Poluição
Poluição
Poluição
171311
Sede – Escola Secundária da Moita
Docente:
Teresa Osório Discentes:
Afonso Serras 12º A1, nº1
André Wong 12 A1, nº3
Beatriz Correia 12 A1, nº7
Inês Santos 12 A1, nº9
Microplásticos…………………………………………………………………………………………4
- Neutralidade carbónica……………………………………………………………..…….…6
- Efeitos do aquecimento global nos oceanos, nas zonas costeiras, na biodiversidade,
na saúde humana, na produção de alimentos……………………………………..……..7
- Exemplos recentes de fenómenos climáticos extremos…………………………………8
Fontes…………………………………………………………………………………………..……...9
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Principais fontes:
A poluição dos oceanos decorre, na maioria das vezes, devido ao plástico utilizado pelos
humanos que acaba por ter os oceanos como destino final. Este uso exagerado tem como
principal responsável os setores económicos, tais como:
O setor do retalho - Esta causa contribui, também, em cerca de 40% para a produção de
plástico, devido ao modo em que se embala os produtos, principalmente de alimentos e
bebidas.
O setor da construção - Este setor produz uma grande quantidade de lixo plástico,
principalmente os grandes projetos de infraestrutura.
Além disso, o plástico também está frequentemente presente nos edifícios, embora nem
sempre sejam visíveis, eles têm sido usados em uma gama cada vez maior de aplicações,
incluindo isolamento térmico, encanamento, caixilharia e design de interiores.
Além dos setores acima referidos, existem outras origens de plástico, tais como:
Lixo Público - Grande parte dos lixos marinhos são descartados, deliberadamente ou não,
pelos turistas e residentes em áreas no litoral.
Algumas pessoas estão consciencializadas acerca dos problemas da introdução deste tipo
de lixo no ambiente marinho, ainda assim, mesmo que uma pessoa coloque, por exemplo,
uma garrafa de plástico na reciclagem, existe a possibilidade de ela nunca ser, de facto,
reciclada. Estima-se que apenas 9% do plástico produzido nos últimos 65 anos foi reciclado,
sendo que uma parte do restante plástico fica em aterros sanitários, que o vento pode
transportar até aos oceanos.
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Detritos relacionados com tratamentos de águas residuais - resultam de descargas de
efluente não tratado no ambiente marinho, quer por falta de instalações de tratamento de
efluentes quer por fenómenos combinados com transbordo de esgoto.
Dito isso pretendemos frisar que o plástico, chega ao ambiente marinho por inúmeras vias.
Na prática qualquer resíduo descartado, sem ser encaminhado para os locais corretos,
pode ter esse fim. Segundo a ONU, cerca de 80% de todo o lixo que encontramos no mar
tem origem em terra, entre o lixo marinho, os resíduos de plástico constituem a fração mais
representativa (entre 60 a 95%) e que acarreta maiores problemas ambientais.
Microplásticos:
Dá-se o nome de microplásticos a todos os pedaços de plástico que possuem menos de 5
milímetros.
Ao longo do tempo têm se vindo a encontrar cada vez mais microplásticos, tendo sido
divulgado pela Organização das Nações Unidas que em 2017 haviam 51 biliões de
partículas micro plásticas nos mares (500 vezes mais do que estrelas na nossa galáxia).
Com o passar do tempo, mais e mais países estão a adotar medidas para diminuir o
consumo de plástico e desacelerar a contaminação – mais de 60% de acordo com um
relatório da ONU de 2018. O Reino Unido, os EUA, o Canadá e a Nova Zelândia já
proibiram a fabricação de produtos de cuidados pessoais que possuem microesferas.
Essas pequenas esferas de plástico podem ser encontradas em alguns produtos de beleza,
devido às suas propriedades esfoliativas. Calcula-se que durante um banho com um
sabonete líquido que contenha microesferas, até 100.000 dessas pequenas esferas podem
ir para o esgoto onde, finalmente, acabarão no oceano sendo consumidas pela fauna
marinha e introduzindo substâncias potencialmente tóxicas na cadeia alimentar.
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Outros exemplos incluem a Costa rica que anunciou em 2017 uma estratégia nacional para
proibir todos os plásticos de uso único em 2021, reduzindo assim a quantidade que acaba
no oceano e nos rios e o Quênia que proibiu a produção, venda, importação e uso de
sacos de plástico em 2017, assim como Ruanda, que já os proibiu em 2008.
Seguindo o exemplo da Costa Rica, a União Europeia proibiu em 2021 o plástico de uso
único caso haja alternativas acessíveis, tais como cotonetes de algodão, talheres, pratos,
copos ou palhinhas. No caso dos produtos para os quais não existam alternativas
acessíveis, o objetivo é limitar o seu uso, impondo tanto um objetivo de redução do
consumo em âmbito nacional quanto obrigações de gestão e limpeza de resíduos aos
produtores.
Riscos para a vida animal - Um relatório publicado na revista Scientific Reports em 2019
mostra que todos os mamíferos marinhos têm microplásticos de até 5 mm no organismo. O
sistema digestivo de 50 animais de 10 espécies foi analisado para a pesquisa e, embora a
quantidade dessas partículas encontradas tenha sido relativamente baixa, os cientistas
reforçam que o material é extremamente tóxico e que pode ser fatal se ingerido em grande
quantidade, principalmente em animais de pequeno porte. Além da toxicidade da ingestão
em si, o material ocupa espaço no digestivo e pode levar à diminuição de sinais de fome.
Assim, o animal pode ter sua energia reduzida, o crescimento inibido e sofrer impactos na
fertilidade. Além disso, os microplásticos apresentam outros riscos para os animais como a
redução de populações, a perturbação no desenvolvimento de ovos de aves, a deformação
sexual de répteis e peixes e a alteração na metamorfose de anfíbios.
Riscos para a vida Humana - Nos humanos, outra pesquisa concluiu que a água potável é
uma fonte significativa de microplásticos na dieta humana. Por isso, a padronização de
métodos para analisar microplásticos faz-se urgentemente necessária. Outro estudo
realizado na Universidade Médica de Viena, na Áustria, sugere que uma pessoa comum
ingere cerca de cinco gramas de microplásticos por semana. Essa ingestão pode depois
estar associada a diversas doenças como diabetes, cancro, défice de atenção entre outros.
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Retardamento do crescimento de plantas - Um estudo realizado por uma equipa de
pesquisadores da Universidade de Massachusetts Amherst e da Universidade Shandong,
na China, mostrou que os microplásticos presentes no solo podem reduzir a biomassa total
das plantas, influenciando assim diretamente no rendimento e valor nutricional das
colheitas.
Estes fenómenos incluem uma vasta gama de eventos, como secas, ondas de calor, cheias
fluviais, inundações e deslizamentos de terra e outros padrões climáticos que se desviam
das médias históricas. Outras consequências destas alterações incluem a subida do nível
do mar, a acidificação dos oceanos,a perda de biodiversidade e o aquecimento global.
Para limitar o aquecimento global em 1,5°C - o limite considerado seguro pelo Painel
Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (PIAC) - é crucial atingir uma
neutralidade em termos de carbono até 2050.
Neutralidade carbónica:
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A inovação tecnológica também pode ser encarada como uma forma viável para diminuir as
emissões de carbono, já que podemos investir na pesquisa e desenvolvimento de
tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS) para remoção de CO2 da
atmosfera.
E ainda, devemos ter uma gestão de resíduos mais eficiente e sustentável, reduzindo as
emissões de gases com efeito de estufa provenientes de aterros através da implementação
de práticas eficazes de gestão de resíduos, tais como reciclagem e compostagem.
Para além destas medidas, é importante sensibilizar e educar, com o objetivo de que a
população tome conhecimento do cenário atual, para que haja uma mudança de paradigma.
Logo, devemos aumentar a consciência ambiental e educar o público sobre a importância
da neutralidade carbónica através de ações individuais e coletivas, como ter um modo de
locomoção mais sustentável, reduzindo as emissões do setor dos transportes, incentivando
a utilização de transportes públicos, veículos elétricos.
Se somarmos todas estas fontes de emissões (total emitido para a atmosfera) e lhes
subtrairmos as parcelas retidas pelos sumidouros (total retirado), estamos atualmente longe
de chegar ao resultado pretendido – o zero. Temos emissões anuais em Portugal a rondar
as 59 megatoneladas de CO2.
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Prevê-se que o aumento da frequência de secas graves e o aumento da temperatura da
água provocam uma diminuição da sua qualidade. Com efeito, estas condições favorecem o
crescimento de algas e bactérias tóxicas, o que agrava o problema da escassez de água,
em grande parte causada pela atividade humana.
Furacão Ian - O furacão Ian foi um grande, mortal e destrutivo furacão de categoria 5 que
atingiu as Caraíbas e os EUA de 21 a 30 de setembro de 2022.
Este provocou 161 mortes, além de diversas quedas de energia, cheias, danos a habitações
e um prejuízo de mais de 100 mil milhões de dólares.
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Fontes:
CNN Portugal – Ondas de calor em Portugal vão mais do que duplicar até ao final do século
[consultado em 2023-11-03] Disponível em:
https://cnnportugal.iol.pt/ondas-de-calor/ondas-de-calor-em-portugal/ondas-de-calor-em-
portugal-vao-mais-do-que-duplicar-ate-ao-final-do-seculo/
20230817/64de89cfd34e5f0f3c1cf00c
eCycle – Plástico nos oceanos: qual sua origem? [consultado em 2023-11-04] Disponível
em: https://www.ecycle.com.br/plastico-nos-oceanos/amp/
Europarl – O que é a neutralidade das emissões de carbono e como pode ser atingida até
2050? [consultado em 2023-11-02] Disponível em:
https://www.europarl.europa.eu/news/pt/headlines/society/20190926STO62270/como-a-ue-
podera-atingir-a-neutralidade-carbonica-ate-2050
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Euronews – Tempestade "Ciarán" deixa 160 mil sem luz em França e "Domingos" ameaça
Itália [consultado em 2023-10-11] Disponível em:
https://pt.euronews.com/2023/11/05/tempestade-domingos-deixa-160-mil-sem-luz-em-
franca-e-ameaca-atolar-italia
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