Ens. Fund-1-2-Educadores
Ens. Fund-1-2-Educadores
Ens. Fund-1-2-Educadores
Prefeito
Alex Viterale
Secretário de Educação
Diagramação:
Jessica Blasques da Silva, Talita Cerqueira Brito e
Thiago Adonai Araujo Alves
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
Rua Claudino Barbosa, 313 - Macedo - Guarulhos/SP
CEP 07113-040 - TEL.: 2475-7300
http://portaleducacao.guarulhos.sp.gov.br
2023
Apresentação
É com grande alegria que entregamos a primeira edição da coleção “Saberes na Rede”, um
material inédito elaborado pela equipe técnica da Secretaria Municipal de Educação de
Guarulhos, por meio do Departamento de Orientações Educacionais e Pedagógicas (DOEP),
com base na Proposta Curricular Quadro de Saberes Necessários – QSN (Guarulhos, 2019)
para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e a Educação de Jovens e Adultos – EJA.
A coleção “Saberes na Rede” compreende Orientações aos Educadores da Creche, dos Estágios
I e II da Educação Infantil e do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental; Material do Educando
para os Estágios I e II da Educação Infantil, do 1º e 2º ano, do 3º ao 5º ano do Ensino
Fundamental e da EJA - Ciclo I e Ciclo II; acompanhando dois livros literários escolhidos para
cada etapa e modalidade de ensino.
O material faz parte das ações de implementação de nossa Proposta Curricular e está em
consonância com a Lei nº 7.016/2012, que “institui o programa municipal de fomento ao livro,
leitura e literatura, no município de Guarulhos”, e também dialoga com o Programa Saberes em
Casa, política pública municipal instituída pela Lei nº 7.921/2021, que se destina a complementar
as propostas educativas para auxílio ao processo de ensino e aprendizagem. Ao longo dos
materiais você encontrará o acesso a diversos episódios do programa, conteúdo que permite a
continuidade e aprofundamento das propostas em outras formas de interação e estudo.
Vocês, educadoras e educadores, exercem um papel essencial neste trabalho, já que serão
mediadores de todo o processo, adequando as propostas à realidade da turma e indo além, à
medida que contemplam os interesses dos educandos, seus conhecimentos prévios e a cultura local.
Por fim, desejamos que a coleção “Saberes na Rede” fortaleça os Projetos Político-Pedagógicos
das escolas, contribua para novas reflexões, aprendizagens e desenvolvimento de todos.
Seguimos juntos!
Introdução 05
Alfabetização e letramento 07
Leitura 12
Produção escrita 15
Cultura indígena 49
Cultura africana 51
Parlendas 54
Poemas e poesias 55
Adivinhas 56
Inventores 57
Receitas 58
Cantigas 59
Piadas 60
Trinca mágica 61
Introdução
O material "Saberes na Rede" para os educandos dos 1ºs e 2ºs anos está organizado em quatro
unidades e propõe um percurso que valorize a infância, a ludicidade, a imaginação e o protagonismo
do educando, além de ampliar os conhecimentos sobre alguns pontos da cidade, em especial o
Aeroporto Internacional de Guarulhos e o Zoológico de Guarulhos.
Unidades
As unidades sugerem um percurso de estudos, porém, evidenciamos que, prioritariamente, o
planejamento do professor rege o caminho e a melhor utilização deste de acordo com a necessidade/
realidade da turma.
Sendo assim, asseguramos a autonomia na seleção das atividades que dialogarem de forma
colaborativa e complementar ao planejamento pedagógico.
Personagens
Para melhor condução dos assuntos, nos valendo da ludicidade(princípio) e do imaginário infantil,
foram criados personagens que servissem como facilitadores na condução do material, estimulando a
imaginação dos leitores sob a temática do universo dos brinquedos. Considerando o brincar como
ação fundamental no processo de desenvolvimento cognitivo, motor, criativo e social da criança.
Além da temática- brinquedos, a cidade de Guarulhos foi inspiração para a criação dos personagens.
A proposta associou os personagens com ambientes de fácil identificação da cidade desde pontos
turísticos a lugares famosos como o Aeroporto Internacional de Guarulhos, o Bosque Maia e o
Zoológico Municipal de Guarulhos.
05
Conheça a Turma do Saberes na Rede:
06
Camila Rhodes/SE
Alfabetização e letramento
As propostas encontradas no material do educando objetivam proporcionar acesso aos bens culturais
e aos textos orais e escritos envolvendo a alfabetização em eventos de letramento com a finalidade de
contribuir para a formação de um educando leitor e produtor de textos reais.
De forma lúdica, os educandos são convidados a interagir com os personagens, partilhar
conhecimentos, conversar com seus pares, realizar pesquisas, entrevistar pessoas, brincar, jogar a fim
de que tenham o desejo de ler e escrever, ampliando assim, a compreensão do mundo que os cerca e
produzindo textos para registrar essas descobertas, organizar ideias, comunicar, expressar e criar suas
próprias histórias.
As orientações aos educadores traz uma síntese da teoria que embasou o planejamento das
propostas, o detalhamento de cada uma delas para seu desenvolvimento em sala, além disso, neste
material o professor vai encontrar: os textos indicados no material do educando para a leitura feita
pelo educador, um bloco de sugestões com parlendas, poemas, adivinhas, receitas, cantigas e piadas
para ampliar o trabalho, e no final, um jogo de rimas para recorte.
07
A importância da rotina de alfabetização
Comumente relacionamos a palavra rotina a sequência de tarefas a serem realizadas durante o dia,
tais como:
Esta, por sua vez, é muito importante para que haja organização da
ENTRADA;
turma e previsibilidade das ações do dia, porém, para que o processo de
LEITURA;
alfabetização seja contínuo é essencial que o planejamento contemple a
CALENDÁRIO;
rotina de alfabetização, ou seja, uma sequência de ações, previamente
AGENDA;
planejadas e elaboradas para que a alfabetização ocorra. Para isso, as
LANCHE
modalidades organizativas do trabalho pedagógico, definidas por Délia
ATIVIDADE;
Lerner, devem compor o planejamento dessa rotina.
ALMOÇO;
Destacamos que a "rotina” se configura como forma de organização do
PARQUE;
trabalho pedagógico.
SAÍDA.
“É possível ler na escola?” do livro Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. LERNER, Delia.
Porto Alegre: Artmed, 2002, p.73-87.
Modalidades Organizativas
ATIVIDADE São situações didáticas que são propostas com frequência e atendem aos
PERMANENTE saberes que os professores intencionalmente esperam que a turma aprenda.
08
A leitura e a escrita na rotina de alfabetização: o que não pode faltar
09
É fundamental apresentar à turma os motivos pelos quais a escrita é necessária e os suportes adequados
para cada gênero e a sua estrutura. Exemplo: escrever em um pedaço de papel um bilhete para ser entregue
a algum funcionário da escola, antes escrevendo na lousa problematizando também aspectos estruturantes
do gênero, para além das letras e outros símbolos a serem utilizados, depois transcrevendo para o papel e o
entregando. Dessa forma os educandos podem perceber a funcionalidade da escrita em seu uso social.
Observação: as sugestões foram elaboradas visando às crianças que estão se apropriando da leitura,
ou seja, que estão no início do processo de alfabetização.
1. Podem ser realizadas em grupo, em duplas e individualmente;
2. Devem prever o uso de materiais e espaços variados: letras móveis, giz de lousa, carvão, tijolo, no
chão, parede de lousa, de azulejo, papéis variados;
3. Definir o gênero textual: listas, legendas, textos de palavras, etc.
4. O professor deve contribuir fazendo perguntas que favoreçam às crianças escreverem "como
pensam" e irem avançando na aquisição de base alfabética.
Atividades permanentes
Leitura "Você troca?" "Coisa de índio" "O Mundo no "Frijoles "Ralf e Carlos no
realizada pelo Eva Black Power de diferentes" Mundo da Lua"
Daniel
professor Furnari Tayó" Sam Serrano
Munduruku Bruno Grossi Begê
Kiusam de Oliveira
Álbum de figurinhas
Identificar no
em que o educando Circular o nome
Atividade de banco de Cruzadinha com
tenha que ler as correto de uma Ditado circulado.
leitura feita palavras, o nome banco de palavras.
palavras e colar a figura.
pelo educando correto de uma
figurinha no espaço
imagem.
correspondente.
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Lembre-se de inserir os demais eixos do QSN(Guarulhos, 2019) no seu planejamento semanal: O
educando e Educação Matemática; O educando e os saberes relativos à Natureza e Sociedade; O
educando e a Arte; O educando e a Educação Física; O educando e a Língua e Cultura Inglesa; O
educando - cultura de paz e educação em Direitos Humanos: interações, afetividades e identidades;
e O educando e as Tecnologias. Para melhor realizar atividades que promovam as aprendizagens,
sugerimos que sejam organizadas propostas de forma interdisciplinar.
Você troca? : Com seu traço gaiato e divertido, Eva Furnari propõe as mais exóticas e hilariantes
trocas, brincando com as palavras - na tradição popular dos trocadilhos e das rimas - e também com a
reputação de clássicos personagens (como o lobinho delicado e o chapeuzinho malvado).
Coisas de índio: Ainda hoje, os povos indígenas são mal compreendidos apenas porque têm
um jeito próprio de viver. Aqui, Daniel Munduruku não só explica o que é ser índio, mas
também elucida o leitor acerca de sua cultura.
Fonte: Editora Callis
O Mundo no Black Power de Tayó: Tayó é uma menina negra que tem orgulho do cabelo
crespo com penteado black power, enfeitando-o das mais diversas formas. A autora
apresenta uma personagem cheia de autoestima, capaz de enfrentar as agressões dos
colegas de classe, que dizem que seu cabelo é “ruim”.
Fonte: Editora Peirópolis
Ralf e Carlos no Mundo da Lua: Ralf e Carlos são amigos. Um dia, cansados de sempre
fazer a mesma coisa, tiveram uma ideia audaciosa. Toparam e embarcaram na maior
aventura de suas vidas!
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Camila Rhodes/SE
Leitura
Segundo o QSN (GUARULHOS, 2019), a leitura compreende desde os processos de apropriação do
sistema de escrita alfabética até a fluência por meio do desenvolvimento de estratégias que permitam:
Para isso, é necessário criar situações para que os educandos leiam diversos gêneros textuais em seus
suportes reais, não somente nos livros didáticos.
[...] é importante que o professor promova situações em que seja possível perceber a intertextualidade,
ou seja, reconhecer marcas de um texto em outro texto. As experiências de leitura que temos nos
permitem reconhecer essa relação. Por isso diferentes gêneros textuais devem ser oportunizados, pois,
quanto mais elementos reconhecermos, mais fácil será a leitura e mais enriquecida será a interpretação
(GUARULHOS, 2019b, p. 43).
Planejamento da leitura
Para planejar e conduzir a leitura de diferentes gêneros textuais com as crianças o professor precisa
trabalhar com:
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Antecipação
1. Apresentação da capa do livro com solicitação para que os educandos indiquem sobre o que será a história;
2. Leitura da manchete de uma reportagem com solicitação de indicação sobre o que será a notícia;
3. Leitura de texto com paradas intencionais com questionamentos sobre o que acontecerá.
Intertextualidade
1. Organização dos gêneros textuais que serão lidos em cada dia da semana;
2. Leitura de gêneros variados;
3. Brincadeiras com jogos de palavras: trava-línguas, parlendas, cantigas de rodas, provérbios, entre outros;
4. Leitura de textos que apresentam intertextualidade como identificação dos textos de origem.
Leitura com questionamentos sobre o que significa determinado trecho do texto: o que está por
detrás do que está escrito?
Inferir sentido
1. Leitura de gêneros textuais diversos com paradas para questionamentos sobre palavras
substitutas, como o uso de pronomes;
2. Revisão de textos orientando quanto à substituição de palavras por pronomes;
3. Leitura de textos com solicitação de compreensão do significado de palavras pelo contexto na
qual está sendo utilizada;
4. Realização de trabalho com significado de palavras:
produção de dicionário ilustrado;
produção de dicionário-painel;
escrita de verbetes de palavras;
uso de dicionários físicos ou virtuais para busca de significado de palavras.
Fluência
1. Leitura para turmas de educandos de anos anteriores (Exemplo: 3º ano ler para o 1º ano).
Observação: os educandos devem "treinar" a leitura antecipadamente;
2. Leitura entre educandos de escolas próximas;
3. Gravação de leitura para que possam ouvir e verificar sua própria leitura;
4. Leitura em eventos da escola e da Secretaria da Educação;
5. Empréstimo de livros;
6. Rodas de leitura;
7. Gravação de áudio pelos educandos lendo o livro para todos ouvirem na sala;
8. Leitura dos educandos com microfone.
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Caderno de leitura
Dentre as possibilidades de trabalhar com os gêneros textuais para a aquisição de base alfabética
(trava-línguas, cantigas de roda, poesias, adivinhas, músicas, entre outros) destacamos a importância
de possibilitar a vivência, a brincadeira, o jogo simbólico, a imaginação e também o acesso aos textos
escritos por meio do caderno de leitura. Desta forma, o educando poderá ter livre acesso a leituras
significativas, ilustrar poesias, parlendas, adivinhas e recorrer a esses textos sempre que necessário.
Observação: o ideal é que cada um decore a capa de seu caderno conforme desejar. Para isso,
disponibilize materiais variados, como papeis diversos, canetas hidrocor, lápis e gizes coloridos.
Cartaz
Fonte: https://www.culturagenial.com/poeminho-do-contra-
mario-quintana/
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Camila Rhodes/SE
Produção Escrita
Na perspectiva do letramento, as crianças precisam ser inseridas em atividades de produção escrita
mesmo antes de adquirirem base alfabética. Devem escrever em grupo, duplas e posteriormente
individual. Para a escrita de textos na perspectiva do letramento, trabalhamos com gêneros textuais
nas suas funções sociais. Já propusemos alguns anteriormente, no entanto, cabe ressaltar que essa
atividade deve ser realizada por meio de sequência didática como segue abaixo:
1. Faça o levantamento do conhecimento que os educandos têm sobre o gênero que irão
produzir: legenda, convite, faixa promocional, etc.;
2. Peça para que tragam os modelos de textos que têm em casa ou mostre você mesma em
suportes que a escola possui: no caso de legenda, mostre em revistas, jornais, físicos e virtuais;
3. Levante com eles as características do texto: tamanho; tempo verbal; elementos gramaticais
existentes; se há personagens; conflito; desfecho; etc. Pesquise as características do gênero com
o qual irá trabalhar;
4. Faça uma produção de escrita coletiva sendo o escriba. Lembre-se de fazer a revisão textual
antes de divulgá-lo;
5. Produza um texto em grupo;
6. Produza em duplas;
7. No caso do 2º ano, proponha que, no final, escrevam individualmente, após a realização de
toda a sequência.
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Camila Rhodes/SE
A literatura infantil está inserida na dimensão da arte e não é restrita ao ambiente escolar:
A obra literária recorta o real, sintetiza-o e interpreta-o por intermédio do ponto de vista do narrador
ou do poeta e manifesta no fictício e na fantasia um saber sobre o mundo, oferecendo ao leitor modos de
interpretá-lo (OLIVEIRA, 2010, p. 41).
Como um “veículo” cultural da humanidade para a proposição de novos conceitos, mudanças sociais
e interpretação da realidade, a literatura infantil também contribui para o desenvolvimento de duas
dimensões indispensáveis:
A sensibilidade concerne àquele estado interior em que é possível, por meio do imaginário
expandido, colocar em movimento imagens produzidas por nossa humanidade, em sua dimensão
histórica e cultural. A literatura contribui para a formação da criança em todos os aspectos,
especialmente na formação de sua personalidade, por meio do desenvolvimento estético e da
capacidade crítica, garantindo a reflexão sobre seus próprios valores e crenças, como também os da
sociedade a que pertence (OLIVEIRA, 2010, p. 41).
Diante de um texto literário, que é uma produção artística, espera-se que o leitor se sinta em
interação com uma obra de arte. Essa interação lhe permite uma vivência que inclui, além de seu
interesse intelectual, seu lado emocional: sua imaginação, desejos, medos, admirações.
(PAIVA, PAULINO, PASSOS, 2006, p. 21, grifo nosso).
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A literatura produz conhecimento e permite que sejam acessados estilos de vida, épocas, geografias e
outros elementos que possivelmente não estão presentes em nossas vidas hoje, mas que certamente
influenciam nosso modo de organização social e a maneira como percebemos o mundo.
A literatura infantil aponta para outras maneiras de ser, outros caminhos a serem percorridos, que
no plano real seria quase impossível. Aprende-se e conhece-se por meio da leitura do texto literário, no
entanto não há necessidade de imporem-se conhecimentos, formatando a criança dentro de princípios
racionais que idealizam o ser e o elegem como alguém que deve tornar-se estritamente cumpridor de
deveres. A literatura também não é um texto acabado que obriga a criança a aceitá-lo de forma
passiva, mas um processo contínuo de descoberta e de autocriação (OLIVEIRA, 2010, p. 42, grifo
nosso).
É importante chamar a atenção para a existência de textos que não foram escritos para crianças, mas
que foram apropriados por elas, assim como existem textos escritos “para crianças” que são apropriados
também por adultos. Dessa forma, mais importante do que pensar nas especificidades do “infantil”, como
adjetivo da literatura, é refletir sobre as especificidades da literatura, que, como toda produção cultural, é
histórica, ou seja, muda com o tempo (PAIVA, PAULINO, PASSOS, 2006, p. 21, grifo nosso).
Neste sentido, a leitura literária na escola não pode existir apenas como lazer ou como um modo para
apreensão de “conteúdos”, mas sim deve-se ter sempre em perspectiva a necessidade de formar o leitor
literário, capaz de escolher textos conforme seus interesses e de posicionar-se ante suas escolhas de
maneira a ampliar seus próprios conhecimentos e experiências.
Fonte: Elaborado pelos autores com base nas orientações de Paiva, Paulino e Passos (2006).
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Sob tal perspectiva, a leitura literária na escola requer atenção a alguns aspectos:
A literatura sempre esteve presente nos processos educativos de diferentes civilizações ao longo da
história. No entanto, nos últimos anos, tornou-se notória a “didatização” dos textos literários para as
finalidades de ensino da leitura e escrita. A ausência de objetivos mais precisos para o ensino da
literatura em sala de aula ocasionou, em diversas situações, o reducionismo da leitura literária. Em
alguns casos, houve o seu direcionamento para a simples fruição ou deleite, buscando reproduzir o
comportamento leitor “maduro” em relação ao texto literário, em uma interpretação muitas vezes
equivocada da defesa pelo prazer de ler: “[...] esquecendo que todo modo de ler passa necessariamente
por uma aprendizagem, não existindo um modo ‘natural’ ou espontâneo de leitura” (COSSON, 2010,
p. 57). Contudo, os avanços nos estudos da área evidenciam que a literatura necessita ser ensinada
adequadamente, pois tem um papel fundamental a cumprir na formação dos educandos, sendo
necessário superar o reducionismo como apenas um recurso para ensinar a ler ou a escrever ou o uso
somente para a fruição.
De acordo com Cosson (2010), há três espaços básicos do texto literário na sala de aula:
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O espaço do texto
Implica em uma aproximação com o texto literário, o contato propriamente dito com a obra, o qual é
descrito por Cosson (2010) nos seguintes termos:
É papel do professor ajudar o aluno a fazer essa passagem, questionando, relacionando e analisando os
mecanismos literários com os quais o texto foi construído. O espaço da literatura em sala de aula é, portanto,
um lugar de desvelamento da obra que confirma ou refaz conclusões, aprimora percepções e enriquece o
repertório discursivo do aluno (COSSON, 2010, p. 59, grifo nosso).
Analisar o texto é procurar compreender sua elaboração escrita e imagética para com ela sustentar
um sentido. Esse modo de ler precisa ser aprendido tal como se aprende outras práticas e conteúdos. O
espaço da literatura como texto na sala de aula trata dessa necessidade de aprendizagem que demanda
tanto o contato permanente com o texto literário quanto a mediação do professor na formação do leitor.
Só assim o exercício do imaginário, que permite à criança viajar sem sair de casa em um dia de chuva,
terá a mesma base daquele que oferece ao jovem palavras e formas para manifestar seus sonhos e ao
adulto a certeza de que todos os mundos são possíveis: o exercício da leitura literária (COSSON, 2010, p.
61, grifos nossos).
Como a leitura entre as crianças estimula sempre o diálogo, as trocas de experiências de vida, os
gostos e desgostos, a literatura ultrapassa os limites escolares, pois com seus temas é capaz de contribuir
para ajudá-las a vivenciar e entender sua interioridade e sua inserção na cultura literária. A escola perde
ao cercear os temas existenciais, entendidos como aqueles que abordam a morte, o medo, o abandono,
as separações, a maldade humana, a sexualidade, entre outros (OLIVEIRA, 2010, p. 42, grifos nossos).
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O espaço do contexto
Diz respeito à literatura como “conhecimento”, é o trabalho que permite compreender como a
obra literária está vinculada ao mundo, quais são as mensagens e ideias que expressa e quais
saberes nos permite apreender. De acordo com Cossan (2010):
É por causa desse contexto que qualquer obra literária, independentemente de sua elaboração, pode ser
transformada em objeto de ensino de um determinando conteúdo. Naturalmente, há obras escritas
especificamente para ensinar que não ultrapassam o uso escolar. [...] A exploração do contexto da obra faz
parte do espaço da literatura em sala de aula, até porque, ao dizer o mundo, a literatura envolve os mais
variados conhecimentos que também passam pela escola em outros textos e disciplinas (COSSON, 2010, p. 62,
grifo nosso).
O espaço do intertexto
Envolve o reconhecimento de que um texto é sempre um diálogo com outros textos. Há pelo menos
duas práticas de leitura que são identificadas como intertextuais: a intertextualidade externa e a
intertextualidade interna.
Intertextualidade externa: é realizada pela memória do leitor. “[...] refere-se às relações que o leitor
estabelece entre dois ou mais textos a partir de sua experiência de leitura, independentemente do
proposto pelo texto” (COSSON, 2010, p. 64, grifo nosso).
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Procedimentos de leitura na intertextualidade externa:
Intertextualidade interna: necessita de uma referência no texto para ser identificada. “[...] também
requer a experiência do leitor, mas precisa ser indicada dentro do texto, posto que envolve a citação
mais ou menos explícita a uma obra anterior” (COSSON, 2010, p. 64, grifo nosso).
Obras em que as personagens desenvolvem estratégias semelhantes para lidar com alguma
situação;
Obras que apresentam versões diferentes de uma mesma história;
Obras que apresentam situações diferentes para um mesmo tipo de personagem (Exemplo: O
“papel” da princesa ou da bruxa; as relações de gênero, de classe, étnicas, dentre outras).
Nos dois casos, quem ativa a intertextualidade é sempre o leitor que reconhece o “parentesco” entre os
textos e estabelece as conexões, mas a operação de leitura que ele realiza pode tomar dimensões distintas.
Na intertextualidade externa, o procedimento é a comparação entre os elementos das obras tendo como
base a busca de semelhanças e diferenças em cada uma delas. Na intertextualidade interna, essa
comparação é de segunda mão, ou seja, passa primeiro pela incorporação que uma obra faz de outra obra
em sua própria elaboração (COSSON, 2010, p. 64, grifo nosso).
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Vimos algumas indicações básicas para o trabalho com o texto literário com os educandos. É válido
lembrar que são apenas sugestões iniciais e que a leitura literária tem muitas outras possibilidades,
tendo em vista que não tem como objetivo apenas a constituição do “leitor”, mas sim do ser humano
que se deseja formar.
Por fim, torna-se valiosa a indicação de Cosson (2010) sobre o trabalho com a leitura literária:
Na sala de aula, a literatura precisa de espaço para ser texto, que deve ser lido em si mesmo, por sua
própria constituição. Também precisa de espaço para ser contexto, ou seja, para que seja lido o mundo
que o texto traz consigo. E precisa de espaço para ser intertexto, isto é, a leitura feita pelo leitor com base
em sua experiência, estabelecendo ligações com outros textos e, por meio deles, com a rede da cultura.
Afinal, construímos o mundo com palavras e, para quem sabe ler, todo texto é uma letra com a qual
escrevemos o que vivemos e o que queremos viver, o que somos e o que queremos ser (COSSON, 2010, p.
67, grifo nosso).
Estudo da constituição
TEXTO
do texto.
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Camila Rhodes/SE
Nesta unidade, buscamos promover a interação por meio da curiosidade do educando instigando a
criatividade e imaginação.
Página 06
23
Uma simples caixa tornou-se o objeto de
entrada para o imaginário. A escolha pela
caixa está ligada a simplicidade do objeto e as
possibilidades brincantes que ele oferece.
Além de propor exploração acerca dos usos
sociais desse objeto, buscamos propiciar uma
experiência semelhante ao mistério narrado no
livro “A Caixa Maluca”, de Flávia Muniz e
Alexandre Rampazo. Dessa forma, as crianças
poderão inferir, levantar hipóteses e se
valerem da criatividade e da imaginação para
supor o que há na caixa.
Página
como sequência de uma cadeia sonora
07 representada por letras.
Camila Rhodes/SE
24
Página 09
Fonte: GUARULHOS (SP). Secretaria de Educação. Departamento de Orientações Educacionais e Pedagógicas. Formação LEIA. Guarulhos: SE, 2020. p.76
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Página 10
Aeroporto de Guarulhos: o uso de
ferramentas como “Google Earth”, projetado
na sala de aula para que a turma conheça
virtualmente alguns espaços do aeroporto é
uma ótima oportunidade para que os
educandos tenham alguma ideia de como é
esse lugar. A pesquisa pode ser ampliada
para conhecer outros aeroportos do mundo
e comparar o tamanho, por exemplo.
Fonte: https://www.imosp.com.br/aeroporto-internacional-de-guarulhos/
Página 11
Professor, se preferir, transfira essa pesquisa para
outro suporte (folha de pesquisa) para que seja
possível escrever o nome das pessoas que
convivem com o educando.
Outra possibilidade da pesquisa, seria entrevistar
alguns funcionários da própria unidade escolar.
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Atividades com o nome próprio
O nome de uma pessoa é importante não somente porque a identifica, mas sobretudo porque é
carregado de história, de emoções e sentimentos. Ressaltamos o cuidado e a sensibilidade de cada
professor com as implicações possíveis, relacionadas às histórias que perpassam o trabalho com
nomes e a observação às reações das crianças. Para melhor acolher e planejar atividades sobre esse
assunto indicamos a leitura do eixo: O educando - cultura de paz e Educação em Direitos Humanos:
Interações, afetividades e identidades.
Dica: troque a atividade sobre a “árvore genealógica” pela “árvore da vida da criança”, é importante
que tenhamos consciência de que as famílias têm organizações diversas e devem ser respeitadas e
reconhecidas como são.
Página 12
27
Que tal trocar o pão por outro alimento ou objeto?
É uma ótima oportunidade para que as crianças imaginem e busquem palavras que rimem.
Exemplos:
Anexos:
MARIA
No material do educando, trazemos etiquetas
que devem ser preenchidas com seus nomes e
Fonte: Canva/ Talita C. Brito/Ilustração: Thiago Adonai
amarradas em pertences. Você pode pedir para
que coloquem etiquetas adesivas nos objetos
menores, como o lápis, por exemplo.
MARIA Identificar livros, observar outros pertences que
estejam identificados, como agenda escolar,
MARIA
Fonte: Canva/ Talita C. Brito O uso do crachá deve ser diário, para que a
escrita do nome seja referência para a escrita de
outras palavras.
Interessante utilizar o verso do crachá com as
letras do alfabeto.
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Escreva alguns versos na lousa, em papel pardo
Explorando nomes e poemas
ou cartolina ou utilize o projetor do kit
multimídia para fazer a leitura juntamente com os
NOME DA GENTE- PEDRO educandos, indicando com algum objeto as
BANDEIRA palavras que estão sendo lidas. Evidencie os
espaços que separam as palavras. Quando as
Pedro Bandeira crianças começam a escrever, escrevem palavras
sem separá-las.
Por que é que eu me chamo isso
e não me chamo aquilo? Sugestão para trabalho com
Por que é que o jacaré segmentação de palavras
não se chama crocodilo?
1. Pintar e pedir para as crianças pintarem os
Eu não gosto espaços entre as palavras:
do meu nome 2. Produzir cartaz de parlenda, trava-língua,
Não fui eu provérbio, com as palavras escritas em filipetas
quem escolheu. de uma cor diferente do fundo do papel;
Eu não sei 3. Contar as palavras do verso de algum texto
por que se metem (parlenda, poesia, entre outros).
com um nome
que é só meu!
Outras reflexões sobre a atividade
com o nome
O nenê
que vai nascer
vai chamar Se tiverem duas ou mais crianças com o mesmo
como o padrinho, nome na turma, problematize outras formas de
vai chamar diferenciar os pertences, como o uso das iniciais
como o vovô, do sobrenome. Se alguma criança tiver nome
mas ninguém composto, exemplo: ANA CLÁUDIA, este deve
vai perguntar ser escrito e usado dessa forma, não deve ser
o que pensa reduzido a apenas o primeiro nome.
o coitadinho.
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ONDE A BOLA FOI PARAR GATO PINTADO
Essas cantigas podem compor o caderno de leitura e/ou até mesmo um cartaz para ser fixado na sala.
Sugestão: cantar diariamente e substituir os nomes citados nas cantigas pelos nomes de outras
crianças, variar objetos, ações e gestos para as músicas.
Página 13
Autorretrato
Fonte:
https://artsandculture.google.co
m/asset/autorretrato/BgHn69OV
BuX2FA?hl=pt-BR&avm=3
30
Sugestão: Mostre outros autorretratos, A diversidade de autorretratos pode também
como de Almada Negreiros e Frida Kahlo. levar para os diálogos: religiões; cores de pele;
Mostre a diversidade de autorretratos e tipos de cabelos; estaturas; gostos; preferências.
que não é necessário fazer um autorretrato É possível que sejam produzidas listas, pesquisas
realista, a criança tem a liberdade de para coletas de dados para serem organizados em
expressar-se por meio das cores e linhas tabelas e gráficos.
que naquele momento a representam.
Após as discussões realizadas, é possível que
sejam feitas apresentações de danças e músicas
típicas de suas famílias para que os educandos
conheçam outras culturas e as valorizem, assim
como as manifestações culturais de origens
indígenas, africanas e migrantes.
31
De acordo com o QSN (Guarulhos, 2019), as
brincadeiras são classificadas em: brincadeiras
"Brincadeiras são atividades voluntárias exercidas
com materiais; sem materiais; com brinquedos
dentro de determinados limites de espaço e tempo,
comerciais; em grandes espaços; em pequenos
caracterizadas pela criação e pela modificação de
espaços; realizadas por alguns grupos étnicos;
regras e técnicas, e cuja essência é a espontaneidade, e
dentre outras.
o teor, a liberdade. Durante o brincar, a criança
constrói e reconstrói simbolicamente a realidade e
recria o existente." (GUARULHOS, 2019, Ensino
Fundamental, p. 115).
Brinquedos
Fonte: https://origamipradecorar.files.wordpress.com/2013/10/esquema-capucheta2.jpg
Página 15
Vocês podem construir brinquedos com materiais
recicláveis. Permita que cada um construa do seu
próprio jeito. Que tal trazer as famílias para uma
oficina na escola?
32
Página 16
Brincadeiras
Importante:
Não dê desenhos impressos das obras para eles
pintarem;
Disponha materiais variados para a construção
própria deles, pode ser desenho, pintura, escultura
ou até fotografia;
Combine com os educandos um dia para expor as
obras e convidar a comunidade para a exposição.
Camila Rhodes/SE
Veja as percepções e produções de alguns artistas acerca das infâncias, das brincadeiras e dos brinquedos.
Fonte: Fonte:
Fonte: https://www.wikiart.org/pt/joaquin-torres-garcia
https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/fotografa- https://aun.webhostusp.sti.usp.br/index.php/2021/04/27/co
registra-em-imagens-as-brincadeiras-infantis-pelo-mundo/ nheca-sandra-guinle-artista-e-educadora-que-promove-a-
reconstrucao-da-infancia-e-das-brincadeiras/
33
Peça para que as crianças criem projetos de algo que acham importante ou necessário para suas vidas
ou de alguém que conheça, ou ainda para a sociedade. Criem protótipos. Incentive a criatividade
deixando que criem livremente dispondo de materiais variados: palitos; barbantes; cola; papeis; etc.
Acessem propostas de robótica. Explorem outros inventores, como Leonardo da Vinci e seus
projetos.
Nessa proposta, migramos dos brinquedos para as invenções. Aliás, esse assunto está presente desde
o início do material. Assim como a escrita é uma das invenções da humanidade, o brincar passa pela
inventividade da criança. Inventar brincadeiras, histórias, brinquedos com materiais não
estruturados. As invenções partem de sonhos e de necessidades.
O ser humano queria voar. Como? Que tal inventar? E assim foram criados aviões, balões,
helicópteros, zepelins...
Propomos um estudo acerca do invento AVIÃO e seu inventor Alberto Santos Dumont.
Página 17
34
Camila Rhodes/SE
Uma delas é a produção de fichas técnicas. Para o 1º ano, os dados devem ser em uma quantidade
menor. Já para o 2º ano, sugerimos que sejam disponibilizados textos informativos para que
busquem as informações da ficha técnica de forma autônoma, você estará trabalhando com o
procedimento de leitura “localização de informações explícitas no texto”. Para iniciar esse trabalho,
ensine-os a colorir as informações que buscam, como se estivessem usando uma caneta “marca-
texto”, e depois, peça para transcreverem as informações para a ficha técnica.
Outra possibilidade é o jogo de cards, no qual as crianças definem as habilidades de cada animal, os
valores numéricos e jogam. Esta proposta está disponível no material do “projeto Direito de
Aprender” – 2023, é só adequar à temática.
Página 25
Calendário
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Página 26
Curiosidades:
Onde nasceram?
Adivinhas
3. Como termina?
Se possível, escreva as adivinhas na lousa ou
em cartolina e indique as palavras que estão
sendo lidas.
36
Página 28
Atenção: a parlenda não tem como objetivo restringir
nem a contagem e nem mesmo a escrita dos
numerais, muito pelo contrário, você deve ampliar as
possibilidades para que as crianças sejam capazes de
consolidar as aprendizagens sobre a Unidade
Temática: “Números” apresentadas no QSN
(Guarulhos,2019). Assim, produza e disponibilize em
local visível e acessível no quadro numérico,
utilizando-o para:
Quadro numérico:
A GALINHA DO VIZINHO
BOTA OVO AMARELINHO
BOTA 2
BOTA 4
BOTA 6
BOTA 8
BOTA 10
Camila Rhodes/SE
Importante:
Nos 1ºs e 2ºs anos trabalhamos a subtração e
adição (campo aditivo e por fim o algoritmo
como sistematização formal), com relação a
multiplicação e a divisão propomos um trabalho
para a construção de ideias multiplicativas e
noções de divisão do todo em partes.
37
Página 30
Rimas
Poemas
Cole o texto;
Peça para as crianças ilustrarem;
Indique que circulem palavras ditadas por você;
Produza um cartaz com o texto para que as
crianças façam a leitura de “ajuste” –
acompanhando com o dedo.
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Mais poemas
A arca de Noé: Um dia choveu tão forte que não dá nem para imaginar. Mas imaginem... O
mundo ficou todo coberto de água. Será que a Arca de Noé afundou junto com todo o resto
ou permaneceu na superfície das águas e salvou os animais?
Recriação da história bíblica, A arca de Noé da Ruth Rocha encanta pela linguagem ao
mesmo tempo poética e coloquial — traços que os desenhos de Mariana Massarani
souberam captar tão bem.
Fonte: Editora Moderna
Ou isto ou aquilo: Publicado pela primeira vez em 1964, o livro é um clássico da literatura
infantil brasileira. E desde seu lançamento, vem conquistando gerações de leitores.
A autora convida as crianças a se aproximarem da poesia, brincar com as palavras,
explora a sonoridade, o ritmo, as rimas e a musicalidade. Cecília Meireles resgata o
universo infantil permeado por perguntas imprevisíveis, monólogos, comparações
incomuns, fantasia e imaginação. Ela cria um universo encantador, a partir de recursos
que o gênero e a língua lhe proporcionam.
Fonte: Editora Callis
Página 32
Parlendas
Importante:
Parlendas foram criadas para brincar, então,
brinquem! Se for uma parlenda de pular corda:
pule corda; se for uma parlenda de roda: brinque
de roda; se for uma parlenda de escolha: use-a
para fazer escolhas.
MEIO-DIA
MEIO-DIA
MACACO ASSOBIA
PANELA NO FOGO
BARRIGA VAZIA.
39
Página 35
Você sabia?
Tradução da música:
OLÉLÉ OLÉLÉ MOLIBA MAKASI
EI BARQUEIRO
PEGUE SEUS REMOS
Página 36
E EMPURRE A ÁGUA PARA
ATRÁS DE VOCÊ
[...]
EEO EEEEOOO
Fonte: https://www.mamalisa.com/?t=ss&p=2891
Tradução e pesquisa: DNA - África - Diáspora das Nações Africanas (Miranda)
Fábulas
Página 37
Constituem-se como um gênero textual com
características próprias, lembre-se de identificá-
las junto com as crianças. Abaixo, dispomos de
algumas sugestões de atividades:
40
Após terem lido algumas fábulas:
Página 37
Página 41
Cantigas
41
Ilustração : Thiago Adonai
Página 42
Trava-língua
Fonte: https://www.maioresemelhores.com/melhores-trava-linguas-que-parecem-faceis/
Fonte: https://www.soportugues.com.br/secoes/trava/
42
Página 44
Palavra dentro de palavra
Página 45 Sugestão
Sugestãodede
leitura
leitura
DE QUANTOS
COPOS DE
SUCO EU
PRECISO PARA
ENCHER UMA
JARRA?
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/2655/como-medir-tudo-o-que-ha
Fonte:
https://portaleducacao.guarulhos.sp.gov.br/siseduc/portal/exibir/arquivo/10
325/inline/
43
Camila Rhodes/SE
Página 47
Camila Rhodes/SE
44
Página 49 Aproveitamos a temática animais, o livro distribuído às
crianças e as fábulas trabalhadas para realizar
atividades relacionadas ao Eixo: "O educando e os
saberes relativos à Natureza e Sociedade" de Natureza e
Sociedade. Uma dessas propostas é o desenvolvimento
da vida do sapo. Investigue com as crianças sobre
animais que passam por metamorfose; construam
outras propostas de atividades inspiradas por esta e se
houver a possibilidade, construa um sapário,
borboletário ou formigário, entre outros.
Sugestão
Sugestãodedeleitura
leitura
Indo Além:
Observar e interagir com a natureza
Fonte: Canva
Fonte: Canva
45
Página 55
Sugestão
Sugestãodede
leitura
leitura
Página 57
46
Camila Rhodes/SE
O lobo voltou traz em sua trama elementos intertextuais, ou seja, referências a outras histórias
dentro da história. É um convite para a ampliação de repertório, bem como para conhecer,
relembrar ou revisitar histórias já conhecidas pela maioria das crianças.
A partir das histórias elencadas no livro “O lobo voltou”, você pode propor que as crianças
produzam histórias do ponto de vista do lobo.
Como seria se a história fosse: O lobo e os três porquinhos? O lobo e a Chapeuzinho Vermelho? O
lobo e Pedro?
Para ampliação do repertório das crianças, faça leituras de diferentes autores, com outros pontos de
vistas, realize a comparação entre as leituras.
47
Indicações literárias
O LOBO
"Chapeuzinho vermelho", "Pedro e o lobo", "Os sete cabritinhos", "Os três porquinhos"...
Inegavelmente a figura do lobo é importante para muitas histórias infantis.
O livro "O lobo voltou", de Geoffroy de Pernnat, traz essa personagem para o enredo reunindo
histórias em que o lobo participou numa única história.
Em algumas das narrativas clássicas a história termina com a fuga ou até mesmo a morte do lobo, porém,
numa hipótese em que o lobo tenha fugido, como seria se ele retornasse? Geoffroy deu asas ao imaginário e
criou um desfecho diferente para essa história, ou seria, "essas histórias"?
O lobo Lobato e a Chapeuzinho Vermelho - Ele não era o lobo mau. Ele era o
Lobo Lobato. Chapeuzinho vermelho e o Lobo Lobato quase se
encontraram na floresta... Foi por pouco. Ela passou com sua cesta,
cantarolando. Ele ficou escondido atrás da árvore, tremendo, com medo de
que ela o visse e lhe atirasse alguma coisa na cabeça. Corra para dentro desta história e
descubra que lobo é o Lobato.
Fonte: Editora Ciranda Cultural
Este é o lobo - Para saber onde foram parar os personagens deste livro e
entender o verdadeiro sentido da história é preciso acompanhar atentamente
cada aparição do lobo. A resposta, você descobre no final!
“Eis uma história distinta de todas as atravessadas por lobos. Aqui não há
medo, mas solidão. Alexandre Rampazo sacode, com lindas imagens e palavras, a rede onde
estão, presos a velhos sentidos, personagens singulares do nosso imaginário, como a
Chapeuzinho Vermelho, sua avó e o caçador, o príncipe, a princesa e os três porquinhos. Ao
lado do lobo ou dele apartadas, elas ganham um inédito significado ― graças, sobretudo, à
sensibilidade de um menino. Um menino que não é senão o próprio Rampazo e todos nós,
leitores, que, por meio de narrativas, redescobrimos (mesmo em condições suspeitas) as
maravilhas da amizade.”
Fonte: Editora Farol Literário
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Outras possibilidades...
Camila Rhodes/SE
Cultura Indígena
Iara
A lenda da Iara foi criada pelo povo tupi-guarani. Eles contam a história de uma poderosa indígena
que, antes de virar sereia, vivia em uma tribo junto com a sua família, esbanjando beleza por onde
passava. Iara era tão bela que causava inveja em muitas pessoas, inclusive, em seus irmãos que,
inconformados com isso, queriam matá-la.
Em uma noite qualquer, eles chamaram a irmã para executar o plano, mas chegando no local foram
surpreendidos com a força da indígena guerreira, que conseguiu escapar da armadilha e reverteu a
situação contra eles.
Com medo de que seu pai, o pajé (chefe religioso da tribo) da tribo, descobrisse e aplicasse um
castigo, ela fugiu, mas foi descoberta. Assim, seu pai a lançou no Rio Negro e Solimões como forma
de punição por ter matado os seus irmãos.
A lenda da Iara diz que a indígena foi salva pelos peixes e como era noite de lua cheia, ela foi
transformada em sereia. Atualmente, a lenda da Iara é representada por uma bela sereia que atrai
homens com o seu irresistível canto para o fundo dos rios, local de onde eles não voltam nunca mais.
Reza a lenda que os homens que conseguem retornar à superfície ficam em completo estado de
loucura, no qual somente um pajé é capaz de desfazer o feitiço.
Antes de atrair os homens para a “emboscada”, a sereia Iara passa a maior parte do seu tempo
sentada sobre as pedras, admirando a própria beleza refletida nas águas, além de pentear seus
cabelos e brincar com os peixes.
Embora tenha origem na região amazônica, a lenda da Iara é conhecida em todas regiões
brasileiras e, dependendo da região, seus aspectos físicos, como olhos e cabelos podem adquirir
novas formas e cores.
Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/lenda-da-iara
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Para refletir
O Povos Indígenas no Brasil Mirim faz parte deste projeto. Criado a partir do
site Povos Indígenas no Brasil, pretende, por meio de material destinado à
pesquisa escolar – no qual temas centrais se desdobram em uma série de
questões organizadas pela equipe do ISA – que tem como objetivo apresentar a
diversidade de povos, romper com a idéia de "todos os índios são iguais" e
despertar o interesse e o respeito das crianças às culturas indígenas existentes
no Brasil. Tudo isso escrito em linguagem acessível ao público infanto-juvenil.
50
Camila Rhodes/SE
Cultura Africana
O sapo e a cobra
Fonte: https://www.todamateria.com.br/lendas-africanas/
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Ubuntu
O gato e o rato tornaram-se amigos. Um dia combinaram de fazer uma viagem a uma
terra distante. Pelo caminho tinham de atravessar um rio.
— Por onde passaremos? — perguntou o gato
— O rio leva muita água.
Fonte: Canva
O rato respondeu:
— Não faz mal. Fazemos um barco. O gato concordou e logo ali os dois colheram uma grande raiz
de mandioca e fizeram um barco com ela. Meteram o barco na água, entraram nele e começaram a
atravessar o rio. Pelo caminho começaram a ter fome e repararam que não tinham levado comida. O
gato perguntou então:
— O que é que nós havemos de comer?
— Não te preocupes, amigo gato, porque podemos comer o nosso próprio barco.
E os dois começaram a comer o barco. O gato pouco comeu porque a mandioca não lhe cabia bem,
mas o rato comeu, comeu, comeu até que acabou por furar o barco, que foi ao fundo. O gato e o
rato tiveram que nadar até à margem, mas, enquanto o rato nadava bem e depressa, o gato que mal
sabia nadar, só com muita dificuldade e muito envergonhado é que conseguiu chegar a terra. O gato
olhou então para o rato e viu que ele estava com a barriga bem cheia por causa da mandioca,
enquanto ele continuava cheio de fome. Por isso lembrou-se de comer o rato. — Sinto muita fome,
rato. Vou ter de te comer. — Está bem — disse o rato espertalhão — mas olha que eu estou muito
sujo. É melhor ir primeiro lavar-me. Espera aí. O rato afastou-se e desapareceu. O gato ainda hoje
está à espera.
Fonte: Contos Moçambicanos: INLD, 1979 http://www.terravista.pt/Bilene/1494/gato1.html
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Indicações literárias
A África que você fala: Cafuné, samba, quiabo, dendê, quitanda... Você pode até
não perceber, mas usamos muitas palavras com origem africana no dia a dia.
De forma leve e divertida, A África que você fala faz um passeio por palavras
que pegamos emprestadas de idiomas como quimbundo, iorubá, jeje e banto.
Assim como em O tupi que você fala, as ilustrações de Mauricio Negro complementam o texto, de
forma que as palavras desconhecidas possam ser apresentadas aos pequenos leitores.
Fonte: Editora Globinho
Dandara - seus cachos e caracóis: Os cabelos da Dandara são lindos, com muitos
cachos e também caracóis, mas ela queria que seus cabelos fossem lisos, como os
das princesas dos contos de fada. Quem disse que cabelos lisos são mais bonitos,
Dandara? – pergunta sua mãe.
Os cachos e caracóis da Dandara contam a história de sua família, de seus avós e antepassados.
Uma história narrada com sensibilidade e ilustrada com arte e imaginação. Um belo convite aos
pequenos e grandes leitores para conhecerem sua própria história e darem valor a todas as pessoas
em seus diferentes jeitos de ser e de viver!
Fonte: Editora Mediação por Maria Suertegaray
O pequeno príncipe preto: O texto é originalmente uma peça infantil que já rodou o país
inteiro. Agora, Rodrigo França traz essa delicada história no formato de conto,
presenteando o jovem leitor com uma narrativa que fala da importância de valorizarmos
quem somos e de onde viemos - além de nos mostrar a força de termos laços de carinho e afeto.
Afinal, como diz o Pequeno Príncipe Preto, juntos e juntas todos ganhamos.
Lelê não gosta do que vê. “De onde vêm tantos cachinhos?” – ela vive a se perguntar.
E essa resposta ela encontra num livro, em que descobre sua história e a beleza da
herança africana.
Fonte: Editora IBEP por Valeria Belém (Autor), Adriana Mendonça (Ilustrador)
53
Parlendas
Parlendas
CADÊ O TOUCINHO
QUE ESTAVA AQUI?
UM, DOIS,
CADÊ O TOUCINHO QUE ESTAVA AQUI? O FEIJÃO COM ARROZ
GATO COMEU.
CADÊ O GATO? UM, DOIS,
FEIJÃO COM ARROZ,
FUGIU PRO MATO.
TRÊS, QUATRO, FEIJÃO NO
CADÊ O MATO? PRATO,
O FOGO QUEIMOU. CINCO, SEIS,
CADÊ O FOGO? FALAR INGLÊS,
A ÁGUA APAGOU. SETE, OITO,
COMER BISCOITO,
CADÊ A ÁGUA?
NOVE, DEZ,
O BOI BEBEU.
COMER PASTÉIS.
CADÊ O BOI?
FOI AMASSAR O TRIGO.
CADÊ O TRIGO?
A GALINHA ESPALHOU.
CADÊ A GALINHA? A CASINHA DA VOVÓ
FOI BOTAR OVO.
A CASINHA DA VOVÓ
E CADÊ O OVO?
CERCADINHA DE CIPÓ O
O GAMBÁ COMEU.
CAFÉ ESTÁ
E CADÊ O GAMBÁ?
DEMORANDO COM
O GAMBÁ FUGIU
CERTEZA NÃO TEM PÓ.
NINGUÉM SABE E NINGUÉM VIU.
54
Poemas e Poesias
55
Adivinhas
O QUE O QUE É:
7 8
O OBJETO QUE MAIS O QUE É O QUE É: ESTÁ NO MEIO
DO OVO E NÃO É A GEMA?
PESA NO MUNDO?
O QUE É O QUE É:
11 12
O QUE É O QUE É: ENTRA NA
TEM UMA PERNA MAIS ÁGUA, MAS NÃO SE MOLHA?
COMPRIDA QUE A OUTRA
E ANDA DIA E NOITE SEM
PARAR?
Fonte: https://www.todamateria.com.br/adivinhas-infantis
56
Fonte: Canva
Inventores
Inventores
Fonte: Canva
Fonte: Canva
57
Inventores
Receitas
Receitas
SALADA DE FRUTAS
INGREDIENTES:
1/2 MAMÃO PICADINHO;
1/2 MELÃO PICADINHO;
Fonte: Canva
MODO DE FAZER:
1. MISTURE TODAS AS FRUTAS COM O SUCO DE LARANJA (EXCETO A
BANANA).
2. COLOQUE A BANANA APENAS NA HORA DE SERVIR A SALADA, POIS
ELA ESTRAGA FACILMENTE, COMPROMETENDO TODO O GOSTO DA
SALADA.
3. SE DESEJAR, ACRESCENTE MANGA E ABACAXI PICADINHOS, OU
OUTRAS FRUTAS DE SUA PREFERÊNCIA, VOCÊ PODE SE INSPIRAR NA
IMAGEM AO LADO PARA ESCOLHER OUTROS SABORES.
Fonte: https://www.queroreceita.com.br/salada-de-fruta/772 (adaptada)
BOLO DE CENOURA
INGREDIENTES:
3/4 DE COPO DE ÓLEO;
2 CENOURAS GRANDES, DESCASCADAS E CORTADAS EM PEDAÇOS;
Fonte: Canva
MODO DE FAZER:
1. BATA NO LIQUIDIFICADOR: AS CENOURAS, ÓLEO, ÁGUA, OVOS, E O
AÇÚCAR.
2. DESPEJE EM UMA BACIA E ACRESCENTE A FARINHA E O FERMENTO.
MISTURE BEM
3. ASSE EM FORNO MÉDIO, EM TABULEIRO OU FORMA COM FURO
UNTADA COM MARGARINA E POLVILHADA COM FARINHA.
4. SE PREFERIR, FINALIZE COM A COBERTURA DE SUA PREFERÊNCIA.
58
Cantigas
Cantigas
59
Inventores
Piadas
Ilustrações: Canva
Fonte: https://www.maioresemelhores.com/melhores-piadas-para-criancas/
60
APÓS RECORTAR E REALIZAR A ATIVIDADE, DESCARTE OS RESÍDUOS DE PAPEL.
LEMBRE-SE: PAPEL É UM RESÍDUO RECICLÁVEL, PORTANDO PODE SER ENCAMINHADO PARA A COLETA SELETIVA.
TRINCA
MÁGICA
Fonte: Canva
61
APÓS RECORTAR E REALIZAR A ATIVIDADE, DESCARTE OS RESÍDUOS DE PAPEL.
LEMBRE-SE: PAPEL É UM RESÍDUO RECICLÁVEL, PORTANDO PODE SER ENCAMINHADO PARA A COLETA SELETIVA.
63
APÓS RECORTAR E REALIZAR A ATIVIDADE, DESCARTE OS RESÍDUOS DE PAPEL.
LEMBRE-SE: PAPEL É UM RESÍDUO RECICLÁVEL, PORTANDO PODE SER ENCAMINHADO PARA A COLETA SELETIVA.
65
APÓS RECORTAR E REALIZAR A ATIVIDADE, DESCARTE OS RESÍDUOS DE PAPEL.
LEMBRE-SE: PAPEL É UM RESÍDUO RECICLÁVEL, PORTANDO PODE SER ENCAMINHADO PARA A COLETA SELETIVA.
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APÓS RECORTAR E REALIZAR A ATIVIDADE, DESCARTE OS RESÍDUOS DE PAPEL.
LEMBRE-SE: PAPEL É UM RESÍDUO RECICLÁVEL, PORTANDO PODE SER ENCAMINHADO PARA A COLETA SELETIVA.
Fonte: Canva
Fonte: Canva
Fonte: Canva
69
Divisão Técnica de Comunicação Educacional
Colaboração: Ana Paula O. A. Santos, Anna Solano,
Bárbara Braz, Carla Maio, Camila Rhodes, Danielle Chaves,
Diego Alves, Eduardo Calabria, Gabriel de Almeida Bastos,
Gezer Amorim, Maira Kami, Mateus Barboza, Rodolfo
Santana e William Ferreira.