I. Introdução A Linguagem C

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Material de Apoio para a Disciplina:

Programação I
Prof. MSc. Admiro Chinapaie
II semestre do Ano acad. 2023/24

CAP. I.--Introdução a Linguagem C


1.1. Breve história e conceitos
1.2. Instalação e utilização do compilador (Devcpp-5.11, VisualStudio 2012,
Codeeblock-10.05 mingw)
1.3. Estrutura básica
1.4. Bibliotecas
1.5. Tipos de dados
1.6. Variáveis
1.7. Operadores
1.8. Comandos de entrada e saída de dados
1.9. Comentários

UM BREVE HISTÓRICO

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A linguagem C foi criada por Dennis Ritchie em 1972 para reescrever de forma portável
o sistema operacional UNIX, que antes era escrito em assembly. Sua estrutura e seu
nome provêm de uma linguagem anterior B, que era uma simplificação da linguagem de
programação BCPL, escrita em 1966.

Em 1978 foi publicado o livro The C Programming Language por Brian Kernighan e
Dennis Ritchie, consagrando a linguagem no padrão chamado K&R. Durante muitos
anos esse livro foi considerado como a especificação da linguagem.

Em 1989 o padrão C foi oficializado pelo ANSI (American National Standards Institute)
através do padrão ANSI X3.159-1989, conhecido hoje como ANSI C, C89 ou C90. É
provavelmente a versão mais usada da linguagem ainda hoje.

Em 1999 a ISO (International Standards Organization) publicou um novo padrão da


linguagem chamado ISO/IEC 9899:1999 e conhecido como C99. Em 2011 foi
publicado o padrão mais recente, chamado C11.

Apesar de sua idade, C continua sendo uma das linguagens mais utilizadas (TIOBE
INdex), Ranking IEEE. A linguagem C inspirou a criação de muitas outras linguagens
de programação mais recentes, como C++, Java, C#, JavaScript, Perl, PHP, Lua, etc.

Programação
Programação, também chamada de codificação na área de TI, refere-se a todas as
actividades que permitem a escrita de programas de computador. Esta é uma etapa
importante no desenvolvimento de software (ou mesmo hardware).

Escrever um programa é feito em uma linguagem de programação. Software é um


conjunto de programas (que podem ser escritos em diferentes linguagens de
programação) destinados a realizar determinadas tarefas por um (ou mais) usuários do
software.

A programação aqui representa, portanto, a escrita do código-fonte do software. Em


vez disso, usamos o termo desenvolvimento para denotar todas as actividades
relacionadas à criação de software e aos programas que o compõem. Isto inclui a
especificação do software, o seu design, depois a sua implementação real no sentido de
escrever programas numa linguagem de programação bem definida, bem como verificar
a sua correcção, etc.

Na computação, código-fonte é o texto que apresenta as instruções que compõem um programa


de forma legível, tal como foram escritas em uma linguagem de programação. O código-fonte
geralmente se materializa na forma de um conjunto de arquivos de texto.

O código-fonte é frequentemente traduzido – por um montador ou compilador – em código


binário composto de instruções executáveis pelo processador. Caso contrário, pode ser interpretado
diretamente na execução do programa. Neste segundo caso, às vezes é traduzido previamente em um
código intermediário cuja interpretação é mais rápida.

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Diferentes linguagens de programação:
JavaScript, PHP, Ruby, Java, Swift, C#, C ou C++, Python, Julia, Scala, R

Programa
Um programa de computador é um conjunto de instruções e operações destinadas a
serem executadas por um computador.

 Um programa fonte é um código escrito por um cientista da computação em


uma linguagem de programação. Ele pode ser compilado em formato binário ou
interpretado directamente.
 Um programa binário descreve as instruções a serem executadas por um
microprocessador em formato digital. Estas instruções pertencem à linguagem
de máquina.

Um programa geralmente faz parte de um software que pode ser definido como um
conjunto de componentes digitais destinados a fornecer um serviço de TI. O software
pode incluir vários programas. Encontramo-lo em dispositivos informáticos
(computador, consola de jogos, caixas automáticos, etc.), em peças de equipamentos
informáticos, bem como em numerosos dispositivos electrónicos (impressora, modem,
GPS, telemóvel, máquina de lavar, aparelho de fotografia digital, decodificador de TV
digital, injecção electrónica, piloto automático, etc.).

Programar

Programar consiste, a partir de uma ideia, em realizar um trabalho de


pensamento que resulta na escrita de algoritmos numa linguagem de
programação. As linguagens de programação foram criadas com o
objectivo de facilitar o trabalho do programador, encurtando o caminho
da ideia ao código-fonte.

Os programas são criados por programadores ou engenheiros de software. Os


programadores trabalham principalmente na escrita de programas, enquanto os
engenheiros de software trabalham em todas as etapas da criação do programa. Eles
aplicam uma abordagem formal e rigorosa baseada em técnicas de engenharia e gestão
industrial.

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Antes de começar a escrever um programa destinado a resolver um problema, o
programador deve determinar as características do problema a ser resolvido. Isso é feito
em várias etapas, independentemente da linguagem de programação utilizada. A técnica
comum é a de um ciclo de desenvolvimento, que inclui etapas de definição, projecto,
escrita, teste, instalação e manutenção.
O problema é primeiro examinado detalhadamente para conhecer o escopo do programa
a ser criado. O próximo passo é escolher soluções e algoritmos, depois descrever sua
lógica na forma de diagramas, para esclarecer o funcionamento do programa e facilitar
sua escrita.
Depois que o programa é escrito, ele passa por uma série de testes. Os resultados
produzidos pelo programa são comparados com resultados obtidos manualmente.
Muitos testes são necessários e os mesmos testes são executados várias vezes. As
necessidades dos usuários e dos sistemas de computador mudam continuamente, e o
programa é regularmente reconstruído e modificado para se adaptar às necessidades.
Novas funções são adicionadas e erros que não foram detectados anteriormente são
corrigidos.
O objectivo do ciclo de desenvolvimento é reduzir os custos de fabricação e, ao mesmo
tempo, aumentar a qualidade do programa. As qualidades procuradas são eficiência,
flexibilidade, confiabilidade, portabilidade e robustez. Também deve ser amigável e
fácil de editar.
Espera-se que um programa exija pouco esforço de programação, instruções que
ocupem pouco tempo e memória, e possa ser usado para diversos propósitos e produzir
os resultados esperados independentemente das alterações - permanentes ou temporárias
- no sistema do computador.
Espera-se também que possa ser facilmente transferido para um modelo informático
diferente daquele para o qual foi construído, que produza resultados conclusivos mesmo
quando a informação introduzida está incorrecta, que possa ser facilmente
compreendido por um utilizador principiante e que a fonte o código pode ser facilmente
modificado posteriormente.

COMPILADOR
Na computação, um compilador é um programa que transforma código-fonte em
código-objeto. Geralmente, o código-fonte é escrito em uma linguagem de programação
(a linguagem-fonte), é de alto nível de abstracção e facilmente compreensível por
humanos. O código-objeto geralmente é escrito em uma linguagem de nível inferior
(chamada linguagem alvo), como linguagem assembly ou linguagem de máquina, para
criar um programa que possa ser executado por uma máquina.

Apresentação geral
Um compilador executa as seguintes operações: análise lexical, pré-processamento (pré-
processador), análise sintáctica (parsing), análise semântica e geração de código
optimizado. A compilação geralmente é seguida por uma etapa de vinculação, para gerar
um arquivo executável. Quando o programa compilado (código-objeto) é executado em
um computador cujo processador ou sistema operacional é diferente do compilador, isso
é chamado de compilação cruzada.

Existem duas opções de compilação:


 Ahead-of-time (AOT), onde o programa deve ser compilado antes de lançar a
aplicação: esta é a situação tradicional.

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 Compilação em tempo real (just-in-time, abreviado como JIT): essa habilidade
apareceu na década de 1980 (por exemplo, com Tcl/Tk).

Características da Linguagem
Algumas das principais características da linguagem C são:
a) linguagem procedural, modular e estruturada, com tipagem estática de dados;
b) geralmente é compilada para o código de máquina da plataforma alvo;
c) gerando código compacto, eficiente e sem necessidade de um subsistema
runtime de execução sofisticado;
d) possui facilidades para acesso de baixo nível à memória, registradores e portas
de E/S;
e) extremamente portável, pode executar em plataformas de microcontroladores a
supercomputadores;
f) é muito utilizada para escrever software de sistema, como sistemas
operacionais, compiladores, serviços de rede, interfaces gráficas, bancos de
dados, editores de texto, jogos, etc;
g) a maior parte das funcionalidades da linguagem provém de vastas bibliotecas,
como a biblioteca padrão C (LibC ou Standard C Library).

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1.3. ESTRUTURA BÁSICA

Em C, um programa passa por uma conversão para linguagem de máquina antes de


ser executado por um compilador C. Para isso, é essencial seguir uma estrutura
específica, um formato padrão.

Formato Padrão
Os arquivos em C devem ser salvos com a extensão .c, por exemplo, ola.c. O formato
básico de um programa em C segue a estrutura:

A expressão #include <stdio.h>


Linhas prefixadas com '#' são Diretivas de Pré-processador. Elas oferecem instruções
ao compilador.
#include é uma diretiva que solicita ao compilador para 'incluir' a fonte mencionada
antes de executar o programa atual.
#include <stdio.h>: 'stdio.h' é um arquivo que contém uma biblioteca de funções
principalmente para 'entrada e saída padrão'. Esta biblioteca é incluída na maioria dos
programas C para exibir e receber entradas. É uma Biblioteca Padrão disponível para
todos os programas.

Exemplos de Funções em stdio.h:


scanf():Usada para escanear ou receber entrada (ler a entrada do usuário).
printf(): Usada para imprimir ou exibir a saída (exibir na tela).

Expressão int main():


main(): É um tipo de função. Uma função é um conjunto de código que recebe entrada
e produz saída. Pode ser chamada por outros segmentos de código. Um 'corpo de

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função' se refere ao conjunto de instruções dentro da função (dentro de {}), executado
quando a função é chamada.
main(): É uma função especial. Quando um programa C é executado, começa a
execução a partir da primeira linha de main(). Assim, main() é uma função obrigatória
em todos os programas C. Não recebe entrada e produz uma saída inteira (int).

1.4. BIBLIOTECAS

A Biblioteca Padrão C é uma coleção agora padronizada de cabeçalhos e rotinas


usadas para implementar operações comuns, como entrada/saída e manipulação de
strings, na linguagem C. Ao contrário de outras linguagens como Pascal e PL/I, C não
inclui palavras-chave para essas tarefas, então quase todos os programas escritos em
C usam a biblioteca padrão, mesmo que apenas para exibir um resultado.

Arquitetura

O nome e a assinatura (o "protótipo" em C) de cada função são descritos em


cabeçalhos que acompanham o código-fonte, enquanto o código-objeto das funções é
separado em uma biblioteca de software, que estará vinculada apenas ao restante do o
programa apenas no momento da edição do link. O nome do cabeçalho e o namespace
tornaram-se comuns. Na maioria das vezes, cada cabeçalho constitui um arquivo
separado, mas a organização das implementações permanece diversa.

A biblioteca padrão foi inicialmente fornecida com o compilador, mas hoje costuma
fazer parte do sistema operacional. Em sistemas Unix, geralmente é encontrado no
diretório /usr/lib/ e possui os nomes libc.a ou libc.so; os arquivos de cabeçalho estão
no diretório /usr/include. No entanto, o compilador sempre sabe onde estão esses
arquivos, portanto não há necessidade de informá-lo.

No Linux, a biblioteca glibc geralmente é usada; no Windows, geralmente é a


biblioteca padrão do Visual C++, chamada MSVCR*.dll, porque está disponível
independentemente do compilador C usado.

Como os compiladores C geralmente oferecem mais recursos do que aqueles


especificados pelos padrões ISO e POSIX C, uma biblioteca padrão fornecida com um
compilador específico é pouco compatível com as bibliotecas padrão de outros
compiladores para funções que não são padronizadas.

Bibliotecas de funções

Todos os programas em linguagem C usam funções das bibliotecas padrão da


linguagem. O conjunto de funções de cada biblioteca é descrito em um arquivo-
interface (= header file), que tem o mesmo nome da biblioteca e sufixo ".h". (Essa
interface também é conhecida como API, ou application programming interface.)

Veja algumas amostras enfeitadas de interfaces das principais bibliotecas padrão C:

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Para ter acesso a uma biblioteca, seu programa deve incluir uma cópia do
correspondente arquivo-interface. Por exemplo, basta escrever

#include <stdlib.h>

para que o pré-processador da linguagem C acrescente uma cópia de stdlib.h ao seu


programa. (No sistema Linux, os arquivos-interface ficam, em geral, no diretório
/usr/include/; mas você não precisa saber disso.)
A documentação das funções de uma biblioteca deveria, idealmente, estar no arquivo-
interface. Na prática, porém, a documentação é mantida à parte. Para consultar a
documentação no sistema Linux, digite “man nome_da_função” no terminal ou
consulte o Function and Macro Index da GNU C Library. A documentação também
pode ser vista no verbete C standard library da Wikipedia e na página C Standard
Library header files de cppreference.com.

Como escrever uma interface para sua própria biblioteca


Veja o seguinte arquivo-interface para uma biblioteca imaginária bib:

O arquivo bib.h deve ser incluído em todos os arquivos-fonte que usam a biblioteca
bib, bem como na implementação bib.c da biblioteca.

1.5. TIPOS DE DADOS

uma visão geral

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Os tipos de dados em C são os valores de dados que um programa C pode processar.
Eles são os blocos básicos de construção de um programa C. Veremos a grande
variedade de tipos de dados disponíveis em C, bem como sua importância e
aplicações.

Os tipos de dados em C referem-se aos vários tipos de dados, como inteiros e


flutuantes, que um programa C pode processar. Cada tipo de dado é representado por
uma palavra-chave específica e é usado em um programa para realizar cálculos,
representar objetos ou armazenar strings.

Motivos dos usos dos tipos de dados:


 Um tipo de dados define como uma determinada operação será executada no
item de dados especificado como seus argumentos, como uma operação
aritmética ou um teste de comparação.

 Os tipos de dados também determinam a quantidade de memória alocada para


armazenar um tipo específico de valor.

 Os tipos de dados são essenciais para a programação C, pois são necessários


para definir os itens usados em qualquer programa.

Os 4 tipos de dados em C
Existem vários tipos de tipos de dados em C, que são:

Tipos de dados básicos em C


Os tipos de dados fundamentais em C, como inteiros, flutuantes, caracteres, etc., são
usados para representar valores simples e são conhecidos como "tipos de dados
básicos".

1. int
O tipo de dados int é usado para armazenar inteiros (números inteiros) como -1, 0, 42,
etc.
Sintaxe:

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Cenários de uso comum do tipo de dados int:
 Contagem: números inteiros são comumente usados para contar objetos ou
eventos discretos. Por exemplo, contar o número de alunos em uma turma, o
número de dias em uma semana, etc.
 Indexação: números inteiros são freqüentemente usados como índices para
acessar elementos em matrizes, listas ou outras estruturas de dados.
 Operações matemáticas: inteiros são usados em cálculos matemáticos como
adição, subtração, multiplicação e divisão.
 Iterações de loop: números inteiros são freqüentemente usados como
contadores de loop em construções de iteração, como loops for e loops while.

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 Alocação de memória: números inteiros são usados para representar
endereços, deslocamentos e tamanhos de memória.
 Códigos de erro e sinalizadores: números inteiros são freqüentemente usados
para representar códigos de erro, sinalizadores de status e valores booleanos.
 Entrada e saída do usuário: números inteiros são comumente usados para
representar a entrada do usuário em teclados, cliques do mouse ou outros
dispositivos de entrada.

2. caractere
O tipo de dados char é usado para armazenar caracteres únicos como 'A', '1' ou '$'. O
caractere deve estar entre aspas simples e devemos usar o especificador de formato
%c para imprimi-lo.

Sintaxe:

Exemplo de tipo de dados char:

Representando caracteres únicos usando valores ASCII


Você também pode usar valores ASCII para exibir determinados caracteres. Aqui,
esses valores não estão entre aspas (' '), pois são números.
Exemplo:

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3. float
O tipo de dados float é usado para armazenar números de ponto flutuante de precisão
simples, que podem representar valores decimais com precisão limitada. O tamanho
deste tipo de dados é de 4 bytes, ou seja, ocupa 4 bytes de memória. Varia entre +/-
3,4E-38F até +/- 1,7E+308F dependendo da arquitetura do sistema.
Sintaxe:

Exemplo:

4. double
O tipo de dados double é usado para armazenar números de ponto flutuante de
precisão dupla, ou seja, 64 bits de números decimais ou pontos flutuantes, que
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oferecem maior precisão do que float para valores decimais. O tamanho deste tipo de
dados é de 8 bytes, ou seja, ocupa 8 bytes de memória. Varia entre 1,7E-308 a
1,7E+308.
Sintaxe:

Exemplo:

5. Float vs Double
 A precisão de um valor de ponto flutuante indica quantos dígitos o valor pode
ter após a vírgula decimal.
 A precisão do float é de seis ou sete dígitos decimais, enquanto as variáveis
duplas têm uma precisão de cerca de 15 dígitos.
 Portanto, é recomendado usar double para a maioria dos cálculos. No entanto,
double ocupa duas vezes mais memória que float (8 bytes versus 4 bytes).

Como definir a precisão decimal em C?


Se você deseja remover os zeros extras de um número de ponto flutuante ou, em
outras palavras, definir a precisão decimal, você pode usar um ponto (.) seguido por
um número que especifica quantos dígitos devem ser mostrados após o ponto decimal.

6. Vazio ou Nulo

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Quando uma função não retorna um valor ou um ponteiro não possui um tipo de dados
específico anexado a ele, C usa o tipo de dados void para expressar isso. É comumente
usado em declarações de funções como um tipo de retorno indicando que a função não
retorna nenhum valor e que simplesmente executa alguma tarefa sem produzir
nenhum resultado.
Sintaxe:

Exemplo:

1.6. VARIÁVEIS

Variáveis em C são unidades de armazenamento que permitem armazenar e manipular


valores. Elas têm um nome único e reservam espaço na memória para armazenar
dados. As regras para definir variáveis incluem:
 Primeiro Caractere: Deve ser uma letra ou um sublinhado.
 Seguir Caracteres: Pode ser seguido por qualquer número de letras, dígitos
ou sublinhados.
 Símbolos Extras: Não são permitidos, além de letras, dígitos e sublinhados.

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 Palavras-Chave: Não podem ser usadas como identificadores.

Exemplos de Nomes de Variáveis:


soma – válido
for1 – válido
for - inválido (é uma palavra-chave)

Convenções de Nomenclatura
As convenções de nomenclatura ajudam na legibilidade e manutenção do código:
 Iniciação: Nomeie variáveis com letras minúsculas.
 Significado: Use identificadores descritivos.
 Separadores: Utilize letras maiúsculas ou sublinhados para separar "palavras"
nos identificadores.
 Constantes Simbólicas: Utilize todas as letras maiúsculas.

Palavras-Chave
Palavras-chave são tokens reservados na linguagem de programação para
funcionalidades específicas. Algumas delas incluem:

Regras para Palavras-Chave:


 Identificadores: Não devem ser usadas como nomes de variáveis, funções,
matrizes, etc.
 Formato: Devem ser escritas em letras minúsculas.
 Significado Fixo: O significado das palavras-chave não pode ser alterado pelo
usuário.

Constantes em C
As constantes são valores fixos que não mudam durante a execução do programa. Elas
incluem vários tipos:
 Constante Inteira: Números sem ponto decimal, podendo ser decimais, octais
ou hexadecimais.
 Constante Real/Ponto Flutuante: Números com partes fraccionárias
representados em forma fraccionária ou exponencial.
 Constante de Caractere: Símbolos associados a um valor ASCII.
 Constante de Barra Invertida: Sequências especiais de caracteres com
efeitos especiais de impressão.
 Constante de String: Sequência de caracteres entre aspas duplas.

Inicialização de Variáveis
As variáveis podem ser inicializadas com valores iniciais ao serem declaradas:

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É aconselhável documentar variáveis inicializadas com comentários que descrevam
sua função ou uso no programa.

1.7. OPERADORES
Os operadores são símbolos que instruem o computador a realizar manipulações
matemáticas ou lógicas. Eles são utilizados em programas para manipular dados e
variáveis.

Tipos de Operadores em C

1. Operadores Aritméticos: Realizam operações matemáticas básicas, como


adição, subtracção, multiplicação, divisão e módulo.

2. Operadores Relacionais: Usados para comparar valores e retornam verdadeiro


ou falso. Exemplos incluem igual a, diferente de, maior que, menor que, entre
outros.

3. Operadores Lógicos: Realizam operações lógicas entre expressões booleanas.


Incluem operadores AND, OR e NOT.

4. Operadores de Atribuição: Utilizados para atribuir valores a variáveis. O


operador de atribuição básico é "=", mas existem operadores abreviados, como
"+=", "-=", "*=", entre outros.

5. Operadores de Incremento e Decremento: Incrementam ou decrementam o


valor de uma variável em uma unidade.

6. Operadores Condicionais (Ternários): Oferecem uma maneira concisa de


escrever instruções condicionais.

7. Operadores Bit a Bit: Operam em nível de bits e são usados para manipulação
directa de dados binários.

Os separadores:
Em nossa linguagem escrita, palavras diferentes são separadas por espaço, sinal de
pontuação ou final de linha.
Na linguagem C é a mesma coisa, dois identificadores sucessivos entre os quais a
sintaxe não impõe nenhum sinal particular devem ser separados por uma virgula ou
por um ponto-e-vírgula.
Exemplo:

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1.8. COMANDOS DE ENTRADA E SAÍDA DE DADOS

1.8.1 SAÍDA FORMATADA E A FUNÇÃO printf()


Um aspecto fundamental na programação é a saída de informações. A função printf()
em C permite a exibição de dados formatados no monitor do computador. Para utilizar
essa função, é necessário incluir a biblioteca padrão stdio.h no início do seu programa.

Impressão Simples
Para imprimir uma mensagem simples na tela, utilize a função printf() da seguinte
maneira:

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Sequências de Escape em C
As sequências de escape são uma série de caracteres que representam caracteres
especiais. O caractere de barra invertida (\) indica que os caracteres seguintes devem ser
tratados de forma especial. Em C, as sequências de escape são usadas para imprimir
certos caracteres especiais. Algumas das sequências de escape comuns são:

Aqui está um exemplo de uso dessas sequências de escape:

saída:

Impressão de Valores
A função printf() também é utilizada para imprimir valores de variáveis utilizando
formatos específicos. Por exemplo:

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Além do formato %d para inteiros, há vários outros especificadores de formato para
diferentes tipos de dados, como %f para floats, %c para caracteres, %s para strings,
entre outros.

Realizando Operações em printf()


Você pode realizar operações em printf() directamente, veja o exemplo:

A saída:

Opções de Formatação em printf()


É possível especificar a largura e precisão dos números e strings conforme são
impressos. Por exemplo:

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O exemplo acima demonstra a utilização de diferentes formatos para imprimir variáveis
com espaços de largura específicos e precisão para números de ponto flutuante.
A função printf() em C é uma ferramenta poderosa para imprimir informações
formatadas e exibir dados no console de forma organizada e legível. Utilizando
correctamente os especificadores de formato e as sequências de escape, é possível
controlar a aparência da saída para atender às necessidades do programa.

1.8.2 ENTRADA FORMATADA E A FUNÇÃO scanf()


Assim como a função printf() é utilizada para exibir informações formatadas, a função
scanf() em C é empregada para receber entrada formatada do usuário. Para utilizar essa
função, também é necessário incluir a biblioteca padrão stdio.h no início do seu
programa.

Recebendo Entradas Simples


A função scanf() é utilizada para ler dados digitados pelo usuário. Por exemplo:

Neste exemplo, %d é um especificador de formato usado para ler um valor inteiro e


&num é o endereço da variável num onde o valor digitado pelo usuário será
armazenado.

Lendo Múltiplos Valores


Você pode ler múltiplos valores com um único comando scanf(). Veja um exemplo:

Neste exemplo, %d %d especifica a leitura de dois valores inteiros separados por um


espaço em branco.

Lendo Caracteres e Strings


Além de números inteiros, a função scanf() pode ler caracteres e strings. Veja um
exemplo:

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A leitura de caracteres individuais é feita usando %c, enquanto a leitura de strings
(sequências de caracteres sem espaços) é realizada utilizando %s. Vale notar que não é
necessário utilizar & antes de %c e %s para ler caracteres e strings, respectivamente.

Lendo Dados de Ponto Flutuante


Para ler valores de ponto flutuante, use %f no scanf():

Lendo Dados no Formato Hexadecimal


Para ler valores no formato hexadecimal, use %x ou %X:

A função scanf() é uma ferramenta importante para receber entrada formatada do


usuário em programas em C. Utilizando corretamente os especificadores de formato, é
possível ler diferentes tipos de dados, incluindo inteiros, caracteres, strings, valores de
ponto flutuante e valores hexadecimais.

1.9. COMENTÁRIOS
Como qualquer linguagem avançada, a linguagem C permite a presença de comentários
no programa fonte, este é um texto explicativo destinado aos leitores do programa que
não têm impacto na sua compilação.

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Os comentários são compostos por caracteres colocados entre os símbolos //..... ou
/* ...e... */, podendo aparecer em qualquer lugar do programa; mas em geral
escolheremos um local legível.
Exemplo:

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