Código de Obras de Botucatu - SP

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LEI Nº 2482, DE 01 DE JULHO DE 1985.

INSTITUI O CÓDIGO DE OBRAS DO MUNICÍPIO.

Dr. ANTÔNIO JAMIL CURY, Prefeito Municipal de Botucatu, usando de suas atribuições legais, faz saber
que a Câmara Municipal decretou e ele sanciona e promulga a seguinte lei:

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º A execução de projetos de construção, reforma ou ampliação de edifícios e de instalações


complementares dependerá sempre de aprovação pela Prefeitura, consoante às disposições dos Títulos
seguintes, obedecidas as normas federais e estaduais relativas à matéria.

TÍTULO I
DAS NORMAS ADMINISTRATIVAS DE PROCEDIMENTO

CAPÍTULO I
DA APROVAÇÃO DE PROJETOS

Seção I
Da Apresentação de Projetos e Edificações

Art. 2ºO requerimento de aprovação de projetos pela Prefeitura Municipal, será submetido à apreciação
do órgão competente, assinado pelo proprietário e pelo engenheiro ou arquiteto responsável e instruído
com os seguintes documentos;

Art. 2º O requerimento de aprovação de projetos pela Prefeitura Municipal, será submetido à apreciação
do órgão competente, assinado pelo proprietário e pelo engenheiro ou arquiteto responsável, juntamente
com plantas e memoriais, não podendo haver colagens, rasuras, devendo conter informações técnicas
estritamente necessárias para aprovação e instruído com os seguintes documentos: (Redação dada pela
Lei Complementar nº 345/2003)

I - registro da obra no IAPAS;

II - anotação de responsabilidade técnica (ART);

II - Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), devidamente conferida pela Inspetoria do CREA.


(Redação dada pela Lei nº 2859/1989)

II - ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) - CREA (Conselho Regional de Engenharia e


Arquitetura) ou RRT (Registro de Responsabilidade Técnica) - CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo).
(Redação dada pela Lei Complementar nº 950/2012)

III - certidão negativa de débitos Municipais, relativa ao imóvel do projeto;

III - Certidão Negativa de Débitos Municipais, relativa ao Imóvel do Projeto ou cópia do carne ou
comprovante do IPTU do ano em curso, quitado até a data do projeto. (Redação dada pela Lei nº
2859/1989)

IV - memorial descritivo em 4 vias contendo nome e assinatura do proprietário, do autor do projeto,


do engenheiro ou empresa responsável pela execução da obra com os respectivos números de registro na
Prefeitura e no CREA;

IV - memorial descritivo em 05 (cinco) vias do projeto contendo o nome e assinatura do proprietário,


do autor do projeto, do engenheiro ou arquiteto responsável pela execução da obra, com os respectivos
números de registro na Prefeitura Municipal de Botucatu e no CREA; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 345/2003)

V - pranchas de desenho que deverão espelhar fielmente a obra a ser executada, apresentadas dentro
dos padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em 4 vias, contendo no mínimo:

V - pranchas de desenho que deverão espelhar fielmente a obra a ser executada apresentada dentro
dos padrões das normas técnicas, em 05 (cinco) vias, contendo no mínimo: (Redação dada pela Lei
Complementar nº 345/2003)

a) quadro de legenda, nº 1, anexo;


b) planta do (s) pavimento (s) na escala de 1:100 ou 1:50, dando destinação de cada pavimento e/ou
compartimento, suas dimensões e superfícies, espessura das paredes, dimensões do terreno, área e
poços de ventilação, além do contorno do terreno, com os recuos devidamente cotados, indicação das
posições dos cortes e cotas das aberturas;
b) planta dos pavimentos na escala 1:100, dando destinação de cada pavimento e/ou compartimento,
suas dimensões e superfícies, espessuras das paredes, dimensões do terreno, área e postos de ventilação,
além da implantação da construção no terreno com recuos devidamente cotados, indicação de posição de
cortes e cota das aberturas. A referida implantação poderá ser representada na escala 1:200; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 345/2003)
c) cortes transversais e longitudinais na escala 1:100 ou 1:50, com a indicação da numeração dos
pavimentos, altura de pés direito, dimensões de aberturas de iluminação e ventilação, altura de peitoris,
barras impermeáveis, nível de pisos em relação ao "grade" da rua e desnível do terreno, quando for o
caso;
c) cortes transversais e longitudinais na escala 1:100, com indicação de numeração dos pavimentos,
altura dos pés direitos, dimensões dos peitoris, barras impermeáveis, níveis de pisos em relação ao grade
da rua e desnível do terreno, quando for o caso; (Redação dada pela Lei Complementar nº 345/2003)
d) plantas de cobertura na escala 1:200, indicando a porcentagem e o sentido do caimento do
telhado;
e) representação de fachadas e outras elevações externas na escala 1:100 ou 1:50, voltadas para
logradouros públicos.
e) representação de fachadas e outras elevações externas na escala 1:100, voltadas para logradouros
públicos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 345/2003)

VI - Titulo de Propriedade do Imóvel ou Documento comprobatório de posse justa do Imóvel obtido


através de instrumento de promessa de compra e venda ou cessão de transferência de direito
acompanhado de suas dimensões devidamente registrados. (Redação acrescida pela Lei nº 2859/1989)
VI - cópia da escritura ou contrato de compra do imóvel devidamente registrado; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 160/1996)

VI - Título de Propriedade do imóvel ou Documento comprobatório de posse justa do Imóvel obtido


através de instrumento de promessa de compra e venda ou cessão de transferência de direito
acompanhado de suas dimensões. (Redação dada pela Lei Complementar nº 172/1997)

VII - requerimento endereçado ao Prefeito Municipal solicitando a aprovação do Projeto. (Redação


acrescida pela Lei Complementar nº 160/1996)

Parágrafo Único. Quando se tratar de edificação de grande por te, poderão ser utilizadas para as
plantas dos pavimentos, escalas adequadas acompanhadas de detalhes explicativos para a compreensão
e definição do projeto.

Seção II
Da Habilitação Profissional

Art. 3º É considerado legalmente habilitado para conduzir, dirigir, executar e projetar, o profissional que
satisfizer às exigências da legislação federal, estadual e às desta lei.

Art. 4º É obrigatório o registro na Prefeitura dos profissionais ou empresas legalmente habilitados.

§ 1º O registro será feito no órgão competente da Prefeitura mediante apresentação pelo interessado
dos seguintes documentos:

I - requerimento com endereço e telefone do interessado, contendo especificações dos documentos


apresentados;

II - carteira profissional expedida pelo CREA-SP;

II - carteira funcional expedida pelo CREA ou CAU; (Redação dada pela Lei Complementar nº
950/2012)

III - prova de quitação da anuidade do CREA-SP, através de certidão expedida pela Inspetoria Regional
do CREA-SP de Botucatu;

III - prova de quitação expedida pelo CREA ou CAU; (Redação dada pela Lei Complementar nº
950/2012)

IV - CIC e RG, duas fotos 3x4;

V - inscrição municipal do contribuinte;

VI - prova de quitação do ISS até o trimestre em questão.

§ 2º Quando se tratar de empresa, serão exigidos, além dos documentos especificados no § 1º, a
documentação relativa à sua constituição legal e prova da quitação do imposto sindical.

§ 3º Do registro do profissional constarão anotações de atribuições, de títulos e de ocorrências


profissionais.

§ 4º No registro da empresa constarão, ainda, o Certificado do registro expedido pelo CREA-SP, e a


necessária identificação dos responsáveis técnicos.

§ 4º No registro da empresa constarão, ainda, o Certificado do registro expedido pelo CREA ou CAU, e
a necessária identificação dos responsáveis técnicos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 950/2012)

Art. 5º Os projetos, especificações e memoriais submetidos à aprovação da Prefeitura, deverão conter o


nome por extenso, número de inscrição municipal, de registro no CREA-SP, CIC e/ou RG. e assinatura do
profissional responsável, bem como a indicação da função, seja como autor do projeto arquitetônico,
estrutural e fundações, de instalações complementares, ou como construtor da edificação.

Art. 5º Os projetos, especificações e memoriais submetidos à aprovação da Prefeitura, deverão conter o


nome por extenso, número de inscrição municipal, de registro no CREA ou CAU, CPF e RG, e assinatura do
profissional responsável, bem como a indicação da função, seja como autor do projeto arquitetônico,
estrutural e fundações, de instalações complementares, ou como construtor da edificação. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 950/2012)

Art. 6º Para projetar, a responsabilidade profissional poderá ser de um ou mais profissionais.

Art. 7º Os projetos, especificações e memoriais ou a execução de obras e de instalações


complementares, são de inteira responsabilidade dos profissionais que os conduzam, dirijam, executem e
projetem.

Parágrafo Único. Excetua-se dessa exigência, a aprovação de croqui com todos os dados
indispensáveis, notadamente as dimensões da construção, que não deverá exceder a 25 metros
quadrados, desde que não seja obra com estrutura de concreto armado, onde deverá haver um
engenheiro responsável. (Revogado pela Lei nº 2739/1988)

Art. 8º Quando houver substituição de profissional responsável pela execução da edificação, o fato
deverá ser comunicado ao órgão competente da Prefeitura.

§ 1º A comunicação deverá ser feita pelo proprietário do imóvel, ou pelo profissional responsável pela
execução da edificação.

§ 2º Ao assumir a responsabilidade pela execução da edificação, o novo profissional deverá


comparecer ao órgão competente da Prefeitura, com o novo Art. e novo requerimento ao Prefeito.

§ 2º Ao assumir a responsabilidade pela execução da edificação, o novo profissional deverá


comparecer ao órgão competente da Prefeitura, com o novo ART/CREA ou RRT/CAU e novo requerimento
ao Prefeito. (Redação dada pela Lei Complementar nº 950/2012)

Seção III
Da Consulta Prévia

Art. 9º A elaboração do projeto a ser submetido à aprovação da Prefeitura poderá ser precedida de
consulta prévia ao órgão competente, cujo procedimento será o previsto em regulamento.

Seção IV
Da Apresentação de Projetos de Modificações e Acréscimos

Art. 10 Todas as exigências relativas à apresentação de projetos arquitetônicos para edificação são
extensivas aos projetos de substituição, reforma, reconstrução ou acréscimo.

§ 1º Os projetos referidos no presente artigo devem ser acompanhados de memorial que especifique
detalhadamente as obras a serem executadas.

§ 2º As cores convencionais para apresentação de projetos de reforma, reconstrução ou acréscimo


são as seguintes:

a) linha preta, azul ou contínua para as partes a conservar ou existentes;


b) linha amarela ou tracejada para as partes a demolir;
c) linha vermelha ou hachura para as partes a construir ou renovar.

§ 3º O órgão competente da Prefeitura efetuará vistoria no local das obras referidas no artigo.

Seção V
Da Dispensa de Projeto

Art. 11 Independem da apresentação de projeto arquitetônico, as seguintes obras de edificação em


geral:

I - rebaixamento de meios fios;

II - pinturas em edifícios;

III - construção de muros divisórios de lotes;

IV - reparos nos revestimentos das edificações; (Revogado pela Lei Complementar nº 345/2003)

V - substituição de telhas, esquadrias, forros ou assoalhos;

VI - construção de passeios;

VII - concessão de croqui até 25 m², exceto obra estrutural.

Parágrafo Único. É obrigatória a autorização para a execução das obras que cuida este artigo nos itens
I e VI.

Art. 12 Fica, outrossim, dispensado de apresentação de projeto assinado por profissional responsável,
todo e qualquer aumento de prédios, desde que não ultrapasse 25 m², bastando:
I - requerimento solicitando aprovação do croqui;
II - 4 (quatro) vias do croqui da obra a ser executada, assinadas pelo proprietário, das quais conste
planta baixa na escala 1:100, cortes, fachada, se desta houver alteração, e quadro legenda nº 1, anexo.
Parágrafo Único. A dispensa a que se trata este artigo será concedida somente a cada 2 anos, não
valendo esta exigência para edificações de interesse social. (Revogado pela Lei nº 2739/1988)

Seção VI
Da Validade da Aprovação do Projeto

Art. 13A aprovação do projeto será válida pelo prazo de 6 meses, contados a partir da data do despacho
que o deferiu.
§ 1º Findo este prazo e não tendo sido iniciada a obra, a aprovação perderá a validade.

§ 2º A obra será considerada iniciada com a execução de sua fundação.

§ 3º O projeto poderá ser revalidado por igual período, mediante solicitação do interessado, desde
que não tenham havido modificações nas diretrizes de uso do solo para o local.

CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO, INFRAÇÕES E PENALIDADES

Seção I
Da Fiscalização

Art. 14 A execução da edificação ficará sujeita à fiscalização municipal.

Art. 15 Dar-se-á a fiscalização:

I - antes do início da obra, quando se tratar de modificação e/ou acréscimo;

II - durante a execução dos alicerces;

III - durante a execução da cobertura;

IV - na conclusão da obra, antes da concessão do habite-se;

V - a qualquer tempo, a critério do órgão competente da Prefeitura.

Parágrafo Único. O responsável pela execução da construção deverá manter no local da obra uma via
do projeto aprovado e do memorial descritivo, a fim de propiciar a vistoria.

Art. 16 A fiscalização da execução de projetos de instalações complementares será de competência do


respectivo órgão ou concessionária de serviços públicos.

Seção II
Das Infrações

Verificada, através da vistoria, a ocorrência de infração a qualquer dos dispositivos desta lei, o
Art. 17
DIPROURB notificará a quem de direito, a fim de que seja providenciada a adequação da obra ao projeto.

Parágrafo Único. O notificado terá o prazo de 8 (oito) dias úteis para iniciar as obras de reparação,
prorrogável por igual período, mediante despacho do Prefeito, ouvido o órgão competente da Prefeitura.

Art. 18 Não atendida a notificação no prazo de que trata o artigo anterior, o fiscal lavrará o competente
auto de infração que conterá:

I - dia, mês, ano, hora e lugar em que foi lavrado;

II - nome, qualificação e endereço residencial ou do local de trabalho do Proprietário da obra;


III - descrição sucinta do fato determinante da infração;

IV - dispositivo infringido e a respectiva multa;

V - assinatura do autuante;

VI - assinatura do autuado.

Parágrafo Único. Se o infrator, ou quem o represente não puder ou não quiser assinar o auto, far-se-á
menção expressa dessa circunstância, por certidão, no verso do auto.

Art. 19 O infrator terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis, a partir da data da lavratura do auto de infração,
para apresentar defesa ao órgão competente da Prefeitura.

Seção III
Das Penalidades

Art. 20A multa de que se trata o inciso IV do Artigo 18, será aplicada ao proprietário da obra, conforme
Tabela anexa, a qual incidirá em dobro em caso de reincidência específica.

Art. 21 Independentemente de multa, caberá:

a) Embargo da obra quando:

I - não existir projeto aprovado;

II - desatendida a notificação de que trata o Art. 17;

III - desrespeitados o alinhamento e o nivelamento determinados pela Prefeitura ou quaisquer


condições do projeto aprovado;

IV - o construtor responsável não estiver habilitado junto à Prefeitura ou for substituído sem que esse
fato seja comunicado ao órgão competente.

b) Interdição da construção que apresente perigo de ruir, no todo ou em parte, ameaçando a


segurança pública.

Parágrafo Único. O proprietário da construção será intimado a promover, no prazo não superior a 5
(cinco) dias úteis, a demolição ou às reparações necessárias.

Art. 22Sem prejuízos das sanções civis e penais cabíveis, a Prefeitura, decorrido o prazo estabelecido no
parágrafo do Art. 21, procederá à demolição ou reparações que forem consideradas necessárias.

Parágrafo Único. Responderá o proprietário pelas despesas de correntes dos serviços executados pela
municipalidade, acrescidas de 30% (trinta por cento), calculadas sobre o montante da despesa, a título de
administração.

CAPÍTULO III
DA CONCESSÃO DO "HABITE-SE"

Art. 23 Concluída a obra, a ocupação do prédio somente será permitida após a expedição do respectivo
habite-se.
Parágrafo Único. A obra será considerada em condições legais de uso, quando o memorial descritivo
aprovado houver sido integralmente cumprido e estiver executada de acordo com o projeto aprovado.

Art. 24 Poderá ser expedido o "habite-se" parcial a pedido do interessado, quando houver condições
para a ocupação de parte do imóvel antes da conclusão total da obra.

Art. 25 O requerimento de vistoria para a concessão do "habite-se", assinado pelo proprietário e pelo
profissional responsável, deverá ser acompanhado de projeto aprovado, e comprovação da inexistência
de Débitos Municipais.

Art. 26 Por ocasião da vistoria, se for constatado que a obra não foi executada de acordo com o projeto
aprovado, aplicar-se-á o disposto no Capítulo II, Seção II, deste Título.

TÍTULO II
DAS NORMAS TÉCNICAS

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

As áreas, dimensões, pés-direitos, vãos de iluminação e ventilação dos compartimentos deverão


Art. 27
obedecer às Normas técnicas constantes das tabelas I, II, III, IV, V e VII anexas.

Art. 28 Os compartimentos das edificações serão classifica dos da seguinte forma:

I - de permanência prolongada;

II - de utilização transitória;

III - especiais;

IV - sem permanência.

§ 1º São compartimentos de permanência prolongada os espaços habitáveis por tempo longo e


indeterminado, tais como: dormitórios, salas de jantar, de estar, de visita, de jogos, de costura, de
estudos, gabinetes de trabalho, cozinhas e copas.

§ 2º São compartimentos de permanência transitória os espaços habitáveis ocasional ou


temporariamente por tempo determinado, tais como: vestíbulos, halls, corredores, passagens, caixas de
escadas, lavabos, vestiários, despensas, depósitos, lavanderias residenciais e W.C.

Seção I
Das Dimensões Mínimas Dos Compartimentos

Art. 29 Além do previsto nas tabelas referidas no Artigo 27, a área e dimensões dos compartimentos
deverá, no que couber, atender os seguintes requisitos:

I - Compartimentos sanitários contendo:

a) somente bacia: 1,20 m², com dimensão mínima de 1,00 m;


b) bacia e lavatório: 1,50 m², com dimensão mínima de 1,00 m;
c) bacia e chuveiro: 2,00 m², com dimensão mínima de 1,00 m;
d) bacia, chuveiro e lavatório: 2,50 m², com dimensão mínima de 1,00 m;
e) somente chuveiro: 1,20 m², com dimensão mínima de 1,00 m;
f) antecâmaras com ou sem lavatório: 0,90 m², com dimensão mínima de 0,90 m.

II - Vestiários: 6,00 m²

III - Corredores:

a) em habitações de uso privativo: largura mínima de 0,90 m;


b) uso comum ou coletivo: largura mínima de 1,20 m.

IV - Escadas:

a) uso privativo: largura mínima de 0,90 m;


b) uso coletivo: largura mínima de 1,20 m;
c) casos especiais (acesso a torres, adegas, similares): largura mínima de 0,60 m.

§ 1º Sempre que o número de degrau exceder a 19 (dezenove), deverá ser intercalado um patamar
com comprimento igual à largura da escada, desde que não inferior a 1,20 m.

§ 2º A largura mínima do degrau será de 0,25 m e a sua altura máxima (espelho) de 0,18 m, conforme
quadro nº 3, anexo.

§ 3º Entre o mínimo e o máximo indicado no parágrafo anterior, a plicar-se-á a fórmula:

0,60 = 2A+B = 0,65 m,

onde:

A = espelho e;
B = largura do piso.

§ 4º Nas escadarias de acesso a edifícios de uso institucional, a altura máxima do degrau será de 0,16
m e a largura mínima de 0,30 m.

§ 5º Serão permitidas escadas em leque nas edificações que tiverem o piso do último pavimento
situado a altura inferior a dez metros do piso do andar térreo.

§ 6º A largura mínima do piso das escadas em leque será de 0,08 m, devendo a meio metro do bordo
interno apresentar a largura não inferior a 0,25 m.

§ 7º Ficam dispensadas as exigências do parágrafo anterior para as escadas tipo caracol, admitidas
para acessos a torres, jiraus, adegas, ateliês e outros casos especiais.

§ 8º Os pisos dos degraus poderão apresentar saliência até 0,02 m, mas que não será computada na
dimensão mínima exigida. Os degraus das escadas de segurança não deverão ter nenhuma saliência, nem
espelhos inclinados.

Seção II
Da Insolação, Ventilação e Iluminação
Art. 30 Sem prejuízo dos requisitos das tabelas indicadas no artigo 27, a área iluminante dos
compartimentos deverá corresponder, no mínimo, a:

I - nos locais de trabalho e nos destinados a ensino, leitura e atividades similares: 1/5 da área do piso;

II - nos compartimentos destinados a dormir, estar, cozinhar, comer e em compartimentos sanitários:


1/8 da área do piso, com o mínimo de 0,60 m²;

III - nos demais tipos de compartimentos: 1/10 de área do piso, com o mínimo de 0,60 m².

§ 1º Não serão considerados insolados ou iluminados os compartimentos cuja profundidade, a partir


da abertura iluminante, for maior que três vezes seu pé direito, incluída na profundidade a projeção das
saliências, alpendres ou outras coberturas.

§ 2º Os alpendres, varandas ou áreas de serviços cobertos, destinados a iluminar outros


compartimentos, deverão ter dimensões tais que a sua profundidade não exceda a largura da abertura
iluminante.

§ 3º As pérgulas, quando situadas sobre aberturas necessárias à insolação, iluminação e ventilação


dos compartimentos, ou para que sua projeção não seja incluída na taxa de ocupação e possa ser
executada nos recuos obrigatórios, deverão, atender ao seguinte:

a) terão parte vazada, uniforme, por m², de no mínimo 50% (cinquenta por cento) de sua projeção
horizontal;
b) as partes vazadas não terão dimensão inferior a 2 (duas) vezes a altura da nervura; e
c) somente 20% (vinte por cento) da extensão do perímetro de sua projeção horizontal poderá ser
ocupada pelas colunas de sustentação. (Redação acrescida pela Lei nº 2859/1989)

Art. 31 Nos compartimentos de permanência prolongada será tolerada a iluminação e ventilação através
de alpendres, varandas e áreas de serviços, obedecido o disposto nos parágrafos do artigo anterior.

Art. 32 Nos compartimentos de permanência transitórias e também copa e cozinha, será permitida
iluminação zenital, obedecidos os níveis de aclaramento de que trata o Art. 30.

Art. 33 A área de ventilação natural deverá ser em qualquer caso, no mínimo, igual à metade da
superfície de iluminação natural.

Art. 34 Os compartimentos destinados a escritórios, comércio e serviços, poderão ter iluminação


artificial e ventilação mecânica, desde que comprovada a sua necessidade e atendidas as normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Parágrafo Único. Para os subsolos, a autoridade competente poderá exigir a ventilação artificial ou
demonstração técnica de suficiência da ventilação natural.

Seção III
Dos Prédios Com 1 Pavimento ou Altura Inferior a 4,00 m

Consideram-se suficientes para insolação, iluminação e ventilação de quaisquer compartimentos,


Art. 35
em prédios de um pavimento e de até 4,00 m de altura:

I - Espaços livres fechados com área não inferior a 6,00 m e dimensão mínima de 2,00 m;
II - Espaços livres abertos nas duas extremidades ou em uma delas (corredores), de largura não
inferior a 1,50 m, que quando junto às divisas do lote, quer quando entre corpos edificados no mesmo
lote, de altura não superior a 4,00 m.

§ 1º A altura referida neste artigo será altura média no plano da parede voltada para a divisa do lote
ou para outro corpo edificado.

§ 2º Os espaços livres fechados e abertos referidos nos itens I e II do artigo, são definidos de acordo
com o quadro nº 2.

Seção IV
Dos Prédios Com Mais de 1 Pavimento ou Altura Superior a 4,00 m.

Art. 36 Consideram-se suficientes para insolação, iluminação e ventilação de dormitórios, salas, salões,
escritórios e locais de trabalho, em prédios de mais de 1 pavimento ou altura superior a 4,00 m:

I - Espaços livres fechados, que contenham em plano horizontal, área equivalente a H2/4 (H ao
quadrado dividido por quatro), onde H representa a diferença de nível entre o teto do pavimento mais
alto e o piso do pavimento mais baixo a ser isolado, iluminado ou ventilado, permitindo o escalonamento;

II - Os espaços livres abertos nas duas extremidades ou em uma delas (corredores), junto às divisas do
lote ou entre corpos edificados, de largura maior ou igual a H/6, com o mínimo de 2,00 m.

III - Para efeito de insolação, ventilação e iluminação, a altura (H) da edificação a ser considerada é a
diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto do edifício e o piso do pavimento a ser ensolarado,
ventilado e iluminado, independente dos pavimentos abaixo; (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 160/1996)

IV - Cada pavimento deve ser considerado isoladamente, sendo permitido o escalonamento quando
for necessário; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 160/1996)

V - Poderão ser descontados, para efeito da altura (H) os compartimentos sobrelevados destinados
exclusivamente a caixas d`água e casa de máquinas ou qualquer outro compartimento sem permanência
humana; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 160/1996)

VI - Cada pavimento não poderá ter recuos menores do que os exigidos para o pavimento
imediatamente abaixo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 160/1996)

VII - Marquises, sacadas, alpendres, terraços e assemelhados em balanço e sem cobertura não devem
ser considerados como área construída. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 160/1996)

Parágrafo Único. A dimensão mínima do espaço livre fechado, referido no inciso I, será igual ou
superior a H/4, desde que não inferior a 2,00 m, e a sua área não inferior a 10,00 m², podendo ter
qualquer forma, desde que nela possa ser inscrito no plano horizontal, um círculo de diâmetro igual a
H/4.

Art. 37 Para iluminação e ventilação de cozinhas, copas e dispensas serão suficientes:

I - espaços livres fechados com:

a) 6,00 m² em prédios de até 3 pavimentos e altura não superior a 10,00 m;


b) 6,00 m² de área, mais 2,00 m² por pavimentos excedente de 3, com dimensão mínima de 2,00 m e
relação entre seus lados de 1:1,5 em prédios de mais de 3 pavimentos ou altura superior a 10,00 m.

II - Espaços livres abertos de largura não inferior a:

a) 1,50 m em prédios de 3 pavimentos ou 10,00 m de altura;


b) 1,50 m mais 0,15 m por pavimento excedente de 3, em prédios de mais de 3 pavimentos.

Art. 38 Para ventilação de compartimento sanitário, caixas de escadas e corredores com mais de 10,00 m
de comprimento será suficiente o espaço livre fechado com área mínima de 4,00 m², em prédio de até 4
pavimentos.

Parágrafo Único. Em prédios com mais de 4 pavimentos, haverá um acréscimo de 1,00 m² por
pavimento e a dimensão mínima não poderá ser inferior a 1,50 m, obedecendo a proporção de 1:1,5
entre seus lados.

Art. 39 Nos compartimentos sanitários de qualquer tipo de edificação será admitida:

I - Ventilação indireta, através de compartimento contíguo, por meio de duto, obedecidos os


seguintes requisitos:

a) Seção não inferior a 0,40 m²;


b) dimensão vertical mínima de 0,40 m;
c) extensão não superior a 4,00 m;
d) aberturas teladas e comunicação com o exterior.

II - Ventilação natural por meio de chaminé de tiragem, que contenha:

a) seção transversal onde possa ser inscrito um círculo de diâmetro mínimo igual a 0,60 m;
b) área mínima correspondente a 6 cm por metro de altura;
c) base e cobertura com comunicação com o exterior.

CAPÍTULO II
DAS NORMAS GERAIS PARA CONSTRUÇÕES

Seção I
Das Fachadas

Art. 40 As fachadas da edificação deverão receber tratamento arquitetônico, quer fiquem voltadas para
os logradouros ou para o interior do lote.

Parágrafo Único. As fachadas situadas no alinhamento do lote deverão receber acabamento


adequado à paisagem urbana.

Art. 41 Nas zonas onde forem permitidas construções no alinhamento, estas deverão observar as
seguintes condições:
I - Edificações que ultrapassem o alinhamento em balanço:
a) projeção no plano horizontal até o limite máximo de 2/3 do passeio, não excedendo a 0,80 m.
b) altura mínima de 3,00 m em relação a qualquer ponto do passeio.
II - Edificações com marquise em balanço:
a) projeção sobre o passeio até 2/3 da largura deste, não excedendo a 3,00 m e mantendo o
afastamento mínimo de 0,60 m ao longo do meio fio;
b) altura mínima de 3,00 m em relação a qualquer ponto do passeio;
c) não oculte ou prejudique árvores, semáforos, postes luminárias, fiação aéreas, placas ou outros
elementos de informação, sinalização ou instalação pública;
d) seja dotado de condutores para águas pluviais, embutidos nas paredes e passando sob o passeio
até alcançar a sarjetas;
e) não contenha grades, peitoris ou guarda-corpos;
f) quando de esquina de logradouros, deverão ter seus cantos, chanfrados ou arredondados,
acompanhando o alinhamento das guias, obedecendo o afastamento mínimo de 0,60 metros em
qualquer ponto.
III - Edificações residenciais com aberturas de iluminação voltadas para a via pública:
a) altura mínima de 1,80 metros a partir do nível do passeio, qualquer que seja o comprimento;
b) projeção máxima de 0,10 metros sobre o passeio público, a contar da face externa da parede, dos
componentes de vedação das aberturas, quando acionados.

Art. 41 Nas zonas onde foram permitidas construções no alinhamento, estas, deverão obedecer o
seguinte:

I - Balcões ou terraços, quando abertos e descobertos que formem corpos salientes; marquises,
beirais, coberturas, motivos arquitetônicos, molduras, vitrines, que não constituam áreas de piso e que
atendam:

a) altura mínima de 3,00 (três) metros em relação a qualquer ponto do passeio;


b) não avancem mais de 1,20m (um metro e vinte centímetros), ou 50% (cinquenta por cento) do
passeio, quando este tiver menos que 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);
c) não apresentem elementos de sustentação sobre o referido passeio;
d) não oculte ou prejudique árvores, semáforos, pontes, luminárias, fiação aérea, placas ou outros
elementos de informação, sinalização ou instalações publicas;
e) sejam dotados de condutores para águas pluviais, embutidos nas paredes e passando sob o
passeio até alcançar as sarjetas;
f) quando de esquina deverão ter seus cantos chanfrados ou arredondados, acompanhando o
alinhamento das guias, obedecendo o afastamento mínimo de 0,60m (sessenta centímetros), em
qualquer ponto.

II - Poderão, também, invadir as faixas de recuos obrigatórios, os balcões ou terraços abertos e


descobertos, que formam corpos salientes, marquises, beirais e coberturas, com projeção superior a
1,00m (um metro), motivos arquitetônicos, molduras, vitrines que não constituam área de piso que
atendam:

a) altura mínima de 3,00m (três metros) em relação a qualquer ponto do solo;


b) não avancem mais de 1,20m (um metro e vinte centímetros) ou 50% (cinquenta por cento) sobre o
referido recuo de frente, quando este tiver mais de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);
c) não apresentam elementos de sustentação sobre o referido recuo.

III - Serão computados na área construída total, os balcões, terraços abertos e descobertos,
marquises, vitrines, beirais e coberturas acima de 1,00m (um 1 metro) de projeção. (Redação dada pela
Lei nº 2859/1989)

IV - Subsolo: subsolo é aquele imediatamente inferior ao primeiro pavimento, podendo ultrapassar


até 1,00 metro do nível médio da guia de frente à testada do terreno, de menor declividade.

V - As portarias e guaritas poderão localizar-se nas faixas de recuos mínimos obrigatórios desde que
observem os seguintes requisitos:
a) terão pé direito mínimo de 2,30 metros;
b) qualquer de suas dimensões não poderá ser superior a 3,00 metros, inclusive projeção de
cobertura;
c) a área máxima da construção será de 9,00 metros quadrados, permitidos beirais nos perímetros da
construção com máximo de 0,60 metros;
d) os beirais deverão, em sua projeção, obedecer a altura mínima de 3,00 metros do passeio público;
e) poderão dispor internamente de instalação sanitária desde que obedeçam a área máxima da
construção, conforme inciso III;
f) ficarão afastadas da edificação principal e das divisas laterais, no mínimo 1,50 metros;
g) nas zonas onde não for exigido recuo frontal, as guaritas e portarias somente deverão atender ao
inciso I. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 345/2003)

Seção II
Das Instalações Provisórias

DOS TAPUMES, PLATAFORMAS DE SEGURANÇA E ANDAIMES

Art. 42 Será obrigatória a colocação de tapumes nas obras de construção, reforma ou demolição com
recuo até 2,00 metros.

§ 1º As obras de demolição somente serão autorizadas após requerimento do interessado, atendido a


critério do órgão competente da Prefeitura, respeitadas, porém, as exigências desta lei.

§ 2º Os tapumes deverão ser construídos com a altura mínima de 2,20 metros em relação ao nível do
passeio.

Art. 43 Será permitido o tapume que avance até a metade da largura do passeio, observando o limite
máximo de 3,00 metros, durante o tempo necessário à execução das obras junto ao alinhamento do
logradouro.

Parágrafo Único. Comprovado que a utilização temporária do passeio é indispensável para a execução
da parte da obra junto ao alinhamento, será admitido o avanço superior ao previsto neste Artigo, pelo
tempo estritamente necessário, a critério do órgão competente da Prefeitura, desde que pelo menos 1,00
metro de largura do passeio fique livre para utilização de pedestres.

Art. 44 Durante o tempo dos serviços de construção, reforma ou demolição, até a conclusão da alvenaria
externa:

I - Será obrigatória a colocação de plataformas de segurança com espaçamento vertical máximo de


8,00 m, em todas as faces de construção onde não houver vedação externa aos andaimes.

II - a critério do órgão competente será permitida a utilização de parte do logradouro público para
carga ou descarga de materiais de construção para canteiros de obras, instalações provisórias ou outras
ocupações.

III - deverá ser mantido o revestimento do passeio fronteiro, de forma a oferecer boas condições de
trânsito aos pedestres.

Parágrafo Único. A plataforma de segurança consistirá em um estrado horizontal, com largura mínima
de 1,20 m, dotado de guarda corpo todo fechado, com altura mínima de 1,00 metro e inclinação
aproximadamente de 45º, em relação à horizontal, executada de forma a resistir a impacto e à ação dos
ventos.
Art. 45 Na fase de acabamento externo das construções ou reformas poderão ser utilizados andaimes
mecânicos, desde que apresentem condições de segurança.

Art. 46O tapume e a plataforma de segurança, bem como a vedação fixa externa aos andaimes e os
andaimes mecânicos e suas respectivas vedações, deverão ser utilizados exclusivamente nos serviços de
execução da obra, não podendo ser aproveita dos para outras finalidades.

Art. 47 Os tapumes, as plataformas de segurança, a vedação fixa externa aos andaimes, os andaimes
mecânicos e as instalações temporárias não poderão prejudicar a arborização, a iluminação pública, a
visibilidade de placas, aviso ou sinais de trânsito, e outras instalações de interesse público.

Art. 48Após o término das obras ou no caso de sua paralização por tempo superior a três meses,
quaisquer elementos que avancem sobre o alinhamento dos logradouros deverão ser retirados,
desimpedindo-se o passeio e reconstruindo-se imediatamente o seu revestimento.

Art. 49 Serão permitidas instalações temporárias, tais como, barracões, depósito, escritório de campo,
compartimentos de vestiário, necessários à execução da obra, bem como, escritórios de exposição e
divulgação de venda exclusivamente das unidades autônomas da construção a ser feita no local.

§ 1º As instalações temporárias de madeira ou similar, terão dimensões proporcionais ao vulto da


obra e permanecerão apenas enquanto durarem a execução desta.

§ 2º Sua distribuição no canteiro da obra observará os preceitos de higiene, salubridade, segurança e


funcionalidade.

Seção III
Das Paredes

Art. 50As paredes externas das edificações deverão ser impermeáveis, resistentes e garantir isolamento
termo acústico.

Art. 51 As paredes comuns a duas unidades independentes, deverão proporcionar isolamento termo
acústico, resistência e impermeabilidade, correspondente a uma parede de alvenaria de tijolos comuns de
barro maciço, revestida com argamassa de cal e areia, com espessura acabada de 0,25 metros, no mínimo
elevadas acima do forro, de forma a impedir a passagem de uma unidade à outra.

Art. 52 As paredes de tijolos de barro ou cerâmica, localiza das sobre as divisas do lote, deverão ter,
obrigatoriamente, espessura mínima de 0,25 metros e elevar-se acima da cobertura do prédio, com altura
suficiente para que seja instalado o dispositivo para captação de águas pluviais.

Art. 53 As paredes laterais e do fundo, desde que não contenham abertura, poderão estar situadas a
uma distância mínima de 1,00 m das divisas, sem necessidade de dispositivos para captação de águas
pluviais, podendo o beiral avançar no máximo 0,60 metros.

Art. 54 As paredes voltadas para os logradouros públicos, com recuo inferior a 3,00 m, deverão ter
obrigatoriamente, espessura mínima de 0,25 m.

Seção IV
Das Guias, Muros, Muretas e Calçadas
Art. 55 Os terrenos não edificados, com frente para as vias e logradouros públicos, dotados de
calçamento ou guias de meios fios, localizados no perímetro urbano de Botucatu, serão obrigatoriamente
fechados nos alinhamentos com muro de alvenaria, revestidos ou de concreto, medindo 0,50 m (meio
metro) de altura e deverão ser margeados por calçadas até o limite da guia de meio fio.

§ 1º Na zona estritamente comercial e zona predominante comercial, será obrigatória a construção de


muro com altura - de 1,80 metros e calçadas.

§ 2º Serão permitidos passeios em piso de concreto, ladrilho hidráulico antiderrapante ou piso


mosaico português, de acordo com o projeto fornecido pela Prefeitura Municipal.

§ 3º A Administração poderá dotar projetos específicos de calçadas, padronizando-as de acordo com


as características de cada zona.

Art. 56 A construção de muro depende de alvará de licença e de alinhamento, a ser requerido pelo
responsável junto à administração municipal.

Parágrafo Único. O alvará de alinhamento poderá ser dispensado, a critério da Prefeitura, no caso de
imóveis que acompanhem o alinhamento existente, em vias e logradouros dotados dos melhoramentos
referidos no artigo anterior.

Art. 57A Prefeitura, poderá dispensar a construção de muro quando os terrenos se localizarem junto a
córregos, ou apresentarem acentuado desnível, em relação ao leito dos logradouros, que não permitam a
execução da obra.

§ 1º Dispensar-se-á, igualmente, a construção de muro em terrenos com alvará de construção em


vigor, desde que o início das obras se dê até 90 (noventa) dias, a contar da data do despacho de
aprovação de projeto.

§ 2º O prazo previsto poderá, a critério da Administração, desde que devidamente justificado, ser
prorrogado por igual período.

Art. 58 Considerar-se-á como inexistente o muro cuja construção, reconstrução ou conservação esteja
em desacordo com as normas técnicas, legais ou regulamentares, cabendo, ao responsável pelo imóvel, o
ônus integral pelas consequências advindas dessas irregularidades.

Art. 59 Os responsáveis por imóveis, edificados ou não, situados em vias ou logradouros públicos
dotados de calçamento ou guias são obrigados a construir os respectivos passeios e mantê-los em
perfeito estado de conservação.

Art. 59 Os responsáveis por imóveis, edificados ou não, situados em vias ou logradouros públicos
dotados de calçamento, guias e sarjetas, são obrigados a construir os respectivos passeios e mantê-los em
perfeito estado de conservação. (Redação dada pela Lei nº 4501/2004)

Art. 59 Os responsáveis por imóveis, edificados ou não, situados em vias ou logradouros públicos
dotados de guias e sarjetas, são obrigados a construir os respectivos passeios e mantê-los em perfeito
estado de conservação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 926/2011)

Parágrafo Único. Para os fins do disposto neste artigo, consideram-se inexistentes os passeios se:

a) construídos ou reconstruídos em desacordo com as especificações técnicas ou regulamentares;


b) o mau estado de conservação exceder a 1/5 (um quinto) de sua área total ou, caso inferior a essa
parcela, os consertos prejudicarem o aspecto estético ou harmônico do conjunto.

Art. 60 Na ausência de outra determinação, os passeios serão executados em concreto simples,


sarrafeado, de acordo com as especificações oferecidas pela Prefeitura.

Art. 61 Aplicam-se aos passeios no que diz respeito às exigências, prazos e dispensas, as disposições dos
artigos 56, parágrafo único, e 57 e seus parágrafos 1º e 2º.

Art. 62 Os responsáveis por imóveis não edificados, lindeiros a vias ou logradouros públicos, dotados de
calçamento ou de guias e sarjetas, são obrigados a mantê-los limpos, capinados, desinfetados e drenados,
com portão de acesso em perfeita ordem.

Art. 62 Os proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores, a qualquer título, ou responsáveis por
imóveis urbanos localizados no Município de Botucatu, lindeiros a vias ou logradouros públicos dotados
ou não de calçamento, guias e sarjetas, são obrigados a mantê-los limpos, capinados, desinfetados,
drenados, livres de mato, lixo, detritos, entulhos ou qualquer outro material nocivo à vizinhança e à
coletividade e com portão de acesso em perfeita ordem. (Redação dada pela Lei Complementar nº
926/2011)

Art. 63 São responsáveis pelas obras e serviços tratados nesta lei:

a) o proprietário, o titular de domínio útil ou possuidor do imóvel;


b) a concessionária de serviço público, se a necessidade de obras e serviços resultar de danos
provocados pela execução do contrato de concessão;
c) o município, em próprio de seu domínio ou sob sua guarda, bem assim, no caso de redução do
passeio, alteração de seu nivelamento, ou danos ocasionados pela execução de outros melhoramentos.

Parágrafo Único. Os próprios dos Governos Federal e Estadual, bem como os de suas entidades
paraestatais, ficam submetidos às exigências desta lei, celebrados, se necessário, convênios para seu
cumprimento.

Art. 64 Nos casos de conservação ou construção de muros ou passeios danificados por concessionária de
serviço público, fica esta obrigada a executar as necessárias obras ou serviços, dentro de 20 (vinte) dias, a
partir da data da respectiva notificação, sob pena de multa de 10 (dez) Valores Padrão (VP) por metro
linear, estabelecido pelo C.T.M. (Lei 2405/83).

Art. 65 Os responsáveis por imóveis edificados ou não, em, situação irregular quanto a muros, passeios
ou limpeza de terrenos, que tenham sido notificado nos termos do artigo 66 e que não a tenham
atendido, ficam sujeitos, por irregularidade constatada, à multa a ser aplicada em função do V.P., vigente
a data da competente autuação, com base na testada do imóvel, se a infração for relativa a muro e
passeio, ou com base na área total, quando referente à limpeza de terreno, obedecidas as seguintes
tabelas:
TABELA "A"
MURO E PASSEIO
TESTADA DO IMÓVEL
MULTA
______________________________________________
|Até 10 m | 2,50|V.P. |
|--------------------------------|------|------|
|Acima de 10 m até 20 m | 5,00|V.P. |
|--------------------------------|------|------|
|Acima de 20 m até 30 m | 10,00|V.P. |
|--------------------------------|------|------|
|Acima de 30 m até 40 m | 15,00|V.P. |
|--------------------------------|------|------|
|Acima de 40 m até 50 m | 20,00|V.P. |
|--------------------------------|------|------|
|Acima de 50 m até 100 m | 25,00|V.P. |
|--------------------------------|------|------|
|Acima de 100 m | 50,00|V.P. |
|________________________________|______|______|

TABELA "B"
LIMPEZA DO TERRENO
ÁREA DE TERRENO
MULTA

______________________________________________
|Até 250 m² | 1,00|V.P. |
|--------------------------------|------|------|
|Acima de 250 m² até 500 m² | 2,00|V.P. |
|--------------------------------|------|------|
|Acima de 500 m² até 1.000 m² | 4,00|V.P. |
|--------------------------------|------|------|
|Acima de 1.000 m² até 2.000 m² | 8,00|V.P. |
|--------------------------------|------|------|
|Acima de 2.000 m² até 5.000 m² | 20,00|V.P. |
|--------------------------------|------|------|
|Acima de 5.000 m² até 10.000 m² | 40,00|V.P. |
|--------------------------------|------|------|
|Acima de 10.000 m² até 16.000 m²| 66,00|V.P. |
|--------------------------------|------|------|
|Acima de 16.000 m² |100,00|V.P. |
|________________________________|______|______|

Parágrafo Único - As multas previstas no presente artigo, serão renováveis a cada 60 (sessenta) dias,
até que seja sanada a irregularidade.

Art. 65 Os responsáveis por imóveis edificados ou não em Situação irregular quanto a muros, passeios ou
limpeza de terrenos que tenham sido notificados nos termos do artigo 66 e que não tenham atendido,
ficam sujeitos per irregularidades constatada a multa a ser aplicada em função da UFM - Unidade Fiscal
do Município, vigente a data da competente autuação com base na testada do imóvel, se a infração for
relativa a muro e passeio, ou com base na área total, quando referente a limpeza de terreno, obedecida
as seguintes tabelas:
TABELA I
MURO E PASSEIO - por testada do imóvel...0,588 UFM.
TABELA II
LIMPEZA DE TERRENO - por metro quadrado de Terreno...0,023 UFM. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 99/1994)
Parágrafo Único. As multas previstas no presente artigo, serão renováveis a cada 30 (trinta) dias, até
que seja sanada a irregularidade. (Redação dada pela Lei Complementar nº 99/1994)

Art. 65 Os responsáveis por imóveis edificados ou não em situação irregular quanto a muros, passeios ou
limpeza de terreno que tenham sido notificados nos termos do artigo 66, da Lei nº 2482/85, alterado pela
Lei Complementar nº 139/95 e que não tomarem as providências necessárias, ficam sujeitos por
irregularidade ao pagamento de multa, com base na testada do imóvel, se a infração for relativa a muro e
passeio, ou com base na área total, quando referente a limpeza do imóvel, obedecidas as seguintes
tabelas:
TABELA I

________________________________________________________________
|MURO |Por testada do imóvel (por metro linear) | R$ 5,00|
|___________|__________________________________________|_________|

TABELA II

________________________________________________________________
|PASSEIO |Por testada do imóvel (por metro linear) | R$ 5,00|
|___________|__________________________________________|_________|

TABELA III

________________________________________________________________
|LIMPEZA DO|Por metro quadrado do imóvel | R$ 0,25| (Redação dada pela Lei Complementar nº 245/200
0)
|IMÓVEL | | R$ 0,50|
|___________|__________________________________________|_________| (Redação dada pela Lei Complementar nº 209/199
8)

Art. 65 Os responsáveis por imóveis edificados ou não, dotados de guia, sarjeta e ou pavimentação
asfáltica, em situação irregular quanto a muros, passeios e limpeza de terrenos que tenham sido
notificados nos termos do artigo 66 e que não tenham atendidos à notificação, ficam sujeitos ao
pagamento de multa a ser aplicada, com base na área lindeira a vias públicas do imóvel se a infração for
relativa a falta de construção de muro ou passeio ou com base na área total, quando referente a limpeza
do terreno, obedecidas as seguintes tabelas: (Redação dada pela Lei Complementar nº 390/2004)

TABELA I

________________________________________________________________
|MURO |Por divisa para via pública (metro linear)| R$ 7,00|
|___________|__________________________________________|_________| (Redação dada pela Lei Complementar nº 390/200
4)

TABELA I

________________________________________________________________
|MURO |Por divisa para via pública (metro linear)| R$ 15,00|
|___________|__________________________________________|_________| (Redação dada pela Lei Complementar nº 1177/20
15)

TABELA II

________________________________________________________________
|PASSEIO |Por divisa para via pública (metro | R$ 5,00|
| |quadrado) | |
|___________|__________________________________________|_________| (Redação dada pela Lei Complementar nº 390/200
4)

TABELA II
________________________________________________________________
|PASSEIO |Por divisa para via pública (metro | R$ 10,00|
| |quadrado) | |
|___________|__________________________________________|_________| (Redação dada pela Lei Complementar nº 1177/20
15)

TABELA III

________________________________________________________________
|LIMPEZA DO|Por metro quadrado | R$ 0,50|
|IMÓVEL | | |
|___________|__________________________________________|_________| (Redação dada pela Lei Complementar nº 390/200
4)

TABELA III

________________________________________________________________
|LIMPEZA DO|Por metro quadrado | R$ 5,50|
|IMÓVEL | | |
|___________|__________________________________________|_________| (Redação dada pela Lei Complementar nº 1177/20
15)

Art. 66 Para os fins previstos no artigo anterior, os responsáveis serão notificados, pessoalmente ou por
Edital para sanarem as irregularidades no prazo de 60 (sessenta) dias, para muro e/ou passeio e 15
(quinze) dias para limpeza de terreno.
§ 1º O termo fixado neste artigo poderá ser prorrogado no máximo, uma só vez e por igual período,
desde que ocorra motivo relevante, a juízo da Prefeitura, e mediante requerimento formulado no decurso
do prazo da notificação.
§ 2º Far-se-á a citação por edital apenas quando desconhecido o paradeiro do responsável,
circunstância a ser devidamente atestada pelo órgão encarregado de proceder à notificação pessoal.

Art. 66 Para os fins previstos no artigo anterior, os responsáveis serão notificados, pessoalmente ou por
Edital para sanarem as irregularidades no prazo de 30 (trinta) dias. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 99/1994)

Art. 66 Para fins previstos nos artigos anteriores, os responsáveis serão notificados pessoalmente, ou
pelo Correio, com aviso de recepção ou por Edital, para sanarem as irregularidades, no prazo de 30
(trinta) dias para muro e ou passeio e 10 (dez) dias para limpeza. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 139/1995)

Art. 67 Se as obras e serviços, a que se refere esta lei, não forem realizadas nos prazos fixados, a
Prefeitura, desde que julgue necessário, poderá executá-los cobrando, dos responsáveis omissos, o custo
apropriado das obras e serviços, devidamente acrescido de percentual de 100% (cem por cento), a título
de administração, sem prejuízo, ainda, da cobrança de multa devida, de juros, correção monetária e
demais despesas advindas da exigibilidade do débito.
Parágrafo Único. A apropriação do custo das obras e serviços e demais despesas oriundas da sua
exigibilidade, a que se refere o presente artigo, serão estabelecidas na forma, prazos e condições
regulamentares, a serem baixados em ato do executivo.

Art. 67 Se as obras e serviços a que se refere esta Lei, não forem realizadas nos prazos fixados, poderão
ser executadas pela Prefeitura, ou por terceiros, mediante licitação pública, cobrando-se, dos
responsáveis, omissos, o custo apropriado das obras e serviços, devidamente acrescido de percentual de
100% (cem por cento), a título de administração, sem prejuízo, ainda, da cobrança de multa devida, de
juros, correção monetária e demais despesas advindas da exigibilidade do débito. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 99/1994)

Art. 68 Os acessos de veículos junto aos passeios deverão ter:

I - guias rebaixadas e a concordância vertical da diferença de nível feita por meio de rampa,
avançando transversalmente até 1/3 da largura do passeio, respeitado o mínimo de 0,50 m e o máximo
de 1,00 m, cruzando o alinhamento em direção perpendicular a este;

II - rebaixamento das guias estendendo-se longitudinalmente até o máximo de 0,75 m além da


largura da abertura de acesso e de cada lado desta, desde que o rebaixamento resultante fique
inteiramente dentro do trecho do passeio fronteiro ao imóvel;

III - rampa de concordância vertical entre o nível do passeio e o da soleira da abertura, situada
inteiramente dentro do alinhamento do imóvel.

IV - canto chanfrado de 3,50 metros nos lotes de esquina cuja escritura não descreva curva de
concordância. No lugar do canto chanfrado poderá também ser projetado canto arredondado com raio
mínimo de 6,00 metros. Em lotes de esquina, cantos chanfrados ou arredondados, não podem ter acesso
de garagem ou estacionamento de autos. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 345/2003)

Parágrafo Único. A infração às disposições deste artigo ficará sujeita à multa prevista na Tabela anexa.

Seção V
Das Construções de Madeira

Art. 69 São consideradas construções de madeira àquelas cuja estrutura principal (pés direitos e paredes
externas) seja executada com este material.

DAS CONSTRUÇÕES DE MADEIRA TRATADA

Art. 70 As edificações executadas com madeiras tratadas serão permitidas obedecidos os requisitos:

I - Recuos laterais e de fundos com o mínimo de 2,00 m;

II - Estrutura principal (pés direitos, paredes e vigas), tratados a vácuo-pressão ou equivalente com
produto anti-mofo e anti-cupim (inseticida);

III - Paredes duplas, com espessura suficiente para proporcionar isolamento termo-acústico
adequado;

IV - Face externa tipo escama com pingadeira, ou macho e fêmea;

V - Compartimentos internos forrados;

VI - Os requisitos constantes nas Tabelas II e V.

Art. 71Nas zonas onde é permitida a construção de prédios de alvenaria no alinhamento, deverá ser
obedecido, na construção de madeira, um recuo frontal mínimo de 3,00 m.

Seção VI
Das Piscinas

Art. 72 Os projetos de construção de piscinas particulares ou sociais deverão indicar a posição dentro do
lote e dimensões.

Parágrafo Único. Deverá ser de material liso e impermeável o revestimento interno das piscinas.

Art. 73Em nenhum caso a água proveniente da limpeza da piscina deverá ser canalizada para a rede de
coleta de esgotos sanitários.

CAPÍTULO III
DAS NORMAS ESPECÍFICAS DAS EDIFICAÇÕES

Seção I
Das Edificações Residenciais

DAS EDIFICAÇÕES UNIFAMILIARES

Art. 74 Toda edificação unifamiliar assim considerada, de verá dispor de pelo menos 1 dormitório, 1
cozinha, 1 instalação sanitária, obedecidos os requisitos da Tabela II.
Parágrafo Único. Incluem-se nas disposições deste artigo as unidades agrupadas horizontalmente,
paralelas, ou transversais ao alinhamento.

Art. 74Toda edificação unifamiliar, assim considerada, devera dispor de pelo menos 1 (um) dormitório, 1
(uma) cozinha, 1 (uma) instalação sanitária e 1 (uma) vaga para auto, mesmo que esta seja descoberta e
obedeça os requisitos da tabela II.

§ 1º Os abrigos para autos terão pé direito mínimo de 2,30m (dois metros e trinta centímetros),
podendo ocupar a faixa de recuo, desde que se observe as seguintes condições:

a) na faixa de recuo, serão abertos em pelo menos 2 (dois) lados, onde poderá haver elementos
estruturais, ocupando no máximo 20% (vinte por cento) da abertura;
b) a largura do abrigo não deverá ultrapassar 3/5 (três quintos) da testada do lote, nem o máximo de
6,00m (seis metros); (Revogado pela Lei nº 6336/2022)
c) o portão, se houver, para ser considerado lado aberto, deverá ter no mínimo 70% (setenta por
cento) de área vazada;
d) a área do abrigo, ate 36m² (trinta e seis metros quadrados), não será computada para o cálculo da
Taxa de Ocupação. (Redação dada pela Lei nº 2859/1989) (Revogado pela Lei nº 6336/2022)

DAS HABITAÇÕES MULTIFAMILIARES OU COLETIVAS

Art. 75 São habitações multifamiliares aquelas que abrigam mais de uma unidade residencial.

Art. 76 São habitações coletivas aquelas em que alguma atividade residencial se desenvolvem em
compartimento de uso comum.

Art. 77 Aplicam-se às edificações multifamiliares e condições dispostas nas Tabelas II e III.

Art. 78 As unidades agrupadas verticalmente, obedecerão ao previsto no Capítulo IV, no que se refere às
instalações complementares, além do disposto no artigo anterior.
Art. 78-A As habitações multifamiliares de interesse social e agrupadas verticalmente observarão o
disposto no art. 84-A da presente Lei e o previsto no Capítulo IV, no que se refere às instalações
complementares. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 1080/2013)

Art. 79 As habitações coletivas do tipo alojamento estudantil obedecerão às exigências contidas na


Tabela IV.

DOS CONJUNTOS RESIDENCIAIS

Art. 80 Aplicam-se aos conjuntos residenciais as disposições das tabelas II e III.

Seção II
Das Edificações Residenciais de Interesse Social

Art. 81 Consideram-se edificações residenciais de interesse social as vinculadas a algum programa de


habitação popular destinadas a uma ou mais famílias.

DAS UNIDADES HABITACIONAIS

Art. 82 As áreas para as habitações de interesse social são as seguintes:

I - mínima de 15,00 m² quando se tratar de núcleo embrião, e a área máxima de 72,00 m², para casas
isoladas ou geminadas;

II - mínima de 45,00 m² e máxima de 72,00 m², para casas assobradadas ou superpostas;

III - mínima de 45,00 m² e máxima de 72,00 m², para apartamentos.

Parágrafo Único. Nas edificações de que trata o item I, será admitida a previsão, nos projetos, das
etapas de execução, a partir de um núcleo embrião.

Art. 83 As habitações unifamiliares de interesse social obedecerão às exigências da Tabela I.

Art. 84 As habitações multifamiliares de interesse social, além do dispositivo do artigo anterior, estão
sujeitas às exigências da Tabela III.

Art. 84-A As habitações multifamiliares de interesse social e agrupadas verticalmente estão sujeitas às
exigências das Tabelas I, III e X. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 1080/2013)

DOS CONJUNTOS HABITACIONAIS

Art. 85O agrupamento horizontal de casas geminadas ou superpostas de até três pavimentos no
máximo, obedecerá as seguintes disposições:

I - frente mínima de 3,50 m e área mínima de 45,00 m² por unidade habitacional;

II - máximo de 8 unidades por agrupamento.

As fachadas dos blocos das habitações agrupadas verticalmente não ultrapassarão a dimensão
Art. 86
máxima de 80 metros.
Art. 87As habitações agrupadas verticalmente dispensarão elevadores quando a altura (H) do piso mais
elevado, calculada a partir do nível de acesso, não for superior a 11,00 metros.

§ 1º Entende-se como nível de acesso a cota da soleira do imóvel, junto ao alinhamento da via
pública.

§ 2º Se o desnível do terreno justificar, admitir-se-á que o nível do acesso seja a cota do piso do
espaço externo junto à entrada da edificação, desde que o percurso da entrada até o alinhamento da via
pública se faça através de rampa e o desnível entre as cotas não seja superior a 2,40 m.

Seção III
Das Edificações Não Residenciais

DAS EDIFICAÇÕES COMERCIAIS E DE SERVIÇOS

Art. 88 As edificações destinadas ao comércio e serviços obedecerão às disposições desta seção, além
das contidas na Tabela V, respeitadas as peculiaridades de cada caso.

LOJAS - ITEM 01 DA TABELA V

Art. 89 As lojas deverão prever instalações sanitárias se paradas por sexo, obedecendo as exigências
estabelecidas na Tabela VI.

MERCEARIAS, EMPÓRIOS E QUITANDAS - ITEM 04 DA TABELA V

Art. 90 As mercearias, empórios e quitandas deverão dispor de instalações sanitárias, obedecidas as


exigências da Ta bela VI.

LANCHONETES E BARES - ITEM 04 E 06 DA TABELA V

Art. 91 As lanchonetes e bares estão sujeitos ainda às seguintes exigências:

Art. 91 As lanchonetes, bares e lanchonetes ao ar livre (DRIVE IN), estão sujeitos ainda às seguintes
exigências: (Redação dada pela Lei Complementar nº 142/1996)

I - Os locais destinados a venda ou consumo não poderão comunicar-se diretamente com as


instalações sanitárias e com locais insalubres;

II - Os compartimentos destinados ao preparo de alimentos deverão ser separados da parte de venda


ou consumo, obedecidas normas técnicas pertinentes;

III - Os estabelecimentos com até 250,00 m² deverão dispor de instalações sanitárias dotados de um
lavatório e um vaso sanitário, separados por sexo, para uso público, obedecendo os de área superior a
250,00 metros quadrados, às exigências da Tabela VI;

IV - Os compartimentos para despensa ou depósito de gêneros alimentícios deverão estar ligados


diretamente com a copa ou cozinha respeitadas as normas técnicas pertinentes.

Parágrafo Único. As lanchonetes ao ar livre (DRIVE IN) somente poderão localizar-se na Zona Rural,
respeitando-se, no mínimo, 10.000 (dez mil) metros de distância da sede do Município. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 142/1996)
CONFEITARIA, PADARIAS E ESTABELECIMENTOS CONGÊNERES - ITEM 04 DA TABELA V

Art. 92Nas confeitarias e padarias a soma das áreas dos compartimentos destinados à exposição, venda,
trabalho e manipulação deverá ser igual ou superior a 40,00 m².

Art. 93 Os compartimentos de trabalho ou manipulação serão dotados de instalação de exaustão de ar


para o exterior.

Art. 94 As instalações sanitárias obedecerão às disposições constantes da Tabela VI.

MERCADOS E SUPERMERCADOS - ITEM 04 DA TABELA V

Art. 95 Os estabelecimentos destinados a mercados e supermercados serão dotados de:

I - Instalações sanitárias de acordo com a Tabela - VI;

II - Compartimentos para vestiários separados por sexo, com área equivalente a 1/60 da área total, e
mínima de 6,00 m²;

III - Área para carga e descarga com o mínimo de 6000 metros quadrados, devendo circunscrever um
círculo com diâmetro mínimo de 5,00m;

IV - Depósitos de produtos com área mínima igual a 1/5 da área de comercialização, instalado junto à
área de carga e descarga.

AÇOUGUE, PEIXARIA E ESTABELECIMENTOS CONGÊNERES - ITEM 04 DA TABELA V

Os açougues, peixarias e estabelecimentos congêneres deverão dispor de instalações sanitárias


Art. 96
para empregados, conforme tabela VI.

RESTAURANTES E PIZZARIAS - ITENS 04 E 06 DA TABELA V

Art. 97Nos restaurantes e pizzarias os compartimentos destinados a consumo deverão ter área mínima
de 40,00 m².

Art. 98 A cozinha deverá dispor de instalação de exaustão de ar para o exterior.

Art. 99 O compartimento para despensa deverá estar ligado com a cozinha e ter área mínima de 4,00 m²
obedecidas ás normas técnicas pertinentes.

Art. 100Os estabelecimentos com até 250,00 m², deverão dispor de instalações sanitárias, separadas por
sexo, para uso público contendo um lavatório e um vaso sanitário obedecendo as de área superior a
250,00 m², as exigências da Tabela VI.

CONSULTÓRIOS, ESCRITÓRIOS - ITEM 03 DA TABELA V

Art. 101 A área dos compartimentos destinados à recepção, espera e atendimento, em consultórios e
escritórios será igual ou superior a 10,00 m².

BARBEIROS, CABELEIREIROS E ESTABELECIMENTOS CONGÊNERES = ITEM 03 DA TABELA V

Art. 102 As barbearias, salões de beleza e estabelecimentos congêneres deverão dispor de instalações
sanitárias para empregados, conforme Tabela VI.
HOTÉIS, PENSÕES E SIMILARES

Art. 103 Os dormitórios para hóspedes deverão ter área mínima de:

I - 8,00 m² quando destinados a uma só pessoa;

II - 10,00 m² quando destinados a duas ou mais pessoas.

Art. 104 Quando os dormitórios não constarem com instalações sanitárias privativas, deverão ser
dotados de lavatórios com água corrente.

Art. 105 Os compartimentos destinados à recepção, espera e portaria, deverão ter área mínima de 16,00
m².

Art. 106 As instalações sanitárias de uso geral deverão ser separadas por sexo, com acessos
independentes, contendo cada uma, no mínimo, uma bacia sanitária, um chuveiro em "box" e um
lavatório para cada grupo de 10 leitos, do pavimento que servem.

Art. 107Os sanitários conjugados aos dormitórios, de uso privativos, deverão ter área mínima de 2,50
m², obedecidas as demais exigências postas na tabela II.

Art. 108 Além dos compartimentos expressamente exigidos nos artigos anteriores, os hotéis terão:

I - sala de estar, sala de refeições e cozinha, com área mínima de 12,00 m² cada uma;

II - copa, despensa e lavanderia, com área mínima de 6,00 m² por unidade;

III - escritório da administração e vestiários de empregados com área mínima de 6,00 m².

Art. 109Os apartamentos para hóspedes deverão ter dormitórios com área mínima de 10,00 m²,
conjugados com sanitários, com área mínima de 2,50 m², obedecidas as demais exigências da Tabela II.

Art. 110 Além do disposto no artigo anterior, os motéis serão dotados de:

I - compartimento para cozinha com área mínima de 8,00 metros quadrados;

II - compartimento para lavanderia com o mínimo de 4,00 metros quadrados;

III - muro de fecho, em alvenaria ou similar, circundando sua área e com altura mínima de 2,20 m;

IV - garagem individualizada para cada unidade com área mínima de 20,00 m²,

§ 1º Os motéis novos somente poderão localizar-se na Zona Rural - ZRU, respeitando-se, no mínimo,
10.000 (dez mil) metros de distância da sede do Município. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
142/1996)

§ 1º A licença de localização para instalação de novos motéis no município de Botucatu, somente será
concedida quando respeitada uma distância mínima de 500 (quinhentos) metros, de estabelecimentos de
Ensino e Creches. Essa distância será medida do centro do terreno onde estiverem construídas Creches
e/ou Escolas, até o centro do terreno que será construído a edificação destinada a motel. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 217/1999)
§ 2º Ficam assegurados os direitos dos motéis no Município de Botucatu, atualmente em
funcionamento. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 142/1996)

§ 3º Os motéis se caracterizam pelo estacionamento dos veículos próximos às respectivas unidades


distintas e autônomas destinadas à hospedagem. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
142/1996)

§ 3º Para os efeitos desta Lei, caracterizam-se como motéis os estabelecimentos destinados a


hospedagem ou locação de quartos, apartamentos, "kitchenettes", suítes ou similares, situados à beira
das estradas, rodovias e marginais, ou pelo estacionamento dos veículos próximos às respectivas
unidades distintas e autônomas destinadas à hospedagem. (Redação dada pela Lei Complementar nº
145/1996) (Revogado pela Lei Complementar nº 217/1999)

§ 4º Após a vigência desta Lei, fica vetada a transformação em motéis de prédios edificados para
outros fins diversos dos estabelecimentos de que trata o parágrafo anterior, e que visem burlar os efeitos
da presente lei. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 145/1996) (Revogado pela Lei
Complementar nº 217/1999)

DEPÓSITOS E OFICINAS - ITENS 01 E 05 DA TABELA V

Art. 111 Os estabelecimentos destinados a depósitos com área superior a 120,00 m² deverão prever
espaço para carga e descarga interna ao imóvel, com área mínima de 30,00 m, e diâmetro mínimo inscrito
de 3,00 m.

Art. 112 Os estabelecimentos destinados a oficinas, em geral, serão providos de pátios internos
adequados para o recolhimento de todos os veículos.

Art. 113Os estabelecimentos referidos nos artigos anteriores deverão ter instalações sanitárias na
proporção constante na Tabela VI podendo esse número ser reduzido quando se tratar de depósitos,
desde que justificada a redução.

GARAGENS E ESTACIONAMENTOS DE VEÍCULOS

Art. 114 Os estabelecimentos deverão dispor de sala para escritório, depósito, instalações sanitárias e
pátio circundado com muro de altura mínima de 2,20 m.

Art. 115 O piso do pátio será pavimentado e terá declividade mínima de 0,5% e máxima de 2%, a fim de
propiciar drenagem adequada.

Art. 116 Se o número de vagas para veículos, previsto para o imóvel, for superior a 100 serão exigidas
entradas e saídas independentes.

Parágrafo Único. A entrada e saída de veículos só será permitida no mesmo sentido da corrente de
tráfego.

POSTOS DE SERVIÇOS

Art. 117Os postos de serviços, assim considerados os estabelecimentos comerciais que se propõem à
venda de derivados de petróleo e os que prestam serviços de lavagem e lubrificação deverão dispor de:
a) reservatório de água com capacidade mínima de 10.000 litros;
b) áreas livres, necessárias ao atendimento do consumidor;
c) instalações sanitárias, separadas por sexo, com área mínima de 1,50 m²;
d) vestiários dotados de chuveiro para o uso dos empregados, com área mínima de 6,00 m²;
e) dispositivos para combate a incêndios, de acordo com as exigências do Corpo de Bombeiros.
(Revogado pela Lei Complementar nº 348/2003)

Art. 118 Os terrenos destinados a postos de serviços deverão no mínimo ter 700,00 m², permitida a
redução para 500,00 metros quadrados, quando se tratar apenas de abastecimentos. (Revogado pela Lei
Complementar nº 348/2003)

Art. 119 Os projetos de edificação de postos de serviços deverão atender as seguintes exigências:
I - recuo frontal de 7,00 m do alinhamento da via pública;
II - compartimento destinado à lavagem e lubrificação com:
a) pé direito mínimo de 4,50 m;
b) paredes revestidas totalmente de material impermeável, liso e resistente à umidade;
c) elevadores hidráulicos, rampa e escada de acesso;
d) canalização de águas utilizadas na lavagem a caixas separadoras, antes de lançadas na rede de
esgoto;
III - área de uso do posto, não edificada, pavimentada em concreto ou material similar e drenada de
maneira a impedir o escoamento das águas para a via pública;
IV - pisos, cobertos ou descobertos, com declividade mínima de 3%;
V - mureta com altura mínima de 0,15m circundando o terreno, ressalvados os espaços utilizados
para acesso. (Revogado pela Lei Complementar nº 348/2003)

Art. 120 As aberturas de acesso de veículos deverão satisfazer as seguintes exigências mínimas:
I - largura mínima de 5,00 m e máxima de 7,00 m, distanciados entre si de 5,00 m;
II - distância mínima de 2,00 m das divisas laterais e 9,00 m do encontro dos alinhamentos, quando
se tratar de esquina.
Parágrafo Único. O rebaixamento das guias somente será permitido nos locais de acesso. (Revogado
pela Lei Complementar nº 348/2003)

Art. 121 Os aparelhos ou equipamentos, tais como, bombas abastecedoras ou quaisquer instalações de
serviços observarão as seguintes distâncias mínimas:
I - 7,00 m a partir do alinhamento da via pública, sem prejuízo de outros recuos fixados em lei para o
local;
II - 5,00 m de qualquer ponto da edificação;
III - 5,00 m das divisas laterais e dos fundos. (Revogado pela Lei Complementar nº 348/2003)

Art. 122 Além das restrições de uso do solo, é proibida a construção de postos de serviços em terrenos
com frente para praças públicas e/ou localizados a menos de 200,00 m de repartições públicas, escolas,
hospitais, teatros e cinemas.

Art. 122 Além das restrições de uso do solo, é proibida a construção de postos de serviços em terrenos
com frente ou lindeiras a praças públicas, escolas, hospitais, teatros, cinemas ou repartições públicas.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 128/1995)

Art. 122 Além das restrições de uso do solo, é proibida a construção de postos de serviços em terrenos
com frente para praças públicas e/ou localizados a menos de 200 (duzentos) metros de escolas, hospitais,
teatros, cinemas ou repartições públicas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 149/1996) (Revogado
pela Lei Complementar nº 253/2000)

AGÊNCIAS BANCÁRIAS E ESTABELECIMENTOS CONGÊNERES - ITEM 04 DA TABELA V

Art. 123 As edificações destinadas a agências bancárias e estabelecimentos congêneres deverão dispor
de instalações sanitárias, separadas por sexo, conforme Tabela VI.
Art. 124Quando a área construída for superior a 200,00 m² deverão os estabelecimentos possuir área de
estacionamento igual à área construída, sem prejuízo das exigências previstas na Lei de uso do solo.

DAS EDIFICAÇÕES DESTINADAS A ENSINO

Art. 125 As áreas das salas de aulas corresponderá, no mínimo, a 1,20 m² por aluno.

Art. 126 Os auditórios ou salas de grande capacidade ficam sujeitos às seguintes exigências:

I - área útil não inferior a 0,80 m² por pessoa;

II - ventilação natural ou renovação mecânica de ar.

Art. 127 Além do disposto nos artigos 30, I e 33, as salas de aula deverão constar com iluminação natural
unilateral esquerda, sendo admitida a iluminação zenital, quando prevenido o ofuscamento.

Parágrafo Único. Será admitida a iluminação artificial em substituição à natural, desde que justificada
e de acordo com as exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Art. 128 Os corredores não poderão ter largura inferiores a:

I - 1,50 m até 200 alunos;

II - 2,50 m de 201 a 500 alunos;

III - 4,00 m de 501 a 1.000 alunos;

IV - 5,00 m excedente de 1.000 alunos.

Art. 129 As escadas e rampas deverão ter em sua totalidade largura não inferior à resultante da aplicação
dos critérios de dimensionamento dos corredores, para lotação do pavimento que resulte no maior valor
acrescida da metade daquela necessária para a lotação do pavimento imediatamente superior.

§ 1º Respeitadas as exigências do parágrafo 4º do artigo 29, as escadas terão lances retos e a cada 16
degraus serão intercalados com patamar de extensão não inferior a 150 m.

§ 2º As escadas deverão ser dotadas obrigatoriamente de corrimão.

§ 3º As rampas não poderão apresentar declividade superior a 12% e quando acima de 6% serão
revestidas de material não escorregadio.

Art. 130 As escolas deverão ter bebedouros e compartimentos sanitários separados por sexo, conforme
Tabela IX.

Art. 131Os compartimentos ou locais destinados a preparação, venda ou distribuição de alimentos ou


bebidas, deverão obedecer os mesmos requisitos exigidos para os estabelecimentos comerciais de
gêneros alimentícios no que couber.

Art. 132 As áreas destinadas à administração e ao pessoal de serviço deverão atender, no que for
pertinente, as prescrições para os locais de trabalho.

Art. 133 Nos internatos, além das disposições referentes a escolas serão observadas aos que dizem
respeito às habitações coletivas.
Parágrafo Único. Os internatos deverão dispor de local para consultório médico, com enfermaria
anexa, dotada de leitos.

As escolas de 1º grau terão obrigatoriamente, área coberta para recreio, com o mínimo de 1/3
Art. 134
da soma das salas de aulas.

Art. 135 As áreas de recreação terão passagem direta para logradouro público com largura igual ou
superior ao maior corredor do prédio.

Art. 136As escolas de educação e recreação infantil e congêneres obedecerão às exigências desta seção,
no que lhes forem aplicáveis.

DAS EDIFICAÇÕES INDUSTRIAIS, FÁBRICAS E GRANDES OFICINAS

Art. 137Os compartimentos que compõem as edificações industriais deverão obedecer às exigências
mínimas constantes na Tabela VII.

Art. 138 A elaboração de projeto de construção, reconstrução, reforma ou ampliação de qualquer


edificação destinada à indústrias, fábricas e grandes oficinas, dependerá de prévia consulta ao órgão
competente da Prefeitura Municipal, consoante dispõe o artigo 9º.

Art. 139 Os pisos dos locais de trabalho serão planos, em nível, de material resistente, impermeável,
lavável e não escorregadio.

Art. 140 As estruturas de sustentação e as paredes de vedação serão revestidas até 2,00 m de altura, com
material liso, resistente, lavável e impermeável.

Art. 141 O interior dos locais de trabalho deverá ter acabamento em cores claras.

As edificações destinadas a indústrias, fábricas e grandes oficinas deverão dispor de saídas de


Art. 142
emergência dotadas de portas com abertura para o exterior e largura não inferior a 1,20 m.

Art. 143 As escadas deverão ser construídas de acordo com as seguintes especificações:

I - largura mínima de 1,20 m, devendo ser de 16, no máximo, o número de degraus entre patamares;

II - degraus com altura máxima de 0,16 m e largura de 0,30 m.

Parágrafo Único. Serão permitidas rampas com 1,20 m de largura, no mínimo, e declividade máxima
de 15%.

Art. 144 Nas indústrias, fábricas e grandes oficinas é obrigatória a existência de:

I - enfermarias para socorros de emergência com área mínima de 6,00 m²;

II - instalações sanitárias separadas por sexo, na proporção constante na Tabela VIII;

III - vestiários separados por sexo, com área equivalente a 1/60 da área total construída e área
mínima de 6,00 m².

CAPÍTULO IV
DAS INSTALAÇÕES COMPLEMENTARES
Seção I
Das Instalações Hidráulicas

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 145 Toda edificação será dotada de instalação hidráulica, dispondo de reservatório para
abastecimento de pelo menos bacia sanitária, chuveiro e tanque.

Art. 146As edificações servidas por rede pública de abastecimento de água serão obrigatoriamente
dotadas de hidrômetro do tipo estabelecido pelo órgão competente.

Art. 147As instalações hidráulicas deverão satisfazer as normas e especificações da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT), e aquelas adotadas pelas entidades responsáveis pelo sistema de
abastecimento.

Art. 148 Todo prédio será abastecido por um único ramal, salvo casos especiais a juízo do órgão
competente, sendo vedada a interligação de instalações internas entre prédios situados em lotes
distintos.

DOS RESERVATÓRIOS

Art. 149Toda edificação deverá possuir reservatório de água, com capacidade mínima igual ou superior
ao consumo diário estimado acrescida do volume exigido para combate a incêndio, conforme normas do
Corpo de Bombeiros.

Art. 150 O consumo predial de água terá por base os seguintes valores diários mínimos, segundo o tipo
de edificações;

I - casa populares ou de interesse social - 150L/pessoa;

II - residências unifamiliares e multifamiliares - 250L/pessoa;

III - edifícios comerciais e de serviços - 50L/pessoa;

IV - edificações destinadas a ensino - 50L/pessoa;

V - fábricas e oficinas - 75L/pessoa;

VI - hotéis e similares - 150L/pessoa.

Art. 151Nos edifícios com mais de 2 pavimentos, excluindo o térreo, será obrigatória a instalação de
reservatório inferior e superior a critério do órgão competente da Prefeitura.

§ 1º A capacidade do reservatório inferior não deverá ser menor do que 2/3 (dois terços) da reserva
total.

§ 2º O volume mínimo obrigatório para os reservatórios superiores é de 1/3 da reserva total


estimada.

§ 3º O reservatório superior será dotado de instalação para abastecimento de modo a não atingir o
nível da reserva contra incêndio quando exigida.
Art. 152 Os reservatórios deverão ser dotados de canalização de descarga para limpeza e de
extravasamento.

Seção II
Das Instalações de Esgotos Sanitários

Art. 153 Todo o prédio deverá ser dotado de dispositivos e instalações adequadas destinados a receber e
a conduzir despejos, respeitadas as normas e especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas
e aquelas adotadas pelas entidades responsáveis pelo sistema.

Art. 154 Quando não existir rede pública de esgotos sanitários será permitida a instalação de fossas
sépticas independentes para cada unidade habitacional e construídas em concreto ou alvenaria de tijolos.

Parágrafo Único. Às fossas serão construídas dentro do lote, resguardado o recuo mínimo das divisas
de 1,50 m.

Art. 155Não será permitido o despejo das águas servidas proveniente dos esgotos sanitários, em
condutores de águas pluviais.

Seção III
Das Instalações de águas Pluviais

Art. 156Toda edificação deverá prever instalações de águas pluviais, isoladas das de esgotos sanitários,
que permitam a coleta das águas provenientes das coberturas, marquises, e de lavagem dos pisos
externos da edificação.

Art. 157 Os edifícios situados nas divisas e/ou alinhamentos serão providos de calhas e condutores para
escoamento das águas pluviais, sendo proibido o lançamento direto dessas águas no passeio público ou
imóvel vizinho.

Art. 158As águas pluviais captadas em calhas e condutores deverão ser despejadas na sarjeta do
logradouro público, passando sob os passeios.

Seção IV
Das Instalações de Elevadores

Art. 159 É obrigatória à instalação de elevadores de passageiros em edificações que tiverem o piso do
último pavimento situado a altura superior a 10,00 m do piso do andar térreo.

Parágrafo Único. Qualquer edificação, cuja altura seja superior a 23,00 m, deverá ter pelo menos dois
elevadores de passageiros.

Art. 160 O dimensionamento dos elevadores obedecerá as exigências das normas específicas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Seção V
Das Instalações Para Prevenção e Combate a Incêndios
Art. 161 Deverão contar com a anuência do Corpo de Bombeiros os projetos de:

I - edifícios com mais de 3 pavimentos, incluindo o térreo;

II - habitações multifamiliares e/ou coletivas com mais de 750,00 m²;

III - quaisquer edifícios destinados às seguintes atividades:

a) fabricação, comércio e/ou armazenamento de explosivos, de inflamáveis ou de combustíveis, ou


aquelas que as utilizem como matéria prima;
b) estacionamentos de veículos, oficinas em geral e depósitos, com área superior a 250,00 m²;
c) postos de serviços;
d) prédios de reuniões públicas tais como: cinemas, teatros, salões de baile, auditórios e atividades
congêneres.

Art. 162As edificações servidas por elevadores, serão dotadas de escada de segurança enclausurada, à
prova de fogo e fumaça, observados os seguintes requisitos:

I - as portas dos elevadores não poderão abrir para a caixa da escada;

II - o acesso à escada será feito através do hall dos elevadores dotados de porta corta fogo, conforme
quadro nº 4, anexo;

III - Todas as paredes e pavimentos da caixa da escada deverão ser construídos de material resistente
a 2 horas de fogo, no mínimo.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 163Além da documentação já exigida na concessão de ALVARÁ para construção, reforma ou


ampliação de prédios no município, o responsável técnico da obra, deverá apresentar a CADERNETA DE
OBRAS conforme instrução nº 698/80 do CREA-SP CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA
E AGRONOMIA.

Parágrafo Único. O presente artigo no que concerne a distribuição e recolhimento da Caderneta de


Obras, sua permanência na obra deverá ser regulamentado através de decreto do Executivo.

Art. 164 Nos casos omissos aplicar-se-á a legislação federal e estadual pertinentes.

Art. 165 A violação dos dispositivos da presente lei sujeitará o infrator, independentemente das sanções
de direito comum, às multas constantes da tabela anexa.

Art. 166 Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando as leis nº 1475 de 17/07/67, 2374
de 01/07/83 e 2430 de 28/06/84; e revogadas as disposições em contrário.

BOTUCATU, 1º DE JULHO DE 1985.

ENGº ANTÔNIO JAMIL CURY


Prefeito Municipal

DR. OSVALDO PAES DE ALMEIDA


Coordenador Jurídico
ALEXANDRE SCARPELINI FILHO
Coordenador De Administração E Fazenda

ENGº MÁRIO PILAN JÚNIOR


Coordenador De Engenharia

Download: Anexo - Lei nº 2482/1985 - Botucatu-SP (www.leismunicipais.com.br/SP/BOTUCATU/ANEXO-LEI-2482-


1985-BOTUCATU-SP.zip)

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Nota: Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 13/06/2022

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