IMPACTO T. L. Osborn

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Índice:

O autor deste livro .................................................................... 5


Capítulo 1 .................................................................................. 7
São palavras de Jesus ............................................................... 7
Capítulo 2 ................................................................................ 13
A coroa do vencedor............................................................... 13
Capítulo 3 ................................................................................ 16
A maior Recompensa.............................................................. 16
Capítulo 4 ................................................................................ 19
Moradas de Violência ............................................................. 19
Capítulo 5 ................................................................................ 31
A Praia Áurea .......................................................................... 31
Capítulo 6 ................................................................................ 37
A conquista ............................................................................. 37
Capítulo 7 ................................................................................ 41
A senha ................................................................................... 41
Capítulo 8 ................................................................................ 47
Impressões digitais ................................................................. 47
Capítulo 9 ................................................................................ 53
Parceria ................................................................................... 53
Capítulo 10 .............................................................................. 58
Os seus barcos também.......................................................... 58
Capítulo 11 .............................................................................. 60
A segunda chamada ............................................................... 60
Capítulo 12 .............................................................................. 63
Visão vinda de Deus ............................................................... 63
Capítulo 13 .............................................................................. 68
Co-evangelização .................................................................... 68
Capítulo 14 .............................................................................. 77
A colheita das almas ............................................................... 77
Capítulo 15 .............................................................................. 85
"Muito bem"........................................................................... 85
Capítulo 16 .............................................................................. 90
Vida em Plano Superior .......................................................... 90
IMPACTO tinha de vir! O conteúdo dessa mensagem me pôs
em fogo, a ponto de eu já não mais poder guardar silêncio.
Alvoreceu uma nova visão. Tenho evangelizado o pagão ou
tem ele me transformado?
IMPACTO é um livro novo e chocante... O modelo para os
pescadores de almas dessa nossa geração... Foi escrito para a
gente moça, para os nacionais, ministros do Evangelho e
leigos. Ele desvendará para você um novo mundo!
T. L. Osborn
O autor deste livro

Para escrever um livro como IMPACTO, poucos estão bem


qualificados como o evangelista- missionário, T. L. Osborn. Moço
ainda, já pregou as Boas Novas de Salvação em mais de 60 países.
As cruzadas evangelísticas dele tem reunido mais de 100.000
pessoas em um só culto. Sua notável habilidade de tornar
compreensíveis as profundas verdades das Escrituras Sagradas,
mesmo à gente bastante simples, tem feito dele, por toda a parte,
um obreiro mui querido pelos líderes cristãos e nacionais.
A Associação de Evangelismo por Meio de Nacionais, de T. L.
Osborn, com apenas seis anos de atividades, sustenta
presentemente mais de
2.300 missionários nacionais* em 70 países, sob a supervisão de
57 sociedades de missões do Evangelho integral.
Faith Digest, a revista mensal, gratuita, de 32 páginas, a três
cores, publicada pela Associação Evangelizadora Osborn, está
modificando o viver de milhares de cristãos. Explanando
histórias verídicas em todo o mundo ocorridas durante o
evangelismo em massa, em aditamento à sua exclusiva seção
dedicada à Evangelização por meio de Nacionais, a Faith Digest
apresenta um novo conceito no que respeita à evangelização
mundial.
Os livros do evangelista Osborn, obras que inspiram fé viva, estão
editados em muitas línguas e encontram larga aceitação entre
letrados e indoutos, entre ricos e pobres. O seu best-seller, Curai
enfermos já está na vigésima edição.
Mana do centro, em Tulsa, Oklahoma, E.U.A, uma verdadeira
corrente de ministério que vai alcançando os mais longínquos
cantos da Terra. Tudo isso está sob a direção e inspiração de T. L.
Osborn, o autor deste livro.
* Missionário é aquele que é dedicado a pregar a mensagem de Cristo nos
lugares ainda não evangelizados. Estes 2.300 missionários chamados
nacionais são pessoas que evangelizam em seu próprio país (autóctones). As
missões do Evangelho integral são das igrejas que dão ênfase a pregar o
Evangelho completo, isto é: salvação da alma, cura para o corpo, batismo no
Espírito Santo e vinda iminente do nosso amado Salvador.

Nota da edição
Certos dados no livro encontram-se desatualizados, pois, com a
graça de Deus, o ministério Osborn cresceu muitíssimo ao longo
dos últimos 50 anos. Osborn, hoje, está com 75 anos de idade.
Seus vídeos e documentários têm sido produzidos em 80 idiomas
e seus livros, publicados em 132 línguas e dialetos, levando o
Evangelho a 80 nações.
Capítulo 1
São palavras de Jesus

"É preciso fazer com que eles parem imediatamente " —


vociferou Satanás, batendo com força sua mão direita fechada
sobre a palma da mão esquerda. "Empreguem todos os
expedientes que pus à disposição de vocês".
Acendera-se mais o flamejante furor do Príncipe das Trevas ao
ouvir de seus emissários o relato de que certos missionários e
evangelistas estavam desenvolvendo cruzadas que estavam
agitando nações, algumas delas, grandes fortalezas dele. E
revelava todas as características de um dragão afogueado e
aguerrido, à medida que fazia sua voz trovejar, ao máximo, mais
que ameaçadora.
"Vocês acaso imaginam o que pode significar isso? Que é que
estão vocês fazendo para impedir o avanço dessas cruzadas?" —
bradava ele aos ouvidos dos xerifes da iniquidade reunidos à
frente dele.
Um dos mais poderosos anjos decaídos, súdito de Satanás,
conhecendo o quanto seu chefe é fraco por homenagens, rapapés
e adoração, vagarosa e sorrateiramente se apresentou e beijou o
chão aos pés do maioral. E foi dizendo, com ânimo resoluto:
"Majestade augusta e onisciente, já obtivemos boas vitórias, e
fizemos calar vários evangelistas de invejáveis dotes, tentando-os
sutilmente em épocas de fraqueza, e, depois, espalhando pelos
quadrantes da Terra a insensatez deles. Desnecessário é dizer que
conseguimos arruinar a reputação deles e destruir também a
eficiência daqueles indivíduos".
E prosseguiu: "Também temos levado outros a se indispor com
as igrejas organizadas. Assim, seus golpes são terríveis em certos
setores, muito embora sejam isolados seus esforços. Visto que
cooperam muito pouco ou nada com as igrejas, o resultado das
reuniões deles é bem pequeno e quase todos acham que, no fim,
nada conseguirão. Excelência, aqueles que mais nos perturbam
estão sempre na nossa mira, e, jamais, deles nos esquecemos. De
contínuo lhes su- gerimos razões absurdas. A experiência nos
ensinou, bem como os seus conselhos mui sábios, que eles, muito
embora a princípio se mostrem insensíveis, quanto mais
populares, mais suscetíveis se tornam às razões ou argumentos
absurdos".
Naquele momento, Satanás já se recobrara suficientemente do
seu ataque de cólera; interrompeu o relato do seu comando e
disse: "Lembrem-se de que é impossível encher de orgulho e de
amor próprio esses mortais evangelistas. Vocês precisam manter
sob domínio os convertidos por eles. Poucos desses convertidos
se sentirão satisfeitos com a maneira pela qual os evangelistas
realizam suas reuniões; aproveitem-se disso para tentá-los a
organizar novas denominações. Vocês bem sabem que, para nós,
nunca há denominações em número suficiente. Quanto mais
divisões pudermos criar na Igreja, maiores as nossas
possibilidades de impedir a evangelização".
Disse ainda: "Evangelistas hábeis devem ser sempre
embaraçados e impedidos de pregar àqueles que estão sem o
Evangelho! Por séculos temos obtido êxito em induzi-los a
realizar as suas campanhas evangelísticas somente nos seus
templos. Tem sido esse um dos nossos movimentos mais
frutíferos".
Tornavam-se visíveis no rosto do arqui-inimigo dos evangelistas
os traços de um malicioso prazer. E continuou: "Poucos dos que
estão em nossas mãos vão assistir reuniões dos evangelistas na
igreja. Vocês certamente vão cuidar disso. Está provado que um
evangelista, perito na pregação a pessoas não cristãs, uma vez
levado a pregar noites seguidas ao mesmo grupo de fiéis, deixa
de ser ouvido com a mesma avidez e atenção, e os dons dele já
não operam. Então, em geral, ele busca desenvolver outra espécie
de ministério, para colocar no lugar daquele original tipo de
evangelização realizado nos tempos da Bíblia. E me alegro com
isso".
Empolgado, declarou: "Odeio qualquer forma de evangelização
— rosnou Satanás — mas é fato que as reuniões evangelísticas
realizadas nas igrejas são muito menos perigosas à nossa causa
do que a prédica feita por evangelistas poderosos aos nossos
cativos em nosso próprio terreno. Por isso, ouçam-me vocês
todos, fiéis meus: devemos continuar a empregar toda e qualquer
artimanha possível para impedir que tais evangelistas realizem
reuniões fora dos templos, onde a nossa gente possa comparecer.
E não se esqueçam de continuar a impedir que os crentes
propaguem individualmente o Evangelho fora dos templos!"
Lembrando-se de outro fato, ressaltou: "E há outra ameaça ainda
mais mortal que essa, e que eu observei, percorrendo a Terra
toda. Alguns desses evangelistas exercem influência sobre um
grande número de pessoas para que se esforcem pela conversão
de nossos cativos. São muito sagazes. Recusam trabalhar
separados, ou independentemente, e jamais organizam uma
nova denominação. Persistem em congregar todos os membros
das igrejas num esforço Inter denominacional de evangelização".
E de novo bradou Satanás com sua trovejante voz: "Digo a vocês
todos: é preciso que eles parem imediatamente!"
E o anjo réprobo, que dantes conseguira êxito em acalmar o seu
enfurecido senhor, falou novamente:
"Mas, Excelência, temos conseguido já bastante no sentido de
estorvar o movimento dos evangelistas, pois fizemos com que a
igreja organizada se levantasse contra eles. Como sugeriu Vossa
Majestade, temos enfatizado cada erro que eles cometeram e
temos desfigurado cada falha, para que tomem isso como
inspirado por outros motivos".
E Satanás retrucou imediatamente: "Não estou nada satisfeito.
Vocês sabem, tanto quanto eu, que eles dia a dia estão ganhando
terreno. Sabem como tratar esses fanáticos evangelistas. Vocês
obtiveram vitórias no passado; explorem, tirem proveito dos
mal-entendidos. Enfatizem as diferenças entre evangelistas e
organizações. Trabalhem os oficiais de igrejas; sim, ponham de
prontidão os editores e escritores, e façam com que espalhem aos
quatro ventos da Terra as suas divergências.
Tudo que pudermos fazer para que as igrejas não cooperem na
evangelização, muito bom será; isso será mesmo ótimo! Sim,
porque um homem sozinho, ou mesmo uma denominação
isolada, jamais conseguirá êxito na evangelização do mundo.
Portanto, devemos fazer tudo para que os evangelistas e as igrejas
operem separadamente, em franca competição, e nunca em
cooperação. Isso nos faz voltar ao ponto inicial!"
Após essas palavras, os ímpios príncipes e os anjos decaídos se
abraçaram, esperando nova e incontrolável explosão da cólera de
Satanás. Mas, ao contrário do suspeito, este os olhou e falou em
tom firme e deliberativo, enquanto andava de cá para lá diante
deles: "Esses lugares em que estamos sendo derrotados hoje, há
séculos vêm sendo de nosso domínio absoluto. Minha estratégia
tem sido essa: permitir às missões que apenas mantenham nas
áreas pequenos postos avançados. Pessoalmente, tenho
superintendido isso, e a evangelização tem sido muito pouca,
mínima mesmo. Tenho menosprezado esses pequenos fortes em
meu território, pois, enquanto se conservam na defensiva,
apenas mantendo seus postos, não nos perturbam muito. Temos
obtidos tanto sucesso numa dada área que nem sequer um
estudante da Bíblia, de uma turma de diplomados, resolveu
pregar o Evangelho naquele local!"
Perversamente disse: "Com minhas artimanhas e habilidades,
consegui fazer com que os fundos da missão fossem empregados
apenas na manutenção dos lugares já ocupados. Tenho tido
grande alegria ao ver que muitos jovens, depois de terem
escolhido a obra missionária, depois de preparados, e a ponto de
saírem para o campo missionário, não são enviados aos pagãos
por falta de verba. Assim é que deve ser!"
Continuou: "Devemos nos opor, ou mesmo impedir, que
qualquer evangelista vocacionado saia a pregar o Evangelho
àqueles que ainda não o ouviram. Não devemos temer esses
pequenos grupos já organizados, pelo menos enquanto
pudermos fazer com que não atentem para os milhões que ainda
não foram alcançados.
Devemos impedir que homens capazes de arregimentar as forças
da evangelização alcancem qualquer sucesso".
Prosseguiu: "E também urge conseguirmos que os fundos
missionários não sejam diretamente empregados na obra da
evangelização. Vocês devem sugerir às sociedades missionárias
vários fins a que dediquem suas verbas. São muitos esses fins.
Vocês sabem que mal uma organização inventa um plano
missionário, o povo logo contribui para ele, seja para se levar o
Evangelho deles a países não evangelizados ou não".
Bradou o inescrupuloso: "Eis que alerto vocês todos! O tempo
que nos resta para livremente governarmos o mundo, bem como
a nossa última oportunidade de frustrar o plano de Deus,
depende de tornarmos fracos e desordenados os esforços
evangelísticos da Igreja. Vocês sabem muito bem o que aconteceu
da primeira vez que Ele veio".
A essa referência à pessoa de Cristo, um medo e um tremor
visíveis sacudiram as forças das trevas, inclusive, o que estava
falando.
Concluiu: "Não conseguimos, então, impedir a vinda dEle. Mas
agora as coisas são diferentes! A segunda vinda dEle não se dará
enquanto o Evangelho não for pregado a todas as nações para
testemunho! E estas são justamente as palavras que Ele disse!"
Capítulo 2
A coroa do vencedor

O Dr. Alexandre Duff foi um notável veterano das missões na


Índia. Já bastante velho, regressou à Escócia, sua terra natal,
para lá morrer.
Na reunião da Assembleia Geral da Igreja da Escócia, ele dirigiu
uma sessão em que apelou viva e poderosamente a jovens para
que dedicassem suas vidas à obra missionária na Índia. Mas,
ninguém respondia ao apelo.
Dominado e eletrizado pelo apelo que fazia, o velho missionário
desmaiou e caiu, e foi retirado do púlpito.
Um médico o atendia e examinava o coração, quando,
repentinamente, o veterano abriu os olhos e perguntou: "Onde
estou? Onde estou?"
O médico respondeu: "Fique calmo. O seu coração está muito
fraco".
O velho lutador logo o interrompeu, dizendo: "Mas eu preciso
terminar o meu apelo. Leve-me ao púlpito. Leve-me ao púlpito.
Eu não havia encerrado o meu apelo".
E o médico tornou a dizer: "Acalme-se. O senhor está muito fraco
para voltar ao púlpito".
Mas o idoso missionário não queria deixar de falar. Reunindo
suas combalidas forças, pôs-se de pé, e, amparado de um lado
pelo médico e de outro pelo presidente da assembleia, o lutador
de cabelos brancos foi levado ao púlpito. O auditório, em peso,
pôs-se em pé, admirando e homenageando a coragem dele. E,
então, ele encerrou o seu apelo, dizendo: "Quando a Rainha
Vitória convidou voluntários para a Índia, jovens às centenas se
apresentaram. Mas, quando o Rei Jesus chama, ninguém vai".
Fez uma breve pausa, e prosseguiu: "Será que a Escócia já não
tem mais filhos para dar à Índia?"
Esperou um bocado, e nada de resposta.
Houve um silêncio mais que profundo.
Daí, o velho soldado de Jesus avançou, e, sentindo o pesado
fardo de milhões de pessoas ainda não alcançadas na Índia pelo
Evangelho, concluiu: "Muito bem; se a Escócia já não tem jovens
para enviar à Índia, eu, muito embora cansado e decrépito,
voltarei para lá; e mesmo que já não tenha forças para pregar,
descerei e me deitarei às margens do Ganges, e ali esperarei a
morte, para que os povos da Índia saibam que pelo menos um
dos filhos da Escócia ainda se interessa bastante por suas almas
a ponto de dar sua vida por eles".
Quando o veterano lutador se voltou para deixar o púlpito, o
silêncio por fim foi quebrado, e muitos e muitos jovens correram
ao encontro dele, dizendo-lhe à uma voz: "Eu vou! Eu vou! Eu
vou!"
E depois do falecimento do Dr. Duff, muitos daqueles jovens
foram para a Índia, dedicando suas vidas à obra missionária,
como resultado da compreensão e visão de um antigo soldado do
Evangelho.
E que se pode dizer a seu respeito, amado leitor? Irá você também
ao campo missionário?
Deus lhe falou ao coração? Tem já ouvido o clamor desses
milhões que ainda estão sem o Evangelho? O Senhor da seara já
lhe revelou a necessidade desses povos? E você já respondeu,
dizendo: "Senhor, eis-me aqui; envia-me a mim?"
Você pode ser um acionista desse movimento que está tão
achegado ao coração de Deus, ganhando o não-salvo para Cristo.
Nem todos podem deixar a pátria, a casa, mas onde estão, onde
vivem, podem obter a coroa do ganhador de almas.
A tarefa suprema de cada cristão verdadeiro é a evangelização do
mundo.
Capítulo 3
A maior Recompensa
Li que, hoje, no mundo, vive mais gente do que todos quantos
viveram de Adão até nossos dias.
Pense bem nisso, leitor amigo. A evangelização da nossa geração
equivale a alcançar todas as almas que tem vivido de Adão até
hoje.
De Adão até o ano de 1830 de nossa era, a população do mundo
atingiu um bilhão. Em 1930, cem anos depois, subiu a dois
bilhões, e, setenta anos depois, já quase alcançou mais outros
quatro bilhões!
Mais da metade do povo que hoje vive sobre a face da Terra nunca
ouviu o Evangelho, nem sequer uma vez!

Mais de mil tribos até agora ainda não possuem nem mesmo um
trecho do Evangelho em suas respectivas línguas.
A revista Moody Monthly nos revela que, pelo presente cômputo,
levará ainda 160 anos para que todas as tribos tenham pelo
menos um trecho das Escrituras em seus idiomas.
Mais de 120 mil almas estão partindo para a eternidade a cada 24
horas!
Se estes fatos não impressionam o prezado leitor, poderá jogar
fora esse livro... E também a Bíblia!
Pergunto-me se tais condições o ajudaram a compreender por
que Jesus vendo a multidão, teve grande compaixão deles porque
andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm
pastor. Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente
grande, mas poucos são os ceifeiros (Mt 9.36,37).
Questiono-me se você realmente crê na ordem de Jesus: Ide por
todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura (Mc 16.15).
Quem o Senhor espera que vá fazer isto?
Faça-se esta pergunta: "Que estou fazendo para alcançar os que
ainda não foram alcançados?" Não pergunte o que sua igreja,
sociedade ou denominação está fazendo, mas o que você está
fazendo.
Pastores, evangelistas, professores, obreiros, cristãos, esta é uma
pergunta que todos vocês devem responder individualmente. Se
você não quer encará-la agora, terá que enfrentá-la no Dia do
Juízo, o qual pode vir bem antes do que você pensa.
Quando Jesus, o Rei, colocar-Se no lugar do pagão, terá motivos
para dizer de você: Porque tive fome, e destes-me de comer; tive
sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na
prisão, e fostes ver-me. Em verdade vos digo que, quando o
fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes
(Mt 25.35,36,40).
Essa, na verdade, é a maior recompensa pela qual se deve viver!
Capítulo 4
Moradas de Violência
Certo dia, tirei uma interessante fotografia da superfície da Terra
ao voar de um avião a jato sobre a estratosfera.
Até a curvatura da Terra aparecia tão clara que me produziu
estranha sensação.
O alcance da câmera fotográfica apanhara quase toda a extensão
que vai do Oregon ao México, espraiando-se pela cadeia
montanhosa, Nevada afora.
Lembrei do que dizem as Escrituras: O Senhor olha desde os céus
e está vendo a todos os filhos dos homens; da sua morada,
contempla todos os moradores da terra. (Salmo 33.13,14)
Fiquei a olhar aquela foto bastante incomum, e meu espírito me
levou para bem longe daquele espaço de onde contemplei este
planeta — a nossa Terra — solto no ar, como disse Jó.
Pensei nas muitas vezes em que, assentado à janela dum grande
avião estratosférico, a voar a muitas milhas acima da Terra, eu
via lá em baixo, perdidas na mata tropical, inúmeras vilas
incrustadas na selva brava, e também grandes cidades
negligenciadas, onde habitam milhões de pessoas ainda não
atingidas pelo Evangelho.
O que faremos para que essa gente tenha a oportunidade de ouvir
o Evangelho?
Muito raramente, o povo para um bocado para encarar com
realidade os fatos. Constantemente, os cristãos ficam
impressionados com o número de convertidos ou com o
desdobramento dos planos missionários. Mas esquecem-se de
que contrastando-se o vertiginoso aumento da população
mundial com o número de conversões e os resultados de todas as
igrejas juntas, o mundo está realmente voltando ao paganismo —
e isso a passos de gigantes.
Em vez de anunciar as Boas Novas para a rápida evangelização
do mundo, os fatos têm prognosticado um futuro com o império
de religiões pagas e de ideias ateísticas, se não se der já suprema
prioridade à evangelização intensiva.
Se você e eu nada devemos fazer nesse sentido, então Jesus foi
um insensato filósofo cheio de maravilhosas ideias acerca da
pregação do Evangelho a toda criatura, as quais são muito mal
concebidas e impraticáveis.
Se sorrimos e deixamos de encarar tais fatos, se preferimos ter
"ouvidos de ferreiro" ao clamor desta geração que anseia pelo
Evangelho, se damos de ombros em atitude de insensibilidade e
dizemos: "Bem, é certo que eu não tenho a resposta para isso; e
nem vejo o que posso fazer sobre isso", então estamos dizendo a
Jesus: "Acho que Te tornastes excêntrico e ilógico, se esperas que
levemos o Evangelho a tantos e tantos povos. Esse é um plano
impossível, próprio de um visionário, e mais ainda".
Será que é isto mesmo que você pensa do Senhor Jesus?
Pessoalmente, o que você acha que pode fazer para ajudar a levar
o Evangelho à sua geração?
Há um modo prático de se tratar tão magno assunto? O leitor
acha que nada tem que ver com esses milhões? Acha que basta ir
aos cultos, fazer boas ofertas como família, e cuidar de seus
próprios afazeres?
O leitor já viu uma pobre mãe subir ao topo de uma árvore bem
alta e atirar-se ao chão, quebrando os seus ossos em morte
sacrificial? Já viu?
Isso ainda se faz hoje na África. Por que? Porque morreu uma
criança e o médico feiticeiro achou que a mulher era a
responsável por aquilo. Diz que se a mulher for inocente, aquele
salto do alto da árvore em nada a prejudicará. Se morrer a
mulher, fica provado que era a culpada, e toda a povoação se
ajunta para ratificar o julgamento.
Já estive em algumas dessas vilas ou povoados africanos. Por
horas, assentei-me junto deles para conversar a respeito desses
costumes.
Aqueles homens e mulheres são tão humanos quanto nós, quanto
você, meu leitor. As mães de lá acariciam seus filhinhos
justamente como você. Os laços familiares são muito fortes na
África. Mas aquela gente nunca ouviu falar que existe uma
maneira melhor de viver. Estão em trevas. São negligenciados.
Não conhecem coisa melhor.
Também quase posso ouvir alguém dizer: "Irmão Osborn, isso é
coisa ridícula. Estamos no século vinte. Eles realmente conhecem
coisa melhor".
Então vá e veja com seus próprios olhos. Hoje são milhões.
Será que mudarão o seu viver se você lhes falar? É claro que sim.
Saltarão de alegria quando você lhes mostrar melhor caminho.
Saiba, amigo leitor, que não se passa um mês sem que chegue até
nós novo pedido, vindo de algum chefe africano, para que lhes
mandemos alguém para ensinar lá à sua gente algo acerca de
Jesus.
E você me dirá: "Então, por que não vai, Sr. Osborn, para lhes
anunciar o Evangelho, já que sabe muito bem quais as tristes
condições em que vive aquela gente?"
Pois eu estou indo — tão depressa quanto minhas forças me
permitem.
E estou enviando o maior número que posso. Hoje em dia
estamos sustentando integralmente 2.300 missionários
nacionais em vilas que ainda não foram alcançadas pelo
Evangelho.
Além disso estamos enviando a milhares de vilas livros, tratados,
fitas gravadas, discos e filmes em suas línguas nativas.
Mas, não basta. Precisamos fazer mais.
Você já viu um médico feiticeiro arrancar violentamente dos
braços da mãe desvairada o filhinho, colocá-lo de costas no chão
e encher a sua boca com areia até matá-lo? Isso se faz ainda hoje
no coração da Austrália entre aborígines!
E por que? Pelo fato de haver morrido um adulto e se precisar
encontrar uma vítima para acalmar os maus espíritos que só
aceitam sacrifício humano. A religião deles assim o requer!
Não obstante, você já não ouviu alguns dizerem por aí que as
religiões dos pagãos lhes bastam?
Que Deus se apiede daqueles que assim pensam!
Gostaria você que seu filhinho, por motivos de religião, fosse
sufocado de areia até morrer?
Você já viu colocar-se uma grossa corda no pescoço de uma
esposa bela e jovem, e fazê-la morrer estrangulada, pouco a
pouco?
João Geddes viu isso quando esteve numa ilha do Sul do Pacífico.
Por que fazem isso? Por religião. Uma vez que o marido lhe
morreu, deve ela ser enterrada com ele. É o que os sacerdotes da
religião deles determinam, e exigem!
Ela deve acompanhar o marido em sua viagem. E, se o filho mais
velho tem idade suficiente, deve ele mesmo estrangular a mãe
que ficou viúva. Se deixam filhos muito pequenos, que não
podem viver por si, devem também ser estrangulados.
Você está de acordo com isso? Acha você que essa religião é boa
para aqueles pagãos? Claro que não; mas eles não conhecem
outro caminho, outra maneira de vida. Assim, agem conforme as
luzes que têm.
Não admira, pois, que a Bíblia afirme: Os lugares tenebrosos da
terra estão cheios de moradas de crueldade (Salmos 74.20). Oh!
Quanto esses lugares precisam conhecer Jesus! E quão felizes
serão quando ouvirem alguém lhes falar sobre Ele.
Você já viu um pobre devoto pagão postar-se no centro de uma
vila, sacar de uma comprida adaga e retalhar sua própria cabeça
até o sangue jorrar por entre os cabelos, e daí encher os talhos ou
ferimentos com jornais, e atear fogo em tudo? Já ficou a ver
aquele fogo chiando nos cabelos e no sangue dele?
Hoje isso ainda se faz em terras pagãs! Por que? Por religião.
Você faria isso para alcançar um lugar de paz no céu, como
pensam aqueles pagãos?
Você responde que não, sei disso. Mas, você procederia desse
modo, se não conhecesse outro caminho. Se você tivesse nascido
entre aqueles pagãos, estaria agindo do mesmo modo. Pense
nisso.
Você condena e reprova tais atos de violência, porque conhece
coisa melhor. E é justamente esse o motivo por que afirmo que
eles também mudarão o estilo de vida, caso alguém lhes anuncie
coisa melhor. Agora estão perdidos, esquecidos, pois ainda não
foram alcançados pelo Evangelho.
E Jesus a nós, que estamos salvos, ordenou que lhes levemos a
luz do Evangelho.
Esse assunto tem a ver com você, prezado leitor? Quer você
tomar parte nessa maravilhosa missão?
Já viu um médico nativo ajoelhar-se sobre uma bela e jovem
donzela, deitada de costas no chão, apertar entre seus joelhos a
cabeça dela, e serrar-lhe, um por um, os dentes, em meio dos seus
gritos de dor? Já viu tal moça a suar, com corpo todo a tremer, e
com o sangue a escorrer- lhe das gengivas laceradas, levantar-se
do chão para viver o resto de sua vida apenas com aquelas
horríveis e feias gengivas?
Você sujeitaria sua filha a um costume assim bárbaro? É certo
que não, porque conhece coisa melhor. Nem eles o fariam, caso
conhecessem o Evangelho. A religião deles exige aquilo! E você
continuará surdo aos apelos que nos fazem para lhes levar a luz
de Cristo? E irá talvez dizer: "Eu nada posso fazer nesse sentido".
Já viu que o médico deles corta o lindo rosto da criancinha em
muitas tiras, e enfia, nos cortes e buracos, negros e sujos carvões?
Já ouviu os lancinantes gritos da pobre criança na agonia ao
sentir o feiticeiro e médico marcar o seu peito e abdômen com
grosseiros e esquisitos desenhos?
Fazia-se isso na África, por século; e ainda isso se faz, de uma ou
de outra forma, no corpo da maioria das crianças africanas!
Por que? Simplesmente por acharem que seus filhos devem ter
tais marcas. Não conhecem nada melhor. Fazem para seus filhos
o que entendem ser a melhor coisa. E gostam de seus filhos tanto
quanto nós!
Mais de uma vez pude presenciar esses ritos sangrentos. Deixou-
me horrorizado tal espetáculo. Por isso dediquei minha vida toda
a lhes mostrar o caminho de Cristo. Acho que sou devedor a esses
pagãos.
Alguém, contudo, poderá dizer-me: "Mas, irmão Osborn, há boa
diferença entre o senhor e eu. O senhor recebeu de Deus um
chamado, uma vocação".
Recebi? Quem disse isso? Não. Não me lembro de ter recebido
essa vocação missionária de Deus.
O que tenho feito é isso: tenho encarado os fatos que dizem
respeito a todos e a cada cristão. Interessam-me todos os povos
em geral, onde quer que vivam. Acho que Deus criou todos iguais.
Não penso que seja razoável para mim o ser tão abençoado,
vendo os outros ainda tão necessitados de Cristo. Não acho que
seja defensável eu conhecer a Cristo e gozar a Sua paz, e os pagãos
morrerem em busca da paz, sem nunca se lhes falar em Cristo.
Por que há este de ouvir duas vezes o Evangelho antes que aquele
ouça uma só vez sequer?
É por isso que vou, e faço tudo quanto posso, para alcançar os
que ainda não ouviram o Evangelho.
Eis por que este ministério de evangelização se dilata
constantemente até havermos feito algo que alcance os perdidos
em todos os países livres do mundo. E essa a razão por que
sentimos que devemos expandir grandemente nossos esforços
para ganhar almas em cada setor.
Tenho visto os pagãos. Tenho sentido o pulsar do coração deles.
Horas e horas, tenho-me assentado ao lado deles e conversado
com eles. Tenho pregado a multidões deles. Sinto a grande fome
que têm do Pão da Vida, quanto querem a Água da Vida. Tenho
visto suas criancinhas, e o amor e dedicação de suas mães. Tenho
estudado os seus laços de família, a sua devoção. Tenho andado
e vivido no meio deles.
Não gozam de boa situação, de boa condição de vida. Não são
felizes; ao contrário, vivem mal. São muito infelizes, miseráveis e
sofredores. Vivem com medo de maus espíritos, e sempre estão a
fazer alguma coisa para apaziguá-los.
No paganismo, não há sossego, nem paz nem alegria. As religiões
deles não são boas nem suficientes para eles. Eles têm tanto
direito de conhecer a Cristo quanto nós. Não somos os favoritos
de Deus, somos sim, mais afortunados.
Outros cristãos nos trouxeram o Evangelho. Ouvimos e cremos.
Estamos salvos. Mas eles ainda estão perdidos, perdidos, sim,
perdidos. Urge que os alcancemos.
Antes de 1890 os sacrifícios humanos eram legais e populares na
África. Quando morria um chefe, cortavam-se as cabeças de
muitos, as viúvas eram enterradas com os maridos falecidos, ou
mortas e comidas. Mergulhavam as mãos em óleo fervente.
Só o Evangelho conseguiu modificar isso. Mas, atrás das sinistras
cortinas da vasta mata, ainda hoje, práticas desumanas
campeiam e prevalecem!
Como se tornam bons cristãos aqueles nativos quando têm
oportunidade de alcançar a salvação em Cristo!
Todas as semanas, chegam ao meu escritório relatórios mais que
animadores, contando os grandes sacrifícios feitos por cristãos
africanos, ao suportarem traições, abusos e crueldades para levar
o Evangelho à sua gente.
Alexandre Mackay nos fala de três rapazotes africanos que
morreram pela causa de Cristo; tinham de doze a quinze anos! O
mais velho avançou ao encontro da morte, cantando um hino.
Cotaram-lhe os braços, e o atiraram ao fogo, queimando-o vivo.
Fizeram o mesmo ao segundo.
Por fim, o terceiro, o mais moço, de doze anos, suplicou: "Não me
cortem os braços, pois não vou oferecer resistência. Atirem-me
ao fogo". Que heróis!
Os cristãos das gerações anteriores, da Igreja Primitiva, sofreram
além do que se pode descrever para levar o Evangelho a seus
compatrícios.
Foram queimados vivos, apedrejados, serrados pelo meio,
jogados em cavernas de leões e em masmorras, crucificados,
decapitados, torturados em calabouços frios e escuros, exilados,
assassinados em sangrentos massacres, torturados no cavalete
até à morte, devorados vivos por feras.
Verdadeiramente o sangue dos mártires é a sementeira da Igreja.
O preço que se pagou para que hoje tivéssemos o Evangelho foi
esse: o sangue de dez milhões de atrocidades desumanas. E,
agora, que estamos, você e eu, querendo pagar e fazer para levar
o Evangelho à nossa geração?
Hoje vive maior número de gente do que toda aquela que viveu
de Adão até agora. É o que nos dizem as estatísticas.
Quão grande, pois, a nossa responsabilidade de cristãos!
Jesus disse: Pregai o evangelho a toda criatura. (Marcos 16.15).
Todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
(João 3.16). Todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo. (Atos 2.21). Como, pois, invocarão aquele em quem não
creram? (...)e como ouvirão, se não há quem pregue? (Romanos
10.14). Jesus morreu por todos, para todo o mundo. Ele veio para
buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19.10).
Ele falou das cidades vizinhas e de outras ovelhas. O Apóstolo
Paulo constantemente se esforçava para alcançar as regiões mais
distante".
Cristo ordenou a Seus discípulos, e a todos os cristãos, que
fossem até os confins da terra, às regiões mais distantes.
As multidões aí estão, milhões e milhões, prontas para a ceifa.
Famintas e sedentas. Atemorizadas e atormentadas. Solitárias e
abandonadas. Negligenciadas, esquecidas e desconsoladas.
Eu e você, que estamos fazendo para alcançá-las?
Alguns podem dizer: Sou eu guardador (ou tutor) do meu irmão?
(Gn 4.9), a exemplo de Caim.
Quantos deram suas vidas, sangue, tudo que eram e tinham, e
ainda cantaram em meio às chamas do martírio: "Cristo é
Vencedor"— podemos acaso deixar de fazer o que nos é possível
por essas multidões ainda não alcançados pelo Evangelho?
Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que
já estão brancas para a ceifa. (João 4.35)
Se você anteriormente deixou de fazer algo no que diz respeito à
evangelização, isso não é razão para que continue a falhar.
Pode ser que Deus esteja chamando você para ir. Se assim for,
obedeça-Lhe e vá. Responda- Lhe: "Eis-me aqui, Senhor, envia-
me a mim".
Pode ser que Ele queira que você envie outro, ou outros, em seu
lugar, ou que você envie mensagens impressas, ou filmes etc.
para salvar almas. Se assim for, economize quanto puder, e
empregue isso na obra de alcançar os que ainda não foram
alcançados. Faça a sua parte, e colabore na mais abençoada
cruzada desse presente século — a evangelização do mundo.
Pode ser que Deus esteja chamando você para orar por essa obra.
Então ore, tornando-se intercessor. Ponha dentro do seu coração
esses milhões de pagãos não alcançados ainda. Ore pelos
missionários nos seus campos de ação e para que aumente em
muito o número deles. Interceda pelos cristãos nacionais, para
que, com Cristo, resistam a todas as dificuldades, maus tratos e
perseguições. Peça a Deus para que não faltem os recursos
financeiros que possibilitam enviar mensagens evangelísticas
impressas, e também mensagens audiovisuais. Ore até que o
mundo todo seja evangelizado.
Capítulo 5
A Praia Áurea
O número dos que nascem anualmente é trinta vezes maior que
o dos que se filiam a igrejas cristãs.
Na África, enquanto os cristãos conseguem três conversões, os
maometanos conseguem sete!
Cada negociante maometano é um missionário. Você pode vê-lo
no causticante Sudão, na África Central, também na mata e nos
rios. Não importa onde esteja, se compra ou vende; nunca deixa
passar a oportunidade de propagar o seu credo. Por quê? Porque
é maometano, e o seu negócio ou tarefa é disseminar a religião
islamita.
Se Jesus Se demorar, os próximos dez ou vinte anos serão os mais
importantes da história da humanidade.
As religiões falsas existem em grande número pelo mundo afora.
O espírito nacionalista está fervilhando em todas as pátrias. O
comunismo, a mais poderosa força já forjada pela astúcia
satânica, ameaça varrer o cristianismo de sobre a face da Terra.
A energia atômica ameaça destruir a civilização.
Forças sinistras estão a agir. Surgiram em cena movimentos
colossais. A raça humana enfrenta a destruição.
Oh! amigo meu, evangelização é a ordem do dia, é necessário que
se observe a hora que passa, e que somos a única esperança para
essa geração.
Quase tudo que temos hoje devemos ao evangelismo. A maior
parte dos que se converteram a Cristo foram salvos em
campanhas de evangelização, ou em épocas de avivamento.
Como esperamos conservar — eu e você — esse nível de vida e de
libertação se não evangelizarmos? Será que muito logo uma
população ateísta vai fazer baixar o prato da balança, começando
a lançar nosso rosto de encontro a um muro de desesperança?
O amigo já leu Provérbios 24.11,12? São palavras penetrantes.
Leia-as, se ousa.
Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados
para a matança, se os puderes retirar. Se disseres: Eis que o não
sabemos; porventura, aquele que pondera os corações não o
considerará? E aquele que atenta para a tua alma não o saberá?
Não pagará ele ao homem conforme a sua obra?
Você ouviu o que Salomão disse em Provérbios 3.27? Não
detenhas dos seus donos o bem, estando na tua mão poder fazê-
lo.
Ouça o que nos diz o nosso Deus: E, se abrires a tua alma ao
faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas
trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. (Isaías 58.10)
Que promessa bendita e gloriosa!
Mas, por outro lado, Deus solenemente nos adverte e avisa: Filho
do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da
minha boca ouvirás a palavra e os avisarás da minha parte.
Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o
avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu
caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na
sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei. Mas, se
avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu
caminho ímpio, ele morrerá na sua maldade, mas tu livraste a tua
alma. (Ezequiel 3.17,19)
Há anos, morou na Austrália um homem que trabalhou em
regiões auríferas e ficou muito rico.
Ele, e outros mais que lá enriqueceram, regressavam à pátria
num navio quando este sofreu um rombo. Perderam-se os barcos
salva-vidas, e os náufragos desesperaram.
Aquele homem forte e musculoso achou que podia vencer as
gigantescas ondas e chegar a uma ilha próxima. Estava prestes a
atirar-se na água, quando uma menina, cuja mãe sumira na
tragédia, lhe perguntou: "O senhor pode me salvar?"
O homem olhou para o saco de ouro que trazia, e depois encarou
a meninazinha. Depois olhou de novo sua fortuna em ouro, e
novamente para a menina. A seguir, desembaraçou-se do saco de
ouro, e pôs a menina nas costas, e atirou- se ao mar.
Lutou até quase perder a vida, mas conseguiu alcançar a
ilha.
No dia seguinte, quando o homem recobrou os sentidos, sentiu
que a menina colocava seus bracinhos ao redor do seu pescoço, e
o beijava, dizendo: "Estou muito contente porque o senhor me
salvou". E o homem disse então que só aquele gesto dela valia
mais que todo o ouro da Austrália!
Meu amigo, quando você chegar à fulgurante praia do céu, quem
correrá para você, de braços abertos, para lhe dizer: "Obrigado!
Obrigado! Bem-vindo! Bem-vindo! Contente estou porque você
me possibilitou ouvir lá na terra o Evangelho de Jesus. É
maravilhoso viver aqui nessas alturas!"
Será isto superstição? Imaginação? Não é, já que a Bíblia é a
verdade.
O Apóstolo João viu uma multidão, a qual ninguém podia contar,
de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam
diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e
com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz,
dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e
ao Cordeiro (Ap 7.9,10).
Um novo cântico será entoado no céu a Jesus, o Cordeiro de
Deus. E as palavras dele serão: Digno és porque foste morto e
com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e
língua, e povo, e nação (Ap 5.9).
Quantos deles estarão no céu para entoar esse cântico, porque
você, leitor amigo, sacrificou-se para os alcançar com o
Evangelho?
Jamais esquecerei duma noite em que, preguei na
entenebrecida Tegolândia. Milhares de ouvintes estavam
assentados na grama de um campo diante de mim.
Estando a pregar, uma mulher, bastante idosa e toda enrugada,
se ergueu, e, falando alto, abriu passagem por entre o povo, e veio
até à frente do tablado. Uma vez na frente, agarrou-se às minhas
calças, para chamar minha atenção.
Olhei para baixo e vi que ela estava a chorar quase
convulsivamente.
Indaguei: "Que é que há, mãe?"
Então ela, em grande emoção e a soluçar, expressou-se por meio
de gestos.
O intérprete explicou: "Ela quer que o senhor fique sabendo que
ela pertence a uma povoação pagã e entenebrecida, onde a luz de
Cristo não raiou ainda; ela diz que fica muitíssimo agradecida ao
senhor por haver trazido as Boas Novas de Jesus e do Seu amor
a uma velha, como ela, sem valia alguma. Diz que será sempre
agradecida, e que se apressará em ir contar a outros habitantes
da povoação dela todas as Boas Novas que aqui ouviu".
Logo depois, aquela velha senhora voltou ao seu lugar, a chorar
de alegria, e se assentou, para ouvir algo mais da história do
Redentor Jesus.
Certamente, logo encontrarei aquela velhinha na praia dourada
da eternidade.
As palavras daquela querida, e velha mãe africana, valem tudo
quanto eu possa fazer, gastar ou dar para levar o Evangelho aos
perdidos.
E há milhões de pessoas nas condições dessa velha africana, a
esperar por você e por mim, para que lhes levemos a mensagem
da Salvação.
O que é que você vai fazer para acudir à necessidade do perdido?
Que é que vou fazer? Posso fazer mais? Sim, creio que posso e
que devo fazer mais. E você?
Capítulo 6
A conquista
Como o fogo se ateia com fogo, também a igreja existe pela
evangelização, pelo ganhar almas. Quando a igreja perde de vista
o perdido, morre, assim como o fogo se extingue por falta de novo
material a ser queimado.
Ide... Pregai... Fazei discípulos... Dai testemunho a todas as
nações, a toda criatura no poder do Espírito Santo.
Eis, na essência, o último grande mandamento que Cristo deu à
Sua Igreja: evangelizai o inundo todo — é a Sua ordem de
marcha! Ele não disse civilizai todas as criaturas humanas, nem
mesmo cristianizai o mundo, mas pregai, proclamai o Evangelho
ao mundo todo.
Os primeiros cristãos podiam escusar-se por não atingir o mundo
todo. Faltavam-lhe os meios e o equipamento que poderiam
acelerar a obra da Evangelização. Não havia estradas de ferro,
aviões ou poderosos e rápidos transatlânticos; não havia rádio,
televisão, impressoras, aparelhagem audiovisual ou
cinematografia. Não obstante, no poder do Espírito Santo,
evangelizaram a maior parte do mundo então conhecido.
No princípio, a evangelização, levada a cabo pela Igreja,
conseguiu atingir o Egito e o Norte da África, a ponto de, em certa
época, tais regiões apresentarem centenas de igrejas evangélicas.
Porém, em vez de prosseguir em busca dos lugares mais
distantes, passou a discutir doutrinas.
E assim a controvérsia tomou o lugar da evangelização. E o
resultado? Em vez do fervente zelo e visão, que certamente teria
impelido os cristãos para o Sul através das escaldantes areias do
Saara até os jâgais da África Central e Meridional, a Igreja se
mostrou paralisada e começou a declinar, à medida que o mundo
mais se envolvia em trevas.
Enquanto a Igreja contendia e discutia muitas coisas não
essenciais, o inimigo conseguia vitórias e escravizava milhões.
Consequentemente, o Norte da África tornou- se maometano e,
por séculos, ali quase não se brilhava a luz do Evangelho.
Pense nisso, leitor amigo. Em certa época, alguns dos maiores
teólogos do cristianismo vieram do Norte da África. Hoje, todo o
país está dominado pela rígida religião maometana.
Que aconteceria, se isso se desse em nosso país cristão? O único
caminho que, por certo, impedirá o aparecimento do novo tipo
de paganismo moderno em nossa pátria é conservar bem fresca,
no íntimo de cada servo de Jesus, a visão da evangelização
mundial.
Quando um cristão para de ganhar almas, por esse ou por aquele
meio, cessa de arder em sua alma o fogo divino. E o resultado é
muito triste e lamentável: falta de interesse e de entusiasmo, e
queda espiritual. Então o mundanismo avança para preencher o
vácuo. Que horrível tragédia!
Um dos preceitos mais desafiadores já apresentados ao cristão é
esse: a tarefa suprema da Igreja na evangelização do mundo.
A única defesa da Igreja é ganhar almas.
Ela nasceu no ardor da evangelização. Estará arruinada sempre
que seus membros deixarem de alcançar o perdido.
Hoje, no mundo, vivem cerca de dois bilhões de almas que nunca
foram alcançadas pelo Evangelho de Cristo!
Hoje mais de um quarto de todas as nações, um terço da
superfície da Terra, e metade da população mundial estão sob a
influência do comunismo ateu.
Será que, como cristão, estamos cientes disso? Será? Lembramo-
nos de que, como indivíduos, somos a Igreja de Cristo? Para que
existe no mundo a Igreja Cristã?
Ela não é uma grande arca, em que podem flutuar os favoritos,
felizes, e sem cuidado algum por sobre o mar da vida até chegar
à praia áurea.
Ela não é uma companhia de seguros, à qual se podem pagar
prêmios e se ficar inteiramente livre do fogo do inferno!
A Igreja não é um clube social, cujos membros se reúnem
ocasionalmente para desfrutar da companhia uns dos outros,
divertirem-se, e trocar ideias!
Não é uma casa de saúde em que os deformados espirituais e os
moralmente anêmicos tratam de seus males hereditários. Não.
A Igreja de Cristo é uma instituição ganhadora de almas, a
proclamar, a tempo e fora de tempo, que Jesus Cristo salva
a todos os homens.
Ela é um farol, cujos raios da luz evangélica alumiam todos os
cantos da Terra, mesmo os mais distantes e entenebrecidos.
E um poderoso exército em marcha, cujos soldados estão
resolvidos a invadir todas as pátrias para fazer tremular em cada
nação a bandeira de Cristo! Como soldados do rei dos Reis, a
tarefa dos cristãos não é construir fortes nem acumular reservas
de munições, mas conquistar o território inimigo, para tomar
deles um povo para o seu nome (At 15.14).
Napoleão certa vez disse: "A conquista fez de mim aquilo que sou,
e a conquista deve encorajar- me!"
Isso é também verdade no que se aplica à Igreja de Cristo. A
própria existência da Igreja depende de sua obediência à grande
comissão do Senhor. Ela existe para buscar e salvar o que está
perdido.
Que é que o leitor amigo está fazendo nesse sentido? Está
esperando que a sua denominação faça a obra de evangelização?
Cristo espera muito de você! Almas — almas ainda não
alcançadas — estão esperando muito de você!
Capítulo 7
A senha
Evangelização deve ser hoje a senha de cada cristão. É alcançar
o que ainda não foi alcançado; e levar o Evangelho de Cristo ao
que está perdido. É levar almas a Cristo. É levar pecadores ao
arrependimento e à fé em Jesus Cristo. E sair por estradas e
veredas, e adicionar mais ovelhas ao aprisco do Bom Pastor.
Uma senha, Senhor, dá-nos agora. Vocábulos de fogo e de poder!
Esse grito de guerra que afervora, que arrasta a conquistar ou
então morrer.
É a palavra que a Igreja põe desperta, Para cumprir a ordem do
Senhor! A senha já foi dada! Igreja, alerta! Ei-la: EVANGELIZAI!
Com fé e amor.
Anunciai o Evangelho que é de Deus, Por toda a Terra, vós, filhos
da luz! A senha ecoando vai por terra e céus Oh!
EVANGELIZAI—disse Jesus.

Ao que já morre, a raça contumaz, O dom gracioso de Jesus


pregai!
E a todo pecador que em trevas jaz Com fé e amor, sim,
EVANGELIZAI!
01-A quem devemos evangelizar e por quê?
Os milhares das longínquas regiões que ainda não tiveram a
oportunidade de ouvir o Evangelho.
Em nosso mundo, temos aproximadamente seis bilhões de
habitantes.
Mais da metade da população da Terra nunca ouviu o Evangelho
de Cristo.
Tribos que falam duas mil línguas diversas estão perecendo sem
o menor conhecimento do Evangelho de Cristo.
A população do mundo está crescendo assustadoramente à razão
de 47 milhões por ano.

02- Quem deve ser alcançado pelo Evangelho?


Os que ainda não foram alcançados devem estar em primeiro
lugar, pois não é justo fazer alguém ouvir duas vezes o Evangelho
quando existem milhões e milhões que não ouviram sobre ele
ainda nem uma vez.
Os que não pertencem ainda à Igreja em nosso próprio país.
Muito embora nos chamemos uma nação cristã, e embora 63%
de nossos compatrícios digam-se membros de igrejas, ainda:
Quase 64 milhões de americanos não se acham filiados a
nenhuma igreja;
37 milhões de crianças jamais visitaram uma igreja ou uma
escola dominical;
O crime é ainda coisa de espantar em toda parte da nação. Este
ano, a criminalidade subiu em 8%, e anualmente, 100.000
pessoas tentam suicidar-se nos EUA, e 20.000 morreram dessa
forma.

03- Os membros de igreja não convertidos precisam ser


evangelizados:
Em alguns lugares, ser membro de igreja significa pouca coisa.
Há tempos, o Diretor do Controle de Bebidas Alcoólicas de
Nova-Jérsei (EUA) declarou que "todos os negociantes de álcool
são bons membros de igreja".
O Dr. Mervin Roseli diz, em seu livro Revival, God's planfor
today, que "das igrejas norte-americanas:
• 5% dos membros arrolados já não existem;
• 10% jamais vão aos cultos públicos;
• 40% jamais dão qualquer oferta;
• 50% jamais vão às aulas da escola dominical;
• 60% não vão aos cultos nas noites de domingo;
• 70% não contribuem com ofertas para as missões;
• 75% jamais tomam parte em qualquer ativi- dade da igreja;
• 80% jamais tomam parte nas reuniões de oração da igreja;
• 95% jamais ganham uma alma para Jesus Cristo!"
O Senhor Jesus disse: Eis que eu vos digo: levantai os vossos
olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa (Jo 4.35).
E disse mais: A seara é realmente grande, mas poucos são os
ceifeiros. Rogai pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros
para a sua seara (Mt 9.37,38).

Precisamos buscar o perdido em nossa terra, e também em


outros países por várias razões:
Porque Deus cheio de compaixão, precisamos arrebatar as almas
como tiramos tições da fogueira viva (Sl 86.15).
Porque o Senhor não quer que nenhum pereça, senão que todos
venham a arrepender-se (2 Pe 3.9).
Porque Jesus veio procurar e salvar aquele que estava perdido
(Lc 19.10)
Deus teve só um Filho, e Ele foi missionário, evangelista,
pescador de almas. Meditemos bem nas parábolas do semeador,
da ovelha perdida, da dracma perdida e do filho perdido, do
Evangelho segundo São Lucas, capítulo 15, na parábola do bom
samaritano (vai e faze o mesmo), na parábola da grande ceia (sai
para os caminhos e vales e força-os a entrar). Todo o ministério
de Cristo foi dominado por uma ardente paixão pelos perdidos.
Para nos assemelharmos a Ele, precisamos ser ganhadores de
almas.
Porque a Bíblia foi dada para dizer aos homens como se podem
salvar (Jo 20.31)... devemos evangelizar.
Porque Jesus disse: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho
a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem
não crer será condenado (Mc 16.15,16).
Por causa do valor de uma alma (Mt 16.26) devemos fazer tudo
que pudermos para resgatá-la.
Por causa do salário do pecado (Rm 6.23), temos o dever de
alertar o perdido, para que passe do domínio de Satanás para o
domínio de Deus.
Porque o homem não se pode salvar por si (Ef 2.8,9) — urge que
levemos ao perdido a mensagem redentora de Cristo.
Porque a morte é coisa certa, e também o juízo, e também o
inferno — devemos consagrar nossa vida a ganhar as almas
perdidas, e isso de todos os modos possíveis.
O que você diz, então, acerca de tudo isto? Você sente dentro de
seu coração a atração das almas? Gosta de ajudar almas
desesperadas a encontrar nova esperança em Cristo? E o desafio
de toda criatura, todo o mundo, do até aos confins da terra, de
outras ovelhas, das cidades vizinhas está a inflamar o seu coração
como inflamou o coração de Jesus - e os de Pedro, Tiago,
João, Paulo e de outros muitos?
Os campos já branquejam para a ceifa... E correm perigo de se
perder! As multidões de nossos dias têm tantas necessidades,
tanta fome de justiça e amor, e respondem tão bem ao apelo do
Evangelho, como nos dias de Jesus, como nos dias apostólicos.
Quem será o culpado, se se perder a colheita? Enquanto os
homens se escusam e se poupam, dizendo que as condições ou as
circunstâncias são desfavoráveis, a Bíblia enfaticamente nos
ensina que podemos esperar colheitas de almas em qualquer
lugar, a qualquer tempo, uma vez que obreiros dinamizados e
possuídos pelo Espírito se dediquem de corpo e alma à
evangelização do mundo.
Capítulo 8
Impressões digitais

Uma das maiores maravilhas da evangelização é o fato de o


Senhor empregar instrumentos humanos na pesca de almas para
Cristo. Deus poderia ter empregado para isso os Seus anjos. Na
verdade, estes teriam ficado mais que satisfeitos se houvessem
recebido de Deus essa incumbência. Mas Deus assim não quis.
Ele resolveu empregar o homem para essa gloriosa tarefa, ou
missão. É dito: "Duvida-se que se possa encontrar no céu uma
alma que não traga em si as impressões digitais de outra pessoa".
Quando Cristo embargou os passos de Saulo de Tarso na estrada
de Damasco, bem lhe poderia revelar naquele instante o plano de
salvação. Mas apenas lhe disse: Levanta-te e entra na cidade, e
lá te será dito o que te convém jazer (At 9.6). E Deus enviou
Ananias para guiar Saulo à entrada do Seu Reino.
Quando o anjo apareceu a Cornélio, que orava, poderia ter-lhe
dito facilmente como ele se poderia salvar. Mas deu-lhe uma
ordem: Manda chamar a Símio, que tem por sobrenome Pedro
Ele te dirá o que deves fazer (At 10.5,6).
Deus tem reservado só para seres salvos e cheios do Espírito o
glorioso privilégio de tomar com uma de suas mãos a Divindade
e com a outra a alma perdida para uni-las (2 Co 5.19,20).
Quando havia uma obra a fazer, Deus sempre escolhia um
homem. Escolheu Elias no Monte Carmelo; Jonas para Nínive;
Pedro para o dia do pentecostes.
Você pode, acaso, conceber a Reforma sem Lutero e Calvino?
Pode imaginar o grande avivamento, que salvou de uma
revolução a Inglaterra, sem João Wesley, Carlos Wesley e
Whitefield? E as cruzadas de Finney e as campanhas de Moody
não estão inseparavelmente ligadas a esses grandes evangelistas?
São, porém, esses grandes nomes os únicos que estão ligados à
evangelização do mundo? Deus nos livre de achar que devemos
só a esses poucos homens! Toda a glória não coube só a esses
renomados evangelistas. Devemos lembrar igualmente que
muito ficamos devendo àqueles muitos que oraram e
intercederam, àqueles que lhes propiciaram os meios, àqueles
milhares de cristãos que colaboraram com eles, e que também
participaram de suas grandes vitórias. Tais luminares da
pregação evangélica não poderiam ter alcançado sozinhos as
multidões de almas perdidas que então se salvaram.
A evangelização é tarefa de cada cristão. Mas ninguém a realiza
sozinha, por suas próprias forças.
Cada cristão pode ser um pescador de almas.
As grandes cruzadas, que temos tido o privilégio de dirigir pelo
mundo, são trabalhos de equipe em conjunto.
Tenho cumprido o meu dever, mas é verdade que outros milhares
de cristãos fiéis têm colaborado comigo, cumprindo o seu dever
de evangelizar.
Muitos missionários têm sacrificado tudo, e muitos pregadores
nacionais têm trabalhado com afinco, investindo o que são e
possuem na gloriosa obra de evangelização. Antes de nós, muitos
deles gastavam suas vidas na semeadura do Evangelho; depois
viemos nós, e nos alegramos com as abundantes colheitas de
almas para o Reino de Deus.
Triunfamos sozinhos? Não; mil vezes não. Centenas de cristãos
fiéis, naturais dessas terras, lutam dia e noite, trazendo às
cruzadas os perdidos, os enfermos, os confusos. Assentam-se ao
lado deles, nas reuniões, a interceder pelo pregador e pelos
ouvintes não cristãos. Oram com eles. Acompanham-nos a casa,
de volta das reuniões. Trabalham seus convidados a todo tempo
sem fim.
Entrego as mensagens e convido os perdidos a se decidirem por
Cristo, mas a verdadeira pesca de almas só se dá quando
ministros e leigos dão as mãos para salvar o perdido.
Enquanto estou no púlpito, na linha de frente, milhares estão na
pátria, em seus lares, trabalhando e colaborando comigo no afã
de partilhar essa alegria de ganhar almas, e o fazem por meio da
oração intercessora e de suas generosas ofertas para financiar a
obra de evangelização.
Tais esforços de evangelismo em massa não teriam lugar sem a
participação de missionários, pastores, e obreiros leigos.
Isso é que é evangelização! Pelo que nem o que planta é alguma
coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. (...) mas
cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho. Porque
nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e
edifício de Deus. (1 Coríntios 3.7,9).
Cada qual tem sua parte na conquista de almas. Recebi de Deus
o privilégio de pregar. Muitos missionários vieram antes de mim
há alguns anos. Ministros dessas terras estão dando tudo.
Obreiros e membros dessas igrejas nacionais fazem a sua parte.
Conselheiros pessoais fazem parte da equipe. Aqueles que
sustentam essas cruzadas com suas orações e ofertas participam
conosco dessa gloriosa cruzada.
Um planta, e outro colhe. Por isso Jesus disse: Eu vos enviei a
ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós
entrastes no seu trabalho (Jo 4.38).
É justamente isso o que sinto ao dirigir grandes cruzadas em que
milhares de perdidos encontram-se com Cristo. Estou colhendo
o que outros semearam.
A verdade é que todos nós somos cooperadores de Deus.
Que parte o leitor amigo está tendo na evangelização mundial?
Está você pessoalmente empenhado nessa gloriosa obra? Já
experimentou em sua vida a bem-aventurança e a alegria que
provêm de se ganhar para Jesus Cristo uma alma perdida?
Você já teve a oportunidade de salvar a vida de uma pessoa que
ia morrendo afogado? Já tirou de dentro duma casa a incendiar-
se uma pessoa que lá estava morrendo sufocada pela fumaça e
pelas chamas? Já arriscou sua vida para tirar da frente de um
automóvel uma criança prestes a ser atropelada?
Em verdade, é o sentimento mais maravilhoso e mais agradável
dessa vida ter consciência de haver salvo alguém de um desastre
mortal!
Você, meu caro leitor, pode experimentar e gozar dessa alegria e
prazer de salvar almas perdidas, vítimas do desespero. Pode
participar do maior de todos os ministérios: o da evangelização.
Centenas de vezes, pobres almas negligenciadas achegam-se a
mim, em terras longínquas, derramando lágrimas de sincera
gratidão, louvando a Deus pelo fato de eu lhes haver levado o
redentor conhecimento do Evangelho de Jesus.
Não poucas vezes tenho impedido que este ou aquele se ajoelhe
diante de mim e me beije os pés. Muitos agarram minhas mãos e
as beijam, antes que eu possa reprimir tal manifestação de
gratidão a Deus.
É certo que não o fazem para cultuar a mim, mas o fazem para
revelar ou expressar a gratidão em seus corações. Não têm
dinheiro, nem vistosos presentes, nada precioso ou belo para
oferecer ao norte-americano... Só lágrimas e beijos de gratidão,
amáveis palavras de humilde reconhecimento.
Digo a você que algumas vezes tenho voltado o meu rosto a
derramar lágrimas de vergonha e confusão por me sentir
bastante chocado. Quando essa gente tão amada assim me trata,
sinto não ter coragem de olhar a face do Senhor. Sim, porque
tenho sacrificado tão pouco por eles.
Tenho recebido do Senhor tantas e tantas provas de Sua
misericórdia e bondade. Tenho sido tão favorecido por Ele, tão
abençoado. E eles têm sido tão negligenciados; são tão pobres,
tão necessitados.
Quero que você saiba, leitor amigo, que a sensação mais grata e
mais agradável que nós, mortais, podemos experimentar nesse
mundo é a de haver participado do levar o Evangelho a quem
estava perdido, sem Jesus.
Mas eu, sozinho, nada posso fazer. Cristãos fiéis em suas pátrias
participam de nossas cruzadas, possibilitando levá-las avante. E,
então penso: "Como seria maravilhoso e agradável se aqueles que
lá em sua pátria contribuíram de uma forma ou de outra para o
êxito dessas cruzada pudessem ver as almas se chegarem a Cristo
pelo trabalho de evangelização que estamos realizando em terras
pagãs?"
Bem, por isso é que o céu será coisa bastante maravilhosa, não é?
Lá, encontraremos aqueles que foram salvos por nossos esforços.
É coisa maravilhosa ser pescador de almas. Você acha que é
mesmo? Está fazendo alguma coisa para ganhar almas para
Cristo?
Capítulo 9
Parceria
O Senhor me tem impressionado com a iminente ruína que
sobrevirá ao mundo, caso se retarde a obra da evangelização.
Já por onze anos temos visto, de primeira mão, o efeito do
Evangelho sobre as massas de mais de trinta países.
Seja entre os maometanos, xintoístas, budistas, pagãos; seja
entre os instruídos ou não- letrados, existe na criatura humana
uma insatisfação e uma ânsia que só o Evangelho pode satisfazer.
Estes onze anos decorreram tão suavemente enquanto
trabalhávamos quase dia e noite num frenético esforço para
alcançar os perdidos.
Uma das impressões que parece ter-se avolumado dentro de mim
de ano para ano é esta: apesar do grande número de almas que
hoje estão sendo salvas, comparando isso com o vertiginoso
aumento da população mundial, percebe-se que estamos
perdendo terreno em assustadora proporção.
Para cada pessoa que se converte, nascem trinta almas pagãs, e
essa diferença rapidamente vai crescendo e se tornando cada vez
maior a largas passadas.
De vez em quando, ouvimos ou lemos umas poucas estatísticas
que procuram alertar para isso, mas, no geral, a Igreja Cristã
realmente não está despertada para ver o que está acontecendo.
De certo modo, temos focalizado nossa atenção para o número de
conversos ou para o aumento geral de nossos auditórios, em vez
de atentarmos para o terrificante aumento da população e os
crescentes milhões não alcançados pelo Evangelho.
Tenho estado alerta para com esses números por ser cristãos, e
por perceber que daremos contas a Deus da obra de nossa vida.
Diligentemente temos pedido a Deus que nos mostre o que se
pode fazer para se alcançar esta geração com o Evangelho de
Cristo. Sei que Jesus disse que isso deve ser feito. Aquilo que nos
parece uma colossal impossibilidade... Não obstante, sei que isso
pode ser feito — e está prestes a ser feito.
Em outro dia o Senhor veio a nós com o capítulo cinco de Lucas.
Eis os versículos que o Espírito Santo então usou para abrir de
novo nossos olhos:
E aconteceu que, apertando-o a multidão para ouvir a palavra de
Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré. E viu estar dois barcos
junto a praia do lago; e os pescadores, havendo descido deles,
estavam lavando as redes. E, entrando num dos barcos, que era
o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e,
assentando-se, ensinava do barco a multidão. E, quando acabou
de falar, disse a Simão: faze-te ao mar alto, e lançai as vossas
redes para pescar. E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre,
havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, porque
mandas, lançarei a rede. E, fazendo assim, colheram uma grande
quantidade de peixes, e rompia-se-lhes a rede. E fizeram sinal aos
companheiros que estavam no outro barco, para que os fossem
ajudar. E foram e encheram ambos os barcos, de maneira tal que
quase iam a pique. E, vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos
pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, por que
sou um homem pecador. Pois que o espanto se apoderara dele e
de todos os que com ele es- tavam, por causa da pesca que haviam
feito, E, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de
Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse Jesus a
Simão: Não temas; de agora em diante, serás pescador de
homens. (Lucas 5.1-10)
Eis aqui um significativo exemplo de parceria (ou sociedade) tão
necessária para se apanhar peixes em grande número.
O Senhor nos impressionou, de maneira inteiramente nova,
revelando que é sempre nosso parceiro, ou sócio, quando nos
dispomos a ganhar multidões de almas humanas.
Jesus já houvera chamado antes aqueles homens para que
O seguissem e se tornassem pescadores de homem (Mc 1.17).
Mas agora, evidentemente, o Senhor quis dar-lhes uma lição
sobre a cooperação, ou parceria, no pescar homens.
Entrou no barco de Pedro, afastou-se da terra, e pregou um
sermão às multidões que se achavam na praia, porque Jesus
queria ensinar a Seus discípulos que eles deviam pescar
multidões como aquela que tinham diante de seus olhos,
justamente como estavam vendo ali Jesus fazer. Assim, Jesus
fez da pescaria uma lição objetiva, para ensinar aqueles
homens como ganhar almas, multidões delas.
Podia ser que eles já houvessem discutido a questão de qual o
discípulo favorito de Jesus, ou de quem seria o maior no Seu
Reino. Também podia dar-se o caso de eles já terem começado a
condenar os que não estavam seguindo a Jesus como eles o
estavam fazendo.
Jesus quis ensinar-lhes a parceria no ganhar almas.
Disse-lhes que fizessem aquilo que Ele, até hoje, nos ordena
fazer: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar.
Aquilo não devia ser uma pesca ordinária, e sim um lançar de
redes no mais profundo do mar para se apanhar uma redada, ou
uma multidão.
Jesus sabia o que ia acontecer, sabia que apanhariam peixes
em número maior do que aquele que poderiam arrastar para
terra. Isso lhes ia ensinar a urgência da cooperação.
Eles agiram sobre a palavra de Jesus, com fé singular, colheram
uma grande quantidade de peixes, e rompias-lhes a rede. Ou,
como traduz Verkuyl, "suas redes começavam a romper-se".
Imediatamente, eles fizeram o que Jesus sabia que iam fazer,
fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco,
para que os fossem ajudar. E foram e encheram ambos os barcos,
de maneira tal que quase iam a pique.
Digamos que os companheiros que estavam no outro barco
representam nossos parceiros ou colaboradores cristãos que
estão em outra igreja, em outra denominação, ou em outra
organização. Daí verá que esta lição se aplica tremendamente a
você e a mim.
Jesus deliberadamente realizou um milagre que forçou o
companheirismo, a parceria, e a cooperação; então, o registrou
nas Escrituras Sagradas para nos servir de exemplo, hoje, na
pesca das almas.
Todos ficaram atônitos, pois que o espanto se apoderara dele e
de todos os que com ele estavam, por causa da pesca que haviam
feito.
Um tradutor diz: "A admiração se apossou de Pedro e de todos
os seus companheiros, ao verem a redada de peixes que
conseguiram". Outro declara: "Eles ficaram atordoados (tontos)
com o arrasto de peixes que obtiveram".
Aprenderam o valor da parceria — lição assaz indispensável à
evangelização do mundo. A partir daquele instante, podiam
apanhar multidões de homens!
Capítulo 10
Os seus barcos também
Pelo ano de 1953 tínhamos já dirigido grandes campanhas
evangelísticas em cerca de doze países. Em cada campanha
"apanhamos multidões de peixes".
Ficamos boquiabertos, como Pedro, ao ver as multidões que
apanhamos. E milhares estão sendo salvos nas povoações e
cidades a nosso redor. Víamos que nossas redes estavam a
romper. Já não podíamos mais controlar a situação.
Começamos daí a fazer sinais aos nossos missionários-parceiros
para que nos ajudassem. Dissemos a eles: "Os campos estão
brancos para a colheita! As massas querem Jesus! Nossas redes
se estão rompendo. Vossas igrejas são muito pequenas e poucas.
Nossas Campanhas são assaz curtas e muito raras. Os peixes
apanhados são multidões. Ajudai-nos e vos ajudaremos.
Façamos sociedade, parceria, ou cooperação, nessa cruzada!"
Eles responderam. Trouxeram seus barcos, e os enchemos todos.
Ficaram tão admirados quanto nós.
E começamos a perceber que todas as nossas redes estavam
prestes a romper-se. Daí, apelamos para os nossos parceiros
nacionais que estavam em todos os barcos perto de nós, dizendo-
lhes: "Venham ajudar-nos".
Criamos então a Association for Native Evangelism. Começamos
fornecendo fundos para sustentar obreiros nacionais como
missionários de tempo integral, para que alcançassem os
perdidos, sem Cristo.
Hoje, graças à cooperação de nossos missionários-parceiros, em
conjunto temos arregimentado mais de 2.300 obreiros nacionais,
de tempo integral, nessa obra missionária entre os ainda não
alcançados; juntos, temos todos apanhado tremendas "redadas
de peixes".
Mas, que representa isso num oceano de multidões de peixes?
Jesus disse: toda criatura, todas as nações, todo o mundo. A
Bíblia declara: todas as nações, e tribos, e povos e línguas.
Jesus disse ainda: até aos confins da Terra. O Apóstolo Paulo
disse: até às mais distantes regiões.
Vinde a ajudai-nos! Nossas redes estão se rompendo! Confiados
na Palavra de Jesus, fizemos ao largo, a apanhamos multidões de
peixes! Nossos barcos estão afundando, estão indo a pique!
Restam ainda grandes multidões que não foram alcançadas
para Jesus; e em grande abundância, para encher também
os vossos barcos.
Capítulo 11
A segunda chamada
Recentemente, estando em oração, a premência de nossas redes
a se romperem e de nossos barcos quase a pique, fez-me ver outra
avassaladora onda de realidade.
Sob a pressão de milhões, prontos para ceifa, novamente caí com
meu rosto em terra.
E orei, dizendo: "Deus meu, mostra-me como posso fazer mais;
sim, fazer alguma coisa, Senhor. Sei que disseste toda criatura.
Não sei como alcançá-las. Estamos dando o máximo, mas não
basta. Por favor, Senhor, mostra-me como podemos fazer mais!"
Outra vez Ele respondeu à oração, e surgiu uma visão de co-
evangelização.
A lição das redes a se romperem, e da chamada de ajudantes ou
parceiros, surgia de novo, como a base para passos e avanços
mas enérgicos.
Vinde e ajudai-nos foi o sinal que, pela segunda vez, demos a
nossas companheiros. E os parceiros que chamamos dessa vez
eram os evangelistas.
Percebi que, se queríamos trazer para a terra aquelas "tremendas
redadas" de peixes que se prendiam em nossas redes
evangelísticas, teria que pedir o concurso de evangelistas, bem
como de missionários.
Assim, telefonamos aos quatro cantos de nossa pátria e do
Canadá.
Convidamos nossos parceiros evangelistas para que viessem e
pegassem conosco, como traduz o Novo Testamento
Amplificado.
Numa conferência espiritual, expus, diante de todos, a
responsabilidade e a urgência da evangelização mundial.
Disse-lhes como Deus nos concedera o talento de produzir
muitos e diferentes instrumentos para ganhar almas tais como
livros, tratados, sermões gravados, discos, filmes de notáveis
milagres etc., tudo isso ungido pelo Espírito Santo. Expliquei
como todos esses instrumentos são meios, ou redes, que, uma vez
"lançados no profundo das águas" por alguém, apanham grandes
multidões de almas que são carregadas para dentro do Reino de
Deus.
Relatei aos obreiros, então reunidos, como já tantas vezes
havíamos lançado tais redes, sempre com resultado animador e
abençoado; disse-lhes ainda que as redes estavam cheias, a ponto
de se romperem, e, por fim, disse-lhes: "Vinde e dai-nos vosso
auxílio".
É a isto que damos o nome de co- evangelização. Realmente é
"parceria na pesca", ou cooperação no ganhar almas.
Em verdade, há mais peixes em nossas redes do que podemos
trazer para a terra.
Os barcos de nossos parceiros missionários estão ficando cheios;
os de nossos consórcios nacionais estão extravasando de peixes;
os de nosso parceiros evangelistas igualmente estão repletos.
Permanece, no entanto, ainda, o oceano de águas profundas, a
fervilhar de multidões de peixes, esperando outras mãos que
lancem mais redes ainda para recolherem outras redadas mais.
Vinde e ajudai-nos. Ainda há multidões de peixes, em maior
abundância, para encherem igualmente os vossos barcos.
Capítulo 12
Visão vinda de Deus
Agora Deus falou novamente à minha alma. E, visto parecer-me
que Ele nos quer impressionar mais do que nunca com a
assustadora urgência da evangelização, outra vez estou rogando
a Ele que nos mostre novos caminhos para atingirmos os que
ainda não foram alcançados.
Poucos instantes depois de eu haver entrado em oração, a
presença do Senhor de novo se aproximou de mim, falando-me
novamente ao coração.
Meditava na ordem de Jesus: Ide por todo o mundo, pregai
o evangelho a toda criatura (Mc 16.15).
Eu pensava nas centenas de metrópoles e nos milhares de
povoados e vilas de nossos dias.
E, admirado e perplexo, dizia para comigo: "Como poderemos
alcançar todos esses lugares? Se eu pudesse ir passar uma
semana em cada vila da terra — sim, uma semana — que é que
lhes pregaria? Não me sobraria tempo para lhes ensinar todo o
Novo Testamento, nem todas as maravilhosas promessas e
ensinos das cartas apostólicas. Que é que lhes pregaria?''
Então, veio-me à mente o que Jesus disse: E eu, quando for
levantado da terra, todos atrairei a mim (Jo 12.32).
Daí resolvi: "Darei a semana toda para falar de Jesus ao povo.
Eu lhes contarei por que Jesus veio, o que fez, como perdoou
pecadores e curou enfermos. Como morreu e ressuscitou. Acima
de tudo, buscarei deixar bem forte no coração dos ouvintes a
impressão de que Jesus nunca mudou, que Ele continua a viver
hoje e sempre, e que Ele quer fazer por eles justamente aquilo
que fez por todos quantos creram nEle nos dias apostólicos".
Enquanto nisso meditava, o Espírito do Senhor fez sombra sobre
mim, e percebi que Ele estava a guiar meus pensamentos. Era
como se Ele estivesse a dizer-me: "Sim, agora prossegue; que
farás a seguir? O que mais? Continua a pensar".
Percebi que o Senhor e eu estávamos juntos de novo, fazendo
planos, sabia que outra visão estava para vir.
Então eu disse: "Senhor, jamais poderei alcançar todas essas
cidades e vilas. Já tenho 36 anos de idade. E o tempo é tão breve,
corre e voa. Nem adianta pensar que eu possa fazer isso".
Mas, repentinamente, senti que me inundava todo a presença de
Deus. Pensei: "Espera um momento. Há um caminho". E uma luz
começou a brilhar.
Vi, então, máquinas de gravar discursos, vitrolas, filmes, tratados
e folhetos, tudo pronto em idiomas mais que diversos.
Pensei nos 500 milhões de chineses que foram conquistados
pelo comunismo, quase sem luta alguma. Eles equiparam
número suficiente de seus mensageiros com filmes, com
literatura impressa, com o fito de doutrinar cada vila e cada
aldeola chinesa.
Lembrei-me dos Testemunhas de Jeová que ano após ano enviam
homens e mulheres às casas, para deixarem nelas suas
mensagens impressas, livros e folhetos, e até pequenas vitrolas
portáteis. Hoje, eles contam com a maior editora religiosa do
mundo e estão conseguindo conversos pelo mundo todo, e com
velocidade espantosa.
Vi centenas e milhares de maravilhosos obreiros nacionais,
realmente consagrados, aguardando uma oportunidade para
"pescar".
Então, o Senhor começou a falar de novo à minha alma — agora
sobre uma nova e constrangedora urgência. Ordenou-me o
Senhor: "Grava essas mensagens básicas sobre Jesus em todas
as línguas que puderes. Faze isso depressa, conclamando
missionários e obreiros nacionais. Ou grava essas mensagens
com intérpretes. Uma vez gravadas em disco ou fita — que se
produzam cópias em massa, aos milhares —, escreve também tais
mensagens e publica cópias aos milhões. Que cada evangelista
disponha dessas mensagens audiovisuais, com seu respectivo
projetor e vitrola manual; e que cada pastor e obreiro leigo, e
missionário, tenha isso tudo em mão, pois que são redes a serem
lançadas no profundo das águas para a pesca de multidões de
peixes".
E pareceu-me que o Senhor dizia, a seguir, com grande
solenidade: "Vai, e faze isso imediatamente; é tudo quanto tens
tempo para fazer". Senti minha alma em fogo. Sabia que era uma
visão vinda de Deus.
Sei que devemos continuar fazendo o que estamos fazendo;
pregar pessoalmente e cada um que pudermos alcançar em
nossas metrópoles ou vilas, evangelizando em massa.
Mas, enquanto estivermos fazendo isso, essas mesmas
mensagens impressas, e gravadas em fitas e filmes podem
igualmente ser pregadas em dez mil outras cidades e vilas do
mundo, ao mesmo tempo.
Isso é co-evangelização, parceria no ganhar almas.
Mesmo leigos na América, ou em qualquer continente, que
acham que não podem pregar de modo eficiente, podem obter
essas mensagens escritas ou faladas ou em outras formas, e
realizar um ministério de tempo integral no pescar almas para
Cristo.
Isso é co-evangelização, cooperação no alcançar os não-
convertidos.
O que é que você vai fazer sobre isso? Gostaria de salvar almas?
Gostaria de ser um pregador do Evangelho? Eis agora a sua
oportunidade.
Também encontramos, aqui e ali, milhares de ministros e
evangelistas que anseiam sinceramente ter um ministério mais
eficiente em favor de Cristo. Está você, amigo leitor, no número
desses que estão querendo abrir novos caminhos, mais eficazes e
mais positivos para ganhar almas?
Então, venha, e dê-nos o seu apoio, a sua ajuda. Tais redes estão
apanhando uma verdadeira multidão de peixes, onde quer que
sejam lançadas para a pesca. Não quer você trazer o seu barco e
lançar as redes conosco? Há peixes em abundância também para
o seu barco.
Capítulo 13
Co-evangelização
Quando penso no barco e nas redes, coisas tão comuns e
ordinárias que Jesus utilizou para dar a Pedro a lição da
parceria, fico maravilhado ao perceber como Sua Palavra tornou
tão extraordinários esses instrumentos da lida cotidiana.
Daí, penso na simplicidade de um folheto comum, ou de um
carretel de gravador de som, ou de um simples disco ou filme.
São coisas ordinárias que já por anos vêm sendo usadas pelos
homens.
Mas quando carregados com a mensagem do Evangelho tornam-
se bem diferentes. As que temos empregado são abençoadas de
modo especial, são ungidas, são diferentes pelo fato de estarem
cheias da Palavra do Mestre, e por exporem de novo a vida e o
ministério de Jesus.
São mesmo redes ordinárias... Mas lançadas sobre a Sua Palavra.
Por isso é que se tornam eficientes para alcançar multidões.
Agora que já vimos como elas foram abençoadas, dou sinais aos
meus parceiros que se acham em outros barcos, dizendo-lhes:
"Venham nos ajudar; pois que há multidões de peixes para
todos".
Outra lição que aprendi é esta: Jesus podia impedir que se
rompesse a rede que Pedro lançara para a pesca e também
impedir que o barco de Pedro fosse a pique. Mas, daí Pedro não
teria aprendido, do modo como aprendeu, a lição da parceria.
Semelhantemente, não faz parte do Seu plano dar-nos a
capacidade de alcançar por nós mesmos as nações do mundo,
porque, se isso se desse, jamais experimentaríamos a bênção da
camaradagem e da parceria na evangelização.
Todo e qualquer esforço que encoraje a cooperação da parte de
todos os cristãos no ganhar almas, receberá certamente a bênção
de Deus. Isto explica por que a visão da co-evangelização tem
obtido, obtém e continuará a obter, por todo o mundo, resultados
de grande alcance.
Agora que esta visão está sendo estendida às regiões além, urge
que vejamos as tremendas consequências que se tornam
inevitáveis.
Eis aqui uma parte vital dessa lição: quando Pedro e os que com
ele estavam no seu barco conseguiram aquela pesca maravilhosa,
os que estavam no outro barco estavam também ansiosos por
uma boa redada. Evidentemente, estavam esperando a
oportunidade de apanhar uma multidão de peixes — e
esperando convite para ajudá-los. Eles tinham suas próprias
redes, mas alguma coisa estava faltando.
Por aquele tempo, Pedro fez sinal para eles, os quais se chegaram
ao barco de Pedro e encheram ambos os barcos.
Sei que há centenas de leigos, evangelistas, pastores e
missionários que anseiam tomar parte bem mais positiva no
ganhar mais almas para Cristo.
Estão aguardando que surja um meio pelo qual possam ajudar no
colher a amadurecida seara de sua geração.
A co-evangelização na pátria e no exterior abre para eles o
caminho.
É possível evangelizar o mundo em nossa geração. Homens e
equipamentos estão aí à mão. Mas isso nos chama à parceria.
Ninguém pode realizar isso sozinho! Isso foi o que Deus mostrou
a Pedro em seu barco naquele dia. E isso é o que Ele me ensinou
de modo impressionante. E você? Já aprendeu essa lição?
A evangelização mundial é o negócio maior e mais urgente, e ela
nos deve dominar e empolgar a ponto de desejarmos, se preciso,
romper as linhas ou limites denominacionais.
Jamais concordaremos em todas as doutrina, a não ser nas
fundamentais para que todos os pecadores ouçam o Evangelho,
recebam a Jesus Cristo e sejam salvos. Isto basta! Podemos
cooperar com aqueles que se batem por diferenças doutrinárias,
quando seja para ganhar almas.
Quatro pessoas levaram um paralítico a Jesus para que o curasse.
O homem foi perdoado e curado. Um só homem não teria podido
fazer aquilo. Os quatro homens agiram de parceria no interesse
do paralítico.
A evangelização, para que seja vitoriosa e frutífera, precisa ser
feita em cooperação.
Eis por que já estamos trabalhando como parceiros diretos com
missionários, ministros nacionais, pastores e evangelistas de
cerca de 60 diferentes corporações.
Os pescadores de homens que operam independentemente não
prosperam, não são bem-sucedidos!
A evangelização foi instituída por Cristo, faz parte integrante da
Igreja (Ef 4.11) e jamais pode ser separada dela.
A Igreja vive pela evangelização, e a evangelização funciona como
um braço dela. São parceiros inseparáveis — Igreja e
evangelização.
Muitos ministros que cooperam conosco, associados nossos
nestas cruzadas evangélicas, estão filiados a várias
denominações, e gozam de boa situação. O ministério deles
conosco se confina à pesca de almas. A evangelização é a nossa
tarefa única.
Não estamos doutrinando, nem organizando uma denominação,
uma escola bíblica, nem uma casa publicadora. Nada temos a
construir por nós mesmos, e para nós. Ninguém se pode juntar a
nós... nada temos de nosso. Somos ganhadores de almas...
parceiros no alcançar os que ainda não foram alcançados. Isto é
CO-EVANGELIZAÇÃO.
Evangelistas, que no campo agem como nossos parceiros, são
membros de várias denominações; mas, quando operam em
parceria conosco, isso derriba os muros denominacionais e nos
introduz no cerne do Cristianismo... no ganhar almas. Assim,
associamo-nos, estritamente limitados à obra da evangelização.
Cada rede que lançamos às águas... nossas cruzadas,
missionários nacionais, livros e folhetos, publicações
estrangeiras, fitas de sermões gravados, discos, filmes e
revistas... tudo isso apanha suas multidões de peixes. Mas, para
quem? Para nós? Não passam a ser nossos. Não somos pastores,
e sim pescadores — ganhadores de almas.
Cada alma que ganhamos é encaminhada à igreja, a pastores, a
mestres, presbíteros, para que sejam instruídas mais
inteiramente nas doutrinas de Cristo. Só isto é evangelização
bíblica.
Somos servos à igreja. Não podemos funcionar sem a igreja. Mas,
qualquer pessoa na obra da evangelização, sem se levar em conta
sua filiação denominacional, pode trabalhar conosco, como
parceiro, para ganhar almas, sem que isso afete o ser membro
desta ou daquela denominação. Isto é CO-EVANGELIZAÇÃO,
cooperação no ganhar almas.
O Diretor de nossa Associação para Evangelização Por Meio de
Nacionais, William Farrand, disse que somos:
PARCEIROS-AJUDANTES no evangelho do Reino (2 Co 8.23).
OBREIROS-PARCEIROS nas searas agora branquejantes (1 Ts
3.2).
SERVOS-PARCEIROS dedicados ao Senhor (Cl 4.7).
PARCEIROS-OPERÁRIOS respigadores de almas, antes que
chega a noite (Cl 4.11).
CIDADÃOS-PARCEIROS da grande e mundial família de Deus
(Ef 2.19).
SOLDADOS-PARCEIROS na guerra pró-libertação dos
pecadores (Fp 2.25).
PRISIONEIROS-PARCEIROS ligados pelo Evangelho (Fm 23).

HERDEIROS-PARCEIROS com Cristo por toda a eternidade (Ef


3.6).
Competições ou rivalidades doutrinárias não podem ser
toleradas na evangelização mundial. A nossa visão deve estar
acima e além das barreiras. A cruzada chama o povo de Deus a
trabalhar em cooperação, em comunhão e unidade de propósito.
A lição objetiva que Jesus deu a Pedro e aos outros. pescadores
está cheia desta ideia de parceria.
Jesus ordenou a um homem, Pedro, que tomasse a iniciativa
no lançar a rede às águas profundas. O homem obedeceu e
apanhou peixes em número maior do que podia levar para terra.
Parece que Deus sempre chamou alguém para tomar a direção
na evangelização: um Wesley, um Moody, um Sunday — alguém
que, com fé arrojada, se lançasse a ganhar multidões.
Então, esse pediu a outros que viessem tomar parte na pesca. E
assim todos puderam encher seus barcos.
Aqueles pescadores haviam trabalhando a noite toda sem
resultado, em vão. Depois, Pedro, obedecendo ao mando de
Jesus, baseado na Palavra dEle, lançou sua rede e conseguiu
aquela pesca maravilhosa.
Ali estava a oportunidade para todos os pescadores — de
encherem seus barcos — caso trabalhassem como parceiros — se
cooperassem de coração.
Assim fizeram e todos ficaram boquiabertos com os resultados
que cada um obteve! Porque cooperaram. Houve mais do que o
suficiente para cada um, pois haviam trabalhado em franca
cooperação.
Como Pedro, temos arrojadamente lançado nossas redes por
todo o mundo, e, também como ele, estaremos correndo o risco
de perder multidões, se nossos parceiros não vierem
imediatamente nos dar o seu apoio, a sua imprescindível ajuda.
Nossas redes estão prestes a romper — não por causa da
desobediência, mas por causa da obediência. Temos agido,
confiados na Grande Comissão. Estamos dando o nosso tudo
para alcançar os que ainda não foram alcançados. E é da vontade
de nosso Deus que parceiros, ou camaradas e colegas, de outros
barcos tomem parte na pesca maravilhosa. De fato, sem
cooperação, não nos será possível colher ou puxar as redes tão
cheias de peixes.
Muitos têm trabalhado a noite toda, e nada têm conseguido. Eis
agora, leitor amigo, sua oportunidade de tomar parte na pesca
maravilhosa.
Estaremos prontos para erguer nossos olhos por cima dos muros
que nos separam de nossos parceiros, ou vamos perder essa
pesca?
Não foi por falta de peixe que muitos deles nada apanharam. No
lago de Genesaré houve peixe em grande abundância quando os
pescadores agiram confiados na Palavra de Jesus.
Quando se reuniram a cooperar uns com os outros, e trouxeram
para a terra a multidão de peixes, evidentemente, haviam
aprendido a lição que Jesus queria ensinar-lhes, pois que lhes
disse:
Doravante serás pescadores de homens. E, levando os barcos
para terra, deixaram tudo e o seguiram. (Lucas 5.11). Desde
aquele tempo, houve evangelização em massa.
Pedro pregou no pentecostes, e 3.000 almas se salvaram. Poucos
dias depois, mais 5.000 foram acrescentadas ao Senhor. Ao sul,
em Lida, onde Enéias foi curado pelo ministério de Pedro, e
viram-no todos os que habitavam em Lida e Sarona, os quais se
converteram ao Senhor (At 9.35).
E quantos outros deram apoio ao ministério do apóstolo Pedro,
como aqueles parceiros o fizeram naquele dia com seus barcos?
Nunca saberemos o número deles. O que sabemos é isto: E a
multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como
mulheres, crescia cada vez mais (At 5.14).
E você, que faz nesse sentido? Suas redes estão cheias? Tem
labutado sem resultados satisfatórios? Está querendo cooperar,
para ajudar a salvar o perdido?
A parceria deve ser a nossa ideia fixa, e o nosso ideal quando nos
lançamos à conquista de almas.
Isso é o que chamamos de co-evangelização!
Não quer você, leitor amigo, tomar parte nessa cruzada grande,
gloriosa e unificada de ganhar almas para Cristo?
Há um lugar para você — para cada cristão que realmente ama
a Jesus e as almas perdidas. Há lugar para cada pregador e
obreiro nacionais, para cada parceiro-missionário, cada
parceiro- evangelista, pastor e leigo.
Capítulo 14
A colheita das almas

Leia esta parábola:


Porque isto é também como um homem que, partindo para fora
da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens, e
a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada
um segundo a sua capacidade, e ausentou- se logo para longe.
E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com
eles e granjeou outros cinco talentos. Da mesma sorte, o que
recebera dois granjeou também outros dois. Mas o que recebera
um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor.
E, muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou
contas com eles. Então, aproximou-se o que recebera cinco
talentos e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor,
entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que
ganhei com eles.
E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o
pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu
senhor. (Mateus 25.14-21).
Mas, chegando também o que recebera um talento disse (...) E ,
atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é
teu. Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e
negligente servo (...) Devias, então, ter dado o meu dinheiro aos
banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu com os
juros. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos.
Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá
pranto e ranger de dentes. (Mateus 25.24-28,30)
Acho que cada cristão, num tempo ou em outro, deve ter
alcançado a importância e solenidade desta parábola.
O objetivo dela é levar-nos a empregar os nossos talentos,
buscando fazer com que produzam frutos.
A culpa do servo que recebeu um talento foi por não o usar, não
o empregar, não o investir em nada, nem o arriscar, e, por isso,
nada ganhou.
A admoestação que recebeu foi esta: ao menos podia tê-lo dado
aos banqueiros, para que o dinheiro rendesse juros.
A lição aqui é clara: devemos empregar nossa vida, nosso
dinheiro, nossa habilidades ou dons, para ganhar outras vidas
para o Reino.
Se assim estivermos dispostos a fazer, urge colocar nossos
talentos — tudo que temos — nas mãos de outros, permitindo-
lhes investir, empregar, para que se multiplique, ou ao menos
renda juros, ou ganhe algumas almas.
Uns estão mais qualificados do que outros para fazer render mais
os seus talentos. Uns podem fazer com que suas vidas e posses
produzam bastante. Outros, menos talentosos em tirar proveito
ou ganhar juros, fazem bastante colocando seus talentos em
mãos alheias.
O castigo que receberemos, se nem ao menos colocarmos o
que temos em mãos fiéis para que empreguem o que é nosso em
ganhar almas, será o de sermos chamados servos maus e
negligentes e lançados nas trevas exteriores. Isto é coisa bem
grave, admito, mas tal aviso nos vem dos lábios de Jesus.
Qual então, a lição capital dessa parábola? É esta: os talentos —
vidas, dinheiro, posses, tudo que nos foi dado por nosso Senhor
— significam responsabilidade! Temos de prestar contas disso
tudo a Deus.
Em Lucas 12.48, lemos: E a qualquer que muito for dado, muito
se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe
pedirá.
A vida, qualquer soma de dinheiro, talento ou dom e ministério
são depósitos sagrados pelos quais somos responsáveis, devendo
trazer tudo em contas exatas e cuidadosas.
Quanto mais aumenta a vida, o dinheiro, talento ou ministério,
quanto mais cresce esse fideicomisso ou depósito, maior se torna
a responsabilidade ou obrigação de investir e fazer multiplicar o
dito talento.
Convenci-me de que quando um ministério atinge proporções
mundiais, não é isso algo a ser inveja do, porque tal obra se torna
de larga responsabilidade mundial.
O sangue de uma geração pode ser requerido de nossas mãos.
Esta é justamente a posição muito séria em que nos achamos. E,
é por isso mesmo que tenho dado todos os passos possíveis para
evangelizar.
Pressionado por esses fatos solenes, é que tenho visto a
necessidade de convidar e chamar nossos parceiros ou
companheiros que estão em outros barcos para que venham e nos
secundem com sua indispensável ajuda.
Quando descobrimos outro caminho mais eficiente de
evangelização, temos o dever de fazer com que nossos irmãos
tornem parte nessa descoberta e visão.
Deus nos tem ajudado a produzir ou desenvolver numerosos
instrumentos ou meios de salvar almas, e cremos ser da vontade
dEle que todo aquele que o desejar, empregue e use tais meios
para ganhar o perdido.
Assim, no mundo da ciência muitas descobertas têm sido feitas,
no sentido de melhorar e elevar o nível da civilização. De maneira
que podemos estar certos de que Deus está pondo nas mãos dos
cristãos novos e maravilhosos métodos de ganhar almas para o
Seu Reino eterno. Tudo depende agora de tomarmos uma atitude
sincera e progressiva de sinceridade.
A evangelização não age como os governos políticos, os quais
tenazmente escondem suas descobertas recentes. Na
evangelização somos cooperadores, seja qual for a denominação
a que estivermos filiados.
Dirigidos por Deus, estamos colhendo uma multidão de almas
em nove grandes frentes de operação:
1- Evangelização em massa - quando Deus me fez conhecer
as verdades vitais da evangelização bíblica, em 1947, a primeira
visão foi da evangelização em massa. Centenas de milhares foram
salvos e curados por ocasião de nossas cruzadas em 31 diferentes
países. E estamos constantemente levando a cabo novas
"invasões" em nações do mundo por meio de reuniões em que
evangelizamos as massas.
2- Evangelização realizada por nacionais – um exército
de mais de 2.300 missionários nacionais está colhendo almas
para Cristo em mais de 70 países. Esses pregadores nacionais
estão levando o Evangelho a lugares inteiramente ainda não
atingidos. Fiéis contribuintes da igreja- mãe estão possibilitando
isso, co-evangelizando com os nacionais.
3- Literatura estrangeira - milhões de exemplares de nossos
livros e panfletos estão sendo distribuídos em muitas dúzias de
países. Um milhão desses "evangelistas silenciosos" alcançarão
cinco milhões de almas! Tais mensagens escritas já estão
publicadas em mais de 30 línguas. E já está planejada a
publicação delas em mais vinte línguas ainda esse ano, uma vez
que Deus nos conceda os meios para realizar essa tremenda
empreitada.
4- Co-evangelização - co-evangelistas em nossa pátria e
em outros países estão trabalhando conosco para
levarmos a mensagem de fé à nossa geração. Agora,
estamos estendendo esse braço ministerial tanto na pátria como
além-mar. Esses homens, designados como colegas-parceiros
desse ministério, estão usando todos os instrumentos por nós
produzidos para alcançar almas com a mensagem do Evangelho.
Os instrumentos ou meios que Deus nos inspirou, para fazer
avançar o Seu Reino, podem ser reproduzidos em qualquer
quantidade, e postos em uso através de tantas mãos consagradas
quantas estiverem prontas a realizar esse trabalho.
5- Livros e tratados - todos os dias recebemos
testemunhos de pessoas que foram salvas, curadas e abençoadas
por intermédio de mais de 35 livros e tratados que temos escrito.
Essa literatura, que exalta a Cristo e que ganha almas, está sendo
levada a todas as regiões da Terra.
6- Sermões gravados em fitas e em discos — mensagens
gravadas em fitas, fios, e em discos — mensagens construtoras da
fé — estão ganhando almas quando ouvidas nos lares, nos postos
avançados, nas prisões, nos hospitais e em outros lugares por
todo o mundo. O Senhor tem-Se dignado em abençoar esse meio,
como instrumento frutífero para ganhar almas. Tais meios são
produzidos em muitas línguas estrangeiras, e são enviados a
evangelistas nacionais, juntamente com o equipamento
audiovisual necessário, tudo suprido por nossa Associação.
7- Revistas gratuitas - estamos remetendo mensal e
gratuitamente mais de 350 mil exemplares da Faith Digest, e isso
para mais de
80 países. Tais revistas chegaram gratuitamente às mãos de
mais de 25 mil ministros do Evangelho e missionários. Almas
estão sendo salvas, e ministros e missionários estão sendo
encorajados e abençoados à medida que cada edição alcança sua
colheita para a eternidade.
8- Filmes de milagres - um dos instrumentos mais
influenciadores que já descobrimos é o de filmes de milagres para
missionários; estão ativando poderosa e profundamente as
missões e a evangelização do mundo todo.
Por meio de tais filmes, cristãos estão sendo convidados a voltar
à ordem que vemos registrada no livro dos Atos; a juventude
desafiada a se consagrar à obra das missões cristãs; os cristãos
admoestados a se dedicar à obra missionária; fé para a cura tem
sido despertada; ministros e obreiros levados a aguardar maiores
vitórias em suas próprias vidas, e persuadindo pecadores e
desviados a se reconciliarem com Deus. Agora, estão sendo
traduzidos e produzidos em muitas línguas estrangeiras. Assim,
milhões poderão ouvir o Evangelho.
9- Ministério de cartas - visto termos aberto nossos corações
para o Senhor, para que nos guie e nos mostre os meios e
instrumentos para ganharmos multidões de almas para Ele,
jamais deixamos de nos maravilhar com o uso desses métodos
que o Espírito Santo nos inspirou e colocou em nossas mãos. Por
exemplo, o nosso ministério de correspondência tem sido outro
meio bastante eficaz para ganhar almas. Muita gente sincera,
desejando ansiosamente conhecer o caminho da Salvação,
frequentemente nos escreve. Damos graças a Deus pelo fato de
podermos levar muitas almas a Cristo através duma carta
pessoal.
Cada uma dessas nove frentes de colheita tem se tornado uma
vasta rede para ganhar no mundo almas perdidas, e cada uma
dessas frentes está a chamar cooperadores para que se
apresentem e venham ajudar-nos. A empreitada é muito grande
e muito pesada para nós sozinhos.
Grandes e preciosos são os talentos que o Senhor confiou a nós
— talentos que urge sejam investidos, para que granjeiem outros
muitos, tendo em vista a espantosa multiplicação da população
mundial.
Esses instrumentos, como talentos, precisam produzir,
alimentar, multiplicar. Podem ser colocados em outras mãos
consagradas como as suas, meu leitor. São como redes. Tudo
quanto você precisa fazer é lançá-las nas águas.
Creio que Deus espera de nós isso: que cada um que tem
qualificações, coopere no sentido de utilizar esses instrumentos,
fazendo com que eles rendam bastante, na verdade, o máximo.
A isso chamamos de co-evangelização!
Capítulo 15
"Muito bem"
Então, o Senhor me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-
a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo
passa. (Habacuque 2.2)
É isso, meu amigo, o que tenho feito.
Creio que você sofreu um IMPACTO em sua vida, e que a respeito
disso você vai fazer alguma coisa.
Que é que você vai fazer? O tempo corre, voa. Você precisa agir
logo, imediatamente, porque, do contrário, será muito tarde.
Você pode tomar parte na evangelização em massa, investindo
seus talentos nesse tremendo esforço de ganhar almas no
estrangeiro. Não podemos sozinhos puxar as redes. A
evangelização depende da colaboração, da parceria de todos os
fiéis cristãos.
Você pode ganhar almas, encarregando-se do sustento do
missionário nacional que será como o seu representante pessoal
no campo missionário. Se você não pode ir, mande alguém em
seu lugar. Você por esse modo poderá também encher o seu
barco.
Você pode lançar a sua rede, contribuindo com ofertas que
possibilitem levar a mensagem de Cristo por meio de folhetos e
livros, impressos nas línguas nacionais de todo o nosso mundo.
Esse meio de propaganda do Evangelho está se tornando cada dia
mais maravilhoso e eficiente. Oh! Pudéssemos contar agora com
um milhão de Reais só para efetivar esse plano! As mensagens
estão prontas, os tradutores e as impressoras estão esperando.
Oh! Venha ajudar-nos.
Se você é missionário, ou ministro, ou obreiro nacional, pode
perfeitamente tomar parte na evangelização, cooperando no
sentido de fazer circular essas mensagens impressas em cada
vila ou cidade de sua área, ou campo evangelístico. Também,
como missionário, você pode expandir bastante o seu ministério,
preparando obreiros e daí superintendendo seus esforços, para
que, como missionários nacionais, atinjam áreas ainda não
alcançadas, sendo sustentados por fundos provindos de nossa
Associação Pró-evangelização por Meio dos Nacionais.
Você pode cooperar de maneira vital, repartindo o que Deus pôs
em suas mãos, para possibilitar que essas mensagens de Cristo
sejam pregadas através de vitrolas, de gravadoras de som, de
discos, de filmes; e, assim, reproduzidas aos milhares, possam
ser ouvidas por todos os habitantes dessa nossa Terra.
O custo desse braço ministerial é tremendo. Mesmo depois de
termos ido a muitos desses países e termos trabalhado com
intérpretes, cada disco, cada fita gravada, cada filme deve ser
reproduzido em milhares de cópias para cada país. Isso fica em
milhares de Reais.
Precisamos ainda adquirir projetores, vitrolas, gravadores de
som às centenas para equipar os obreiros nacionais de modo que
possam levar essas mensagens a milhares de cidades e vilas.
Assim, pois, é claro que dependemos da fidelidade de Deus e de
sua participação, amigo leitor, para que essas fazes do ministério
da evangelização mundial se completem.
Estamos indo para a frente e fazendo tudo quanto possível. O
resto depende do povo de Deus que deve cooperar conosco.
Sozinhos não podemos puxar as redes para dentro do barco.
Fazendo alguma coisa em favor dessa fase da evangelização,
você pode também encher seu barco de muitos e muitos peixes.
E o Senhor lhe dirá, então: "Muito bem".
Se você é missionário nacional ou estrangeiro, evangelista,
obreiro leigo ou simples membro de igreja, pode oferecer-se
pessoalmente para manusear esses projetores, filmes, vitrolas e
discos e sair de cidade em cidade, de vila em vila para apresentar
essas mensagens gravadas. Você gostaria de ganhar milhares de
almas por esse modo? Está pronto para fazer isso?
Você pode levar a cabo conosco a obra da evangelização,
ajudando a espalhar nossos livros e tratados, oferecendo-os a
cada lar que possa ler e entender.
Pode ainda ajudar a colocar a nossa revista mensal — Faith Digest
— em cada lar cristão do mundo que fala o inglês. A circulação de
nossa revista só pode aumentar à medida que milhares de seus
leitores nos mandem os nomes e endereços de outros
interessados em lê-la.
Esse é um dos modos pelos quais podemos encher de almas o seu
barco, seja qual for a sua idade, e mesmo que não disponha de
nenhum dinheiro.
Isso requer de você pequenino esforço. Mas, pode ser o meio de
você salvar milhares que ainda não foram alcançados pelo
Evangelho.
Você pode tomar parte conosco na produção do maior número de
filmes de milagres na obra missionária; sobre outros assuntos
evangélicos, como Ouro negro, Colheita javanesa, e Maravilha
Holandesa. Novos enredos estão prontos para filmagem, embora
requeiram sócios e financiadores fiéis.
Cada filme missionário — anunciando as maravilhas do poder de
Deus — custa milhares de dólares, mas por muitos anos, levarão
multidões para Cristo.
Agora que estão sendo traduzidos para outras línguas, já nem
mais podemos imaginar quantas centenas de milhares poderão
ouvir por esse meio a mensagem do Evangelho.
O amigo leitor já pensou que no momento em que pudermos
levar um desses filmes, juntamente com o equipamento para
projetá-lo, a um país não evangelizado, a fim de exibi-lo na língua
dele, praticamente estaremos inaugurando um reavivamento em
toda a nação?
Já está provado que esses filmes, evangélicos e evangelísticos,
apresentando o poder salvador e curador de Deus em terras
estrangeiras, são os instrumentos mais poderosos deste mundo
para
atrair multidões e levá-las a se decidirem por Cristo.
São precisos centenas de milhares de Reais, sim, milhões, para
fornecer esse equipamento a obreiros consagrados à obra de
evangelização mundial; mas é certo que, com a ajuda de Deus e
com a cooperação franca e leal dos genuínos cristãos, muito logo
veremos realizado esse ideal.
Mas, repito: sozinho não posso puxar as redes para dentro do
barco.
Se você é pastor, evangelista ou missionário, e real e
sinceramente quer expandir o seu ministério, você pode cooperar
conosco num serviço de tempo integral, na qualidade de co-
evangelista, trabalhando com os nossos filmes, livros, discos,
revistas em inglês, percorrendo com eles toda a sua área ou
campo evangelístico.
Você poderá ver, então, centenas de pecadores ganhos para
Cristo através desse ministério efetivo. Caso você não possa fazer
isso pessoalmente, poderá fazê-lo pela instrumentalidade de um
co-evangelista que possa trabalhar em sua igreja ou campo
evangelístico. Assim, certamente você encherá o barco com
muitas almas salvas. E estará influenciando para o bem, para
Cristo, a sua geração.
Isto é a co-evangelização!
Capítulo 16
Vida em Plano Superior
Não havendo profecia, o povo se corrompe. (Provérbios 29.18)
Se não tivermos uma nova visão de ganhar almas perdidas por
todos os meios possíveis, uma geração irá para a perdição; e o
sangue dela será requerido de nossas mãos.
Perderam-se 750 milhões de almas na geração passada. E está
predito que em nossa presente geração um bilhão e 150 milhões
se perderão sem Cristo. Quem dará conta dessas almas?
Estou fazendo tudo quanto está em minhas forças para alcançá-
las não porque haja recebido um chamado ou vocação, e sim por
ser cristão!
Você, meu irmão em Cristo, está fazendo tudo que pode?
Mostrei-lhe meios ou caminhos pelos quais você pode começar
pessoalmente a ter maior parte na maravilhosa pesca de almas.
Será, estou certo, a maior emoção de sua vida. Nada se compara
com a alegria e o gozo de salvar o perdido.
Demo-nos as mãos, e usemos nossos corações para salvar as
almas perdidas. Jesus Cristo é o remédio único e infalível para
curar e eliminar o pecado. As multidões de almas perdidas estão
a lutar, por todos os meios concebíveis, debaixo do céu, para se
libertar dos seus pecados e encontrar paz. E nós, irmãos em
Cristo, sabemos qual a resposta certa, cabal, infalível e
gloriosamente consoladora e redentora. Por isso, não podemos
deixar de dá-la à nossa geração.
Inúmeros homens fustigam seus corpos, hoje, no afã de se verem
livres dos seus pecados; as mulheres fazem longas e estafantes
caminhadas, de muitas léguas, para ver se encontram paz em
algum santuário, carregando nos braços filhinhos enfermos, e
conduzindo seus queridos paralíticos ou cegos.
Estão, hoje, marcando com sangrenta crueldade os rostos de
inúmeras crianças; estão circuncidando inúmeras meninas em
rito pagão, e pessoas estão retalhando seus corpos; outros
milhares andam de joelhos; alguns se conservam fitando o sol;
milhões estão clamando a deuses mortos, procurando em vão,
por esse caminho, livrar-se dos seus pecados.
Cento e vinte mil destes partirão para a eternidade antes que bata
esta mesma hora amanhã. Pense nisto, meu irmão em Cristo.
Oh! Então, não faremos — eu e você — tudo quanto está em nosso
poder para lhes dizer que só Cristo salva?
Maomé não pode salvar, tampouco Confúcio, Buda ou santos;
nem mesmo Maria, a mãe de Jesus, o pode, nem sacerdotes.

E ela dará a luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque ele
salvará o seu povo dos seus pecados. (Mateus 1.21)
Porquanto não há diferença entre judeu e grego, porque um
mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o
invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E
como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se
não há quem pregue? (Romanos 10.12-14 )
Como crerão sem o Evangelho?
Decida, já, meu irmão em Cristo, e diga: "Dessa ou daquela
maneira, sou desde agora um ganhador de almas; vou fazer o
trabalho de evangelista" (2 Tm 4.5).
É chegada a hora de ministros e leigos, juntos, se dedicarem sem
reservas à obra de ganhar almas.
Deus certamente usará o homem e a mulher, o moço e a moça,
que na Terra se rendam a Cristo para, com Ele, salvarem o
perdido.
Você pode começar hoje a contar a mais maravilhosa de todas as
histórias e a viver a vida mais maravilhosa de todas.
Em Nome de Jesus, rogo-lhe: comece hoje!

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