DIVISÃO DE ENGENHARIA
LICENCIATURA EM ENGENHARIA DE PROCESSAMENTO MINERAL
GEOLOGIA DE MOÇAMBIQUE
GÁS NATURAL EM MOÇAMBIQUE
TETE, 2024
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Alex Santos
Aniel Lagos
Benilton Djive
Cardoso Francisco
Carlos Covane
Jamisse Nhamposse
Mirca
Remígio Jordão
2⁰ANO; I SEMESTRE; CURSO DIURNO; SALA 2; TURMA B
GÁS NATURAL EM MOÇAMBIQUE
Trabalho de Geologia de Moçambique,
Apresentada a Divisão de Engenharia do
Instituto Superior Politecnico de Tete,
Para aObtenção de Licenciatura em
Engenharia De Processamento Mineral.
Docente: PhD. Euclésia Cossa
TETE, 2024
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
1.2. OBJECTIVOS..................................................................................................................... 2
1.2.1. Geral ................................................................................................................................. 2
1.2.2. Específicos ....................................................................................................................... 2
1.3. METODOLOGIAS ......................................................................................................... 3
2. MINERALOGIA E GEOLOGIA .......................................................................................... 4
2.1. Gás natural .......................................................................................................................... 4
2.3. Geologia .............................................................................................................................. 4
2.3. Origem e formação ............................................................................................................. 5
2.4. Composição......................................................................................................................... 5
3. OBTENÇÃO E PROCESSAMENTO ................................................................................... 7
3.1. Cadeia de valor do gás natural ............................................................................................ 7
3.1.1. Upstream .......................................................................................................................... 8
3.1.2. Midstream ........................................................................................................................ 8
3.1.3. Downstream ..................................................................................................................... 8
4. USO E APLICAÇÃO DO GÁS NATURAL ......................................................................... 9
4.1. Impactos do gás natural ...................................................................................................... 9
4.1.1. Impacto ambiental ............................................................................................................ 9
4.1.2. Impacto Econômico ....................................................................................................... 10
5. EXEMPLOS DA OCORRÊNCIAS E USO DO GÁS EM MOÇAMBIQUE ..................... 11
5.1. Localização das áreas potências de produção do gás natural em Moçambique ............... 12
5.1.1. Pande e Temane ............................................................................................................. 12
5.1.2. Palma.............................................................................................................................. 12
5.3. Uso do gás natural em Moçambique ................................................................................. 13
5.4. Principais produtores de gás natural nas bacias de Moçambique ..................................... 13
5.5. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DO GÁS NATURAL EM
MOÇAMBIQUE ...................................................................................................................... 14
5.5.1. Vantagens ....................................................................................................................... 14
5.5.2. Desvantagens ................................................................................................................. 14
6. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 15
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................. 16
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1. INTRODUÇÃO
O gás natural é uma fonte de energia versátil e amplamente utilizada em todo o mundo. É uma
mistura de hidrocarbonetos leves, principalmente metano, encontrado em reservatórios
subterrâneos de rochas porosas. Sua importância na matriz energética global tem crescido
significativamente devido à sua abundância, eficiência e menor impacto ambiental em
comparação com outras fontes de energia fóssil, como o carvão e o petróleo. Desde o seu
descobrimento como uma fonte viável de energia, o gás natural tem desempenhado um papel
fundamental no suprimento de energia para residências, indústrias e setor de transporte. Os
autores deste trabalho irão explorar as várias facetas do gás natural, desde sua composição,
processos de extração até seu papel na transição energética global e os desafios enfrentados por
sua indústria.
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1.2. OBJECTIVOS
1.2.1. Geral:
Analisar o papel do gás natural como uma fonte de energia na matriz energética global.
1.2.2. Específicos:
Mostrar a composição do gás natural, destacando suas características únicas;
Mencionar as etapas de tratamento ou processamento do gás natural;
Indicar as funções do gás natural para o mundo;
Apontar exemplos específicos da ocorrência e uso do gas natural em Moçambique.
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1.3. METODOLOGIAS
Do ponto de vista metodológico, o tema em estudo pode ser classificado como uma pesquisa
aplicada baseado em modelagem quantitativa e qualitativa. Tal metodologia, consiste em
solucionar problemas reais por meio de estabelecimento de um conjunto de relações
pragmáticas entre variáveis definidas em um domínio sobre essa óptica, o presente trabalho foi
feita com base nas preliminares obtidos nos manuais do ISPT. Detalhadamente, algumas
restrições modificadas e outras acrescentadas foram feitas para o progresso do estudo.
Para a obtençao de dados foi realisado entrevistas a algumas individualidades com experiençia
na área de Geologia de Moçambique. Posteriormente, foi feito um levantamento bibliográfico
de livros, artigos e dissertações que possuíssem informações para construção de uma base
teórica sobre o tema, apresentando o histórico geral dos métodos do processo do gás natural,
conceitos utilizados. Com as informações obtidas, foi realizado um estudo mais específico
sobre a aplicação do gás na engenharia de processamento mineral, explicando seu
funcionamento e ressaltando suas vantagens e desvantagens. Também foram apresentados
sucintamente os procedimentos, equipamentos utilizados e funcionamento do teste do gás
mineral. Para a análise e discussão de dados foram usados manuais que descrevem acerca do
assunto em estudo, Internet e conhecimento teórico, adquiridos durante os estudos pessoais e
em grupos.
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CAPÍTULO II
2. MINERALOGIA E GEOLOGIA
2.1. Gás natural
O Gás Natural é o combustível fóssil mais limpo e eficiente. É produzido tanto em associação
com o petróleo (gás associado) como de forma independente (gás não-associado). Comparado
ao petróleo, o consumo comercial de Gás Natural é um fenômeno ainda recente. Apenas a partir
da década de 40-50, impulsionado principalmente pelos avanços nas tecnologias de
condicionamento e transporte, o Gás Natural começou a ser progressivamente incorporado à
matriz energética dos países. Devido às suas propriedades físico-químicas e à contínua
evolução tecnológica, o Gás Natural pode ser utilizado em diversos setores da atividade
econômica. (ABREU, P. L.; MARTINEZ, J 1999).
O gás natural é um combustível fóssil encontrado em depósitos subterrâneos, situados a
quilômetros de profundidade. Ele é composto principalmente por hidrocarbonetos, como
o metano e o etano. O gás natural se encontra na natureza, normalmente em reservatórios
profundos no subsolo, associado ou não ao petróleo. Assim como o petróleo, ele resulta da
degradação da matéria orgânica, fósseis de animais e plantas pré-históricas, sendo retirado da
terra através de perfurações.
2.2. Geologia
O gás natural originou nas bacias sedimentares, no período devoniano, na era paleozoica média
e no éon Fanerozoico.
Figura 1: Ilustra a tabela da era geológica.
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2.3. Origem e formação
O gás natural se forma ao longo de centenas de milhões de anos, onde camadas de matéria
orgânica (como restos de algas, plantas e animais) são submetidas a intenso calor e pressão sob
a terra. A energia absorvida pelas plantas durante a fotossíntese é armazenada em forma de
carbono no gás natural.
Figura 2: Ilustra a estrutura de jazigos de hidrocarbonetos.
2.4. Composição
O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos que permanecem em estado gasoso nas
condições ambiente de temperatura e pressão, e cujo componente principal é o metano com
(97%) (CH4 - 1 átomo de carbono e 4 átomos de hidrogênio). Além do metano, o gás natural
apresenta proporções variáveis de outros hidrocarbonetos gasosos mais pesados como etano
(C2 H4), propano (C3 H4) e butanos (C4 H4). Essas frações mais pesadas (com dois ou mais
carbonos por molécula) são usualmente chamadas de líquidos de gás natural (LGNs), porque
frequentemente se encontram no estado líquido nos reservatórios devido à maior pressão.
(BRAGA et al, 2005; SANTOS et al, 2007) A exploração e a produção do gás natural podem
ocorrer em campos marítimos ou terrestres, onde o gás está armazenado em reservatórios. O
energético pode ser encontrado junto com o petróleo, o chamado gás associado, ou em campos
onde há apenas o gás, chamado de não-associado.
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2.5. Classificação do gás natural quanto a sua origem
O gás natural pode ser dividido em duas categorias: o gás associado e o não-associaado. O
primeiro refere-se àquele que está dissolvido em óleo ou em forma de gás, cuja produção está
intimamente ligada à extração do petróleo.
O segundo diz respeito aos reservatórios exclusivamente de gás ou misturados a uma pequena
quantidade de óleo. Portanto, sua extração e processamento estão condicionados apenas à
disponibilidade do recurso, sendo mais economicamente viável. Ressalta-se que este capítulo
tem foco exclusivo no gás natural não-associado e oriundo de processos regulares da natureza.
(BAIRD; CARROL, 2009; MANGO; HIGHTOWER; JAMES, 1994).
Figura 3: ilustra a classificação do gás natural quanto a sua origem.
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3. OBTENÇÃO E PROCESSAMENTO
3.1. Cadeia de valor do gás natural
Figura 4: Cadeia de valor do gás natural
3.2. Etapas para a obtenção, processamento e distribuição do gás natural
Figura 5: Etapas para a obtenção, processamento e distribuição do gás natural
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3.2.1. Upstream
Esta fase de cadeia compreende a identificação, análise e exploração de resevas de gás e a
comprovação através da perfuração de poços, para posterior produção; em que se retira a água
e hidrocarbonetos em estado líquido do GN. Posteriormente, o gás natural é conduzido a
Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN), onde ocorre a desidratação e
fracionamento do recurso, originando três subprodutos: o gás natural processado, o gás
liquefeito de petróleo (GLP) e a gasolina natural. Após esse processo, inicia-se a fase mais
crítica, que é o transporte do produto em estado líquido e gasoso. A fase de exploração é
tipicamente caracterizada por alto grau de risco, principalmente ligado à incerteza da
descoberta de uma jazida em áreas com conhecimento geológico ainda limitado e, portanto,
com elevados investimentos e custos operacionais. As etapas de mapeamento e processamento
geológico e geofísico (G&G), que antecedem a perfuração de poços de exploração, contribuem
para reduzir o risco e aumentar a taxa de sucesso nas buscas por novas jazidas.
3.2.2. Midstream
A escolha da forma de movimentação do gás entre a jazida produtora e o mercado consumidor
é uma questão estratégica para a indústria do Gás Natural. Historicamente, as dificuldades no
transporte do gás eram tão significativas que terminavam por direcionar grande parte da
produção de gás para a queima, quando se tratava de gás associado, ou de abandono do campo,
quando se fazia uma descoberta de gás não-associado. Hoje, no entanto, existem formas de
transporte que atendem a diversos cenários de oferta e demanda. O Gás Natural Liquefeito
(GNL), por exemplo, pode ser transportado por longas distâncias e está geralmente associado
ao transporte marítimo por navios metaneiros. No entanto, o custo de liquefação do Gás Natural
é elevado. Outra forma usada para o transporte de Gás Natural é o gasoduto em alta pressão.
No entanto, assim como os oleodutos que transportam óleo bruto e outros derivados, os
gasodutos que transportam o Gás Natural exigem um elevado investimento para sua instalação.
3.2.3. Downstream
Após a etapa de transporte, inicia-se o processo de distribuição, a partir do recebimento do
gás nos chamados citygates, que são instalações de redução e controle de pressão, medição e
odorização do Gás Natural. A partir dos citygates, o Gás Natural é direcionado através de
tubulações aos diversos segmentos do mercado: industrial, comercial, residencial e geração
de eletricidade.
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4. USO E APLICAÇÃO DO GÁS NATURAL
O gás natural e o LNG apresentam algumas aplicações, tais como:
Geração de Energia Elétrica, através de centrais de Ciclo Combinado;
Utilização Industrial, como fonte térmica, reduzindo o uso de outros
combustíveis;
Utilização Comercial, como fonte de combustível, através da
transformação do gás natural em combustível líquido, e como fonte de
combustível alternativa;
Utilização Doméstica, através do abastecimento à população por meio
de gasodutos, reduzindo também a importação do gás de cozinha.
O gás natural é utilizado principalmente na geração elétrica (termoelétricas) e consumo
industrial. Constitui matéria-prima na indústria petroquímica, onde é utilizado na fabricação de
plásticos, tintas, fibras sintéticas e borracha, e na indústria de fertilizantes, onde é utilizado na
produção de ureia, amônia e derivados. O gás natural é também utilizado como combustível
veicular na forma de GNV (mistura de gás natural e biometano, com CH4 como componente
principal) e no consumo comercial e doméstico como gás de cozinha. Em geral, seu uso para
esta finalidade é favorecido pela boa eficiência energética e menor taxa de emissão de CO2, o
que torna sua utilização menos nociva para o meio ambiente em comparação com outros
combustíveis fósseis.
4.1. Impactos do gás natural
4.1.1. Impacto ambiental
A exploração dos recursos minerais está profundamente associada à degradação ambiental.
Esta realidade não pode, entretanto, constituir impedimento para a sua exploração. Hoje,
existem práticas, ao nível internacional, que asseguram uma exploração sustentável do gás
natural. As províncias de Inhambane e de Cabo Delgado possuem uma rica e atractiva costa e
um ambiente marinho que alberga importantes recifes de coral e mamíferos marinhos de
importância global, alguns deles constituem espécies protegidas.
A perfuração de poços tem, regra geral, impactos adversos nos recursos marinhos locais. A
intensificação da navegação interfere igualmente na vida marinha. Os impactos ambientais
derivados da construção dos potenciais mega projectos dependem grandemente da sua
localização exacta, sendo que a fixação apropriada pode ser crucial para evitar ou minimizar
impactos adversos.
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A aplicação das boas práticas durante a construção contribui também para minimizar os
impactos no solo, nos recursos marinhos, hídricos e no ar. As condições atmosféricas podem
ser alteradas por fatores ligados diretamente a geração ou presença excessiva de substâncias
químicas tais, como: metano, pó de carbono.
Essas substâncias vão alterando a composição do solo tornando pobre para as atividades
agrícolas. O gás natural emite menores poluentes comparado ao carvão e ao petróleo, o gás
natural emite menos dióxido de carbono e poluentes como dióxido de enxofre e óxidos de
nitrogênio, tornando-se uma alternativa mais limpa para geração de energia.
4.1.2. Impacto Econômico
Desenvolvimento Econômico e Criação de Empregos,
A exploração, produção e distribuição de gás natural têm o potencial de fortalecer as e
conomias locais, criando empregos.
O gás natural também pode aumentar a produção industrial usando-o como matéria-
prima em várias indústrias.
Receitas Governamentais, A exploração de gás natural pode gerar receitas
significativas para governos através de impostos, royalties e outros mecanismos
financeiros, contribuindo para o orçamento público.
4.1.3. Impacto na Sociedade
Acesso à Energia, O gás natural pode ser uma fonte importante para a geração de
eletricidade e para uso doméstico, como aquecimento e cozimento, proporcionando
acesso a energia mais acessível para muitos.
Saúde Pública, Há redução das emissões de poluentes devido ao uso do gás natural,
em comparação com outros combustíveis fósseis, pode ter um efeito positivo na saúde
pública, diminuindo problemas respiratórios e outras condições associadas à poluição
do ar.
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5. OCORRÊNCIAS DO GÁS EM MOÇAMBIQUE
As primeiras pesquisas exploratórias de gás natural ocorreram entre 1904 e 1920 em Inhaminga
na província de Sofala e em Pande na província de Inhambane, ao que se seguiram actividades
mais intensivas entre 1948 e 1974, com o envolvimento de importantes companhias
petrolíferas, de então, nomeadamente a Gulf & Amoco, Hunt, Aquitaine e Sunray & Clark &
Skelly. Neste período, no global foram feitos mais de 26.000 quilómetros de sísmica,
levantamentos magnéticos, gravimétricos, fotografias aéreas, cartografia geológica em terra e
no mar.
Durante este período foram feitos 14 furos em terra que resultaram na descoberta de 3 (três)
jazigos de gás designadamente em Pande, em 1961 (Pande 1), no Búzi, em 1962 (Búzi 1) e em
Temane, em 1967 (Temane-1). Estas descobertas foram declaradas, todavia, como não-
comerciais. Com a criação da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.E., em 1981, a
actividade de pesquisa ganhou um novo ímpeto, envolvendo várias empresas multinacionais,
com a efetivação de mais de 25.000 quilómetros de sísmica, em terra e 760 quilómetros no
mar, entre 1981 e 1986.
Em 2000, a empresa Sul-Africana Sasol, que também conduziu importantes atividades de
pesquisa, em parceria com a empresa nacional, subsidiária da ENH, a CMH S.A., assumiu um
compromisso com o Governo de Moçambique por 25 anos, para desenvolver um projecto de
produção de 120 milhões de Giga Joules de gás natural para consumo em Moçambique e
comercialização na África do Sul.
Este compromisso permitiu viabilizar o projecto de gás natural a partir dos jazigos de Pande e
Temane e a construção de um gasoduto de 865 km entre Temane e Secunda, na África do Sul,
o que, por sua vez, permitiu ao país tornar-se o maior produtor e exportador de gás natural na
região da África Austral. As reservas de gás natural actualmente provadas em Pande e Temane
são estimadas em mais de 3,5 triliões de pés cúbicos. Gás é um dos principais recursos naturais
que impulsionam a economia moçambicana. O gás encontra-se principalmente na Bacia do
Rovuma no norte do país na província de Cabo Delgado e no Sul na província de Inhambane.
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5.1. Localização das áreas potências de produção do gás natural em Moçambique
5.1.1. Pande e Temane
Pande fica localizada a nordeste da província de Inhambane, entre os paralelos 21o 18’ a 21o
25’ Sul e entre os medianos 34o 50’ a 35o 00’ Este, assim como Temane esta entre os paralelos
21o 35’ a 21o 50’ Sul e entre os medianos 35o 00’ a 35o 10’ Este.
Figura 3: Ilustra o mapa da localização das áreas potências da produção de gás natural em Moçambique (Pande
e Temane)
5.1.2. Palma
Fica situada a nordeste da província de Cabo Delgado, entre os paralelos 10o 00’ a 12o 00’ Sul
e meridianos 40o 00’ a 42o 00’ Este. Os seus limites, oeste distrito de Palma e outros os extremos
e banhado pelo oceano índico. (Atlas de Moçambique, 2009)
Figura 4: Ilustra o mapa da localização das áreas potências da produção de gás natural em Moçambique (Palma)
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5.2. Geologia das Bacias
A área de exploração pertence a bacia Sedimentar do Ceno-Mesozoico dos períodos terciário e
quarternário, há ocorrência nesta zona da bacia, falhas e fraturas exceto a área de prospeção
pertencente a bacia do Rovuma, que não apresenta falhas e fraturas. (Muchangos, 1999 e
Aminosse, 2008).
5.3. Uso do gás natural em Moçambique
O gás natural é usado para o consumo doméstico (nas casas) e nas empresas. Ele fornece os ingredientes
básicos para uma variedade de produtos como plástico, fertilizantes (ureia), estes usados na atividade
agrícola, e muito mais.mA empresa nacional de Hidrocarbonetos, desenvolveu um projeto piloto
da utilização do gás natural como energia elétrica nos distritos de Inhassoro, Govuro e
Vilanculos, tendo trazido benefícios para as comunidades locais pois, várias pessoas
beneficiaram-se da rede de distribuição de gás para o uso doméstico e industrial, o gás natural
é também usado na produção de combustíveis sintéticos como gasolina, gasóleo, óleos
lubrificantes, diesel, parafina e de produtos derivados, como tintas, fibras sintéticas e borrachas.
5.4. Principais produtores de gás natural nas bacias de Moçambique
Tabela 1: Presentação das principais empresas, países províncias de exploração do gás
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Nota importante: Moçambique é um dos países com as maiores reservas produtivas de gás
natural no mundo, ocupando a decima posição.
Figura 5: Principais produtores de gás nas bacias Pande e Temane
5.5. Vantagens e desvantagens do uso do gás natural em moçambique
A exploração do gás natural em Moçambique trás tanto vantagens como desvantagens.
5.5.1. Vantagens
Incluem o potencial para impulsionar a economia do país, gerar empregos, atrair investimentos
estrangeiros e aumentar a receita do governo por meio de impostos e royalties. Além disso, o
gás natural pode ser uma fonte de energia mais limpa em comparação com outras opções.
5.5.2. Desvantagens
Incluem impactos ambientais, como a emissão de gases de efeito estufa durante a extração e
processamento do gás natural, bem como possíveis impactos negativos nas comunidades
locais, como deslocamento forçado, mudanças na paisagem e questões relacionadas à saúde
pública e o terrorismo que tem sido um dos impactos mais impacta-te e devastador no em
Moçambique.
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6. CONCLUSÃO
Os autores deste trabalho concluíram que o gás natural é uma parte crucial da matriz energética
global, oferecendo benefícios significativos, como menor emissão de poluentes em
comparação com outras fontes de combustíveis fósseis e flexibilidade no fornecimento de
energia. À medida que buscamos uma transição para um futuro energético mais sustentável, é
essencial abordar esses desafios de maneira abrangente, promovendo tecnologias mais limpas,
investindo em infraestrutura e promovendo a diversificação da matriz energética. Com um
planejamento cuidadoso e compromisso com a inovação, o gás natural pode desempenhar um
papel importante na transição para um futuro energético mais limpo e resiliente.
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7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ABREU, P. L.; MARTINEZ, J. (1999). A. Gás natural – o combustível do novo
milênio. Porto Alegre: Plural Comunicação, 89 p.
2. ARAÚJO, M. A. S. SOUSA, E. C. M. Processamento de petróleo e gás, 2ª ed., Rio de
Janeiro, RJ, Brasil, Editora LTC, 2014.
3. CARROL, Jonh. (2009). Natural Gas Hydrates: A Guide for Engineers. Burlington:
Elsevier, 280p.
4. SELEMANE, T. Indústria Extractiva em Moçambique: Guia prático de monitoria da
indústria extractiva por organizações da sociedade civil e comunidades locais.
SEKELEKANI: Comunicação para o desenvolvimento, Maputo, Moçambique, p. 28,
Maio 2017.
5. TALAVERA, R. M. R. Caracterização de sistemas, simulação e otimização de etapas
da planta de processamento de gás natural, Tese de Doutorado, Engenharia
Química/UNICAMP, São Paulo, SP, 2002.
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