Lideranca Motivacao
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Lideranca Motivacao
RESUMO
O tema liderança e motivação têm sido muito discutido dentro das organizações como aspecto
de maior produtividade. Apenas um bom salário já não atende mais aos anseios dos
funcionários, e sim, uma série de atitudes voltada para a valorização e a auto-realização no
ambiente de trabalho. Este artigo tem como objetivo identificar o conceito de motivação,
como é aplicado dentro das organizações e sobre a liderança que está envolvida
constantemente com mudanças, tendo o privilégio de poder motivar seus subordinados para
extrair o melhor de cada um, atingindo resultados cada vez mais satisfatórios, agregando valor
e fazendo com que a equipe atinja um nível mais elevado de eficiência. A metodologia é
caracterizada como bibliográfica e após a análise de vários autores, pode-se concluir que o
líder contribui fortemente para a motivação dos empregados, mas a vontade de querer mais,
de buscar a realização dos sonhos e entusiasmo para dar o melhor de si, vêm de cada um.
ABSTRACT
The theme of leadership and motivation have been widely discussed within the organization
as an aspect of increased productivity. Just have a good salary no longer meets the wishes of
employees, but rather a series of attitudes toward recovery and self-fulfillment in the
workplace. This article aims to identify the concept of motivation, it is applied within
organizations and the leadership that is constantly involved with change, having the privilege
of being able to motivate their subordinates to get the best of each, reaching more satisfactory
results , adding value and making the team from achieving a higher level of efficiency. The
methodology is characterized as the literature and after analysis of several authors, one can
conclude that the leading contributor to employee motivation, but the will to want more, to
seek the realization of dreams and enthusiasm to give their best come from each.
O tema motivação no trabalho pode ser considerado como recente, porque antes da
Revolução Industrial, utilizavam-se somente as punições, gerando um clima de medo entre os
trabalhadores. Eles eram manipulados, tratados como objetos, instruídos sobre como e quando
fazer, sem a chance de opinar ou sugerir mudanças no trabalho. Dessa forma a criatividade era
totalmente ignorada e somente era levado em consideração o parecer dos “superiores”.
Com a chegada da Revolução Industrial, começou-se a falar em motivação e
recompensas para incentivar a produtividade. As pessoas continuavam sendo manipuladas,
mas de uma forma diferente. As organizações perceberam que o ser humano no trabalho é
mais complexo do que se esperava e passaram a fazer com que os empregados sentissem a sua
utilidade e importância, porque apenas bons salários não eram mais suficientes.
Os trabalhadores passaram a exigir participação nas decisões, deixando de ser simples
peças. Hoje, o reconhecimento e satisfação das necessidades sociais estão em alta e os
funcionários passaram a ser o principal ativo, o capital intelectual das organizações e o
departamento de Recursos Humanos foi desenvolvido especialmente em função deles.
Um dos maiores desafios das empresas atualmente é ter pessoas motivadas, satisfeitas
e felizes. Inúmeras pesquisas vêm sendo elaboradas e diversas teorias tentam explicar o que
leva as pessoas a agir para alcançar seus objetivos.
Quem toma à frente para buscar essa motivação e o empenho das pessoas é o líder.
Presente em todas as organizações e departamentos, precisa de múltiplas capacitações para
conduzir os funcionários a desenvolver o trabalho em equipe, inovar, tomar a frente de novos
projetos, ensinar mas também aprender, ter conhecimento técnico da área em que atua,
potencializar o crescimento dos liderados e da organização, assumir responsabilidades e
tomadas de decisões. A figura do chefe que dá ordens e cobra o cumprimento delas, está
totalmente fora de foco, conforme cita Neto (2010):
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O autor Gaudêncio (2009, p.15) faz a seguinte explicação em seu livro “Superdicas
para se tornar um verdadeiro líder”:
Os líderes visionários são cada vez mais valorizados num mundo que se transforma
a cada instante. Mas, ao contrário do que alguns imaginam, eles não nascem com
uma bola de cristal na mão. Tanto quanto ser líder, ser visionário é uma capacidade
a ser aprendida.(...) São pessoas capazes de visualizar o futuro e antecipar produtos
ou serviços que vão ser desejados no futuro pelos mercados mais lucrativos,
gerando oportunidades para si próprias, suas organizações e para aqueles que
lideram. (GAUDÊNCIO, 2009, p.87).
(...) o empreendedor caracteriza-se por ser uma pessoa criativa, marcada pela
capacidade de estabelecer e atingir objetivos e que mantém alto nível de
consciência do ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades de
negócios. Um empreendedor que continua a aprender a respeito de possíveis
oportunidades de negócios e a tomar decisões moderadamente arriscadas que
objetivam a inovação, continuará a desempenhar um papel empreendedor (FILION,
1999, p.19).
Como nem sempre o sol brilha, o líder precisa mostrar suas habilidades também nos
momentos difíceis, porque nem todas as tomadas de decisão agradarão à todos. Em outras
palavras, podemos dizer que é necessário colocar o “coração” naquilo que se faz para que haja
motivação para continuar quando os outros já desistiram.
Do que o líder precisa para ser bem-sucedido? Paixão. A paixão é o que distingue o
extraordinário do comum. Quando relembro minha carreira, reconheço que a paixão
me capacitou a fazer o seguinte: acreditar no impossível, sentir o inesperado, tentar
o inaudito, realizar sonhos, conhecer, motivar e liderar pessoas. (MAXWELL,
2008, p.59)
Maxwell (2008, p.109) ainda cita uma relação de habilidades que os líderes potenciais
demonstram possuir:
2.3.1 Relacionamento
Para ter um bom relacionamento com os membros da sua equipe, é fundamental que
tenha conhecimento das competências de cada um, os limites, seus pontos fortes e fracos, seus
motivos e necessidades. Assim, o gestor vai saber o que se passa no coração dos liderados e
conhecer as condições pelas quais pode motivar e alocar cada um dentro dos processos,
ajudando-os a alcançar o melhor de seu potencial.
Gaudêncio (2009, p.45) argumenta: “Estou convencido de que a afetividade é o
verdadeiro cimento das nossas instituições e se manifesta na forma de companheirismo e
amizade.”
Passamos a maior parte do tempo na empresa e o líder é responsável pelo
entrosamento dos membros da equipe. Os integrantes precisam trabalhar para o bem do grupo,
contribuindo e complementando as atividades, valorizando e respeitando um ao outro.
2.3.3 Humildade
1. Pensar nos membros da equipe como mais conhecedores das suas tarefas do que
nós próprios. Nem sempre o que nós pensamos e fazemos é melhor do que o que os
outros pensam ou fazem;
2. Engolir o orgulho, não entrar num concurso de perfeição. Por vezes, devemos
parar de falar e deixar que a outra pessoa fique com a atenção toda. Esta estratégia
tem o poder de “abrir” as pessoas;
3. Dizer: “Tens toda a razão”;
4. Procurar a opinião dos outros (colegas e subordinados) em relação ao seu estilo
de liderança. É preciso humildade para colocar esta pergunta. E ainda mais
humildade para ouvir a resposta;
6. Dar o exemplo. Encorajar a prática da humildade na empresa: de cada vez que
partilha o crédito do sucesso com outros, está a reforçar esta qualidade junto dos
seus colaboradores. Pense em aconselhar ou formar potenciais líderes em relação a
esta característica essencial para a liderança. (NOGUEIRA, 2010)
O líder demonstra humildade quando assume que não é dono da razão e admite que
pode aprender com as opiniões alheias.
2.3.4 Autoconhecimento
2.3.5 Confiança
2.3.8 Comunicação
Para Chandler e Richardson (2008, p.74), “Agora, mais do que nunca, a comunicação
está no nosso sangue. É o componente vital de toda empresa. (...) Uma boa comunicação
origina confiança e respeito.”
Passar e receber informações, para líder e liderados estarem “por dentro de tudo” e
saber o que está acontecendo. Uma boa comunicação estabelece confiança e respeito para
ambas as partes. Quando houver alguma mudança, o líder deve passar as informações
pessoalmente, não deixar que as novidades sejam transmitidas por terceiros.
2.3.10 Estudar
“A partir do momento em que você pára de aprender, também pára de liderar. Se quer
liderar, precisa aprender. Se pretende continuar liderando, não pode parar de aprender.”
(MAXWELL, 2008, p.142).
Estar em contínuo aprendizado significa que está trabalhando para se tornar melhor do
que pode ser. Além de buscar sabedoria e autodesenvolvimento, o líder deve compartilhar o
seu conhecimento e ser treinador, facilitador, professor e aprender junto com os subordinados.
Se o líder cresce, os liderados também se desenvolverão.
Infelizmente nos deparamos com algumas pessoas nas organizações que mantém uma
atitude de perdedor, executam seu serviço sem qualquer entusiasmo, não sabem o que querem
e não lutam por nada, somente continuam na empresa para receber um salário, sendo uma
tarefa muito difícil para o líder e para a equipe conviver com alguém assim.
Christy (2006, p.20) cita no livro “Os Segredos da Motivação”:
Há pessoas que jamais serão motivadas. Elas preferem ser apenas coadjuvantes da
vida, nunca agindo ativamente em nada. As organizações estão abarrotadas destes
indivíduos. Eles se prendem aos seus empregos, fazem o que mandas elas fazerem,
não perguntam, não argumentam, não questionam, só executam. Satisfeitas ou não
com sua condição, elas são assim e dificilmente mudarão. Não há programa
motivacional que tenha efeito sobre estas pessoas. (CHRISTY, 2009, p.20)
Antes de tentar mudar a equipe, o líder precisa fazer uma auto avaliação para entender
o exemplo que está passando.
Se quiser que seu pessoal seja mais positivo, seja mais positivo. Se quiser que se
orgulhem mais de seu trabalho, dê o exemplo. Mostre-lhes como se faz. Quer que
tenham uma boa aparência e se vistam de maneira profissional? Tenha uma
Como ele está à frente, servindo de espelho para os demais, precisa ser o que quer que
os outros sejam. As pessoas se envolvem mais facilmente com quem é autoconfiante.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
MAXWELL, John C. O livro de ouro da liderança. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil,
2008.
NETO. José Lourenço de Sousa. Liderança na Organização que Aprende. Disponível em:
http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/CF2A9313943B0C250325702B0048983D/
$File/NT000A9376.pdf Acesso em: 23 out. 2010.
SILVA, Walmir Rufino da. RODRIGUES, Cláudia Medianeira Cruz. Motivação nas
Organizações. São Paulo: Altas, 2007.
VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de Pessoas. 4ª Edição. São Paulo: Atlas, 1999.