão da litera- Os princípios básicos do cuidado
Nightingaleanos, Márcia et al. tura. propostos por Nightingale refle-
cuidado humano e (2020). tem-se em atuais políticas de
políticas de saúde saúde, contribuindo para ampliar
no Século XXI. a autonomia dos profissionais
de enfermagem, na oferta de
cuidados baseados em conceitos
próprios, em favor de uma Enfer-
magem Integrativa e Humana.
BVS Insuficiências na SALCI, Maria Pesquisa qualitati- A atenção às pessoas usuárias
aplicabilidade das Aparecida et al. va avaliativa. de insulina apresentou fragilida-
políticas direcio- (2020). des, sem uma abordagem que
nadas ao diabe- prevenisse os riscos inerentes a
tes mellitus e a esta terapêutica, além de dificul-
humanização na dades no acompanhamento e
atenção primária. orientações por parte dos profis-
sionais, com vistas à totalidade
e integralidade da atenção em
saúde a essa população.
BVS Escuta terapêuti- NASCIMENTO, Revisão de inte- A escuta é uma eficiente tecnolo-
ca: uma tecnolo- João Matheus, grativa da litera- gia terapêutica que pode e deve
gia do cuidado em et al. (2020). tura. ser implementada em diversos
saúde mental. cenários, mas que carece de
maiores pesquisas acerca do
impacto nos diferentes níveis,
requerendo o desenvolvimento
de habilidades técnicas para sua
melhor operação.
BVS Humanização da PAULA, Carla Estudo quanti- Chegou-se à conclusão de que
assistência: aco- Fernanda et al. tativo, analítico, os usuários estão satisfeitos com
lhimento e triagem (2019). transversal. a atuação da Enfermagem na
na classificação humanização da assistência, no
de risco. acolhimento e na triagem com
classificação de risco, nos servi-
ços médicos de emergência.
SciELO Acolhimento e OLIVEIRA, Estudo qualitativo. O acolhimento e a ambiência
ambiência hospi- Caroline et al. hospitalar vão além de melhorias
talar: percepção (2022). físicas e vínculos utilitaristas ou
de profissionais da funcionais. Os mesmos podem
saúde. ser considerados indutores e am-
pliadores de promoção da saúde,
tanto de gestores e colaborado-
res quanto de usuários.
55
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 05
BASE DE TITULO AUTORES/ANO METODOLOGIA CONCLUSÕES
DADOS
SciELO Enfermagem e SOUZA, Bruna Pesquisa de cam- Os achados revelaram que a
gestantes de alto Felisberto et al. po com enfoque ênfase no manejo biomédico
risco hospitaliza- (2020). qualitativo. do risco obstétrico e limitações
das: desafios para estruturais e organizacionais do
integralidade do trabalho acabam por dificultar a
cuidado. incorporação ao cotidiano do cui-
dado de preocupações e saberes
necessários à construção de sua
integralidade.
SciELO A humanização PERBONI, Jés- Estudo de abor- Os resultados demonstraram
do cuidado na sica Siqueira et dagem qualitativa que a maioria dos enfermeiros
emergência na al. (2019). exploratória. entendem que o conceito de hu-
perspectiva de manização faz parte do cuidado
enfermeiros: en- de enfermagem e da assistência
foque no paciente de qualidade.
politraumatizado.
SciELO Humanização SALVATI, Caro- Pesquisa-ação. O acolhimento e a ambiência,
hospitalar: cons- line de Oliveira, com vistas à humanização hospi-
trução coletiva de et al., 2021. talar, perpassam pela implemen-
saberes e práticas tação de estratégias concebidas
de acolhimento e com a participação responsável e
ambiência. multiplicadora de todos os atores
(profissionais e usuários) do
hospital.
LILACS Humanização no LIMA, Deivson Pesquisa explora- O estudo identificou que o cui-
cuidado em saúde Wendell et al. tória, de aborda- dado em Enfermagem em saúde
mental: compreen- (2021) gem qualitativa. mental é preciso modificar as re-
sões dos enfer- lações que os discursos biomédi-
meiros. cos mantem com os que buscam
uma pratica humanizada.
LILACS Percepção da BARBOZA, Estudo descritivo A humanização envolve aspec-
equipe multidisci- Beatriz Coêlho de abordagem tos inerentes à condição de ser
plinar acerca da et al. (2020). qualitativa. humano, e, para sua efetivação,
assistência huma- é necessário o envolvimento de
nizada no centro toda a equipe multidisciplinar nos
cirúrgico. cuidados com os pacientes.
LILACS Humanização e NASCIMENTO, Revisão sistemá- Os dados direcionam para a
tecnologias leves Francisco Ju- tica. percepção das várias formas de
aplicadas ao cui- nior, (2021). se possibilitar a humanização e a
dado de enferma- utilização das tecnologias leves
gem na unidade no atendimento ao paciente em
de terapia inten- Unidade de Terapia Intensiva,
siva: uma revisão sendo indiscutível a importância
sistemática. de se ter uma visão holística para
a prestação de um serviço de
assistência integral, atingindo os
pacientes e familiares, devendo
as tecnologias duras serem con-
jugadas a este processo.
LILACS Assistência huma- SANTOS, Entrevista. Na percepção dos enfermeiros
nizada: percepção Emilenny Lessa, intensivistas, ofertar uma assis-
do enfermeiro (2018). tência agregada à humanização
intensivista. é importante, por influenciar no
tratamento e na recuperação do
paciente.
LILACS Humanização da OLIVEIRA, Revisão integrati- No contexto da unidade de
assistência de Amanda Kar- va da literatura. terapia intensiva, a humanização
enfermagem na la Silva et al. da assistência de enfermagem
unidade de terapia (2018). influencia na melhora da qualida-
intensiva. de do tratamento do paciente.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 05
Desafios da implementação da humanização da assistência nos setores
de saúde
Os estudos de Salci et al. (2020) corroboram com esses achados, pois também
encontraram insuficiências nas políticas públicas destinadas à assistência ao paciente com
Diabetes Mellitus na Atenção Primária. Um dos problemas encontrados foram fragilidades
na atenção às pessoas que usam insulina, pois não havia uma abordagem que previam os
riscos inerentes à doença. Assim, além das pessoas não serem acompanhadas e orientadas
adequadamente, a humanização da atenção foi comprometida por falta de atitudes dos
profissionais de saúde.
Segundo Paula et al. (2019) o Acolhimento com Classificação de Risco nos setores
de Urgência e Emergência é um mecanismo fundamental para qualificar e humanizar a
assistência. O enfermeiro é o profissional mais indicado pelo Ministério da Saúde para
realizar a Classificação visto que é uma competência legal e regulamentada pelo Conselho
Federal de Enfermagem de acordo com a Resolução Cofen 423/2012. Assim, isso
estabelece prioridades no atendimento por meio das manifestações clínicas dos pacientes,
ofertando mecanismos necessários para a assistência, assim como o ambiente, objetivando
o acolhimento e o atendimento humanizado.
Capítulo 05
Os estudos de Silva e Souza (2022) abordam a comunicação entre a enfermagem e os
pacientes em uma unidade de terapia intensiva (UTI). Os dados da pesquisa demonstraram
que a comunicação nesse setor contribui como um instrumento facilitador da humanização,
pois faz com que as relações entre enfermeiro e paciente aconteçam, representando um
processo recíproco, favorecendo o diálogo, onde necessita estar presente às emoções, o
respeito e os interesses de cada um.
Ainda sobre a questão da ambiência, nos estudos de Oliveira et al. (2022), avaliou
a percepção dos profissionais sobre o acolhimento e a ambiência hospitalar no processo
de assistência ao paciente. De acordo com a pesquisa, para os profissionais, a ambiência
deve ser caracterizada de forma ampliada e além das características físicas, como a cor,
acústica, claridade, tamanho, deve promover interação e compartilhamento de experiências,
proporcionando relações saudáveis de convivência.
58
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 05
de superar as dificuldades em estabelecer um processo comunicativo, estruturado e
afetivo, fundamentado na compreensão das necessidades de vida e saúde dos sujeitos
(NASCIMENTO et al., 2020).
Outro estudo desenvolvido por Lima et al. (2021) ratifica com esta pesquisa e
aborda a humanização no cuidado em saúde mental por meio da compreensão dos
enfermeiros. Os resultados demonstraram que o cuidado em enfermagem em saúde mental
ainda se encontram atrelados ao modelo manicomial, culminando em práticas focadas na
medicação, ações desarticuladas e sem participação do paciente. Assim, o estudo concluiu
que é preciso aprofundar ainda mais as estratégias que materializem a incorporação dos
princípios da humanização para os enfermeiros e também na relação com os usuários.
O estudo de Oliveira et al. (2018) corrobora com esta percepção, pois a Unidade
de Terapia Intensiva – UTI é um setor complexo para o paciente e para seus familiares,
e também para os profissionais de saúde no que se refere à humanização, pois muitas
vezes surgem situações difíceis e irreversíveis. Assim, os familiares dos pacientes cultivam
esperanças para que haja a cura e reabilitação do seu ente, e ao mesmo tempo aflitos e
ansiosos, com medo da morte. Dessa maneira, a equipe de enfermagem deve se atentar
para a humanização da assistência, a fim de apoiar o paciente e seus familiares.
59
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 05
O estudo de Santos et al. (2018), analisou a percepção do enfermeiro intensivista
sobre a assistência humanizada por meio de um estudo analítico em um hospital público.
Por meio da pesquisa, percebeu-se que os enfermeiros reconhecem a importância de se
ter uma visão holística para a prestação de uma assistência voltada ao atendimento integral
do paciente. Para os enfermeiros, a humanização não é uma técnica, um artificio, mas um
processo complexo, abrangente e dinâmico.
Assim, a humanização não é apenas uma técnica e sim um artificio que engloba todo
o ambiente e os sujeitos nele que estão inseridos na assistência. O cuidado de enfermagem,
além da técnica, possibilita a valorização das queixas do paciente, e as necessidades
individuais, atentando-se para os aspectos psicológicos, emocionais e afetivos. No que se
refere aos profissionais de saúde, estes precisam fortalecer a comunicação, o contato e
valorizar os usuários por meio do diálogo e a escuta qualificada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 05
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 05
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 05
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63
Capítulo O enfermeiro nos cuidados à
06
pacientes em tratamento de
hemodiálise: uma revisão de
literatura
The nurse in the care of patients
in treatment of hemodialysis: a
literature review
Cristiane da Rocha Oliveira de Medeiros
Graduada em enfermagem pelo Curso de Bacharel em Enfermagem do Centro
Universitário Estácio da Amazônia.
RESUMO
ABSTRACT
When the kidneys stop functioning properly, hemodialysis becomes the ide-
al treatment alternative. This process artificially filters the blood, allowing
health damaging residues such as excess salt and liquids to be removed
Capítulo 06
from the body. As it is a procedure that requires full patients adherence, the importance of
nursing care becomes fundamental, since it can positively influence the acceptability of tre-
atment which will enable to prolong their life expectancy. The present study aims to show
the relevance of the nurses in the care of patients undergoing hemodialysis treatment. This
is a descriptive research with qualitative approach, where the data were collected using a
systematic review of the literature. The guiding inferences were analyzed based on the bi-
bliographic study, recording the information and evaluating the knowledge of this professio-
nal in this field of activity. Thus, it is emphasized the relevance of the nursing professionals
in the care of chronic renal patients, as well as the need for constant professional updating,
especially with regard to current issues, fostering quality in the procedures performed.
INTRODUÇÃO
Para isso, é importante que o Enfermeiro nefrologista conheça bem seu paciente
individualmente, independentemente do diagnóstico. Ele precisa saber a limitação de cada
paciente, entender bem sua equipe e seu ambiente de trabalho, para que possa evitar o
65
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 06
agravamento de intercorrências que poderão surgir durante a terapia (LEGAN, 2016).
Neste contexto, o presente estudo foi motivado por observações feitas em nosso dia
a dia de trabalho em uma clínica de hemodiálise, os cuidados prestados a esses pacientes
e a percepção do impacto positivo que esse atendimento traz para a vida de alguém que se
sente completamente frágil e sem esperanças. Outro ponto seria a compreensão de que “o
saber cuidar” realmente pode fazer a diferença na vida das pessoas permitindo que tenha
esperanças e mais vontade de viver.
Nesse sentido, se fez uma análise de registros científicos que enfatizem o enfermeiro
nos cuidados à pacientes em tratamento de hemodiálise, com intuito de demonstrar os
impactos positivos que esse atendimento possa vir a ter para o paciente, comprovando
assim a relevância acadêmica e social deste estudo, considerando-se ainda sua possível
colaboração no auxílio de novas pesquisas sobre o estudo.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 06
OBJETIVOS
Objetivo geral
Objetivos específicos
METODOLOGIA
Tipo de estudo
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 06
Da análise e critérios de inclusão e exclusão
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 06
acometidos por insuficiência renal crônica, e que aproximadamente 70% destes têm
dificilmente em conseguir tratamento especializado, e diagnóstico, 71 mil fazem diálise e
entre 23 a 25 mil já foram submetidos a transplantes (FREITAS E MENDONÇA, 2016;
ALCALDE E KIRSZTAJN, 2018).
São raros os países que têm políticas de constatação precoce de Doença Renal
Crônica, além de que a maioria não reconhece a importância do encaminhamento oportuno
desses pacientes e a consequente carga econômica procedente de suas complicações
(FERNANDES et al., 2017)
69
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 06
financiamento, cerca de 90% do tratamento desses pacientes é de responsabilidade do
SUS (ALCALDE E KIRSZTAJN, 2018).
Assim, para que o enfermeiro desempenhe da melhor maneira o seu papel, ele
precisa se apropriar da sistematização da assistência de enfermagem, para, sobretudo poder
injetar conhecimentos na assistência ao paciente e caracterizar sua prática profissional,
contribuindo assim na definição de sua função da melhor forma possível (TRIGUEIRO et
al., 2014).
Por fim, este estudo mostra sua importância no sentido de que poderá oferecer
benefícios e contribuições ao enfermeiro, em particular ao nefrologista, pois destacará
os cuidados oferecidos por ele ao paciente em hemodiálise, demonstrando assim sua
importância para uma maior aceitação por parte do paciente ao tratamento, o que lhe
permitirá ter melhora em sua qualidade de vida.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 06
Para Freitas et al. (2018), a humanização oferecida pelo enfermeiro durante o
processo de hemodiálise é feita através de um ponto de vista interdisciplinar, e o enfermeiro
é a peça principal, por estar mais próximo do paciente oferecendo a ele recursos e táticas
que o permita passar por esse procedimento de forma mais branda, para isso é importante
criar uma relação de confiança, entre o paciente e seu cuidador, uma vez que este se
encontra bem fragilizado.
Uma vez que o enfermeiro é o profissional mais próximo do paciente e que de perto
tem acompanhado toda essa mudança na vida de seu cliente, caberá a ele auxiliar o renal
crônico em todo processo de recuperação e superação, nesse caso, é preciso que sua
assistência esteja voltada não só para o cuidar, mas também, o saber educar para que o
paciente se sinta seguro em realizar o processo hemodialítico.
Após uma análise mais aprofundada, observou-se que para alguns autores, o
enfermeiro tem de fato importância significativa no processo de permanência do paciente nas
sessões de hemodiálise, transferindo meios mais fáceis de entendimento da doença, com
intuito de que o paciente renal crônico tenha responsabilidade, mudança de comportamento
em relação ao seu estilo de vida e adquira mais esperança e perseverança conseguindo
assim adaptar-se bem a hemodiálise.
71
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 06
Quadro 1 - registro dos artigos selecionados sobre a importância dos cuidados da
enfermagem ao paciente em tratamento de hemodiálise.
Autor/Ano Título Resultados Conclusões
Oliveira et al. O papel do enfermeiro Nesse artigo ficou evidenciado Os autores comprovam que
(2020) no cuidado ao paciente que o enfermeiro é importante a enfermagem é fundamental
em tratamento hemo- nas ações de prevenção de no cuidado ao paciente em
dialítico. complicações do tratamento tratamento hemodialítico, com
hemodialítico e na promoção ações assistências destinadas
da saúde. a prevenir e tratar complica-
ções.
Kirsztaj, Doença renal crônica: Ficou constatado que a pre- A doença renal crônica tem
(2019) diagnóstico e preven- venção é a melhor forma de cura. Os diversos recursos de
ção. Sociedade Brasi- lidar com a doença renal, e tratamento podem evitar ou
leira de Nefrologia que isso pode ser conseguido pelo menos retardar a progres-
através de um diagnóstico são da doença para os está-
precoce. gios mais avançados.
Silva et al. Conhecimentos da Os profissionais de enfer- A equipe de enfermagem ne-
(2019) equipe de enfermagem magem reconhecem que os cessita de medidas educativas,
no cuidado intensivo a conhecimentos acerca dos como a educação permanente,
pacientes em hemodi- cuidados aos pacientes em para que possam organizar e
álise. hemodiálise são limitados e fo- prestar o cuidado aos pacien-
ram adquiridos por intermédio tes em tratamento hemodialíti-
de outros colegas. co fundamentados em conheci-
mentos técnicos e científicos.
Filomeno, Construção e validação Utilizando-se de uma consulto- Foi observada a importância
(2019). de instrumento para ria de enfermagem foi possí- dos cuidados de enfermagem
consulta de enferma- vel construir um instrumento para a melhora do pacientes,
gem em uma Unidade para registro das consultas sua contribuição na adesão ao
de Tratamento Dialítico de enfermagem voltado para tratamento e melhora de sua
a realidade de uma unidade autoestima.
de tratamento dialítico em um
Hospital Universitário do Sul do
Brasil
Oliveira & Ri- Assistência de en- Com base nos artigos analisa- Relata a importância da capa-
beiro, (2019) fermagem à criança dos, ficou evidente a carência citação da enfermagem, para
portadora de insufi- de estudos científicos sobre o que assim consiga intervir e
ciência renal crônica tema abordado, bem como, a atuar com competência no
na hemodiálise: uma gravidade da IRC na infância, setor de hemodiálise, a fim de
revisão integrativa reduzindo significativamente a garantir segurança ao paciente
qualidade de vida das crianças e a família.
acometidas.
Neto et al. O papel do enfermeiro O artigo mostra a importância Foi identificado nos trabalhos
(2017) de uma unidade de do enfermeiro na hemodiálise pesquisados que o profissio-
terapia intensiva na em uma UTI, onde o mesmo nal enfermeiro tem um papel
hemodiálise deve assistir o paciente de fundamental na hemodiálise,
forma integral, visando-o holis- pois é ele que lida diretamente
ticamente, estabelecendo uma com o paciente nesse procedi-
relação de confiança e segu- mento, prestando uma assis-
rança entre o paciente/enfer- tência digna e integral durante
meiro, priorizando os cuidados a realização do mesmo.
necessários e agindo prevenin-
do as complicações através de
intervenções que minimizem
sem que haja algum risco ao
paciente.
Rocha, et al. O Papel da Enferma- Os resultados apontam que na A efetivação de um trabalho
(2017) gem na Sessão de sessão de hemodiálise o papel de orientação, educação e
Hemodiálise. do enfermeiro abrange entre assistência ao paciente, além
outros aspectos a prevenção de permitir ao enfermeiro a
por meio de orientação ao realização do diagnóstico
paciente, no intuito de não prévio, pode evitar possíveis
agravar ou comprometer ainda complicações na sessão de
mais a situação. hemodiálise.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 06
Autor/Ano Título Resultados Conclusões
Aguiar, et al. Diagnósticos e inter- Os diagnósticos encontrados O tratamento da hemodiálise
(2017) venções de enfer- estão todos relacionados à ainda é envolto por detalhes,
magem do domínio riscos, o que evidencia o papel peculiaridades e complicações.
segurança e proteção do enfermeiro em desempe- Isto torna o enfermeiro res-
para pacientes em nhar ações preventivas com os ponsável por parte do controle
hemodiálise. pacientes e profissionais, pois de todos esses aspectos,
estes são responsáveis pelo pois inclui desde a supervi-
sucesso do tratamento. são das ações do técnico de
enfermagem a condições das
máquinas, insumos, gerência
dos múltiplos fármacos utili-
zados no tratamento, manejo
do ambiente, para conforto
dos pacientes, e controle da
infecção.
Pires et al. O papel da enferma- Evidencia-se que os cuidados Assim, a importância do papel
(2017) gem na assistência ao referidos pelos técnicos/auxi- do enfermeiro como educa-
paciente em tratamento liares de enfermagem incluem: dor e facilitador da atenção
hemodialítico. verificação do funcionamento ao cuidado, exige habilidades
da máquina de hemodiálise, especiais, assim como enten-
prevenção de infecção durante dimento dos sentimentos que
os procedimentos, verificação são expressos, no momento da
dos sinais vitais ou algum sinal sessão hemodinâmica.
de mal-estar do paciente.
Ramos, Qualidade de vida na Pacientes em diálise peritoneal Há importante subutilização da
(2014) Insuficiência Renal relataram menos “dor” do que diálise peritoneal em Pelotas.
Crônica: comparação os em hemodiálise. Não houve O menor relato de dor e esco-
entre pacientes em he- diferença para os demais do- res semelhantes nos demais
modiálise e em diálise mínios do SF-36. domínios de qualidade de vida
peritoneal em Pelotas justificariam sua maior utiliza-
– RS ção em nosso meio.
Fonte: Própria dos autores, (2021).
Na maioria dos trabalhos observa-se que os autores falam que uma equipe bem
capacitada é a chave para um tratamento eficaz (OLIVERA et al., 2020; SILVA, et al., 2019;
OLIVEIRA & RIBEIRO, 2019; NETO et al., 2017). Sem dúvida a capacitação profissional
e conhecimento ampliado traz segurança na atuação do enfermeiro, ele se torna capaz
de perceber possíveis complicações, além de ter ideias para solucionar todo e qualquer
problema.
73
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 06
O cuidado da enfermagem a pacientes em tratamento de hemodiálise é visto por
muitos autores, como algo essencial que precisa não só de estudo aprofundado para se
ter qualidade, mas também ser capaz de expressar e perceber sentimentos é preciso de
humanização (SALIMENA et al., 2018; PIRES et al., 2017; AGUIAR et al., 2017; ROCHA
et al., 2017). Assim, pode ser evidenciado que conhecimento e cuidado humanizado é um
diferencial para a sua atuação do enfermeiro frente ao paciente que necessita de cuidados
tão específicos. Ressalta-se que o interesse em se qualificar de forma constante precisa
prevalecer sobre qualquer outro. O saber cuidar e a forma de cuidar é essencial para se ter
sucesso profissional quando falamos em saúde e segurança do paciente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, o enfermeiro nesse processo com o paciente é a peça primordial por ficar
mais próximo do paciente oferecendo a ele recursos e táticas que o permita passar por esse
procedimento de forma mais branda. Para isso é importante estabelecer uma relação de
confiança, entre o paciente e seu cuidador, uma vez que este se encontra bem fragilizado.
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renal crônica. Braz. J. Nephrol. (J. Bras. Nefrol.) 2018;40(2):122-129.
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Capítulo 06
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78
Capítulo Treinamento de força: benefícios
07
para os obesos
Ana Carolina Ferreira da Silva
Caio Rodrigo de Freitas Rodrigues
José Igor Marcos Barbosa
Eziane Barbosa da Silva
Paula Fernanda de Souza Silva
Linsosval Nascimento Cavalcante
RESUMO
ABSTRACT
Capítulo 07
INTRODUÇÃO
Esta forma de exercício físico é utilizada para fins atléticos (melhorando o desempe-
nho do atleta), estética (desenvolvimento de massa muscular) e saúde (auxiliando
no tratamento de doenças musculares, esqueléticas, metabólicas, melhorando a
mobilidade, postura, etc.).
80
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 07
fatores de risco, é o que traz maiores benefícios ao organismo, diminuindo as chances de
desenvolver doenças cardiovasculares e melhorando a qualidade e expectativa de vida,
porque somente exercícios aeróbicos sustentados podem queimar as reservas de gordura
do corpo.
OBJETIVOS
Objetivo geral
Objetivos específicos
81
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 07
JUSTIFICATIVA
Com base no atual cenário brasileiro onde pesquisas apresentam altos índices
de obesidade, trazemos em questão algumas ações que daria uma aliviada nesses altos
números com resoluções simples de fácil acesso que pode ser aplicada em toda e qualquer
pessoa. A futura geração trará reflexos de ações que estamos praticando hoje, o modo
sedento que normalizamos nos tempos atuais está levando a população cada vez mais ao
comodismo. Isso nos traz a necessidade de inserir exercício físico na vida das pessoas,
assim evitando uma sociedade obesa e sedenta e apresentado uma vida ativa e bem
socializada sem muitos custos, fazendo apenas o uso do tempo e disposição das mesmas.
Para aproveitar os benefícios oferecidos pela atividade física para a saúde, o organismo
necessita de um estilo de vida adequado e mais ativo para manter um desenvolvimento
funcional saudável. Um dos problemas causados pela falta de exercício é a obesidade.
Com o passar do tempo, essa doença aumentou gradativamente como um problema de
saúde pública, além disso, a obesidade tem um aspecto negativo tanto na estética quanto
no aparecimento de outras doenças. Algumas delas são diabetes, pressão alta e disfunção
cardíaca. A musculação pode ser uma opção eficaz no combate e prevenção da obesidade,
pois possui uma variedade de exercícios aeróbicos e anaeróbicos e uma variedade de
musculação que estimula a queima de calorias no corpo, mantém o metabolismo e ajuda
a controlar a energia. A atividade física regular desse tipo pode ajudar a controlar melhor o
apetite e equilibrar a ingestão de calorias com o gasto de energia, tornando a musculação
uma excelente maneira de controlar o peso. É importante sempre manter um equilíbrio
entre ingestão e queima de calorias, daí a importância da musculação como atividade física,
pois ela vai suprir todas as necessidades que o corpo precisa para que não haja excesso
e consumo calórico compatível. E, portanto, é necessário enfatizar a musculação como
aliada na prevenção da obesidade.
DESENVOLVIMENTO
82
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 07
Independentemente da definição, sabe-se que a obesidade pode ser a maior
ameaça à qualidade de vida do ser humano atualmente. Isso é verdade, e a obesidade
está diretamente ligada à etiologia de várias outras doenças, inclusive a hipertensão.
Hipertensão arterial, diabetes, câncer, artrite, doenças cardiovasculares, etc. O tratamento da
obesidade envolve educação nutricional, atividade física e, conforme o caso, medicamentos
complementares e acompanhamento psiquiátrico. Acontece que as práticas de atividade
física associadas a uma alimentação saudável formam um componente a base para a perda
de peso e manutenção do peso.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
OBESIDADE
83
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 07
obesidade é complexa, envolvendo fatores biológicos, históricos, socioeconômicos,
psicossociais e culturais. No geral, o excesso de gordura corporal é um problema sério. No
entanto, dependendo de onde ocorre esse acúmulo, há um risco maior. Um risco ainda maior
está associado ao excesso de gordura abdominal, condição conhecida como Obesidade
robótica. Neste caso, neste Nesse caso, há um maior acúmulo de tecido adiposo visceral,
o que favorece o desenvolvimento de distúrbios metabólicos. Quando a gordura está mais
distribuída no corpo, dizemos que é obesidade feminina, o que não é tão preocupante. A
obesidade desencadeia uma série de complicações importantes que afetam a saúde de um
indivíduo:
• Pessoas obesas têm com mais frequência apneia do sono, uma condição que
faz com que o sono pare repetidamente e temporariamente parar problemas de
saúde respiratórios durante o sono;
Vale ressaltar que, embora o IMC seja amplamente utilizado, ele apresenta algumas
limitações, pois não se correlaciona perfeitamente com a massa de gordura corporal.
Isso porque a métrica não diferencia massa magra de massa gorda e, além disso, está
relacionada às informações sobre distribuição de gordura. Conforme mencionado acima,
é importante verificar a presença de gordura visceral, que é um fator de risco para várias
doenças. Portanto, o IMC deve ser usado com cautela e outros métodos de determinação
de gordura corporal devem ser considerados.
84
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 07
gordura e açúcar. Atividade física também deve ser feita, sendo importante conversar com
seu médico para que ele avalie as melhores atividades a serem feitas. Também é importante
que as pessoas adotem estilos de vida mais ativos, como tentar caminhar distâncias curtas
em vez de usar carros e preferir escadas a elevadores. Medidas simples tomadas todos
os dias podem prevenir doenças e melhorar nossa qualidade de vida. Segundo a Pesquisa
Nacional de Saúde, atualmente mais da metade dos adultos está acima do peso (60,3%,
representando 96 milhões de pessoas), sendo o público feminino (62,6%) mais prevalente
que o masculino (57,5%). cinco adolescentes de 15 a 17 anos apresentavam sobrepeso
(19,4%) e 6,7% eram obesos. Em 2021, dados do Boletim do Sistema Nacional de Vigilância
Alimentar e Nutricional mostraram que entre as crianças acompanhadas pela atenção
primária à saúde, 15,8% das crianças menores de 5 anos e 33,9% das crianças de 5 a 9
anos apresentavam excesso de peso. IMC), 7,6 % e 17,8% eram obesos, respectivamente.
Para os adolescentes acompanhados pela APS em 2021, 32,7% e 13,0% apresentavam
sobrepeso e obesidade, respectivamente.
Fatores como excesso de peso, sedentarismo, alto consumo de sal, baixo consumo
de potássio e consumo excessivo de álcool contribuem para a hipertensão arterial.
Fumar, menopausa e estresse emocional também aumentam o risco cardiovascular
em pessoas com pressão arterial limítrofe, dislipidemia, intolerância à glicose e dia-
betes. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022)
85
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 07
e correm o risco de bloqueio. Além disso, a pressão alta pode prejudicar o funcionamento
dos rins, impedindo-os de filtrar o sangue adequadamente, o que pode levar à insuficiência
renal. Finalmente, casos de morte súbita também podem estar relacionados à doença. Em
alguns casos, a pressão arterial pode aumentar sem motivo aparente. Em outros casos,
a hipertensão pode ser causada por outros problemas de saúde. Por ser uma doença
silenciosa, uma vez que sintomas como dor de cabeça, falta de ar, visão turva, zumbido e
tontura aparecem, pode significar que a hipertensão entrou em estágio avançado.
• Obesidade;
• Gordura abdominal;
• Tabagismo;
• Estresse;
• Sedentarismo;
• Diabete.
86
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 07
Para Fleck e Kraemer (2006), existem termos que são fundamentais para descrever
o treinamento de força, que são movimentos musculares concêntricos, excêntricos e
isométricos: Movimentos musculares concêntricos são quando um indivíduo levanta
um peso e a musculatura necessária se contrai. Ação muscular excêntrica é quando o
indivíduo diminui o peso e a musculatura. Peça alongamentos de maneira controlada. A
ação muscular isométrica é quando não há movimento da articulação, mas a musculatura
é ativada (FLECK; KRAEMER, 2006). Outra definição básica para montar um programa de
treinamento de força são as repetições caracterizadas por movimentos completos, definimos
então as séries caracterizadas por um conjunto de repetições sem pausas (FLECK;
KRAEMER, 2006). Para Chagas e Lima (2011), é fundamental analisar os componentes de
carga da prescrição do treinamento, que são: volume, intensidade, frequência, densidade
e duração. Para especificar o treinamento de musculação, variáveis estruturais
devem ser
consideradas: ação muscular, posição das partes do corpo, duração da repetição, amplitude
de movimento, trajetórias, movimentos assistidos, ajustes de equipamentos, execução
externa assistida, pausas, número de sessões de treinamento, número de exercícios,
número de séries, repetições e peso.
87
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 07
várias causas da obesidade, o alto consumo alimentar e o baixo nível de atividade física
são alguns dos principais fatores para o seu desenvolvimento.
Além disso, Melca e Fortes (2014) descrevem que transtornos mentais, como de-
pressão e ansiedade, contribuem para o desenvolvimento da obesidade por afetar
diretamente a autoimagem e a insatisfação corporal (FERNANDES et al., 2004;
SIMÉO, 2007; SOUZA, 2010; CONFERÊNCIA, 2012).
METODOLOGIA
88
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 07
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta breve revisão de literatura, foi possível fazer algumas considerações muito
importante por usar o treinamento de força como fator contribuinte para a perda de peso.
Percebe-se que o treinamento de força para perda de peso não deve ser feito isoladamente.
Se os praticantes não adotarem uma dieta em que o gasto energético seja maior que a
ingestão alimentar, não haverá bons resultados. Nesse ponto, observou-se também que
a qualidade da alimentação era de suma importância. A ingestão de calorias deve ser
equilibrada para evitar a perda de massa corporal magra, pois o tecido muscular é mais
ativo do que o tecido adiposo e, portanto, contribui para o aumento do gasto energético
diário. Observou-se que o treinamento de força utiliza gordura após o treino e o corpo
busca recursos para repor a gordura consumida durante o exercício anaeróbico, sendo
uma das fontes a gordura. O treinamento de força também deve ser complementado com
exercícios aeróbicos para queimar gordura durante o treino e trabalhar outras valências,
como a parte cardiorrespiratória do praticante. Já sabemos que exercícios aeróbicos e
anaeróbicos andam de mãos dadas, uma alimentação equilibrada desempenha um papel
fundamental na saúde, perda de peso.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 07
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Capítulo 07
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91
Capítulo Aplicação do laser de baixa
08
potência para dor crônica em
mulheres com fibromialgia
Application of low power laser
for chronic pain in women with
fibromyalgia
Thaiza Hannah da Silva Lopes
Thatielle Monteiro Matos
RESUMO
ABSTRACT
Capítulo 08
of low-power laser for the treatment of chronic pain in women with fibromyalgia. Methodo-
logy: Literature review where relevant written material on the subject will be searched in
books, journal articles, through electronic search information systems in Pubmed, Cochrane
and Bireme databases; with material in Portuguese and English, available free of charge
between 2018 and 2022. Results: Low-level laser therapy is the most universal therapeutic
factor, which does not have side effects or absolute contraindications, although, unlike anal-
gesics, it does not hit just one link in painful reception, but hit essentially the entire hierarchy
of mechanisms of its origin and regulation. Final considerations: Laser therapy allows you
to restore any abnormalities in the functioning of various organs and systems of the human
body, which, in addition to directly blocking pain, guarantees the elimination of the causes
of the disease.
Keywords: chronic pain. low power laser therapy. diffuse myofascial pain syndrome.
INTRODUÇÃO
A laser terapia de baixo nível (LLLT) é o fator terapêutico mais universal, que não
apresenta efeitos colaterais ou contraindicações absolutas, embora, diferentemente dos
analgésicos, não atinja apenas um elo na recepção dolorosa, mas atinja essencialmente
toda a hierarquia de mecanismos de sua origem e regulamentação, permite restaurar
quaisquer anormalidades no funcionamento de vários órgãos e sistemas do corpo humano,
o que, além de bloquear diretamente a dor, garante a eliminação das causas da doença
(VISEUX et al., 2020).
93
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 08
2019). E o uso desse recurso tem demostrado grandes efeitos na redução de dores crônicas
por atuar diretamente na redução de sinais flogísticos e recuperação celular (MATOS et al.,
2014).
METODOLOGIA
REFERENCIAL TEÓRICO
Fibromialgia
A fibromialgia é uma doença crônica sem causa definida que se caracteriza pela
presença de mialgia e hipersensibilidade generalizada. A maioria dos pacientes sofrem com
fadiga problemas no sono e na memória. É comum também a presença de parestesia, visão
turva, dormência e fraqueza em todo corpo. Considerando toda a população em geral, a
prevalência é de 2,1% a 5,3%, entretanto, as mulheres apresentam sintomas mais graves.
A faixa etária mais acometida desse distúrbio é em adultos de meia idade, mas isso não
significa que o público mais jovem ou mais idoso não possa ter a doença. Mesmo com
sua etiologia desconhecida, existem suspeitas de que a sensibilização do sistema nervoso
central seja o principal causador da doença. Existem suspeitas de que as infecções, traumas
e estresses pode precipitar o surgimento da patologia (YEH et al., 2019).
A Biblioteca Nacional dos Estados Unidos define a fibromialgia como uma síndrome
reumática e não articular que se caracterizada pela dor muscular e múltiplos pontos gatilhos
sensíveis a palpação. Com bastante frequência, se associa a alteração do sono, fadiga,
cefaleia e depressão com a fibromialgia, podendo esta última ser a doença primaria ou
secundaria, seu surgimento é mais frequente em mulheres entre 20 e 50 anos (QUIROZ et
al., 2015).
94
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 08
Com o passar dos anos, os sintomas necessários par formar diagnostico de
fibromialgia segundo o Colégio Americano de Reumatologia sofrerem alterações, antes era
necessário apresentar um número exato e especifico de pontos dolorosos, atualmente as
novas diretrizes focaram na presença de dor generalizada para concluir o diagnóstico para
fibromialgia (LAUCHE et al., 2015).
A dor foi conceituada pela Associação Internacional para Estudos da Dor (IASP)
como “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano real
ou potencial dos tecidos, ou descrita em termos de tais lesões”. Dor é uma experiência
subjetiva e pessoal, envolve aspectos sensitivos e culturais que podem ser alterados
pelas variáveis socioculturais e psíquicas do indivíduo e do meio. A dor crônica pode ser
definida como a dor contínua ou recorrente de duração mínima de três meses; sua função
é de alerta e, muitas vezes, tem a etiologia incerta, não desaparece com o emprego dos
procedimentos terapêuticos convencionais e é causa de incapacidades e inabilidades
prolongadas. Sabe-se que a presença de dor crônica, independentemente da patologia
de base, tem implicações na saúde dos pacientes. Isto faz com que esse sintoma mereça
a atenção dos profissionais de saúde. Segundo Teixeira, mais de um terço da população
brasileira julga que a dor crônica compromete as atividades habituais e mais de três quartos
considera que a dor crônica é limitante para as atividades recreacionais, relações sociais e
familiares (PAIN, 2011)
A presença de dores nas articulações não tem relação com a presença de processo
inflamatório. Desta forma, as mialgias e parestesias podem surgir sem ter relação direta
com doenças musculares ou neurológicas. Algumas mulheres com fibromialgia podem
ter bexiga hiperativa ou apresentar desconforto ao urinar. Outros sintomas também foram
observados nesses pacientes, são eles: perda de memória e concentração, cólon irritável,
diminuição da capacidade de exercício, dor de cabeça (BERROCAL-KASAY et al., 2014).
95
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 08
Laser
A laser terapia de baixa intensidade (LBI) é uma opção para tratar uma variedade
de condições, incluindo lesões na pele, lesões agudas de tecidos moles e síndromes de
dor crônica como a fibromialgia e melhorar a qualidade de vida destes pacientes (PANTON
96
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 08
et al., 2013). A LBI é apontada como um método não invasivo, indolor, de baixo custo e
com eficácia no tratamento de lesões, por atuar nos eventos fisiológicos e bioquímicos do
processo de cicatrização pois colabora na progressão do processo de reparo tecidual em
menor período de tempo, além de outros efeitos como alívio da dor, ação anti-inflamatória,
maior perfusão tecidual da lesão e melhora na resposta dos sistemas vascular e nervoso.
Possui bons resultados na redução da dor pós-laser sendo uma terapêutica coadjuvante
que pode favorecer alívio no estado álgico e no desconforto local. A diminuição da dor
pode impactar na qualidade de vida e possibilitar que o paciente esteja mais ativo em suas
atividades de vida diária (BRANDÃO et al., 2020).
97
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 08
Vayvay et al. (2016) investigou os efeitos do laser e da aplicação de fitas adesivas na
dor, flexibilidade, ansiedade, depressão, estado funcional e qualidade de vida em pacientes
com síndrome da fibromialgia. Quarenta e cinco pacientes do sexo feminino com síndrome
de fibromialgia foram incluídas no estudo e alocadas aleatoriamente em três grupos de
tratamento; Aplicações de laser (n = 15), laser de placebo (n = 15) e gravação (foram
administrados cinesiotaping e um programa de exercícios nesse grupo e com a amostra
de 15 pessoas). Escala analógica visual para intensidade da dor, flexibilidade do tronco,
Questionário de Impacto da Fibromialgia para status funcional, Questionário Short Form
36 para qualidade de vida e estado de saúde e Inventário de Depressão de Beck para
ansiedade foram avaliados antes e após três semanas de intervenções.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A laserterapia de baixo nível (LLLT) é o fator terapêutico mais universal, que não
apresenta efeitos colaterais ou contraindicações absolutas, embora, diferentemente dos
analgésicos, não atinja apenas um elo na recepção dolorosa, mas atinja essencialmente
toda a hierarquia de mecanismos de sua origem e regulamentação, permite restaurar
quaisquer anormalidades no funcionamento de vários órgãos e sistemas do corpo humano,
o que, além de bloquear diretamente a dor, garante a eliminação das causas da doença
(VISEUX et al., 2020).
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Capítulo 08
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100
Capítulo Natação infantil: ludicidade e os
09
aspectos metodológicos
Ana Clecia Moura Feitosa
Cláudia Fernanda Melo Silva
Jõao Marcos Bezerra de Morais
Rafael Ferreira da Silva
Thomas Caetano Luna
RESUMO
ABSTRACT
The choice to study the impact of recreation and play on teaching swim-
ming to children was mainly due to the scarcity of publications on the sub-
ject. Because it is also interesting to read and research on this subject,
since it is likely that many professionals who work in children’s swimming
expand their knowledge in the classroom about the use of playful materials
and methods. Application development involving comic activities, in which
children of this age are free to create and discover their own possibilities,
exploring this environment full of possibilities and surprises, the universe
of liquid media, water and swimming pools. Several studies mention the
impact of play on children learning to swim, suggesting that teaching and
learning become more joyful and pleasurable. Before you record swim-
ming lessons and use the fun to teach children to swim, make sure your
Capítulo 09
topic choice is reasonable. The author of this study started swimming as a physical activity
in adolescence, thinking of improving his health and alleviating his fear of water, and recei-
ving medical advice for correcting his posture because his growth rate accelerated during
this period, so I practiced for several years and that During the change phase, we saw other
results, such as breathing or body barrier factors that many teenagers have.
INTRODUÇÃO
102
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 09
OBJETIVOS
Objetivo geral
Objetivos específicos
JUSTIFICATIVA
103
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 09
produto da cultura humana e desenvolve um currículo de natação.
DESENVOLVIMENTO
Aprender é expor uma pessoa a novos elementos. Para reduzir com sucesso a
tensão durante a aprendizagem de um determinado exercício, o professor deve ter uma
estratégia para o ambiente em que está inserido todos brincar na água ajuda as crianças
a desenvolver o pensamento abstrato em uma variedade de lugares que fornecem uma
abordagem física diferente para a vida cotidiana. Segundo Barbosa (2007), a faixa etária
comportamental-motora esperada entre 3 e 6 anos corresponde à fase temporal e à
fase de movimento utilizada em alguns movimentos específicos do esporte. Atualmente,
estou pesquisando e utilizando elementos lúdicos na aprendizagem da natação através
da literatura. Por meio de brincadeiras e histórias infantis, os professores podem entrar
no mundo da criança. A situação imaginária está mais próxima dele, há uma relação de
confiança e ele foca em uma aprendizagem mais prazerosa para os alunos. Alunos com
dificuldades “se soltam” nesses momentos divertidos e seu tempo de estudo melhora.
Portanto, o objetivo deste estudo é encontrar respostas para as seguintes perguntas. Qual
o papel da brincadeira como recurso sistemático na natação infantil? Portanto, o objetivo
geral deste estudo é apresentar a importância do brincar como recurso metodológico para
a construção do conhecimento e natação infantil. A procura por natação é crescente e bem
visível. Algumas escolas, principalmente as redes privadas de ensino, podem oferecer esse
método para crianças e jovens. É importante que os atletas profissionais que atuam na
natação escolar sejam capacitados para atender às necessidades individuais dos alunos
que ali estarão, mas lembre-se de considerar as habilidades que os capacitam a praticar a
natação com diversos interesses, inclusive participando de competições. Nesse sentido, os
professores que trabalham em um contexto educacional devem se esforçar para melhorar
os processos de aprendizagem que atendam à diversidade. Interesse do aluno, bem como
a contribuição da natação para a postura geral e outros desenvolvimentos importantes na
academia de modelos no treinamento de atletas. Para quem está aprendendo a nadar,
o fato da natação estar se desenvolvendo levanta discussões sobre a educação como
fator de influência no aprendizado para além da natação. Também promove o prazer de
nadar e, assim, influencia o treinamento dos nadadores para que eles possam viver mais
e continuar a nadar pelo resto de suas vidas após o término do período de exercícios.
Portanto, compreender o poder lúdico do ensino da natação pode aumentar a participação
dos alunos nas atividades aquáticas. Aumentar o valor da natação na vida humana.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Pereira e Cols. (2016), destacam que quando nos referimos a práticas lúdicas,
estamos descrevendo atividades que incluem entretenimento que pode ser fornecido.
Alegria, e conforto aos que praticam esta prática. Eles também explicam que o conceito de
lúdico inclui uma variedade de atividades ou jogos que podem ser desfrutados. É relevante
porque, por meio de jogos e brincadeiras, as crianças têm a oportunidade de aprender de
forma confortável. Segundo Huizinga, e para nós também, na educação física é importante
corrigir a confusão do lúdico com lazer ou diversão, que por sua vez se relacionam com
104
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 09
atividades prazerosas, e que o brincar permite que as pessoas usem suas habilidades e
tomem decisões sobre suas ações. Uma atividade criada para compartilhar a diversão com
os outros. A educação é uma coisa nobre, mas tome cuidado para não “instrumentalizar” o
confucionismo. Em outras palavras, você acha que o confucionismo é importante quando
se trata de promover a educação, mas na realidade o confucionismo deveria ser enfatizado
ou importante por si só. É porque a escolha de pessoas que desafiam suas habilidades
e treinam sua imaginação é voluntária e desinteressada. Os seres humanos entram em
contato com a água pela primeira vez quando o feto ainda está se formando no útero da
mãe. Após o nascimento, o contato com esse meio líquido vai além de útil e se transforma
em meio de diversão e diversão na praia, piscina, rio ou cachoeira. Portanto, muitas vezes
as experiências com a água estão relacionadas ao brincar. A capacidade de nadar aparece
principalmente durante o jogo, e o prazer precede os esportes. Desde os tempos antigos,
nossos ancestrais tiveram a necessidade de explorar e interagir. Juntamente com o ambiente
aquático para obter alimentos, saneamento, ou para estender o conhecimento e chegar a
outras terras. Catteau e Garoff (1988) enfatizaram isso. As possíveis origens da natação
remontam aos tempos pré-históricos, quando as pessoas usavam a água do rio para
higiene, alimentação e recreação. Do antigo mundo divino viemos ao mundo é moderno,
secular e pluralista, baseado na ciência e na tecnologia. Mas a água era, e ainda é, um
mito, uma crença, fonte de doença, fonte de energia e abastecimento, meio de transporte,
opção de diversão e alimentação.
NATAÇÃO
A natação é uma das atividades físicas que as pessoas podem praticar desde o
nascimento até o final da vida com o menor número de restrições. No entanto, é interessante
apresentar aos alunos exercícios e estratégias que sejam condizentes com sua instrução
e nível de maturidade na aprendizagem da natação, pois, o mais importante, haverá
diferenças no processo de aprendizagem da natação decorrentes de expectativas estarem
certas ou erradas.
105
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 09
de natação, é muito importante que o professor mostre ao final o que pretende alcançar, o
que torna a contribuição do aluno nessa situação mais prazerosa e eficaz. a natação deve
levar esse aspecto em consideração. Além disso, exercícios são propostos de acordo com
seus objetivos. Segundo a pesquisa de Corrêa e Massaud (1999) em crianças, um dos
principais objetivos do desenvolvimento, a busca da saúde e do equilíbrio, é desenvolver
o interesse por atividades, ações divertidas, prazerosas dentro de sua capacidade motora,
com objetivos claros. Aulas não só para atingir objetivos específicos de natação, mas
também para se adaptar ao meio líquido e aprender a nadar. Devem também desenvolver
todo o potencial da criança, incluindo os domínios emocional, cognitivo e psicomotor.
Desenvolvimento motor
Marcassa (2004) também apontou que ao falar da relação entre o corpo e a prática
do corpo, está-se falando de uma linguagem silenciosa, mas repleta de sons, palavras,
cores, percepções, cheiros, sensações, valores, sentidos, conhecimento, imaginário e
106
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 09
significado Segundo Macedo, Merida, Massetto et al. (2007) a natação é considerada um
exercício físico e um exercício físico. É um dos esportes mais complexos e sua prática afeta
o desenvolvimento da personalidade do praticante. Pensando nisso, a razão de se buscar
ensinar essa modalidade baseada na prática física nessa idade é o fato de que os benefícios
dessa prática motora vão além do desenvolvimento motor e do alto desempenho futuro,
podendo abranger um processo de amadurecimento que inclui a manutenção emocional
relação e prática de natação e qualidade de vida (VENDITTI JÚNIOR E SANTIAGO, 2008).
Processo lúdico
O esporte está se tornando cada vez mais popular na vida de crianças e adultos,
pois escolas e centros olímpicos oferecem diferentes modalidades em diferentes cidades e
regiões do Brasil. No entanto, chama-se a atenção para as aulas propostas para completar
107
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 09
o processo de aprendizagem das crianças. Os pais fazem várias perguntas sobre como
esses professores abordarão seus filhos para manter o interesse pelo método escolhido.
Embora a natação como esporte individual envolva competição, sempre incluir uma forma
competitiva como aprendizado pode desestimular esses praticantes a ponto de influenciar
no aprendizado.
METODOLOGIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
108
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 09
como um processo social. Jogos como recursos metodológicos promove a educação infantil,
o conhecimento do mundo, a fala, o pensamento e o significado.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 09
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f%c3%adsico%20mental%20e%20intelectual.>. Acesso em: 20 nov. 2022.
110
Capítulo A atividade física na terceira
10
idade
Physical activity in old age
Aline Paula Montanha Cavalcante
Elizangela Miranda de Goes
Felipe Augusto Medeiros Cavalcanti
RESUMO
ABSTRACT
Capítulo 10
that is adequate to the needs and physical, psychological and social reality of the elderly
can mean the difference between an autonomous life or not. Practicing physical activities
is essential at all stages of life, but in old age they become even more important. Exercises
bring many advantages to the body, improving the quality of life and providing well-being.
Among the benefits of physical activity in old age are increased muscle strength, energy,
greater flexibility in the body, balance, motor coordination, weight control, decreased anxiety
and prevention of various diseases. The more life is enriched in terms of resources to face
different situations, the better we will face old age and the possible problems that we may
encounter in this phase of life. One should always try to keep evolving, both physically and
intellectually, without getting carried away by comfort and routine, strengthening and enri-
ching oneself at all times and at any age. One must feel vital always, from birth to death.
INTRODUÇÃO
É de extrema importância que todas as pessoas iniciem uma atividade física o quanto
antes, pois além de proporcionar benefícios para o corpo, a atividade física proporciona
benefícios para a alma. A falta de oportunidade de praticar atividade física na terceira idade
faz com que os idosos desanimem ainda que tenham muita vontade de viver, e para essas
pessoas a atividade física é um modo de mostrar que ainda são capazes de fazerem as
coisas extraordinárias.
112
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 10
estruturas orgânicas e o bem estar físico e mental, diminuindo o processo de degeneração
do organismo.
Vale lembrar que na terceira idade o corpo não reage da mesma forma em
comparação às pessoas mais novas. Ou seja, para se manter longe do sedentarismo é
necessário tomar alguns cuidados especiais na hora de escolher o exercício a ser realizado.
Também é crucial contar com o acompanhamento médico periódico, para que uma atividade
que veio para ser benéfica não cause preocupações, como lesões e desgaste físico.
DESENVOLVIMENTO
A relação entre atividade física, qualidade de vida e envelhecimento é cada vez mais
discutida e analisada na atualidade, e é praticamente um consenso entre os profissionais
da área da saúde que um estilo de vida ativo é fator determinante para um envelhecimento
com qualidade. Há uma série de mudanças que ocorrem no corpo e organismo com o
envelhecimento, e sem cuidados redobrados, podem surgir vários problemas. Para quem
já chegou à terceira idade, mexer o corpo praticando atividades físicas regularmente é a
melhor maneira de ficar longe do sedentarismo e garantir mais disposição. O exercício físico
é, sem dúvida, um grande aliado para prevenir e retardar o processo de envelhecimento.
Para pessoas que passaram muito tempo sem praticar exercícios físicos, o retorno
para essas atividades deve ser feito aos poucos. Da mesma forma, antes de iniciar a prática,
é importante passar por atendimento médico. Por meio de uma avaliação e da realização
de exames de rotina, é possível identificar possíveis problemas de saúde e evitar lesões
musculares e ósseas, que podem levar a grandes problemas de mobilidade no futuro. Além
disso, é possível identificar problemas cardiovasculares, que podem ser fatais. Com a
orientação médica adequada, o idoso poderá se exercitar de forma correta, de acordo com
suas limitações e necessidades (ALVES, 2023).
Diante disso:
113
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 10
dade física é um importante meio de prevenção para combater doenças crônicas
como diabetes tipo 2 e hipertensão arterial. É considerada atividade física qualquer
movimento corporal produzido por contração muscular que provoque aumento de
gasto de energia acima dos níveis de repouso. Por outro lado, o termo exercício
refere-se a uma forma de atividade física planejada, estruturada, repetitiva com o
objetivo principal de melhoria ou manutenção de um ou mais componentes da apti-
dão física. Com a mudança de estilo de vida das pessoas, o que vemos atualmente
é justamente o contrário. A inatividade física relaciona-se às facilidades que a tecno-
logia proporcionou, como a utilização de automóveis, escadas rolantes, elevadores,
muito tempo assistindo televisão e o uso de computadores e de vídeo games, por
exemplo¹. Além disso, o tempo utilizado para estudo, trabalho e outros afazeres di-
minuem a disponibilidade para a realização de atividade física, que frequentemente
não é considerada uma prioridade (EUROFARMA, 2023).
Como envelhecer é um processo que ocorre aos poucos, quanto mais cuidar da
saúde física e mental, menores serão as chances de ter doenças crônicas, aquelas doenças
que necessitam de um acompanhamento por maior tempo, como diabetes, hipertensão,
entre outras. O exercício físico na terceira idade ajuda a prevenir e a combater essas
doenças e evitar doenças do coração (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020).
Realizar atividade física na terceira idade nunca foi tão fácil. Existem diversas
academias, grupos de exercícios para idosos, casas especializadas em atividade física
para idosos e outras atividades que são oferecidas para as pessoas dessa faixa etária
poderem aproveitar a vida com mais disposição. Os exercícios para idosos são ótimos e
geram benefícios como:
• ficar bem-humorado;
• diminuir a insônia;
• aumentar a longevidade;
• prevenir doenças;
• dentre outros.
114
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 10
de uma vez só. Esses exercícios físicos são bastante simples de serem feitos, exi-
gindo pouco esforço físico. Claro, com mais tempo de prática a intensidade pode
aumentar, mas, o principal objetivo dessas atividades é o de manter-se ativo (PA-
GUE MENOS, 2023).
Nesse sentido, a atividade física pode resgatar essa independência, promover bem-
estar e ajudar a desfrutar de uma vida com mais qualidade. Seguindo a lista de vantagens,
um idoso mais ativo é também um indivíduo que se sente menos cansado e com menos
dores nas articulações e nas costas. E a atividade física não faz bem só para o corpo, ela
é ótima para a mente também. Os idosos podem experimentar uma redução dos sintomas
de ansiedade e depressão, além de uma melhora da autoestima, da imagem corporal e dos
sentimentos relacionados à solidão (RAMA, 2023).
Parece ser básico viver sempre com ilusões, fazer planos, ter projetos a curto e
longo prazo. Aprender a valorizar as pequenas coisas da vida e o que acontece no dia a
dia fortalece e enriquece o idoso interiormente. Com a chegada da velhice, é importante
não se fechar em si mesmo e não se deixar vencer pelos problemas e preocupações. Ainda
que a sociedade normalmente aposente os mais velhos, é necessário continuar sendo
pessoas cheias de necessidades e de motivações. É importante aceitar com otimismo a
nova situação, buscar e valorizar a todo o momento o aspecto positivo das coisas.
115
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 10
Algumas dessas atividades deverão ter por objetivo melhorar a agilidade do idoso, além de
fazê-lo sentir, valorizar e conhecer o próprio corpo.
Como principais vantagens da atividade física na terceira idade pode ser destacado
os seguintes: aumento da força e melhora da recuperação muscular; maior flexibilidade;
melhora do equilíbrio e coordenação motora; controle do peso; diminuição da ansiedade;
melhora da saúde mental e prevenção de diversas doenças, principalmente, cardíacas
(ECOMAX, 2022).
Atividades na água
Dança
A dança também é considerada uma ótima sugestão de atividade física para a terceira
idade. Ela ajuda a manter um bom condicionamento aeróbico e muscular, a consciência
corporal e a coordenação motora. Tudo isso de forma leve e descontraída, já que muitos não
consideram a dança algo maçante e cansativo. Ao escolher esta modalidade, é importante
também levar em consideração a escolha do local para a prática do exercício para que os
profissionais envolvidos adaptem os passos às limitações físicas de cada aluno, garantindo
todas as vantagens desta atividade sem causar lesões.
Musculação
116
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 10
trazer muitos benefícios para idosos. Isso porque após os 50 anos é natural que a pessoa
perca força muscular e a prática da musculação trabalha justamente o desenvolvimento da
massa magra, recuperando parte dessa força. Além disso, ela pode ajudar a aliviar dores
causadas pela osteoporose, auxiliar na flexibilidade e dar suporte para as articulações.
Pilates
Caminhada
Yoga
A yoga se classifica como um exercício físico para terceira idade que se adequa muito
bem a qualquer tipo de pessoa. A razão para isso é que há diferentes modalidades dessa
atividade, facilitando a escolha da que for mais adequada o perfil do idoso. Flexibilidade,
equilíbrio e força nas pernas e braços, além de um grande trabalho na respiração fazem
parte dos pilares da yoga. E isso vale para suas várias vertentes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 10
cardiorrespiratório. Provocando uma série de mudanças no organismo, tais como o ganho
de massa muscular, que está diretamente relacionado com a melhora da autoestima. A
atividade física também é importante para o controle de peso, dentre outras situações.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 10
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2023.
119
Capítulo Treinamento funcional e sua
11
aplicabilidade para a terceira
idade
Functional training and its
applicability for the elderly
Matheus Ferreira de Souza
Licenciado e Bacharel em Educação Física pela Universidade Anhanguera de São
Paulo, Especialista em Educação Física escolar pela UniFaveni e Mestrando da Unesp
Bauru – SP, Professor da Rede Pública municipal em Santo André – SP
Bruno Cristino
Bacharel em Educacao Fisica pela FEFISA Faculdades integradas de Santo André
Licenciado em Educacao Fisica pelo Centro Universitário Claretiano Especialista em
psicomotricidade, educacao e aprendizagem Pela Unoeste, Mestrando da Unesp Rio
Claro – SP, Professor da Rede Pública municipal em Santo André – SP
Jaqueline Gonçalves Bonini Chasseraux
Licenciatura plena em Educação Física pela USCS universidade municipal de São
Caetano do Sul. Especialista em atividade física adaptada e saúde pela universidade
Gama Filho E em Dança e consciência corporal pela USCS Mestranda da UNESP Bauru
– SP Professora da Rede Pública municipal em Santo André - SP
RESUMO
Capítulo 11
vindo aos mais diversos fins, desde os físicos e fisiológicos, até as necessidades do ser
humano de socialização. Vale ressaltar a importância deste método de treinamento, que
visa principalmente a aprimorar as capacidades funcionais, dessa forma ele é utilizado
tanto para a promoção de saúde quanto para a reabilitação, sendo igualmente eficiente
em ambos os casos. Ainda se faz necessário de que haja mais pesquisas sobre os tópicos
abordados, e mais discussões a fim de aprofundar os conhecimentos que envolvem o tema.
ABSTRACT
This study dealt with the subject of functional training and its applicability for the elderly,
showing the impact that this training method has on the lives of its practitioners, especially
the elderly, as well as its benefits. The number of elderly people in Brazil is growing a lot,
so getting to know functional training and turning it into another tool for working with this
growing public will be a differentiator for professionals who want to be part of this area of
activity. The main objectives are to learn about functional training as a growing tool in phy-
sical education; To describe the importance of physical activity in the elderly; To understand
the applicability of functional training for the elderly. The sources of research were websites
containing databases of scientific material such as Scielo and Google Scholar. The metho-
dology of the work consisted of a bibliographical review, in which consultations and surveys
of scientific articles, dissertations and papers presented for completion of the course were
carried out, organization of the material, fiching of the data, analysis and writing. The litera-
ture review deals with the following topics: functional training and the functional capacities of
the elderly, the ageing process, the importance of physical activity in the elderly, the benefits
of functional training for the elderly. The literature seems to reach a consensus that func-
tional training provides a range of benefits to its practitioners, and can be easily adjusted
without losing its effectiveness, to suit all audiences and objectives, serving the most diverse
purposes, from the physical and physiological, to the needs of the human being for sociali-
zation. It is worth emphasizing the importance of this training method, which is mainly aimed
at improving functional capacities, so it is used for both health promotion and rehabilitation,
and is equally effective in both cases. There is still a need for more research on the topics
covered, and more discussions in order to deepen the knowledge surrounding the subject.
INTRODUÇÃO
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 11
quando o assunto é sobre qual a melhor modalidade de atividade física para atender
suas necessidades e finalidades, e na contramão disso tudo, o treinamento funcional vem
crescendo cada vez mais no mercado, conquistando um lugar de destaque , e hoje se
apresenta como um método que pode ser muito eficaz e proporcionar ótimos resultados se
aplicado corretamente , e isso também se encaixa ao público da terceira idade.
Muito se ouve falar a respeito desse método, que ele é intenso, dinâmico, que atrai
muitas pessoas, mas é necessário se aprofundar e trazer um conceito mais especifico,
categórico e preciso.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 11
Novaes et al. (2014) apontam que o treinamento funcional é aquele que visa
desenvolver através de exercícios específicos as capacidades funcionais, as ações motoras
naturais do cotidiano e isso de maneira autônoma e eficaz. Silva-Grigoletto (2014) aponta
o treinamento funcional como uma metodologia que se utiliza de movimentos considerados
funcionais, que envolvem aceleração, estabilização, e desaceleração, e tem por objetivo
aperfeiçoar os movimentos, principalmente aqueles utilizados constantemente no dia-
a-dia , bem como a região do tronco, chamada nesse método de (core), e a eficiência
neuromuscular. Esse método é de grande relevância para todos os públicos justamente
por trabalhar os movimentos naturais que todas as pessoas usam em seu cotidiano tais
como andar, correr, puxar, empurrar, agachar, levantar, estabilizar, equilibrar, acelerar e
desacelerar. Entende-se que o treinamento funcional é um método voltado a desenvolver
as capacidades físicas e motoras mais comuns do ser humano, por isso se aplica a todos os
públicos, podendo ser aplicado com finalidades diversas, atendendo a inúmeros objetivos
e apresentando variados benefícios a seus praticantes.
Sobre a origem do treinamento funcional pouco se sabe, exceto que se deu nos
Estados Unidos, Novaes et al. (2014) relata que inicialmente o treinamento funcional era
utilizado por profissionais de fisioterapia tendo como finalidade o tratamento de pessoas
com lesões diversas para reabilitação de suas capacidades funcionais. Com o passar do
tempo o treinamento funcional foi migrando para o mundo da educação física, com variados
fins, que iam desde o uso para o lazer, até exercícios para manutenção, promoção da saúde
e melhora nas capacidades físicas e funcionais, como também na prevenção de doenças.
Sendo assim uma mesma ferramenta tornou-se útil para atender uma serie de interesses,
que variam de acordo dos profissionais que a usam e aos públicos que estes atendem,
para os profissionais de educação física serve como ferramenta de promoção da saúde e
prevenção de doenças, enquanto que para os fisioterapeutas serve como ferramenta para
a reabilitação, sendo eficaz em ambos os casos (NOVAES et al., 2014).
Esse método visa fortalecer primeiro o tronco levando em consideração que ele é
a parte medial do corpo, ponto de equilíbrio, o centro, o elo entre MMSS e MMII. Para tanto
o treinamento funcional se caracteriza por utilizar bases instáveis gerando assim maior
desequilíbrio para que os músculos que ficam no tronco sejam mais solicitados, bem como o
sistema neuromotor (NOVAES et al., 2014). Com isso entendemos que o método preconiza
a musculatura do tronco, mas isso não significa que os profissionais que utilizam esse
modelo de treinamento vão fragmentar o corpo e trabalhar os exercícios visando uma parte
especifica de cada vez, até porque uma das características mais marcantes do treinamento
funcional é a capacidade que tem de trabalhar o corpo de uma forma integral, num todo.
O corpo humano funciona como uma máquina devidamente coordenada, onde cada
membro cumpre suas funções especificas, pois quando isso não acontece todo o corpo é
lesado, isso fica fácil de constatar quando se dirige um olhar analítico para indivíduos que
tenham qualquer tipo de disfunção em seu corpo. Sendo assim pressupõe-se que o corpo
humano já que funciona como uma máquina, necessite de uma central de informações, um
centro organizacional, onde se controle tudo o que diz respeito ao corpo, essa central de
fato existe e é conhecida como sistema nervoso central, é essa central que é responsável
por gerenciar o corpo humano, a sede de comandos, é de lá que são enviados os sinais,
comandos para cada músculo para determinar qual ação o mesmo devera empenhar
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Capítulo 11
para executar um movimento, essas informações são essenciais para o funcionamento do
corpo, uma vez que um mesmo músculo pode empenhar diversas funções, dependendo
do estimulo que for enviado pelo sistema nervoso central, tais como papel de agonista,
antagonista, cinergista, ou estabilizador, todas essas atuações do músculo são apenas
respostas aos comandos enviados pelo sistema nervoso (MONTEIRO et al., 2019).
Muito se fala do exercício funcional, o exercício que tem por finalidade trabalhar o
corpo em cima de suas funcionalidades, ou funções motoras, e sobre isso Silva-
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Capítulo 11
Treinamento funcional: as capacidades físicas e funcionais
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Capítulo 11
de estabilização nota-se aí as capacidades, de novo de força, equilíbrio, flexibilidade e
quando se analisa os exercícios de desaceleração nota-se inseridas aí as capacidades
físicas de força, agilidade, coordenação motora, equilíbrio.
Força
Segundo Filho et al. (2006 apud GUEDES 1997), Força é a capacidade de exercer
tensão muscular contra uma resistência, superando, sustentando ou cedendo a mesma.
Fica assim nítida a importância de se trabalhar essa capacidade física, pois o ser humano
exerce força o tempo todo, e ela está inserida em todas as ações motoras do ser humano,
seja de aceleração, ou estabilização.
Filho et al. (2006) ao falar da força conota de sua importância, o que nos leva a
crer que dentre todas as capacidades físicas do corpo humano, a força é determinante
para o bom funcionamento geral, o que caracterizada como a mais importante capacidade
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Capítulo 11
biológica, ela é a base para todas as capacidades, sendo assim é indispensável para as
atividades do cotidiano, sem ela seria impossível até de o ser humano manter-se em pé. O
autor fala ainda a respeito da fisiologia humana, apresenta dados onde apontam que após
os 30 anos de idade o ser humano passa a ter diminuição da força paulatinamente e isso
vai se dar até o fim de sua vida, o que significa que o treinamento voltado para manutenção
da força é essencial (ALMEIDA et al., 2013).
A vida do ser humano é composta de diversas fases, que vão desde sua concepção
até sua morte, existe a primeira infância (bebês), segunda infância, adolescência, vida
adulta e a terceira idade, ou a velhice que compreende a vida do indivíduo idoso.
Hoje em dia diversos fatores têm contribuído para que haja um aumento na
expectativa de vida do ser humano, tais como: avanços na medicina, inovações tecnológicas,
maior mobilização por parte das mídias sobre a importância do autocuidado da população,
maior acesso as informações sobre saúde, e etc. (FILHO et al., 2010). Sendo assim o
número de pessoas idosas (pessoas acima de 60 anos de idade) vem crescendo. Os autores
asseveram ainda que no Brasil o envelhecimento vem alcançando números expressivos,
principalmente no que diz respeito aos últimos 30 anos, estima-se que em breve o número
de idosos em nosso país vá se equiparar com os de países europeus, o que nos colocaria
na sexta posição em todo o mundo dos países com maior população de pessoas idosas,
acredita-se que em 2025 a população de idosos no Brasil será de 15% da população total
do país.
Envelhecimento
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 11
Maciel (2010) define o envelhecimento como algo complexo, um processo que
ocorre em todos os seres humanos, independentemente de suas vontades, ou seja, é
universal, e irreversível, ocorre de forma gradativa e é caracterizado por uma perda funcional
do organismo. Ao discorrer sobre a universalidade do processo de envelhecimento Cunha
et al. (2010) afirmam que o envelhecimento ocorre naturalmente em todos os seres vivos,
e apontam o tempo como o principal agente do processo, trata-se da deterioração das
funcionalidades dos órgãos e sistemas em decorrência do tempo, do passar dos anos.
Sendo assim se for levado em consideração o fato de que o tempo é o agente determinante
do processo de envelhecimento, fica fácil de perceber a universalidade deste processo,
pois o tempo em seu sentido cronológico passa para todas as pessoas de maneira uniforme
e irreversível, impossível de ser parado.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 11
da vida diária, fazendo com que o indivíduo perca parcialmente a sua autonomia passando
a precisar e até depender de apoio de terceiros, e em alguns casos os impactos são tão
fortes que podem fazer com que o idoso perca totalmente a sua autonomia , tornando-o em
uma pessoa totalmente dependente de terceiros, e isso traz como consequência ao mesmo
um agravo em sua qualidade de vida.
Matsudo (2001 apud BRILL et al., 2001) apresentou os respectivos dados levantados
por Brill et al. (2001) 56 avaliando 3.069 homens e 589 mulheres de 30 a 82 anos de
idade durante cinco anos, estes dados revelaram que nesse período 7% dos homens e
12% das mulheres reportaram pelo menos uma limitação funcional, que foi mensurada
pela capacidade de realizar atividades da vida diária, atividades domésticas e de cuidado
pessoal, assim como atividades leves, moderadas e vigorosas no tempo livre. Ao analisar
os dados fica fácil de perceber que os problemas funcionais são comuns, principalmente em
casos como esses onde temos pessoas a partir de 30 anos que já começam a ser afetados
pelos declínios fisiológicos decorrentes do processo de envelhecimento, aqui temos
evidencias cientificas de que o envelhecimento afeta diretamente na capacidade funcional
das pessoas, em uns casos mais do que em outros, mas que é muito comum pessoas em
processo de envelhecimento apresentarem limitações funcionais. Matsudo (2001) ao tecer
seus comentários sobre os testes apresentados acima ressaltou ainda que os indivíduos
que apresentaram maiores níveis de força foram os que tiveram também menor prevalência
de diminuição de capacidades funcionais, isso reitera a importância da atividade física para
manutenção das capacidades físicas uma vez que essas são determinantes, principalmente
a força, para o bom funcionamento do corpo.
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Capítulo 11
Dentre tantos impactos negativos que o processo de envelhecimento tem sobre o
corpo humano, um dos mais falados é o citado acima, a sarcopenia, diminuição gradativa
de massa muscular, e sobre isso Araújo et al. (2014) ressalta, que com o envelhecimento
e a perca da massa muscular magra, o organismo começa a preencher o espaço que
antes era da massa muscular magra ou massa livre de gordura, com colágeno e gordura,
sendo assim há a tendência de que conforme o indivíduo envelheça os seus índices de
gordura também aumentem em relação a sua juventude. Semelhante a sarcopenia, o
envelhecimento traz também a osteopenia, a sarcopenia é a perda de massa muscular
magra, em quanto que a osteopenia é a perda de massa óssea, esse fenômeno se dá pelo
fato de que ao longo dos anos, o número de osteoblastos diminui no organismo, enquanto
que a ação dos osteoclastos aumenta, isso resulta em uma perda gradativa e irreversível
de massa óssea, que é denominada de osteopenia. (ARAÚJO et al., 2014).
Araújo et al. (2014) traz um resumo dos maiores efeitos e impactos que o
envelhecimento tem sobre o organismo, são eles: diminuição de proteínas contrateis no
músculo, ou seja dificuldade para contração muscular que é responsável por dar o estimulo
que gera o movimento , diminuição progressiva de todas as capacidades como força,
potência e agilidade, aumento de gordura no interior do músculo, perda de massa muscular
e massa óssea, diminuição das reservas de glicogênio muscular, atrofia muscular gradativa.
Esses fatores combinados cooperam para uma serie de complicações para os idosos, tais
como fraqueza muscular, dificuldades funcionais, perca de mobilidade articular, sensação
de cansaço, e ineficiência motora.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 11
cuidam da cognição humana, também são afetadas com o envelhecimento, tendo como
resultado disso a diminuição de suas capacidades tornando-se muitas vezes ineficientes.
Os autores destacam ainda que há a prevalência na terceira idade de inúmeras doenças
psíquicas que afetam também a parte motora, tais como Alzheimer e o mal de Parkinson. A
degradação do sistema nervoso central e das estruturas do cérebro desencadeia inúmeras
doenças, por isso que para o idoso há maior incidência dessas doenças, uma vez que
o envelhecimento além de enfraquecer as defesas do corpo ele também potencializa e
muitas vezes acelera os processos dessas doenças, por isso no mundo do idoso é comum
doenças como amnésia, demência, e tantas outras.
Matsudo et al. (2001) falam a respeito das questões sociais do idoso, os autores
ressaltam que muitas vezes os idosos são colocados de lado, e passam a ter dificuldades
de sociabilização. Sendo assim quando soma a essa realidade o fato de que na terceira
idade muitos idosos tem parte de suas capacidades funcionais limitadas, passam a sofrer
declínios físicos e também psíquicos, o aparecimento de doenças e também são expostos
a situações emocionais difíceis, tais como sensação de abandono, o constante luto de
pessoas queridas ao redor, a perda da autonomia, e a insegurança que permeia o final da
vida do ser humano, o indivíduo idoso passa então a ser muito mais propenso a desenvolver
outras enfermidades psicológicas, tais como a ansiedade e a depressão.
A depressão é uma das doenças mais comuns na terceira idade, é definida como
uma doença mental que atinge grande parte da população idosa, está associada a um
alto grau de sofrimento psíquico, diversos fatores podem desencadear essa enfermidade,
e muitos desses fatores estão presentes na vida do idoso o que justifica os altos níveis
de incidência da doença nessa faixa etária. Se não for devidamente tratada ela pode
ocasionar maiores números de morbidade clínica de idosos e também aumentar os índices
de mortalidade dessa população, vale ressaltar que não existe uma idade especifica onde
a depressão possa se manifestar, ela afeta pessoas de todas as idades em todo o mundo,
estima-se que para os próximos anos a depressão vai ser a doença mais incapacitante do
mundo (STELLA et al., 2002).
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 11
o idoso no seu autoconhecimento e controle de seu corpo.
Os movimentos funcionais são aqueles que o ser humano utiliza em seu dia-a-
dia, esses movimentos ocorrem de forma harmônica e natural, em sua grande maioria os
movimentos do dia-a-dia são multi-articulares, ou seja, envolvem mais de uma articulação,
poucos movimentos são realizados isoladamente, e foi nisso que o treinamento funcional
se baseou para fundamentar as suas práticas. Este método de treinamento visa fortalecer
os músculos do tronco porque eles fazem a ligação entre Membros superiores e membros
inferiores, e estão incluídos em praticamente todos os movimentos que o corpo humano
realiza. Para o idoso que procura o treinamento funcional, o método lhe dará como retorno
e benefício o fortalecimento dos músculos estabilizadores do tronco, o que é de suma
importância uma vez que a maioria dos idosos que procuram o treinamento funcional tem
como um de seus principais objetivos aprimorar as suas capacidades funcionais, a fim
de melhorar seus movimentos do dia-a-dia, os movimentos do cotidiano são movimentos
integrados, que envolvem todo o corpo, sendo assim o indivíduo idoso que fortalece a
musculatura do tronco tem maior destreza na execução dos movimentos naturais.
(TEIXEIRA, 2017).
Sem dúvidas uma das mais importantes capacidades físicas que o ser humano
possui é a força, sem ela o ser humano não conseguiria sequer ficar em pé, Almeida,
Teixeira (2013) em seus estudos conceituam que força é a capacidade de um músculo
esquelético possui de exercer tensão, os autores apontam que a força é uma das mais
importantes capacidades físicas do ser humano se não for a mais importante, uma vez
que sem ela nenhum movimento poderia ser executado, e é da força que vem a base
para as outras capacidades físicas tais como resistência, potencia, velocidade, equilíbrio e
coordenação motora, sendo assim programas de treinamento que visem exclusivamente
a força deveriam ser colocados também dentro dos planejamentos dos profissionais de
educação física, isso levando em consideração a importância que essa capacidade possui
para o funcionamento geral do corpo, independentemente dos objetivos específicos do
aluno ou cliente, se a força é a base para a melhora de todas as capacidades, entende-se
que se a força for devidamente trabalhada vai proporcionar melhora e ganhos consideráveis
no desempenho das demais funções do corpo.
A força está intrinsecamente ligada ao músculo esquelético, uma vez que esta é a
capacidade do músculo de gerar tensão, e esta tensão será responsável por movimentar as
articulações, sendo assim a força é essencial para o movimento humano, além do mais uma
musculatura forte servira como camada protetora para a estrutura óssea e as articulações,
sendo assim a força também é importante na proteção ao organismo, atua prevenindo e
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 11
evitando lesões. Sobre isso Fidelis et al. (2013) afirmam que além de ser importante para a
mobilidade articular, uma vez que sem ela ou a perda parcial da mesma o movimento torna-
se ineficiente, a força é essencial para a prevenção de lesões, tanto musculares, quanto
nas articulações e a na parte óssea.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 11
realizados na maior velocidade concêntrica produzem a melhora da potência, o que por sua
vez impacta positivamente na capacidade funcional dos idosos. Dessa forma o indivíduo
idoso que integra um programa bem elaborado de treinamento funcional terá acesso a
práticas que vão contribuir diretamente para a melhora da potência muscular que é uma das
mais afetadas com envelhecimento e menos trabalhada pelos profissionais de educação
física devido a mitos e paradigmas que foram criados.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 11
afirmar que as bases instáveis que estão presentes no treinamento funcional fortalecem
os músculos do tronco e por sua vez geram benefícios ao equilíbrio de seus praticantes,
porem o autor ressalta que essas instabilidades que são eficazes para melhorar o core
devem ser trabalhadas com cautela, pois se o objetivo do treino for para força, potencia, ou
velocidade , as bases instáveis podem não ser tão eficazes, uma vez que a produção aguda
dessas capacidades é afetada em meios instáveis.
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possui maior a tendência genética para que ele tenha bons níveis de velocidade, porém
os autores ressaltam ainda que por mais que esse fator seja muito importante não é o
único a ser considerado, para os autores um programa de treinamento bem elaborado pode
contribuir para que haja o aperfeiçoamento dessa capacidade. A Agilidade é a capacidade
de movimentar-se e realizar de forma ágil mudanças de direção, paradas bruscas seguidas
de aceleração, e tem relação com a potência, coordenação motora, força e a velocidade.
(SILVA-GRIGOLETTO, 2014)
Mente sã e corpo são, uma mente saudável vai contribuir para que o corpo
também esteja saudável, as necessidades do ser humano transcendem os limites motores,
fisiológicos e funcionais, e abrangem até o âmbito psicológico e social.
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Capítulo 11
e suas necessidades. O envelhecimento afeta diretamente a autonomia do idoso, e o
treinamento funcional ao proporcionar melhora motora e funcional ajuda a recuperar essa
autonomia contribuindo assim para a qualidade de vida do idoso, o envelhecimento afeta
também as estruturas cerebrais, o treinamento funcional se utiliza de diversos exercícios
que estimulam sistema nervoso central proporcionando uma melhora cognitiva. Os ganhos
psicológicos, emocionais são inúmeros aos idosos praticantes do treinamento funcional,
combate a depressão, e o estresse, regula a ansiedade, melhora o sono, proporciona
sensação de bem-estar, melhora a autoimagem e autoestima, e aumenta a sensação de
utilidade dos idosos. (MATSUDO, 2001).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Capítulo 11
Conclui-se que o treinamento funcional impacta positivamente a vida das pessoas
da terceira idade que o adotam como pratica regular em seu cotidiano, e não oferece quase
nenhum risco se for aplicado devidamente, sendo assim o idoso que estiver inserido no
treinamento funcional será capaz de potencializar todas as suas probabilidades, e terão
neste método mais uma possibilidade para se sentirem plenos nessa fase de suas vidas.
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Capítulo A importância do diagnóstico
12
diferencial da síndrome de
corpúsculos de Lewy e o
impacto na vida do paciente:
relato de caso
The importance of the differential
diagnosis of Lewy body
syndrome and its impact on the
patient’s life: a case report
Ana Giulia Gandra Bastos
Discente de Biomedicina, pela Faculdade Única de Ipatinga
Izadora Amorim Queiroga
Discente de Biomedicina, pela Faculdade Única de Ipatinga
Luana Fernanda Camilo Silva
Discente de Biomedicina, pela Faculdade Única de Ipatinga
Maria Luiza Mendes
Discente de Biomedicina, pela Faculdade Única de Ipatinga
Leonardo de Araújo Lopes
Professor do curso de Biomedicina, pela Faculdade Única de Ipatinga
RESUMO
Capítulo 12
ABSTRACT
The present work aims to demonstrate the occurrence of the Lewy bodies neurodegenera-
tive disease, caused in the Central Nervous System, as well as its evolution, diagnosis and
possible causes. This article has a descriptive clinical case of the disease, and presents its
evolution from the period in which it was identified and diagnosed as Alzheimer’s, until the
discovery of Lewy’s body disease, and how the treatment was carried out at that time, and
who had the consensus of the patient’s family to be studied.
INTRODUÇÃO
O Alzheimer também pode ser considerado como uma perda gradual das funções
mentais, designada por uma degeneração dos tecidos do cérebro, abrangendo perda de
células nervosas, concentração da proteína beta-amilóide e a elevação das tranças ou
novelos neurofibrilares (NFT). (SERENIKI et al., 2008)
METODOLOGIA
Para se obter os dados necessários para o artigo que será apresentado, o início do
trabalho foi executado com o método de estudo de caso clínico da Síndrome do Corpúsculos
de Lewy, que permitiu observar como ocorre a diferença do diagnóstico da Síndrome de
Lewy para as demais doenças neurodegenerativas, em especial, o Alzheimer. Além disso,
foram feitas pesquisas bibliográficas em artigos, por meio da plataforma Google acadêmico,
141
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 12
optando exclusivamente pelos artigos da Língua Portuguesa, sendo usados como base do
estudo o total de nove artigos, que compreendem ao período de 1999 à 2021, visando
realizar uma abordagem acadêmica sobre as doenças neurodegenerativas, apresentando
como foco a síndrome do Corpúsculos de Lewy.
Segundo Yin (2001), o método de estudo de caso é uma das diversas maneiras de
se realizar uma pesquisa.
Interdisciplinaridades
OBJETIVO GERAL
Objetivo específico
142
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 12
DESENVOLVIMENTO
Relato de caso
Paciente M.N.B, de sexo masculino, 50 anos quando levado ao médico pela esposa.
Ela argumentou que ele estaria muito confuso, não conseguia fazer tarefas simples do
cotidiano e que fazia antes com muita frequência. O paciente trabalhava com eletricidade
predial, não conseguia mais trocar uma lâmpada, se perdia em locais conhecidos e
falava algumas coisas sem sentido. Paciente sem antecedentes médicos, sem qualquer
comorbidade ou relato anterior que o fizesse procurar um especialista. Sem antecedentes
de acidentes, cirurgias e etc.
Prontuário do paciente
143
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 12
Exames de imagem do paciente
Figura 1 - Ressonância magnética de corte sagital.
144
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 12
Figura 3 - Nessas imagens é possível visualizar diferentes cortes que demonstram
uma diminuição do volume encefálico, acometendo a substância cinzenta (formada por
corpos de neurônio.
Doenças neurodegenerativas
A perda sináptica e morte neural nas regiões do cérebro ,são locais responsáveis
pelas funções cognitivas (SERENIKI et al., 2008). As características histopatológicas
presentes no parênquima cerebral de pacientes portadores da doença de Alzheimer incluem
depósitos fibrilares amiloidais localizados nas paredes dos vasos sanguíneos, associados
a uma variedade de diferentes tipos de placas senis, acúmulo de filamentos anormais da
proteína tau e consequente formação de novelos neurofibrilares (NFT), perda neuronal e
sináptica, ativação da glia e inflamação. (SERENIKI; VITAL, 2008).
145
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 12
Morte neuronal e perda de sinapses em regiões do cérebro responsáveis pelas
funções cognitivas. Juntamente com a quantidade de lesões amiloides e os emaranhados
neurofibrilares, que abrangem o córtex cerebral e entorrinal, hipocampo e estriado ventral.
(SERENIKI et al., 2008).
Assim, o cuidado com os idosos que tem esse tipo de doença é indispensável,
principalmente o carinho e a paciência que os familiares devem ter com eles, pois todos
estão sujeitos a desenvolver um mais que os outros, a busca do tratamento é para estabilizar
o comprometimento cognitivo minimizando as manifestações da doença. (SERENIKI et al.,
2008) Partindo do exposto acima, quando se trata de tratamento dos sintomas cognitivos,
146
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 12
adversas, por isso o medicamento mais popular é substituído por galantamina, o donepezila
e a rivastigmina agem de maneiras ligeiramente diferentes no corpo, mas ambos inibem
a degradação das moléculas de neurotransmissores relacionados à memória, pioram as
moléculas de acetilcolina e bloqueiam a acetilcolinesterase.
“Demência pode ser definida como uma síndrome clínica caracterizada por déficits
cognitivos múltiplos e quando se encontra associada à presença de Corpúsculos de Lewy, é
definida como demência primária que acomete as regiões frontais-subcorticais.” ( REVISTA
BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA, 2002)
A demência do corpos de Lewy, é uma doença que tem muitas coisas em comum
com a doença do Alzheimer, elas são facilmente confundidas se não houver um diagnostico
muito preciso. No cérebro o corpos de Lewy, degenera as células nervosas, causando a
morte das mesmas. São identificados corpos esféricos anormais se desenvolvendo dentro
das células nervosas, que possivelmente é o que contribui para morte das mesmas. A causa
ainda é desconhecida, não existe nada que comprove que seja hereditária e nem fatores
de risco comprovados, portanto ainda é uma doença muito desconhecida em relações as
causas. (MERCK SHARP; DOHME CORP, 2021)
O diagnostico da doença também é mais cauteloso, visto que não existem exames
que comprovem o corpos de Lewy em vida, os exames de imagem são capazes de acusar
uma degeneração cerebral, mas não qual tipo.
Um dos exames que são realizados nos pacientes é o Mini Exame do Estado
Mental (MEEM), “(...) foi desenvolvido para avaliar o estado mental relacionado a demência.
Atualmente o MEEM é o mais usado em idosos e adultos para analisar a sua capacidade
cognitiva”. (MELO; BARBOSA, 2015, p. 3.866)
147
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 12
frase completa. Dessa maneira, são observados no paciente sua memória, capacidade de
cálculo e atenção, sua memória recente, compreensão oral, leitura e escrita.
Figura 4 - http://www.eerp.usp.br/ebooks/MiniExamedoEstado%20Mentalebook%20
dezembo%5B1%5 D.pdf )
Após a morte, pode ser feita uma biópsia cerebral que podem identificar o corpo
de Lewy dentro da célula. O diagnostico se baseia em exclusão da possibilidade de outras
doenças e dos exames que comprovem a degeneração cerebral. Pode ocorrer ao mesmo
tempo do Parkinson, Alzheimer e doença vascular, causando sintomas muito parecidos
umas com as outras tornando ainda mais difícil a identificação e separação de sintomas por
doença. (2021, Associação Alzheimer Portugal)
Ainda não existe uma cura, existe um tratamento com medicamentos para diminuir
os sintomas psicóticos, depressivos, ou algo do tipo. E existem também alguns estudos
atuais que inibidores de colinesterase podem ajudar no tratamento. (TUA SAÚDE, 2007 -
2021)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
SERENIKI, Adriana; VITAL, Maria Aparecida Barbato Frazão. A doença de Alzheimer: aspectos
fisiopatológicos e farmacológicos. Rio grande do Sul – RS: Rev Psiquiatr, 2008. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rprs/a/LNQzKPVKxLSsjbTnBCps4XM/?format=pdf&lang=pt
MENDES, Cinthia Filgueira Maciel; SANTOS, Anderson Lineu Siqueira. O cuidado na doença de
Alzheimer: as representações sociais dos cuidadores familiares. Marabá
148
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 12
SMITH, Marília de Arruda Cardoso. Doença de Alzheimer. São Paulo – SP: Outubro, 1999.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbp/a/DbpBDqKVTnsfyF3HHTDCkNN/?lang=pt
LOVE, S. Post mortem sampling of the brain and other tissues in neurodegenerative disease.
2004.
CONTALDI, E., et al. Telehealth in Neurodegenerative Diseases: Opportunities and Challenges for
Patients and Physicians. 2021.
NEGRÃO, E.F.M.P. Diagnóstico precoce da Demência de corpos de Lewy. 2016. 1-83. (Tese de
Mestrado). Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, FMUC Coimbra, Portugal. 2016.
149
Capítulo Avanços e inovações na
13
cirurgia minimamente invasiva:
transformando a prática
cirúrgica
Pablo Patrick Pereira
Graduado em Medicina - Udabol, revalida UFMS
Paula Braga Nunes
Graduada em Medicina e CIrurgia Geral - Santa Casa Santo Antônio do Amparo
Sofia Lúcia El Hauche Pereira
Graduanda em Medicina - Faculdade de Medicina de Barbacena - FUNJOB
Thiago Gabriel Bonoto Valois
Graduando em Medicina - Universidade Federal de Lavras - UFLA
INTRODUÇÃO
Capítulo 13
prática cirúrgica está abrindo novos horizontes e possibilitando procedimentos cada vez
mais complexos e precisos (HERRON E SWANSTROM, 2007).
LAPAROSCOPIA E ROBÓTICA
No entanto, a adoção da cirurgia robótica tem sido limitada por uma série de fatores,
incluindo o custo significativo dos sistemas robóticos e a necessidade de treinamento e
experiência especializados para operar efetivamente o equipamento (COHEN et al., 2019).
151
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 13
Essas barreiras são prováveis de serem superadas à medida que a tecnologia continua a
avançar e se tornar mais acessível.
Além disso, o alto custo dos sistemas robóticos, como mencionado anteriormente,
torna-o inacessível para muitos centros médicos em países em desenvolvimento e regiões
mais remotas. Esta é uma barreira significativa que precisa ser abordada para democratizar
o acesso a esta forma avançada de cirurgia (WANG et al., 2018).
152
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 13
A tecnologia endoscópica tem sido particularmente útil na abordagem de
condições que antes eram tratadas com cirurgia aberta, como a doença da vesícula
biliar. A colecistectomia endoscópica, por exemplo, é agora o padrão de cuidado para a
doença da vesícula biliar sintomática, com estudos demonstrando menos complicações,
tempo de recuperação mais rápido e satisfação geral do paciente em comparação com a
colecistectomia aberta (MARESCAUX et al., 2018).
153
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 13
Um estudo feito por Park et al. (2020) destacou os resultados positivos da
colecistectomia transvaginal NOTES, em comparação com a colecistectomia laparoscópica.
Os autores concluíram que a colecistectomia transvaginal NOTES é uma opção de tratamento
seguro e eficaz para pacientes selecionados, com o benefício de nenhuma cicatriz visível
e recuperação mais rápida.
154
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 13
4.1. Laparoscopia e Robótica: A eficácia da laparoscopia em comparação com a
cirurgia aberta é bem documentada. Por exemplo, um estudo de 2011 de Markar et al.
(2011), mostrou que os pacientes submetidos à cirurgia laparoscópica tiveram menor tempo
de internação, menor perda de sangue e retorno mais rápido às atividades diárias quando
comparados àqueles submetidos à cirurgia aberta. A introdução da robótica ofereceu uma
precisão ainda maior, levando a resultados ainda melhores em termos de eficácia e redução
de complicações pós-operatórias (KIM et al., 2018).
4.3. Cirurgia de Orifícios Naturais (NOTES): Ainda que NOTES seja uma abordagem
relativamente nova, os estudos preliminares sugerem que sua eficácia é promissora. Park
et al. (2020) descobriram que a colecistectomia transvaginal NOTES resultou em tempos
operacionais semelhantes aos da colecistectomia laparoscópica, mas com a vantagem de
uma recuperação pós-operatória mais rápida e sem cicatrizes visíveis.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
155
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 13
técnicas de treinamento, como a simulação, tem o potencial de aumentar a proficiência e a
segurança dos cirurgiões na execução desses procedimentos avançados.
REFERÊNCIAS
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Oncology Reports, 21(3), p. 21-28, 2019.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 13
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157
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 13
VARADHAN, K. K. et al. The enhanced recovery after surgery (ERAS) pathway for patients
undergoing major elective open colorectal surgery: a meta-analysis of randomized controlled trials.
Clinical Nutrition, 29(4), p. 434-440, 2010.
WANG, Y. et al. Economic evaluations of robot-assisted surgery: A systematic review and meta-
analysis. Surgery, 164(3), p. 546-556, 2018.
158
Capítulo Estratégias de prevenção de
14
doenças cardiovasculares
bem-sucedidas em pacientes
com histórico de hipertensão e
diabetes em comunidade rural
do estado de Rondônia – um
breve relato dos resultados da
implantação do Projeto Viver
Mais, como parte da prática de
especialização em Saúde da
Família UNA/SUS com pacientes
do Estratégia de Saúde da
Família
Solange Marçal Oliveira
Médica Clínica Geral, Pos Graduada em Medicina de Família e Comunidade,
(Fundação Oswaldo Cruz 2022). Responsável pela elaboração e orientação do
Projeto Viver Mais - Prevenção e Combate a Doenças Cardiovasculares em Pacientes
portadores de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus da ESF Chico Mendes, Município
de Presidente Médici, em Rondônia (RO). Atualmente cursando Gestão em Saúde
Mental e Urgência e Emergência.
RESUMO
Capítulo 14
do suporte contínuo para melhorar os resultados clínicos.
ABSTRACT
Cardiovascular diseases (CVD) are changes in the functioning of the cardiac system, which
is responsible for transporting oxygen and nutrients needed by cells to perform their tasks¹
Such diseases are considered a major public health problem. Because they are the main
cause of death worldwide, especially in populations in large urban centers² Patients with a
history of arterial hypertension and diabetes have a significantly higher risk of developing
CVDs. In this scientific article, we will explore the prevention and management strategies of
these diseases in individuals with a history of hypertension and diabetes, based on a stu-
dy³ carried out from January to May 2022, by the team of the Family Health Strategy (ESF)
Chico Mendes, from the Municipality of Presidente Médici, in Rondônia (RO), in the North
region of Brazil. Risk factors, pharmacological and non-pharmacological interventions, as
well as the role of education and ongoing support in improving clinical outcomes will be ad-
dressed.
RESUMEN
INTRODUÇÃO
160
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 14
mas principalmente para controle de suas causas. No caso em específico, buscou-se como
método a implantação do que se chamou de Projeto Viver Mais – um programa de educação
em saúde ofertado ao público-alvo da Unidade de Saúde, com um cronograma de atividades
gratuitas, envolvendo profissionais de saúde da própria unidade e da comunidade, tais como
técnicos em enfermagem, educador em saúde e nutricionista, aliado a aferição regular dos
resultados desse programa, através de exames clínicos e laboratoriais antes, durante e
após a sua implantação.
Motivação
A Proposta de Intervenção foi elaborada com base nas necessidades dos usuários
da ESF Chico Mendes, localizada na zona rural, conforme já explicitado. ”A população
estudada é composta especialmente por idosos e adultos jovens, com idade entre 40 e
80 anos, em sua grande maioria adeptos de costumes alimentares e de sedentarismo que
colaboram para o aumento do risco de incidência dessas doenças. De fato, dentre os principais
problemas de saúde identificados, motivo de morbidade e mortalidade entre a população
coberta pelas unidades de saúde locais, estão AVC/AVE, hipertensão e cardiopatias.
Ao mesmo tempo, identificou-se também o consumo de alimentos industrializados em
detrimento de uma dieta mais natural, rica em nutrientes e sem conservantes; o contato
constante com agrotóxicos e a iminente contaminação de alimentos e água por resíduos,
mesmo havendo a possibilidade de cultivo orgânico, livre desses compostos químicos; e a
ausência da prática de atividade física - sedentarismo”. (MARÇAL, 2021).
Objetivo
Fatores de Risco
Intervenções Farmacológicas
161
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 14
medicamentos causa nos usuários, impactam diretamente no aparecimento de outros
fatores de risco, tais como a depressão e transtornos de ansiedade, em especial nos
pacientes idosos ou com redução de mobilidade.
Intervenções farmacológicas
Paciente 1. H
Paciente 2. H
Paciente 3. H
162
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 14
Paciente 4. H
Paciente 5. H
Paciente 1. M
Paciente 2. M
Paciente 3. M
Paciente 4. M
Paciente 5. M
Para maior sucesso da iniciativa, foi feita uma divulgação, pelos próprios agentes de
163
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 14
saúde, entre os pacientes atendidos nas semanas que antecederam às ações e enviadas
notificações via grupos de aplicativo.
Execução
No segundo dia dentro do Projeto Viver Mais, apesar das dificuldades locais,
conseguimos levar um profissional de educação física, que realizou atividades físicas com
a comunidade. Nessa oportunidade, durante uma hora e trinta minutos, os pacientes do
ESF Chico Mendes puderam aprender sobre os benefícios da prática diária de exercícios
físicos, como a diminuição do estresse e ansiedade, melhoria no humor e controle das
emoções, melhoria nos níveis de gordura e colesterol, aumento da capacidade respiratória
e controle da arritmia cardíaca.
Resultados
164
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 14
de DCVs em pacientes com histórico de hipertensão e diabetes. Isso envolve uma equipe
médica composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas e profissionais de saúde mental
trabalhando em conjunto para fornecer um cuidado abrangente e personalizado. Os
resultados obtidos no ESF Chico Mendes comprovaram a eficácia dessa abordagem. A
boa prática implementada foi recebida com alegria pelas autoridades de Saúde locais, que
consideram estender o projeto Viver Mais às demais unidades de saúde do município,
tornando-o uma política pública municipal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALMEIDA FF, Barreto SM, Couto BR, Starling CE. Predictive factors of in-hospital mortality and of
severe perioperative complications in myocardial revascularization surgery. Arq. Bras. Cardio. São
Paulo, v.80, n. 1, 2003.
RIBEIRO PRQ, Oliveira DM. Reabilitação cardiovascular, doença arterial coronariana e infarto
agudo do miocárdio: efeitos do exercício físico. Rev. Digital. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Crônicas. Saúde apresenta atual cenário das doenças não
transmissíveis no Brasil. 16/09/2021. Arquivo digital.
VIEGAS, S. M. DA F.; PENNA, C. M. DE M. O SUS é universal, mas vivemos de cotas. Ciência &
Saúde Coletiva, v. 18, p. 181–190, jan. 2013.
165
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 14
ANEXO
Data Para quem Objetivo das Como serão Profissional Recursos ma- Resultados
ou pe- fazer? Po- ações a serem desenvolvi- (is) Respon- teriais e local esperados
ríodo pulação? realizadas das sável (is) pela de realização
ação
Março a Pacientes Controle perió- Coleta de Dra. Solange Luvas; Obter dados
maio de da ESF dico dos indica- sangue reali- Marçal e equi- Máscara cirúr- suficientes
2022 Chico Men- dores de risco, zadas a cada pe da ESF gica; para balizar
des, com mediante estra- 30 dias. Óculos de as ações de
histórico de tificação (ESCO- proteção; intervenção
diabetes RE DE FRAMIN- Agulha e se- em saúde
meliltus e GHAM); ringa descar-
hipertensão táveis;
arterial. Adaptador e
seringa des-
cartáveis;
Tubo a vácuo;
Algodão e
álcool 70%;
Interruptor
adesivo com
algodão
Garrote.
Planilha para
estratificação
de dados.
Unidade ESF
CHICO MEN-
DES I
Março a Pacientes Incentivar os Realização Dra. Solange Cadeiras da Diminuir o
maio de da ESF pacientes a de 2 Pales- Marçal e equi- unidade de percentual
2022 Chico Men- desenvolverem a tras gratuitas pe, com apoio saúde; de pacientes
des, com prática de ativida- (encontros de um educa- Máscaras; que apresen-
histórico de de física. quinzenais) dor físico da Projetor. tam médio e
diabetes e implanta- comunidade. Computador. alto risco de
meliltus e ção da fase Locais: Unida- incidência
hipertensão 1 do projeto de ESF CHI- de doença
arterial. VIVER MAIS, CO MENDES I cardiovascu-
de orientação e Pracinha da lar, hoje em
para a ativida- comunidade. 61.9%, para
de física, com menos que
aula pública 20%.
gratuita duas
vezes por
semana.
Março e Pacientes Incentivar os pa- Realização Dra. Solange Cadeiras da Diminuir o
abril de da ESF cientes a desen- de 2 Pales- Marçal e equi- unidade de percentual
2022 Chico Men- volveram hábitos tras gratuitas pe, com apoio saúde; de pacientes
des, com de alimentação (encontros de nutricionis- Máscaras; que apresen-
histórico de saudáveis. quinzenais) e ta local ou, na Projetor. tam médio e
diabetes implantação falta deste, um Computador. alto risco de
meliltus e da fase 2 do profissional Locais: Unida- incidência
hipertensão projeto VIVER de nutrição de ESF CHI- de doença
arterial. MAIS – com online. CO MENDES I cardiovascu-
orientação lar, hoje em
para a alimen- 61.9%, para
tação saudá- menos que
vel. 20%.
166
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 14
Data Para quem Objetivo das Como serão Profissional Recursos ma- Resultados
ou pe- fazer? Po- ações a serem desenvolvi- (is) Respon- teriais e local esperados
ríodo pulação? realizadas das sável (is) pela de realização
ação
Abril e Pacientes Contribuir para a Realização Dra. Solan- Cadeiras da Diminuir o
maio de da ESF continuidade das de encontros ge Marçal e unidade de estresse a
2022 Chico Men- práticas de vida semanais, equipe, com saúde; ansiedade,
des, com saudável pelos dentro do apoio de Máscaras; estimular
histórico de pacientes. Projeto VIVA profissionais Projetor. a prática
diabetes MAIS, com de terapias Computador. de terapias
meliltus e profissionais integrativas, Locais: Unida- alternativas a
hipertensão de terapias tais como: de ESF CHI- coadjuvantes
arterial. integrativas. acupuntura, CO MENDES no percentual
yoga, masso- I, Pracinha de pacientes
terapia, home- e Escola da que apresen-
opata, plantas comunidade. tam médio e
medicinais, alto risco de
etc. Caso não incidência
se encontre de doença
profissionais cardiovascu-
do tipo na lo- lar, hoje em
calidade, usar 61.9%, para
as tecnologias menos que
para palestras 20%.
online.
Maio de Pacientes Avaliação de Mensuração Dra. Solan- Luvas; Produção de
2022 da ESF monitoramento de fatores de ge Marçal e Máscara cirúr- um relatório
Chico Men- das atividades risco, através equipe da gica; com dados
des, com realizadas e da coleta Unidade. Óculos de que com-
histórico de mensuração de de sangue proteção; provem a
diabetes resultados. sistemática Agulha e se- eficácia das
meliltus e (Escore de ringa descar- ações imple-
hipertensão Framingham) táveis; mentadas,
arterial. de pacientes Adaptador e tendo como
da unidade seringa des- resultado fi-
de saúde em cartáveis; nal a diminui-
foco, cruzada Tubo a vácuo; ção do índice
com dados Algodão e de 61,9%
obtidos em álcool 70%; para menos
entrevistas Planilhas de 20%.
realizadas Excel e note-
pela equipe book.
junto a esses Local: Unidade
pacientes. ESF CHICO
MENDES I
167
Capítulo Hidroxiapatita de cálcio
15
como Bioestimulador na
reestruturação facial
Alessandra Licos Rodrigues
RESUMO
INTRODUÇÃO
Capítulo 15
bioestimulador, a qual se propõe a promover melhorias na qualidade da pele por meio da
estimulação da produção de colágeno. No entanto, ainda é necessário compreender em
profundidade como esse processo ocorre e quais resultados podem ser esperados.
As hipóteses levantadas para este estudo são que a Hidroxiapatita de Cálcio age
estimulando a produção de colágeno na pele, resultando em melhorias na elasticidade,
firmeza e contorno facial. Além disso, espera-se que o uso dessa substância proporcione
resultados mais naturais e duradouros em comparação com outros métodos de
preenchimento.
A relevância deste estudo reside na busca por alternativas que promovam resultados
mais naturais e duradouros no rejuvenescimento facial, atendendo às demandas crescentes
por procedimentos estéticos. Além disso, o conhecimento gerado pode contribuir para
aprimorar a prática clínica, fornecendo informações embasadas cientificamente sobre o
uso da Hidroxiapatita de Cálcio como opção terapêutica.
DESENVOLVIMENTO
169
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 15
Envelhecimento facial e alterações anatômicas
170
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 15
Quando injetada, a Hidroxiapatita de Cálcio cria um suporte tridimensional na derme
profunda. Esse arcabouço, formado por microesferas do material, serve como um estímulo
mecânico para as células da pele, ativando os fibroblastos a produzirem colágeno novo.
A neocolagênese induzida pela presença das microesferas leva a um aumento gradual
na elasticidade e firmeza da pele, resultando em uma aparência mais rejuvenescida e
contornos faciais mais definidos (GOLDBERG et al., 2018; LIMA; SOARES, 2020).
171
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 15
de hidroxiapatita contribui para a melhora da elasticidade, firmeza e contorno da pele,
características fundamentais para uma aparência rejuvenescida. Esse efeito volumizador
pode persistir por um período que varia de 12 a 18 meses, o que é notável considerando a
natureza gradual do processo (LOGHEM et al., 2015; KNIRSCH; CRUZ; PEREIRA, 2020).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
172
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 15
Em suma, a Hidroxiapatita de Cálcio como bioestimulador oferece abordagem segura
e eficaz para a reestruturação facial, proporcionando resultados duradouros e naturais.
Seu uso demanda compreensão profunda das características individuais dos pacientes
e conhecimento técnico para resultados satisfatórios. Com mais estudos e experiências
clínicas, o entendimento da aplicação da Hidroxiapatita de Cálcio na reestruturação facial
avançará, aprimorando as práticas de rejuvenescimento.
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173
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 15
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orofacial. Research, Society and Development, v. 11, n. 13, 2022.
174
Capítulo O potencial farmacológico
16
do gênero Ocimum e sua
importância na fitoterapia: uma
revisão de literatura
Alice Conceição Moraes Florêncio
Luiz Henrique da Silva Linhares
RESUMO
ABSTRACT
Capítulo 16
of phototherapy.
INTRODUÇÃO
Mesmo com o avanço da indústria farmacêutica, o uso popular de plantas para fins
medicinais continua sendo bastante relevante, visto que o acesso a medicamentos ainda
pode ser restrito dependendo de fatores como classe social, localidade e precarização do
conhecimento, que acaba induzindo o saber empírico (MATTOS et al., 2018). Além disso,
este consumo também perpassa por aspectos culturais de várias populações. A medicina
alternativa Ayurveda, bastante difundida na Índia, tem como base o tratamento de vários
distúrbios através de medicamentos com uma origem mais natural (WANJARKHEDKAR et
al., 2022). No Brasil, a história da utilização de plantas no tratamento de doenças apresenta
influências da cultura africana e indígena, que a utilizavam em rituais religiosos ou para fins
de cura (DORNELLES et al., 2022).
176
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 16
significativamente a saúde humana. Seu caráter medicinal está atrelado à presença de
óleos essenciais que possuem uma vasta aplicabilidade. São vários os ensaios presentes
na literatura que indicam uma ação antifúgica, antibacteriana, antitumoral, entre outras
bioatividades (BHATTACHARJYA et al., 2019)
Por Ocimum possuir estes requisitos, este trabalho tem como objetivo apresentar,
através de uma revisão bibliográfica, os principais parâmetros que respaldam o potencial
farmacológico atrelado ao gênero e destrinchar os principais pontos que despertam esse
interesse numa área de forte crescimento econômico como a fitoterapia.
METODOLOGIA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Atividade Antifúngica
Capítulo 16
As propriedades antimicrobianas de condimentos e óleos essenciais podem ser
importantes para a indústria alimentícia, já que podem promover um efeito inibidor de micro-
organismos patogênicos presentes em alimentos (BIZZO et al., 2022). Em um estudo que
visa investigar a contaminação por fungos e aflatoxinas de algumas especiarias, Kumar et
al. (2010) avaliou a eficácia do óleo essencial (OE) de Ocimum gratissimum, quimicamente
caracterizado como antifúngico e antioxidante. O óleo essencial também foi submetido
a testes para comprovar sua eficácia como aditivo alimentar seguro. Concluiu-se que o
OE de O. gratissimum pode ser recomendado como aditivo para proteger as especiarias
de fungos deterioradores e contaminação por aflatoxinas, bem como melhorar a vida útil
dessas especiarias, com base em sua atividade antioxidante descrita.
Atividade Antibacteriana
Atividade Antitumoral
178
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 16
alternativas ao tratamento convencional, ao rápido desenvolvimento, emprego de técnicas
e equipamentos analíticos e aos avanços tecnológicos, muitas drogas extraídas de fontes
naturais com potencial antitumoral têm sido desenvolvidas (FERLAY, 2021).
Entre as plantas mais citadas, o gênero Ocimum se destaca pela sua composição
química, que traz vários compostos utilizados e testados em estudos preliminares, mostrando
uma atividade anticarcinogênica. Mohammadi et al. (2014) testou o óleo essencial e o
extrato metanólico de raízes e partes aéreas de Ocimum basilicum numa linhagem celular
cancerígena e pôde observar que, em comparação com os controles, tanto o óleo quanto
o extrato mostraram dados bastante significativos, validando o uso tradicional desta erva
medicinal como medicina complementar e alternativa. Neste sentido, o extrato metanólico
de O. basilicum L. inibiu linhagens cancerígenas de leucemia do sangue promielocítica
(HL60) (NAIDU et al., 2016).
Atividade Antioxidante
Atividade Anti-inflamatória
179
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 16
em cultura de macrófagos murinos estimulados com lipopolissacarídeo bacteriano (LPS),
diminuía a produção de óxido nítrico nos mesmos.
Atividade Hipoglicemiante
Proteção cardiovascular
180
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 16
elevadas induzidas por HCD. O extrato inibiu a agregação plaquetária induzida por ADP em
53% na dose de 5 g.L-1. A ativação plaquetária induzida por trombina também foi reduzida
em 42%.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
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Atividade antibacteriana in vitro de plantas condimentares do gênero Ocimum-Labiatae (O. Selloi
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183
Capítulo A epilepsia em pacientes
17
pediátricos e os benefícios pelo
tratamento com canabidiol
Epilepsy in pediatric patients
and the benefits of treatment
with cannabidiol
Bárbara Cristina Andrade Ferreira
Lais Xavier Kretli
Livia de Oliveira Silva
Rívia Carla Ferreira de Lima
Vanilda Pacheco Martins
RESUMO
ABSTRACT
Capítulo 17
res that vary according to the affected area of the brain. Cannabidiol in the treatment of the
disease blocks the reuptake of anandamide, increasing its availability in the synaptic cleft
and this allows to increase the signaling of endocannabinoids in the synapse. The objective
of this study is to describe the manifestations and effects of epileptic seizures in children
and to address the clinical and therapeutic management of these patients through treatment
with Cannabidiol. The collected bibliographic data comes from scientific articles using the
bibliographic survey of the words “epilepsy,” “neurological diseases,” “Cannabidiol,” “infanti-
le epileptic syndrome”. It is possible to conclude that the substance Cannabidiol, when used
with anticonvulsants, can promote partial or total improvement of the clinical condition, since
most anticonvulsants used alone cannot effectively control epileptic seizures.
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
Capítulo 17
da epilepsia e as descobertas sobre o Canabidiol, publicados em períodos diversos por
se tratar de referências mais relevantes para o tema. Após a leitura dos títulos e artigos
encontrados foram excluídos os que não estavam relacionados ao objetivo proposto.
DESENVOLVIMENTO
Epilepsia
“Uma desordem crônica do cérebro por várias etiologias, caracterizada por crises
recorrentes devido à descarga de neurônios cerebrais [...].
Crises epilépticas ocorrem em diversos jovens antes dos 20 anos de idade, desta
forma muitos pacientes sofrem sua primeira crise epiléptica em um período crítico, abalando
seus comportamentos e desenvolvimentos sociais, causando, assim, prejuízos que podem
perpetuar pela vida inteira (SOUZA et al., 1999). Em média, as crises epilépticas atingem
cerca 50 milhões de pessoas no mundo, 40 milhões delas em países em desenvolvimento.
Sendo assim, observa-se, diante da pesquisa, que a epilepsia é um frequente transtorno
neurológico sério, que atinge qualquer indivíduo, independentemente de seu sexo ou de
sua raça (MARCHETTI et al., 2005).
Classificações
186
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 17
Etiologia
187
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 17
O uso das drogas antiepilépticas no tratamento não permanece por muito tempo em
crianças, porque as pesquisas mostraram que depois de dois anos de crises controladas,
uma análise dos estudos feita pelo neurologista pediatra Shlomo Shinnar concluiu que a
porcentagem de pacientes sem crises com o tratamento de DAE é de 70%. Analisou-se
critérios para a recorrência de crises focais, disfunção neurológica, etiologia sintomática
remota e alterações no Eletroencefalograma (ENGEL et al., 2001).
Diagnóstico
188
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 17
neurônios disparam, cria-se um campo elétrico que é captado pelos eletrodos e identificado
no aparelho do exame. O EEG é um exame rotineiro para os pacientes com epilepsia,
não somente em períodos de crise. As descargas elétricas localizam o foco da crise e
quando são registradas no período sem crise passam a se chamar descargas intelectuais.
O eletroencefalograma, durante as crises, permite a identificação das crises através da
origem e propagação delas. Porém, possui uma dificuldade em captar o momento exato
da crise, comumente procura-se vestígios no EEG, visto que as descargas elétricas podem
indiciar um provável foco epilético (OLEJNICZAK et al., 2006).
Tratamento
Além do tratamento com uso de fármacos, existem ainda alguns métodos que estão
sendo experimentados, como o Canabidiol, que é uma substância extraída da maconha e
que poderá ajudar a controlar os impulsos elétricos cerebrais e diminuir as chances de
ocorrer crises. Os primeiros estudos acerca dos efeitos anticonvulsivantes provenientes do
CBD foram realizados pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas
(CEBRID), na Escola Paulista de Medicina a partir de 1975, conduzidos pelo professor
Elisaldo Carlini (CARLINI et al., 1975).
Canabidiol (CBD)
Capítulo 17
No decorrer dos anos, foram observados, durante a extração da planta, mais de 100
componentes presentes na Cannabis sativa, dentre eles destaca-se o grupo canabinoide,
constituído por substâncias com altas capacidades farmacológicas, por meio da interação
com o sistema endocanabinoide. No grupo canabinoide, está presente a principal substância
não psicoativa da planta, o Canabidiol, componente que possui propriedades como ação
analgésica e imunossupressora. (ROBSON et al., 2014; PERTWEE et al., 2008).
O CBD destacou-se pelos seus benefícios ao sistema nervoso e pelo seu potencial
analgésico (BARBOSA et al., 2020). O professor Raphael Mechoulam permitiu a realização
dos estudos quando revelou a estrutura química do Canabidiol, através do seu isolamento em
1963, descobrindo que ele apresenta 21 átomos de carbonos, 30 átomos de hidrogênios e 2
oxigênios (MECHOULAM et al., 1963). A partir dessa descoberta, as pesquisas revelaram,
de forma detalhada, as especialidades do CBD em doenças como isquemias, diabetes,
náuseas, câncer, epilepsia, esquizofrenia, doenças de Parkinson e Alzheimer (DI MARZO
et al., 2009).
Figura 2 - Estrutura química do Canabidiol.
A estrutura química do Canabidiol foi isolado na década 40, porém sua descoberta
completa ocorreu somente na década de 60. Observou-se a grande quantidade de Cannabis
sativa, constituindo 40% da estrutura, porcentagem considerável para a ação predominante
da substância (MATOS et al., 2017).
As primeiras observações sobre a ação do CBD foram feitas no Brasil, nas quais o
médico Dr. Elisaldo Carlini, em 1990, selecionou 15 pessoas que sofriam crise generalizada,
pelo menos uma vez na semana, mesmo medicadas com anticonvulsivantes. Durante o
estudo, de 8 pacientes que haviam ingerido o Canabidiol somente um não apresentou
melhora no caso. O restante relatou ausência das crises ou diminuição na frequência das
convulsões. A pesquisa não avaliou a ação do CBD sem o uso de anticonvulsivantes e
concluiu que o Canabidiol poderia auxiliar o tratamento junto com os anticonvulsivantes
(CARLINI et al., 2016).
190
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 17
Os estudos mostram que o CBD possui ação assertiva no sistema nervoso central
de forma analgésica, porém também apresenta uma pequena taxa de psicoatividade através
dos efeitos adversos, os quais podem se alterar de acordo com cada paciente, provocando
euforia, aumento do apetite, alteração na percepção, perda parcial da capacidade de
raciocínio, ansiedade, entre outros efeitos (REITHMEIER et al., 2018; GARCIA et al., 2020).
Essas consequências adversas são consideradas empecilhos para a utilização terapêutica
do Canabidiol, por isso, os pesquisadores estão estudando para entender o que causa
esses efeitos colaterais e para tentar diminuí-los.
Ação do Canabidiol
191
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 17
O Canabidiol possui diversas ações dentro do sistema nervoso central. O CBD
bloqueia a recaptação da anandamida, aumentando a disponibilidade da anandamida na
fenda sináptica, esse aumento permite ampliar a sinalização dos endocanabinoides na
sinapse. Concluíram que, através dessa ação, o Canabidiol conquistou sua capacidade
antipsicótica (MECHOULAM et al., 2002; SCHUBART et al., 2014; MATOS et al., 2017). Além
disso, também atua na inibição de receptores serotonérgicos, responsáveis pela ansiedade
e depressão; ativa os receptores vaniloides, ajudando no alívio de dores e inflamações; inibe
a adesão de células cancerígenas e possuem propriedades neuroprotetoras e antioxidantes
(MATOS et al., 2017; HAMPSOM et al., 1998). Evidencia-se que o aprofundamento dos
estudos possibilitou uma segurança considerável para os pacientes de epilepsia, os quais
estão cientes dos benefícios e dos malefícios da substância Canabidiol, por mais que os
estudos deixam incógnitas em alguns assuntos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como, nas atuais circunstâncias, a única forma de usar a CDB no Brasil é por
meio de ações judiciais, que é um processo demorado e burocrático envolvendo vários
órgãos da gestão pública, é necessário realizar um estudo mais detalhado das vantagens
e desvantagens do tratamento com Canabidiol para que forneça uma base científica para a
prescrição, mostrando o potencial do uso do CBD como uma melhoria na qualidade de vida
do indivíduo, e seu uso seja mais acessível.
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196
Capítulo Ácidos graxos no tratamento
18
do Lúpus Eritematoso Sistêmico
(LES)
Fatty acids in the treatment of
Systemic Lupus Erythematosus
(SLE)
Ana Laura Henrique Rodrigues
Ana Carolina Gomes Costa
Anna Luiza de Carvalho Santana
Lais Xavier Kretli
Livia de Oliveira Silva
Rívia Carla Ferreira de Lima
RESUMO
ABSTRACT
Capítulo 18
cing and decaying stages, in which the symptoms change according to the aggravation.
Fatty acids, in the treatment of lupus, exert an action against the inflammatory process,
marked by the decline of clinical signs, decay of inflammatory markers and higher lipid
concentration. The study aimed to analyze, through a bibliographic review, the general as-
pects of lupus and the effects of fatty acids in the treatment of the disease. Bibliographic
data come from scientific articles collected in PUBMED, Science & Technology, SCIELO
and Google Scholar databases, using the keywords “autoimmune disease”, “systemic lupus
erythematosus”, “fatty acids”, “omega-3”. It is concluded that the additional treatment with
fatty acids, according to most studies, points to positive results related to the decrease and/
or improvement of SLE activity, leading to an improvement in the patient’s life condition.
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
198
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 18
“lúpus eritematoso sistêmico”, “ácidos graxos”, “ômega-3 e colecalciferol”. A seleção
literária foi classificada conforme sua relevância ao tema, retirou-se artigos com conceitos
ultrapassados e aqueles que não apresentaram conteúdo compatível com o objetivo
exposto.
DESENVOLVIMENTO
Conceito
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica que afeta
múltiplos órgãos e sistemas do corpo humano. Nesta condição, o sistema imunológico,
que normalmente protege o organismo contra invasores como vírus e bactérias, começa
a atacar tecidos saudáveis, causando inflamação e danos progressivos (SOUZA et al.,
2021). Embora a causa exata do LES ainda seja desconhecida, acredita-se que fatores
genéticos e ambientais desempenhem um papel importante no desenvolvimento da doença
(SOUSA et al., 2018). As mulheres são afetadas com maior frequência do que os homens,
especialmente durante a idade fértil, sugerindo uma influência hormonal. O LES também
pode ocorrer em crianças e adolescentes (SANTOS et al., 2017).
Embora a causa exata do LES ainda seja desconhecida, vários fatores de risco
foram identificados. Fatores genéticos desempenham um papel importante, visto que o
LES pode ocorrer em famílias e estudos de gêmeos mostraram uma maior concordância da
doença em gêmeos idênticos em comparação com gêmeos fraternos. Além disso, fatores
ambientais, como a exposição à luz solar e certos medicamentos, foram implicados no
desencadeamento do LES em pessoas geneticamente suscetíveis (CAMPOS et al., 2017).
Capítulo 18
et al., 2020).
Manifestações clínicas
No contexto das interações sociais, foi observado que além da fadiga, a presença de
cicatrizes decorrentes do lúpus e despigmentação na pele aumentam significativamente as
chances de uma percepção insatisfatória nessa área. Além disso, complicações no sistema
circulatório também têm um impacto negativo nas relações sociais. Consequentemente,
é comum que indivíduos com lúpus eritematoso sistêmico (LES) apresentem isolamento
social, falta de comunicação e sintomas de depressão, como resultado dessas complicações.
Esses fatores, incluindo problemas cutâneos, podem levar a uma baixa autoestima e ao
afastamento social (SOUZA et al., 2021).
Dado que a doença prejudica o trabalho e a vida social destes pacientes (SOUZA
et al., 2021). Encontre-se dois tipos de lúpus conhecidos: Tipo cutâneo, e conhecida como
causadoras de manchas e de avermelhamentos decorrentes na pele, já o Tipo sistêmico
não é visível ocorre nos órgãos internos (ERDERLE et al., 2019).
Diagnóstico
Inúmeros exames são utilizados para detectar o lúpus, mas é fundamental levar
em consideração o indivíduo e correlacionar os resultados dos exames laboratoriais.
Quando sintomas como leucopenia e alterações no sedimento urinário são observados,
uma avaliação laboratorial fortalece o diagnóstico. O diagnóstico do LES e a identificação
dos órgãos internos acometidos dependem de exames laboratoriais. A análise regular de
sangue e urina é essencial para determinar a tolerância do paciente aos medicamentos,
200
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 18
bem como rastrear a atividade e a gravidade da doença (VARGAS et al., 2009).
Além disso, testes imunológicos, como o teste de Coombs são realizados para
determinar se a produção de anticorpos contra a hemácias é a causa da anemia. Já o teste
FAN indica a presença de anticorpos dirigidos contra um componente do núcleo da célula.
Por último é realizado o exame de urina, que revela a presença de proteinúria, uma vez que
pacientes com lúpus eritematoso estável apresentam aumento da excreção (RODRIGUES
et al., 2017).
• Eritema malar: Uma área eritematosa localizada na região malar, podendo ser
plana ou apresentar uma elevação.
201
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 18
através dos seguintes critérios: a) Analisando-se anormalidades nos níveis
de anticorpos IgG ou IgM contra a cardiolipina, b) detectando um teste de
anticoagulante lúpico com resultado positivo ou um teste impreciso para sífilis,
durante pelo menos seis meses
202
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 18
Tratamento
Tratamento farmacológico
203
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 18
aeróbica está diminuída. A adoção de uma rotina consistente de exercícios físicos tem
o potencial de diminuir os riscos relacionados ao sistema cardiovascular, melhorando a
qualidade de vida;
d) Dieta: Não tem como saber ao certo se alguns alimentos progridem doenças.
Porém, prudente aderir uma dieta mais equilibrada, evitando sal, gorduras e carboidratos.
Já a vitamina D é recomendável para paciente por conta da deficiência do sol, devido a má
proteção;
Pacientes que fazem algum tipo de atividade e faz o uso das medicações indicadas
do médico, apresentam um melhor quadro clínico (COSTA et al., 2014).
Agentes antimaláricos
204
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 18
Glicocorticoides
Imunossupressores
Tratamento adjunto
205
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 18
Ácidos Graxos
Os ácidos graxos ômega-3, encontrados em peixes de água fria, como salmão, atum
e sardinha, bem como em sementes de linhaça e chia, têm propriedades anti-inflamatórias
e são importantes para a saúde do coração, função cerebral e desenvolvimento fetal.
Eles têm sido associados à redução do risco de doenças cardiovasculares, melhora da
saúde cerebral e apoio ao sistema imunológico (NUNES et al., 2019). Os ácidos graxos
ômega-6 são encontrados em óleos vegetais, como óleo de girassol, óleo de soja e óleo de
milho. Eles também desempenham um papel importante na saúde, especialmente quando
equilibrados com os ômega-3. No entanto, o consumo excessivo de ácidos graxos ômega-6
em relação aos ômega-3 tem sido associado a inflamação crônica e a um maior risco de
certas doenças (PAPPIANI et al., 2016).
Mecanismos de ação
206
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 18
no grupo pesquisado (BORGES et al., 2014). A partir de então, desencadearam vários
estudos com objetivo de identificar os mecanismos de ação desses lipídeos nas doenças
com fatores de inflamação (DIAS et al., 2021).
O estudo pioneiro sobre a ação dos ácidos graxos em pacientes com lúpus
eritematoso sistêmico foi realizado pelo pesquisador Clark em 1989, o autor utilizou óleo de
peixe como uma fonte de ômega-3 (VIEIRA et al., 2020). A pesquisa observou o efeito do w-3
(EPA e DHA) em 12 pessoas diagnosticadas com LES e concluíram que a suplementação
do óleo de peixe pode gerar alterações nos processos de inflamação e na aterosclerose.
Constatou-se uma elevação nas quantidades de EPA e DHA, e diminuição da formação
de AA, esses acontecimentos geraram uma redução da agregação de plaquetas, uma
aderência sanguínea e uma maior plasticidade nas hemácias (CUNHA et al., 2021).
207
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 18
Sendo assim, o tratamento adicional com ácidos graxos possui uma ação
indispensável no processo contra a inflamação, o resultado da utilização desses lipídeos
pode melhorar drasticamente a condição de vida dos pacientes com lúpus eritematoso
sistêmico e também diminuir a manifestação da doença. Porém, alguns efeitos indesejados,
mesmo que não apresentem ameaças graves para a doença autoimune, podem acarretar
malefícios a longo prazo se não forem observados atentamente (BORGES et al., 2017).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que o lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune que pode ter
um impacto significativo na vida dos pacientes, porém muitas pessoas conseguem gerenciar
a doença com sucesso e levar uma vida plena e ativa. O tratamento pode ser farmacológico,
não farmacológico, com agentes antimaláricos, glicocorticoides, imunossupressores. Além
disso, destaca-se a ação dos ácidos graxos no processo terapêutico.
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211
Capítulo O desafio da comunicação
19
humanizada para profissionais
de saúde no ambiente
hospitalar
Elena Erhardt Trombelli
Érika Colato
Josely Amaral da Silva Ayalla
Rosemary Cruz Correia
Franciele Leão
RESUMO
Este estudo se configura como uma pesquisa qualitativa e tem como fina-
lidade realizar um estudo bibliográfico sobre a comunicação humanizada
entre a equipe de saúde e os pacientes e familiares no ambiente hospita-
lar no momento do diagnóstico de doenças que ameaçam à vida. Para o
desenvolvimento, o presente estudo foi elaborado uma revisão narrativa e
bibliográfica que analisou artigos publicados entre 1995 e 2020, nos perío-
dos nacionais indexados nas bases de dados Scielo e Google Acadêmico.
Para tanto os descritores que foram utilizados são: importância da comu-
nicação médico paciente, humanização na comunicação de diagnóstico,
a função do psicólogo no método de diagnóstico, idioma português. Bus-
caram-se estudo que estavam disponíveis na íntegra, como por exemplo,
o protocolo Spikes, na qual, este o mesmo consiste em seis etapas e a
intenção é habilitar o médico a preencher os 4 objetivos mais importantes
durante a transmissão de más notícias que são: Recolher informações
dos pacientes; transmitir as informações médicas; proporcionar suporte
ao paciente; induzir a sua colaboração no desenvolvimento de uma estra-
tégia ou plano de tratamento para o futuro.
INTRODUÇÃO
Capítulo 19
2011).
213
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 19
vida, em um processo de cuidado contínuo que, usualmente, não leva à cura) e os casos
de doenças paliativas (paliativo é algo que melhora ou alivia momentaneamente, mas não
é capaz de curar ou resolver o problema. Como acontece, por exemplo, no tratamento ou
cuidado paliativo, que melhora a qualidade de vida e alivia o sofrimento do doente, mas não
é capaz de curar a enfermidade). Com isso, é preciso então, compreender a importância de
como é feito o relato do diagnóstico no processo terapêutico.
MÉTODO
DESENVOLVIMENTO
214
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 19
oportunidades de funcionar, não apenas fisiológicas e também o psicológico. Segundo
Jeammet e Consoli (2000), deve evitar que o paciente seja desorganizado pela angústia e
seja dominado por suas reações emocionais e facilitar seu acesso à palavra é a possibilidade
de unir e de simbolizar seus afetos.
Mota e Martins (2006), diz que a preocupação com a humanização hospitalar tem
como principal foco a dignidade do ser humano e o respeito por seus direitos, sendo que o
ser humano tem que ser olhado em primeiro lugar. Visto que, a dignidade, a liberdade e o
bem-estar da pessoa são causas a serem responsáveis entre o doente e o profissional da
saúde.
A dignidade do ser continua a ser importante curar doenças, mas sem esquecer que
mais importante ainda é curar o doente; e não somente curá-lo, mas também cui-
dar dele. É a pessoa doente que deve ser o principal foco de atenção, e não a sua
enfermidade. Ainda quando a cura não é mais possível, quando a ciência se acha
incapaz de resolver o problema trazido pela doença, continuamos diante do doente,
na sua dignidade, na sua fragilidade e na sua necessidade de ser amparado, cuida-
do e amado. (PESSINI E BERTACHINI, 2004),
Mesmo que a própria pessoa não colabore, ou até não participe ou nada saiba,
a pura e simples identificação do conflito, sua discussão com o doente, sem dúvida lhe
será útil. Ouvir o doente, seja o que for que ele tenha a dizer, pode fazer diferença neste
processo da doença. Podemos então considerar que qualquer médico ou outro profissional
de saúde que exerce sua profissão com um mínimo de sensibilidade terá percebido, que
muitas vezes, importa menos o remédio que receita ou a técnica que utiliza e mais a atenção
ao paciente, neste contexto , o médico que consiga estabelecer com seu paciente uma
relação positiva, de afeto, confiança e amor terá sem dúvida, muito maiores chances de
mobilizar o potencial curativo interior do enfermo, dará mais força, e, portanto, eficácia, à
terapêutica que prescrever.
215
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 19
um “movimento instituinte” que julga as marcas identitárias do modelo biomédico, de tal
forma acarretando um debate sobre a ética do cuidado. Portanto, a assistência humanizada
se dá na ocasião que a construção de uma nova cultura de atendimento é baseada na
democratização das relações, na comunicação, no vínculo de confiança entre médico e
paciente em uma relação personalizada, na garantia dos direitos coletivos e individuais,
respeito, reciprocidade e na inclusão do ensino de técnicas de comunicação durante a
formação dos profissionais de saúde.
216
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 19
Por conseguinte, ao receber mensagens difíceis em ambiente hospitalar, os
pacientes tendem a valorizar aspectos como o local de recebimento, a qualidade da
mensagem, o timing adequado e a sinceridade e calma do médico (CHEHUEN NETO et
al., 2012). Esses aspectos podem ser abordados por meio de diversas ferramentas a serem
institucionalizadas e colocadas em prática, tais como: oficinas de comportamento empático,
ensino estruturado de protocolos e organização espacial em ambientes hospitalares.
Essa mobilização é fundamental, visto que o comportamento e a forma como os médicos
comunicam mensagens difíceis afetam diretamente o curso do tratamento, incluindo a
decisão do paciente em continuar o tratamento. (SOBCZAK, LEONIUK, E JANASZCZYK,
2018).
217
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 19
significativamente para melhorar a relação o médico-paciente. Segundo Matarazzo
(1980), trata-se de um campo profissional, cientifico e educacional que visa à promoção
e manutenção da saúde. O objetivo deste estudo é contribuir para a análise e melhoria do
sistema de saúde e para o estabelecimento de políticas de saúde, prevenindo e tratando
a progressão de doenças. A importância deste domínio inclui também a situação social do
indivíduo e traços de personalidade como a autoconfiança (STRAUB, 2014)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por conseguinte, amaneira geral foi capaz finalizar por meio dos artigos, que a falta
de comunicação talvez seja o grande obstáculo para o firmamento e eficácia do processo
de humanização. Sendo que, a carência ou déficit de comunicação faz com que seja pouco
conhecido o trabalho, impossibilitando que, no mínimo, a maior parte dos profissionais,
gestores, e igualmente a comunidade saibam e se envolvam nesse novo procedimento
218
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 19
de cuidar, amparar e prestar melhor qualidade de vida para o sujeito. Desta forma, é
importante que sejamos capazes de conscientizar todo ser humano da competência de
humanizar-se. De que é preciso entender o outro e ajudá-lo a restabelecer sua vida, como
resultado promovendo a ele bem-estar e melhores circunstâncias de voltar a sonhar e
colocar em prática seus sonhos e planos. Com isso, referindo-se à humanização através
da comunicação, um dos focos do trabalho, percebeu-se a partir da leitura de artigos sobre
a psicologia da saúde e psicologia hospitalar, a eficácia desse processo é vista, quando
profissionais deixam de enxergar apenas a doença, e passam a ver o doente que a traz,
em sua totalidade.
De acordo com Pereira (2005), na literatura médica, mais precisamente nos últimos
dez anos, encontram-se trabalhos sobre orientações e protocolos para a comunicação com
os pacientes, porém grande parte destas publicações é direcionada para uma cultura norte-
americana, europeia e australiana. Sendo assim esta mesma autora, sugeriu um protocolo
para comunicação de más notícias, a partir de sua tese de doutorado em anestesiologia, na
faculdade de medicina de Botucatu/SP. Tal protocolo foi desenvolvido baseado na literatura
médica já existente sobre o assunto e consiste em sete passos fundamentados na palavra
PACIENTE: P – Preparar-se, A – Avaliar o quanto o paciente sabe, C – Convite à verdade,
I – Informar, E – Emoções, N – Não abandonar o paciente, T – Traçar uma E – Estratégia.
Nota-se que as estratégias adotas são semelhantes às do protocolo SPKIES (O protocolo
SPIKES tem o objetivo de facilitar a abordagem de assuntos delicados diante de pacientes
com câncer, como diagnóstico, recidiva da doença e início de tratamento paliativo, mas seus
princípios podem ser expandidos para outros cenários na prática médica), porém adaptada
ao contexto brasileiro, o que pode facilitar o processo de aprendizagem dos profissionais
de saúde.
REFERÊNCIAS
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 19
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220
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 19
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médica. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 43, p. 314-321, 2020.
221
Capítulo Informação em Saúde por
20
meio de portais: uma Revisão
Narrativa
Health information through
portals: a narrative review
Jeferson Victor Viana Silva
Departamento de Educação Física (Universidade Estadual da Paraíba)
https://orcid.org/0009-0004-5953-8945
Clésia Oliveira Pachú
Departamento de Farmácia (Universidade Estadual da Paraíba)
https://orcid.org/0000-0002-7356-6297
RESUMO
ABSTRACT
Capítulo 20
information and accentuates the challenges related to living in a society fermented by vir-
tual indexes. It is concluded that the characterization of the portals influences the public in
different ways and varied objectives, highlighting the importance of the veracity of the infor-
mation for the formation of health education in the social environment.
INTRODUÇÃO
Na atualidade, a validade de uma informação pode ser cada vez mais difícil de
ser averiguada graças ao turbilhão de notícias que se recebe no cotidiano. O conceito de
informação sempre foi de grande importância para a vivência em sociedade, sendo um dos
pilares formadores da relação interpessoal. Todavia, o significado etimológico da palavra
“informação”, não necessariamente esteve, no seu surgimento, ligada apenas ao “ato de
informar”.
223
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 20
Dessa forma, a partir de uma grande exposição virtual das pessoas aos meios de
comunicação de massa por meio de smartphones, aliada ao surgimento de web sites e de
redes sociais de interação, a comunicação virtual se tornou a principal fonte de conversação/
obtenção de informações dos seres humanos a partir dos anos 2000. Para ilustrar esse
meio citado, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 90,2% dos imóveis
brasileiros tinham acesso à Internet no ano de 2021, sendo 99,5% dos aparelhos que
acessam à rede, a utilização de celulares e smartphones.
Logo, a comunicação passou a estar mais próxima do receptor. Junto a isso, várias
objeções surgem, inclusive a da veracidade da informação. Além disso, o meio virtual se
tornou parte das construções sociais, acompanhando os problemas e desafios da sociedade.
(BAUDRILLARD, 1998).
Portanto, o movimento de forma geral dos meios virtuais afeta não apenas a
informação ou o ato de comunicação, mas também tem ação direta no funcionamento
dos corpos, da economia, da sensibilidade ou do exercício da inteligência. A virtualização
atinge o status da construção da coletividade: comunidades virtuais, empresas em
ciberespaços e democracia virtual. Embora as redes digitais e a ampliação dos espaços
virtuais desempenhem papel fundamental na mudança de comportamento da sociedade,
trata-se de uma onda enorme que vai além do campo da rede, ultrapassa os limites da
informatização (LÉVY, 1997).
A partir desse momento, surgiu em 2006, o que viria na década seguinte, se tornar
o maior portal de notícia do país. No aniversário de 56 anos do surgimento da TV no Brasil,
a emissora principal do país, levou sua grade jornalística para a rede, o jornal O Globo
224
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 20
teria sua página virtual iniciada em meados da primeira década do século XXI (GROUPO
GLOBO, 2021).
Desde então, a comunicação brasileira passou por uma revolução que não
acontecia desde os tempos dos feitos de Assis Chateaubriand. Os portais de notícias por
estarem inseridos dentro de um contexto virtual passou a ter características peculiares das
formações digitais de rede: audiência fragmentada, múltiplos discursos, personalização,
interatividade, multimídia e pode ser produzida por quaisquer que seja o computador, até
mesmo pelo smartphone é possível a publicação (CAMERRO, 2023).
225
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 20
populistas em busca de ganhos, precipuamente em sistemas democráticos com baixa
seguridade que sempre está sob ameaças de ditadores (BAPTISTA, 2019).
Dessa forma, para combater todo o sistema de notícias falsas, torna-se necessário
perdermos a cultura de não averiguar o conteúdo, saber o caráter do site da postagem e
preferir /optar por redes jornalísticas nacionais de renome, porém, até esses merecem seu
cuidado ao rever o editor da matéria.
Por fim, a relação do uso de celulares no dia a dia e a dependência dos meios
virtuais na vida diária das pessoas não se trata de projeção, apresenta-se como realidade.
E isso nos mostra que o contexto social não se separa da realidade virtual, hodiernamente,
quase 29 milhões de pessoas no nosso país não têm acesso aos meios virtuais de
comunicação. Também não são inseridos nos portais de rede, ficando fora ou desatualizados
de informações em saúde.
226
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 20
O uso das redes sociais para auto gerenciar informações sobre saúde representa
uma objeção que constitui uma prática comum de usuários leigos que vivem e são inseridos
em diferentes contextos de saúde. Todavia, mesmo facilitando o acesso à informação, as
mídias sociais podem contribuir para o surgimento de vários problemas e riscos ao bem-
estar, uma vez que ampliam a vulnerabilidade ao acesso fácil de informações falsas e sem
checagem científica. (BRASILEIRO; ALMEIDA, 2023).
Nesse sentido, sem juízo de valor, porém com caráter expositivo, as redes sociais
podem influenciar a vida das pessoas e por consequência, a má utilização dela pode gerar
consequências na saúde dos seres humanos com propostas milagrosas e sem averiguação
científica.
Ilustrando esse tema do uso constante das redes, uma pesquisa mostra que a mídia
social é a fonte mais utilizada de informações sobre saúde. Sendo que, 83% dos brasileiros
afirmam já estar cuidando da saúde com base nas informações que receberam por meio
dessas plataformas durante a pandemia de COVID-19. As conclusões foram publicadas
no estudo “The Information Epidemic and its Impact on Digital Lives”, que alerta para os
perigos potenciais do acesso à informação (KARSPESKY, 2021).
227
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 20
Dessa forma, a utilização, cada vez mais intensa, dos recursos da informática para
produção e circulação de mensagens torna necessária a reflexão sobre as características
da comunicação virtual. A digitalização das informações não é a vilã, muito menos uma
rival da qualidade de vida e bem-estar. Pelo contrário, apresenta-se como uma das fontes
da descentralização da informação e democratização da informação em saúde para os que
precisam. A informação representa uma das maneiras da prática da prevenção, informando
as massas com potenciais verídicos sobre a saúde sendo aliada aos profissionais da saúde
e seu público.
No Brasil, essa mudança de era se mostra praticada por um dos maiores sites
relacionados a instrução de pessoas, trata-se do UMA-SUS. Neste, disponibilizado para
profissionais e público geral, informações relevantes acerca de vários problemas, temas,
soluções e preocupações que as pessoas devem ter em ralação a sua saúde e a de seus
próximos. Todavia, a plataforma se mostra pouco divulgada nas redes oficiais do governo
público do Ministério da Saúde do Brasil, precipuamente, sem atuações em redes como o
Facebook, Instagram e Youtube, impactando diretamente sua influência digital.
Desse modo, Levy enfatiza a relação entre cultura e aprendizado online e argumenta
que o sistema educacional atual impõe novas restrições a quantidade, variedade e velocidade
do desenvolvimento do conhecimento. A demanda por educação carece não apenas do
aumento exponencial da quantidade, mas também da mudança qualitativa, da busca de
soluções tecnológicas que permitam ampliar o acesso e a disseminação da informação.
Assim, torna-se necessário e importante, além dos sites oficiais, os sites e redes
informacionais das Instituições de Ensino Superior. Tal abordagem pode aproximar ainda
mais a comunidade científica da sociedade, obtendo êxito na propagação das informações
em saúde para o público pouco abastado dessas tecnologias.
228
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 20
Todavia, essa definição ou esse entendimento de instituições sólidas na rede só
teve vanguarda em 1967, quando Philip Kotler e Kevin Keller, publicou nos Estados Unidos
da América, o livro intitulado “Administração de Marketing”, clássico da literatura comercial.
Nesse periódico, surgiu o termo “branding”, significado de gestão de marca, caracterizando
o valor de marca no mercado. Portanto, ao relacionar sites institucionais e sua importância
no século XXI, relaciona-se a uma gestão de marca direta, dado o portal e a instituição se
confundem a um só corpo.
A efeito prático, indo além da função dos sites e portais institucionais, os tempos
atuais necessitam que esses portais de IES, precisam atrelar acontecimentos dos websites
às redes sociais em uma alimentação diária, ao invés das pessoas se alimentarem de
canais de notícias falsas, possam se aproximar de um meio confiável. Na questão de
informação em saúde, cada departamento poderia ter internamente, portais nas redes
sociais para publicação de informação do macro sistema. Nesses, cada departamento de
forma multidisciplinar, tivesse a produção de conteúdo e a publicação em meios acessíveis
e com linguagem popular, com finalidade de aproximar do seu público.
229
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 20
Por outro lado, todas as universidades citadas têm redes sociais de comunicação,
todas acima de cem mil seguidores no Instagram e com canais no Youtube, na qual a USP,
disponibiliza aulas e palestras aberta ao público geral. Porém, a UFRJ em seu Instagram
tem um caráter completamente institucional e normativo sobre os acontecimentos
burocráticos, de outro modo, a Unicamp se destaca por produções de audiovisuais pelos
próprios estudantes, e disponibilizados na rede Tik Tok, para informar ações e estudos da
instituição.
Assim, por todas as três instituições terem redes sociais e contas no Instagram,
corrobora com a ideia que desde a sua criação, o Instagram ganhou um grande número de
usuários e se tornou uma mídia social bastante conhecida. Pensando nisso, as empresas
começaram a desenvolver estratégias promocionais para alavancar novos estilos
de aplicativos e linguagens para atrair ou obter a atenção de usuários, por sua vez, a
universidades estão no âmbito dessa evolução comunicativa.
Logo, concluindo tal ciclo, para se entender a dinâmica dos relacionamentos se faz
necessário discernir a sua natureza, pois essa define-se como um “processo interdependente
de interação e trocas contínuas entre, pelo menos, dois atores”, envolvendo recursos e
atividades. Outrossim, um relacionamento se baseia na ideia de que existem aproximações
que conectam os dois lados, as aproximações devem ser as ações desenvolvidas
(HOLMLUND; TORNROOS, 1997).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
230
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 20
caso nacional e avaliação expositiva de experiências em portais de instituições de ensino
superior.
Por outro lado, foi possível observar que a recepção da notícia é tão importante
quanto os métodos de publicação. Finaliza-se, valorando a comunicação virtual por facilitar
acesso a informações em saúde, todavia, alertando acerca da necessidade de ampliar os
meios e as estratégias na segurança da distribuição das informações. Ademais, no intuito de
democratizar a informação científica para ampla população, utilizando-se da comunicação
massiva, precisa-se das aplicações de estratégias que aproximem as instituições do público
geral.
REFERÊNCIAS
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a nova ordem (des) informativa na era da pós-verdade, p. 47–62, 2019.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 20
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232
Capítulo Neurociência e estratégias de
21
comunicação no ambiente
corporativo: impulsionando a
produtividade e o bem-estar
Kenia Maria da Silva
RESUMO
INTRODUÇÃO
Capítulo 21
comportamentais, da relação entre a mente e o corpo e transforma a maneira como
o ser humano pensa (VORHAUSER-SMITH, 2010). Assim, é possível desenvolver
maiores habilidades de prever comportamentos (LEE; BUTLER; SENIOR, 2010).
Portanto, aplicá-la às práticas de gestão pode contribuir para o desenvolvimento
das empresas de forma mais eficaz (HILLS, citada por DUARTE, 2021).
De acordo com Duarte (2021), os estudos sobre tomada de decisão está vinculada
a área da neurociência social, associadas à confiança, competição, norma social e empatia.
234
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
De acordo com Seligman (2010), o modelo PERMA composto pela combinação
dos elementos: emoções positivas, engajamento, relacionamentos, sentido e realização
proporciona uma vida mais feliz, próspera com impacto na saúde física e mental das
pessoas.
METODOLOGIA
235
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
empatia e psicologia positiva. Foram selecionados para pesquisa material dos últimos 16
anos, escritos em português e inglês. Quanto aos critérios de exclusão, foram descartados
os trabalhos que não abordassem a neurociência, comunicação e psicologia positiva.
A análise dos dados foi realizada por meio de uma leitura criteriosa e interpretação
detalhada de todas as informações encontradas na literatura pertinente. Os dados foram
cuidadosamente organizados para atingir o objetivo da pesquisa, testar as hipóteses
estabelecidas e chegar a conclusões significativas.
236
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
Figura 3 - Partes do cérebro.
Segundo Villasante (2022), James Papez trabalhou com a anatomia das emoções
e criou o circuito de Papez, formado pelo hipocampo, tálamo e cíngulo. O fisiologista e
psiquiatra Paul McLean e o cirurgião e antropólogo Francês Paul Broca acrescentaram
ao circuito as estruturas: o septo, a amígdala e o hipotálamo, batizado de sistema límbico.
O neurologista Paul Ivan Yakovlev propôs um circuito emocional que incluía os núcleos
orbitofrontal, temporal anterior, insular e outros do tálamo.
237
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
Neocórtex: desempenha papel crucial em várias funções cognitivas superiores,
como linguagem, pensamento abstrato, raciocínio, planejamento e criatividade. (LASCANI,
2019).
Figura 6 - Cérebro humano.
Funções cognitivas são os processos mentais que nos permitem desenvolver qual-
quer tarefa. As mais importantes são a atenção, a orientação, a memória, as gno-
sias, as funções executivas, as praxias, a linguagem, a cognição social e as habili-
dades visuoespaciais.(NEURONUP, s.d.).
238
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
recebem estímulos advindos do ambiente externo ou do próprio organismo e a sinapse
é uma região de proximidade entre um neurônio e outra célula por onde é transmitido o
impulso nervoso.
Figura 7- Neurônios. Figura 8 - Sinapse.
NEUROCIÊNCIA
Figura 9 - Neurociência em todas as áreas da vida.
239
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
De acordo com Braga (2022), a valorização do bem-estar e qualidade de vida, seja
física, psicológica ou emocional é um mecanismo de sobrevivência em um mundo repleto
de novas informações, avanço tecnológico e envelhecimento da população.
240
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
Abertura e curiosidade: Conversar com pessoas de diferentes círculos sociais para
compreender seus pontos de vista.
Neurociência do bem-estar
Em 2010, Martin Seligman desenvolveu a teoria PERMA, uma estrutura que estuda
os mecanismos cerebrais e neurais associados à sensação de bem-estar e felicidade.
Envolve a presença de emoções positivas, engajamento em atividades significativas,
conquistas pessoais, relacionamentos positivos e encontrar sentido na vida.
Figura 10 – PERMA.
241
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
Quadro 3 – Neurotransmissores relevante na empatia.
Neurotransmissores Funcionalidades
Endorfina Atua como analgésicos naturais e promovem uma sensação de euforia e prazer.
Serotonina Frequentemente chamada de “hormônio da felicidade”. Regulação do humor, do
sono, do apetite e do desejo sexual.
Dopamina Relacionada à motivação, ao prazer e à recompensa. Fundamental na sensação
de bem-estar e satisfação.
Glutamato É inibitório do cérebro, reduze a atividade neuronal. Ajuda a acalmar a mente,
aliviar a ansiedade e promover o relaxamento.
Gaba É excitatório do cérebro, crucial no aprendizado, na memória e na regulação do
humor.
Neurociência e a comunicação
Escuta ativa: Carl Rogers, um renomado psicólogo humanista, foi um dos pioneiros a
enfatizar a importância da escuta ativa na terapia centrada no cliente, ouvir de forma
genuína, concentrada e empática, com o objetivo de compreender o interlocutor.
Comunicação assertiva: Entre os estudiosos notáveis estão Albert Ellis, Aaron Beck,
Virginia Satir e Carl Rogers, se caracterizaram por expressarem pensamentos,
sentimentos e opiniões de maneira clara, direta e respeitosa, sem infringir os direitos
das outras pessoas.
242
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
De acordo com Brum (2021), as empresas enfrentam problemas de comunicação,
como informações centralizadas, reuniões longas e improdutivas, falta de clareza na
transmissão de informações estratégicas, boatos informais, falta de feedback entre líderes,
subordinados e colegas de trabalho, além da falta de comunicação entre diferentes áreas
ou setores da empresa.
Figura 11 - Neurociência e comunicação empresarial.
243
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
Comunicação Comunicação Comunicação Comunicação
Exemplo: 2 adequada inadequada adequada inadequada
Um colega de trabalho Percebo que ocorreu Você estragou Compreendo que Você sempre faz
cometeu um erro que um erro que teve tudo. Não con- houve um erro no tudo errado. É
afetou negativamente impacto no projeto. sigo entender projeto. Vamos inaceitável.
um projeto. Podemos analisar como você pode discutir o que
o ocorrido juntos e ser tão incompe- aconteceu e en-
encontrar maneiras tente. contrar soluções
de evitar situações para corrigir o
semelhantes no problema e evitar
futuro. recorrências.
244
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
Figura 13 – O corpo fala a linguagem silenciosa da comunicação não verbal.
Linguagem positiva: é uma estratégia que envolve o uso de palavras e frases que
promovem um ambiente positivo, encorajador e construtivo. De acordo com Brum (2021), As
palavras que usamos determinam a qualidade dos nossos sentimentos, relacionamentos,
ações e resultados. A linguagem positiva fortalece relacionamentos, estimula o otimismo e a
confiança, promove a criatividade e a resolução de problemas. Já a linguagem negativa gera
conflitos, deteriora vínculos interpessoais e cria um ambiente desmotivador e insatisfatório.
Quadro 7 - Linguagem positiva.
Linguagem positiva Orientações Em vez de dizer Você pode dizer
Use palavras afirma- Escolhas palavras que Não acho que isso Acredito que podemos encon-
tivas transmitam otimismo, funcione. trar uma solução eficaz.
encorojamento e con-
fiança.
Foque em soluções Ao discutir problemas Isso não vai dar Podemos explorar outras
ou desafios, direcione a certo. abordagens que possam ser
conversa para possíveis mais efetivas.
soluções.
Elogie e reconheça Reconheça os esforços, Você sempre come- Agradeço o seu empenho e
realizações e contribui- te erros. compromisso em melhorar
ções dos outros. constantemente.
Seja claro e direto Comunique-se de forma Seria bom se você Envie as informações atuali-
clara, evitando ambi- pudesse me enviar zadas até amanhã de manhã.
guidades ou linguagem as informações
excessivamente com- atualizadas o mais
plexa. rápido possível.
Demonstre empatia Use frases que mostrem Isso não é impor- Entendo que essa questão é
que você valoriza as tante. importante para você. Vamos
opiniões e sentimentos discuti-la e encontrar uma
dos outros. solução juntos.
Fonte: Elaborado pelo autor (2023)
245
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
Feedback construtivo: impulsiona o crescimento, a motivação e o sucesso, enquanto
a falta dele resulta em estagnação, falta de desenvolvimento, desmotivação e lacunas de
comunicação.
Quadro 8 - Feedback construtivo - linguagem assertiva x linguagem inadequada.
Feedback construtivo Orientações Linguagem assertiva Linguagem inadequada
Seja especifico e ob- Identifique comportamen- Gostaria de discutir áreas Seu trabalho não é bom.
jetivo tos ou ações específicas específicas para melho-
que você deseja abordar. rar a qualidade do seu
trabalho.
Foque nos fatos Baseie o feedback em Na última reunião, você Você sempre se atrasa
evidências e observações chegou 10 minutos após para as reuniões.
concretas. o horário marcado.
Seja equilibrado Reconheça tanto os Você é comunicativo e Você é bom em se comu-
pontos fortes quanto as articulado, mas precisa nicar, mas precisa melho-
áreas de melhoria. melhorar sua organiza- rar em cumprir prazos.
ção pessoal para cumprir
os prazos das tarefas.
Ofereça sugestões Proporcione orientações Sugiro simplificar o pro- Isso não está bom. Tente
construtivas claras sobre como a pes- cesso, eliminando etapas de novo.
soa pode melhorar. intermediárias e tarefas
desnecessárias para
melhorar a eficiência e
alcançar resultados mais
rápidos e melhores.
Seja empático e aberto Demonstre empatia e Entendo o desafio que o Você deveria ter lidado
considere o impacto emo- projeto representou para melhor com a situação.
cional do feedback. você. Acredito no seu po- Não entendo por que
tencial e estou aqui para você está tão preocupa-
apoiá-lo. Vamos superar do.
esses obstáculos juntos.
Fonte: Elaborado pelo autor (2023)
246
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
Validar emoções Orientações Linguagem assertiva Linguagem inadequada
Utilize linguagem Evite minimizar ou É perfeitamente compreensível Não entendo por que você
adequada desqualificar as que você esteja se sentindo está tão chateado com
emoções do outro. magoado. isso.
Reflita emoções Repita ou reformule Parece que você está se sentin- Você está triste e desa-
as emoções expres- do triste e desapontado com a pontado com a situação?
sadas pela pessoa situação. Isso é exagero, não há
para mostrar que motivo para se sentir
você as entende. assim.
Evite dar conselhos Concentre-se em Estou aqui para ouvir suas pre- Não vejo motivos para
prematuros validar as emoções ocupações e encontrar soluções ficar tão frustrado. Não
antes de oferecer para os desafios do projeto. é tão complicado assim.
qualquer conselho Você só precisa se con-
ou solução. centrar mais e trabalhar
duro.
Fonte: Elaborado pelo autor (2023)
Neurociência e a produtividade
Estudiosos como David Rock, renomado por suas contribuições sobre a neurociência
aplicada à liderança e à produtividade, e Paul J. Zak, cujo trabalho se concentra nos
efeitos dos hormônios do bem-estar no desempenho e na colaboração no ambiente de
trabalho, são apenas alguns dos pesquisadores que têm investigado essa relação. Essas
pesquisas emergiram nas últimas décadas, quando a aplicação da neurociência ao contexto
organizacional trouxe valiosos insights sobre como o funcionamento do cérebro influencia a
produtividade e o engajamento dos colaboradores.
247
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
Entre os autores relevantes que abordam esses temas, destacam-se Daniel Levitin,
renomado neurocientista e autor do livro “The Organized Mind: Thinking Straight in the
Age of Information Overload” (A Mente Organizada: Pensando com Clareza na Era
da Sobrecarga de Informações), que explora estratégias para lidar com o excesso de
informações e melhorar a organização mental, e Cal Newport, professor e autor de “Deep
Work: Rules for Focused Success in a Distracted World” (Trabalho Profundo: Regras para
o Sucesso Focado em um Mundo Distraído), que discute técnicas para alcançar um estado
de concentração profunda e maximizar a produtividade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Capítulo 21
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249
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 21
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drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/plasticidade-neuronal-entrevista. Acesso em 16/06/2023.
250
Capítulo A importância de programas
22
sociais para a população idosa
The importance of social
programs for the elderly
population
Ingrid Fernandes dos Santos
RESUMO
ABSTRACT
With the rapid increase in life expectancy and consequently the elderly
population, it is essential to rethink the roles that this population has in
society. Thus, social programs aimed at the elderly can positively influen-
ce the lives of the elderly and help promote autonomy and quality of life.
This work proposes to investigate the impacts and benefits of community
and social programs aimed at the elderly population. This is a qualitative
and descriptive research in which a focus group was conducted by the
program’s psychologist with the theme of self-esteem in which 22 elderly
people participated. From the speeches of the participants, the data were
treated through Content Analysis, being divided into four main axes: 1)
Well-being related to the place; 2) performance and contribution of the
Capítulo 22
psychologist’s work to the group; 3) physical, emotional and cognitive improvements and 4)
social importance. It is concluded that community groups contribute to the well-being of the
elderly by creating social and support networks, as well as physical, emotional and cognitive
improvements. In addition, this program was significant in the lives of the elderly and helps
to promote dignified aging.
INTRODUÇÃO
252
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 22
destinados aos idosos podem ser percebidos como ambientes propícios ao cuidado tanto
de si, quanto do outro.
253
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 22
idoso tem de si, assim como no seu contínuo processo de dignificação e ressignificação e
desta forma romper com paradigmas e preconceitos em relação à pessoa idosa.
MÉTODO
Instrumentos de pesquisa
Foi realizado grupo focal dirigido por uma psicóloga voluntária do projeto, envolvendo
temas como o que é autoestima, a influência dos grupos na vida dos idosos que frequentam
e possíveis mudanças que o grupo possibilitou na vida do idoso. O questionário Critério
Brasil foi utilizado como instrumento de levantamento sócio demográfico com o objetivo de
saber a classificação social e o potencial de consumo do idoso.
Procedimento de coleta
254
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 22
Procedimento de análise
RESULTADOS
Após transcrição dos dados e análise das falas, resultou-se em quatro categorias:
1) o bem-estar relacionado ao local; 2) atuação e contribuição do trabalho do psicólogo para
grupo; 3) melhoras físicas, emocionais e cognitivas e 4) importância social. Em cada uma
dessas categorias os participantes mostraram o apreço que tem pelo espaço de convivências
sociais e foi confirmada a hipótese inicial da importância de espaços comunitários na vida
do idoso, principalmente na promoção da qualidade de vida.
Através dos depoimentos dos participantes, foi constatado que o idoso se sente bem
ao participar do grupo social destinado a melhoria da qualidade de vida. Assim, o ambiente
do grupo exerce um impacto significativo na visão que o idoso faz desse local. No presente
estudo, a maioria dos idosos declara gostar do grupo, considerando um local agradável
e de bem-estar. Os idosos verbalizam sentir-se bem no grupo e gostam de frequentar o
grupo. As falas dessa categoria estão escritas no Quadro 1.
Quadro 1 - Bem-estar relacionado ao local.
Descrição das falas
“...eu me sinto bem de estar aqui nesse grupo...”
“Esto muito feliz aqui!”
“Eu também, eu gosto muito daqui.”
“Eu sinto bem aqui, aqui todo mundo é bom...”
“...mas eu gosto muito daqui.”
“...e tudo, tudo, tudo aqui é maravilhoso, é bom demais. ”
Bem-estar relacio- ” Aqui para mim é a casa de Deus.”
nado ao local “Eu, eu costumo pensar em dizer assim: aqui é o lugar de amor de paz e alegria.
Então pra mim aqui é um lugar assim de muito amor.”
“Sou eu mesmo, eu acho que aqui é uma benção mesmo.”
“...nem pensava mais na minha vida que eu ia participar de um lugar tão especial
que nem este, porque pra mim aqui tudo é muito bom.”
“É uma beleza isso aqui...”
255
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 22
Percepção da atuação e contribuição do psicólogo para grupo
Em relação à atuação da psicóloga no grupo é possível notar que ela é uma peça
fundamental no processo de dignificação da pessoa idosa e de promoção do autocuidado
e autoestima. Essa categoria foi dividia em duas subcategorias: a) percepção sobre o
trabalho do psicólogo e b) agradecimentos e elogios ao trabalho do psicólogo. Os idosos
reconhecem o papel profissional e atribuíram melhoras significativas em suas vidas após
terem participado da oficina de autoestima do grupo comunitário. Os participantes também
mencionaram estarem satisfeitos e agradecidos com o trabalho psicológico, além de se
referirem à psicóloga com palavras de elogios. As falas dessa categoria estão escritas no
Quadro 2.
Quadro 2 - Percepção da atuação e contribuição do psicólogo para o grupo.
Descrição das falas
“...e hoje eu estou bem e aqui nessa sala com a psicóloga eu estou
melhor, eu brinco eu sorrio eu faço a farra. ”
“E gosto também do trabalho dela, muito bom! ”
Percepção sobre o trabalho “Começando pela nossa psicóloga que é bacana de mais, dá muito
do psicólogo apoio, muita brincadeira aqui com a gente, a gente tem aprendido
muito. ”
“...gosto muito da professora, ”
“Quando eu lembro dela escondidinha ali eu digo: eu vou! ”
“E agradeço a essa criatura muito linda que é ela que é a que trans-
mite para gente toda essa alegria e esse prazer. ”
“Eu agradeço ela porque só o sorriso dela só, a gente já fica feliz! ”
Agradecimentos e elogios “A gente cada dia aprende mais coisas novas, muito acolhedor, prin-
ao trabalho do psicólogo cipalmente ela, que é um amor de pessoa. Eu só tenho a agradecer
por tudo. ”
“A professora (...) é muito amorosa com a gente. ”
“Quando ela entre já dá alegria, agente já se alegra.”
256
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 22
Quadro 3 - Melhoras físicas, emocionais e cognitivas.
Descrição das falas
“Porque eu era uma pessoa que quando eu entrei para cá, eu chorava
de dor, eu não aguentava sentar, eu não me aguentava abaixar, pra eu
ficar aqui até na hora de me levantar da cadeira as irmãs tinham que me
segurar, porque eu não tinha... era tanta dor que eu não suportava. Ai né,
e hoje eu corro eu faço ginástica, bicicleta, eu faço crochê, eu venho pra
cá, eu faço de tudo aqui dentro, entendeu?”
“Dentro de casa era tanto dor, eu não conseguia ficar sentada com a per-
na pendurada, até hoje quando me levanto tenho que me segurar né. Mas
faz a fisio né, o psicólogo. ”
“...aí eu estava ficando com depressão, sentindo muita tontura, não podia
Melhoras físicas nem me virar que sentia muita tontura e depois que eu vim para cá,
acredito que já até acabou já as tonturas, que eu me sinto bem, mas bem
mesmo! Não é mentindo não, é que eu me sinto bem mesmo. Chego em
casa com disposição para fazer tudo, quero fazer tudo de uma vez, mas
eu estou me sentindo bem mesmo. ”
“Eu também, eu não saia para lugar nenhum por causa das minhas per-
nas que eu até já cai muito, né, e agora, as vezes eu saio sozinha ou com
meu filho, vou ao mercado, pego ônibus... Eu corro pro o hospital (...) e às
vezes eu vou sozinha, ai acabo entrando no mercado e venho cheio de
sacolas, eu não fazia nada disso!”
“Aqui desenvolveu muito minha mente eu era até um pouco meio esqueci-
do, agora não, estou sendo mais alerta. ”
“Hoje a minha mente está bem. ”
“Eu depois que eu participei aqui do grupo estou me sentindo mais aberta,
... Eu era muito isolada, né, eu não me comunicava assim de falar, está
entendendo? Eu tinha acanhamento e vergonha, e agora eu melhorei
bastante. ”
Melhoras cognitivas e emo- “...eu cheguei aqui muito doente e hoje eu estou bem e aqui nessa sala
com a psicóloga eu estou melhor, eu brinco eu sorrio eu faço a farra. ”
cionais “ ...a gente vai desenvolvendo a mente mais né, vai ficando mais, assim
que a gente é meio tímido quando a gente entra, mas, essa timidez vai
saindo, ne! ”
“Eu também não conseguia falar e eu era muito fechada. Eu vivia depri-
mida, não estou mais, não estou mais daquele jeito chorando, não estou
mais. ”
“Depois que eu vim para cá eu era muito chorona. Ai meus problemas
acabou tudo,”
Importância social
257
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 22
Quadro 4 - Importância social.
Descrição das falas
“A coletividade aqui é muito importante para a gente, que cada dia chega
um companheiro e uma companheira que a gente não conhecia e passa a
conhecer e assim vai desenvolvendo a mente da gente mais. ”
“Eu estou me sentindo muito melhor, muita amizade né, a gente fica muito
incentivada né, com os amigos daqui né, para sair e para vir mais né, e é
muito bom vir para cá...”
“Então, com essa juntando as colegas antigas né... Então com essa eu
estou aqui, muita amizade, gente que não conhecia e estou conhecendo.
Essa menininha aí fazedeirinha de bolo é uma benção de Deus por ter
conhecido aqui e tenho amizade com todas que eu conheço, aquela ali é
minha vizinha e também veio. Então de forma nós está juntando aqui. ”
Relacionamentos de ami- “Aaa... eu gosto daqui também, que a gente conheceu mais gente, eu
zades quase não saia de casa né, aí vim para cá e conheci mais gente. Aí me
enturmei, gosto muito das colegas todas, dos colegas que estão aqui. ”
“E com vocês também, vocês são muito simpáticos. É que a gente tá
falando que o nosso grupo aqui muito bacana, a gente brinca com todo
mundo, faz brincadeiras... agente vai ficando amiga de todo mundo né,
então acho muito bacana né. ”
“A solidão pra mim é uma coisa negativa, e eu estando no meio do povo
conversando pra mim é a felicidade maior do mundo, todo mundo somos
pessoas maravilhosas. ”
“...eu aprendi muito aqui e ela é minha amiga, todo mundo aqui é minha
amiga e sabe a situação que eu cheguei aqui e hoje Graças a Deus eu
estou bem!”
“Aqui para mim não é um grupo, aqui é uma família o que um sente o ou-
tro sente, se um está triste, vai até aquele e dá uma palavra de conforto,
se está alegre, vamos abraçar e vamos brincar, aqui tem de tudo. ”
“Aqui para mim não é um grupo, aqui é uma família...”
Local como extensão da “Então aqui eu considero não só todo mundo por amigos mas parece que
família assim, a família, os irmãos que as vezes né, aí se conheceu assim, é
muito bom. ”
“...e então para mim aqui todo mundo aqui é minha família completa, uma
família que eu nunca tive.”
DISCUSSÃO
Os grupos de promoção à saúde atuam sob uma ótica comunitária que abrange não
somente a promoção da saúde imediata como também um campo extenso de investigação
das ciências da saúde e do homem (SANTOS et al., 2006).
258
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 22
constituem em apoio social para os idosos e permitem melhor qualidade de vida.
259
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 22
estudos como este visa promover arcabouço teórico para que mais políticas públicas e ações
humanizadas possam ser implementadas com o objetivo de atingir essa população. Além
disso, com o envelhecimento da população, é preciso repensar os papeis das instituições
públicas, privadas e do terceiro setor, de forma que estejam preparadas para atender as
necessidades específicas, na garantia dos direitos e na promoção do protagonismo dos
idosos enquanto cidadãos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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e promoção da saúde. In: Tratado de saúde coletiva. 2006. p. 375-417.
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providências. Brasília, DF.
BRASIL, Decreto Lei nº 8.8080/90, 19 de setembro. Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes
e dá outras providências. Brasília, DF.
260
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 22
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saúde mental do idoso. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 62, p. 687-694, 2009.
261
Capítulo Envelhecimento cognitivo:
23
diagnóstico, tratamento e
prevenção do declínio cognitivo
em idosos
Pedro Henrique de Abreu Souza Zanine
Graduado em Medicina - Universidade Federal de Pelotas - UFPel
Georgia Brito de Souza
Graduada em medicina e pós-graduanda em Geriatria - Universidade Potiguar -
Medicina / Sanar - pós-graduação
Isadora Monteiro Matos
Graduada em Medicina - Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos - IMEPAC
Araguari
Gustavo Novelino Reis
Graduando em medicina - Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM
INTRODUÇÃO
Capítulo 23
et al., 2018).
263
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 23
Intervenções Farmacológicas
264
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 23
Prevenção do declínio cognitivo em idosos
A dieta é uma componente chave de um estilo de vida saudável. Uma dieta rica em
frutas, vegetais, peixes, nozes, legumes e grãos integrais, e baixa em gorduras saturadas,
açúcares e sal, como a dieta mediterrânea, tem sido associada a um menor risco de declínio
cognitivo e demência (SOFI et al., 2010).
265
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 23
A interação social e as atividades cognitivamente estimulantes também têm sido
associadas a um menor risco de declínio cognitivo. Participar de atividades sociais, tais
como visitar amigos e familiares, voluntariado, participação em clubes ou grupos, pode
promover a saúde cognitiva. Da mesma forma, atividades cognitivamente estimulantes,
como ler, jogar jogos de tabuleiro, tocar um instrumento musical ou aprender uma nova
língua, também podem ter um efeito protetor sobre a cognição (FRATIGLIONI, PAILLARD-
BORG, E WINBLAD, 2004).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por último, mas não menos importante, a colaboração entre diferentes campos,
como neurologia, geriatria, psiquiatria, farmacologia e saúde pública, será crucial para
enfrentar o desafio do declínio cognitivo em idosos, melhorar a qualidade de vida desses
indivíduos e reduzir o encargo desta condição na sociedade.
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267
Capítulo Breve análise do acolhimento
24
e tratamento ofertados aos
capixabas dependentes
químicos e seus familiares nos
CAADS do estado do Espírito
Santo
Brief analysis of the welcome
and treatment offered to
chemical and family dependent
capixabas in CAADS in the state
of Espírito Santo
Roberto Dornelas Vilete
RESUMO
O presente estudo fará uma breve análise dos serviços ofertados no CA-
ADs – Centro de Acolhimento e Atenção Integral Sobre Drogas do estado
do Espírito Santo, enquanto equipamento para tratamento da dependên-
cia química e discutirá ainda, brevemente a evolução das políticas sobre
drogas, especificamente no Brasil e apontando a Rede de Atenção Psi-
cossocial como um conjunto de serviços para o tratamento de forma com
que o acolhimento seja de forma integral e a importância da inserção dos
CAADs em tal rede, considerando a sua relevância para o atendimento à
população capixaba.
ABSTRACT
This study will make a brief analysis of the services offered at CAADs –
Center for Reception and Integral Attention on Drugs in the state of Espírito
Santo, as equipment for the treatment of chemical dependency and will
also briefly discuss the evolution of policies on drugs, specifically in Brazil
and pointing out the Psychosocial Care Network as a set of services for
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
DOI: 10.47573/aya.5379.2.222.24 268
AYA Editora©
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 24
the treatment in a way that the embracement is integral and the importance of the insertion
of the CAADs in such network, considering its relevance for the attendance to the capixaba
population.
INTRODUÇÃO
Deste modo a Rede Abraço a qual é o Programa Estadual de Ações Integradas Sobre
Drogas (PESD) possui quatro eixos que são fundamentais para a sua organização, sendo
eles: a prevenção, o tratamento, a reinserção social e estudos, pesquisas e avaliações.
METODOLOGIA DE PESQUISA
269
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 24
RESULTADOS E DISCUSSÕES
No último “Relatório Mundial sobre Drogas”, o qual a UNODC – Escritório das Nações
Unidas Sobre Drogas e Crime publica estatísticas anualmente referente ao consumo de
drogas a nível mundial, foram percebidas que cerca de 200 milhões de pessoas usaram
cannabis em 2019, o que corresponde a 4% da população mundial, apontando assim um
crescimento no uso de mais de 18% referente a última década. Foi identificado ainda que
1,2% da população mundial equivalente a 62 milhões de pessoas fizeram uso de opioides
para fins medicinais também no ano de 2019 dobrando o valor da última década, onde foi
enfatizado o avanço na Ásia e na África e apontam ainda que a pandemia causada pela
COVID-19 desencadeou o desenvolvimento de problemas relacionados a drogas. (UNODC,
2021a).
270
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 24
de danos (BRASIL, 2021a).
A terceira e mais recente PNAD foi instituída pelo Decreto nº 9.761, de 11 de abril
de 2019. Essa PNAD definiu que a Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção
às Drogas, do Ministério da Cidadania, e a Secretaria Nacional de Políticas sobre
Drogas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, articularão e coordenarão a
implementação da PNAD, no âmbito de suas competências. (BRASIL, 2021a)
271
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 24
Saúde em todo o território nacional.
Tão importante quanto tratar é preciso prevenir, assim, realizar ações de prevenção
também são de extrema importância, sendo este um dos eixos de implementação da RAPS,
assim, considera-se a extrema importância de inserir os Centros de Acolhimento e Atenção
Integral como equipamentos que compõe tal rede.
272
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 24
psicossocial, exceto aqueles atendimentos que dizem respeito a demandas específicas,
como exemplo atendimento psicológico, médico e de enfermagem.
AÇÕES DE PREVENÇÃO
Ações de prevenção são fundamentais para manter a saúde das pessoas “em dia”,
quando digo em dia entre aspas, me refiro ao cuidado prévio, o que tem como um de seus
objetivos, contribuir na mudança de hábitos na vida das pessoas, para que assim, assumam
responsabilidades de forma saudável no que tange a sua saúde.
ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM
273
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 24
ainda peso e altura, bem como são realizadas orientações acerca das ISTS – Infecções
Sexualmente Transmissíveis e realizados os testes rápidos de sorologia. Ressalta-se que
os atendimentos supracitados também são classificados como ações de prevenção.
AVALIAÇÃO INICIAL
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 24
Centro de Referência Especializado da Assistência Social, entre outros, de acordo com as
demandas apresentadas por cada acolhido.
Por fim, é ainda na avaliação inicial que são realizados os encaminhamentos para
acolhimento em Comunidades Terapêuticas, outra modalidade de tratamento, porém,
ofertada fora da sede do CAAD, observados alguns critérios para solicitação.
ENCAMINHAMENTOS A REDE
AVALIAÇÃO MÉDICA
Diferente dos grupos de acolhimento onde são discutidos temas com mais pessoas,
o atendimento ambulatorial individual faz-se necessário para que as pessoas possam
através do atendimento individual, trazer demandas mais específicas e assim, o terapeuta
consiga intervir de forma mais precisa entendendo a subjetividade da pessoa e a melhor
forma de conduzir o tratamento.
275
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 24
GRUPOS TERAPÊUTICOS
REINSERÇÃO SOCIAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 24
estando inserido em tal, como forma de tratamento aos dependentes químicos, fortalecendo
assim o cuidado integral, a acolhida e a inserção do usuário na rede SUS, Socioassistencial
e ainda na própria RAPS.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto nº 154, de 26 de junho de 1991. Promulga a Convenção Contra o Tráfico Ilícito
de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas. Brasília, DF: Presidência da República, 1991.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0154.htm. Acesso em:
21 nov. 2022.
BRASIL. Decreto nº 9.761, de 11 de abril de 2019. Aprova a Política Nacional sobre Drogas.
Brasília, DF: Presidência da República, 2019a. Disponível em: http://www.in.gov.br/materia/-/
asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/71137357. Acesso em: 11out. 2022.
BRASIL. Decreto nº 9.926, de 19 de julho de 2019. Dispõe sobre o Conselho Nacional de Políticas
sobre Drogas. Brasília, DF: Presidência da República, 2019b. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9926.htm. Acesso em: 21 out. 2022.
BRASIL. Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas
sobre Drogas – Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção
social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção
não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Brasília, DF:
Presidência da República, 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2006/lei/l11343.htm. Acesso em: 10out. 2022.
Capítulo 24
BRASIL. Resolução nº 03/GSIPR/CH/CONAD, de 27 de outubro de 2005. Aprova a Política
Nacional sobre Drogas. Brasília, DF: Presidência da República, 2005. Disponível em: https://
www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/sua-protecao/politicas-sobre-drogas/subcapas-senad/conad/atos-
do-conad-1/2005/resolucao-3-gsipr-2005.pdf. Acesso em: 22 fev. 2022.”>https://www.gov.br/mj/
pt-br/assuntos/sua-protecao/politicas-sobre-drogas/subcapas-senad/conad/atos-do-conad-1/2005/
resolucao-3-gsipr-2005.pdf.Acesso em: 10out. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Mental. Disponível em: https://www.gov.
br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-mental. Aceso em nov. 2022.
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 24
UNODC. Relatório mundial sobre drogas 2021. Viena, 2021a. Disponível em: https://www.unodc.
org/unodc/en/data-and-analysis/wdr2021.html. Traduzido Acesso em: out. 2022.
UNODC. Tipos de drogas sob controle internacional. Viena, 2007. Disponívelem: https://www.
unodc.org/pdf/26june0709/typesofdrugs_brochure_pt.pdf. Acesso em: 22 out. 2022.
ESPÍRITO Santo - Programa Estadual de Ações Integradas Sobre Drogas. Acesso disponível em:
https://ocid.es.gov.br/Media/ObservatorioCapixaba/documentos/PESD%20definitivo%20(1).pdf.
Vitória – ES, 2022. Acesso em out 2022.
279
Capítulo A imposição das mãos como
25
prática teológica: uma
abordagem histórico-cultural
para compreender a cura
espiritual
Guilherme Afonso Pereira Palácios
RESUMO
ABSTRACT
Capítulo 25
will emphasize the importance of balance and the pursuit of spiritual healing as an integral
part of religious practices. The text also addresses the quest for self-knowledge, connection
with the Divine, and the perspective of a spiritual path beyond earthly life. In summary, the
article provides a dialectical analysis of theological practices of spiritual healing in different
religions and traditions, exploring the interconnection between spirituality and human well-
-being, with a focus on laying on of hands as a theological practice.
INTRODUÇÃO
281
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 25
tia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa,
Yoga, Apiterapia, Aromaterapia, Bioenergética, Constelação familiar, Cromoterapia,
Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de mãos, Ozonioterapia e Terapia de Florais.
(BRASIL, 2023).
No caso de a imposição das mãos ser um meio promotor de cura espiritual para
restabelecer a qualidade de vida, ao atuar nos tratamentos de saúde, seja pelo toque
terápico ou o direcionar das mãos aos enfermos, ocorre uma melhora significativa em seu
quadro de saúde e bem-estar. Dentro de uma concepção teológica, não há uma separação
entre a concepção da Medicina Integrativa e as suas práticas integrativas e complementares
das práticas religiosas de conexão espiritual. Embora, nas práticas religiosas encontramos
o ato confessional e devocional que incluem a fé religiosa, as orações, a meditação, a
visualização de lugares belos, ajuda ao próximo, caridade, altruísmo, ter um propósito e
sentido de vida.
DESENVOLVIMENTO
282
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 25
Uma breve etiologia da palavra “doença” no Antigo Egito
De acordo com Forshaw (2014), a saúde e a cura eram questões constantes na era
faraônica (3100-30 a.C.) do Antigo Egito, especialmente considerando que a expectativa
de vida da população era em torno de 35 anos. Os registros egípcios revelam as práticas
terapêuticas utilizadas para tratar uma população que vivia em proximidade com animais
ferozes, como crocodilos e hipopótamos, presentes nas margens do rio Nilo. Além disso,
o Egito também enfrentava desafios relacionados a animais peçonhentos, como cobras e
escorpiões, e a transmissão de doenças causadas por insetos e parasitas, especialmente
em trabalhadores que viviam em condições de aglomeração. Essas condições adversas
exigiam estratégias eficazes de cura e tratamento para manter a saúde da população.
283
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 25
diversas doenças que elas enfrentavam, e os demônios que as afligiam foram expulsos
e repreendidos por Ele. Esse relato destaca a capacidade de Jesus em realizar curas e
libertações espirituais, demonstrando seu poder e autoridade sobre as doenças e as forças
malignas. (BÍBLIA, Lc 4: 40-41, 2002).
A imposição das mãos realizada por Jesus Cristo, nesse contexto, porta em si um
gesto de transmissão de poder e de bênção divina. As mãos são a interface da transmissão
de um poder divino para a cura que ocorre quando há a expulsão dos demônios do enfermo.
Confirmando assim que Jesus Cristo era o Messias e Salvador ao ter o poder divino
de cura no mundo natural e a autoridade sobre o mundo sobrenatural ao expulsar demônios
das pessoas.
Outras passagens da Bíblia, em Mateus (Mt 8, 1-17), Marcos (Mc 6, 1-13), Lucas
(Lc 13, 10-17), confirmam que a prática de cura ocorria pela imposição das mãos por Jesus
Cristo realizada frequentemente como um gesto de benção para o enfermo, por retirar a
doença e os pecados da pessoa como um processo de Salvação e de glorificação a Deus.
Portanto, com a imposição das mãos como a manifestação do poder divino, ocorre
a disseminação da fé cristã e a transformação espiritual daqueles que experimentaram a
cura espiritual.
284
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 25
Além disso, as práticas teológicas do cristianismo primitivo se modificaram durante
a formação da instituição igreja. As responsabilidades sobre a fé são concentradas na figura
dos sacerdotes, e o clero assume uma autoridade eclesial determinante sobre a prática
teológica.
É no limiar do século IV que o cristianismo passa a ser uma religião aceita dentro
do Império romano num processo construído e que ganha mais respaldo através
da adesão de Constantino ao cristianismo e este fato acaba por ser um momento
singular na história do movimento cristão, tendo em vista que a partir daí a Igreja
começa a se organizar de maneira mais efetiva. (SILVA, 2017, p.17).
Embora não seja o foco deste artigo, para compreendermos como ocorreu um
rompimento e a transição de um pensamento místico ancestral para um pensamento mais
racional em relação à espiritualidade e a sua conversão da fé, será determinada de forma
dogmática e canônica nos concílios ecumênicos após o período do cristianismo primitivo.
Poucos autores foram tão prolíficos como Orígenes. São Epifânio estima em seis
mil o número de seus escritos, contando separadamente, sem dúvida, os diferentes
livros de uma única obra, suas homilias, cartas e seus menores tratados. (SCHAFF,
2016, p.5, tradução nossa).
285
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 25
controversas e alvo de críticas por parte da igreja. Foi condenado postumamente pelo
Imperador Justiniano em 543 d.C., e essas condenações foram posteriormente ratificadas
no Quinto Concílio Ecumênico realizado em Constantinopla em 553 d.C., conhecido como
Segundo Concílio de Constantinopla.
2. Se alguém disser que a criação de todas as coisas racionais inclui apenas inteli-
gências sem corpos, completamente imateriais, sem número nem nome, de modo
que todos estejam unidos por identidade de substância, força e energia, e por sua
união e conhecimento de Deus, a Palavra; mas que, não desejando mais a visão
de Deus, eles se entregaram a coisas piores, cada um seguindo suas próprias incli-
nações, e que eles tomaram corpos mais ou menos sutis e receberam nomes, pois
entre as Potestades celestiais há uma diferença de nomes, assim como há uma
diferença de corpos; e daí alguns se tornaram e são chamados Querubins, outros
Serafins, e Principados, e Potestades, e Domínios, e Tronos, e Anjos, e tantas ou-
tras ordens celestiais quantas possam existir, seja anátema.
3. Se alguém disser que o sol, a lua e as estrelas também são seres racionais e que
eles se tornaram o que são apenas porque se voltaram para o mal, seja anátema.
4. Se alguém disser que as criaturas racionais, cujo amor divino esfriou, foram ocul-
tadas em corpos grosseiros como os nossos, e foram chamados de seres huma-
nos, enquanto aqueles que atingiram o grau mais baixo da maldade compartilham
corpos frios e obscuros se tornam e são chamados demônios e espíritos malignos,
seja anátema.
6. Se alguém disser que existe uma dupla raça de demônios, na qual uma inclui as
almas dos homens e a outra os espíritos superiores que caíram para isso, e que
de todo o número de seres racionais, apenas um permaneceu inabalado no amor
e contemplação de Deus, e que aquele espírito se tornou Cristo e o rei de todos os
seres racionais, e que ele criou todos os corpos que existem no céu, sobre a terra, e
entre o céu e a terra; e que o mundo que possui ele mesmo elementos mais antigos
que ele próprio e que existem por si mesmos, ou seja, a secura, a umidade, o calor
e o frio, e a imagem para a qual foi formado, foi formado dessa maneira, e que a
Santíssima Trindade consubstancial não criou o mundo, mas que ele foi criado pela
inteligência ativa que é mais antiga que o mundo e que lhe comunica o seu ser, seja
anátema.
[…]
10.Se alguém disser que após a ressurreição o corpo do Senhor era etéreo, tendo
a forma de uma esfera, e que tais serão os corpos de todos após a ressurreição,
e que depois que o Senhor mesmo rejeitar seu verdadeiro corpo e depois que os
outros que ressuscitarem rejeitarem os deles, a natureza de seus corpos será ani-
quilada, seja anátema.
11.Se alguém disser que o julgamento futuro significa a destruição do corpo e que
o fim da história será uma ψύσις (psýsis) imaterial, e que depois disso não haverá
mais matéria, mas apenas espírito νοῦς (noús): seja anátema.
286
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 25
terá um fim, seja anátema.
13.Se alguém disser que Cristo [ou seja, o a divina razão (Νοῦς) ] não é de modo
algum diferente de outros seres racionais, nem substancialmente nem por sabedo-
ria nem por seu poder e domínio sobre todas as coisas, mas que todos serão colo-
cados à direita de Deus, assim como aquele que é chamado por eles de Cristo [a
divina razão (Νοῦς) ], assim como eles estavam na suposta preexistência de todas
as coisas, seja anátema.
14.Se alguém disser que todos os seres racionais serão um dia unidos em um,
quando as hipóstases, assim como os números e os corpos, tiverem desaparecido,
e que o conhecimento do mundo vindouro trará consigo a destruição dos mundos, e
a rejeição dos corpos, assim como a abolição de [todos] os nomes, e que finalmente
haverá uma identidade da gnose (γνῶσις) e da hipóstase; além disso, que nessa su-
posta apocatástase, apenas os espíritos continuarão a existir, como foi na suposta
preexistência, seja anátema.
15.Se alguém disser que a vida dos espíritos (νοῶν) será semelhante à vida que
existia no início, quando os espíritos ainda não haviam descido ou caído, de modo
que o fim e o começo sejam iguais, e que o fim será a verdadeira medida do come-
ço, seja anátema. (PERCIVAL, 1956, p. 318-319, tradução nossa).
Também nos anátemas segundo ao sexto, décimo segundo, décimo quarto, décimo
quinto, verificamos que Orígenes considerava e acreditava na restauração universal, um
processo de purificação e redenção universal em que todas as almas (inclusive os demônios)
seriam eventualmente reconciliadas com Deus.
Por fim, nos anátemas décimo e décimo primeiro, a negação da ressurreição física
pela reencarnação e ressurreição ocorreria em um corpo espiritual em vez de ressurgir
de um mesmo corpo físico. Essas doutrinas foram consideradas contrárias aos cânones
estabelecidos nos Concílios Ecumênicos.
Orígenes enfatizava a cura espiritual como um processo que envolvia a cura das
enfermidades da alma e a purificação dos desejos e de paixões desordenadas. Enfatizava a
importância do arrependimento, do autoexame e da busca pela sabedoria divina como meios
para alcançar a cura espiritual. Acreditava que, quando a alma era curada, a pessoa poderia
ser levada para uma maior proximidade com Deus e experimentaria uma transformação de
seu EU, tornando-se uma pessoa em conformidade com a imagem divina.
[…]Orígenes começa com a proposição de que todo pecado age como uma ferida
que precisa de tempo para ser curada. “Se uma ferida é infligida no corpo… leva
muito tempo para ser curada… No caso da alma, cada pecado causa uma ferida…
e essas feridas precisam de muito tempo para serem curadas… a alma é ferida por
palavras, pensamentos e desejos malignos e é danificada e machucada por atos
pecaminosos. Portanto, é necessário que a duração de seu castigo, isto é, de sua
cura e cicatrização, seja longa, e que o tempo de seu tratamento seja estendido de
acordo com a natureza do sofrimento causado por ferida”. Essas feridas na alma só
287
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Capítulo 25
serão curadas em primeiro lugar se os homens confessarem seu pecado e se volta-
rem para Cristo. “Cristo somente age como médico para aqueles que reconhecem
a sua condição de doente e recorrem à sua compaixão na esperança de alcançar a
saúde”. Em segundo lugar, essas feridas só serão devidamente curadas se o arre-
pendimento dos homens for contínuo e complementado por boas ações que cubram
as cicatrizes do pecado. Para Orígenes, o arrependimento consiste essencialmente
na percepção do pecado, e neste sentido devemos observar que a lei deve ser en-
tendida não como a causa ou a ocasião do pecado, mas como o meio pelo qual ele
é diagnosticado e reconhecido. “A habilidade do médico permite o reconhecimento
de uma doença, mas dificilmente pareceria ser a causa da doença… É reconhecido
que o bom conhecimento médico proporciona uma compreensão da doença e, da
mesma forma, a boa lei possibilita a descoberta e o reconhecimento do pecado”.
(CROUZEL, 1985, p.195-196, tradução nossa).
Além disso, Orígenes via a cura espiritual como um processo contínuo que ocorre
ao longo da vida de uma pessoa, um progresso espiritual para a cura interior por meio do
estudo das Escrituras, da oração, da prática da virtude e do cultivo de uma relação íntima
com Deus.
288
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 25
corpo, chamados de chacras, são responsáveis pelas “funções essenciais: a excreção,
reprodução, digestão e distribuição de todas as substâncias que são essenciais para a vida,
metabolismo, emoções, intelecto e percepção”. (SCHROTT, 2016, p.68, tradução nossa).
Nossas mãos estão cheias de Marmas, grandes e pequenos, e eles nos dão
sensibilidade para sentir mental e fisicamente, informando a maneira como movemos as
mãos e a forma como tocamos. O Prana nas mãos nos permite expressar o amor. É o poder
pelo qual tratamos e curamos naturalmente a nós mesmos e aos outros em nossa vida
cotidiana. (SCHROTT, 2016, p.7, tradução nossa).
A partir dessa noção sobre a energia vital do Prana, também, não está restrita
apenas a uma tradição religiosa específica, de fato, encontramos em outras religiões
significados muito próximos sobre a energia vital como sendo o “sopro divino” que dá vida
e anima toda a criação, inclusive a humana. “Então Iahweh Deus modelou o homem com
a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser
vivente. ” (BÍBLIA, Gn 2:7, 2002).
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Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 25
No Espiritismo Kardecista e suas vertentes, de modo geral, a prática ocorre em
sessões públicas, começando por uma palestra relacionada à doutrina de Allan Kardec, e
em seguida realizam a prece para iniciar os trabalhos espirituais gratuitos de imposição das
mãos de forma fixa ou na forma de passes, isto é, quando há o movimento das mãos do
médium ao aplicar em movimentos longitudinais ou rotatórios sobre o paciente. (TEIXEIRA,
2009).
E por isso que os passes magnéticos são fundamentais num tratamento espiritual,
pois os mentores curadores precisam ter em seus pacientes este campo totalmente
limpo, quando então começam a operar no corpo energético, onde realizam cirur-
gias corretivas ou desobstrutoras, chegando mesmo a retirar “tumores” formados
unicamente por energias negativas internalizadas pelo corpo energético.
É fundamental que saibam disso, pois só assim entenderão o porquê dos passes
realizados em todos os centros espíritas ou de Umbanda: é para fazer a limpeza
dos campos mediúnicos de seus frequentadores. (SARACENI, 2014, p.41).
A Igreja Messiânica Mundial do Brasil, fundada em 1970, tem como principal pilar
de sua fé a administração da imposição das mãos. A primeira igreja oficial foi a Igreja de
Pinheiros contando com inúmeras filiais espalhadas pelo Brasil. Para os messiânicos, o
principal pilar de sua fé é a administração da imposição das mãos, em que o membro canaliza
a luz divina recebida com a autorização e permissão de Deus, recebida na cerimônia de
outorga da medalha Ohikari (que simboliza o ideograma da palavra “Luz”).
290
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 25
Conforme a teologia messiânica, o Johrei desperta a alma adormecida por meio do
sopro do milagre. O milagre é, pois, uma chave fundamental para a compreensão
da existência de Deus. O milagre não é o fim, mas o próprio caminho para despertar
a alma. (TOMITA, 2014, p. 62).
Em cada religião, encontramos indivíduos que buscam a cura espiritual como uma
forma de aliviar a dor e o sofrimento, a busca da cura pelo milagre. Para muitos, essa busca
espiritual representa um meio de enfrentar as adversidades e diminuir as mazelas que
enfrentam. Muitas pessoas recorrem à cura espiritual em busca de alívio, especialmente
quando se sentem desiludidas e sem esperança com os tratamentos recebidos ou
disponibilizados pelo sistema de saúde convencional. Encontram na cura espiritual uma
fonte de esperança, quando se sentem frustradas com os resultados ou limitações dos
métodos indicados de tratamento médico.
Para que o desenvolvimento espiritual ocorrer, requer adotar uma vida em ação
altruísta. Um processo de autoconhecimento profundo, no qual uma pessoa explora e
confronta os seus próprios aspectos ocultos de si mesmo (o inconsciente), tanto positivos
quanto negativos, e não desenvolvidos conscientemente, para alcançar a totalidade da
autorrealização. Ao viver de acordo com a verdadeira natureza espiritual, onde a fé estará
em constante teste para o desvelar da espiritualidade na materialidade. E, encontrará um
possível caminho (segundo a sua fé e crença no pós-vida) para chegar a um dos inúmeros
Reinos Divinos.
A imposição de mãos para a cura espiritual é uma prática que vai além dos limites
perceptíveis pelos sentidos humanos, e adentra os mistérios do pós-vida e do oculto. O
segredo de como essa cura ocorre reside na preservação da integralidade do Sagrado,
uma força transcendente que vai além dos interesses egoístas daqueles que buscam
apenas a prosperidade material acumulando riquezas para si. É um chamado para explorar
as dimensões mais profundas da existência e conectar-se com o divino, buscando uma
harmonia entre o mundo espiritual e o mundo material, para assim enriquecer a alma e
promover o bem-estar integral.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em suma, as abordagens das práticas de cura espiritual e imposição das mãos nas
diversas religiões e tradições espirituais revelam a busca humana por alívio do sofrimento
e o encontro com a conexão com o divino. Essas práticas são encontradas em diferentes
contextos religiosos, como o Cristianismo, Espiritismo Kardecista, religiões afro-brasileiras,
Igreja Messiânica Mundial do Brasil, e outras. Cada uma dessas tradições enfatizam a
importância do equilíbrio físico, mental e espiritual, e possuem seus fundamentos, crenças
próprias, rituais e entendimentos sobre a cura espiritual. É importante ressaltar que algumas
291
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 25
tradições espirituais se focam na prosperidade material como meio de receber uma “graça
divina” e perdão pelos pecados e dívidas recebidas por más ações na vida. E, no exagero
apontam que há um trabalho espiritual realizado para prejudicar a pessoa ou a vida familiar,
que no Brasil chamam de “macumbas”.
No entanto, podemos destacar que a busca pela cura espiritual não deve ser
um substituto para a assistência médica profissional. Ademais, é um meio essencial ao
ser considerado como Prática Integrativa e Complementar (uma abordagem holística),
ao combinar os cuidados médicos com as práticas espirituais para promover uma saúde
integral.
Em última análise, cada pessoa encontra seu próprio caminho espiritual e suas
afinidades religiosas, buscando a totalidade e a harmonia consigo mesma e com o Divino
(seu Senhor ou Senhora). Independentemente da tradição religiosa escolhida, a jornada
espiritual visa o desenvolvimento pessoal e a conexão com os reinos divinos, oferecendo
uma perspectiva de esperança e transcendência. Ao ocorrer uma troca de roupa, uma roupa
nova ao deixar o passado e atitudes negativas perante si e aos demais para trás, segundo
Jesus Cristo, de acordo com o evangelho de Mateus (BÍBLIA, Mt, 9:16, 2002).
Portanto, a cura espiritual, permeada pela fé, busca trazer conforto, cura e bem-
estar àqueles que buscam uma vida plena e significativa, reconhecendo a importância do
equilíbrio entre o material e o espiritual.
Para futuros temas de estudo seria interessante compreender se o sopro divino tem
relações com a Mecânica Quântica enquanto energia primordial que anima e sustenta toda
a criação de Deus.
REFERÊNCIAS
292
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 25
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC. Diário Oficial da União. 22 Mar
2018. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2018/prt0702_22_03_2018.
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______. Ministério da Saúde (BR). Portaria n. 849, de 27 de março 2017. Inclui a Arteterapia,
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293
Bem-estar e qualidade de vida: prevenção, intervenção e inovações - Vol. 2
Capítulo 25
TEIXEIRA, Francisca Niédja Barros. Imposição de mãos: um estudo de religiões comparadas.
Orientador Gilbraz de Souza Aragão. Dissertação de mestrado, Universidade Católica de
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294
Organizadora Carolina Belli Amorim
Doutoranda em Psicologia Educacional Pelo Centro
Universitário FIEO, com bolsa pela Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), Mestre em Psicologia Educacional Pelo Centro
Universitário FIEO, Especialista em Administração
Hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo, MBA
em Gestão de Recursos Humanos pela Faculdade
Metropolitanas – FMU, graduada em Administração e
Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Estácio
de Sá, graduada em Nutrição pelo Centro Universitário
São Camilo. Atualmente é docente na Faculdade Capital
Federal- FECAF, Docente e coordenadora de curso da
Faculdade Estácio de Carapicuíba. Membro do grupo de
avaliadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira – INEP.
Índice A
Remissivo abordagem 38, 47, 55, 56, 57, 64, 67, 70, 94, 104, 142,
150, 153, 155
abordagens 67, 102, 150, 151, 152, 154, 155
ações judiciais 192
alimentação 44, 47, 81, 83, 84, 88, 89
amor 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23
analgésica 190, 191
análise 14, 15, 17, 21, 22, 27, 40, 46, 50, 63, 66, 68, 71,
94, 108, 109, 148, 161, 168, 172
ansiedade 131, 137
aprendizagem 33, 44, 46, 48, 101, 102, 104, 105, 108,
110
assistência 51, 52, 53, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63,
65, 66, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 76, 77, 51, 212
atendimento 30, 38, 39, 42
atividade física 28, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 88, 101,
107, 111, 112, 113, 114, 115, 116, 117, 118, 119,
120, 111, 120, 121, 122, 129, 136, 137, 138
B
bem-estar 26, 27, 29, 30, 34, 48, 52, 57, 59, 71, 113,
115, 117, 126, 137, 176, 215, 219, 222, 226, 227,
228, 229, 230, 233, 234, 235, 240, 241, 242, 244,
247, 248, 250
bioestimulador 168, 169, 170, 171, 172, 173, 174
burnout 24, 27, 29, 34, 36, 37
C
calamidade pública 24, 25, 26
canabidiol 184, 195, 196
características 16, 25, 28, 34, 39, 58, 79, 93, 105, 106,
116, 122, 123, 125, 127, 128, 135, 136
cárie dentária 44
comunicação 31, 45, 50, 55, 58, 59, 60, 63, 147, 200,
212, 213, 214, 216, 217, 218, 219, 220, 221, 222,
223, 224, 225, 226, 228, 229, 230, 231, 232, 233,
212, 233, 234, 235, 236, 237, 240, 242, 243, 244,
245, 246, 247, 248
corpo 123, 124, 125, 126, 127, 129, 130, 131, 132, 135,
136
COVID-19 24, 25, 26, 30, 35, 36, 37, 164
crianças 46, 72, 85, 99, 101, 102, 103, 104, 106, 107,
108, 109, 110
crise 66, 186, 187, 189, 190
cuidados 34, 38, 39, 42, 44, 52, 55, 56, 63, 64, 65, 66,
67, 70, 72, 73, 74, 75
cura 29, 59, 72, 148, 176, 189, 213, 214, 215, 265, 280,
281, 282, 283, 284, 287, 288, 289, 291, 292
cura espiritual 280, 281, 282, 284, 287, 288, 291, 292
D
declínio cognitivo 262, 263, 264, 265, 266
depressão 131, 137
desenvolvimento 20, 21, 22, 26, 28, 40, 45, 46, 55, 80,
82, 84, 85, 87, 88, 97, 106, 107, 109, 110, 111, 117,
124, 125, 126, 127, 133, 150, 152, 153, 154, 155,
161, 179, 186, 188, 192, 199, 203, 206, 208, 212,
214, 215
desenvolvimentos 104, 186
diabetes 55, 82, 83, 84, 85, 99, 114, 115, 117, 130, 159,
160, 161, 164, 165, 166, 167
diagnostico 94, 95, 143, 147, 148
diagnóstico 28, 39, 40, 41, 42, 65, 69, 72, 74, 76, 85, 95,
98, 99, 140, 141, 142, 143, 148, 199, 188, 189, 193,
198, 199, 200, 201, 202, 203, 204, 209, 212, 213,
214, 216, 217, 219, 262, 140, 262, 263
distúrbios 32, 79, 84, 86, 93, 106, 145, 176, 185, 187
doença 21, 24, 25, 36, 38, 39, 40, 41, 44, 47, 48, 49, 57,
66, 68, 69, 70, 71, 72, 74, 75, 76, 77, 79, 80, 82, 83,
84, 85, 86, 92, 93, 94, 95, 98, 105, 115, 131, 140,
141, 142, 143, 145, 146, 147, 148
doença crônica 83, 92, 94
doenças 25, 40, 41, 45, 46, 48, 66, 70, 74, 80, 81, 82,
83, 84, 85, 86, 87, 88, 93, 95, 111, 112, 113, 114,
115, 116, 117, 123, 130, 131, 141, 142, 145, 147,
148, 149, 152, 159, 160, 161, 163, 165, 176, 177,
184, 185, 186, 188, 202, 190, 200, 203, 204, 206,
207, 208, 209, 159, 212, 213, 214
doenças cardiovasculares 81, 83, 85, 87, 159, 160,
161, 165
doenças psicológicas 130
dor crônica 92, 93, 95, 96, 98
drogas 142, 178, 179, 187, 188, 202, 268, 269, 270, 271,
272, 273, 274, 277, 278, 279
E
educação 44, 45, 46, 47, 48, 49
emocional 53
empatia 34, 58, 213, 233, 234, 235, 236, 238, 240, 241,
242, 243, 245, 246, 247, 249
enfermagem 51, 52, 53, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62,
63, 64, 51, 64, 65, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 64
enfermeiro 53, 56, 57, 58, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67,
70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77
enfermidades 122, 131
envelhecimento 112, 113, 116, 117, 120, 121, 122,
127, 128, 129, 130, 131, 132, 133, 134, 135, 136,
137, 138, 139, 141, 168, 169, 170, 173, 240, 251,
252, 253, 258, 260, 261, 262, 266
epilepsia 184, 185, 186, 187, 188, 189, 190, 191, 192,
193, 194, 195
equipe 65, 70, 71, 72, 73, 74, 77
esgotamento 24, 25, 31, 34, 36
exclusão 17
F
facial 168, 169, 170, 171, 172, 173
familiar 252, 257
farmacológicas 159, 160, 162, 165
fenômeno 17
fenômenos 16, 17, 19
ferramenta 51, 55, 58, 60, 80, 102, 120, 121, 123, 124,
137
fibromialgia 92, 93, 94, 95, 96, 98, 99, 100
fitoterapia 175, 176, 177, 182
G
grupos 251, 252, 254, 258, 259, 260, 261
H
habilidades 28, 33, 46, 55, 73, 104, 105, 106, 109, 114,
124, 125
hemodiálise 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74,
75, 76, 77, 78
hidroxiapatita 168, 170, 171, 172, 173
higiene bucal 44, 45, 47, 49
hipertensão 83, 84, 85, 86, 114, 115, 117, 130, 159,
160, 161, 164, 165, 166, 167
HIV 38, 39, 40, 41, 42, 43
humanização 49, 51, 52, 53, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61,
62, 63, 71, 74, 77, 51, 212, 213, 214, 215, 218, 219,
220
I
idade 252, 253, 254, 259, 261
idoso 120, 121, 122, 127, 129, 130, 131, 132, 133, 134,
135, 136, 137, 138, 252, 253, 254, 255, 258, 259,
260, 261
idosos 262, 263, 265, 266
inclusão 17, 24, 51, 53, 54
informação 50, 75, 92, 212, 213, 217, 222, 223, 224,
225, 226, 227, 228, 229, 230, 231
inovação 150, 151
insegurança 131
integração 38, 42
intervenção 2, 24, 25, 28, 30, 32, 33, 34
intervenções 28, 33, 37, 39, 72, 73, 74, 98, 155, 159,
162, 164, 165
L
lesão 96, 97, 135, 146
linguagem 17
lúdicos 44, 101, 102, 103, 104
luto 14, 17
M
melancolia 14, 17, 21
método 16, 17, 18, 49, 53, 58, 62, 80, 86, 88, 97, 104,
107, 108, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 126, 127,
131, 132, 136, 137, 138, 141, 142, 161, 171, 175
metodologia 14, 17
métodos 14, 16, 21, 22, 33, 38, 45, 81, 83, 84, 97, 101,
102, 103, 105, 108, 110
N
narcisismo 14, 15, 17, 19, 20, 21, 22, 23
natação 101, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 109,
110
neurociência 233, 234, 235, 236, 242, 247, 248, 249
neurodegenerativa 140, 141
neurológicas 95, 184, 185
O
obesidade 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88
odontologia 38, 39, 42, 45, 47, 48
odontopediatria 44
OMS 24, 25, 36
organismos 178
P
paciente 28, 31, 33, 34, 38, 39, 41, 42, 47, 48, 51, 52,
53, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62
pacientes 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75,
76, 77, 78
pandemia 24, 25, 26, 27, 30, 35, 37
plantas 115, 167, 175, 176, 177, 178, 179, 181, 183
plantas medicinais 167, 175, 176, 181
prática 28, 31, 32, 33, 34, 35, 39, 48, 49, 52, 55, 58,
61, 70, 76, 82, 83, 88, 104, 105, 106, 107, 111, 112,
113, 115, 116, 117, 138, 150, 151, 155, 156
práticas 33, 34, 39, 42, 45, 48, 52, 56, 58, 59, 62, 83,
104, 112, 115, 128, 132, 134, 155, 167, 173, 215,
220, 226, 234, 246, 248, 249, 260, 280, 281, 282,
283, 284, 285, 289, 291, 292, 293, 294
preconceitos 34, 252, 254
prevenção 2, 15, 29, 22, 26, 29, 30, 32, 33, 34, 38, 42,
43, 44, 45, 46, 47, 48, 160, 161, 66, 163, 164, 69,
72, 73, 74, 82, 86, 111, 112, 114, 115, 116, 117,
123, 133, 159, 160, 161, 162, 164, 165
processamento 67
processo 15, 16, 19, 22, 24, 25, 26, 28, 29, 32, 44, 46,
48, 52, 53, 56, 57, 58, 59, 60, 64, 65, 68, 69, 70, 71,
74, 77, 80, 95, 96, 97, 101, 102, 105, 106, 107, 108,
109, 113, 114, 117, 120, 122, 128, 129, 130, 131,
133, 134, 135, 137, 138, 139, 168, 169, 170, 171,
172, 173, 181, 192, 197, 200, 207, 208, 213, 214,
215, 216, 217, 218, 219, 221
produção 17, 25, 31, 53, 80, 135, 169, 171, 172, 175,
176, 177, 178, 180, 181
produtividade 233, 235, 242, 247, 248, 249
profissionais 24, 25, 26, 27, 28, 30, 31, 32, 34, 37, 161,
163, 164, 165, 167
programas sociais 251, 253, 260
PSE 44, 45, 47, 49
psicoativas 268, 273
psicológica 24, 25, 27
psicológicas 130, 131, 136
psicólogos 24, 25, 26, 27, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35
públicos 27, 52
Q
qualidade de vida 2, 28, 33, 34, 38, 42, 45, 46, 47, 53,
70, 71, 72, 73, 75, 76, 79, 81, 83, 85
R
rede pública 44
reestruturação 168, 169, 170, 171, 172, 173
rejuvenescimento 168, 169, 172, 173
relacionamento 14, 16, 17, 22
responsabilidade 5
rotina 25, 26, 27, 28, 111, 113, 114, 115, 117
S
saúde , 24, 39, 25, 26, 27, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 37, 38,
39, 40, 41, 42, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53,
55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 68, 69,
72, 74, 76, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89,
95, 98, 101, 112, 113, 106, 107, 111, 113, 114, 115,
116, 117, 118, 121, 123, 126, 127, 133, 137, 139,
159, 199, 161, 163, 164, 165, 166, 192, 167, 199,
173, 176, 177, 178, 180, 193, 200, 206, 212, 213,
214, 215, 216, 217, 218, 219, 220, 221, 212, 159,
120, 44, 14, 222, 224, 226, 227, 228
saúde mental , 14, 24, 25, 26, 27, 31, 32, 34, 35
saúde oral 44, 45
saúde pública 26, 35, 39
sedentarismo 79, 81, 85
serviços 27, 28, 38, 39, 46, 51, 52, 55, 57, 58, 60, 61, 63
síndrome 25, 27, 36, 39, 81, 92, 93, 94, 98, 140, 141,
142, 147, 148, 140, 184, 185, 187, 188
sintomas 24, 25, 27, 28, 29, 30, 39, 40, 85, 86, 93, 94,
95, 114, 115, 140, 143, 146, 147, 148
sistema 5
sistema nervoso 94, 123, 124, 130, 131, 137, 140, 145,
148
social 251, 252, 253, 254, 255, 257, 258, 259, 260, 261
sociedade 26, 27, 35, 39, 45, 46, 79, 80, 82, 83, 102,
115, 137, 222, 223, 224, 225, 226, 227, 228, 229,
251, 252, 253, 258, 259, 260
soropositivos 39, 42, 43
suicídio 14, 15, 16, 17, 20, 21, 22
T
tecnologias 48, 50, 56, 57, 58, 59, 62, 69
tecnológicos 65
teológica 280, 282, 285, 287
terapia 29, 55, 56, 58, 61, 62, 63, 66, 68, 72, 75, 76, 92,
93, 96
terapia intensiva 55, 56, 58, 61, 62, 63
terapias 66, 167, 198, 247, 264
trabalhadores 24, 25, 26, 28
trabalho 65, 66, 67, 71, 72, 76
transferencial 14, 16, 17, 18, 21, 22
tratamento 28, 33, 34, 39, 41, 42, 43, 48, 52, 55, 56,
60, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76,
77, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 92, 93, 94, 96, 97, 98,
106, 123, 140, 142, 146, 147, 148, 151, 152, 154,
162, 163, 175, 176, 179, 184, 185, 186, 187, 188,
189, 190, 191, 192, 193, 194, 195, 196, 197, 213,
198, 199, 200, 202, 203, 204, 205, 207, 208, 209,
210, 211, 212, 214, 216, 217, 218, 219, 221, 255,
262, 263, 264, 266, 268, 262, 197, 184, 64, 268,
269, 270, 272, 273, 274, 275, 276
treinamento 60, 65, 79, 80, 81, 82, 83, 86, 87, 88, 89
treinamento funcional 120, 121, 122, 123, 124, 125,
126, 127, 131, 132, 133, 134, 135, 136, 137, 138,
139
V
vida 2, 44, 45, 46, 47, 48
vírus 26, 38, 39, 40, 41, 42
vulnerabilidades 253, 258