Atuação Do Farmacêutico Possagno
Atuação Do Farmacêutico Possagno
Atuação Do Farmacêutico Possagno
CURITIBA
2015
0
CURITIBA
2015
1
Inclui bibliografia
CDD 615.1
2
3
Meu querido filho Fabrizio, pelo qual meu coração apertava a cada viagem para Curitiba
Meu marido Rildo, meu companheiro, que sempre me incentivou para que eu
melhorasse como profissional e realizasse este trabalho
Meu pai Lauro, cujo trabalho e amor possibilitaram que eu pudesse estudar
Minha irmã Karine, minha mais fiel amiga e incentivadora, com a qual posso contar
sempre
Meu sobrinho Gustavo e meu cunhado Ricardo
À minha querida mãe, Maria Aparecida, que mesmo não estando presente
fisicamente, sei que sempre está junto de nós, presenciando cada etapa de nossas
vidas!
4
AGRADECIMENTOS
Farmácia Escola e pela compreensão: Ana Paula Veber, Arcélio Benetoli, Daniel
Fernandes, Daniele Fardin, Edmar Miyoshi, Fernanda Barbosa, Priscileila Ferrari,
Willian Machado.
À Josélia Borba Daher pelas palavras sábias, fortes e, ao mesmo tempo,
doces. Obrigada por segurar na minha mão, não só nas viagens...obrigada por tudo!
À minha amiga Júlia Folmer de Andrade Ribeiro que sempre torceu por mim,
me incentivou, rezou e vibrou com minhas conquistas. Obrigada pelo carinho!
À Josiane Bachmann Madalozzo, minha eterna professora de farmacologia,
cujo amor pela profissão Farmacêutica é contagiante. Obrigada pelo apoio, pelo
carinho e pelo exemplo de pessoa.
Às minhas amigas da UEPG Ana Cristina Oltramari Toledo, Elaine Ferrari,
Fabiana Postiglione Mansani, Jane Manfron Budel, Josiane Padilha de Paula, Marly
Santos, Miriam Soares, Rosi Zanoni da Silva (muito obrigada pelas valiosas dicas) e
Sueli Puppo, pelo incentivo, apoio e pela grande torcida para que as coisas sempre
dessem certo.
Ao professor Fábio André dos Santos, pelo auxílio com as análises
estatísticas.
Ao meus queridos alunos do curso de Farmácia da UEPG, que me ajudaram
com a aplicação do questionário nas farmácias de Ponta Grossa: Amanda Weber
Colodel, Beatriz Mika, Bianca Scharr, Bruno Fiod Riccio, Camila Dias Machado,
Camila Guimarães, Evelyn Assis de Andrade, Guilherme Camargo, Matheus
Saukoski Pauzer, Paloma Morais, Paola Raeski, Suellen Moura, Thaise Borges e
Valter Paes de Almeida.
Ao Conselho Regional de Farmácia do Paraná, por ter fornecido os e-mails
dos farmacêuticos do Estado e os endereços das farmácias de Ponta Grossa. Ao
farmacêutico Ribamar Schmitz Jones, muito solícito e gentil.
Aos farmacêuticos do Estado do Paraná por terem colaborado com este
trabalho, destinando um pouco do seu tempo a responder as questões.
A todas as pessoas que contribuíram de forma direta ou indireta para a
realização deste trabalho.
6
Não deixe que os seus medos tomem o lugar dos seus sonhos
Walt Disney
7
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
ÍNTEGRA............................................................................................... 71
ANEXO 2.1 CHECKLIST PRISMA........................................................ 74
ANEXO 2.2 INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE
METODOLÓGICA DAS REVISÕES SISTEMÁTICAS.......................... 75
3 CAPÍTULO 3: AVALIAÇÃO DA PRÁTICA FARMACÊUTICA NO
ESTADO DO PARANÁ.......................................................................... 76
3.1 CONTEXTO........................................................................................... 77
3.2 OBJETIVOS........................................................................................... 79
3.2.1 OBJETIVO GERAL................................................................................ 79
3.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................. 79
3.3 MATERIAL E MÉTODOS...................................................................... 80
3.3.1 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS....................................... 80
3.3.2 COLETA DE DADOS............................................................................. 80
3.3.3 ANÁLISES ESTATÍSTICAS................................................................... 81
3.3.4 PRECEITOS ÉTICOS............................................................................ 82
3.4 RESULTADOS....................................................................................... 83
3.5 DISCUSSÃO.......................................................................................... 91
3.6 LIMITAÇÕES.......................................................................................... 99
3.7 CONCLUSÃO......................................................................................... 100
REFERÊNCIAS...................................................................................... 101
APÊNDICE 3.1 QUESTIONÁRIO COMPLETO ENVIADO.................... 108
APÊNDICE 3.2 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO...................................................................................... 116
4 CAPÍTULO 4: AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO E DO
COMPORTAMENTO DOS FARMACÊUTICOS DURANTE A
DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM UMA CIDADE NO
ESTADO DO PARANÁ.......................................................................... 118
4.1 CONTEXTO............................................................................................ 119
4.2 OBJETIVOS........................................................................................... 121
4.2.1 OBJETIVO GERAL................................................................................. 121
4.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................. 121
4.3 MATERIAL E MÉTODOS....................................................................... 122
4.3.1 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS....................................... 122
14
1.1 CONTEXTO
REFERÊNCIAS
BLEKINSOPP, A.; BRADLEY, C. Over the Counter Drugs: Patients, society, and the
increase in self medication. British Medical Journal, v. 312, p. 629-632, 1996a.
BLEKINSOPP, A.; BRADLEY, C. Over the Counter Drugs: The future for self
medication. British Medical Journal, v. 312, p. 835-837, 1996b.
PORTEOUS, T.; RYAN, M.; BOND, C. M.; HANNAFORD, P. Preferences for self-
care or professional advice for minor illness: a discrete choice experiment. British
Journal of General Practice, v. 56, p. 911-17, 2006.
SHEA, B.; BOERS, M.; GRIMSHAW, J. M.; HAMEL, C.; BOUTER, L. M. Does
updating improve the methodological and reporting quality of systematic reviews?
BMC Medical Research Methodology, v. 6, p. 27, 2006.
SHEA, B. J.; BOUTER, L. M.; PETERSON, J.; BOERS, M.; ANDERSSON, N.;
ORTIZ, Z.; RAMSAY, T.; BAI, A.; SHUKLA, V. K.; GRIMSHAW, J. M. External
validation of a measurement tool to asses systematic reviews (AMSTAR). PLoS
One, v. 2, n. 12, p. e1350, 2007.
TORLONI, M. R.; RIERA, R. Design and level of evidence of studies published in two
Brazilian medical journals recently indexed in the ISI Web of Science database. São
Paulo Medical Journal, v.128, p.202-5, 20010.
2.1 CONTEXTO
2.2 OBJETIVOS
a) Artigos cujo texto na íntegra não estavam disponíveis por meio das bases
de dados ou após contato com o autor por e-mail;
b) Artigos que não descreviam revisões sistemáticas ou que eram revisões
sistemáticas de revisões sistemáticas (overview);
c) Estudos que incluíam apenas medicamentos de prescrição médica;
d) Artigos que avaliaram o uso de plantas medicinais, vitaminas e
suplementos;
e) Artigos que se definiam como revisão sistemática, mas em cujo texto
completo não cumpriam com os itens 4, 7 e 9 do checklist PRISMA (ANEXO 2.1):
- Fornecer uma declaração explícita de questões a serem abordadas com
referência aos participantes, intervenções, comparações, resultados e desenho do
estudo;
- Descrever todas as fontes de informação (por exemplo, bases de dados
com datas de cobertura, contato com os autores para identificação de estudos
adicionais) e data da última busca;
- Apresentar o processo de seleção de estudos (ou seja, busca,
elegibilidade, incluídos na revisão sistemática, e, se for o caso, incluídos na
metanálise).
Na fase de leitura na íntegra foi feita a avaliação crítica dos estudos, a fim de
verificar a qualidade metodológica e analisar possíveis fontes de viés inseridas em
cada revisão, por meio do instrumento Assessment of Multiple Systematic Reviews
(AMSTAR), desenvolvido por Shea et al. (2009). A pontuação total do AMSTAR
(ANEXO 2.2) foi obtida pela soma de um ponto para cada resposta “sim”, qualquer
outra resposta, não foi pontuada. A pontuação variou de 0 (zero) como a pior
qualidade a 11 (onze) como a melhor qualidade. Além disso, os estudos foram
estratificados conforme proposto pelo trabalho de Mikton e Butchart (2009) em que
um escore de 0 a 4 indicava uma revisão de baixa qualidade, de 5 a 8 indicava uma
qualidade moderada e de 9 a 11 indicava uma revisão de alta qualidade.
2.4 RESULTADOS
Por meio da busca nas bases de dados foram encontrados 228 artigos de
potencial relevância, dos quais foi feita a leitura dos títulos e resumos. Destes, 164
artigos foram excluídos por não contemplarem os critérios de inclusão deste estudo.
Os outros 64 artigos passaram para a fase seguinte e foram lidos na íntegra, sendo
que apenas 23 foram incluídos, uma vez que 41 não atendiam aos critérios de
inclusão (APÊNDICE 2.3). Um fluxograma dos resultados obtidos e as razões para a
não seleção dos artigos estão apresentados na figura 2.1. A busca manual
complementar selecionou 26 artigos, totalizando 49 incluídos na overview. Seis
destes artigos foram publicados na década de 90 e os demais foram publicados
após o ano 2000. Os artigos incluídos na revisão e algumas características estão
descritas na tabela 2.1, ordenados conforme as indicações terapêuticas ou o grupo
de pacientes em estudo.
TABELA 2.1 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS REVISÕES SISTEMÁTICAS SOBRE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO (CONTINUA)
Referências Periódicos da Indicações Desenho Estudos Medicamentos ou Metanálise Evidência de Evidência de Pontuação
publicação terapêuticas ou dos incluídos classes de eficácia segurança AMSTAR
grupo de estudos medicamentos favorável ao favorável ao
pacientes em avaliados medicamento medicamento
estudo
KOES et al. Annals of the Dor (lombar) ECR 26 AINE’s Sim Sim - 8
(1997) Rheumatics
Diseases
MOORE et al. British Medical Dor (e inflamação ECR 86 AINE’s tópicos Sim Sim Sim 10
(1998) Journal aguda e crônica)
EDWARDS et Pain Dor (pós- ECR 72 Ácido acetilsalicílico Sim Sim Não 8
al. (1999) operatória)
VAN TULDER Cochrane Dor (lombar) ECR 30 Carisoprodol; Sim Sim - 9
et al. (2003) Database of clorzoxazona;
Systematic orfenadrina
Reviews
BJORDAL et al. British Medical Dor (osteoartrite de ECR 23 AINE’s Sim Sim (uso a - 8
(2004) Journal joelho) curto prazo)
MASON et al. British Medical Dor (aguda ou ECR 12 Rubefacientes Sim Sim (dor Sim 9
(2004a) Journal crônica) tópicos (salicilatos) aguda)
MASON et al. BioMed Dor (aguda) ECR 36 AINE’s tópicos Sim Sim Sim 9
(2004b) Central Family
Practice
RICHY et al. International Dor (Artrite ECR 14 Flurbiprofeno Sim Sim Sim 10
(2007) Journal of reumatoide)
Clinical
Practice
TOMS et al. Cochrane Dor (pós- ECR 51 Paracetamol Sim Sim Sim 9
(2008) Database of operatória)
Systematic
Reviews
DERRY C. et al. Cochrane Dor (pós- ECR 15 Naproxeno Sim Sim Sim 9
(2009a) Database of operatória)
46
TABELA 2.1 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS REVISÕES SISTEMÁTICAS SOBRE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO (CONTINUAÇÃO)
Referências Periódicos da Indicações Desenho Estudos Medicamentos ou Metanálise Evidência de Evidência de Pontuação
publicação terapêuticas ou dos incluídos classes de eficácia segurança AMSTAR
grupo de estudos medicamentos favorável ao favorável ao
pacientes em avaliados medicamento medicamento
estudo
Systematic
views
DERRY C et al. Cochrane Dor (pós- ECR 72 Ibuprofeno Sim Sim Sim 9
(2009b) Database of operatória)
Systematic
Reviews
DERRY P et al. Cochrane Dor (pós- ECR 15 Diclofenaco Sim Sim Sim 9
(2009) Database of operatória)
Systematic
Reviews
MATTHEWS et Cochrane Dor (aguda e ECR 16 Rubefacientes Sim Sem evidência Sim 9
al. (2009) Database of crônica) tópicos (salicilatos)
Systematic
Reviews
MASSEY et al. Cochrane Dor (aguda) ECR 47 AINE’s tópicos Sim Sim Sim 10
(2010) Database of
Systematic
Reviews
MOLL et al. Cochrane Dor (pós- ECR 4 Ácido mefenâminco Sim Sim - 9
(2011) Database of operatória)
Systematic
Reviews
DERRY, Cochrane Dor (pós- ECR 68 Ácido acetilsalicílico Sim Sim Não 9
MOORE (2012) Database of operatória)
Systematic
Reviews
DERRY; Cochrane Dor (crônica) ECR 34 AINE’s tópicos Sim Sim Sim 9
MOORE; Database of
RABBIE (2012) Systematic
Reviews
OLDMAN et al. Pain Enxaqueca ECR 48 Sumatriptana; ácido Sim Sim - 8
47
TABELA 2.1 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS REVISÕES SISTEMÁTICAS SOBRE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO (CONTINUAÇÃO)
Referências Periódicos da Indicações Desenho Estudos Medicamentos ou Metanálise Evidência de Evidência de Pontuação
publicação terapêuticas ou dos incluídos classes de eficácia segurança AMSTAR
grupo de estudos medicamentos favorável ao favorável ao
pacientes em avaliados medicamento medicamento
estudo
(2002) acetilsalicílico +
metoclopramida;
naratriptana
SUTHISISANG The Annals of Enxaqueca ECR 13 Ibuprofeno Sim Sim - 10
et al. (2007) Pharmacother
apy
DERRY; Cochrane Enxaqueca ECR 10 Paracetamol sozinho Sim Sim Sim 9
MOORE; Database of ou em associação
MCQUAY Systematic com antiemético
(2010) Reviews
KIRTHI et al. Cochrane Enxaqueca ECR 13 Ácido acetilsalicílico Sim Sim Sim 9
(2010) Database of sozinho ou com
Systematic antiemético
Reviews
RABBIE et al. Cochrane Enxaqueca ECR 9 Ibuprofeno sozinho Sim Sim Sim 9
(2010) Database of ou com antiemético
Systematic
Reviews
DERRY, C.; Cochrane Enxaqueca ECR 61 Sumatriptana Sim Sim Não 9
DERRY, S.; Database of
MOORE (2012) Systematic
Reviews
DERRY; Cochrane Enxaqueca ECR 5 Diclofenaco sozinho Sim Sim Sim 9
RABBIE; Database of ou com antiemético
MOORE (2012) Systematic
Reviews
HUGHES et al. Tobacco Abandono do ECR; 7 Terapia de reposição Sim Sim - 8
(2003) Control tabagismo ensaios da Nicotina
quase-
experimen-
tais
48
TABELA 2.1 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS REVISÕES SISTEMÁTICAS SOBRE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO (CONTINUAÇÃO)
Referências Periódicos da Indicações Desenho Estudos Medicamentos ou Metanálise Evidência de Evidência de Pontuação
publicação terapêuticas ou dos incluídos classes de eficácia segurança AMSTAR
grupo de estudos medicamentos favorável ao favorável ao
pacientes em avaliados medicamento medicamento
estudo
ETTER; Tobacco Abandono do ECR 12 Terapia de reposição Sim Sim - 9
STAPLETON Control tabagismo da Nicotina
(2006)
WALSH (2008) Drug and Abandono do ECR; 12 Terapia de reposição Não Não - 7
Alcohol tabagismo estudos da Nicotina
Review observacio-
nais
HUGHES; Nicotine & Abandono do Estudos 18 Terapia de reposição Não Inconclusivo - 7
PETERS; NAUD Tobacco tabagismo observacio- da Nicotina
(2011) Research nais
STEAD et al. Cochrane Abandono do ECR; 150 Terapia de reposição Sim Sim - 10
(2012) Database of tabagismo ensaios da Nicotina
Systematic quasi-
Reviews experimen-
tais
SCHROEDER; British of Tosse em adultos ECR 15 Antitussígenos, Não Inconclusivo - 9
FAHEY (2002a) Medical expectorantes,
Journal mucolíticos, anti-
histamínicos com e
sem
descongestionantes,
outras combinações
SCHROEDER; Archives of Tosse em crianças ECR 6 Antitussígenos, anti- Não Não - 8
FAHEY (2002b) Disease in histamínicos com e
Childhood sem
descongestionantes,
outras combinações
CHANG, C; Cochrane Tosse em adultos e ECR 4 Mucolíticos Sim Inconclusivo - 10
CHENG,; Database of crianças
CHANG, Systematic
A.(2012) Reviews
49
TABELA 2.1 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS REVISÕES SISTEMÁTICAS SOBRE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO (CONTINUAÇÃO)
Referências Periódicos da Indicações Desenho Estudos Medicamentos ou Metanálise Evidência de Evidência de Pontuação
publicação terapêuticas ou dos incluídos classes de eficácia segurança AMSTAR
grupo de estudos medicamentos favorável ao favorável ao
pacientes em avaliados medicamento medicamento
estudo
SMITH; Cochrane Tosse em adultos e ECR 26 Antitussígenos, Não Inconclusivo - 9
SCHROEDER; Database of crianças expectorantes,
FAHEY (2012) Systematic mucolíticos, anti-
Reviews histamínicos com e
sem
descongestionantes,
outras combinações
KOLLAR et al. Clinical Alívio dos sintomas ECR 8 Fenilefrina Sim Sim - 6
(2007) Therapeutics nasais no resfriado
comum
DE SUTTER; Cochrane Alívio dos sintomas ECR 32 Anti-histamínicos Sim Não Não 9
LEMIENGR; Database of nasais no resfriado
CAMPBELL Systematic comum
(2009) Reviews
TAVERNER; Cochrane Alívio dos sintomas ECR 7 Descongestionantes Sim Sim (adultos) Sim 9
LATTE Database of nasais no resfriado nasais (uso tópico e Sem
(2009) Systematic comum oral) evidências
Reviews (crianças)
DE SUTTER et Cochrane Alívio dos sintomas ECR 27 Combinações de Sim Sim (adultos) - 10
al. (2012) Database of de resfriado comum analgésicos e/ou Sem evidência
Systematic descongestionantes (crianças)
Reviews e/ou anti-
histamínicos
PURSSELL British Journal Febre em crianças ECR 8 Ibuprofeno; Sim Sim Sim 8
(2002) of Community paracetamol
Nursing
PERROTT et al. Archives of Febre ou dor em ECR 17 Ibuprofeno; Sim Sim Sim 8
(2004) Pediatrics & crianças paracetamol
Adolescent
Medicine
MEREMIKWU; Cochrane Febre em crianças ECR; 12 Paracetamol Sim Inconclusivo - 9
50
TABELA 2.1 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS REVISÕES SISTEMÁTICAS SOBRE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO (CONTINUAÇÃO)
Referências Periódicos da Indicações Desenho Estudos Medicamentos ou Metanálise Evidência de Evidência de Pontuação
publicação terapêuticas ou dos incluídos classes de eficácia segurança AMSTAR
grupo de estudos medicamentos favorável ao favorável ao
pacientes em avaliados medicamento medicamento
estudo
OYO-ITA (2009) Database of ensaios
Systematic quasi-
Reviews experimen-
tais
SOUTHEY; Current Febre ou dor em ECR; 36 Ibuprofeno; Sim - Sim 7
SOARES- Medical crianças estudos paracetamol
WEISER; Research and observacio-
KLEIJNEN Opinion nais
(2009)
TRAMONTE et Journal of Constipação ECR 36 Formadores de Não Sim - 7
al. (1997) General massa; estimulantes;
Internal osmóticos;
Medicine emolientes
PETTICREW British Journal Constipação em ECR 19 Formadores de Não Sem evidência - 7
WATT; BRAND of General idosos massa; estimulantes;
(1999) Practice osmóticos;
emolientes
HURDON; Journal of Pain Constipação ECR 4 Docusato Não Sem evidência - 8
VIOLA; and Symptom
SCHRODER Management
(2000)
TABELA 2.1 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS REVISÕES SISTEMÁTICAS SOBRE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO (CONCLUSÃO)
Referências Periódicos da Indicações Desenho Estudos Medicamentos ou Metanálise Evidência de Evidência de Pontuação
publicação terapêuticas ou dos incluídos classes de eficácia segurança AMSTAR
grupo de estudos medicamentos favorável ao favorável ao
pacientes em avaliados medicamento medicamento
estudo
Reviews
TRAN; LOWRY; Alimentary Dispepsia ECR 14 Anti-H2; antiácidos; Sim Sim - 9
EL-SERAG Pharmacology alginatos
(2007) &
Therapeutics
JENKINS; British Medical Pacientes com ECR 21 Ácido acetilsalicílico Não - Não 8
COSTELLO; Journal asma
HODGE (2004)
AINE’s = anti-inflamatórios não esteroidais; ECR = ensaio clínico randomizado; Anti-H2 = antagonistas de receptores H2.
52
2.5 DISCUSSÃO
sustentada de dor que, segundo Wanmacher e Ferreira (2004), parece ser o objetivo
terapêutico mais apropriado.
Três estudos (6,4%) não demonstraram evidência de eficácia favorável ao
fármaco, os quais avaliaram o uso de medicamentos para tosse (SCHROEDER,
FAHEY, 2002b), terapia de reposição da nicotina (WALSH, 2008) e o uso de anti-
histamínicos (DE SUTTER; LEMIENGRE; CAMPBELL, 2009).
Os resultados da utilização de medicamentos para tosse em crianças não
demonstraram maior eficácia em relação ao placebo, salientando o pequeno número
de ensaios encontrados (SCHROEDER, FAHEY, 2002b). Neste estudos os
fármacos avaliados foram antitussígenos (dextrometorfano, codeína), anti-
histamínicos sozinhos (clemastina e clorfeniramina), anti-histamínicos associados a
descongestionantes (bronfeniramina e fenilefrina) e outras combinações de
fármacos (dextrometorfano e paracetamol; dextrometorfano, guaifenesina e
pseudoefedrina). Os outros três estudos relacionados ao tratamento da tosse
apontaram ausência de boa evidência a favor do uso destes medicamentos, uma
vez que os resultados dos ensaios incluídos foram contraditórios (SCHROEDER;
FAHEY, 2002a; CHANG C.; CHENG; CHANG A., 2012; SMITH; SCHROEDER;
FAHEY, 2012). Resultado semelhante foi demonstrado no estudo de Reis e Figueras
(2010) que avaliou a evidência de eficácia e segurança dos medicamentos para
tosse registrados no Brasil. A conclusão dos autores foi de que as evidências sobre
a eficácia dos MIPs, disponíveis no mercado brasileiro, são fracas devido à falta de
pesquisas de boa qualidade.
O estudo de Walsh (2008) também não demonstrou evidência de eficácia
favorável ao uso da intervenção, avaliando a terapia de reposição da nicotina (TRN),
sem prescrição médica. O artigo concluiu que a superioridade desta terapia não foi
demonstrada de maneira convincente. Considerando os outros quatro estudos
avaliando a TRN, um deles apresentou resultado inconclusivo (HUGHES; PETERS;
NAUD, 2011), enquanto que os demais demonstraram evidência favorável ao uso da
intervenção (HUGHES et al., 2003; ETTER; STAPLETON, 2006; STEAD et al.,
2012). Estes resultados divergentes podem ser atribuídos à diferença de desenho
dos estudos incluídos.
O uso de anti-histamínicos não demonstrou eficácia no alívio dos sintomas
nasais (rinorreia, congestão nasal e espirros) presentes no resfriado comum e
mostrou mais efeitos colaterais em relação ao placebo (DE SUTTER; LEMIENGRE;
56
CAMPBELL, 2009). Entretanto, na prática, estes fármacos são muito utilizados nos
casos de resfriado, uma vez que se espera o alívio dos sintomas nasais, assim
como ocorre em reações alérgicas. Outros 3 artigos avaliaram o uso de fármacos
para o alívio dos sintomas do resfriado comum, sendo que em 2 deles foi avaliado o
uso de descongestionantes nasais, demonstrando evidência favorável à eficácia do
fármaco (KOLLAR et al., 2007; TAVERNER; LATTE, 2009). O trabalho de De Sutter
et al. (2012) avaliou a melhora global do paciente com resfriado utilizando
combinações de analgésicos e/ou descongestionantes e/ou anti-histamínicos,
demonstrando evidência de eficácia favorável para o uso em adultos e sem
evidência para crianças.
Alguns artigos encontrados nesta revisão apontam para a necessidade de
mais estudos (ECR) com determinadas classes de medicamentos, uma vez que os
resultados demonstraram ausência de evidência ou foram inconclusivos em alguns
casos. Este foi o caso dos quatro artigos encontrados avaliando pacientes com
constipação, em que somente um deles demonstrou evidência favorável ao uso da
intervenção (TRAMONTE et al., 1997). Os demais apontaram para ausência de
evidência (PETTICREW; WATT; BRAND, 1999; HURDON; VIOLA; SCHRODER,
2000) e um foi inconclusivo (JONES et al., 2002), demonstrando a necessidade de
mais estudos para embasar a recomendação das intervenções. Assim, estudos bem
delineados e com um número adequado de participantes são essenciais para a
obtenção de respostas para as questões clínicas.
No que diz respeito ao desfecho segurança, dos cinco trabalhos em que a
evidência foi desfavorável ao uso da intervenção, três deles avaliaram o uso do
ácido acetilsalicílico. Os efeitos colaterais observados, como sonolência e irritação
gástrica, foram significativos, apontando cautela no uso do fármaco (EDWARDS,
1999; DERRY; MOORE, 2012). O estudo realizado por Jenkins, Costello e Hodge
(2004) avaliou a indução da asma pelo ácido acetilsalicílico, verificando que a
prevalência é maior do que anteriormente demonstrada. Os autores alertam que
cabe ao profissional de saúde advertir estes pacientes sobre o risco do uso deste
fármaco. Estes dados de segurança enfatizam que o uso do ácido acetilsalicílico
requer cautela, embora seja amplamente empregado em casos de dor e febre,
especialmente como forma de automedicação.
As revisões sistemáticas tornaram-se o método padrão para avaliar e
resumir a investigação em saúde, entretanto a qualidade das revisões recebe,
57
muitas vezes, pouca atenção. A qualidade pode ser definida como a probabilidade
de que o desenho de uma revisão sistemática irá gerar resultados imparciais
(MOHER et al., 1995). Desta forma, uma alta qualidade metodológica é um pré-
requisito para interpretação válida e aplicação dos resultados da avaliação.
Assim, para que as revisões sistemáticas possam ser levadas em
consideração pelos tomadores de decisão em saúde é necessário que não somente
se aumente o número de publicações, mas que se preze pela alta qualidade,
especialmente procurando seguir padrões validados internacionalmente.
Neste sentido, foi realizada a avaliação da qualidade metodológica das
revisões sistemáticas encontradas, por meio do instrumento AMSTAR, o qual
estabelece os seguintes pontos para a produção de um artigo de revisão sistemática
de qualidade: 1) Definição clara da pergunta de pesquisa e dos critérios de inclusão;
2) Seleção dos estudos e extração dos dados por, pelo menos, dois revisores
independentes; 3) Utilização de, ao menos, duas bases de dados e descrição da
data da busca e das palavras-chave; 4) Descrição dos critérios de inclusão e de
exclusão, em especial a opção por incluir ou não teses, dissertações, capítulos de
livro ou artigos de idiomas específicos; 5) Apresentação de uma lista (ou figura)
indicando o número de artigos incluídos, excluídos e os critérios que foram levados
em consideração; 6) Descrição das características dos estudos incluídos; 7)
Avaliação da qualidade dos estudos incluídos; 8) Considerar a qualidade dos
estudos revistos ao generalizar as conclusões; 9) Avaliação da viabilidade de se
integrar estudos que, por suas características metodológicas, podem não ser
comparáveis; 10) Avaliar a probabilidade da ocorrência de viés de publicação; 11)
Descrição explícita dos possíveis conflitos de interesses.
Desta forma, no que diz respeito à avaliação metodológica, a maioria dos
estudos publicados (31) apresenta boa qualidade. Além disso, percebe-se que todas
as revisões sistemáticas realizadas pela Colaboração Cochrane foram de alta
qualidade. Este resultado era esperado, uma vez que instituições como a
Colaboração Cochrane, composta de grupos temáticos espalhados ao redor do
mundo, se dedicam especificamente à produção de revisões sistemáticas de alta
qualidade e para isso divulgam gratuitamente manuais que especificam cada detalhe
do método (HIGGINS; GREEN, 2011). Por outro lado, com relação às demais 26
revisões, publicadas em outros periódicos, 18 apresentaram qualidade moderada.
58
metodológica moderada. O mesmo ocorreu com três estudos (de quatro) avaliando
febre e/ou dor e três estudos (de cinco) sobre abandono do hábito de fumar. Neste
caso, para além dos itens descritos acima, algumas revisões falharam em descrever
outros itens, tais como: exibir uma lista de estudos excluídos, descrever se as
etapas de seleção e extração foram realizadas em duplicata e raramente realizaram
metanálises.
Quanto ao desenho dos estudos encontrados nas revisões sistemáticas, em
apenas uma revisão (HUGHES; PETERS; NAUD, 2011) o desenho não incluía
ensaio clínico randomizado (ECR), uma vez que os autores visaram demonstrar a
efetividade do tratamento, utilizando, portanto, estudos observacionais. Outros três
estudos, além de ECR, incluíam estudos não randomizados (HUGHES et al., 2003);
estudos observacionais (SOUTHEY; SOARES-WEISER; KLEIJNEN, 2009); ensaios
quasi-randomizados (MEREMIKWU; OYO-ITA, 2009; STEAD et al., 2012) e estudos
de coorte (WALSH, 2008). A Cochrane Collaboration centra-se, sobretudo, em
revisões sistemáticas de estudos clínicos randomizados, porque eles são mais
propensos a fornecer informação imparcial do que outros desenhos de estudo
(HIGGINS; GREEN, 2011).
O presente estudo apresenta também algumas limitações. Primeiramente,
optou-se por uma estratégia de busca com maior especificidade, em detrimento de
uma maior sensibilidade, considerando o número grande de fármacos OTC no
mercado. Ademais, boa parte dos autores de revisões sistemáticas sobre
medicamentos OTC não utiliza descritores gerais como “non-prescription drugs” or
“OTC” o que dificulta a localização destes nas bases de dados. A fim de minimizar a
perda de estudos decorrente deste fato, foi realizada busca manual de trabalhos nas
referências de todos os estudos inicialmente incluídos. Ainda, a busca foi limitada a
estudos publicados em inglês, português ou espanhol. Assim, não se pode descartar
a possibilidade de perda de informação publicada em outras línguas. Por fim, a
inclusão das revisões sistemáticas foi condicionada apenas àquelas condições de
saúde consideradas tratáveis com medicamentos OTC. Isso foi necessário também,
considerando a existência de diversas revisões envolvendo fármacos OTC para
condições clínicas que exigem diagnóstico médico prévio, o que fugiria ao escopo
deste trabalho. A fim de evitar vieses relacionados a este aspecto, foi incluída uma
ampla lista de fármacos comercializados como OTC em 36 países e no Brasil.
60
2.6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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63
DERRY, C. J.; DERRY, S.; MOORE, R. A.; MCQUAY, H. J. Single dose oral
ibuprofen for acute postoperative pain in adults. Cochrane Database of Systematic
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DERRY, P.; DERRY, S.; MOORE, R. A.; MCQUAY, H. J. Single dose oral diclofenac
for acute postoperative pain in adults. Cochrane Database of Systematic Reviews,
n. 8, CD004768, 2009.
DERRY, S.; RABBIE, R.; MOORE, R. A. Diclofenac with or without an antiemetic for
acute migraine headaches in adults. Cochrane Database of Systematic Reviews,
n. 8, CD008783, 2012.
DERRY, S.; MOORE, R. A. Single dose oral aspirin for acute postoperative pain in
adults. Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 8, CD002067, 2012.
DERRY, S.; MOORE, R. A.; RABBIE, R. Topical NSAIDs for chronic musculoskeletal
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antiemetic for acute migraine headaches in adults. Cochrane Database of
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65
MASON, L.; MOORE, R. A.; EDWARDS, J. E.; DERRY, S.; MCQUAY, H. J. Topical
NSAIDs for acute pain: a meta-analysis. BMC Family Practice. v. 5, n. 10, 2004b.
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68
TOMS, L.; MCQUAY, H. J.; DERRY, S.; MOORE, R. A. Single dose oral paracetamol
(acetaminophen) for postoperative pain in adults. Cochrane Database of
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Muscle relaxants for non-specific low-back pain. Cochrane Database of Systematic
Reviews, n. 9, CD004252, 2003.
Título resumido:______________________________________________________
Avaliador:_______________________________________________________
3.1 CONTEXTO
3.2 OBJETIVOS
pontos, sendo que quanto maior o seu valor, maior é a tendência do farmacêutico
em buscar por informações nas fontes citadas.
Da mesma forma, foi estabelecido um escore na questão relacionada ao
conhecimento sobre os termos associados à Saúde Baseada em Evidências (SBE).
Neste caso, foi considerado o número de respostas “eu tenho uma boa
compreensão deste termo e poderia explicá-lo a outros”, com o valor de 1 ponto,
referente ao maior grau de conhecimentos acerca dos termos. Outras respostas não
pontuaram.
3.4 RESULTADOS
1
CRF-PR. Informações. Mensagem recebida por [email protected] em 06 de fevereiro de
2014. Dado relativo a 2014.
84
97%
100
Porcentagem de respondentes
80
62,3%
60 54,8%
46%
40
21,2%
18,8%
20
0
te ia o
nt
e as o
en ác dut e rs ucr
ci fic o c i
ve
l
pa E pr pa ad de
o o
r a m do es gem
pa
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ia
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to r iê
us pe
C
ex
a
i nh
M
80
Porcentagem de respondentes
nunca
62,2% às vezes
58,7%
60 54,2% 56,1% 57%
sempre
49,5%
41,3%
40 37%
31%
27,4%
23,6%
20,3% 21,6% 21,4%
20 13,9%
8,8% 9,2%
6,8%
lh
o
ro
s
tr
ia
s ca I SA FF
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ab li dú bu N
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tr in e A R
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de te s
tes
s si si
ega **
l
co
Termo relacionado à Eu não sei o Eu não sei o Tenho alguma Tenho alguma
Saúde Baseada em que significa que significa compreensão compreensão
Evidências este termo e este termo, sobre este sobre este
acho que não mas gostaria termo termo e poderia
seria útil de saber explicá-lo a
conhecê-lo outros
Ensaio clínico 22 (4,1%) 172 (32,3%) 260 (48,8%) 79 (14,8%)
randomizado
Porcentagem de respondentes
10,1% 5,1% 46,0% 81,8%
100
9,9%
80 12,6%
60
40 26,6%
77,3% 85,0%
20
27,4% 13,1%
5,1%
0
I. II. III. IV.
3.5 DISCUSSÃO
3.6 LIMITAÇÕES
3.7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BENETOLI, A.; CHEN, T. F.; ASLANI, P. The use of social media in pharmacy
practice and education. Research in Social & Administrative Pharmacy, v. 11, p.
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meta-analysis. Field Methods, v. 20, p. 249–71, 2008.
QUESTIONÁRIO SURVEYMONKEY
OLÁ, SEJA BEM VINDO!
ESTAMOS REALIZANDO UMA PESQUISA COM FARMACÊUTICOS DO PARANÁ QUE
TRABALHAM EM FARMÁCIA COMERCIAL OU DROGARIA PRIVADA.
DADOS GERAIS
5. Quantas horas POR SEMANA você trabalha na farmácia/drogaria? (Caso trabalhe em mais de
uma farmácia/drogaria considere somente a que você tenha a maior carga horária em serviço)
______________________________________________________________________
8. Em uma média geral, quantos clientes sua farmácia/drogaria atende por dia?____________
10. Em relação as suas funções na empresa, assinale a(s) alternativa(s) em que você se encaixe
melhor:
( ) Farmacêutico Diretor Técnico
( ) Farmacêutico Assistente Técnico
( ) Farmacêutico Substituto
( ) Farmacêutico Gerente
( ) Farmacêutico Proprietário
( ) Doutor
14. No seu turno de trabalho na farmácia / drogaria, quantos (as) farmacêuticos (as) trabalham?
( ) Apenas um (a) farmacêutico (a), que sou eu.
( ) Eu e outros (as) farmacêuticos (as)
15. Sua farmácia/drogaria dispõe de alguma área, não importa o tamanho, onde o cliente possa
aguardar sentado para ser atendido?
( ) Sim
( ) Não
16. Na sua farmácia/drogaria, você dispõe de algum espaço privado ou semiprivado para
atendimento sentado de clientes?
( ) Sim
( ) Não
17. Qual é a área de seu maior interesse quanto ao ramo de farmácias / drogarias?
( ) Técnica/Assistencial
( ) Administrativa/Gerencial
( ) Ambas as áreas
18. Em sua farmácia / drogaria você atua na dispensação de medicamentos atendendo clientes no
balcão?
( ) Sim
( ) Não
Se Sim (Questão 19). Se Não (Questão 21)
20. Em uma média diária, quantas horas você passa atendendo clientes no balcão por dia?__
21. Pensando em uma semana normal. Em média, quantas horas você gasta por semana realizando
atividades relacionadas ao SNGPC?________________________________________
22. #Continuação# Gostaríamos de conhecer sua opinião sobre os Serviços Farmacêuticos. Não há
respostas certas ou erradas. Marque a opção que melhor representa sua
111
opinião:
SERVIÇOS
24. Quantos procedimentos deste tipo você realiza por semana, em média?______________
28. Quantos procedimentos deste tipo você realiza por semana, em média?______________
112
32. Quantos procedimentos deste tipo você realiza por semana, em média?______________
36. Quantos procedimentos deste tipo você realiza por semana, em média?______________
40. Quantos procedimentos deste tipo você realiza por semana, em média?______________
44. Quantos procedimentos deste tipo você realiza por semana, em média?______________
48. Quantos procedimentos deste tipo você realiza por semana, em média?______________
51. Você realiza Atendimento Farmacêutico Domiciliar de clientes de sua farmácia / drogaria?
( ) Sim
( ) Não
Se Sim (Questão 52). Se Não (Questão 55)
52. Quantos procedimentos deste tipo você realiza por semana, em média?______________
56. Em média, quantas Declarações de Serviços Farmacêuticos você emite por semana?____
58. Quando você tem uma dúvida ou um problema no seu dia a dia, com que frequência você
consulta cada um dos recursos abaixo?
114
59. Você fez algum curso de curta duração para sua atualização nos últimos 12 meses? (Não
considerar especializações)
( ) Sim
( ) Não
Se Sim (Questão 60). Se Não (Questão 61)
60. Qual a carga horária total dos cursos de curta duração que você fez nos últimos 12
meses?_______________________________________________________________________
61. Com relação ao seu conhecimento sobre os termos abaixo, assinale a opção mais adequada:
63. Quantos atendimentos deste tipo (indicação de medicamentos) você realiza por dia, em
média?___________
115
64. Na sua farmácia ou drogaria, como estão organizados os Medicamentos Isentos de Prescrição
(MIPs)?
( ) Todos nas gôndolas
( ) Todos atrás do balcão
( ) Mais na gôndola e menos atrás do balcão
( ) Mais atrás do balcão e menos na gôndola
65. Marque os (3) TRÊS principais fatores que você considera importantes no momento de indicar um
medicamento ao cliente:
( ) Custo do medicamento para o cliente
( ) Eficácia do medicamento
( ) Minha experiência anterior com o produto
( ) A preferência do cliente
( ) As reações adversas do medicamento
( ) Margem de lucro do produto
Av.: Gen. Carlos Cavalcanti, 4748 CEP: 84030-900 Bloco M, Sala 100
Caro(a) Farmacêutico(a),
O(a) sr.(a) está sendo convidado(a) a participar de uma pesquisa que faz
parte de um projeto de intitulado “Medicamentos isentos de prescrição: pesquisa de
evidências”. O objetivo é avaliar atitudes e práticas de farmacêuticos comunitários.
Convidamos-lhe a responder o questionário, caso seja farmacêutico(a) que atue em
farmácias/drogarias.
O(a) sr.(a) não é obrigado(a) a responder todas as perguntas, e pode desistir
de participar a qualquer momento, sem prejuízo algum. O formulário é anônimo;
você não precisará se identificar e asseguramos que o acesso às respostas está
reservado estritamente à equipe de pesquisa. Sua participação é voluntária, portanto
não receberá recompensa ou gratificação, nem pagará para participar. Será
garantido o livre acesso a todas as informações e retirada de dúvidas sobre o
estudo, enfim, tudo o que você queira saber antes, durante e depois da participação
na pesquisa. Você poderá deixar de participar do estudo a qualquer momento, sem
apresentar justificativas, tendo também todas as dúvidas esclarecidas sobre a sua
participação neste trabalho. Em caso de dúvidas, você poderá entrar em contato
com os membros da pesquisa ou com a Comissão de Ética em Pesquisa da UEPG.
Estamos contando com apoio do Conselho Regional de Farmácia do Paraná
para o acesso aos farmacêuticos do Estado. A pesquisa foi aprovada na Plataforma
117
Cordialmente,
Comitê de Ética em Pesquisa UEPG campus Uvaranas, Bloco M, sala 100; Telefone:
(42) 3220-3108.
118
4.1 CONTEXTO
4.2 OBJETIVOS
2
CRF-PR. Informações. Mensagem recebida por [email protected] em 29 de agosto de 2013.
Dados relativos a 2013.
124
4.4 RESULTADOS
Características n (%)
Gênero
Masculino 34 (32,7%)
Feminino 70 (67,3%)
Tempo em que trabalha na empresa
50
40,4%
40
32,7%
30
18,3%
20
8,6%
10
0
I. II. III. IV.
60 56,3%
50
40
31,1%
30
20
9,7%
10 1,9% 1,0%
0
I. II. III. IV. V.
100
78,8%
80
60 55,8%
51% 48,1%
44,2%
40
27,9%
20
5,8%
0
I. II. III. IV. V. VI. VII.
60
92,2%
74,7% 95,1%
40
58% 68,4%
20
6,9%
0
I. II. III. IV. V. VI.
2,9%
Leio a prescrição e entrego os medicamentos. Maiores orientações são
fornecidas quando o paciente apresenta alguma dúvida
indicam MIPs e medicamentos tarjados para estas situações. Uma pequena parcela
dos participantes [2,9%(3/102)] demonstrou indicar MIPs e tarjados para transtornos
menores e maiores. Não houve diferença significante entre a conduta dos
farmacêuticos que trabalham em farmácias independentes em relação às demais
farmácias (p=0,540).
Com relação à esta prática, os participantes deveriam assinalar com qual
frequência costumam indicar os medicamentos listados (TABELA 4.2). As farmácias
independentes apresentam um maior escore de indicações incorretas, isto é,
indicam medicamentos que requerem prescrição médica ou odontológica, como anti-
hipertensivos, antilipêmicos e antidiabéticos (p=0,043).
produtos alheios em drogarias, desde que a empresa tenha autorização legal para
comercializá-los.
Com relação à prestação de serviços farmacêuticos na farmácia em que
trabalham, os resultados foram: verificação de parâmetros bioquímicos [62,5%
(65/104)]; verificação de parâmetros fisiológicos [67,3% (70/104)]; administração de
medicamentos [76,9% (80/104)]; perfuração de lóbulo auricular [56,7% (59/104)] e
Atenção Farmacêutica [84,6% (88/104)]. Ressalta-se que 5,8% (6/104) dos
farmacêuticos afirmaram que o serviço de AF é também prestado por funcionários
da farmácia. Mais da metade dos respondentes (58,7%) afirmou emitir Declaração
de Serviços Farmacêuticos (DSF). Por outro lado, 9,6% (10/104) declararam que os
serviços apresentados no instrumento não são realizados na farmácia onde
trabalham.
Sobre o serviço Atenção Farmacêutica (AF), os farmacêuticos foram
solicitados a assinalar a opção que melhor apresentasse sua definição. A opção
correta foi assinalada por 65% (67/103) dos respondentes, demonstrando
conhecimento satisfatório: “Prática profissional que busca obter resultados
terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida através do acompanhamento
farmacoterapêutico sistemático do paciente”. Os demais marcaram como resposta
correta o conceito de Assistência Farmacêutica ou o fato de atender os pacientes no
balcão com mais atenção, de modo com que o serviço seja mais humanizado.
Aproximadamente a metade dos participantes [49,5% (50/101)] afirmou
prestar este serviço, entretanto em 83,7% das farmácias ele não consta no Manual
de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) e em 95,2% dos casos não são feitos
registros em cada consulta. 18,3% dos farmacêuticos afirmaram receber os
pacientes em espaço reservado do balcão, permitindo conhecer melhor o paciente,
entretanto, nenhum dado é registrado, buscando assegurar o sigilo do paciente.
Para 70,2% dos participantes o serviço de AF atrai clientes e para 52,9% favorece o
aumento das vendas.
Sobre a estrutura física da farmácia, mais da metade (61,5%) julga
dificuldade no atendimento individualizado de pacientes, pela falta de espaço
reservado para a prestação do serviço. Além disso, 19,2% consideram que o
estabelecimento não oferece condições para o atendimento individualizado, pela
falta de materiais como computador, internet e livros para consulta. Por outro lado,
133
50 43,3%
40 35,6% 36,5%
30
20 15,4%
10
1,9%
0
I. II. III. IV. V.
4.5 DISCUSSÃO
abordagem foi padronizada. Isto leva a crer que os farmacêuticos participantes deste
trabalho reconhecem a importância de pesquisas na área da farmácia e, mesmo
com diversas atividades a serem realizadas, aceitaram participar da pesquisa.
A maior parte dos participantes é do gênero feminino, semelhante ao
observado em outros estudos (CORRER et al., 2004; SILVA; VIEIRA, 2004;
FRANÇA-FILHO et al., 2008; FARINA; ROMANO-LIEBER, 2009; MCINTOSH et al.,
2011; TOMASSI; RIBEIRO, 2012; REIS, 2013). Segundo Petris (1999), este
predomínio do gênero feminino caracteriza a feminilização da profissão
farmacêutica, o que também é observado em outras profissões. A idade média dos
participantes (34,1 anos) é semelhante à idade encontrada nas outras quatro
cidades onde o mesmo questionário foi aplicado (33,4 anos) (REIS, 2013).
Com relação à ocupação na empresa, um quarto dos respondentes é o
proprietário da farmácia, assim como observado nos estudos de Tomassi e Ribeiro
(2012) e Reis (2013). Embora no Brasil não exista a obrigatoriedade de que as
farmácias sejam de propriedade de farmacêuticos, acredita-se que este seria o
cenário ideal para que o estabelecimento atue realmente em prol da saúde do
paciente.
Diferentemente do estudo realizado por Tomassi e Ribeiro em 2012, além
das farmácias independentes, participaram do estudo farmacêuticos atuantes em
farmácias de rede, franquias e farmácias que possuíam filiais. Desta forma, com
relação à classificação administrativa dos estabelecimentos farmacêuticos (FIGURA
4.1), observou-se que somente um terço dos participantes trabalha em farmácia
independente, o que pode ser atribuído ao fato do município de Ponta Grossa estar
em expansão e ter recebido grandes redes de farmácias nos últimos anos. Além
disso, a concorrência com as redes, muitas vezes, dificulta a manutenção de
farmácias independentes no mercado. Em um estudo realizado em 2010, os
farmacêuticos que trabalham em farmácias independentes também tiveram uma
participação menos expressiva (HUSTON et al., 2010).
Sob este aspecto, em relação ao estudo de Reis (2013), analisando as
quatro cidades separadamente, verificou-se que a cidade de Londrina teve
distribuição semelhante ao do presente estudo. Por outro lado, nas demais cidades
(Alfenas, Araraquara e Ribeirão Preto) a maior parte dos farmacêuticos trabalhava
em farmácias independentes. O mesmo foi observado no estudo de Farina e
Romano-Lieber (2009), realizado na cidade de Jundiaí (SP), em que 87,2% dos
136
relatou consultar o CIM do CRF-PR, embora esta alternativa não estivesse explícita
na questão. Este fato nos remete à uma outra pergunta: Os farmacêuticos não
conhecem o CIM ou somente não têm o hábito de consultá-lo em caso de dúvidas
sobre medicamentos? O uso deste recurso deveria ser estimulado desde a
graduação e, até mesmo, poderia ser implantando em Faculdades de Farmácia no
Estado do Paraná, tornando-se um campo de estágio para os acadêmicos. No
Brasil, além dos CIM localizados nos conselhos, existem àqueles em faculdades e
hospitais (CFF, 2015).
No que diz respeito à orientação de pacientes, alguns profissionais sentem
dificuldades em orientar sobre interações medicamentosas e reações adversas. Uns
atribuem as dificuldades à falta de aperfeiçoamento após a graduação, à existência
de uma grande quantidade de medicamentos e à formação acadêmica insuficiente.
Entretanto, a dificuldade de entendimento dos pacientes a respeito da informação
passada também foi relatada. Para Silva e Vieira (2004) as faculdades de farmácia
provavelmente não fornecem subsídios teóricos básicos e práticos para que os
futuros farmacêuticos possam atuar na dispensação de medicamentos. Os autores
ainda alertam para o fato de que a formação na área de atenção farmacêutica,
durante a graduação e, principalmente, o estágio em farmácia e drogaria seria
deficiente. Entretanto, cabe esclarecer que os autores realizaram este trabalho antes
da reforma curricular e que os farmacêuticos participantes do estudo não tinham
formação generalista, da qual a disciplina específica de Atenção Farmacêutica faz
parte.
Sob este aspecto, enfatiza-se que os cursos de aperfeiçoamento são de
extrema importância, como forma de educação continuada. Assim, mesmo àqueles
profissionais com formação deficiente com relação à Atenção Farmacêutica
poderiam adquirir este conhecimento. A I Oficina Nacional de Atenção Farmacêutica
aponta problemas como a escassez de oportunidades de educação continuada e a
formação excessivamente tecnicista e insipiente na área clínica (OFICINA, 2001).
Ainda neste contexto, o trabalho de Silva e Vieira (2004) aponta para o fato
de que os treinamentos e reciclagens na área de dispensação de medicamentos,
acompanhados pela supervisão direta e educação continuada, deveriam integrar as
propostas de ações das entidades de classe e associações da categoria. Neste
âmbito, vale ressaltar que o CRF-PR oferece cursos de atualização em diversas
cidades do Estado, divulgados por meio de sua página na internet e e-mail aos
139
(CORRER et al., 2004). Neste caso, o treinamento era realizado em somente 56%
das farmácias. O valor superior encontrado no presente estudo pode ser atribuído ao
fato de que a RDC nº 44 de 2009, estabelece que uma das atribuições do
farmacêutico responsável pelo estabelecimento é prover as condições necessárias
para capacitação e treinamento de todos os profissionais envolvidos nas atividades
do estabelecimento. Entretanto, vale ressaltar que estes treinamentos já eram
estabelecidos pela resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 357 de 2001.
Desta forma, além desta capacitação ser uma das atribuições do farmacêutico
responsável pelo estabelecimento (CFF, 2001; BRASIL, 2009a), constitui uma
estratégia de melhoria da qualidade da dispensação e promoção do uso racional de
medicamentos (CORRER et al., 2004).
Quando questionados à respeito de sua atuação profissional como agentes
de saúde, comprometidos com o sucesso da farmacoterapia e qualidade de vida dos
pacientes, menos da metade (43,3%) se sentem realizados. A maioria relatou a
necessidade de melhorar seu comportamento, com relação ao conhecimento sobre
os medicamentos e à legislação, ao seguimento correto da legislação, às
orientações prestadas ao pacientes e acompanhamento do tratamento. Sob este
aspecto é importante retomar a importância dos cursos após a graduação,
ressaltando a diversidade de medicamentos no mercado e a legislação que está
continuamente em atualização. Ainda, é preciso que estes temas estejam voltados
para o cuidado com o paciente e que o uso dos medicamentos esteja focado na
melhoria dos desfechos em saúde. Da mesma forma, os cursos de graduação em
Farmácia precisam dar maior ênfase à parte clínica, possibilitando, por meio de
estágios, que os acadêmicos estejam cada vez mais em contato com os pacientes.
Talvez desta forma, os futuros farmacêuticos estarão mais preparados para que seu
atendimentos seja orientado para o benefício do paciente, reconhecidamente a base
da AF.
145
4.6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
MCINTOSH, T.; MUNRO, K.; MCLAY, J.; STEWART, D. A cross sectional survey of
the views of newly registered pharmacists in Great Britain on their potential
prescribing role: a cautious approach. British Journal of Clinical Pharmacology, v.
73, n. 4, p. 656-60, 2011.
B. Em questões que tenham parênteses ( ) nas alternativas, poderá ser assinalada mais de uma opção.
A. DADOS GERAIS
2. Gênero:
a) Feminino. b) Masculino.
5. Você, na empresa:
(assinalar a(s) alternativa(s) que melhor responde(m) à questão)
( ) É o farmacêutico responsável técnico.
( ) É o farmacêutico substituto.
( ) É o farmacêutico assistente (ou folguista)
( ) É o farmacêutico gerente.
( ) É o farmacêutico proprietário.
11. Qual valor você recebe, de fato, como remuneração salarial bruta: R$ ________________.
12. Você recebe:
(assinalar apenas uma alternativa para cada item)
Comissão sobre vendas a) Sim b) Não.
Algum tipo de benefício a) Sim b) Não.
B. CONHECIMENTO
16. Que recursos utiliza para consultar informações relativas aos medicamentos no seu dia-a-dia?
(assinalar a(s) alternativa(s) que melhor responde(m) à questão)
( ) Informativos enviados pelos Conselhos Regionais e Federal de Farmácia via Correios e/ou e-mail.
( ) Fontes como Bulário Eletrônico da Anvisa e Martindale.
( ) Sites da internet como Google e Wikipedia.
( ) Livros como Guia de Remédios, P.V. Vademécum e Dicionário de Especialidades Farmacêuticas (DEF).
( ) Livros técnicos e científicos (obras escritas por autores como Goodman, Katzung, Hang Dale, DiPiro e
Harrison).
( ) Conversa com outros profissionais.
( ) Outros: _________________________________________.
21. Um paciente portando uma receita de outro estado na qual constam as prescrições de fluoxetina e
diazepam solicita a dispensação dos referidos medicamentos. Tanto a receita quanto a notificação de
cor azul, obrigatórios para o fornecimento do diazepam, estão de acordo com a Portaria 344/98 e
atualizações. Como você deveria proceder?
(assinalar apenas uma alternativa)
a) Entregar fluoxetina e diazepam em quantidade suficiente para até 2 meses de tratamento.
b) Entregar apenas fluoxetina em quantidade suficiente para até 2 meses de tratamento.
c) Não fornecer nenhum dos medicamentos uma vez que a prescrição é de outro estado.
23. Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº. 52/2011, que trata da regulamentação de uso
de anorexígenos:
(assinalar apenas uma alternativa)
a) A sibutramina pode ser comercializada desde que prescrita até o limite de 15mg/dia por meio de notificação de
receita “B2”, que deverá vir acompanhada de um Termo de Responsabilidade do Prescritor assinado pelo médico e
pelo paciente.
b) A sibutramina pode ser comercializada desde que prescrita até o limite de 20mg/dia. Ao contrário do prescritor,
o responsável técnico pela farmácia que dispensa o medicamento industrializado não precisa estar cadastrado no
Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária – NOTIVISA.
c) Os anorexígenos anfepramona, femproporex e mazindol podem ser comercializados para pacientes que
apresentam obesidade mórbida, desde que o médico prescritor assine uma declaração na qual assuma a
responsabilidade pelo tratamento.
24. Das recomendações a seguir, qual está correta?
(assinalar apenas uma alternativa)
154
a) Paciente idosa faz uso de omeprazol 20mg/dia (1-0-0) em jejum. Foi prescrito azitromicina 500mg/dia para tratar
infecção no trato urinário. Você recomendou que o antibiótico fosse ingerido logo após alguma refeição e,
preferencialmente, com leite para evitar comprometimento gástrico.
b) M.S.C, 17 anos, sofreu uma cirurgia bucal e o dentista prescreveu nimesulida 100mg (1-0-1) por 5 dias para
tratar inflamação. Como na receita não havia nenhuma outra informação, você recomendou que o medicamento
fosse tomado logo após a refeição.
c) E.R.R, 67 anos, faz uso de captopril 50 mg/dia 1-0-1 para controle de hipertensão arterial e AAS 100mg/dia (0-
1-0) para reduzir o risco de infarto agudo do miocárdio. A paciente relata tomar os medicamentos antes do café da
manhã e antes do jantar. Você recomendou que ambos os medicamentos fossem administrados após as refeições.
25. Assinale a alternativa que apresente o manejo correto no descarte de medicamentos em farmácias:
(assinalar apenas uma alternativa)
a) Medicamentos vencidos deverão ser lançadas na rede coletora de esgoto para não haver riscos de reutilização.
b) Os produtos farmacêuticos deverão ser descaracterizados e encaminhados para incineração.
c) Os medicamentos poderão ser desprezados em lixo comum desde que descaracterizados e embalados em saco
branco devidamente identificado.
C. COMPORTAMENTO
Responder as próximas questões de acordo com sua atuação profissional e o contexto da farmácia onde trabalha.
27. Classifique as atividades abaixo segundo a freqüência e o tempo que você gasta para realizá-las.
Pontue as alternativas de acordo com a legenda:
0- Nunca realizo
1- Realizo com pouca freqüência e demanda pouco tempo
2- Realizo com muita freqüência e demanda pouco tempo
3- Realizo com pouca freqüência e demanda muito tempo
4- Realizo com muita freqüência e demanda muito tempo
29. Um paciente lhe apresenta uma prescrição contendo um medicamento de referência (“ético”) A, mas
ele pede que você substitua esse medicamento por outro, com mesmo princípio ativo. Você substitui
esse medicamento:
(assinalar a(s) alternativa(s) que melhor responde(m) à questão)
( ) pelo medicamento B, que é um similar (“bonificado”).
( ) pelo medicamento C, que é um genérico.
( ) pelos medicamentos B ou C.
( ) não realizaria a substituição.
31. Assinale com um “X” os medicamentos abaixo de acordo com a freqüência na qual você os indica na
farmácia:
( ) secadores de cabelo.
( ) produtos veterinários.
( ) refrigerantes, sucos, energéticos, etc. (exceto isotônicos)
( ) nenhum dos produtos citados. (caso assinale esta alternativa, siga para a questão 35).
35. Assinale com um “X” os itens abaixo de acordo com os medicamentos que mais são vendidos sem
prescrição nesta farmácia.
36. Assinale com um “X” o(s) responsável(is) por executar, nesta farmácia, os seguintes serviços:
(Se o serviço não for oferecido, deixar os campos de resposta sem preenchimento. Se farmacêutico e funcionários realizam o
serviço, assinalar os dois parênteses).
.
37. Sobre os serviços farmacêuticos citados acima e que são oferecidos nesta farmácia:
(assinalar apenas uma alternativa)
a) São documentados através de declaração de serviços farmacêuticos (anotação das informações referentes ao
paciente, às orientações, intervenções realizadas e resultados observados).
157
b) Não são documentados uma vez que a empresa não possui formulário próprio para registro dos serviços.
c) Os serviços farmacêuticos discriminados não são realizados.
38. Quando um medicamento está próximo do vencimento, qual(quais) alternativa(s) mais se aproxima
da(s) conduta(s) adotada(s) pela empresa para minimizar as perdas e atender a legislação?
(assinalar a(s) alternativa(s) que melhor responde(m) à questão)
( ) Vender o produto a preços reduzidos para que o paciente não seja lesado.
( ) Recolher o produto e/ou segregá-lo em área específica para medicamentos próximos da data de vencimento e
alertar o consumidor quando adquirir esse produto.
( ) Manter o produto na prateleira mas identificá-lo para que o mesmo não se misture com outros medicamentos de
prazo de validade superior.
( ) Favorece o atendimento individualizado uma vez que garante aos pacientes conforto e sigilo; conta com espaços
específicos destinados à consulta farmacêutica e recursos materiais para a realização da Atenção Farmacêutica.
46. Você tem dificuldades em executar as recomendações impostas nas legislações que regulamentam as
práticas farmacêuticas?
(assinalar a(s) alternativa(s) que melhor responde(m) à questão)
( ) Não.
( ) Sim. Tenho dificuldade de implantá-las devido a limitações financeiras impostas pelo setor gerencial da
empresa.
( ) Sim, pois o(s) funcionário(s) e/ou o(s) proprietário(s) da farmácia são resistente às mudanças exigidas pela lei.
47. Como você avalia sua atuação profissional enquanto agente da saúde comprometido com o sucesso da
farmacoterapia e qualidade de vida do paciente?
(assinalar a(s) alternativa(s) que melhor responde(m) à questão)
( ) Realizado.
( ) Preciso melhorar no que diz respeito ao conhecimento relacionado aos medicamentos e à legislação.
( ) Preciso melhorar no que diz respeito a seguimento correto da legislação.
( ) Preciso melhorar quanto a orientação do paciente e o acompanhamento do tratamento medicamentoso.
( ) Péssimo
159
Este estudo tem por objetivo avaliar o conhecimento e o comportamento dos farmacêuticos durante a
dispensação de medicamentos em farmácias uma vez que os poucos estudos nesta área revelam um contexto de
dificuldades e limitações na prática da profissão farmacêutica. Caso o senhor(a) autorize a realização do estudo
neste estabelecimento, será aplicado um questionário ao(s) farmacêutico(s) contendo 47 perguntas de múltipla
escolha que, para respondê-las, o profissional necessitará de aproximadamente 30 minutos. Essas perguntas
serão relativas à formação acadêmica, o local de trabalho, a prática profissional e o conhecimento adquirido com
relação à profissão e à dispensação de medicamentos.
A participação do(s) farmacêutico(s) na pesquisa será totalmente voluntária e não trará danos ou
despesas à ele(s), à você ou à esta empresa. Você poderá não autorizar a realização do estudo neste
estabelecimento ou mesmo desistir da permissão a qualquer momento sem que isto acarrete qualquer ônus ou
prejuízo à sua pessoa. Os resultados da pesquisa poderão ser publicados em periódicos e/ou congressos
científicos, mas em hipótese alguma será exposto o nome dos participantes, tampouco a razão social, nome
fantasia e/ou nome dos responsáveis pelas empresas onde atuam. Ao término do estudo você poderá receber por
e-mail os resultados deste trabalho, mantendo-se o devido sigilo dos dados fornecidos, desde que informe seu
endereço eletrônico no espaço abaixo reservado para este fim.
Deverá haver concordância de ambos, proprietário e farmacêutico, para a inclusão dos sujeitos na
pesquisa, bem como a desistência de qualquer um destes implicará na exclusão dos dados fornecidos.
Após o preenchimento das respostas, o farmacêutico receberá um envelope no qual deverá ser
depositado o questionário, visando assim o sigilo das informações fornecidas. Esse envelope deverá ser lacrado
antes da entrega ao pesquisador.
A veracidade das informações fornecidas é fundamental para que possamos verificar o quanto as
condições de trabalho, a formação acadêmica, a educação continuada, as experiências diárias e outras variáveis
podem influenciar sobre o conhecimento e atitudes dos farmacêuticos e, conseqüentemente, sobre a dispensação
de medicamentos.
Qualquer dúvida relativa à pesquisa, ao preenchimento do questionário ou sobre a permissão para
realização do estudo nesta empresa poderá ser esclarecida a qualquer momento (antes, durante ou após a
participação do(s) farmacêutico(s) na coleta dos dados).
Eu_________________________________________________________, RG nº. ________________________,
e-mail ____________________________ autorizo a abordagem do(s) farmacêutico(s) neste estabelecimento
para a realização da pesquisa do mestrando Tiago M. dos Reis, sob orientação do Prof. Dr. Leonardo R. L.
Pereira (FCFRP – USP).
Ponta Grossa-PR, _______ de dezembro de 2013/2014.
Este estudo que você está sendo convidado(a) a participar tem por objetivo avaliar o conhecimento e o
comportamento dos farmacêuticos durante a dispensação de medicamentos em farmácias uma vez que os poucos
estudos nesta área revelam um contexto de dificuldades e limitações na prática da profissão farmacêutica. Caso
você concorde em participar, será aplicado um questionário contendo 47 perguntas de múltipla escolha e para
respondê-las, será necessário aproximadamente 30 minutos. Essas perguntas serão relativas à sua formação, seu
local de trabalho, sua prática profissional e seu conhecimento adquirido com relação à profissão e à dispensação
de medicamentos.
Sua participação na pesquisa será totalmente voluntária e não lhe trará danos ou despesas. Você poderá
se recusar a participar ou mesmo desistir a qualquer momento sem que isto acarrete qualquer ônus ou prejuízo à
sua pessoa. Os resultados da pesquisa poderão ser publicados em periódicos e/ou congressos científicos, mas em
hipótese alguma será exposto o nome dos participantes, tampouco a razão social ou nome fantasia das empresas
onde atuam. Ao término do estudo você poderá receber por e-mail os resultados deste trabalho, mantendo-se o
devido sigilo dos dados fornecidos, desde que informe seu endereço eletrônico no espaço abaixo reservado para
este fim.
Deverá haver concordância de ambos, proprietário e farmacêutico, para a inclusão do sujeito na
pesquisa, bem como a desistência de qualquer um destes implicará na exclusão dos dados fornecidos.
Após o preenchimento das respostas, você receberá um envelope no qual deverá ser depositado o
questionário, visando assim o sigilo das informações fornecidas. Esse envelope deverá ser lacrado antes de
entregá-lo ao pesquisador.
A veracidade das informações fornecidas é fundamental para que possamos verificar o quanto suas
condições de trabalho, sua formação acadêmica, a educação continuada, suas experiências diárias e outras
variáveis podem influenciar sobre seu conhecimento e atitudes e, conseqüentemente, sobre a dispensação de
medicamentos. Assinale as respostas conforme o conhecimento que possui e de acordo com a maneira como
conduz seu trabalho na drogaria.
Qualquer dúvida relativa à pesquisa, ao preenchimento do questionário ou sobre sua participação poderá
ser esclarecida a qualquer momento (antes, durante ou após responder a este instrumento para coleta de dados).
Eu___________________________________________, RG nº. ____________________________, e-mail
_________________________________________________ concordo em participar voluntariamente na
pesquisa do mestrando Tiago M. dos Reis, sob orientação do Prof. Dr. Leonardo R. L. Pereira (Departamento de
Ciências Farmacêuticas da FCFRP – USP).