MZ Government Gazette Series I Supplement No 2 Dated 2005 11 22 No 46
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MZ Government Gazette Series I Supplement No 2 Dated 2005 11 22 No 46
BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
2.° SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Art. 2. O preenchimento de quadro de pessoal do Tribunal
Administrativo depende da existência da disponibilidade
financeira.
AVISO Art.3.É revogado o Decreto n.° 32/2000, de 10 de Outubro.
A matéria a publicar no «Boletim da República» Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 11 de Outubro
deve ser remetida em cópia devidamente autenticada, de 2005.
uma por cada assunto, donde conste, além das indica- Publique-se.
ções necessárias para esse efeito, o averbamento A Primeira-Ministra, Luisa Dias Diogo
seguinte, assinado e autenticado: Para publicação no
«Boletim da República».
Regulamento das carreiras profissionais
do Tribunal Administrativo
SUMÁRIO CAPÍTULO I
Conselho de Ministros: Disposições gerais
Aprova o Regulamento das Carreiras Profissionais do Tribunal 1. O disposto neste Regulamento aplica-se aos funcionários
Administrativo e o respectivo quadro de pessoal. do Tribunal Administrativo.
2. Aos trabalhadores eventuais aplica-se o regime a estabelecer
Decreto n.° 46/2005: contratualmente, observando-se o disposto no Estatuto Geral
Aprova o Estatuto do Instituto Nacional da Acção dos Funcionários do Estado e demais normas pertinentes.
Social (INAS).
ARTIGO 2
(Direcção)
O INAS tem por atribuição a prestação da assistência social
aos grupos ou indivíduos vivendo em situação de pobreza absoluta 1. O INAS é dirigido por um Director, coadjuvado por um
e impedidos de, por meios próprios, conseguir a satisfação das Director Adjunto nomeados pela Ministra da Mulher e da Acção
suas necessidades básicas. Social.
2. São competências do Director; e) Elaborar propostas de manuais de procedimentos dos
а) Assegurar o funcionamento do INAS e das unidades programas e projectos de desenvolvimento;
f) Estabelecer parcerias.com instituições públicas, privadas
sociais de acordo com as normas e regulamentos
e com demais entidades para a implementação
estabelecidos pelos órgãos competentes.
de programas e projectos de desenvolvimento.
b) Propor à Ministra da Mulher e da Acção Social a nomeação
dos chefes de departamento central e delegados do ARTIGO 8
INAS; (Departamento de Assistência Social)
c) Assegurar o cumprimento dos planos e programas
da instituição de acordo com a política do sector Sao funções do Departamento de Assistência Social:
da mulher e da acção social; a) Conceder assistência aos indivíduos ou agregados
d) Remeter aos órgãos competentes as propostas familiares chefiados por pessoas permanentemente
de orçamentos, planos e projectos dó INAS bem incapacitadas para o trabalho, vivendo em estado
como os relatórios de prestação de contas; de pobreza absoluta;
e) Assegurar o crescimento e desenvolvimento organiza- b) Conceder apoio social directo aos indivduos ou grupo
cional do INAS e da sua rede de instituições; de indivíduos vivendo em situação de pobreza
f ) Exercer o poder disciplinar sobre os funcionários do absoluta;
INAS e das Unidades Sociais, dentro dos limites c) Propor e executar programas de assistência social em
estabelecidos por lei; coordenação com outras organizações que trabalham
g) Realizar as demais tarefas que lhe sejam acometidas nesta área;.
pela Ministra da Mulher e da Acção Social ou d) Elaborar propostas de manuais de procedimentos no
por lei. âmbito da assistência social, em função da evolução
socio-económica do país;
3Competeao Director Adjunto: e) Estabelecer parcerias com instituições públicas, privadas
a) Substituir o director nas suas ausências eImpedimentos; e com demais entidades na realização de acções
b) Exercer as demais competências fixadas por lei ou que de assistência- social;
por delegação lhe forem atribuídas. f) Garantir a gestão das unidades sociais públicas,
nomeadamente os infantários, centros de apoio à velhice
SECÇÃO II e os centros de trânsito responsáveis pelo acolhimento
Departamentos e suas funções temporário da criança, da pessoa portadora de
deficiência, do idosoe de outros grupos alvo do sector.
ARTIGO 6
ARTIGO 9,
(Enumeração)
(Departamento de Recursos Humanos)
O INAS tem os seguintes departamentos:
São competências do Departamento de Recursos Humanos:
a) Departamento de Programas de Desenvolvimento;
a) Coordenar a administração e gestão dos recursos
b) DepartamentodeAssistência Social; humanos do INAS;
b) Implementar e controlar o c)
sistema de informação de pessoal D
d) Departamento de Administração e Finanças; relativo ao INAS a nível central e local;
e) Departamento de Planificação e Estatística; c) Controlar a aplicação das normas relativas à política
f ) Departamento de Cooperação e Relações Públicas. salarial aprovada;
d) Prestar orientação técnica às delegações na planificação,
ARTIGO 7 gestão e elaboração dos quadros de pessoal;
(Departamento de Programas de Desenvolvimento) e) Implementar as disposições legais constantes do Estatuto
Geral dos Funcionários do Estado e zelar pelo seu
São funções do Departamento de Programas de Desen- cumprimento;
volvimento: f) Assegurar a implementação das políticas de formação
e o cumprimento integral das normas e regulamentos
a) Conceber e executar programas e projectos de em vigor;
desenvolvimento em coordenação com organizações g) Planificar, dirigir e promover a formação dos funcionários;
que trabalham nesta área atendendo as perspectivas h) Acompanhar e avaliar o impacto das acções de formação
do género, HIV/SIDA e violência e tendo em conta as realizadas ao nível central e local;
tecnologias e experiências comunitárias existentes; i) Elaborar a estatística da evolução do desenvolvimento
b) Desenvolver capacidades para a implementação da formação;
de programas e projectos pilotos em coordenação j) Implementar acções para a mitigação do impacto
com outras organizações e instituições afins, tendo do HIV/SIDA no seio dos funcionários do INAS.
em vista a perspectiva de género, as questões
de HIV/SIDA e violência; ARTIGO 10
c) Realizar acções de capacitação das comunidades e seus (Departamento de Planificação e Estatística)
grupos alvo em matérias específicas de acções no São funções do Departamento de Planificação e Estatística:
âmbito dos programas do INAS;
d) Propor a adopção de critérios de elegibilidade a) Dirigir o processo de planificação do INAS;
e modalidades de concessão de apoio às comunidades, b) Elaborar o plano e orçamento do INAS, de acordo com
pessoas,ougrupos na implementação de programas; as metodologias em vigor;
c) Participar na investigação ou pesquisas para avaliar o j) Apoiar as delegações na gestão dos recursos financeiros,
impacto produzido pelos programas do INAS nos seus materiais e patrimoniais do INAS;
grupos alvo para melhorar as estratégias de intervenção; k) Participar na negociação de acordos de cooperação
d) Participar na realização de consultorias, estudos e financeira com os parceiros de cooperação.
pesquisas em áreas relevantes para o INAS;
e) Gerir o sistema de informação estatística do INAS e garantir CAPITULO III
a retro informação; Dos Colectivos
f) Preparar e organizar a realização das sessões do Conselho
Consultivo Alargado e outros eventos em conformidade ARTIGO 13
com as instruções do Director do INAS; (Colectivos)
g) Definir indicadores para a avaliação objectiva dos
resultados obtidos na implementação dos programas No INAS funcionam os seguintes colectivos:
e projectos, em coordenação com os departamentos a) O Conselho Consultivo;
intervenientes; b) O Conselho Consultivo Alargado.
h) Definir as metodologias de elaboração de planos dos
ARTIGO 14
departamentos e orientar as delegações na sua
operacionalização; (Conselho Consultivo)
i) Articular-se com os departamentos intervenientes na 1. O Conselho Consultivo do INAS é um órgão de consulta e
produção de propostas de planos de execução de apoio ao Director que tem por função analisar e emitir pareceres
programas e projectos integrados; sobre questões relativas às actividades do INAS.
j) Elaborar a revista e o boletim informativo. 2. O Conselho Consultivo do INAS é dirigido pelo director e
tem a seguinte constituição:
ARTIGO 11
a) Director;
(Departamento de Cooperação e Relações Públicas)
b) Director-Adjunto;
São funções do Departamento de Cooperação e Relações c) Chefes de Departamentos.
Públicas: 3. Podem participar nas sessões do Conselho Consultivo outros
a) Identificar oportunidades de cooperação e de angariação quadros do INAS, quando convidados pelo Director, consoante
de recursos junto dos parceiros para a implementação a natureza dos assuntos a tratar.
dos programas e projectos; 4. O Conselho Consultivo reúne-se ordinariamente de quinze
b) Participar no processo de execução e avaliação dos em quinze dias e extraordinariamente, quando convocado pelo
programas, projectos e acordos de cooperação com Director.
os diferentes parceiros;
ARTIGO 15
c) Definir mecanismos de relacionamento com os parceiros
que trabalham com os grupos alvo do INAS; (Conselho Consultivo Alargado)
d) Garantir a divulgação da revista e o boletim informativo. 1. O Conselho Consultivo Alargado é convocado e dirigido
pelo Director do INAS, reunindo-se ordinariamente uma vez por
ARTIGO 12
ano, com funções idênticas às do colectivo referido no artigo
(Departamento de Administração e Finanças) anterior.
São funções do Departamento de Administração e Finanças: 2. O Conselho Consultivo Alargado é constituído pelos se-
guintes membros:
a) Participar na elaboração do orçamento do INAS e executá-
-lo de acordo com as normas estabelecidas; a) Director;
b) Director Adjunto;
b) Controlar a aplicação dos fundos alocados aos projectos
c) Chefes de Departamento Central;
do INAS;
d) Delegados;
c) Prestar informações sobre a execução orçamental às e) Chefes de Repartição Central.
entidades competentes; 3. Podem participar nas sessões do Conselho Consultivo
d) Registar e manter actualizadas as informações próprias Alargado outros quadros ou funcionários do INAS, quando
dos livros de contabilidade da instituição; convidados pelo Director, consoante a natureza dos assuntos
e) Elaborar os relatórios financeiros do INAS; a tratar.
f) Gerir e controlar o património do INAS, manter o inventário
actualizado do mesmo, garantindo a sua correcta utili- CAPITULO IV
zação, manutenção, protecção, segurança e higiene; Das receitas e despesas
g) Assegurar a recepção, circulação e arquivo da cor- ARTIGO 16
respondência dirigida ao INAS;
(Receitas)
h) Avaliar as necessidades de equipamento e material diverso
de consumo, incluindo material de escritório e proceder Constituem receitas do INAS:
à sua compra e gestão nos termos regulamentares; a) As dotações do Orçamento do Estado;
i)Dirigir o processo de aquisição de bens e serviços para b) As contribuições, donativos, doações ou subsídios
o correcto funcionamento do INAS, propondo e imple- de entidades públicas ou privadas, nacionais ou
mentando as normas aplicáveis a esta matéria; estrangeiras;
c) Os bens ou valores recebidos por herança ou legado; ARTIGO 2
d) As contribuições resultantes dos apoios ao abrigo Capital seguro
da Lei de Mecenato.
1. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o capital
ARTIGO 17 mínimo obrigatoriamente seguro, por sinistro e anuidade, nos
(Despesas) termos e para os efeitos do artigo 3 da Lei n° 2/2003, de 21
Constituem despesas do INAS as seguintes: de Janeiro, é, relativamente a terceiros lesados não transportados
no veículo seguro, de 300 000 000,00 MT (trezentos milhões de
a) Os encargos com o respectivo funcionamento; Meticais), sendo, nos seguros que se reportam a provas
b) Encargos com a execução de programas e projectos;
c) As despesas com a aquisição, manutenção e conservação desportivas de 500 000 000,00 MT (quinhentos milhões
de bens ou serviços necessários ao seu funciona- de meticais).
mento; 2. No caso do seguro de veículo que se dedica ao transporte
d) Os encargos com estudos relacionados com o seu objecto. colectivo e semi colectivo de passageiros, estabelece-se o limite
máximo de indemnização de 20 000 000,00 MT (vinte milhões de
Meticais) por passageiro, sendo o correspondente capital adi-
Decreto n.° 47/2005 cional ao previsto no número anterior fixado com base na seguinte
fórmula:
Tornando-se necessário regulamentar a Lei n° 2/2003, de 21
de Janeiro, relativa às alterações ao Código da Estrada, no que Lotação máxima do veículo, multiplicada pelo limite máximo
concerne ao seguro de automóveis, ao abrigo do disposto de indemnização por passageiro.
no n° 2 do artigo 7 da referida Lei, o Conselho de Ministros 3. Na regularização dos sinistros ter-se-á em consideração
decreta: o princípio da primazia dos danos corporais sobre os danos
materiais.
ARTIGO 1
ARTIGO 3
É aprovado o Regulamento da Lei n° 2/2003, de 21 de Janeiro,
Seguro de provas desportivas
que introduz alterações ao Código da Estrada no que concerne
ao seguro de automóveis, em anexo e que faz parte integrante 1. Quaisquer provas desportivas de veículos terrestres a motor
do presente Decreto. e respectivos treinos oficiais só poderão ser autorizados mediante
a celebração prévia de um seguro, feito casuisticamente, que
ARTIGO 2
garanta a responsabilidade civil dos organizadores, dos
Compete ao Ministro das Finanças, ouvido o Ministro dos proprietários dos veículos e dos seus detentores e condutores,
Transportes e Comunicações, proceder ao reajustamento dos relativamente a acidentes que possam ser causados por
valores do capital mínimo do seguro obrigatório de esses v eículos.
responsabilidade civil automóvel, estabelecidos no Regulamento 2. Compreendem-sé nas exclusões previstas no artigo 4 da
em anexo. Lei n° 2/2003, de 21 de Janeiro, os danos causados aos
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 22 de Novembro participantes e respectivas equipas de apoio e aos veículos por
de 2005. aqueles utilizados, bem como os .causados à entidade organi-
Publique-se. zadora e pessoal ao seu serviço ou a quaisquer seus colabora-
dores.
A Primeira-Ministra, Lulsa Dias Diogo. 3. Quando se verifiquem dificuldades especiais na celebração
de contratos de seguro de provas desportivas, a Inspecção Geral
Regulamento da Lei n.° 2/2003, de 21 de Janeiro, de Seguros (IGS)definirá os critérios de aceitação e realização de
que introduz alterações ao Código da Estrada, tais seguros.
no que concerne ao seguro de automóveis
CAPÍTULO II
CAPÍTULO I
Contrato de seguro e respectiva prova
Disposições gerais
ARTIGO 4
ARTIGO 1
Contratação do seguro
Âmbito territorial do seguro
1. As entidades habilitadas ao exercício da actividade
1. O seguro obrigatório previsto na Lei n°2/2003, de 21 seguradora, legalmente autorizadas a explorar o ramo "Automóvel",
de Janeiro, abrange apenas a responsabilidade civil automóvel só poderão contratar o seguro obrigatório de responsabilidade
decorrente da circulação de veículos no território nacional. civil automóvel nos termos previstos na Lei, no presente
2. O seguro obrigatório aludido no número anterior poderá Regulamento e nas respectivas condições da apólice uniforme
abrangera responsabilidade civil automóvel decorrente da definida pela IGS.
circulação de veículos nos países limítrofes, nos casos em que 2. Mediante convenção expressa no contrato de seguro,
haja, para o efeito, acordo. que estabeleça tratamento de poderão as partes estabelecer uma franquia, não sendo, porém,
reciprocidade entre a República de Moçambique e os referidos esta limitação de garantia oponível aos lesados ou aos seus
países. herdeiros.
ARTIGO 5 pagamento dos prémios ou fracções em dívida, correspondentes
Condições especiais de aceitação dos contratos ao período em que o contrato esteve em vigor, sem prejuízo das
penalidades contratualmente estabelecidas.
1. Sempre que a aceitação do seguro seja recusada, pelo menos,
por três entidades habilitadas ao exercício da actividade seguradora, ARTIGO 1 0
o proponente do seguro poderá recorrer à IGS para que esta
defina as condições de aceitação e realização do seguro, por Prémios d e seguro em dívida
várias entidades habilitadas, em regime de co-séguro. 1. As entidades habilitadas ao exercício da actividade
2. As entidades indicadas pela IGS, nos termos do número seguradora podem recusar a aceitação de um contrato de seguro
anterior, ficam obrigadas a aceitar o referido seguro, nas condições se o risco a segurar já esteve coberto, total ou parcialmente,
por esta definidas, sob pena de lhes ser suspensa a exploração por contrato de seguro relativamente ao qual existam
do ramo " Automóvel" durante um período de seis meses a três
quaisquer quantias em dívida, nos termos dos artigos
anos, se sanção maior não couber.
anteriores, salvo se o tomador tiver invocado excepção
3. Os contratos celebrados de acordo com as condições
de não cumprimento do mesmo contrato.
estabelecidas neste artigo não são passíveis de mediação.
2. Para efeitos do disposto no número anterior, todas
ARTIGO 6 as propostas de contrato de seguro devem incluir uma declaração
Cobertura de riscos do tomador de seguro sobre se o risco que pretende segurar
já esteve coberto ou não, total ou parcialmente, por algum contrato
Sem prejuízo do disposto no n.° 3 do artigo 7, a cobertura
relativamente ao qual existam quaisquer quantias em dívida,
de riscos somente se verifica a partir do momento do pagamento
do prémio ou fracção inicial, devendo o seur início constar nos termos dos artigos anteriores.
expressamente das condições particulares da apólice. 3. As entidades habilitadas ao exercício da actividade
seguradora, por si ou através das suas associações repre-
ARTIGO 7 sentativas, poderão instituir mecanismos que permitam
Aviso para pagamento de prémios ou fracções identificar os tomadores de seguros que, sem fundada justificação,
subsequentes não satisfizerem as suas obrigações de pagamento relativamente
1. A entidade habilitada ao exercício da actividade seguradora aos contratos de seguro que celebrarem.
é obrigada, até trinta dias úteis antes da data em que os prémios
ou fracções subsequentes sejam devidos, a avisar, por. ARTIGO 11