Ens. Fund-1-2-Educadores

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Gustavo Henric Costa

Prefeito

Alex Viterale
Secretário de Educação

Fábia Aparecida Costa


Subsecretária de Educação

Solange Turgante Adamoli


Diretora do Departamento de Orientações
Educacionais e Pedagógicas

DIVISÃO TÉCNICA DE CURRÍCULO E ANÁLISE DE MATERIAIS


PEDAGÓGICOS

Ana Paula Reis Felix Pires


Ana Paula Lucio Souto Ferreira
Camila Zentner Tesche
Eduardo Augusto Ribeiro Ramiro
Jessica Blasques da Silva
Priscila Bispo de Lacerda
Talita Cerqueira Brito
Thatiane Oliveira Coutinho Melguinha
Thiago Adonai Araujo Alves

Diagramação:
Jessica Blasques da Silva, Talita Cerqueira Brito e
Thiago Adonai Araujo Alves

Elaboração das propostas:


Solange Turgante Adamoli e Talita Cerqueira Brito

Criação dos personagens e ilustrações:


Thiago Adonai Araujo Alves

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
Rua Claudino Barbosa, 313 - Macedo - Guarulhos/SP
CEP 07113-040 - TEL.: 2475-7300
http://portaleducacao.guarulhos.sp.gov.br

2023
Apresentação

Às educadoras e aos educadores da rede municipal de educação de Guarulhos,

É com grande alegria que entregamos a primeira edição da coleção “Saberes na Rede”, um
material inédito elaborado pela equipe técnica da Secretaria Municipal de Educação de
Guarulhos, por meio do Departamento de Orientações Educacionais e Pedagógicas (DOEP),
com base na Proposta Curricular Quadro de Saberes Necessários – QSN (Guarulhos, 2019)
para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e a Educação de Jovens e Adultos – EJA.

Este material é resultado de diversas pesquisas e da experiência de educadores da rede


municipal que compõem a Divisão Técnica de Currículo e Análise de Materiais Pedagógicos,
que, além de escreverem as orientações e propostas, participaram da sua edição e revisão, bem
como da criação dos personagens, do projeto gráfico, da diagramação e outras ilustrações. Um
trabalho pensado e desenvolvido por educadores para educadores.

A coleção “Saberes na Rede” compreende Orientações aos Educadores da Creche, dos Estágios
I e II da Educação Infantil e do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental; Material do Educando
para os Estágios I e II da Educação Infantil, do 1º e 2º ano, do 3º ao 5º ano do Ensino
Fundamental e da EJA - Ciclo I e Ciclo II; acompanhando dois livros literários escolhidos para
cada etapa e modalidade de ensino.

O material faz parte das ações de implementação de nossa Proposta Curricular e está em
consonância com a Lei nº 7.016/2012, que “institui o programa municipal de fomento ao livro,
leitura e literatura, no município de Guarulhos”, e também dialoga com o Programa Saberes em
Casa, política pública municipal instituída pela Lei nº 7.921/2021, que se destina a complementar
as propostas educativas para auxílio ao processo de ensino e aprendizagem. Ao longo dos
materiais você encontrará o acesso a diversos episódios do programa, conteúdo que permite a
continuidade e aprofundamento das propostas em outras formas de interação e estudo.

Vocês, educadoras e educadores, exercem um papel essencial neste trabalho, já que serão
mediadores de todo o processo, adequando as propostas à realidade da turma e indo além, à
medida que contemplam os interesses dos educandos, seus conhecimentos prévios e a cultura local.

Por fim, desejamos que a coleção “Saberes na Rede” fortaleça os Projetos Político-Pedagógicos
das escolas, contribua para novas reflexões, aprendizagens e desenvolvimento de todos.

Seguimos juntos!

Alex Viterale Fábia Costa


Secretário de Educação Subsecretária de Educação
Sumário

Introdução 05

Alfabetização e letramento 07

Leitura 12

Produção escrita 15

O texto literário como objeto de ensino 16

Unidade 1: Surpresas, brinquedos e invenções 23

Unidade 2: Bichos pra lá e pra cá 35

Unidade 3: Histórias de ontem, de hoje e de sempre 44

Unidade 4: Histórias que vão e voltam 47

Cultura indígena 49

Cultura africana 51

Parlendas 54

Poemas e poesias 55

Adivinhas 56

Inventores 57

Receitas 58

Cantigas 59

Piadas 60

Trinca mágica 61
Introdução
O material "Saberes na Rede" para os educandos dos 1ºs e 2ºs anos está organizado em quatro
unidades e propõe um percurso que valorize a infância, a ludicidade, a imaginação e o protagonismo
do educando, além de ampliar os conhecimentos sobre alguns pontos da cidade, em especial o
Aeroporto Internacional de Guarulhos e o Zoológico de Guarulhos.

As propostas pedagógicas foram elaboradas com o objetivo de proporcionar situações de


aprendizagem que potencializem os saberes previstos na Proposta Curricular - Quadro de Saberes
Necessários (QSN Guarulhos, 2019), bem como a reflexão sobre o sistema de escrita na perspectiva
do letramento, o acesso e incentivo à leitura, a formação de leitores e produtores de textos, a
valorização dos gêneros da tradição oral e a compreensão da cultura escrita, elementos fundamentais
para o processo de alfabetização.

Unidades
As unidades sugerem um percurso de estudos, porém, evidenciamos que, prioritariamente, o
planejamento do professor rege o caminho e a melhor utilização deste de acordo com a necessidade/
realidade da turma.

Sendo assim, asseguramos a autonomia na seleção das atividades que dialogarem de forma
colaborativa e complementar ao planejamento pedagógico.

Unidade 1: Surpresas, brinquedos e invenções


Unidade 2: Aves a voar, bichos pra lá e pra cá
Unidade 3: Histórias de ontem, de hoje e de sempre
Unidade 4: Histórias dentro de história

Personagens
Para melhor condução dos assuntos, nos valendo da ludicidade(princípio) e do imaginário infantil,
foram criados personagens que servissem como facilitadores na condução do material, estimulando a
imaginação dos leitores sob a temática do universo dos brinquedos. Considerando o brincar como
ação fundamental no processo de desenvolvimento cognitivo, motor, criativo e social da criança.

Além da temática- brinquedos, a cidade de Guarulhos foi inspiração para a criação dos personagens.
A proposta associou os personagens com ambientes de fácil identificação da cidade desde pontos
turísticos a lugares famosos como o Aeroporto Internacional de Guarulhos, o Bosque Maia e o
Zoológico Municipal de Guarulhos.

05
Conheça a Turma do Saberes na Rede:

Inspirado no Aeroporto Internacional de


Guarulhos, o Air Gru é um brinquedo que Capimara é uma boneca de um kit de pintura
pode assumir a forma de um robô ou de um infantil inspirado no reino animal. Curiosa e
avião. Ultramoderno, adora falar sobre talentosa, enxerga arte em tudo! Ecologia,
tecnologia, incentivando a criação e a astronomia, cidadania, obras literárias e até
inovação. mesmo culinária, todo tema lhe serve de
Tinunkiâ é uma boneca de pano indígena que
inspiração para aprender e criar!
irá mostrar como as crianças indígenas
Dócil, amigável e extremamente higiênico,
brincam, além de ensinar a importância do
Urububu é um fofo bichinho de pelúcia que
respeito à natureza e contar histórias sobre o
luta contra o preconceito de quem não
rico folclore brasileiro.
conhece suas características e o julga como
um animal maldoso e fedido.

Tarta é uma boneca exploradora que adora


viajar e praticar esportes!
Com seu casco em forma de mochila, ela
carrega itens para ensinar as modalidades
esportivas dos lugares que visita através da
fricção das rodinhas dos seus patins.

Príncipe Domini é a maior peça de um jogo


de dominó e sabe tudo sobre matemática,
Feito com materiais reutilizáveis, o jogos e brincadeiras.
Retormago é um mago do mundo dos
brinquedos que defende a importância da Leon é uma pelúcia em forma de chaveiro.
reciclagem e do uso de brinquedos não Dj Maca é uma boneca e um brinquedo Assim, ele adora estar acoplado a mochilas,
estruturados. musical. Inspirada nos animais do nosso chaves, ou até mesmo em malas. O
zoológico, ela adora uma boa brincadeira importante é não ficar parado num lugar só e
com sons e sabe tudo sobre festas estar sempre viajando em busca de
populares. conhecimento, aventura e diversão!

06
Camila Rhodes/SE

Alfabetização e letramento
As propostas encontradas no material do educando objetivam proporcionar acesso aos bens culturais
e aos textos orais e escritos envolvendo a alfabetização em eventos de letramento com a finalidade de
contribuir para a formação de um educando leitor e produtor de textos reais.
De forma lúdica, os educandos são convidados a interagir com os personagens, partilhar
conhecimentos, conversar com seus pares, realizar pesquisas, entrevistar pessoas, brincar, jogar a fim
de que tenham o desejo de ler e escrever, ampliando assim, a compreensão do mundo que os cerca e
produzindo textos para registrar essas descobertas, organizar ideias, comunicar, expressar e criar suas
próprias histórias.
As orientações aos educadores traz uma síntese da teoria que embasou o planejamento das
propostas, o detalhamento de cada uma delas para seu desenvolvimento em sala, além disso, neste
material o professor vai encontrar: os textos indicados no material do educando para a leitura feita
pelo educador, um bloco de sugestões com parlendas, poemas, adivinhas, receitas, cantigas e piadas
para ampliar o trabalho, e no final, um jogo de rimas para recorte.

Para Magda Soares(2020), Alfabetização e Letramento são processos cognitivos e linguísticos


distintos, portanto, a aprendizagem e o ensino de um e de outro é de natureza essencialmente diferente;
entretanto, as ciências em que se baseiam esses processos e a pedagogia por elas sugeridas evidenciam
que são processos simultâneos e interdependentes. A alfabetização - a aquisição da tecnologia da
escrita - não precede nem é pré-requisito para o letramento, ao contrário, a criança aprende a ler e a
escrever envolvendo-se em atividades de letramento, isto é, de leitura e de produção de textos reais, de
práticas sociais de leitura e escrita.
SOARES, Magda. Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e a escrever. São Paulo: Contexto, 2021.

Para Saber Mais


A autora apresenta atividades realizadas e observadas por ela em sala de aula e
explica como tudo isso pode ser aplicado por todos os envolvidos em um objetivo
comum e fundamental: uma educação verdadeiramente democratizada no nosso país.

Fonte: Site Editora Contexto

07
A importância da rotina de alfabetização

Comumente relacionamos a palavra rotina a sequência de tarefas a serem realizadas durante o dia,
tais como:
Esta, por sua vez, é muito importante para que haja organização da
ENTRADA;
turma e previsibilidade das ações do dia, porém, para que o processo de
LEITURA;
alfabetização seja contínuo é essencial que o planejamento contemple a
CALENDÁRIO;
rotina de alfabetização, ou seja, uma sequência de ações, previamente
AGENDA;
planejadas e elaboradas para que a alfabetização ocorra. Para isso, as
LANCHE
modalidades organizativas do trabalho pedagógico, definidas por Délia
ATIVIDADE;
Lerner, devem compor o planejamento dessa rotina.
ALMOÇO;
Destacamos que a "rotina” se configura como forma de organização do
PARQUE;
trabalho pedagógico.
SAÍDA.
“É possível ler na escola?” do livro Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. LERNER, Delia.
Porto Alegre: Artmed, 2002, p.73-87.

Modalidades Organizativas

ATIVIDADE São situações didáticas que são propostas com frequência e atendem aos
PERMANENTE saberes que os professores intencionalmente esperam que a turma aprenda.

Tem por finalidade sistematizar um saber ou uma aprendizagem que foi


ATIVIDADE trabalhada pelo professor. Após um trabalho desenvolvido, busca reunir e
DE propor aplicação do que foi aprendido, considerando a participação do educando
SISTEMATIZAÇÃO
de maneira que tenha a possibilidade de expressar, relembrar e aplicar o que
aprendeu.

Tem como característica propor desafios progressivos nas atividades.


SEQUÊNCIA Assemelha-se ao projeto, porém, não exige um produto final, apenas
DIDÁTICA uma atividade de fechamento ou sistematização. Pode ou não estar
integrado ao projeto.

Consiste na investigação sobre um determinado tema ou assunto tendo como


ponto de partida uma pergunta de pesquisa, uma situação-problema ou uma
PROJETO curiosidade. O projeto requer um produto final que materialize o processo de
investigação e os resultados alcançados, por isso conhecer os elementos que
compõem um bom projeto é essencial para o sucesso do trabalho.

Fonte: Publicação LEIA- Leitura, emancipação, interação e alfabetização.(SME/DOEP)

08
A leitura e a escrita na rotina de alfabetização: o que não pode faltar

Leitura realizada pelo professor:


Leitura de gêneros variados para que os educandos observem a postura leitora, dicção, entonação
que cada gênero sugere.
Leitura de imagens com questionamentos sobre detalhes da obra e sua relação com o texto.
Leitura de textos em cartazes com indicação das palavras que estão sendo pronunciadas.
Partilha de leituras e autores favoritos com o objetivo de despertar nos educandos o gosto pela
leitura e apreciação de obras literárias.

Leitura realizada pelo educando:


Identificar no banco de palavras, o nome correto de uma imagem.
Identificar o seu próprio nome ou um nome de um colega em uma lista.
Realizar a leitura de um texto de memória, indicando onde começa e onde termina a palavra com
mediação do professor - leitura de ajuste.
Álbum de figurinhas em que o educando tenha que ler as palavras e colar a figurinha no espaço
correspondente.
Ler palavras partindo de uma referência dada: assinalar, colorir, ligar, recortar, circular o nome
correto de uma figura, de uma informação solicitada (exemplo: a resposta de uma adivinha no
banco de palavras, o nome de um personagem no texto).
Organizar um texto fatiado.
Circular palavras ditadas pelo professor – ditado circulado.
Circular palavras definidas em um texto, preferencialmente, textos de memória - parlendas,
cantigas, provérbios, trava-línguas, entre outros.
Separar em duas listas nomes de animais dispostos em uma única lista, exemplo: aves e
mamíferos, anfíbios e répteis, domésticos e selvagens, etc.
Preencher uma cruzadinha com banco de palavras.
Organizar fichas de nomes dos colegas de turma por ordem alfabética.
Organizar livros por ordem alfabética.
Ler ilustrações fazendo relação com o texto verbal.
Ler textos não verbais.
Ler palavras em jogos: dominó figura-nome, jogo da memória, entre outros.

Escrita realizada pelo professor:


Professor como escriba: Escrever uma lista ditada pelos educandos, tais como: brincadeiras favoritas,
lista de histórias que os educandos conhecem, frutas favoritas, ingredientes de uma receita que a
turma degustou. Importante que a escrita seja realizada com contribuição dos educandos, com
perguntas intencionais do professor em torno de como se escreve, a fim de que os educandos sejam
confrontados em suas hipóteses para que avancem. Essa escrita deve ser realizada em letra bastão,
legível e visível assegurando que todos os educandos possam refletir sobre a escrita, para isso poderão
ser confeccionados cartazes em cartolinas e papel pardo com canetões.
Escrever trava-línguas, adivinhas, poemas, perguntando aos educandos as letras que compõem a
palavra, quantos pedaços as palavras têm, para que os educandos reflitam sobre o sistema de escrita.

09
É fundamental apresentar à turma os motivos pelos quais a escrita é necessária e os suportes adequados
para cada gênero e a sua estrutura. Exemplo: escrever em um pedaço de papel um bilhete para ser entregue
a algum funcionário da escola, antes escrevendo na lousa problematizando também aspectos estruturantes
do gênero, para além das letras e outros símbolos a serem utilizados, depois transcrevendo para o papel e o
entregando. Dessa forma os educandos podem perceber a funcionalidade da escrita em seu uso social.

Escrita realizada pelo educando:


Identificação de pertences com o próprio nome. Escrever palavras de maneira espontânea. Nomes
dos participantes de uma brincadeira. Escrever palavras sozinho, em duplas, ou em grupo. Escrever
as respostas de uma adivinha. Escrever textos de memória. Escrever histórias (mesmo que não
convencionalmente). Escrever bilhetes. Escrever rimas. Nomear desenhos. Intitular desenhos
produzidos. Escrever listas reais: convidados de uma festa, ingredientes de uma receita. Cruzadinha
sem banco de palavras.

Observação: as sugestões foram elaboradas visando às crianças que estão se apropriando da leitura,
ou seja, que estão no início do processo de alfabetização.
1. Podem ser realizadas em grupo, em duplas e individualmente;
2. Devem prever o uso de materiais e espaços variados: letras móveis, giz de lousa, carvão, tijolo, no
chão, parede de lousa, de azulejo, papéis variados;
3. Definir o gênero textual: listas, legendas, textos de palavras, etc.
4. O professor deve contribuir fazendo perguntas que favoreçam às crianças escreverem "como
pensam" e irem avançando na aquisição de base alfabética.

Abaixo, segue a sugestão de um quadro para organizar a rotina de alfabetização:

Projeto: Produção de um livro de regras de brincadeiras

Atividades permanentes

Dia Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Leitura "Você troca?" "Coisa de índio" "O Mundo no "Frijoles "Ralf e Carlos no
realizada pelo Eva Black Power de diferentes" Mundo da Lua"
Daniel
professor Furnari Tayó" Sam Serrano
Munduruku Bruno Grossi Begê
Kiusam de Oliveira
Álbum de figurinhas
Identificar no
em que o educando Circular o nome
Atividade de banco de Cruzadinha com
tenha que ler as correto de uma Ditado circulado.
leitura feita palavras, o nome banco de palavras.
palavras e colar a figura.
pelo educando correto de uma
figurinha no espaço
imagem.
correspondente.

Brincadeiras com Contação de Campeonato de Desafio de Brincar de roda


Comunicação
rimas. uma lenda. trava-línguas. parlendas. com as cantigas
Oral
sobre peixes.
Ler a lista de
brincadeiras no cartaz Brincar e desenhar Escrever as regras
Vivenciar a Brincar e discutir
Sequência construído a brincadeira
brincadeira no as regras da da brincadeira
didática coletivamente e enfatizando as
espaço externo. brincadeira. coletivamente.
selecionar a regras.
brincadeira da semana.

10
Lembre-se de inserir os demais eixos do QSN(Guarulhos, 2019) no seu planejamento semanal: O
educando e Educação Matemática; O educando e os saberes relativos à Natureza e Sociedade; O
educando e a Arte; O educando e a Educação Física; O educando e a Língua e Cultura Inglesa; O
educando - cultura de paz e educação em Direitos Humanos: interações, afetividades e identidades;
e O educando e as Tecnologias. Para melhor realizar atividades que promovam as aprendizagens,
sugerimos que sejam organizadas propostas de forma interdisciplinar.

Para Saber Mais

Sugerimos um riquíssimo material do Webconferência "Oralidade em


professor livre-docente Claudemir tempos de pandemia". Observação:
Belintane, disponível no site GOLE embora a webconferência tenha em
(Grupo de oralidade, leitura e escrita). seu título a pandemia, o professor
Lá você verá reflexões acerca do trouxe ensinamentos sobre a oralidade
conceito de oralidade, a relação com o para qualquer tempo.
corpo e muito mais. Fonte: Canal Porta SE
https://www.youtube.com/watch?v=yI7NrSOL2cI&t=397s

As indicações abaixo referem-se aos livros sugeridos no quadro da página anterior.

Você troca? : Com seu traço gaiato e divertido, Eva Furnari propõe as mais exóticas e hilariantes
trocas, brincando com as palavras - na tradição popular dos trocadilhos e das rimas - e também com a
reputação de clássicos personagens (como o lobinho delicado e o chapeuzinho malvado).

Fonte: Editora Moderna

Coisas de índio: Ainda hoje, os povos indígenas são mal compreendidos apenas porque têm
um jeito próprio de viver. Aqui, Daniel Munduruku não só explica o que é ser índio, mas
também elucida o leitor acerca de sua cultura.
Fonte: Editora Callis

Um feijão diferente: O cheiro de feijão na panela da casa de William é um pouco diferente


do cheiro de feijão na casa dos seus amigos. Diferente não significa ruim, neste caso,
diferente é delicioso.
Fonte: Saira Editorial

O Mundo no Black Power de Tayó: Tayó é uma menina negra que tem orgulho do cabelo
crespo com penteado black power, enfeitando-o das mais diversas formas. A autora
apresenta uma personagem cheia de autoestima, capaz de enfrentar as agressões dos
colegas de classe, que dizem que seu cabelo é “ruim”.
Fonte: Editora Peirópolis

Ralf e Carlos no Mundo da Lua: Ralf e Carlos são amigos. Um dia, cansados de sempre
fazer a mesma coisa, tiveram uma ideia audaciosa. Toparam e embarcaram na maior
aventura de suas vidas!

Fonte: Editora Eureka

11
Camila Rhodes/SE

Leitura
Segundo o QSN (GUARULHOS, 2019), a leitura compreende desde os processos de apropriação do
sistema de escrita alfabética até a fluência por meio do desenvolvimento de estratégias que permitam:

[...] a compreensão, a construção de sentido, o conhecimento sobre a intencionalidade e a interpretação de


textos, pois estamos imersos em uma sociedade letrada, rodeados por letreiros, documentos, revistas,
rótulos, placas de rua, entre outros (GUARULHOS, 2019, p. 36).

Para isso, é necessário criar situações para que os educandos leiam diversos gêneros textuais em seus
suportes reais, não somente nos livros didáticos.

[...] é importante que o professor promova situações em que seja possível perceber a intertextualidade,
ou seja, reconhecer marcas de um texto em outro texto. As experiências de leitura que temos nos
permitem reconhecer essa relação. Por isso diferentes gêneros textuais devem ser oportunizados, pois,
quanto mais elementos reconhecermos, mais fácil será a leitura e mais enriquecida será a interpretação
(GUARULHOS, 2019b, p. 43).

Planejamento da leitura

Para planejar e conduzir a leitura de diferentes gêneros textuais com as crianças o professor precisa
trabalhar com:

Localização de informações explícitas no texto


1. Destacar no texto palavras e/ou trechos sobre informações específicas;
2. Localização de informações explícitas para preenchimento de ficha técnica a partir do texto lido;
3. Atividades com questões cujas respostas estão explícitas no texto (questões abertas; questões de
múltipla escolha impressa ou em forms).

12
Antecipação

1. Apresentação da capa do livro com solicitação para que os educandos indiquem sobre o que será a história;
2. Leitura da manchete de uma reportagem com solicitação de indicação sobre o que será a notícia;
3. Leitura de texto com paradas intencionais com questionamentos sobre o que acontecerá.

Intertextualidade

1. Organização dos gêneros textuais que serão lidos em cada dia da semana;
2. Leitura de gêneros variados;
3. Brincadeiras com jogos de palavras: trava-línguas, parlendas, cantigas de rodas, provérbios, entre outros;
4. Leitura de textos que apresentam intertextualidade como identificação dos textos de origem.

Localização de informações implícitas nos textos

Leitura com questionamentos sobre o que significa determinado trecho do texto: o que está por
detrás do que está escrito?

Inferir sentido

1. Leitura de gêneros textuais diversos com paradas para questionamentos sobre palavras
substitutas, como o uso de pronomes;
2. Revisão de textos orientando quanto à substituição de palavras por pronomes;
3. Leitura de textos com solicitação de compreensão do significado de palavras pelo contexto na
qual está sendo utilizada;
4. Realização de trabalho com significado de palavras:
produção de dicionário ilustrado;
produção de dicionário-painel;
escrita de verbetes de palavras;
uso de dicionários físicos ou virtuais para busca de significado de palavras.

Fluência

1. Leitura para turmas de educandos de anos anteriores (Exemplo: 3º ano ler para o 1º ano).
Observação: os educandos devem "treinar" a leitura antecipadamente;
2. Leitura entre educandos de escolas próximas;
3. Gravação de leitura para que possam ouvir e verificar sua própria leitura;
4. Leitura em eventos da escola e da Secretaria da Educação;
5. Empréstimo de livros;
6. Rodas de leitura;
7. Gravação de áudio pelos educandos lendo o livro para todos ouvirem na sala;
8. Leitura dos educandos com microfone.

13
Caderno de leitura

Dentre as possibilidades de trabalhar com os gêneros textuais para a aquisição de base alfabética
(trava-línguas, cantigas de roda, poesias, adivinhas, músicas, entre outros) destacamos a importância
de possibilitar a vivência, a brincadeira, o jogo simbólico, a imaginação e também o acesso aos textos
escritos por meio do caderno de leitura. Desta forma, o educando poderá ter livre acesso a leituras
significativas, ilustrar poesias, parlendas, adivinhas e recorrer a esses textos sempre que necessário.

Organizando o caderno de leitura:


1. Colar o texto que será utilizado na semana (o mesmo deve estar disponível em um cartaz na sala
de aula);
2. Pedir para que cada um ilustre seu texto;
3. Solicitar que localizem no texto uma ou mais palavras e circule-as;
4. Criar situações em que a criança leia os textos de seu caderno: para outras turmas, para a família
no final de semana, etc.

Observação: o ideal é que cada um decore a capa de seu caderno conforme desejar. Para isso,
disponibilize materiais variados, como papeis diversos, canetas hidrocor, lápis e gizes coloridos.

Cartaz

TODOS ESTES QUE AÍ ESTÃO Realizar a leitura durante


ATRAVANCANDO O MEU um período de tempo.
CAMINHO, Exemplo: Todos os dias
ELES PASSARÃO. durante uma semana ou
EU PASSARINHO! uma quinzena.
MÁRIO QUINTANA

Fonte: https://www.culturagenial.com/poeminho-do-contra-
mario-quintana/

Ilustração do educando Importante:


Evite oferecer aos
educandos desenhos
reprografados. Incentive a
criação!
Se possível, mostre por Fonte: Canva
meio de fotografias,
Fonte: Canva / Talita C. Brito passarinhos reais.

Ofereça aos educandos o TODOS ESTES QUE AÍ ESTÃO


ATRAVANCANDO O MEU CAMINHO,
texto para que anexem ao
ELES PASSARÃO.
caderno de leitura.
EU PASSARINHO!
Solicite que localizem no
poema uma ou mais
palavras e circule-as.

14
Camila Rhodes/SE

Produção Escrita
Na perspectiva do letramento, as crianças precisam ser inseridas em atividades de produção escrita
mesmo antes de adquirirem base alfabética. Devem escrever em grupo, duplas e posteriormente
individual. Para a escrita de textos na perspectiva do letramento, trabalhamos com gêneros textuais
nas suas funções sociais. Já propusemos alguns anteriormente, no entanto, cabe ressaltar que essa
atividade deve ser realizada por meio de sequência didática como segue abaixo:

1. Faça o levantamento do conhecimento que os educandos têm sobre o gênero que irão
produzir: legenda, convite, faixa promocional, etc.;
2. Peça para que tragam os modelos de textos que têm em casa ou mostre você mesma em
suportes que a escola possui: no caso de legenda, mostre em revistas, jornais, físicos e virtuais;
3. Levante com eles as características do texto: tamanho; tempo verbal; elementos gramaticais
existentes; se há personagens; conflito; desfecho; etc. Pesquise as características do gênero com
o qual irá trabalhar;
4. Faça uma produção de escrita coletiva sendo o escriba. Lembre-se de fazer a revisão textual
antes de divulgá-lo;
5. Produza um texto em grupo;
6. Produza em duplas;
7. No caso do 2º ano, proponha que, no final, escrevam individualmente, após a realização de
toda a sequência.

Atenção: essas etapas devem ser planejadas ao longo do tempo


definido para a realização da sequência didática que pode ser de 15
a 30 dias, dependendo dos objetivos e intencionalidades.
Lembre-se que as etapas acima descritas não devem ser realizadas
em um único dia.

15
Camila Rhodes/SE

O texto literário como objeto de ensino


Quem não tem amigo, mas tem um livro tem uma estrada.
Carolina Maria de Jesus
(Carolina sem cortes. Revista da História, 07/02/2011)

A literatura infantil está inserida na dimensão da arte e não é restrita ao ambiente escolar:

A obra literária recorta o real, sintetiza-o e interpreta-o por intermédio do ponto de vista do narrador
ou do poeta e manifesta no fictício e na fantasia um saber sobre o mundo, oferecendo ao leitor modos de
interpretá-lo (OLIVEIRA, 2010, p. 41).

Como um “veículo” cultural da humanidade para a proposição de novos conceitos, mudanças sociais
e interpretação da realidade, a literatura infantil também contribui para o desenvolvimento de duas
dimensões indispensáveis:

Sensibilidade para o estético Conhecimento

A sensibilidade concerne àquele estado interior em que é possível, por meio do imaginário
expandido, colocar em movimento imagens produzidas por nossa humanidade, em sua dimensão
histórica e cultural. A literatura contribui para a formação da criança em todos os aspectos,
especialmente na formação de sua personalidade, por meio do desenvolvimento estético e da
capacidade crítica, garantindo a reflexão sobre seus próprios valores e crenças, como também os da
sociedade a que pertence (OLIVEIRA, 2010, p. 41).

Diante de um texto literário, que é uma produção artística, espera-se que o leitor se sinta em
interação com uma obra de arte. Essa interação lhe permite uma vivência que inclui, além de seu
interesse intelectual, seu lado emocional: sua imaginação, desejos, medos, admirações.
(PAIVA, PAULINO, PASSOS, 2006, p. 21, grifo nosso).

16
A literatura produz conhecimento e permite que sejam acessados estilos de vida, épocas, geografias e
outros elementos que possivelmente não estão presentes em nossas vidas hoje, mas que certamente
influenciam nosso modo de organização social e a maneira como percebemos o mundo.

A literatura infantil aponta para outras maneiras de ser, outros caminhos a serem percorridos, que
no plano real seria quase impossível. Aprende-se e conhece-se por meio da leitura do texto literário, no
entanto não há necessidade de imporem-se conhecimentos, formatando a criança dentro de princípios
racionais que idealizam o ser e o elegem como alguém que deve tornar-se estritamente cumpridor de
deveres. A literatura também não é um texto acabado que obriga a criança a aceitá-lo de forma
passiva, mas um processo contínuo de descoberta e de autocriação (OLIVEIRA, 2010, p. 42, grifo
nosso).

É importante chamar a atenção para a existência de textos que não foram escritos para crianças, mas
que foram apropriados por elas, assim como existem textos escritos “para crianças” que são apropriados
também por adultos. Dessa forma, mais importante do que pensar nas especificidades do “infantil”, como
adjetivo da literatura, é refletir sobre as especificidades da literatura, que, como toda produção cultural, é
histórica, ou seja, muda com o tempo (PAIVA, PAULINO, PASSOS, 2006, p. 21, grifo nosso).

Neste sentido, a leitura literária na escola não pode existir apenas como lazer ou como um modo para
apreensão de “conteúdos”, mas sim deve-se ter sempre em perspectiva a necessidade de formar o leitor
literário, capaz de escolher textos conforme seus interesses e de posicionar-se ante suas escolhas de
maneira a ampliar seus próprios conhecimentos e experiências.

Ao contrário disso, há o aspecto exemplar instaurado na


escola, ao apresentar à criança textos insossos que não
permitem a ela sensibilizar-se com as linguagens (verbais e
icônicas) presentes no livro literário infantil. Não é necessário
confundir literatura com textos que apresentem uma
roupagem de literatura, mas que são próprios para o ensino
de algum conteúdo escolar. Sem dúvida, há textos literários e
não literários. O primeiro emociona, trata das paixões
humanas, o segundo ensina conteúdos, atitudes e posturas do
dever ser infantil. Uns e outros circulam pela sala de aula, no
entanto, por meio de uma mediação consciente, o professor
precisa saber discernir qual é o momento para cada um
(OLIVEIRA, 2010, p. 43, grifos nossos).

Narrativas literárias Narrativas não literárias

Oferece experiência instigante ao leitor; Texto “didatizado”, tem caráter instrumental;


A linguagem possibilita inferências, não é direta Linguagem direta e padronizada, com mensagem
nem padronizada; específica a ser apreendida;
Não há interpretação de “certo” ou “errado”, É moralizante e utilitarista, objetiva a apreensão de
promove a reflexão sobre a própria vida e o mundo; regras e padrões;
Não possui sentido explícito, requer imaginação e Possui sentido explícito e previsível, com pouco espaço
interpretação; para a imaginação ou para múltiplas interpretações;
Oportuniza a ruptura com a rotina e o Reforça aspectos da rotina e do automatismo
automatismo cotidianos pelo contato com outras cotidianos, pois está restrito a aspectos já conhecidos
realidades. da realidade.

Fonte: Elaborado pelos autores com base nas orientações de Paiva, Paulino e Passos (2006).

17
Sob tal perspectiva, a leitura literária na escola requer atenção a alguns aspectos:

A escolarização da literatura não deve desfigurar ou falsear o literário, criando a


aversão à leitura.

O caráter imaginativo deve ser preservado, conciliando-o ao estímulo à aprendizagem.

Deve conduzir às práticas de leitura literária que ocorrem no contexto social,


cultivando as atitudes e valores do leitor que se deseja formar.

A literatura sempre esteve presente nos processos educativos de diferentes civilizações ao longo da
história. No entanto, nos últimos anos, tornou-se notória a “didatização” dos textos literários para as
finalidades de ensino da leitura e escrita. A ausência de objetivos mais precisos para o ensino da
literatura em sala de aula ocasionou, em diversas situações, o reducionismo da leitura literária. Em
alguns casos, houve o seu direcionamento para a simples fruição ou deleite, buscando reproduzir o
comportamento leitor “maduro” em relação ao texto literário, em uma interpretação muitas vezes
equivocada da defesa pelo prazer de ler: “[...] esquecendo que todo modo de ler passa necessariamente
por uma aprendizagem, não existindo um modo ‘natural’ ou espontâneo de leitura” (COSSON, 2010,
p. 57). Contudo, os avanços nos estudos da área evidenciam que a literatura necessita ser ensinada
adequadamente, pois tem um papel fundamental a cumprir na formação dos educandos, sendo
necessário superar o reducionismo como apenas um recurso para ensinar a ler ou a escrever ou o uso
somente para a fruição.

Em concordância com Machado e Corrêa (2011, p. 126, grifo nosso):

A leitura literária, diferentemente da leitura de textos de outras dimensões discursivas, caracteriza-se


por uma forma de envolvimento com o texto, que produz conhecimento e prazer, por ser ela uma experiência
artística. Não se produz pela leitura literária um conhecimento pragmático, descartável, que possa ser
aplicado de imediato. O tipo de conhecimento que ela produz não se esgota numa única leitura, e esse
interesse renovado pelo texto literário pode ser explicado por ser ele capaz de nos fazer compreender
quem somos e por que vivemos, mesmo que sob a forma de indagações.

De acordo com Cosson (2010), há três espaços básicos do texto literário na sala de aula:

TEXTO CONTEXTO INTERTEXTO

18
O espaço do texto
Implica em uma aproximação com o texto literário, o contato propriamente dito com a obra, o qual é
descrito por Cosson (2010) nos seguintes termos:

Um encontro que pode resultar em recusa da obra lida – que


deve ser respeitada – ou em interrogação ou admiração – que
devem ser exploradas. É essa exploração que constitui a
atividade da aula de literatura, o espaço do texto literário em
sala de aula (COSSON, 2010, p. 58, grifos nossos).

Explorar o espaço do texto literário, nesse sentido, significa:

Discutir a compreensão alcançada pelos educandos;


Promover a interpretação por meio das mais variadas propostas;
Analisar a forma como o autor elaborou o texto literário mesmo com leitores iniciantes ou que
não dominem o sistema de escrita alfabética, explorando a narrativa visual, os recursos dos textos
escritos e imagéticos, a relação entre o texto escrito e a ilustração, dentre outros aspectos;
Mediar a compreensão da relação entre a narrativa escrita e a narrativa ilustrada.

É papel do professor ajudar o aluno a fazer essa passagem, questionando, relacionando e analisando os
mecanismos literários com os quais o texto foi construído. O espaço da literatura em sala de aula é, portanto,
um lugar de desvelamento da obra que confirma ou refaz conclusões, aprimora percepções e enriquece o
repertório discursivo do aluno (COSSON, 2010, p. 59, grifo nosso).

Analisar o texto é procurar compreender sua elaboração escrita e imagética para com ela sustentar
um sentido. Esse modo de ler precisa ser aprendido tal como se aprende outras práticas e conteúdos. O
espaço da literatura como texto na sala de aula trata dessa necessidade de aprendizagem que demanda
tanto o contato permanente com o texto literário quanto a mediação do professor na formação do leitor.
Só assim o exercício do imaginário, que permite à criança viajar sem sair de casa em um dia de chuva,
terá a mesma base daquele que oferece ao jovem palavras e formas para manifestar seus sonhos e ao
adulto a certeza de que todos os mundos são possíveis: o exercício da leitura literária (COSSON, 2010, p.
61, grifos nossos).

Como a leitura entre as crianças estimula sempre o diálogo, as trocas de experiências de vida, os
gostos e desgostos, a literatura ultrapassa os limites escolares, pois com seus temas é capaz de contribuir
para ajudá-las a vivenciar e entender sua interioridade e sua inserção na cultura literária. A escola perde
ao cercear os temas existenciais, entendidos como aqueles que abordam a morte, o medo, o abandono,
as separações, a maldade humana, a sexualidade, entre outros (OLIVEIRA, 2010, p. 42, grifos nossos).

19
O espaço do contexto
Diz respeito à literatura como “conhecimento”, é o trabalho que permite compreender como a
obra literária está vinculada ao mundo, quais são as mensagens e ideias que expressa e quais
saberes nos permite apreender. De acordo com Cossan (2010):

Engana-se, porém, quem espera que a questão seja discutida a


partir da intenção didática ou de um saber didatizado que
essas e outras obras trazem. Na verdade, quereremos
enfatizar que todo texto literário tem uma mensagem mais ou
menos explícita, tem um desenho de mundo a ser depreendido no
momento da leitura, um saber sobre essa ou aquela área que
não pode e nem deve ser desprezado – trata-se do contexto da
obra, entendendo que contexto, como bem adverte
Manguineau (1995), não é o que está em volta da obra, mas,
sim, as referências de mundo que ela traz consigo, o que vem
com o texto (COSSON, 2010, p. 62, grifos nossos).

É por causa desse contexto que qualquer obra literária, independentemente de sua elaboração, pode ser
transformada em objeto de ensino de um determinando conteúdo. Naturalmente, há obras escritas
especificamente para ensinar que não ultrapassam o uso escolar. [...] A exploração do contexto da obra faz
parte do espaço da literatura em sala de aula, até porque, ao dizer o mundo, a literatura envolve os mais
variados conhecimentos que também passam pela escola em outros textos e disciplinas (COSSON, 2010, p. 62,
grifo nosso).

Explorar o espaço do contexto, nesse sentido, significa:

Estabelecer a relação entre a obra literária e o mundo;


Mostrar o vínculo da obra literária com outros conhecimentos, textos e disciplinas;
Evidenciar o momento histórico destacado na obra e a leitura de sociedade que o permeia;
Localizar a obra no tempo e no espaço;
Conhecer o autor, sua trajetória e as características de sua autoria.

O espaço do intertexto
Envolve o reconhecimento de que um texto é sempre um diálogo com outros textos. Há pelo menos
duas práticas de leitura que são identificadas como intertextuais: a intertextualidade externa e a
intertextualidade interna.

Intertextualidade externa: é realizada pela memória do leitor. “[...] refere-se às relações que o leitor
estabelece entre dois ou mais textos a partir de sua experiência de leitura, independentemente do
proposto pelo texto” (COSSON, 2010, p. 64, grifo nosso).

São alguns exemplos:


Obras com o mesmo tipo de narrador;
Obras que compartilham a mesma matriz narrativa, como por exemplo histórias em que as
personagens passam por situações semelhantes (viagens, situações de injustiça, fatos trágicos,
conquistas, etc.);
Obras que se apropriam do mesmo conto/tradição popular.

20
Procedimentos de leitura na intertextualidade externa:

Verificar em quais aspectos os textos se assemelham e em quais se individualizam.

Debater as relações entre os textos. Exemplos: Retratam o mesmo período


histórico? Fazem referência aos mesmos elementos da cultura?

Realizar propostas que favoreçam a interpretação das relações entre os textos


(Exemplos: As histórias acontecem em lugares semelhantes? Apresentam
narradores do mesmo tipo? Lembram alguma outra obra já conhecida? etc.).

Intertextualidade interna: necessita de uma referência no texto para ser identificada. “[...] também
requer a experiência do leitor, mas precisa ser indicada dentro do texto, posto que envolve a citação
mais ou menos explícita a uma obra anterior” (COSSON, 2010, p. 64, grifo nosso).

São alguns exemplos:

Obras em que as personagens desenvolvem estratégias semelhantes para lidar com alguma
situação;
Obras que apresentam versões diferentes de uma mesma história;
Obras que apresentam situações diferentes para um mesmo tipo de personagem (Exemplo: O
“papel” da princesa ou da bruxa; as relações de gênero, de classe, étnicas, dentre outras).

Procedimentos de leitura na intertextualidade interna:

Apontar as características de personagens com a mesma tipologia, destacando


semelhanças e diferenças (Exemplos: As bruxas são sempre iguais? Como as
princesas são retratadas nos contos? Por que algumas personagens geralmente são
fixadas em um gênero? Poderia ser diferente?).

Verificar procedimentos, estratégias e/ou atitudes presentes e relacionadas entre as


personagens das histórias.

Sublinhar passagens entre os textos que estejam relacionadas.

Nos dois casos, quem ativa a intertextualidade é sempre o leitor que reconhece o “parentesco” entre os
textos e estabelece as conexões, mas a operação de leitura que ele realiza pode tomar dimensões distintas.
Na intertextualidade externa, o procedimento é a comparação entre os elementos das obras tendo como
base a busca de semelhanças e diferenças em cada uma delas. Na intertextualidade interna, essa
comparação é de segunda mão, ou seja, passa primeiro pela incorporação que uma obra faz de outra obra
em sua própria elaboração (COSSON, 2010, p. 64, grifo nosso).

21
Vimos algumas indicações básicas para o trabalho com o texto literário com os educandos. É válido
lembrar que são apenas sugestões iniciais e que a leitura literária tem muitas outras possibilidades,
tendo em vista que não tem como objetivo apenas a constituição do “leitor”, mas sim do ser humano
que se deseja formar.

Por fim, torna-se valiosa a indicação de Cosson (2010) sobre o trabalho com a leitura literária:

Na sala de aula, a literatura precisa de espaço para ser texto, que deve ser lido em si mesmo, por sua
própria constituição. Também precisa de espaço para ser contexto, ou seja, para que seja lido o mundo
que o texto traz consigo. E precisa de espaço para ser intertexto, isto é, a leitura feita pelo leitor com base
em sua experiência, estabelecendo ligações com outros textos e, por meio deles, com a rede da cultura.
Afinal, construímos o mundo com palavras e, para quem sabe ler, todo texto é uma letra com a qual
escrevemos o que vivemos e o que queremos viver, o que somos e o que queremos ser (COSSON, 2010, p.
67, grifo nosso).

Para não esquecer!

Estudo da constituição
TEXTO
do texto.

Estudo da leitura de mundo


CONTEXTO
que o texto apresenta.

Estudo das ligações que


INTERTEXTO o texto estabelece com
outros textos.

22
Camila Rhodes/SE

Unidade 1: Surpresas, brinquedos e invenções

Nesta unidade, buscamos promover a interação por meio da curiosidade do educando instigando a
criatividade e imaginação.

Página 06

Professor, as letras móveis são um


importante recurso e poderão ser usadas em
outras atividades. Sugerimos que orientem
as crianças para que guardem as letras
móveis com cuidado e, assim, possam
utilizá-las outras vezes.
Outra forma de preservar o material é
colocá-lo dentro de envelopes identificados
com os nomes das crianças e armazenados
em uma caixa e se possível que esses
envelopes sejam plastificados com fita
adesiva para maior durabilidade.

No livro Alfaletrar toda criança pode ler e


escrever, escrito por Magda Soares (2021), há
um interessante relato acerca de uma vivência em
sala de aula com a leitura do livro A caixa
maluca, de Flávia Muniz e Alexandre Rampazo.
O MISTÉRIO DA CAIXA
O QUE PODERIA TER EM UMA CAIXA?

23
Uma simples caixa tornou-se o objeto de
entrada para o imaginário. A escolha pela
caixa está ligada a simplicidade do objeto e as
possibilidades brincantes que ele oferece.
Além de propor exploração acerca dos usos
sociais desse objeto, buscamos propiciar uma
experiência semelhante ao mistério narrado no
livro “A Caixa Maluca”, de Flávia Muniz e
Alexandre Rampazo. Dessa forma, as crianças
poderão inferir, levantar hipóteses e se
valerem da criatividade e da imaginação para
supor o que há na caixa.

Esta atividade tem a finalidade de


estabelecer a relação grafema e fonema
(consciência fonológica), a fim de que o
educando compreenda o sistema de escrita
Fonte: Editora Moderna

Página
como sequência de uma cadeia sonora
07 representada por letras.

Tecnologia: teoria geral e/ou estudo


sistemático sobre técnicas, processos,
métodos, meios e instrumentos de um ou
Página
08 mais ofícios ou domínios da atividade
humana.
Fonte: https://languages.oup.com/google-dictionary-pt/

Para aprofundar, consulte o Quadro de


Saberes Necessários do Ensino
Fundamental (Guarulhos, 2019)
Eixo: O educando e as tecnologias.

Camila Rhodes/SE

24
Página 09

O alfabeto deve estar exposto na sala de


aula somente em letra bastão, sem
desenhos. O objetivo é que sirva de apoio
para as escritas das crianças. Não é preciso
copiá-lo no caderno, os educandos precisam
identificar as letras, por isso é essencial que
você, professor, use de estratégias diferentes
diariamente e não somente a leitura na
sequência: ler o alfabeto de trás pra frente;
pulando letras apontando com uma régua;
perguntar uma letra para cada criança;
entre tantas possibilidades, como pular
corda com parlenda, dizer nome de alguém
que começa com a letra que parou,
amarelinha de letras, dado com letras que
eles precisam dizer uma palavra, etc.

Ao chegarem ao primeiro ano do Ensino Fundamental,


as crianças evidenciam conhecimentos bastante difusos
em relação ao sistema alfabético de escrita, algumas já
apresentam certa familiaridade, reconhecendo as letras
e seus nomes, outras já conseguem até compreender a
lógica que envolve a união das letras para formar
palavras; algumas interpretam letras como se fossem
desenhos, outras já apresentam bom entendimento da
função social da escrita, mas ainda a consideram um
mistério inalcançável. Assim, para auxiliá-las em seu
processo de aprendizagem, muitos saberes são
necessários às(aos) professoras(es) alfabetizadoras(es):
• compreender o que é alfabetização, relacionando-a ao conceito de letramento;
• compreender o objeto de conhecimento: a escrita alfabética, bem como os princípios gerais
adotados nos processos de ensino e aprendizagem;
• conseguir diagnosticar com clareza o grau de conhecimento sobre o sistema de
escrita alfabética e de letramento das crianças;
• reconhecer a elaboração cognitiva das crianças na apropriação do sistema e
quais são as estratégias de aprendizagem que utilizam;
• saber como realizar intervenções pedagógicas que auxiliem os educandos na
apreensão do sistema alfabético e quais as consequências de cada uma.

Fonte: GUARULHOS (SP). Secretaria de Educação. Departamento de Orientações Educacionais e Pedagógicas. Formação LEIA. Guarulhos: SE, 2020. p.76

25
Página 10
Aeroporto de Guarulhos: o uso de
ferramentas como “Google Earth”, projetado
na sala de aula para que a turma conheça
virtualmente alguns espaços do aeroporto é
uma ótima oportunidade para que os
educandos tenham alguma ideia de como é
esse lugar. A pesquisa pode ser ampliada
para conhecer outros aeroportos do mundo
e comparar o tamanho, por exemplo.

Fonte: https://www.imosp.com.br/aeroporto-internacional-de-guarulhos/

Página 11
Professor, se preferir, transfira essa pesquisa para
outro suporte (folha de pesquisa) para que seja
possível escrever o nome das pessoas que
convivem com o educando.
Outra possibilidade da pesquisa, seria entrevistar
alguns funcionários da própria unidade escolar.

NOME DO NOME DA PESSOA QUE


SIGNIFICADO DO NOME
ENTREVISTADO ESCOLHEU

Faça o levantamento prévio dos conhecimentos dos


educandos acerca desse documento (carteira de
identidade ou certidão de nascimento).

Explore os elementos que o compõem


Para além do nome destaque a função social do
Fonte: https://www.al.ma.leg.br/noticias/43522 número, que neste caso, não tem a característica de
quantidade.

26
Atividades com o nome próprio

O nome de uma pessoa é importante não somente porque a identifica, mas sobretudo porque é
carregado de história, de emoções e sentimentos. Ressaltamos o cuidado e a sensibilidade de cada
professor com as implicações possíveis, relacionadas às histórias que perpassam o trabalho com
nomes e a observação às reações das crianças. Para melhor acolher e planejar atividades sobre esse
assunto indicamos a leitura do eixo: O educando - cultura de paz e Educação em Direitos Humanos:
Interações, afetividades e identidades.

Cada nome tem sua própria história


Quem escolheu? Como foi escolhido? Qual é o significado do nome? A pesquisa sobre o nome é
fundamental para que a criança compreenda mais sobre si, a família e o meio em que está inserida.
No 1º ano, começamos com o nome e para o 2º ano, aprofundamos para a história da família; origem
do sobrenome; raça; etnia; país de origem.

Dica: troque a atividade sobre a “árvore genealógica” pela “árvore da vida da criança”, é importante
que tenhamos consciência de que as famílias têm organizações diversas e devem ser respeitadas e
reconhecidas como são.

Cartaz com os nomes das crianças


Deve ser escrito na forma de lista e em ordem alfabética, sem separar meninos e meninas e muito
menos destacar a primeira letra de cada nome. O objetivo desse cartaz é servir de apoio para as
atividades de escrita dos educandos.
Importante: o cartaz deve ser lido, explorado e consultado sempre.

Página 12

Proporcione brincadeiras com os nomes:


parlendas; cantigas de roda; músicas em
que precisam indicar nomes dos colegas
de turma:
✔Ciranda, cirandinha;
✔Quem comeu pão na casa do João?;
✔Se eu fosse um peixinho;
✔Tango, tango.

QUEM PEGOU O PÃO NA CASA DO


JOÃO?
Todos: -O/A ____________ PEGOU O
PÃO NA CASA DO JOÃO.
Criança citada: - QUEM EU?
Todos: -VOCÊ
Criança citada: - EU NÃO.
Todos: - ENTÃO QUEM FOI?
Criança citada: - A/O_____________

27
Que tal trocar o pão por outro alimento ou objeto?
É uma ótima oportunidade para que as crianças imaginem e busquem palavras que rimem.

Exemplos:

QUEM COMEU A BANANA NA QUEM COMEU O PASTEL NA


CASA DA JOANA? CASA DO JOEL?

Todos: -O/A ____________ COMEU Todos: -O/A ____________ COMEU


BANANA NA CASA DA JOANA. PASTEL NA CASA DO JOEL.
Criança citada: - QUEM EU? Criança citada: - QUEM EU?
Todos: -VOCÊ Todos: -VOCÊ
Criança citada: - EU NÃO. Criança citada: - EU NÃO.
Todos: - ENTÃO QUEM FOI? Todos: - ENTÃO QUEM FOI?
Criança citada: - A/O_____________ Criança citada: - A/O_____________

Anexos:

KIWI MAÇÃ CHICLETE


DAVI NATÃ JULIETE

MARIA
No material do educando, trazemos etiquetas
que devem ser preenchidas com seus nomes e
Fonte: Canva/ Talita C. Brito/Ilustração: Thiago Adonai
amarradas em pertences. Você pode pedir para
que coloquem etiquetas adesivas nos objetos
menores, como o lápis, por exemplo.
MARIA Identificar livros, observar outros pertences que
estejam identificados, como agenda escolar,
MARIA

brinquedos, peças de roupa.


Nomear seus pertences: considerando a
Fonte: Canva/ Talita C. Brito alfabetização na perspectiva do letramento,
é fundamental que as crianças entendam
que seu nome próprio é importante para
Fonte: Canva/ Talita C. Brito identificar seus pertences.

Identificação com o crachá de mesa

Fonte: Canva/ Talita C. Brito O uso do crachá deve ser diário, para que a
escrita do nome seja referência para a escrita de
outras palavras.
Interessante utilizar o verso do crachá com as
letras do alfabeto.

28
Escreva alguns versos na lousa, em papel pardo
Explorando nomes e poemas
ou cartolina ou utilize o projetor do kit
multimídia para fazer a leitura juntamente com os
NOME DA GENTE- PEDRO educandos, indicando com algum objeto as
BANDEIRA palavras que estão sendo lidas. Evidencie os
espaços que separam as palavras. Quando as
Pedro Bandeira crianças começam a escrever, escrevem palavras
sem separá-las.
Por que é que eu me chamo isso
e não me chamo aquilo? Sugestão para trabalho com
Por que é que o jacaré segmentação de palavras
não se chama crocodilo?
1. Pintar e pedir para as crianças pintarem os
Eu não gosto espaços entre as palavras:
do meu nome 2. Produzir cartaz de parlenda, trava-língua,
Não fui eu provérbio, com as palavras escritas em filipetas
quem escolheu. de uma cor diferente do fundo do papel;
Eu não sei 3. Contar as palavras do verso de algum texto
por que se metem (parlenda, poesia, entre outros).
com um nome
que é só meu!
Outras reflexões sobre a atividade
com o nome
O nenê
que vai nascer
vai chamar Se tiverem duas ou mais crianças com o mesmo
como o padrinho, nome na turma, problematize outras formas de
vai chamar diferenciar os pertences, como o uso das iniciais
como o vovô, do sobrenome. Se alguma criança tiver nome
mas ninguém composto, exemplo: ANA CLÁUDIA, este deve
vai perguntar ser escrito e usado dessa forma, não deve ser
o que pensa reduzido a apenas o primeiro nome.
o coitadinho.

Foi meu pai quem decidiu


Outras propostas
que meu nome fosse aquele.
Isto só seria justo
se eu escolhesse Quantas crianças têm o nome com a mesma inicial?
o nome dele. Quantas letras têm seu nome?
Quantos “pedacinhos” têm seu nome?
Quando eu tiver um filho,
Vamos organizar os nomes em lista na ordem alfabética.
não vou pôr nome nenhum.
Quando ele for bem grande,
ele que procure um!
RAFAEL
Pedro Bandeira.
RICARDO
(Cavalgando o arco-íris. São Paulo: Moderna, 1984.) RODRIGO

29
ONDE A BOLA FOI PARAR GATO PINTADO

ONDE A BOLA FOI PARAR


O SEU NOME EU VOU CANTAR GATO PINTADO
ONDE A BOLA FOI PARAR QUEM FOI QUE TE PINTOU?
O SEU NOME EU VOU CANTAR
FOI A MARIA
MARIA, MARIA
QUE POR AQUI PASSOU
ESSE É O SEU NOME
MARIA, MARIA
QUE COR?
ESSE É O MEU NOME Camila Rhodes/SE Camila Rhodes/SE

Essas cantigas podem compor o caderno de leitura e/ou até mesmo um cartaz para ser fixado na sala.
Sugestão: cantar diariamente e substituir os nomes citados nas cantigas pelos nomes de outras
crianças, variar objetos, ações e gestos para as músicas.

Página 13

Professor, oriente as crianças para que escolham


seis nomes dentre os educandos da turma e
preencham a cartela. Depois, sorteie os nomes dos
educandos da turma e explique às crianças que, à
medida em que os nomes sorteados estiverem em
suas cartelas, marquem com um pedaço de
massinha de modelar ou outro marcador a fim de
que essa cartela possa ser reutilizada outras vezes.
Aquele que marcar a cartela toda primeiro, deverá
gritar BINGO e vencerá o jogo.
Dica: Jogue com as crianças várias vezes.

Autorretrato

O autorretrato é uma ótima oportunidade para


propor aos educandos momentos de observação
sobre si mesmos e sobre os colegas a fim de que
percebam a diversidade de corpos e características
que temos, bem como sobre a inexistência de um
padrão de beleza e a reflexão sobre a diversidade
étnica marcada nos tons de pele, cabelos, traços, etc.
Como desdobramento dessa ação inicial, é possível
refletir sobre as diferenças sociais e culturais.
Título: Autorretrato Candido Portinari
Data: 1957
Importante acolher as impressões dos educandos e
Fonte:
Procedência: João https://pt.wikipedia.org/wiki/Candi discutirem que as pessoas são diferentes e devem
Candido Portinari do_Portinari#/media/Ficheiro:Când
ido_Portinari_(1962).tif
Direitos: João Candido ser respeitadas como são.
Portinari

Fonte:
https://artsandculture.google.co
m/asset/autorretrato/BgHn69OV
BuX2FA?hl=pt-BR&avm=3

30
Sugestão: Mostre outros autorretratos, A diversidade de autorretratos pode também
como de Almada Negreiros e Frida Kahlo. levar para os diálogos: religiões; cores de pele;
Mostre a diversidade de autorretratos e tipos de cabelos; estaturas; gostos; preferências.
que não é necessário fazer um autorretrato É possível que sejam produzidas listas, pesquisas
realista, a criança tem a liberdade de para coletas de dados para serem organizados em
expressar-se por meio das cores e linhas tabelas e gráficos.
que naquele momento a representam.
Após as discussões realizadas, é possível que
sejam feitas apresentações de danças e músicas
típicas de suas famílias para que os educandos
conheçam outras culturas e as valorizem, assim
como as manifestações culturais de origens
indígenas, africanas e migrantes.

Você também pode brincar de "Quem é?", um


jogo semelhante ao jogo "Cara a cara" -
Estrela, que pode ser produzido juntamente
com a turma. Escolha duas crianças para
jogarem; as demais devem ficar em pé e, à
medida em que as perguntas vão sendo feitas,
as crianças que não se encaixam no perfil se
sentam. O jogo termina quando um deles
Camila Rhodes/SE
descobre o colega escolhido. Divirtam-se!

É possível afirmar que o brincar é uma das formas


Página 14 de expressão das crianças e com certeza, elas serão
ponto de interação, aprendizagem e conhecimento.
Brincadeiras livres, dirigidas, espontâneas...
Destacamos, ainda, que:

Nesse sentido, essa etapa de ensino objetiva dar


continuidade aos saberes desenvolvidos na
Educação Infantil, ampliando de forma
sistematizada os processos de ensino-aprendizagem.
Torna-se essencial a valorização das interações e
brincadeiras nas situações de aprendizagem,
considerando o previsto tanto na Constituição
Federal quanto no Estatuto da Criança e do
Adolescente, e consoantes às vivências lúdicas da
Educação Infantil para que não haja uma ruptura
dos processos educacionais. (GUARULHOS,
2019. Ensino Fundamental, p. 7)

31
De acordo com o QSN (Guarulhos, 2019), as
brincadeiras são classificadas em: brincadeiras
"Brincadeiras são atividades voluntárias exercidas
com materiais; sem materiais; com brinquedos
dentro de determinados limites de espaço e tempo,
comerciais; em grandes espaços; em pequenos
caracterizadas pela criação e pela modificação de
espaços; realizadas por alguns grupos étnicos;
regras e técnicas, e cuja essência é a espontaneidade, e
dentre outras.
o teor, a liberdade. Durante o brincar, a criança
constrói e reconstrói simbolicamente a realidade e
recria o existente." (GUARULHOS, 2019, Ensino
Fundamental, p. 115).

Lembre-se de aproveitar para estudar sobre pipas:


nomes que recebem nas diferentes regiões do Brasil;
construa capuchetas; pipas; pipas-caixa. Importante
trabalhar com prevenção de acidentes!

Faça experiências para provar a existência do ar e


peça para que as crianças registrem por meio de
desenhos e palavras, em grupos ou duplas.
Construa cartazes para socializarem suas descobertas
com as outras turmas da escola.

Sugestão: Faça uma lista de brinquedos e realize


a leitura juntamente com os educandos.

Brinquedos
Fonte: https://origamipradecorar.files.wordpress.com/2013/10/esquema-capucheta2.jpg

Página 15
Vocês podem construir brinquedos com materiais
recicláveis. Permita que cada um construa do seu
próprio jeito. Que tal trazer as famílias para uma
oficina na escola?

Assistam filmes como Toy Story e discutam os


cuidados com seus pertences; Ampliem as atividades
construindo jogos: de memória (imagem e nome da
imagem); quebra-cabeças; dominós (imagem e nomes
da imagem) etc.

A própria caixa de papelão pode ser um brinquedo.


Proponha que as crianças tragam caixas de papelão
para a escola e promova um momento de brincadeiras
com essas caixas.

32
Página 16
Brincadeiras

Em roda de conversa, produza um cartaz com os


nomes das brincadeiras preferidas da turma.
Definida os dias da semana que irão brincar com
cada uma delas. Produza o cartaz com as regras da
brincadeira sendo escriba da turma. Atenção: as
crianças não precisam copiar o que você escreveu,
copie você para eles, cole no caderno de leitura e
peça para fazerem a ilustração após brincarem.

Explore obras de arte de artistas plásticos que


trouxeram brincadeira como tema de suas obras:
Cândido Portinari; Ivan Cruz; Peter Bruegel;
Ricardo Ferrari. A proposta é fazer a leitura das
obras: cores que usam; linhas dos desenhos; como
retratam as brincadeiras; que sensações e emoções
as obras provocam e propor que eles criem sua
própria obra.

Importante:
Não dê desenhos impressos das obras para eles
pintarem;
Disponha materiais variados para a construção
própria deles, pode ser desenho, pintura, escultura
ou até fotografia;
Combine com os educandos um dia para expor as
obras e convidar a comunidade para a exposição.
Camila Rhodes/SE

Veja as percepções e produções de alguns artistas acerca das infâncias, das brincadeiras e dos brinquedos.

Nancy Farese Sandra Guinle Joaquim Torres Garcia


(fotografia) (esculturas) (brinquedos e pinturas)

Fonte: Fonte:
Fonte: https://www.wikiart.org/pt/joaquin-torres-garcia
https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/fotografa- https://aun.webhostusp.sti.usp.br/index.php/2021/04/27/co
registra-em-imagens-as-brincadeiras-infantis-pelo-mundo/ nheca-sandra-guinle-artista-e-educadora-que-promove-a-
reconstrucao-da-infancia-e-das-brincadeiras/

33
Peça para que as crianças criem projetos de algo que acham importante ou necessário para suas vidas
ou de alguém que conheça, ou ainda para a sociedade. Criem protótipos. Incentive a criatividade
deixando que criem livremente dispondo de materiais variados: palitos; barbantes; cola; papeis; etc.
Acessem propostas de robótica. Explorem outros inventores, como Leonardo da Vinci e seus
projetos.
Nessa proposta, migramos dos brinquedos para as invenções. Aliás, esse assunto está presente desde
o início do material. Assim como a escrita é uma das invenções da humanidade, o brincar passa pela
inventividade da criança. Inventar brincadeiras, histórias, brinquedos com materiais não
estruturados. As invenções partem de sonhos e de necessidades.

O ser humano queria voar. Como? Que tal inventar? E assim foram criados aviões, balões,
helicópteros, zepelins...

Propomos um estudo acerca do invento AVIÃO e seu inventor Alberto Santos Dumont.
Página 17

Alberto Santos Dumont

Desde pequeno, Alberto Santos Dumont (1873-1932)


manifestou seu interesse por máquinas. Imaginativo,
costumava se perguntar: “Que tipo de mecanismo
pode fazer voar? Albertinho passou a infância na
fazenda de seu pai, a 20 quilômetros de Ribeirão
Preto, no Nordeste do Estado de São Paulo (atual
município de Dumont). [...]
Em suas divagações, Albertinho observava as nuvens
suspensas no espaço, as aves deslizarem no ar e fazia
experiências com balões nas festas juninas. Construía
pipas exóticas e chegou a montar pequenas aeronaves
movidas a elástico e hélice.
As suas leituras prediletas incluíam “Vinte Mil Léguas
Submarinas”, “Cinco Semanas Num Balão” e “Da
Terra à Lua de Júlio Verne”.

Em 1890, seu pai luxou a cabeça em um acidente de charrete, tornando-se hemiplégico. É


obrigado a vender a fazenda.
Enquanto tentava tratamento para sua enfermidade, Henrique levou Alberto pela primeira vez a
Paris. Ali, o jovem viu um motor a petróleo funcionando, o que lhe despertou profundo interesse.
Em 1892, Alberto, com 19 anos, é emancipado pelo pai, que lhe deu títulos suficientes para que se
mantivesse pelo resto da vida e o orientou a ir a Paris desenvolver seu potencial, estudando
matemática, física, eletricidade e mecânica. Alberto segue os conselhos do pai e, em 23 de março
de 1898, subia aos céus parisienses em um balão, dirigido pelo mecânico Machuron. Era o início
de uma carreira espetacular.
Em dez anos, Alberto desenvolveria mais de 20 balões e dirigíveis.
Fonte: https://museudoamanha.org.br/pt-br/navegador-dos-ares-brasileiro-chamado-alberto-santos-dumont

34
Camila Rhodes/SE

Unidade 2: Bichos pra lá e pra cá


São muitas as possibilidades de trabalho com os animais:

Uma delas é a produção de fichas técnicas. Para o 1º ano, os dados devem ser em uma quantidade
menor. Já para o 2º ano, sugerimos que sejam disponibilizados textos informativos para que
busquem as informações da ficha técnica de forma autônoma, você estará trabalhando com o
procedimento de leitura “localização de informações explícitas no texto”. Para iniciar esse trabalho,
ensine-os a colorir as informações que buscam, como se estivessem usando uma caneta “marca-
texto”, e depois, peça para transcreverem as informações para a ficha técnica.
Outra possibilidade é o jogo de cards, no qual as crianças definem as habilidades de cada animal, os
valores numéricos e jogam. Esta proposta está disponível no material do “projeto Direito de
Aprender” – 2023, é só adequar à temática.
Página 25

Calendário

Esta atividade não deve se restringir apenas à


colocação de: ensolarado, nublado ou chuvoso,
muito pelo contrário, é importante que a criança
aprenda a ler o calendário: nome e ordem dos
meses; quantidade de dias de cada mês; trabalhar
a noção de dia, semana e mês; localizar os dias no
calendário: seu aniversário e de outras pessoas;
feriados; marcar eventos da turma em seu
próprio calendário.

Mantenha um cartaz com um calendário que


você possa completá-lo mensalmente (decidir
com os educandos como será a construção do
calendário, bem como, a organização do
preenchimento diário).

35
Página 26
Curiosidades:

Você sabe o que faz o "ornitólogo"?

O trabalho do ornitólogo é observar, estudar e


fotografar aves de forma amadora como hobby,
ou profissional, como um biólogo ou zoologista.

Onde nasceram?

Faça uso de mapa-múndi ou globo terrestre


para que as crianças possam perceber e
identificar a localização onde nasceram;

Aproveite para perguntar se é possível ir


da escola até esse local à pé; de carro;
avião; trem; navio; quanto demoraria
cada transporte;

Para o 2º ano, aprofundem com os


adjetivos pátrios.
Página 27

Adivinhas

Além de ótima atividade oral; você pode propor


outras variações como as que estão no material do
educando. Proponha pesquisa em casa com as
famílias sobre as adivinhas que conhecem.
As propostas deste material estão em concordância
com a Atividade Permanente: atividade de leitura
do educando e tem como objetivo refletir sobre o
sistema de escrita alfabética, deve ser feita pelas
crianças, ao professor cabe realizar mediações com
perguntas que favoreçam a elas encontrar a
resposta escrita:

1. Qual é a resposta para essa adivinha?

2. Como começa essa palavra?

3. Como termina?
Se possível, escreva as adivinhas na lousa ou
em cartolina e indique as palavras que estão
sendo lidas.

36
Página 28
Atenção: a parlenda não tem como objetivo restringir
nem a contagem e nem mesmo a escrita dos
numerais, muito pelo contrário, você deve ampliar as
possibilidades para que as crianças sejam capazes de
consolidar as aprendizagens sobre a Unidade
Temática: “Números” apresentadas no QSN
(Guarulhos,2019). Assim, produza e disponibilize em
local visível e acessível no quadro numérico,
utilizando-o para:

1. Registar as observações e discutir no coletivo, ao


final organizar uma síntese do que foi percebido.
Exemplo: O quadro começa com qual número?
Quantos números têm em cada linha? O que
acontece quando mudamos de linha?;
2. Completar a parlenda com diferentes
agrupamentos, por exemplo:

Quadro numérico:
A GALINHA DO VIZINHO
BOTA OVO AMARELINHO

BOTA 2
BOTA 4
BOTA 6
BOTA 8
BOTA 10

O mesmo pode ser feito de 5 em 5


e de 10 em 10.
Página 29

Camila Rhodes/SE

Importante:
Nos 1ºs e 2ºs anos trabalhamos a subtração e
adição (campo aditivo e por fim o algoritmo
como sistematização formal), com relação a
multiplicação e a divisão propomos um trabalho
para a construção de ideias multiplicativas e
noções de divisão do todo em partes.

37
Página 30
Rimas

Rimar é uma das propostas para o desenvolvimento


da consciência fonológica, mas outras são igualmente
importantes: saber a quantidade de pedaços (sílabas)
que cada palavra tem, dizer como começam, como
terminam, o meio das palavras. Dessa forma, o
essencial é que essas atividades aconteçam com
frequência e de forma lúdica. Uma sugestão é realizar
de forma oral, em disputa ou coletivamente naqueles
últimos 15 minutos que precedem o final da aula ou
antecedem a hora da refeição ou qualquer outra
atividade, é uma questão de organizar a gestão do
tempo, cada minuto do dia deve ser planejado e
aproveitado para a realização de atividades.

Você encontrará nos anexos do material do educador


o jogo: Trinca Mágica como uma das possibilidades
Página 31 para o trabalho com consciência fonológica.

Poemas

Explorem diversos poemas no caderno de leitura


do educando:

Cole o texto;
Peça para as crianças ilustrarem;
Indique que circulem palavras ditadas por você;
Produza um cartaz com o texto para que as
crianças façam a leitura de “ajuste” –
acompanhando com o dedo.

Oriente para que leiam ou declamem o texto em


grupo na escola e/ou em casa para a família.
Sugestão: você pode fazer a gravação em áudio
e colocar para que ouçam a si mesmos (lembre-
se de que, se não gostarem, você deve dar a
Você conhece o poema "Macaco"da
oportunidade de regravarem).
escritora Ruth Rocha? Veja um trecho:
[...]
UM MACACO
TÃO MANHOSO Indicações: Vinícius de Moraes, Cecília
QUE METE MEDO Meireles, José Paulo Paes, entre outros.
NO MEDROSO
[...]

38
Mais poemas

A arca de Noé: Um dia choveu tão forte que não dá nem para imaginar. Mas imaginem... O
mundo ficou todo coberto de água. Será que a Arca de Noé afundou junto com todo o resto
ou permaneceu na superfície das águas e salvou os animais?

Recriação da história bíblica, A arca de Noé da Ruth Rocha encanta pela linguagem ao
mesmo tempo poética e coloquial — traços que os desenhos de Mariana Massarani
souberam captar tão bem.
Fonte: Editora Moderna

Ou isto ou aquilo: Publicado pela primeira vez em 1964, o livro é um clássico da literatura
infantil brasileira. E desde seu lançamento, vem conquistando gerações de leitores.
A autora convida as crianças a se aproximarem da poesia, brincar com as palavras,
explora a sonoridade, o ritmo, as rimas e a musicalidade. Cecília Meireles resgata o
universo infantil permeado por perguntas imprevisíveis, monólogos, comparações
incomuns, fantasia e imaginação. Ela cria um universo encantador, a partir de recursos
que o gênero e a língua lhe proporcionam.
Fonte: Editora Callis

Página 32

Parlendas

No Caderno do Educando, você encontra uma


sequência de atividades com a parlenda MEIO-
DIA. Você pode elaborar essas atividades com
outras parlendas.

Importante:
Parlendas foram criadas para brincar, então,
brinquem! Se for uma parlenda de pular corda:
pule corda; se for uma parlenda de roda: brinque
de roda; se for uma parlenda de escolha: use-a
para fazer escolhas.

MEIO-DIA
MEIO-DIA
MACACO ASSOBIA
PANELA NO FOGO
BARRIGA VAZIA.

39
Página 35
Você sabia?

Atividades como "Você sabia?"; "De onde vem?";


entre outras com essa característica, aguçam a
curiosidade. Aproveite e observe o que desperta a
curiosidade de seus educandos? São os animais
gigantes e extintos como os dinossauros? São os
animais do jardim? São os animais imaginários como
os dragões? São os seres microscópicos? Construa
com a turma um projeto de pesquisa.

Tradução da música:
OLÉLÉ OLÉLÉ MOLIBA MAKASI

OLELÊ OLELÊ OLELÊ


A CORRENTEZA ESTÁ FORTE

EI BARQUEIRO
PEGUE SEUS REMOS
Página 36
E EMPURRE A ÁGUA PARA
ATRÁS DE VOCÊ
[...]

EEO EEEEOOO

VAMOS PARA BENGUELA


SEJA CORAJOSO
VAMOS VAMOS!

Tradução da língua lingala - idioma materno na


região noroeste da República Democrática do
Congo (Congo-Quinxassa) e uma grande parte
da República do Congo (Congo-Brazavile).

Fonte: https://www.mamalisa.com/?t=ss&p=2891
Tradução e pesquisa: DNA - África - Diáspora das Nações Africanas (Miranda)

Fábulas

Página 37
Constituem-se como um gênero textual com
características próprias, lembre-se de identificá-
las junto com as crianças. Abaixo, dispomos de
algumas sugestões de atividades:

Selecione as fábulas que você lerá com eles;


Imprima seus textos para serem colados no
Ilustração : Thiago Adonai caderno de leitura e peça para que ilustrem.

40
Após terem lido algumas fábulas:
Página 37

Propor atividades de leitura do educando: ligar o


título da fábula à sua moral; relacionar os títulos
aos personagens;
Leia fábulas de autores diferentes: Esopo; La
Fontaine; Monteiro Lobato; Ruth Rocha; e faça a
comparação dos textos. Terminam igual? A moral
da história é a mesma? A fábula é escrita da mesma
estrutura textual?;
Você pode ler as várias versões da "Cigarra e a
Formiga" e com posicionamentos diferentes,
brinque do “Julgamento da Cigarra” ou do
“Julgamento da Formiga”. Lembre-se de definirem:
promotor, juiz, advogado de defesa e júri;
Problematize com as crianças a origem das fábulas
e a função social moralizante que assumiram no
século XVII para o controle das massas. Uma
proposta interessante é a análise crítica da fábula e
do moral, individualmente ou coletivamente.

Página 41
Cantigas

Aproveite as imagens das cantigas do caderno


do educando e cante, cole suas letras no
caderno de leitura, ilustre-as, circule palavras e,
para o 2º ano, produza paródias com outros
temas como dengue, pandemia, alimentação, e
outros que considerem importantes.

1- CAI CAI BALÃO;


2- A COBRA NÃO TEM PÉ;
3- O SAPO NÃO LAVA O PÉ;
4- BORBOLETINHA;
5- A DONA ARANHA;
6- PASSOU UM AVIÃO.

41
Ilustração : Thiago Adonai

QUEM QUER VOAR


Paródia
NO MEU AVIÃO?
BORBOLETÃO
QUEM QUER VOAR
BORBOLETÃO,
NO MEU AVIÃO?
NÃO TENHA MEDO
TÁ NO FOGÃO,
Fonte: Canva
EU SEI PILOTAR. FAZENDO
APERTE O CINTO, MACARRÃO
MUITA ATENÇÃO! PARA O JOÃO.
QUE O AVIÃO VAI DECOLAR... POTI POTI
VOA, VOA, VOA QUE NEM PASSARINHO.
PERNA DE PÃO
BEM ALTO,
NAS NUVENS, OLHO DE VIDRO
VOA TAMBÉM BEM BAIXINHO... E NARIZ DE
AGORA EU VOU, TUBARÃO.
ATERRISSAR,
JÁ VEJO A PISTA SE APROXIMAR.
APERTE O CINTO TIO JUVENAL
MUITA ATENÇÃO
E ACABOU A VIAGEM DE AVIÃO. TIO JUVENAL ,
Fonte: Canal Portal SE
TÁ NO QUINTAL, Fonte: Canva

https://www.youtube.com/watch?v=VKm_mW6TBJc JOGANDO BOLA!


SENSACIONAL!
POTI POTI,
PERNA DE PAU,
OLHO DE VIDRO,
E NARIZ DE PICA-PAU.
Paródia: Talita C. Brito

Página 42

Trava-língua

Crie um desafio de trava-línguas – peça para que


pesquisem junto aos seus familiares, selecionem as
que mais gostaram, cole no caderno de leitura,
treinem e marquem o dia do desafio.

UM LIMÃO, MIL LIMÕES, UM


MILHÃO DE LIMÕES.

Fonte: https://www.maioresemelhores.com/melhores-trava-linguas-que-parecem-faceis/

TRAZEI TRÊS PRATOS DE TRIGO


PARA TRÊS TIGRES TRISTES
COMEREM.

Fonte: https://www.soportugues.com.br/secoes/trava/

42
Página 44
Palavra dentro de palavra

Faça fichas com palavras, tampe partes dela e peça


para lerem e descobrirem palavras escondidas nas
palavras originais. Você pode desdobrar a proposta
para palavras que lemos igual mesmo invertendo o
sentido da leitura, exemplo: ASA, ou palavras que se
transformam em outras quando lidas ao contrário:
AMOR – ROMA. São PALÍNDROMOS.

Capimara gosta de gastronomia, aproveite e


trabalhe receitas, mas, lembre-se: alfabetização na
perspectiva do letramento pressupõe o uso do
texto em sua função social real, então, as receitas
devem ser escritas, desenhadas, usadas para
calcular as medidas e a leitura para a produção da
receita. Garanta que os alimentos sejam feitos e
consumidos pelas crianças e, por falar em
medidas, aproveite para trabalhar com unidades
de medidas não convencionais e convencionais de
capacidade e de massa.

Página 45 Sugestão
Sugestãodede
leitura
leitura

DE QUANTOS
COPOS DE
SUCO EU
PRECISO PARA
ENCHER UMA
JARRA?

Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/2655/como-medir-tudo-o-que-ha

Você também pode observar no Roteiro de Estudos


e/ou Aprendizagens dos 1º e 2º anos.

Fonte:
https://portaleducacao.guarulhos.sp.gov.br/siseduc/portal/exibir/arquivo/10
325/inline/

43
Camila Rhodes/SE

Unidade 3: Histórias de ontem, de hoje e de sempre


Nessa unidade, inserimos um dos livros recebidos pelas crianças como forma de valorizar o espaço do
texto literário na escola. Por isso, foi feita uma relação com o livro “A caixa maluca”, de Flávia
Muniz, com ilustrações de Alexandre Rampazo. Foram propostas atividades de exploração da história
e dos elementos pré-textuais e textuais sem didatizar a obra. Ampliamos o assunto central da unidade
anterior (bichos), inserindo elementos da tradição oral como cantigas e trava-línguas. Você deverá
explorar os livros que as crianças receberam para compor a biblioteca pessoal deles. Como cada um
tem o seu, faça leituras compartilhadas e também peça que acompanhem a leitura junto com você.

Página 47

Camila Rhodes/SE

A Secretaria de Educação, por meio do Programa


Escola 360, vem proporcionando inúmeros passeios
e visitas a espaços culturais dentro e fora da cidade.
Aproveite essa oportunidade de ampliação dos
conhecimentos dos educandos e promova atividades
significativas a partir do repertório que puderam
adquirir. As atividades disponíveis no Caderno do
Educando são sobre o Zoológico de Guarulhos, no
entanto, você pode adaptá-las para outras temáticas.
Aproveite!

44
Página 49 Aproveitamos a temática animais, o livro distribuído às
crianças e as fábulas trabalhadas para realizar
atividades relacionadas ao Eixo: "O educando e os
saberes relativos à Natureza e Sociedade" de Natureza e
Sociedade. Uma dessas propostas é o desenvolvimento
da vida do sapo. Investigue com as crianças sobre
animais que passam por metamorfose; construam
outras propostas de atividades inspiradas por esta e se
houver a possibilidade, construa um sapário,
borboletário ou formigário, entre outros.

Sugestão
Sugestãodedeleitura
leitura

Borboletário projetado por alunos é atração na


EPG Undina Capellari Nunes.
Fonte: https://www.guarulhos.sp.gov.br

Indo Além:
Observar e interagir com a natureza

Deitar na grama ou até mesmo no chão da


área externa e observar o céu. Imaginar do
que são feitas as nuvens e se o formato que
elas apresentam parecem com algo que elas
já viram. Parecem ações simples, mas são tão Em dias chuvosos, que tal apenas propor a escuta
potentes que sequer necessitam de muitos e a visualização dos pingos pela janela?
recursos para serem realizadas.

Fonte: Canva
Fonte: Canva

Desenhos de observação de elementos da Apresentar plantas e ervas próprias para chá.


natureza (árvores, grama, plantas, folhas, flores, Preparar o chá e dizer as suas propriedades.
etc.). Para os 1ºs e 2ºs anos, é possível incentivar
que escrevam os nomes desses elementos ou as Caça-cor
percepções sobre os mesmos.
Os educandos podem procurar elementos da
natureza com as mesmas cores de suas peças de
roupas ou lápis de cor.

45
Página 55

Sugestão
Sugestãodede
leitura
leitura

Na revista Saberes e Aprendizagens - Especial


Migrantes, você encontra orientações de como
trabalhar Histórias em Quadrinhos em sala de
aula. Sabrina da Paixão Brésio. Historiadora
(FFLCH/USP), doutoranda e mestra em
Educação (FEUSP) propõe algumas reflexões
sobre o tema.
Fonte:https://portaleducacao.guarulhos.sp.gov.br/siseduc/portal/exibir/arquivo
/10319/inline/

Página 57

Produção escrita a partir do texto estudado

A seguir algumas sugestões de atividades para a


fábula "A Lebre e a Tartaruga", brinquem de
organizar a corrida e produzam:
lista de convidados;
mapa da corrida com os pontos de referência;
faixa promocional;
convite;
entrevistas com os corredores;
placas indicativas para serem colocadas no
caminho e depois da corrida produza uma
reportagem contando como foi a corrida.

Você pode criar outras propostas com fábulas.

Atenção: A turma também pode transformar a


fábula em outro gênero textual...

46
Camila Rhodes/SE

Unidade 4: Histórias que vão e que voltam


Essa unidade propõe um olhar sobre a obra literária "O Lobo voltou", do autor Geoffroy de
Pennart. Esse livro conta uma interessante história sobre a repercussão do retorno do lobo e a reação
de personagens de outros contos, os quais o lobo foi o antagonista.

O lobo voltou traz em sua trama elementos intertextuais, ou seja, referências a outras histórias
dentro da história. É um convite para a ampliação de repertório, bem como para conhecer,
relembrar ou revisitar histórias já conhecidas pela maioria das crianças.

Produção escrita a partir do texto estudado

A partir das histórias elencadas no livro “O lobo voltou”, você pode propor que as crianças
produzam histórias do ponto de vista do lobo.
Como seria se a história fosse: O lobo e os três porquinhos? O lobo e a Chapeuzinho Vermelho? O
lobo e Pedro?

Para ampliação do repertório das crianças, faça leituras de diferentes autores, com outros pontos de
vistas, realize a comparação entre as leituras.

Fonte: Fonte: Fonte:


https://grupoautentica.com.br https://www.companhiadasletras http://novo.editoramelhorament
/yellowfante/livros/chapeuzin .com.br/livro/9786581776626/cha os.com.br/livros/chapeuzinho-
ho-amarelo/1801 peuzinhos-coloridos-nova-edicao vermelho-e-o-lobo-guara/

Proponha a escrita de contos da Chapeuzinho de


outras cores, considerando a característica que a
cor lhe dá, como fez Chico Buarque na versão
Camila Rhodes/SE
"Chapeuzinho Amarelo" e José Roberto Torero,
em parceria com Marcus Aurelius Pimenta, em
"Chapeuzinhos Coloridos".

47
Indicações literárias

O LOBO
"Chapeuzinho vermelho", "Pedro e o lobo", "Os sete cabritinhos", "Os três porquinhos"...
Inegavelmente a figura do lobo é importante para muitas histórias infantis.
O livro "O lobo voltou", de Geoffroy de Pernnat, traz essa personagem para o enredo reunindo
histórias em que o lobo participou numa única história.

Em algumas das narrativas clássicas a história termina com a fuga ou até mesmo a morte do lobo, porém,
numa hipótese em que o lobo tenha fugido, como seria se ele retornasse? Geoffroy deu asas ao imaginário e
criou um desfecho diferente para essa história, ou seria, "essas histórias"?

O lobo Lobato e a Chapeuzinho Vermelho - Ele não era o lobo mau. Ele era o
Lobo Lobato. Chapeuzinho vermelho e o Lobo Lobato quase se
encontraram na floresta... Foi por pouco. Ela passou com sua cesta,
cantarolando. Ele ficou escondido atrás da árvore, tremendo, com medo de
que ela o visse e lhe atirasse alguma coisa na cabeça. Corra para dentro desta história e
descubra que lobo é o Lobato.
Fonte: Editora Ciranda Cultural

Chapeuzinho Vermelho e o lobo guará - Ao visitar a vovó, Chapeuzinho Vermelho


desvia-se das flores e vai apreciar animais e plantas do Cerrado. Encontra o lobo-
guará, que, a pedido de Anhangá (o espírito do mal), deve substituir o lobo mau.
Acontece que o lobo-guará, por mais que se esforce, não consegue fazer grandes maldades e
acaba modificando toda a história.
Fonte: Editora Melhoramentos

Este é o lobo - Para saber onde foram parar os personagens deste livro e
entender o verdadeiro sentido da história é preciso acompanhar atentamente
cada aparição do lobo. A resposta, você descobre no final!
“Eis uma história distinta de todas as atravessadas por lobos. Aqui não há
medo, mas solidão. Alexandre Rampazo sacode, com lindas imagens e palavras, a rede onde
estão, presos a velhos sentidos, personagens singulares do nosso imaginário, como a
Chapeuzinho Vermelho, sua avó e o caçador, o príncipe, a princesa e os três porquinhos. Ao
lado do lobo ou dele apartadas, elas ganham um inédito significado ― graças, sobretudo, à
sensibilidade de um menino. Um menino que não é senão o próprio Rampazo e todos nós,
leitores, que, por meio de narrativas, redescobrimos (mesmo em condições suspeitas) as
maravilhas da amizade.”
Fonte: Editora Farol Literário

48
Outras possibilidades...

Camila Rhodes/SE

Cultura Indígena

Iara

A lenda da Iara foi criada pelo povo tupi-guarani. Eles contam a história de uma poderosa indígena
que, antes de virar sereia, vivia em uma tribo junto com a sua família, esbanjando beleza por onde
passava. Iara era tão bela que causava inveja em muitas pessoas, inclusive, em seus irmãos que,
inconformados com isso, queriam matá-la.

Em uma noite qualquer, eles chamaram a irmã para executar o plano, mas chegando no local foram
surpreendidos com a força da indígena guerreira, que conseguiu escapar da armadilha e reverteu a
situação contra eles.

Com medo de que seu pai, o pajé (chefe religioso da tribo) da tribo, descobrisse e aplicasse um
castigo, ela fugiu, mas foi descoberta. Assim, seu pai a lançou no Rio Negro e Solimões como forma
de punição por ter matado os seus irmãos.

A lenda da Iara diz que a indígena foi salva pelos peixes e como era noite de lua cheia, ela foi
transformada em sereia. Atualmente, a lenda da Iara é representada por uma bela sereia que atrai
homens com o seu irresistível canto para o fundo dos rios, local de onde eles não voltam nunca mais.
Reza a lenda que os homens que conseguem retornar à superfície ficam em completo estado de
loucura, no qual somente um pajé é capaz de desfazer o feitiço.
Antes de atrair os homens para a “emboscada”, a sereia Iara passa a maior parte do seu tempo
sentada sobre as pedras, admirando a própria beleza refletida nas águas, além de pentear seus
cabelos e brincar com os peixes.

Embora tenha origem na região amazônica, a lenda da Iara é conhecida em todas regiões
brasileiras e, dependendo da região, seus aspectos físicos, como olhos e cabelos podem adquirir
novas formas e cores.

Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/lenda-da-iara

49
Para refletir

Iracema: Ainda não há consenso sobre o uso da expressão Literatura


Indígena. Afinal, sob o conceito de “indígena” reconhecem-se, atualmente,
segundo o censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Obra: Iracema- 1884 (IBGE), 305 grupos étnicos, com culturas e histórias próprias, falando 274
José Maria de Medeiros
Fonte:
línguas. Portanto, encontrar uma denominação de referência geral não é
https://artsandculture.google.com/as muito simples. Outras expressões, embora menos usadas, vêm se
set/iracema/6wEKgMZccw97BA?
hl=pt-BR apresentando na tentativa de caracterizar esse campo de interesse, como
Literatura Nativa, Literatura das Origens, Literatura Ameríndia e Literatura
Indígena de Tradição Oral. Próxima a essas, mas já com significado e alcance próprio, ainda contamos
com Literatura Indianista, para se referir à produção do Romantismo brasileiro do século XIX de
temática indígena, como os versos de Primeiros Cantos (1846) e de Os Timbiras (1857), de Gonçalves
Dias, e os romances O Guarani (1857) e Iracema (1865), de José de Alencar. Diante desse quadro, quando
usamos, hoje, a expressão Literatura Indígena, uma questão, necessariamente, ainda se apresenta: quais
objetos ela incorpora ou para quais aponta ou tem apontado?
Autor: Carlos Augusto Novais, Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais-
UFMG / Faculdade de Educação / Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita-CEALE,

Mirim.org: O Instituto Socioambiental (ISA) é uma Organização da Sociedade


Civil de Interesse Público (Oscip), fundada em 22 de abril de 1994, por pessoas
com formação e experiência marcantes na luta por direitos sociais e ambientais.
Tem como objetivo defender bens e direitos coletivos e difusos, relativos ao Foto: Crianças Enawenê
Nawê brincando na beira
meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos do rio, Terra Indígena
Enawenê Nawê, Mato
indígenas e tradicionais. O ISA produz estudos e pesquisas, implanta projetos e Grosso. Foto: Vincent
Carelli, 2009.
programas que promovam a sustentabilidade socioambiental, valorizando a
Fonte: https://mirim.org/pt-
diversidade cultural e biológica do país. br/como-vivem/brincadeiras

O Povos Indígenas no Brasil Mirim faz parte deste projeto. Criado a partir do
site Povos Indígenas no Brasil, pretende, por meio de material destinado à
pesquisa escolar – no qual temas centrais se desdobram em uma série de
questões organizadas pela equipe do ISA – que tem como objetivo apresentar a
diversidade de povos, romper com a idéia de "todos os índios são iguais" e
despertar o interesse e o respeito das crianças às culturas indígenas existentes
no Brasil. Tudo isso escrito em linguagem acessível ao público infanto-juvenil.

50
Camila Rhodes/SE

Cultura Africana

O sapo e a cobra

Essa lenda conta sobre a amizade entre um sapo e uma cobra.


Certo dia, um sapo estava caminhando e avistou um animal fino, comprido e brilhante. O sapo perguntou:
— Oi! Que você faz estirada pela estrada?
A cobra respondeu:
— Estou tomando um solzinho. Sou uma cobra e você?
— Eu sou um sapo. Você gostaria de brincar?
A cobra aceitou e eles brincaram a tarde toda. A cobra ensinou o sapo a rastejar e subir nas árvores e o
sapo ensinou a cobra a pular. Eles se divertiram muito e ao final do dia cada um foi pra sua casa,
prometendo se encontrar no dia seguinte.
Quando o sapo encontrou sua mãe, contou o que tinha acontecido, que conheceu uma cobrinha e ficaram
amigos. Sua mãe não gostou e falou:
— Você devia saber que a família da cobra não é legal. Eles são venenosos! Não quero mais que brinque
com cobras e nem rasteje por aí!
A cobra quando chegou em casa mostrou à sua mãe que sabia pular e disse que foi o sapo que a ensinou.
Sua mãe também não gostou e disse:
— Nós cobras não temos amizade com sapos, eles servem apenas como comida. Não quero que brinque
com o sapo. E pare de pular!
Quando se encontraram, a cobra pensou em devorar o sapo, mas depois se lembrou daquela tarde de
brincadeiras e correu para o mato.
A partir de então eles não brincaram mais, mas sempre ficam estirados no sol pensando no dia em que
foram amigos.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/lendas-africanas/

51
Ubuntu

Conta-se que um antropólogo ao visitar uma tribo africana, quis saber


quais eram os valores humanos básicos daquele povo. Para isso, ele propôs
uma brincadeira às crianças. Ele então colocou uma cesta cheia de frutas
embaixo de uma árvore e disse para as crianças que a primeira que
Camila Rhodes/SE
chegasse até a árvore poderia ficar com a cesta. Quando o sinal foi dado,
algo inusitado ocorreu. As crianças correram em direção à árvore todas de mãos dadas.
Assim, todas chegaram juntas ao prêmio e puderam desfrutar igualmente. O homem ficou
bastante intrigado e perguntou: — Por que vocês correram juntos se apenas um poderia
ganhar todas as frutas? Ao que uma das crianças prontamente respondeu: — Ubuntu!
Como um de nós poderia ficar feliz enquanto os outros estivessem tristes? O antropólogo
ficou então emocionado com a resposta. Ubuntu é um termo da cultura Zulu e Xhosa que
quer dizer "Sou quem sou porque somos todos nós". Eles acreditam que com cooperação
se alcança a felicidade, pois todos em harmonia são muito mais plenos.
Fonte: culturagenial.com

Conto: O gato e o rato

O gato e o rato tornaram-se amigos. Um dia combinaram de fazer uma viagem a uma
terra distante. Pelo caminho tinham de atravessar um rio.
— Por onde passaremos? — perguntou o gato
— O rio leva muita água.
Fonte: Canva
O rato respondeu:
— Não faz mal. Fazemos um barco. O gato concordou e logo ali os dois colheram uma grande raiz
de mandioca e fizeram um barco com ela. Meteram o barco na água, entraram nele e começaram a
atravessar o rio. Pelo caminho começaram a ter fome e repararam que não tinham levado comida. O
gato perguntou então:
— O que é que nós havemos de comer?
— Não te preocupes, amigo gato, porque podemos comer o nosso próprio barco.
E os dois começaram a comer o barco. O gato pouco comeu porque a mandioca não lhe cabia bem,
mas o rato comeu, comeu, comeu até que acabou por furar o barco, que foi ao fundo. O gato e o
rato tiveram que nadar até à margem, mas, enquanto o rato nadava bem e depressa, o gato que mal
sabia nadar, só com muita dificuldade e muito envergonhado é que conseguiu chegar a terra. O gato
olhou então para o rato e viu que ele estava com a barriga bem cheia por causa da mandioca,
enquanto ele continuava cheio de fome. Por isso lembrou-se de comer o rato. — Sinto muita fome,
rato. Vou ter de te comer. — Está bem — disse o rato espertalhão — mas olha que eu estou muito
sujo. É melhor ir primeiro lavar-me. Espera aí. O rato afastou-se e desapareceu. O gato ainda hoje
está à espera.
Fonte: Contos Moçambicanos: INLD, 1979 http://www.terravista.pt/Bilene/1494/gato1.html

52
Indicações literárias

A África que você fala: Cafuné, samba, quiabo, dendê, quitanda... Você pode até
não perceber, mas usamos muitas palavras com origem africana no dia a dia.
De forma leve e divertida, A África que você fala faz um passeio por palavras
que pegamos emprestadas de idiomas como quimbundo, iorubá, jeje e banto.
Assim como em O tupi que você fala, as ilustrações de Mauricio Negro complementam o texto, de
forma que as palavras desconhecidas possam ser apresentadas aos pequenos leitores.
Fonte: Editora Globinho

por Claudio Fragata (Autor), Mauricio Negro (Ilustrador)

Dandara - seus cachos e caracóis: Os cabelos da Dandara são lindos, com muitos
cachos e também caracóis, mas ela queria que seus cabelos fossem lisos, como os
das princesas dos contos de fada. Quem disse que cabelos lisos são mais bonitos,
Dandara? – pergunta sua mãe.
Os cachos e caracóis da Dandara contam a história de sua família, de seus avós e antepassados.
Uma história narrada com sensibilidade e ilustrada com arte e imaginação. Um belo convite aos
pequenos e grandes leitores para conhecerem sua própria história e darem valor a todas as pessoas
em seus diferentes jeitos de ser e de viver!
Fonte: Editora Mediação por Maria Suertegaray

O pequeno príncipe preto: O texto é originalmente uma peça infantil que já rodou o país
inteiro. Agora, Rodrigo França traz essa delicada história no formato de conto,
presenteando o jovem leitor com uma narrativa que fala da importância de valorizarmos
quem somos e de onde viemos - além de nos mostrar a força de termos laços de carinho e afeto.
Afinal, como diz o Pequeno Príncipe Preto, juntos e juntas todos ganhamos.

Fonte: Editora Nova Fronteira por Rodrigo França

Hair Love: Um best-seller do New York Times e vinculado ao curta-metragem


vencedor do Oscar Hair Love.
O cabelo de Zuri tem vontade própria. Ele torce, enrola e enrola em todas as
direções. Zuri sabe que é lindo.
Quando o papai entra em ação para estilizá-lo para uma ocasião especial, ele tem muito a
aprender. Mas ele ama sua Zuri e fará qualquer coisa para deixá-la - e seu cabelo - feliz.
Fonte: https://www.amazon.com.br/Hair-Love-Matthew-Cherry/dp/0525553363 Por Matthew A Cherry (Autor) e Vashti Harrison (Ilustrador)

Lelê não gosta do que vê. “De onde vêm tantos cachinhos?” – ela vive a se perguntar.
E essa resposta ela encontra num livro, em que descobre sua história e a beleza da
herança africana.
Fonte: Editora IBEP por Valeria Belém (Autor), Adriana Mendonça (Ilustrador)

53
Parlendas
Parlendas

SUCO GELADO SUCO OU


DEDO MINDINHO
LIMONADA
SUCO GELADO SUCO OU LIMONADA DEDO MINDINHO,
CABELO ARREPIADO PIZZA OU SALADA SEU VIZINHO,
QUAL É A LETRA QUAL É A LETRA PAI DE TODOS,
DO SEU NAMORADO? DA SUA NAMORADA? FURA BOLO,
A, B, C, D, E, F, G, H, I, A, B, C, D, E, F, G, H, I, MATA PIOLHO.
J, K, L, M, N, O, P, Q, R, J, K, L, M, N, O, P, Q, R,
S, T, U, V, W, X, Y, Z. S, T, U, V, W, X, Y, Z.

CADÊ O TOUCINHO
QUE ESTAVA AQUI?
UM, DOIS,
CADÊ O TOUCINHO QUE ESTAVA AQUI? O FEIJÃO COM ARROZ
GATO COMEU.
CADÊ O GATO? UM, DOIS,
FEIJÃO COM ARROZ,
FUGIU PRO MATO.
TRÊS, QUATRO, FEIJÃO NO
CADÊ O MATO? PRATO,
O FOGO QUEIMOU. CINCO, SEIS,
CADÊ O FOGO? FALAR INGLÊS,
A ÁGUA APAGOU. SETE, OITO,
COMER BISCOITO,
CADÊ A ÁGUA?
NOVE, DEZ,
O BOI BEBEU.
COMER PASTÉIS.
CADÊ O BOI?
FOI AMASSAR O TRIGO.
CADÊ O TRIGO?
A GALINHA ESPALHOU.
CADÊ A GALINHA? A CASINHA DA VOVÓ
FOI BOTAR OVO.
A CASINHA DA VOVÓ
E CADÊ O OVO?
CERCADINHA DE CIPÓ O
O GAMBÁ COMEU.
CAFÉ ESTÁ
E CADÊ O GAMBÁ?
DEMORANDO COM
O GAMBÁ FUGIU
CERTEZA NÃO TEM PÓ.
NINGUÉM SABE E NINGUÉM VIU.

54
Poemas e Poesias

CHATICE PONTINHO DE VISTA


JACARÉ PONTINHO DE VISTA,
LARGA DO MEU PÉ EU SOU PEQUENO, ME DIZEM,
DEIXA DE SER CHATO! E EU FICO MUITO ZANGADO.
SE VOCÊ TEM FOME, TENHO DE OLHAR TODO MUNDO
ENTÃO VÊ SE COME COM O QUEIXO LEVANTADO.
SÓ O MEU SAPATO, MAS, SE FORMIGA FALASSE
E ME VISSE LÁ DO CHÃO,
E LARGA DO MEU PÉ
IA DIZER, COM CERTEZA:
E VOLTA PRO SEU MATO, JACARÉ.
José Paulo Paes
— MINHA NOSSA, QUE GRANDÃO!
Pedro Bandeira
Fonte: http://poesiasparacrianca.blogspot.com/2008/06/chatice-jos-paulo- Fonte: https://nova-escola
paes.html producao.s3.amazonaws.com/VzSV3wUGCgs9f4N9VufyN2HegsjXHeTQHP
V6JqKWJZgEdTR7DwcADvmXeq4a/material-indicado-edi1-21und-05.pdf

POEMINHO DO CONTRA CONVITE


TODOS ESTES QUE AÍ ESTÃO POESIA
ATRAVANCANDO O MEU CAMINHO, É BRINCAR COM PALAVRAS
ELES PASSARÃO. COMO SE BRINCA
EU PASSARINHO! COM BOLA, PAPAGAIO, PIÃO.
Mário Quintana
SÓ QUE
Fonte: https://www.culturagenial.com/poeminho-do-contra-mario-quintana/
BOLA, PAPAGAIO, PIÃO
DE TANTO BRINCAR
RECEITA DE ESPANTAR A TRISTEZA SE GASTAM.
AS PALAVRAS NÃO:
FAÇA UMA CARETA
QUANTO MAIS SE BRINCA
E MANDE A TRISTEZA
COM ELAS
PRA LONGE PRO OUTRO LADO
MAIS NOVAS FICAM.
DO MAR OU DA LUA
COMO A ÁGUA DO RIO
VÁ PARA O MEIO DA RUA
QUE É ÁGUA SEMPRE NOVA.
E PLANTE BANANEIRA
COMO CADA DIA
FAÇA ALGUMA BESTEIRA
QUE É SEMPRE UM NOVO DIA.
DEPOIS ESTIQUE OS BRAÇOS
VAMOS BRINCAR DE POESIA?
APANHE A PRIMEIRA ESTRELA
E PROCURE O MELHOR AMIGO José Paulo Paes

PARA UM LONGO E APERTADO ABRAÇO. Fonte: https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/introducao-


ao-genero-poema/index.html
Roseana Murray
Fonte: https://www.pensador.com/frase/MzM3MTE3NA/

55
Adivinhas

QUAL É O QUEIJO QUE O QUE É O QUE É:


1 MAIS SENTE DOR? 2 QUANTO MAIS SECA, MAIS
MOLHADA FICA?

O QUE É O QUE É QUE O QUE É O QUE É:


3 TEM NO MEIO DA RUA? 4 É ALTA QUANDO É NOVA E BAIXA
QUANDO USADA?

QUAL É O CÉU QUE NÃO


5
O QUE A FECHADURA DISSE
POSSUI ESTRELAS? 6 PARA A CHAVE?

O QUE O QUE É:

7 8
O OBJETO QUE MAIS O QUE É O QUE É: ESTÁ NO MEIO
DO OVO E NÃO É A GEMA?
PESA NO MUNDO?

O QUE É O QUE É: TEM DENTE E


9 CABEÇA, MAS NÃO É BICHO E 10 O QUE É O QUE É: NASCE
GRANDE E MORRE PEQUENO?
NEM GENTE?

O QUE É O QUE É:
11 12
O QUE É O QUE É: ENTRA NA
TEM UMA PERNA MAIS ÁGUA, MAS NÃO SE MOLHA?
COMPRIDA QUE A OUTRA
E ANDA DIA E NOITE SEM
PARAR?
Fonte: https://www.todamateria.com.br/adivinhas-infantis

Sugestão: as crianças podem escrever os palpites individualmente, em dupla ou


em grupos. Incentivar os educandos para que criem suas próprias adivinhas pode
ser muito divertido!

RELÓGIO 12- A SOMBRA


6- VAMOS DAR UMA VOLTINHA 7- A BALANÇA 8- A LETRA V 9- O ALHO 10- O LÁPIS 11- O
RESPOSTAS: 1- QUEIJO RALADO 2- A TOALHA 3- A LETRA U 4- A VELA 5- O CÉU DA BOCA

56
Fonte: Canva
Inventores
Inventores

Fonte: Canva

Imagem: Adrian Cadiz/Secretary of the Air Force Public Affairs


Mary Anderson Dra. Gladys West
Para-brisa GPS
https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/03/24/mae-do-gps-foi-criada-
Fonte: https://www.engineergirl.org/27069/Windshield-Wipers
em-fazenda-e-trabalhou-como-baba-para-poder-estudar.htm
Fonte: Canva

Fonte: Canva

Therezinha Beatriz A.A. Zorowich Vital Brazil


Escorredor de arroz Soro antiofídico
Fonte: https://www.farturabrasil.com.br/curiosidades/
voce-sabia-que-o-escorredor-de-arroz-foi-inventado-por-uma-brasileira/ Fonte: https://www.vitalbrazil.rj.gov.br/historia-cientista.html

57
Inventores
Receitas
Receitas

SALADA DE FRUTAS
INGREDIENTES:
1/2 MAMÃO PICADINHO;
1/2 MELÃO PICADINHO;
Fonte: Canva

1 MAÇÃ GRANDE COM CASCA PICADINHA;


2 BANANAS EM RODELAS E DEPOIS CORTADAS AO MEIO;
SUCO DE 3 LARANJAS.

MODO DE FAZER:
1. MISTURE TODAS AS FRUTAS COM O SUCO DE LARANJA (EXCETO A
BANANA).
2. COLOQUE A BANANA APENAS NA HORA DE SERVIR A SALADA, POIS
ELA ESTRAGA FACILMENTE, COMPROMETENDO TODO O GOSTO DA
SALADA.
3. SE DESEJAR, ACRESCENTE MANGA E ABACAXI PICADINHOS, OU
OUTRAS FRUTAS DE SUA PREFERÊNCIA, VOCÊ PODE SE INSPIRAR NA
IMAGEM AO LADO PARA ESCOLHER OUTROS SABORES.
Fonte: https://www.queroreceita.com.br/salada-de-fruta/772 (adaptada)

BOLO DE CENOURA
INGREDIENTES:
3/4 DE COPO DE ÓLEO;
2 CENOURAS GRANDES, DESCASCADAS E CORTADAS EM PEDAÇOS;
Fonte: Canva

1/2 COPO DE ÁGUA MORNA;


3 OVOS;
2 XÍCARAS DE AÇÚCAR;
2 E 1/2 XÍCARAS DE FARINHA DE TRIGO;
1 COLHER DE SOPA DE FERMENTO.

MODO DE FAZER:
1. BATA NO LIQUIDIFICADOR: AS CENOURAS, ÓLEO, ÁGUA, OVOS, E O
AÇÚCAR.
2. DESPEJE EM UMA BACIA E ACRESCENTE A FARINHA E O FERMENTO.
MISTURE BEM
3. ASSE EM FORNO MÉDIO, EM TABULEIRO OU FORMA COM FURO
UNTADA COM MARGARINA E POLVILHADA COM FARINHA.
4. SE PREFERIR, FINALIZE COM A COBERTURA DE SUA PREFERÊNCIA.

Fonte: https://www.queroreceita.com.br/salada-de-fruta/772 (adaptada)

58
Cantigas
Cantigas

A LINDA ROSA JUVENIL

A LINDA ROSA JUVENIL E O MATO CRESCEU AO REDOR


JUVENIL, JUVENIL AO REDOR, AO REDOR
A LINDA ROSA JUVENIL E O MATO CRESCEU AO REDOR
JUVENIL AO REDOR

VIVIA ALEGRE EM SEU LAR E UM DIA VEIO UM BELO REI


EM SEU LAR, EM SEU LAR BELO REI, BELO REI
VIVIA ALEGRE EM SEU LAR E UM DIA VEIO UM BELO REI
EM SEU LAR BELO REI

UM DIA VEIO UMA BRUXA MÁ QUE DESPERTOU A ROSA ASSIM


MUITO MÁ, MUITO MÁ BEM ASSIM, BEM ASSIM
UM DIA VEIO UMA BRUXA MÁ QUE DESPERTOU A ROSA ASSIM
MUITO MÁ BEM ASSIM

QUE ADORMECEU A ROSA ASSIM BATEMOS PALMAS PARA O REI


BEM ASSIM, BEM ASSIM PARA O REI, PARA O REI
QUE ADORMECEU A ROSA ASSIM BATEMOS PALMAS PARA O REI
BEM ASSIM PARA O REI

E O TEMPO PASSOU A CORRER


A CORRER, A CORRER
E O TEMPO PASSOU A CORRER
A CORRER Fonte: https://www.letras.mus.br/temas-infantis/1453221/

CARANGUEJO CABEÇA, OMBRO,


JOELHO E PÉ
CARANGUEJO NÃO É PEIXE
CABEÇA, OMBRO, JOELHO E PÉ.
CARANGUEJO PEIXE É
JOELHO E PÉ.
CARANGUEJO NÃO É PEIXE
JOELHO E PÉ.
NA VAZANTE DA MARÉ.
CABEÇA, OMBRO, JOELHO E PÉ.
PALMA, PALMA, PALMA,
JOELHO E PÉ.
PÉ, PÉ, PÉ
JOELHO E PÉ.
CARANGUEJO SÓ É PEIXE,
NA VAZANTE DA MARÉ!
OLHOS, OUVIDOS, BOCA E NARIZ.
Fonte: https://www.letras.mus.br/temas-infantis/462696/ CABEÇA, OMBRO, JOELHO E PÉ.

59
Inventores
Piadas

O QUE UMA PULGA DISSE À OUTRA?


- VAMOS A PÉ OU ESPERAMOS PELO CACHORRO?

QUAL É O FIM DA PICADA?


- QUANDO O MOSQUITO VAI EMBORA.

UM PEIXE PERGUNTOU AO OUTRO: O QUE O SEU PAI FAZ?


O OUTRO RESPONDEU: -NADA E O SEU?
- NADA TAMBÉM.

POR QUE O ASTRONAUTA NÃO CONSEGUIU RESERVAR UM


QUARTO DE HOTEL NA LUA?
- PORQUE ELA ESTAVA CHEIA.

- PAPAI, O QUE O SENHOR SENTE TENDO UM FILHO TÃO BONITO?


- NÃO SEI JOÃOZINHO, PERGUNTA AO SEU AVÔ.

UM CANGURU CONSEGUE PULAR MAIS ALTO QUE UM PRÉDIO?


– CLARO QUE SIM, PRÉDIOS NÃO PULAM!

QUAL É O HERÓI QUE VIVE PASSANDO ROUPA?


– O HOMEM DE FERRO.

EM QUAL LUGAR SE PODE COMPRAR COMIDA PARA UM SUPER-HERÓI?


– NO SUPERMERCADO!

Ilustrações: Canva

Fonte: https://www.maioresemelhores.com/melhores-piadas-para-criancas/

60
APÓS RECORTAR E REALIZAR A ATIVIDADE, DESCARTE OS RESÍDUOS DE PAPEL.
LEMBRE-SE: PAPEL É UM RESÍDUO RECICLÁVEL, PORTANDO PODE SER ENCAMINHADO PARA A COLETA SELETIVA.

Jogo de rimas - Trinca mágica


Número de jogadores: 4 jogadores ou grupos.
Objetivo do jogo: Ganha quem formar uma trinca de cartas contendo figuras de palavras que rimam.
Materiais: 24 cartas com figuras (8 trincas de cartas contendo figuras de palavras que rimam).
Regras:
- Cada jogador recebe 3 cartas e o restante delas fica num “monte”, no centro da mesa, com a face
voltada para baixo.
- Decide-se quem irá começar a partida por meio de lançamento de dados ou “zerinho ou um”.
- O primeiro jogador inicia, pegando uma carta e descartando outra.
- O jogador seguinte decide se pega a carta do monte ou a carta deixada pelo jogador anterior. No caso de
fazer essa última opção, só poderá retirar a última carta jogada no monte e não as que estiverem abaixo
dela, no monte.
- O jogo prossegue até que um dos jogadores faça uma trinca com 3 cartas de figuras, cujos nomes rimam.

TRINCA
MÁGICA

Fonte: Canva

Fonte: Canva Fonte: Canva

61
APÓS RECORTAR E REALIZAR A ATIVIDADE, DESCARTE OS RESÍDUOS DE PAPEL.
LEMBRE-SE: PAPEL É UM RESÍDUO RECICLÁVEL, PORTANDO PODE SER ENCAMINHADO PARA A COLETA SELETIVA.

Fonte: Canva Fonte: Canva

Fonte: Canva Fonte: Canva

Fonte: Canva Ilustração : Thiago Adonai

63
APÓS RECORTAR E REALIZAR A ATIVIDADE, DESCARTE OS RESÍDUOS DE PAPEL.
LEMBRE-SE: PAPEL É UM RESÍDUO RECICLÁVEL, PORTANDO PODE SER ENCAMINHADO PARA A COLETA SELETIVA.

Fonte: Canva Fonte: Canva

Fonte: Canva Fonte: Canva

Fonte: Canva Fonte: Canva

65
APÓS RECORTAR E REALIZAR A ATIVIDADE, DESCARTE OS RESÍDUOS DE PAPEL.
LEMBRE-SE: PAPEL É UM RESÍDUO RECICLÁVEL, PORTANDO PODE SER ENCAMINHADO PARA A COLETA SELETIVA.

Fonte: Canva Fonte: Canva

Fonte: Canva Fonte: Canva

Fonte: Canva Fonte: Canva

67
APÓS RECORTAR E REALIZAR A ATIVIDADE, DESCARTE OS RESÍDUOS DE PAPEL.
LEMBRE-SE: PAPEL É UM RESÍDUO RECICLÁVEL, PORTANDO PODE SER ENCAMINHADO PARA A COLETA SELETIVA.

Fonte: Canva
Fonte: Canva

Fonte: JOGOS DE ALFABETIZAÇÃO MANUAL DIDÁTICO E 10


JOGOS PARA VOCÊ LEVAR PARA A SALA DE AULA!
Adaptação: Talita C. Brito/ Thiago Adonai

Fonte: Canva

69
Divisão Técnica de Comunicação Educacional
Colaboração: Ana Paula O. A. Santos, Anna Solano,
Bárbara Braz, Carla Maio, Camila Rhodes, Danielle Chaves,
Diego Alves, Eduardo Calabria, Gabriel de Almeida Bastos,
Gezer Amorim, Maira Kami, Mateus Barboza, Rodolfo
Santana e William Ferreira.

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