Texto Velho Do Projeto
Texto Velho Do Projeto
Texto Velho Do Projeto
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DA ABRANGÊNCIA
Art. 1º. Esta lei dispõe sobre o Estatuto, Plano de Carreira e Remuneração do
Magistério do Município de São Sebastião, nos termos da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional.
§ 1º. O disposto nesta lei integra-se, complementarmente, ao disposto na
legislação que dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Município
de São Sebastião, tendo em vista as situações específicas dos profissionais da
Educação.
§ 2º. Para os efeitos desta Lei, estão abrangidos os docentes e os
especialistas em educação que desenvolvem atividades de ministrar, planejar,
executar, avaliar, dirigir, orientar, coordenar e supervisionar o ensino.
§ 3º. Os cargos do Magistério Público Municipal de São Sebastião, a
quantidade, a descrição das atribuições e os requisitos estão dispostos nesta lei.
CAPÍTULO II
DOS CONCEITOS BÁSICOS
Art. 2º. Para fins de aplicação desta lei considera-se:
I – Quadro do Magistério Público Municipal: o conjunto de cargos públicos
destinados ao exercício da docência e de suporte pedagógico à docência, em
exercício na Secretaria Municipal de Educação;
II - Docência: atividade de ensino, através da relação direta com o estudante;
III - Suporte Pedagógico: conjunto de atribuições relativas às atividades de
planejamento, execução, controle e avaliação dos programas, projetos e ações
pedagógicas que visem à melhoria do desempenho da Rede Municipal de Ensino;
IV - Rede Municipal de Ensino: conjunto de órgãos integrados, composto
pelas unidades escolares e administrativas da Secretaria Municipal da Educação,
Conselho Municipal de Educação, Conselho de Alimentação Escolar e Conselho de
Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB;
V - Profissionais do Magistério: servidores públicos vinculados ao Quadro
do Magistério Público Municipal na forma desta Lei, designados ou não para funções
de suporte pedagógico;
VI - Atividades do Magistério: atribuições comuns aos servidores públicos
integrantes do magistério que ministram aulas, planejam, dirigem, coordenam,
supervisionam e/ou orientam o processo de ensino e aprendizagens, quando
exercidas nos estabelecimentos de educação básica, nos segmentos da educação
infantil, ensino fundamental, médio e no Departamento de Ensino da Secretaria da
Educação, em seus diversos níveis e modalidades;
VII - Unidade Escolar: unidade responsável pela execução de práticas da
docência e de suporte pedagógico à docência, em cumprimento à legislação
educacional vigente.
CAPÍTULO III
DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE SÃO
SEBASTIÃO
Art. 3º. A Educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios da
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, visa o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
Art. 4º. A Rede Municipal de Ensino tem como princípios básicos:
I - gestão democrática da educação;
II - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
III - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - aprimoramento da qualidade do ensino público municipal;
VI - valorização da experiência extraescolar;
VII - garantia de padrão de qualidade;
VIII -valorização dos profissionais da Educação;
IX - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;
X - escola pública, gratuita e de qualidade para todos os munícipes
indistintamente;
XI - formação permanente e sistemática de todo o pessoal do magistério;
XII - consideração com a diversidade étnico-racial;
XIII - o respeito ao educando, que deve ser considerado agente do processo
deconstrução do conhecimento.
TÍTULO II
ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
CAPÍTULO I
DO QUADRO DO MAGISTÉRIO
Art. 5º. Consideram-se integrantes do quadro de cargo ou função de
docentes:
I. Professor de Educação Básica;
II. Professor de Educação Básica - Especialista;
III. Professor de Educação Especial – Apoio a Inclusão;
IV. Professor de Educação Básica – Substituto.
Parágrafo único. Os docentes integrantes do quadro do magistério poderão
atuar na sede da Secretaria Municipal da Educação, observado o interesse público,
obedecendo ao que dispõe esta lei sobre afastamentos.
Art. 6º. Consideram-se integrantes do quadro de cargo ou função de suporte
pedagógico:Supervisor de ensino;
I. Diretor de unidade escolar;
II. Vice-diretor de unidade escolar;
III. Coordenador Pedagógico;
IV. Coordenador Psicopedagógico.
Parágrafo único. A quantidade de cargos por unidade escolar será
regulamentada por ato normativo expedido pela Secretaria Municipal da Educação.
CAPÍTULO II
DO PROFESSOR SUBSTITUTO
Art. 7º. O cargo de Professor Substituto destina-se à substituição de docentes
durante impedimentos e ausências, tendo primazia na substituição dos professores
titulares, quando do afastamento por qualquer motivo, após o término de todas as
fases de atribuição.
Art. 8º. Os Professores Substitutos terão os mesmos direitos quanto à
evolução de carreira, procedimentos quanto à atribuição de aula, sendo classificados
em lista para substituições do titular da classe para as seguintes situações:
I - licença e afastamento do titular da classe a qualquer título;
II - expansão da rede municipal de ensino;
III - vacância de cargo.
§ 1º. Não poderá haver convocação de professor temporário, se houver
disponibilidade de professor substituto habilitado na Rede Municipal de Ensino,
respeitado o direito de acúmulo de cargo.
§ 2º. Neste processo será respeitada a possibilidade de acúmulo de cargo do
professor substituto quando ele for detentor de outro cargo de professor na rede
pública de ensino.
§ 3º. Nos casos em que ocorra expansão da rede e vacância do cargo, o
exercício da substituição de docente somente será permitido quando:
I - não houver candidato habilitado em concurso público em andamento;
II – ou até que ocorra ingresso em decorrência de novo concurso público.
Art. 9º. Aplica-se ao cargo de Professor Substituto, no que couber, as
atribuições e responsabilidades inerentes ao exercício da docência, bem como os
direitos e deveres fixados nesta lei.
Parágrafo Único. O processo de contagem de pontos e atribuição de aulas
serão realizados com as mesmas regras previstas por essa lei para o docente efetivo,
em lista separada e depois de concluído o processo regular de atribuição de aulas
para os docentes efetivos.
Art. 10. O Professor Substituto, independentemente do período ou forma de
substituição, ou mesmo em decorrência de carga suplementar de trabalho, desde que
atue no desenvolvimento de suas atividades com educandos, terá o pagamento da
hora aula baseado no seu vencimento basico.
TÍTULO III
DA JORNADA DE TRABALHO
CAPÍTULO I
DA CONSTITUIÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DOCENTE
Art.11. Para os cargos previstos nos Incisos I e II, do artigo 5º, a jornada de
trabalho será de 27 horas/aulas semanais assim distribuídas:
I - 18 (dezoito) horas/aulas semanais para desempenho das atividades de
interação com os alunos;
II - 09 (nove) horas/aulas semanais de trabalhos pedagógicos assim
distribuídos:
a) 02 horas/aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo na Unidade Escolar;
b) 02 horas/aulas de Trabalho Pedagógico Individual na Unidade Escolar;
c) 05 horas/aulas em atividades atinentes as atribuições do cargo que ocupa,
em local de livre escolha, sendo 02 (duas) horas/aulas passíveis de convocação para
formação continuada.
Art. 12. Para o cargo previsto no Inciso IV do artigo 5°, a jornada de trabalho
será de 15 horas/aulas semanais assim distribuídas:
I - 10 (dez) horas/aulas semanais para desempenho das atividades de
interação com os alunos;
II - 05 (cinco) horas/aulas semanais de trabalhos pedagógicos assim
distribuídos:
a) 02 horas/aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo na Unidade Escolar;
b) 01 horas/aulas de Trabalho Pedagógico Individual na Unidade Escolar;
c) 02 horas/aulas em atividades atinentes as atribuições do cargo que
ocupa, em local de livre escolha, sendo 02 (duas) horas/aulas passíveis de
convocação para formação continuada.
Art. 13. Para os cargos previstos no Inciso III do artigo 5º, a jornada de
trabalho será de 36 horas/aulas semanais assim distribuídas:
I - 24 (vinte e quatro) horas/aulas semanais para desempenho das atividades
de interação com os alunos;
II - 12 (doze) horas/aulas semanais de trabalhos pedagógicos assim
distribuídos:
a) 02 horas/aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo na Unidade Escolar;
b) 06 horas/aulas de Trabalho Pedagógico Individual na Unidade Escolar;
c) 04 horas/aulas em atividades atinentes as atribuições do cargo que
ocupa, em local de livre escolha, sendo 02 (duas) horas/aulas passíveis de
convocação para formação continuada.
Art. 14. Na atribuição de carga suplementar, o professor terá direito ao
recebimento das horas semanais de trabalho pedagógico, conforme o disposto no
Anexo II.
Art. 15. Entende-se por jornada semanal de trabalho, o conjunto de
horas/aulas em atividades com alunos, horas/aulas de trabalho pedagógico individual
na escola, horas/aulas de trabalho pedagógico coletivo na escola e horas/aulas de
atividades pedagógicas livres.
Art. 16. As Horas/aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo na escola serão
utilizadas para reunião destinadas: à preparação de trabalho didático, à colaboração
com a administração da unidade escolar, às reuniões pedagógicas, à articulação com
a comunidade e ao aperfeiçoamento profissional, de acordo com a proposta
pedagógica de cada unidade escolar, e a outras atividades pedagógicas e de estudo,
de caráter coletivo, organizadas pelo estabelecimento de ensino, bem como para
atendimento a pais de alunos.
Art. 17. As Horas/aulas de Trabalho Pedagógico Individual na escola deverão
ser realizadas fora do período de atividades com alunos.
Art. 18. A razão de 1/3 da jornada semanal destinada a atividades extraclasse
será considerada também para fins do cômputo de valores a serem descontados em
pecúnia do docente em situação de faltas injustificadas.
Art. 19. A distribuição do trabalho do profissional do Quadro do Magistério,
observada a jornada semanal de trabalho é de responsabilidade da unidade escolar
ou administrativa, e deve estar articulada com o projeto político-pedagógico da escola
com acompanhamento da Secretaria Municipal da Educação.
Art. 20. A hora/aula tem sua duração fixada conforme a matriz curricular da
Rede Municipal de Ensino.
Art. 21. Aplica-se o disposto nesta lei, no que couber, ao pessoal contratado
por tempo determinado.
CAPÍTULO II
DOS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO PARA CLASSIFICAÇÃO DOCENTE
Art. 22. Os critérios de pontuação terão por finalidade garantir a classificação
dos professores da Rede Municipal de Ensino de São Sebastião.
Art. 23. Os critérios de pontuação para classificação, válidos para todos os
processos de movimentação docente, serão:
I - tempo de serviço público no magistério;
II - títulos de formação e capacitação profissional, sendo:
a) pós-graduação lato sensu, na área de educação;
b) pós-graduação stricto sensu – mestrado, na área de educação;
c) pós-graduação stricto sensu – doutorado, na área de educação;
d) licenciatura na área de educação, não exigida para o exercício do cargo;
e) cursos sequenciais, de aperfeiçoamento, extensão ou capacitação na sua
área de atuação.
Art. 24. A pontuação do profissional efetivo do magistério da rede pública
municipal de São Sebastião será calculada obedecendo aos critérios abaixo:
I - a data base será a partir da data de admissão e até trinta de junho,
imediatamente anterior à atribuição;
II - tempo de serviço no Magistério Público na Prefeitura de São Sebastião:
para cada ano de serviço serão atribuídos 200 (duzentos) pontos; considera-se a
razão direta o valor de 16,7 (dezesseis inteiros e sete décimos) pontos para cada mês
excedente ao ano e 0,55 (cinqüenta e cinco centésimos) pontos para cada dia.
III - em situação de acúmulo lícito de cargos docentes, o tempo será contado
no cargo objeto de cada classificação;
IV - certificados de cursos de pequena duração com carga horária mínima de
60 (sessenta) horas: 0,25 (vinte cinco centésimos) pontos por hora de curso até o
limite de 100 (cem) pontos.
V - licenciatura, correlato à disciplina para qual é habilitado/qualificado ou na
área da educação: 300 (trezentos) pontos por curso, não cumulativo;
VI - curso de pós-graduação lato sensu com carga horária igual ou superior a
360 (trezentos sessenta) horas, com relação à disciplina para qual é
habilitado/qualificado: 150 (cento e cinquenta) pontos por curso até no máximo de 300
(trezentos) pontos;
VII - conclusão de Mestrado com titulação, correlato à disciplina para qual é
habilitado/qualificado: 600 (seiscentos) pontos, não cumulativos;
VIII - conclusão de Doutorado com titulação, correlato à disciplina para qual é
habilitado/qualificado: 900 (novecentos) pontos, não cumulativos;
§ 1º. Para os fins do Inciso IV deste artigo consideram-se de pequena
duração, os cursos realizados nos últimos 5 (cinco) anos contados a trinta de junho
imediatamente anterior à atribuição.
§ 2º. Não serão pontuados os cursos exigidos para ingresso no cargo;
§ 3º. O professor afastado para assumir cargo comissionado terá sua
contagem de tempo suspensa.
§ 4º. A avaliação dos cursos, específicos na área de educação, serão
validados pela Comissão.
§ 5º. Os certificados e diplomas deverão conter a carga horária efetivamente
realizada, contendo o início e término do período, sob pena de não serem
considerados para efeito de pontuação.
Art. 25. O período em que o professor ministrou aulas na rede pública
estadual ou municipal de São Sebastião, anteriormente a sua efetivação na Prefeitura
de São Sebastião, terá o seguinte cômputo: para cada ano de serviço serão atribuídos
10 (dez) pontos.
Parágrafo único. Considerando-se a razão direta o valor de 0,84 (oitenta e
quatro centésimos) pontos para cada mês excedente ao ano e 0,03 (três centésimos)
pontos para cada dia.
Art. 26. Para fins de cômputo de pontuação como professor, o tempo de
serviço concomitante não poderá ser validado.
Art. 27. Haverá desconto de 1,00 (um) ponto por dia na pontuação do
profissional do magistério que apresentar faltas injustificadas e afastamentos.
§ 1º. Considera-se afastamento para fins do artigo anterior:
I - para o serviço militar;
II - para atividade política;
III - para tratar de interesses particulares;
IV - para exercer cargo em comissão, exceto se em atividades correlatas às
funções do magistério;
V - licenças médicas;
VI - cessão para outro Orgão;
VII - atestado Médico;
VIII - por motivo de doença em pessoa na família;
IX - para acompanhar o cônjuge servidor público ou militar, quando o cônjuge
for designado para exercício fora do município;
X - para exercício de mandato classista.
Art. 28. O profissional do magistério que na data base da pontuação não tiver
afastamentos previstos no artigo anterior e falta-dia injustificada terá acrescido na sua
pontuação uma bonificação de 50 (cinquenta) pontos.
Art. 29. A classificação geral será realizada entre as respectivas áreas de
docência, conforme segue:
I - Professor de Educação Básica;
II - Professor de Educação Básica – Especialista, por componente curricular;
III - Professor de Educação Especial – Apoio a Inclusão;
IV - Professor de Educação Básica – Substituto.
Parágrafo Único. O profissional do magistério que não possua lotação será
classificado em lista dos professores lotados na Secretaria da Educação.
Art. 30. Os critérios de desempate para fins de classificação são:
I - menor número de ausências;
II - o maior tempo de serviço no cargo efetivo;
III - a maior idade.
CAPÍTULO III
DA REMOÇÃO DO QUADRO OU FUNÇÃO DOCENTE
Art. 31. A remoção é a movimentação do ocupante de cargo do Quadro do
Magistério de uma para outra unidade de ensino ou sede da Secretaria Municipal de
Educação, sem que se modifique sua situação funcional.
§ 1º. Dar-se-á a remoção a pedido, atendida a conveniência do serviço e
observada a data da última remoção.
§ 2°. A remoção poderá ocorrer:
I - por concurso;
II - por permuta.
Art. 32. As inscrições para o concurso de remoção serão feitas em formulário
próprio, que será apresentado na Unidade Sede e entregue pelo Diretor de Escola na
Secretaria Municipal da Educação, até o prazo determinado em edital, devidamente
publicado.
Art. 33. A remoção só será admissível no período compreendido entre o
término de um ano letivo e o início do outro.
Art. 34. A remoção por permuta far-se-á a requerimento de ambos os
interessados.
§ 1°. A remoção por permuta somente poderá ser concedida quando os
requerentes exercerem atividades da mesma natureza, nível e grau de habilitação
além de integração com o plano de trabalho da Secretaria Municipal de Educação.
§ 2°. Os professores que realizarem a remoção por permuta estarão
impedidos de se removerem por dois anos letivos, ou seja, terão que constar nos
mapas de atribuição da escola permutada por dois anos.
Art. 35. A abertura do Concurso de Remoção dar-se-á por meio de Edital
publicado pela Secretaria Municipal da Educação, no qual constará o prazo, local de
entrega das inscrições e demais condições a serem atendidas pelos professores.
§1º.Para atendimento do que dispõe o presente artigo, a
Secretaria Municipal da Educação incluirá as vagas no concurso de remoção, e a
escolha se dará de acordo com a ordem de classificação obtida no processo de
pontuação que dispõe essa lei.
§ 2º. Os núcleos regionais para lotação e remoção do professor substituto
serão definidos por meio de Edital publicado pela Secretaria Municipal da Educação.
Art. 36. Fica vedada a juntada ou substituição de documentos após o ato de
inscrição.
Art. 37. Será indeferida a inscrição para remoção por permuta do Professor:
I - readaptado definitivamente;
II - que não possui lotação em Unidade Escolar;
III - que tenha se removido por permuta nos dois últimos anos;
IV - que não esteja no efetivo exercício na rede municipal de ensino de São
Sebastião;
V - que já tenha alcançado tempo de serviço necessário à aposentadoria ou
para aquele a quem faltem apenas 03 (três) anos para completar este prazo;
VI - encontre-se em processo de avaliação médica para readaptação
profissional.
Art. 38. Será indeferida a inscrição para remoção por concurso do Professor:
I - readaptado definitivamente;
II - que não possui lotação em Unidade Escolar;
III - que tenha se removido por permuta nos dois últimos anos.
Art. 39. A inscrição do Professor para a remoção deverá ser única para cada
uma das opções, ou por concurso ou por permuta, não sendo permitido participar das
duas modalidades.
CAPÍTULO IV
DA ATRIBUIÇÃO DE CLASSE E/OU AULAS DO QUADRO OU FUNÇÃO
DOCENTE
Art. 40. A atribuição de classes ou aulas tem a finalidade de:
I- acomodar os docentes nas unidades escolares da rede municipal de ensino
de São Sebastião;
II- fixar forma de cumprimento da jornada de trabalho;
III- definir o período de trabalho.
§ 1º. A atribuição a que se refere este artigo será anual, precedendo o início
do ano letivo.
§ 2º. Caberá à Direção da Unidade Educacional realizar a atribuição de
classes na unidade, considerando a classificação prevista nesta lei e o acúmulo de
cargo, desde que haja possibilidade.
Art. 41. Caberão aos Diretores de Unidade Educacional tomar as providências
necessárias à divulgação e observância das normas que orientarão as atribuições de
classes ou aulas dos docentes, respeitado o Plano de Trabalho da Secretaria
Municipal de Educação e demais diretrizes em vigor.
§ 1º. É de responsabilidade do profissional, afastado ou em exercício, manter
contato com a Unidade de Lotação, a fim de tomar ciência das publicações e
manifestações, tanto de ordem administrativa quanto de ordem pedagógica, que
tenham impacto sobre sua vida funcional.
§ 2º. A data da atribuição será a prevista no Calendário Escolar, devendo o
horário ser informado pelo Diretor da Unidade Escolar com, pelo menos, 15 (quinze)
dias de antecedência para a Secretaria da Educação, que divulgará em site oficial.
§ 3º. O processo de atribuição de classes e/ou aulas acontecerá na Unidade
Escolar de lotação do professor em data especificada em calendário escolar.
Art. 42. O professor que ficar adido permanecerá em sua Unidade Escolar
pelo período de 2 (dois) anos, não alterando sua lotação atual.
§ 1º. Durante o período descrito no caput, o professor terá prioridade de
escolha na atribuição de classes ou aulas na sua sede ou na unidade escolar mais
próxima, sendo esta efetivada antes do processo de remanejamento pela Comissão
de Atribuição de Aulas.
§ 2º. Após o período de 2 (dois) anos, o professor deverá participar do
processo de atribuição de remoção, ocasião em que fará a escolha da lotação por
ordem de classificação.
§ 3º. Na hipótese do não comparecimento do professor para o processo
descrito no § 2º, a Comissão de Atribuição de Aulas realizará a atribuição de forma
compulsória.
Art. 43. Competirá ao Diretor da Unidade Escolar ou o seu substituto legal,
compatibilizar e harmonizar os horários das classes e turnos de funcionamento,
visando ao cumprimento da proposta educacional da Secretaria Municipal de
Educação, tendo como prioridade o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico.
Parágrafo único. Na compatibilização e harmonização dos horários das
classes e/ou aulas, o Diretor da Unidade Escolar deverá observar os seguintes
critérios:
I - acúmulo de cargos;
II - tempo de lotação na unidade escolar;
III - classificação na pontuação na rede municipal de ensino de São Sebastião;
Art. 44. A Atribuição de classes ou aulas ocorrerá em duas fases:
I - Fase 1 – Unidade Escolar: atribuição de classe e/ou aulas aos titulares de
cargo para constituição de jornada de trabalho, obedecendo à classificação de
pontuação em ordem decrescente.
II - Fase 2 – Secretaria Municipal da Educação:
a) atribuição de Carga Complementar de trabalho docente para fechamento
da jornada regular do cargo;
b) atribuição de Classes ou Aulas ao docente adido de outras Unidades
Escolares;
c) atribuição ao docente remanejado.
d) atribuição ao docente com lotação na Secretaria Municipal da Educação;
e) atribuição de Carga de trabalho docente.
§ 1º. As aulas de Educação de Jovens e Adultos, independente da quantidade,
não comporão cargo vago para Remoção e nova Atribuição, e serão atribuídas apenas
no processo de remanejamento ou carga suplementar.
§ 2º. Em razão da semestralidade do curso, as atribuições de aulas realizar-
se-ão em dois momentos: um precedente ao primeiro semestre e o outro, no início do
segundo semestre, justificado pela possibilidade de redução ou aumento no número
de classes e ou aulas.
§ 3º. No caso de Professor de Educação Básica – Generalista ou Polivalente
que tiver atribuída a jornada de trabalho nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,
terá validade para todo o ano letivo.
Art. 45. Os professores substitutos terão sua sede definida por núcleo regional
no primeiro processo de atribuição após a promulgação dessa lei.
CAPÍTULO V
DO REMANEJAMENTO DO QUADRO OU FUNÇÃO DOCENTE
Art 46. Entende-se por remanejamento o deslocamento provisório, e a critério
da Administração, por período determinado, do professor efetivo para ministrar aulas
em outra unidade escolar e/ou classe/aulas, permanecendo o seu cargo na lotação
de origem.
§ 1º. Aplica-se o capítulo que trata do remanejamento apenas para os
docentes citados no artigo 5º, incisos I e II.
§ 2º. Caso ocorra o retorno do titular da classe/aula durante o ano letivo, o
professor remanejado voltará a sua atribuição de origem, salvo se houver outra
possibilidade, e estando de acordo, o professor titular da classe/aula poderá fazer
outra escolha.
Art. 47. O remanejamento do pessoal docente ocorrerá a convite cabendo ao
professor interessado comparecer na data, local e horário previsto em edital, sob pena
de perda deste direito.
Art. 48. O processo de remanejamento para função docente será coordenado
pela Secretaria Municipal de Educação.
CAPÍTULO VI
ATRIBUIÇÃO DE AULAS DO QUADRO OU FUNÇÃO DOCENTE
PROFESSOR LOTADO NA SEDE DA SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
Art. 49. O professor lotado na Sede da Secretaria Municipal da Educação é o
docente que não possui lotação em Unidade Escolar.
Art. 50. A atribuição do professor lotado na Sede da Secretaria Municipal da
Educação ocorrerá com as classes disponíveis após o Remanejamento.
Art. 51. A lista de classificação do professor lotado na Sede da Secretaria
Municipal da Educação será publicada separadamente dos professores com lotação
em Unidade Escolar
CAPÍTULO VII
DA ATRIBUIÇÃO DA CARGA SUPLEMENTAR DO QUADRO OU FUNÇÃO
DOCENTE
Art. 52. Entende-se por carga suplementar de trabalho o número de horas
prestadas pelo docente além daquelas fixadas para a jornada de trabalho, a fim de
atender as necessidades das Unidades Escolares e desde que devidamente
autorizadas pela Secretaria Municipal da Educação.
Art. 53. As classes ou aulas originadas por afastamentos, licenças, criadas
após o processo de remoção e remanejamento serão oferecidas como substituição,
em caráter de Carga Suplementar, obedecendo à classificação geral.
Art. 54. O cálculo da remuneração referente à carga suplementar será feito
pelo seu vencimento básico.
Art, 55. O cálculo da remuneração mensal referente à carga suplementar será
feito pela quantidade de horas semanais trabalhadas e multiplicadas por 05 (cinco)
semanas.
Art. 56. Fica vedada a atribuição ou a remuneração da carga suplementar nos
seguintes casos:
I - em gozo da licença-prêmio;
II - em gozo de férias;
III- em atestado médico ou licença-saúde;
IV - falta justificada ou injustificada;
V - afastamento por disponibilidade;
VI - afastamento eleitoral;
VII - licença sem vencimentos;
VIII - licença por motivo de doença de pessoa na família;
IX - licença para acompanhamento do cônjuge.
Parágrafo único. Durante o período de atribuição de carga suplementar, o
docente que estiver em licença maternidade, adotante ou paternidade poderá
participar da escolha e só fará jus ao recebimento da carga suplementar ao retornar à
docência.
Art. 57. O processo para atribuição de carga suplementar dar-se-á por meio
de Edital publicado pela Secretaria Municipal da Educação, no qual constarão data,
local e horário, salvo necessidade excepcional após a oferta promovida no ano letivo.
Parágrafo único. Compete ao docente interessado comparecer na data, local
e horário estipulado.
Art. 58. O professor perderá a carga suplementar por displicência profissional
ou ausências que causem prejuízos pedagógicos.
Parágrafo único - Os prejuízos pedagógicos deverão ser comprovados
mediante relatórios da equipe gestora da Unidade Escolar, validados pela Supervisão
de Ensino da Secretaria Municipal da Educação.
Art. 59. O docente ficará impedido de pleitear nova atribuição no mesmo
período letivo e também no período subsequente, nas seguintes hipóteses:
I - abandono da carga suplementar;
II - falta dia injustificada, acima do limite de 3 dias;
III - prejuízo pedagógico, devidamente comprovado em processo de apuração
de fatos.
Art. 60. Havendo retorno do titular o professor terá revogada sua carga
suplementar, podendo pleitear nova atribuição.
Art. 61. A composição da carga suplementar de trabalho e sua devida
retribuição pecuniária será composta de horas de atividades de interação com
educandos (HIE), horas de trabalho pedagógico coletivo (HTPC), horas de trabalho
pedagógico individual (HTPI) e horas de trabalho pedagógico em local de livre escolha
(HTPL) e recesso escolar, observando o Anexo II.
Art. 62. Poderá ser atribuída preferencialmente aos docentes efetivos, carga
suplementar de trabalho a que se refere essa lei, para desenvolvimento de:
I - projetos de reforço;
II - atividades de apoio pedagógico;
III - projetos especiais;
IV - aulas livres, não comportadas por professores substitutos.
Parágrafo único. Os projetos especiais referidos no caput deste artigo
deverão estar de acordo com o Projeto Político Pedagógico da unidade escolar e para
que sejam implantados e tenham continuidade, deverão ser avaliados e
supervisionados semestralmente pela Equipe Pedagógica da unidade escolar e da
Supervisão de Ensino da Secretaria Municipal da Educação.
CAPÍTULO VIII
DAS SUBSTITUIÇÕES DO QUADRO DOCENTE
Art. 63. Observado o estabelecido na lei que trata do regime jurídico dos
servidores públicos municipais e os pré-requisitos exigidos para os cargos, haverá
substituição durante as licenças e afastamentos legais dos docentes.
Art. 64. Haverá substituição para o exercício da docência sempre que se
configurar ausência, dos titulares da classe/aula, sendo a Substituição eventual,
caracterizada como igu al o u inferior a 30 (trinta) dias consecutivos, determinada
por ato do Diretor de Escola.
§ 1º. Essas substituiçõs deverão observar a seguinte ordem:
I - ao titular de cargo de professor substituto que tenha lotação na mesma
unidade escolar ou grupo de unidades, assim definido pela Secretaria Municipal de
Educação;
II - ao titular de cargo de professor substituto que não tiveram atribuídas aulas
em unidade escolar ou grupo de unidades, assim definido pela Secretaria Municipal
de Educação;
III - ao titular de cargo de professor, atuando na mesma unidade escolar;
IV - ao titular de cargo de professor, atuando em outra unidade escolar.
§ 2º. No caso de substituições eventuais o valor da hora/aula será pago com
base no vencimento básico do profissional que realizar a substituição.
Art. 65. Os efeitos das substituições cessam automaticamente com o retorno
do titular do cargo.
Parágrafo único. No caso de ocorrer novo afastamento do mesmo titular,
dentro do prazo de 15 (quinze) dias, a contar do término anterior, o substituto poderá
ser mantido na atribuição a critério da direção da unidade, mediante homologação da
Secretaria Municipal da Educação.
CAPÍTULO IX
DAS HORAS DE TRABALHO PEDAGÓGICO DO QUADRO OU FUNÇÃO
DOCENTE
Art. 66. As horas de trabalho pedagógico deverão ser proporcionalmente
utilizadas para reuniões administrativas, atividades pedagógicas de estudo, formação
continuada, preparação de aulas e avaliações, bem como suas correções, sem a
interação com alunos, organizadas pelo estabelecimento de ensino, sendo divididas
em:
I. Horas de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC): organizados e
acompanhados pela equipe de Suporte Pedagógico da unidade escolar que deverão
ser cumpridas conforme homologação no início do ano letivo, de forma presencial ou
remota, destinando-se: a atuação com a equipe escolar em grupos de formação
permanente e reuniões pedagógicas, elaboração, acompanhamento e avaliação do
Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar e aperfeiçoamento profissional;
II. Horário de Trabalho Pedagógico em local de Livre Escolha (HTPL),
destinando-se à: pesquisa e seleção de material pedagógico, preparação de
aulas,avaliação de trabalhos dos alunos, formação continuada.
III. Hora de Trabalho Pedagógico Individual (HTPI), a ser cumprido de forma
individual na unidade escolar e destinado: à preparação de aulas e material didático a
serem utilizados pelo professor, preparação e correção de exercícios, avaliações e
outras atividades idático-pedagógicas, atendimento aos pais e responsáveis,
reuniões individuais com suporte pedagógico.
§ 1º. Para formação continuada, poderão ser utilizadas duas horas aulas do
Trabalho Pedagógico em local de Livre escolha (HTPL).
§ 2º. Na hipótese do professor aceitar substituições excepcionais, conforme
necessidade da unidade escolar, o período do Horário de Trabalho Pedagógico
Individual (HTPI) deverá obrigatoriamente ser efetivado na unidade escolar em outro
horário livre.
Art. 67. As horas de trabalho pedagógico coletivo, fixadas pela equipe de
suporte pedagógico da unidade escolar ou Secretaria Municipal da Educação são de
cumprimentoobrigatório para todos os docentes aos quais sejam atribuídas classes,
aulas de jornada ou que estejam em regime de acumulação legal de cargos, inclusive
para os que estão em jornada suplementar.
Art. 68. As horas de trabalho pedagógico individual, a serem cumpridas na
unidade escolar, devem ser fixadas em conjunto pelo docente e pela equipe de
suporte pedagógico da unidade escolar e são de cumprimento obrigatório para todos
os docentes quais sejam atribuídas classes/aulas ou que estejam em regime de
acumulação legal de cargos.
Art. 69. A Secretaria Municipal da Educação poderá convocar os docentes
para participar de reuniões, palestras, cursos de formação continuada e atividades
afins nos Horário de Trabalho Pedagógico em local de Livre Escolha (HTPL),
limitando-se a duas horas aula por semana.
Art. 70. As ausências caracterizarão faltas correspondentes ao período para
o qual foram convocados.
CAPÍTULO X
DO ACÚMULO DE CARGOS
Art. 71. A acumulação remunerada de cargos observará o disposto no art. 37,
XVI da Constituição Federal.
Art. 72. A acumulação é condicionada à compatibilidade de horários, inclusive
para a realização das horas de trabalho pedagógico, observados os limites
remuneratórios estabelecidos na Constituição Federal.
Art. 73. Haverá compatibilidade de horários para fins de acúmulo de cargos
dos docentes quando:
I - for comprovada a possibilidade de exercício dos dois cargos, empregos ou
funções, em horários diversos, sem prejuízo do número regulamentar de horas de
trabalho de cada um;
II- mediar, entre o término do horário de um cargo, emprego ou função e o
início do outro, pelo menos 1 (uma) hora de intervalo, se no mesmo município, salvo
se no mesmo estabelecimento e de 2 (duas) horas, se em municípios diversos;
III - comprovada a viabilidade de acesso aos locais de trabalho pelos meios
normais de transporte
Parágrafo único. Se as unidades de exercício do servidor situarem-se
próximas uma da outra, ainda que em municípios diferentes, os intervalos exigidos no
inciso II deste artigo poderão ser reduzidos até o mínimo de 15 (quinze) minutos.
Art. 74. O profissional do Quadro do Magistério que ocultar ou omitir a
acumulação de cargo responderá administrativamente pelo ato.
CAPÍTULO XI
DA JORNADA DE TRABALHO DO QUADRO DE SUPORTE PEDAGÓGICO
Art. 75. Os profissionais do magistério em atividade no quadro de suporte
pedagógico, incluindo aqueles afastados para desenvolverem atividades de apoio
técnico pedagógico, estão submetidos à jornada de trabalho de 40 (quarenta) horas
semanais,
§ 1º. Os profissionais elencados no caput deverão planejar e participar das
reuniões que envolvam o trabalho pedagógico coletivo (HTPC), trabalho pedagógico
em local de livre escolha (HTPL) e trabalho pedagógico individual (HTPI), quando
couber ao cargo, dentro da jornada de trabalho.
§ 2º. Os profissionais elencados no caput deste artigo necessariamente
deverão prestar concurso público e escolherão a sede para exercício da função
obedecendo à ordem classificatória do concurso.
§ 3º. Os supervisores de ensino desempenharão suas funções no mínimo em
06 (seis) e no máximo em 10 (dez) Unidades de Ensino, sendo a distribuição igualitária
entre os profissionais, contemplando unidades escolares de todas as regiões do
município e fases de ensino, conforme blocos de escolas fixados pela Secretaria
Municipal da Educação anualmente.
§ 4º. A atribuição dos blocos mencionado no § 3º será de competência da
Secretaria Municipal da Educação.
CAPÍTULO XII
DOS CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO PARA CLASSIFICAÇÃO DO QUADRO DE
SUPORTE PEDAGÓGICO
Art. 76. Os critérios de pontuação terão por finalidade garantir a classificação
dos profissionais do quadro de suporte pedagógico da Rede Municipal de Ensino de
São Sebastião.
Art. 77. Os critérios de pontuação para classificação, válidos para todos os
processos de movimentação dos profissionais do quadro de suporte pedagógico
serão:
I - tempo de serviço público no magistério, na função do concurso, a partir da
data de admissão;
II - títulos de formação e capacitação profissional, sendo:
a) pós-graduação lato sensu, na área de educação;
b) pós-graduação stricto sensu – mestrado, na área de educação;
c) pós-graduação stricto sensu – doutorado, na área de educação;
d) licenciatura na área de educação, não exigida para o exercício do cargo;
e) cursos sequenciais, de aperfeiçoamento, extensão ou capacitação na sua
área de atuação.
Art. 78. A pontuação do profissional do quadro de suporte pedagógico da rede
pública municipal de São Sebastião será calculada obedecendo aos critérios abaixo:
I - a data base será a partir da data de admissão e até trinta de junho,
imediatamente anterior à atribuição;
II - tempo de serviço público no magistério, na função do concurso, a partir da
data de admissão na Prefeitura de São Sebastião: para cada ano de serviço serão
atribuídos 200 (duzentos) pontos; considera-se a razão direta o valor de 16,7
(dezesseis inteiros e sete décimos) pontos para cada mês excedente ao ano e 0,55
(cinqüenta e cinco centésimos) pontos para cada dia.
III - certificados de cursos de pequena duração com carga horária mínima de
60 (sessenta) horas: 0,25 (vinte cinco centésimos) pontos por hora de curso até o
limite de 100 (cem) pontos.
IV - licenciatura, correlato à disciplina para qual é habilitado/qualificado ou na
área da educação: 300 (trezentos) pontos por curso, não cumulativo;
V - curso de pós-graduação lato sensu com carga horária igual ou superior a
360 (trezentos sessenta) horas, correlato à disciplina para qual é
habilitado/qualificado: 150 (cento e cinquenta) pontos por curso até no máximo de 300
(trezentos) pontos;
VI - conclusão do Mestrado com titulação, correlato à disciplina para qual é
habilitado/qualificado: 600 (seiscentos) pontos, não cumulativos;
VII - conclusão de Doutorado com titulação, correlato à disciplina para qual é
habilitado/qualificado: 900 (novecentos) pontos, não cumulativos;
§ 1º. Para os fins do Inciso IV deste Artigo consideram-se de pequena
duração, os cursos realizados nos últimos 5 (cinco) anos contados a trinta de junho,
imediatamente anterior à atribuição.
§ 2º. Não serão pontuados os cursos exigidos para ingresso no cargo;
§ 3º. O profissional do quadro de suporte pedagógico afastado para assumir
cargo comissionado terá sua contagem de tempo suspensa.
§ 4º. A avaliação dos cursos específicos na área de educação deverão ser
validados pela Comissão.
§ 5º. Os certificados e diplomas deverão conter a carga horária efetivamente
realizada, contendo o início e término do período, sob pena de não serem
considerados para efeito de pontuação.
Art. 79. O período em que o profissional do quadro de suporte pedagógico
atuou na mesma função na rede pública estadual ou municipal de São Sebastião,
anteriormente a sua efetivação na Prefeitura de São Sebastião, terá o seguinte
cômputo: para cada ano de serviço serão atribuídos 10 (dez) pontos.
Parágrafo único. Considerando-se a razão direta o valor de 0,84 (oitenta e
quatro centésimos) pontos para cada mês excedente ao ano e 0,03 (três centésimos)
pontos para cada dia.
Art 80. Haverá desconto de 1,00 (um) ponto por dia na pontuação do
profissional do magistério que apresentar faltas injustificadas e afastamentos.
§ 1º. Considera-se afastamento para fins do artigo anterior:
I - para o serviço militar;
II - para atividade política;
III - para tratar de interesses particulares;
IV - para exercer cargo em comissão, exceto se em atividades correlatas às
funções do magistério;
V - licenças médicas;
VI - cessão para outro Orgão;
VII - atestado Médico;
VIII - por motivo de doença em pessoa na família;
IX - para acompanhar o cônjuge servidor público ou militar, quando o cônjuge
for designado para exercício fora do município;
X - para exercício de mandato classista.
Art. 81. O profissional do magistério que na data base da pontuação não tiver
afastamentos previstos no artigo anterior e falta dia injustificada, terão acrescido na
sua pontuação uma bonificação de 50 (cinquenta) pontos.
Art. 82. A classificação geral será realizada entre as respectivas funções do
quadro de suporte pedagógico, conforme segue:
I - Supervisor de ensino;
II - Diretor de unidade escolar;
III - Vice-diretor de unidade escolar;
IV - Coordenador Pedagógico;
V - Coordenador Psicopedagógico;
Art. 83. Os critérios de desempate para fins de classificação são:
I - menor número de ausências;
II- o maior tempo de serviço no cargo efetivo;
III - a maior idade.
CAPÍTULO XIII
DA ATRIBUIÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO DO QUADRO DE SUPORTE
PEDAGÓGICO
Art. 84. As atribuições dos locais de trabalho dos profissionais do quadro de
suporte pedagógico ocorrerão anualmente e sempre que existirem vagas disponíveis.
§ 1º. Todos profissionais do quadro de suporte pedagógico, obrigatoriamente
deverão participar do processo de atribuição de local de trabalho conforme artigo
anterior, tendo sua lotação definida a cada quadriênio, por não possuir lotação
permanente.
§ 2º. A escolha de lotação será realizada pela ordem de classificação.
Art. 85. O início da nova lotação dos profissionais do quadro de suporte
pedagógico se dará na segunda quinzena do mês de janeiro do ano subsequente a
atribuição.
TÍTULO IV
DO INGRESSO NO QUADRO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL
Art, 86. A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvada
as nomeações para cargo de provimento em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração.
Parágrafo único. As formas de provimento dos cargos públicos, bem como a
avaliação do estágio probatório, estabilidade e avaliação de desempenho funcional
observarão o previsto nesta lei.
Art. 87. Os requisitos específicos para o provimento dos cargos públicos do
Quadro do Magistério Público Municipal respeitarão o disposto na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional e do Anexo III.
CAPÍTULO I
DA VACÂNCIA, DA DISPONIBILIDADE E DA APOSENTADORIA
Art. 88. A vacância e a disponibilidade dos cargos públicos seguirão o
disposto na lei que trata do regime jurídico dos servidores públicos municipais de São
Sebastião.
Art. 89. Os integrantes do Quadro do Magistério Público Municipal serão
aposentados, de acordo com a legislação previdenciária vigente.
CAPÍTULO II
DAS LICENÇAS E DAS REALOCAÇÕES
Art. 90. Os profissionais do quadro do magistério público municipal terão
direito àslicenças e aos afastamentos previstos na lei que trata do regime jurídico dos
servidores públicos municipais, além das descritas neste capítulo.
Art. 91. Respeitados os interesses públicos, os ocupantes do quadro de
docentes ou do suporte pedagógico poderão ser:
§ 1º. Licenciados para:
I - assumir cargo público de provimento em comissão;
II - frequentar cursos de pós-graduação (lato sensu ou strictu sensu),
doutorado e pós-doutorado, que guardem estreito vínculo com a área de atuação do
docente, sendo concedido, desde que comprovado o interesse público e sempre com
prejuízos de vencimentos e das demais vantagens do cargo, as quais ficam
suspensas até o final da licença, não sendo permitido por mais de dois anos.
§ 2º Realocados de seu local de trabalho para coordenar ou atuar em projetos
especiais da Secretaria Municipal da Educação ou programas e projetos objetos de
convênio com outras esferas governamentais;
§ 3º. O tempo de licença, para fins do atendimento do inciso II do § 1º deste
artigo, não será computado como tempo de serviço e pontuação para o cargo
licenciado.
§ 4º. As realocações de comum acordo entre as partes serão concedidas sem
prejuízo dos vencimentos e das demais vantagens do seu cargo de origem, devendo
cumprir no mínimo sua jornada de trabalho ou outra que venha a ser determinada pela
Secretaria Municipal da Educação, sendo remunerado por ela.
§ 5º. O desenvolvimento de projetos especiais, descrito no § 2º deste artigo,
deverá ser realizado, mediante apresentação de projeto pedagógico avaliado e
homologado pela Secretaria Municipal da Educação, justificando o seu afastamento
da docência e ainda:
I – suplementar a jornada até o limite de 40 (quarenta) horas;
II – cumprir sua jornada integralmente no desenvolvimento do
projeto/programa, não realizando as horas de atividades de interação com educandos
(HIE), horas de trabalho pedagógico coletivo (HTPC), horas de trabalho pedagógico
individual (HTPI), horas de trabalho pedagógico em local de livre escolha (HTPL), bem
como não gozará de recesso escolar, se assim o projeto determinar.
CAPÍTULO III
DA READAPTAÇÃO
Art. 92. Readaptação é o exercicio das funções correlatas ou inerentes às do
magistério, que figuram no rol de atribuições do cargo, mais compatível com a
capacidade do funcionário e dependerá sempre de inspeção médica, devidamente
ratificada pela Unidade de Saúde Ocupacional do Município.
§ 1º. Se julgado incapaz para o exercício de todas as funções correlatas ou
inerentes às do magistério, o profissional readaptado ou readaptando será
aposentado por incapacidade permanente para o trabalho, nos termos da legislação
previdenciária.
§ 2º. O profissional readaptado fica sujeito ao integral cumprimento de sua
jornada de trabalho.
§ 3º. Se durante o estágio probatório o profissional se revelar inapto para o
exercício do cargo será aberto procedimento administrativo para as devidas
providências legais.
Art. 93. O profissional readaptado temporariamente possui direito a
titularidade ao cargo em que estiver nomeado e atribuição de classes e/ou aulas.
Art, 94. Caso o docente tenha sido readaptado de forma definitiva será
garantida a titularidade ao cargo em que estiver nomeado, mas não atribuição de
classes e/ou aulas.
Parágrafo único. A lotação do profissional readaptado definitivamente ficará
vinculada a última unidade escolar de trabalho, podendo ser transferido por interesse
da Secretaria Municipal da Educação, com a expressa concordância do docente.
Art. 95. Ao docente readaptado aplica-se o disposto abaixo:
I – o docente readaptado temporariamente não terá direito a atribuição e
pagamento de carga suplementar, enquanto perdurar a readaptação;
II - deve cumprir sua jornada na unidade escolar.
III - poderá apresentar projeto pedagógico, que será devidamenteavaliado e
homologado pela Secretaria Municipal da Educação;
CAPÍTULO IV
DA FREQUÊNCIA DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO
Art. 96. Os profissionais mencionados nos arts. 5º e 6º desta lei terão o
controle de sua frequência regulamentado por ato da Secretaria Municipal da
Educação.
Art. 97. Os profissionais mencionados no art. 5º desta lei que descumprirem
injustificadamente sua carga horária de trabalho terá caracterizada "falta-aula", a qual
será, ao longo do mês, somada às demais e, a cada 6 (seis) horas-aula injustificadas
terá o registro de 1 (uma) falta-dia.
§ 1º. Haverá descontos proporcionais no pagamento de HTPL (horário de
trabalho pedagógico livre) para cada falta hora/aula injustificada.
§ 2º. Entende-se por uma hora-aula o tempo utilizado pela instituição para
definir a carga horária necessária ao desenvolvimento de cada conteúdo, podendo ter
hora-aula de até 50 (cinquenta) minutos, em consonância com a matriz curricular.
§ 3º. As faltas-aula que sofreram apenas descontos financeiros serão
acumuladas e, no final do ano corrente, a soma de cada 6 (seis) horas-aula
caracterizará o registro de uma falta-dia, restando menos que seis, estas serão
desprezadas.
§ 4º. Os atrasos a partir de 10 (dez) minutos serão considerados como faltas-
aula e sofrerão descontos financeiros.
Art. 98. A falta injustificada do docente nos dias de convocação para
participação em reuniões pedagógicas, conselho de classe ou de escola, atendimento
a pais, alunos e comunidade, atividades programadas, constantes do Calendário
Escolar e/ou do Regimento Próprio das Unidades Escolares, acarretará em falta-aula
ou falta-dia injustificada, dependendo da duração do evento.
Parágrafo único. A falta-dia injustificada considera-se como falta injustificada
para a concessão de todo os benefícios desta Lei.
Art. 99. No caso em que o docente deixar de cumprir parte da sua jornada
diária, seja hora atividade de interação com alunos, hora de trabalho pedagógico
coletivo ou individual, essas horas serão caracterizadas como "falta-aula", as quais
serão ao longo do mês, somada às demais para integralização da falta dia, de acordo
com norma específica editada pelo Poder Executivo.
Art. 100. Quando da falta dia for fruto de faltas-aulas, esta poderá ser
justificada na forma estabelecida nesta lei, para que seja considerada de efetivo
exercício.
Art. 101. O controle de frequência do professor será apontado diariamente de
acordo com sua carga horária.
§ 1º. O titular do cargo de Professor terá o controle de sua frequência em cada
unidade escolar onde ministrar.
§ 2º. O controle de frequência da carga complementar deverá ser
encaminhado à Unidade Sede, através de Boletim de Ocorrência - B.O, que reunirá
todas as informações e fará um documento único para o Departamento de Gestão de
Pessoas, nos termos dos modelos padronizados pela Secretaria de Educação.
§ 3º. A planilha de carga suplementar deverá ser encaminhada à Secretaria
da Educação pelas Unidades Escolares que o docente ministrar aula, nos termos dos
modelos padronizados pela Secretaria de Educação.
§ 4º. As Unidades Escolares deverão obedecer ao cronograma de entrega
dos documentos estabelecido pela Secretaria da Educação e Departamento de
Gestão de Pessoas.
Art. 102. O horário de trabalho nas Unidades Escolares será fixado pela
Secretaria Municipal da Educação de acordo com a natureza e as necessidades da
prestação de serviços educacionais.
Art. 103. A Unidade Escolar de lotação será onde o docente tem atribuída a
classe e/ou aula e caso o docente ministre aulas em diversas unidades escolares, a
sua lotação será onde tiver maior número de horas-aula.
Art. 104. O docente que, em regime de acumulação, exercer dois cargos em
unidades escolares diversas terá duas unidades escolares de controle de frequência.
Parágrafo único. Quando a acumulação ocorrer na mesma unidade, deverão
ser efetuados registros distintos para cada matrícula.
Art. 105. Considera-se falta justificada o fato que por natureza ou
circunstância, principalmente pela consequência no âmbito da família, possa
razoavelmente constituir escusa do não comparecimento, não excedendo 01 (uma)
ao mês e limitando-se a 06 (seis) ao ano.
Parágrafo único. Nesta hipótese o profissional sofrerá desconto financeiro,
resguardados os direitos estatutários.
Art. 106. O profissional do magistério que faltar ao serviço ficará obrigado a
apresentar a justificativa da falta, através de formulário próprio, ao seu chefe imediato,
no primeiro dia em que comparecer a repartição.
Art. 107. O profissional que realizar declaração falsa sujeitar-se às
consequências da Lei Penal.
CAPÍTULO V
DA REMUNERAÇÃO, DAS VANTAGENS PECUNIÁRIAS
Art. 108. Além do disposto sobre vencimento e remuneração na lei que trata
do regime jurídico dos servidores públicos municipais, a remuneração dos professores
observará os seguintes critérios:
I - a remuneração mensal dos professores será proporcional ao número de
horas efetivamente trabalhadas, em conformidade com sua jornada e, quando houver,
carga suplementar de trabalho.
II - o pagamento será feito mensalmente, tendo por base de cálculo o produto
da multiplicação das horas semanais trabalhadas, computadas as horas de trabalho
pedagógico, pelo valor da hora/aula.
Parágrafo único. Os demais integrantes do quadro do magistério serão
regidos pelo que dispõe a lei que trata do regime jurídico dos servidores públicos
municipais.
Art. 109. Os profissionais do quadro do magistério público municipal efetivo
terão direito as mesmas vantagens pecuniárias concedidas aos demais servidores
públicos municipais, previstas na lei que trata do regime jurídico dos servidores
municipais e aquelas instituídas única e exclusivamente para atender os profissionais
do magistério.
Art. 110. Haverá substituição no impedimento legal e temporário do ocupante
de cargo de Diretor de Escola, Vice Diretor de Escola, Supervisor de Ensino,
Coordenador Pedagógico e Coordenador Psicopedagógico por período superior a 30
(trinta) dias consecutivos, desde que o substituto seja integrante do quadro
permanente do magistério e possua os requisitos mínimos para o cargo a ser
substituído, sendo vedada a permanência no caso de surgimento de vaga para o cargo
em período superior a 1 (um) ano.
Parágrafo Único. O substituto perceberá durante o período da substituição,
além da diferença de vencimento base entre os cargos, às verbas já incorporadas
acrescidas ao seu vencimento de carreira.
CAPÍTULO VI
DAS FÉRIAS
Art. 111. Os integrantes do quadro de cargos e função de docente gozarão de
férias no mês de janeiro, conforme calendário escolar.
§ 1º. O professor que ingressar via concurso público durante o ano letivo terá
direito a férias em janeiro em dias proporcionais ao período trabalhado, com a devida
atualização do período aquisitivo para o exercício seguinte.
§ 2º. Os profissionais do quadro do magistério com atribuição em projetos
especiais ou programas e projetos objetos de convênio com outras esferas
governamentais, gozarão férias de acordo com a escala ou conveniência da
Secretaria Municipal da Educação.
Art. 112. Os ocupantes de cargos do quadro de suporte pedagógico e os
professores readaptados, que não estejam com aulas, gozarão férias de acordo com
a escala ou conveniência da Secretaria Municipal da Educação.
Parágrafo Único. As férias poderão ser fracionadas em três períodos de gozo,
podendo converter em pecúnia um terço, sendo vedada a acumulação por mais que
dois períodos.
CAPÍTULO VII
DA LICENÇA PRÊMIO
Art. 113. Será concedida ao profissional do quadro do magistério, licença-
prêmio de 90 (noventa) dias após cada quinquênio de efetivo exercício.
§ 1º. Somente o tempo de serviço público em cargo efetivo ao Município de São
Sebastião será contado para efeito da licença-prêmio.
§ 2º. A licença-prêmio poderá ser gozada por inteiro ou em até 3 (três) parcelas
não inferiores a 15 (quinze) dias, sendo possível a conversão em pecúnia de até 1/3
(um terço), ou seja, 30 (trinta) dias, havendo disponibilidade orçamentária e financeira.
Art. 114. A licença-prêmio será concedida pelo Chefe do Executivo.
Art. 115. O servidor deverá aguardar em exercício a concessão da licença-
prêmio, sob pena de, não o fazendo, ficar caracterizado o abandono do cargo.
Art. 116. Se o servidor não iniciar o gozo da licença-prêmio deferida no prazo
máximo de 10 (dez) dias, dependerá de novo ato a ser apreciado pela autoridade
competente.
Art. 117. É facultado à autoridade competente, tendo em vista o interesse da
Administração, devidamente fundamentado, decidir dentro dos 30 (trinta) dias
seguintes ao deferimento de concessão da licença-prêmio, quanto à data de seu início
e a sua concessão por inteiro ou parceladamente.
CAPÍTULO VIII
DO RECESSO ESCOLAR
Art. 118. Aos profissionais do quadro do magistério em atividade de docência
lotados nas unidades escolares com mais de doze meses de efetivo exercício poderá
ser concedido recesso escolar, cuja duração será estabelecida anualmente no
calendário escolar.
§ 1º. No período a que se destina o recesso escolar, os profissionais do quadro
do magistério público municipal poderão ser convocados a frequentar cursos
destinados ao seu aperfeiçoamento e a atualização profissional.
§ 2º. Poderá, a qualquer momento, ser revogado o recesso escolar, para
atender necessidade excepcional de interesse público, correlatas ou inerentes às
funções do magistério.
§ 3º. O período definido para recesso deverá constar no calendário escolar e
não poderá coincidir com as férias.
§ 4º. O recesso escolar deverá recair, preferencialmente, no mês de julho do
respectivo ano letivo, salvo justificado interesse público.
TÍTULO V
DOS PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
Art. 119. A Secretaria Municipal da Educação envidará esforços para
implementar programas de desenvolvimento profissional dos docentes em exercício,
com programas de capacitação, aperfeiçoamento e atualização profissional, nos
termos da legislação federal pertinente.
§ 1º. Os programas de que trata o caput deste artigo poderão ser
desenvolvidos em parceria com instituições que mantenham atividades na área de
educação ou órgãos públicos vinculados à educação.
§ 2º. Os programas deverão levar em consideração as prioridades das áreas
curriculares carentes de professores, a situação funcional dos professores e a
utilização de metodologias diversificadas, inclusive, as que utilizam recursos de
educação à distância.
TÍTULO VI
DOS DEVERES E DIREITOS DO MAGISTÉRIO
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
Art, 120. Além dos deveres e proibições comuns aos servidores públicos
municipais, previstos na lei que trata do regime jurídico, cumpre ao integrante do
Quadro do Magistério Público Municipal, no desempenho de suas atividades:
I - respeitar o estudante como sujeito do processo educativo, comprometendo-
se com a eficácia de seu aprendizado e construção de sua autonomia;
II - tratar de maneira respeitosa e igualitária todos os estudantes, pais e
demais servidores públicos municipais;
III - desenvolver a capacidade de problematizar, investigar e buscar
permanentemente alternativas de melhoria da prática pedagógica e promover a
consciência crítica do estudante;
IV - buscar os mais atualizados conhecimentos sobre a educação e os
saberes didático-pedagógicos, para se habilitarem a atender bem os educandos,
inclusive os que tenham necessidades especiais de qualquer tipo de aprendizagem;
V - incentivar a participação, o diálogo e a cooperação entre os educandos,
demais educadores e a comunidade, com vistas a construir uma sociedade
democrática;
VI - manter relações de cooperação e de solidariedade com os colegas e
outros profissionais da área, estagiários, alunos, pais e comunidade;
VII - participar das atividades sociais e comunitárias, previstas em calendário
escolar ou em projeto da unidade escolar, que visem a tornar mais efetivo o
compromisso entre a sociedadee a educação dos cidadãos;
VIII - considerar os princípios de democratização do acesso e permanência
na escola enquanto direito dos cidadãos, as diretrizes do projeto político-pedagógico
da Secretaria Municipal da Educação e da Unidade Escolar e a realidade
socioeconômica da comunidade escolar, para escolher e utilizar materiais,
procedimentos didáticos e instrumentos de avaliação do processo de ensino-
aprendizagem, assegurado o desenvolvimento da autonomia moral e intelectual do
aluno;
IX - organizar os conteúdos, os procedimentos didático-metodológicos, bem
como, os materiais e a avaliação, de forma coerente e pedagogicamente compatível
com a proposta curricular da Rede Municipal de Ensino, responsabilizando-se pelos
resultados das hipóteses de trabalho que implantar;
X - participar das atividades inerentes e correlatas ao processo de ensino e
aprendizagem;
XI - participar do conselho de classe, nas unidades escolares em que ministrar
aulas, das reuniões da associação de pais e mestres, bem como, dos Conselhos de
Escolas , Conselho Municipal de Educação, Conselho de Alimentação Escolar e
Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB quando eleito e/ou
indicado para tal fim;
XII - comparecer às reuniões pedagógicas, aos conselhos de classe e aos
conselhos finais na escola unidade de lotação, o que não o desobrigará da frequência
nos conselhos das demais unidades educacionais em que lecione, desde que haja
adequação e compatibilização de horários;
XIII - manter a Secretaria Municipal da Educação informada sobre o
desenvolvimento do processo educacional, expondo suas críticas e apresentando
sugestões para sua melhoria;
XIV - guardar sigilo sobre assunto de natureza profissional;
XV- zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado;
XVI - atender prontamente às solicitações de documentos, informações e
providências de interesse profissional e pedagógico que lhes forem solicitadas pela
autoridade competente;
XVII - comunicar a autoridade imediata as irregularidades de que tiver
conhecimento, na sua área de atuação, e as autoridades superiores, no caso de
omissão por parte da primeira;
XVIII - dar conhecimento a todo profissional da Unidade Escolar de
informações de interesse do mesmo, necessárias ao andamento de sua vida
profissional e fornecer as informações necessárias para a permanente atualização de
seus prontuários junto às unidades educacionais e aos órgãos da administração;
XIX - zelar pela defesa dos direitos profissionais e pela ética profissional;
XX - não fumar nas dependências da unidade escolar;
XXI - assegurar a efetivação dos direitos pertinentes à criança e ao
adolescente, nos termos da legislação vigente;
XXII - assegurar que o aluno participe das atividades escolares;
XXIII - impedir toda e qualquer manifestação de preconceito social, racial,
religioso, ideológico e político;
XXIV - acatar as decisões dos órgãos deliberativos da escola e da
administração pública, tais como os Conselhos de Escola e Conselho Municipal da
Educação;
XXV - apresentar plano de aula diário com uma semana de antecedência de
acordo coma proposta curricular municipal, ao coordenador pedagógico e sempre que
solicitado pelos profissionais que atuam na Secretaria Municipal da Educação.
Art, 121. Ao servidor é proibido:
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização da
chefia imediata;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da repartição ou fazer cópia de documento público sem
autorização;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou
execução de serviço;
V - promover manifestação exacerbada de apreço ou desapreço na unidade
escolar e em ambientes virtuais para o desempenho do trabalho remoto, contra a
Administração, agentes públicos e comunidade escolar;
VI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas,
salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até
o 2º (segundo) grau, e de cônjuge ou companheiro;
VII - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado;
VIII - cometer à pessoa estranha à unidade escolar, fora dos casos previstos
em lei, desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade;
IX - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação
profissional ou sindical, ou a partido político;
X - praticar atos de sabotagem contra o serviço público;
XI - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade da função pública;
XII - receber propina ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas
atribuições;
XIII - participar de gerência ou administração de empresa privada, de
sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário;
XIV - proceder de forma desidiosa ou vexatória à moralidade pública;
XV - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,
exceto em situações de emergência e transitórias;
XVI - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício
do cargo ou função no horário de trabalho;
XVII - utilizar pessoal ou recursos materiais da unidade escolar em serviços
ou atividades particulares;
XVIII - aplicar a criança ou ao adolescente:
a) castigo físico;
b) tratamento cruel ou degradante;
c) humilhação;
d) ameaça;
e) ridicularização.
XIX - impedir que o aluno participe das atividades escolares em razão de
qualquer carência material;
Parágrafo único. A não observância das proibições previstas neste artigo
poderá ensejar as sanções previstas no artigo 127 deste Estatuto.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS
Art. 122. São direitos dos integrantes do quadro do magistério público
municipal, além daqueles previstos no regime jurídico dos servidores, os seguintes:
I - ter ao seu alcance informações educacionais, bibliográficas e outros
recursos para a melhoria do desempenho profissional e ampliação de seus
conhecimentos;
II - ter assegurado, mediante prévia consulta e autorização da Secretaria
Municipal da Educação a oportunidade de frequentar cursos de capacitação e
treinamento que visem àmelhoria de seu desempenho e aprimoramento do processo
educacional, desde que não prejudiquem as atividades escolares;
III - dispor de condições de trabalho que permitam dedicação às suas tarefas
profissionais e propiciem a eficiência e eficácia do ensino;
IV - contar com um sistema permanente de orientação e assistência que
estimule e contribua para um melhor desempenho de suas atribuições;
V - ter a liberdade de escolha e de utilização de materiais, de procedimentos
didáticos e de princípios psicopedagógicos, objetivando alicerçar o respeito à pessoa
humana e a construção do bem comum, sem comprometer a proposta pedagógica
adotada;
VI - ter assegurada a igualdade de tratamento no âmbito técnico, pedagógico
e político;
VII - participar, como integrante de conselhos, de comissões, de estudos e,
de deliberações que afetem o processo educacional municipal;
VIII - participar como membro atuante na gestão das unidades educacionais
do processo de planejamento, execução e avaliação das atividades educacionais
dentro da Unidade Escolar como membro do conselho de escola;
IX - reunir-se na Unidade Escolar, para tratar de assunto relacionado à
formação permanente do profissional, da categoria e da educação em geral, sem
prejuízo das atividades escolares;
X - ser respeitado por alunos, pais, colegas e autoridades, enquanto
profissional e ser humano.
CAPÍTULO III
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 123. O servidor responde: administrativa, civil e penalmente, por ato
omissivo ou comissivo, na forma da legislação aplicável.
Art. 124. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções
imputadas ao servidor nessa qualidade.
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,
sendo independentes entre si.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso
de absolvição criminal que negue a existência do fato ou de sua autoria.
CAPÍTULO IV
DAS PENALIDADES
Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria;
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a
gravidade da infração cometida, os prejuízos pedagógicos, os danos que dela
provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os
antecedentes funcionais.
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre a
causa da sanção disciplinar.
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de
proibição constante do artigo 120, incisos I a VII, e de inobservância do dever funcional
previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de
penalidade mais grave.
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas
punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem
infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder 90 (noventa) dias.
§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que,
injustificadamente, recusar-se à inspeção médica determinada pela autoridade
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
§ 2º Durante o período de suspensão, o servidor não terá direito a percepção
de seus vencimentos.
§ 3º Considera-se reincidente o servidor que cometer nova infração disciplinar
no período de 05 (cinco) anos contados da publicação da decisão definitiva do julgado,
exceto nos caso que a punição anterior for de advertência.
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros
cancelados, após o decurso de 03 (três) e 05 (cinco) anos de efetivo exercício,
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração
disciplinar.
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - praticar ato definido como crime contra a administração pública, a fé
pública, fazenda municipal, ou previstos nas leis relativas à segurança e a defesa
nacional;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de verba pública;
IX - revelação de segredo decorrente do exercício de seu cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
XI - corrupção;
XII - transgressão dos incisos VIII ao XIX do artigo 121;
XIII - For condenado por sentença transitada em julgada, a pena de perda
da função pública.
Art. 133. Será cassada a aposentadoria do inativo que a tenha obtido com
inconstitucionalidade ou ilegalidade, a qualquer tempo, comprovada a má-fé do
servidor, pela Administração.
Art. 134. A demissão ou a destituição de cargo em comissão incompatibiliza
o ex-servidor para nova investidura em cargo público municipal pelo prazo de 10 (dez)
anos.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público municipal o servidor
que for demitido por crime contra a Administração pública, improbidade administrativa,
lesão aos cofres públicos ou prática de corrupção, nos termos da lei federal.
Art. 135. Configura abandono de cargo a ausência injustificada do servidor
ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.
Art. 136. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa
justificada, por 20 (vinte) dias consecutivos, ou interpolados, ou 120 (cento e vinte)
horas aulas durante cada ano civil.
Art. 137. As penalidades disciplinares serão aplicadas pelo Prefeito.
Art. 138. A ação administrativa disciplinar prescreverá:
I - em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão ou
cassação de aposentadoria;
II - em 02 (dois) anos, quanto àquelas puníveis com suspensão;
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto àquelas puníveis com advertência.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou
conhecido pela autoridade competente para iniciar o processo administrativo
respectivo.
§ 2º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar
interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.
§ 3º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir
do dia em que cessar a interrupção.
CAPÍTULO V
DA SINDICÂNCIA, DO AFASTAMENTO PREVENTIVO E DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Seção I
Da Sindicância.
Art. 139. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é
obrigada a relatar o ocorrido e solicitar a sua apuração imediata para o seu superior.
§ 1º - Compete ao Diretor da Unidade Escolar encaminhar ao Secretário da
Educação os fatos desabonadores, que sejam de seu conhecimento.
§ 2º - O Secretário da Educação ao receber esses fatos deverá encaminhar
para apuração pelo órgão competente.
Art. 140. As denúncias de irregularidades formuladas por escrito serão objeto
de apuração por sindicância, ainda que não contenham a identificação do
denunciante.
§ 1º Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou
ilícito penal, a denúncia será arquivada após manifestação formal e justificada do
Secretário da Educação.
§ 2º O processo de sindicância será conduzido por comissão processante
composta de pelo menos 03 (três) servidores designados pela autoridade competente,
devendo, no mínimo, 1 (um) dos membros pertencer ao quadro do magistério.
Art. 141. Na hipótese do relatório da sindicância concluir que a infração está
capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos
ao Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo
disciplinar e sendo evidente de prejuízo ao erário, encaminhará à Procuradoria do
Município para providências.
Seção II
Do Afastamento Preventivo
Art. 142. Como medida cautelar a autoridade instauradora do processo
disciplinar poderá, se justificadamente imprescindível a medida, determinar o
afastamento do servidor do exercício do cargo até a decisão do processo disciplinar,
podendo ser convocado a qualquer momento para exercer suas funções em outro
local de trabalho, desde que compatíveis com o cargo, sempre sem prejuízo da
remuneração.
Seção III
Do Processo Administrativo Disciplinar.
Art. 143. O processo administrativo disciplinar é o instrumento destinado a
apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas
atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre
investido.
§ 1º. Instaurado o processo administrativo o servidor indiciado terá suspensas
as férias, licença prêmio e licença para tratar de interesses particulares, até o término
do procedimento, assim como não poderá exonerar-se do cargo.
§ 2º. O disposto no § 1º não se aplica aos servidores em exercício da
docência, que deverão obrigatoriamente gozar as férias no mês de janeiro.
Art. 144. O processo administrativo disciplinar será conduzido por comissão
processante composta por no mínimo 3 (três) e no máximo 5 (cinco) membros, sendo
todos servidores de carreira designados pela autoridade competente, ocupantes de
cargo com nível de escolaridade exigido igual ou superior ao cargo exercido pelo
indiciado, devendo no mínimo, 1 (um) dos membros pertencer ao quadro do
magistério.
§ 1º A comissão processante terá como secretário servidor designado pelo
presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros.
§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou processante:
cônjuge, companheiro ou parente do indiciado, consangüíneo ou afim, em linha reta
ou colateral, até o 3º (terceiro) grau.
Art. 145. A comissão processante exercerá suas atividades com
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato
ou exigido pelo interesse da administração.
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões terão caráter
reservado.
Art. 146. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a minuciosa
indiciação do servidor em processo administrativo disciplinar, com a especificação dos
fatos a ele imputados e das respectivas provas, obedecendo-se, no que for possível,
o Código de Processo Penal.
Art. 147. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
II – defesa, instrução e relatório;
III - julgamento.
Art. 148. O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar não
excederá 90 (noventa) dias, contados da data de instalação dos trabalhos pela
comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o
exigirem, por requerimento da comissão e com autorização da autoridade máxima.
§ 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus
trabalhos, ficando seus membros dispensados do registro do ponto até a entrega do
relatório final.
§ 2º As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar
as deliberações adotadas.
Seção IV
Do Procedimento da Sindicância Meramente Investigatória
Art. 149. A sindicância meramente investigatória é o procedimento
administrativo de preparação e de investigação, que não comporta contraditório e não
há acusados, iniciando-se mediante representação elaborada pela chefia que tiver
conhecimento da irregularidade, com o objetivo de apurar os fatos e os indícios de
autoria.
§ 1º A sindicância meramente investigatória será instruída com os elementos
colhidos e com o relatório redigido pelos responsáveis pelo procedimento.
§ 2º A sindicância deverá ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias, a partir
de seu início, prorrogáveis por igual período, mediante autorização de quem tenha
determinado a instauração.
Art. 150. Na sindicância meramente investigatória serão realizadas as oitivas
de pessoas envolvidas ou das que, de qualquer forma, possam contribuir para o
esclarecimento dos fatos, e juntada aos autos de todos os documentos pertinentes.
Parágrafo único - A sindicância meramente investigatória se encerrará com
relatório sobre o apurado, apontando a veracidade do fato descrito na representação
e indicando os eventuais autores, com sua respectiva qualificação, ou, na sua falta,
conterá a indicação de que não foi possível precisar a autoria.
Art. 151. Na elaboração do relatório conclusivo, a comissão poderá sugerir:
I- o arquivamento, quando comprovada a inexistência de ilícito administrativo,
ou na impossibilidade de estabelecer a autoria ou a materialidade do fato;
II- a instauração de procedimento disciplinar cabível.
Seção V
Sindicância Punitiva
Art. 152. A sindicância punitiva é o procedimento administrativo sumário, onde
serão feitas as diligências necessárias à apuração das irregularidades.
Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância punitiva não excederá
a 30 (trinta) dias, a partir da data constante do termo de instalação dos trabalhos,
podendo ser prorrogado por igual período, à critério da autoridade superior.
Art. 153. Após a instauração, citar-se-á o sindicado, para, no prazo de 5
(cinco) dias, apresentar defesa prévia, sob pena de revelia, na qual poderá indicar
provas e arrolar testemunhas, até o máximo de 3 (três).
§ 1º A comissão deliberará sobre as questões preliminares e sobre o
requerimento de provas eventualmente formulado pelo sindicado, indeferindo aquelas
meramente procrastinatórias ou irrelevantes para a apuração dos fatos e sua autoria.
§ 2º Saneado o procedimento, a comissão marcará audiência de instrução, se
necessário, na qual serão ouvidas as testemunhas eventualmente arroladas e
promover-se-á o interrogatório do sindicado.
§ 3º Após a audiência de instrução, e não sendo o caso de se promoverem
novas diligências, conceder-se-á o prazo de 8 (oito) dias, para o sindicado apresentar
alegações finais, findo o qual os autos serão encaminhados à Comissão, para
elaboração de relatório conclusivo e posterior remessa à autoridade instauradora, que
realizará o julgamento.
§ 4º A qualquer tempo e antes do relatório final, a comissão poderá requerer
a juntada de documentos, oitiva de servidores públicos ou terceiros, bem como a
produção de quaisquer outras provas, concedendo prazo de 5 (cinco) dias ao
sindicado, para vistas e manifestação.
Art. 154. Da sindicância punitiva poderá resultar:
I - arquivamento do processo;
II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta)
dias;
III - instauração de processo disciplinar, quando ensejar aplicação de
penalidade superior a 30 (trinta) dias de suspensão, demissão, destituição do cargo
em comissão ou função de confiança ou da disponibilidade.
Seção VI
Do Procedimento do Processo Disciplinar
Art. 155. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar
responsabilidade de servidor público por infração praticada no exercício de suas
atribuições ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre
investido, podendo ser instaurado de oficio ou após conclusão da sindicância
administrativa.
Art. 156. A comissão processante exercerá suas atividades com
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato
ou exigido pelo interesse da administração pública.
Art. 157 O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
II - instrução, defesa e relatório;
III - julgamento.
Art. 158. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá
90 (noventa) dias, contados do termo de instalação dos trabalhos da comissão,
admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
Subseção I
Da Instrução, da Defesa e do Relatório
Art.159. A instrução do processo administrativo disciplinar obedecerá ao
princípio do contraditório, assegurada ao acusado a ampla defesa, com a utilização
dos meios e recursos admitidos em direito.
Parágrafo único. Os autos da sindicância, se existente, integrarão o
processo disciplinar, como parte da instrução.
Art. 160. Na fase de instrução, a comissão processante promoverá a
citação do acusado, dando-lhe ciência dos autos, e o direito de apresentar, no prazo
de 10 (dez) dias, defesa prévia, sob pena de revelia.
Parágrafo único. É assegurado ao servidor público o direito de acompanhar
o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador, e, na defesa prévia, arrolar
testemunhas, no máximo 6 (seis), solicitar a produção de provas e formular quesitos,
quando se tratar de prova pericial.
Art. 161. Após a defesa prévia, a comissão promoverá a tomada de
depoimentos, acareações, investigações e demais diligências cabíveis, objetivando a
coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a
permitir a completa elucidação dos fatos.
§ 1º O presidente da comissão processante poderá denegar pedidos
considerados impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o
esclarecimento dos fatos.
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato
não depender de conhecimento especial de perito.
Art. 162. O depoimento das testemunhas e o interrogatório do acusado serão
prestados oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito trazê-lo por escrito.
§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios entre as testemunhas, a
comissão processante poderá promover a acareação entre elas.
Art. 163. Concluídas as diligências previstas nesta lei, a comissão promoverá
o interrogatório do acusado.
§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido
separadamente.
§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à
inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas,
facultando-se lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão
processante, que formulará as perguntas correspondentes, indeferindo aquelas que
forem impertinentes e irrelevantes.
§ 3º Após o interrogatório do acusado, a comissão poderá determinar, de
ofício, outras diligências para dirimir dúvidas sobre ponto relevante.
§ 4º Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão
proporá à autoridade competente a realização de exame por perito médico oficial ou
profissional contratado para tal finalidade.
Art. 164. O acusado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à
comissão processante o lugar onde poderá ser encontrado, sob pena de incorrer em
violação de dever funcional.
Art. 165. Achando-se o acusado em lugar incerto e não sabido, será citado
por edital, publicado por 2 (duas) vezes no jornal de publicação dos atos oficiais, para
apresentar defesa.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 10
(dez) dias, a partir da última publicação do edital.
Art. 166. Considerar-se-á revel o acusado que, regularmente citado, não
apresentar defesa no prazo legal.
§ 1º A decretação de revelia implica em se dar como verdade o que se alega
na investigação como conduta punível do servidor público, no que toca à autoria e,
quando for o caso, à materialidade, devendo ser ponderada pelo conjunto probatório.
§ 2º Para defender o acusado revel, a autoridade instauradora do processo
designará um servidor público como defensor dativo, que deverá ser ocupante de
cargo de provimento efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade
igual ou superior ao do acusado.
Art. 167. Após a instrução e o interrogatório, o acusado será intimado a
apresentar alegações finais no prazo de 10 (dez) dias, que após o decurso deste, a
comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos
e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à
responsabilidade do servidor público.
§ 2º Reconhecida à responsabilidade do servidor público, a comissão
processante indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as
circunstâncias agravantes ou atenuantes e sugerirá a punição aplicável.
§ 3º O processo administrativo disciplinar, com o relatório da comissão
processante, será remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para
julgamento.
Subseção II
Do Julgamento
Art. 168. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo,
a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.
Art. 169. O julgamento acatará o relatório da comissão processante, salvo
quando contrário às provas dos autos.
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão processante contrariar as
provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a
penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor público de responsabilidade.
Art. 170. Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que
determinou a instauração do processo ou outra de hierarquia superior declarará a sua
nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra comissão
para instauração de novo processo.
Art. 171. O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.
Art. 172. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora
determinará o registro do fato nos assentamentos individuais do servidor.
CAPÍTULO VI
DO REEXAME DA DECISÃO
Seção I
Dos Recursos
Art. 173. Da decisão proferida no procedimento disciplinar caberá:
I - pedido de Reconsideração;
II - recurso.
§ 1º O Pedido de Reconsideração será interposto por petição dirigida à
autoridade que realizou o julgamento, não podendo ser renovado.
§ 2º O Recurso será interposto por petição dirigida à autoridade competente,
para reapreciar a decisão.
§ 3º Não terão efeito suspensivo, salvo nos casos previstos em lei, o Pedido
de Reconsideração e o Recurso.
§ 4º O prazo para a interposição do pedido de reconsideração e do recurso é
de 10 (dez) dias, contados da data da intimação do processado ou do seu defensor.
Art. 174. Caberá Recurso quando o servidor trouxer aos autos fato novo que
possa ensejar mudança na decisão proferida pela comissão processante.
Parágrafo único. Caberá à autoridade instauradora indeferir o Recurso, caso
o recorrente não demonstre a existência de fato novo apto a alterar a decisão.
Seção II
Da Revisão
Art. 175. A Revisão somente será admitida quando:
I - a decisão for manifestamente contrária a dispositivo legal, ou à evidência
dos autos;
II - a decisão se fundamentar em depoimento, exame, vistoria ou
documento comprovadamente falso ou eivado de erro; ou,
III - surgir prova da inocência do servidor público punido.
§ 1º Não constituirá fundamento para a revisão a simples alegação de
injustiça da decisão, sendo necessários elementos novos ainda não apreciados no
processo originário.
§ 2º Deverá o requerente no ato do requerimento de Revisão demonstrar
os elementos novos e provas que pretende produzir.
§ 3º A revisão poderá ser requerida no prazo de até 3 (três) anos a contar
da data da decisão ou do julgamento do recurso.
FELIPE AUGUSTO
Prefeito do Município de São Sebastião
ANEXO I
DIVISÃO DA JORNADA E ATIVIDADES
600 Professor de Educação Básica - Generalista ou 27 h Curso de graduação superior com Licenciatura em
Polivalente. Pedagogia ou Curso Normal Superior completo.
500 Professor de Educação Básica – Especialista. 27 h Curso de graduação superior com Licenciatura na
área específica.
80 Professor de Educação Especial – Apoio a 36 h Curso de graduação superior com Licenciatura em
Inclusão. Educação Especial ou Licenciatura em Pedagogia
e Pós Graduação na Área Específica, realizada
nos termos da Deliberação CEE 112/12 ou outra
que substituí-la.
30 Professor de Educação Básica – Substituto. 15 h Curso de graduação superior com Licenciatura em
Pedagogia ou Curso Normal Superior completo.
20 Supervisor de Ensino 40 h Curso de graduação com licenciatura plena em
pedagogia, com habilitação em administração
escolar, ou pós-graduação na área da educação,
ou complementação pedagógica, com, no mínimo,
5 (cinco) anos de efetivo exercício do magistério.
70 Diretor de Unidade Escolar 40 h Curso de graduação com licenciatura plena em
pedagogia com habilitação em administração
escolar ou pós-graduação na área da educação,
com, no mínimo, 5 (cinco) anos de efetivo
exercício de magistério.
30 Vice-Diretor de Unidade Escolar 40 h Curso de graduação com licenciatura plena em
pedagogia com habilitação em administração
escolar ou pós-graduação na área da educação,
com, no mínimo, 5 (cinco) anos de efetivo
exercício de magistério.
100 Coordenador Pedagógico 40 h Curso de graduação com licenciatura plena em
pedagogia ou pós-graduação em coordenação
pedagógica, com, no mínimo, 5 (cinco) anos de
efetivo exercício de magistério.
10 Coordenador Psicopedagógico 40 h Curso de graduação com licenciatura plena em
pedagogia, com especialização em
psicopedagogia, e que tenha, no mínimo 5 (cinco)
anos de efetivo exercício do magistério.
ANEXO IV
TABELA DE REDENOMINAÇÃO
Professor de Educação Básica - Especialista Professor de Educação Básica II e Professor de Educação Física.
ANEXO V
ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS DO QUADRO DO MAGISTÉRIO
DO MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – GENERALISTA OU POLIVALENTE
Atribuições:
1. Exercício da docência em classes da educação básica – generalista ou polivalente;
2. Cumprir integralmente o calendário escolar e matriz curricular;
3. Participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico – PPP de sua unidade escolar;
4. Cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica de sua unidade escolar;
5. Elaborar programas e planos de aula, relacionando e confeccionando material didático a ser utilizado, em articulação com a
equipe de orientação pedagógica;
6. Elaborar e confeccionar, em articulação com a equipe de orientação pedagógica, material destinado à divulgação do
pensamento, da arte e do saber;
7. Elaborar e confeccionar, em articulação com a equipe de orientação pedagógica, material destinado à conscientização
dos alunos para preservação do patrimônio artístico, histórico, cultural e ambiental do país, estado e município e participar
de festividades, feiras e atividades programadas previstas no Calendário Escolar, inclusive em eventos extracurriculares;
8. Orientar os alunos na formulação e implementação de projetos de pesquisa quanto ao seu formato e à seleção, leitura e
utilização de textos literários e didáticos indispensáveis ao seu desenvolvimento;
9. Controlar, avaliar e registrar o rendimento e frequência escolar dos alunos, nos moldes estabelecidos pela Secretaria da
Educação;
10. Estabelecer estratégias de recuperação paralela para atender alunos nas suas diversidades;
11. Elaborar e encaminhar os relatórios das atividades desenvolvidas à direção ou à coordenação da unidade escolar em que
está lotado;
12. Colaborar na organização das atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;
13. Participar de reuniões com pais e com outros profissionais de ensino;
14. Participar e/ou organizar reuniões, cursos, debates, seminários e grupos de trabalho buscando o aperfeiçoamento,
atualização e a capacitação profissional bem como a qualidade do ensino, no âmbito de sua atuação;
15. Organizar os espaços diretamente relacionados as suas atividades;
16. Participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, acompanhamento e à avaliação do processo ensino-
aprendizagem e ao seu desenvolvimento profissional;
17. Participar de projetos de inclusão escolar, reforço de aprendizagem ou correção de problemas junto dos alunos
da rede municipal de ensino;
18. Conscientizar as famílias da frequência escolar das crianças do Município;
19. Realizar pesquisas na área de educação;
20. Participar e/ou organizar eventos destinados a comemorar datas significativas nacionais, estaduais e municipais;
21. Prestar assistência e suporte, quando couber, bem como elaborar relatórios aos órgãos encarregados do cumprimento
do Estatuto da Criança e do Adolescente;
22. Executar outras atribuições correlatas previstas no Plano Pedagógico;
23. Participar do processo de planejamento das atividades da Unidade Escolar visando à ampliação em seus aspectos físicos,
psicológicos, intelectual e social complementando a ação da família; organizar as operações inerentes ao processo de ensino‐
aprendizagem;
24. Contribuir para o aprimoramento da qualidade da Educação;
25. Levantar e interpretar dados relativos à realidade de sua classe;
26. Estabelecer mecanismos de avaliação;
27. Constatar necessidades e carências do aluno e propor o seu encaminhamento a setores específicos de atendimento;
28. Cooperar com a coordenação pedagógica e orientação educacional;
29. Organizar registros de observações do aluno;
30. Participar de atividades extra‐classe;
31. Coordenar a área de estudo;
32. Integrar órgãos complementares da escola;
33. Participar, atuar e coordenar reuniões e conselhos de classes e associação de pais e mestres;
34. Executar tarefas afins e as contidas no Artigo 13 da LBD
35. Elaborar o Plano Educacional Individualizado, com o apoio e suporte da equipe de orientação pedagógica especializada;
36. Demonstrar criatividade, tolerância, versatilidade, afetividade, autocontrole, sensibilidade, estabelecendo vínculos com os
alunos;
37. Auxiliar nas necessidades básicas diárias do aluno, contribuindo para sua autonomia;
38. Cumprir o Regimento Interno da unidade escolar e apresenta-lo aos alunos;
39. Executar demais atividades afins, especificadas em legislação própria.
SUPERVISOR DE ENSINO
Atribuições:
1. Supervisionar a definição e execução de políticas educacionais e propostas pedagógicas desenvolvidas em cada Unidade
Escolar, para o cumprimento das diretrizes de educação fixadas pelo governo;
2. Assessorar na elaboração de diretrizes para a Supervisão Educacional da Rede Municipal de Educação, tendo como ponto
de referência básico o aprimoramento dos recursos empregados, a melhoria da produtividade do ensino, a implementação de
propostas curriculares, a elaboração, execução, coordenação, controle e avaliação do plano escolar, a avaliação do
desempenho do professor e dos demais profissionais envolvidos no processo de ensino e aprendizagem;
3. Supervisionar o acompanhamento, orientação, controle, avaliação e coordenação das ações administrativas e pedagógicas
no desempenho global da Rede Municipal de Educação nos seus aspectos pedagógicos;
4. Assessorar nas experiências pedagógicas em escolas e/ou em classes experimentais, nos projetos de recuperação,
agrupamento e promoção de alunos, no desenvolvimento de programas e projetos referentes à educação permanente, na
orientação da gestão escolar;
5. Assessorar as unidades escolares da Rede Municipal de Educação quanto à
6. interpretação dos modelos pedagógicos, especificamente dos curriculares, quanto aos padrões de avaliação utilizados;
7. Assessorar na elaboração dos instrumentos de acompanhamento, avaliação e controle do ensino e define a sistemática de
utilização dos mesmos;
8. Assessorar na indicação de padrões para a avaliação dos resultados do processo de ensino e aprendizagem;
9. Assessorar na definição de mecanismos para a difusão das propostas curriculares;
10. Assessorar na formação de subsídios à formação das diretrizes para a avaliação das condições físicas dos prédios, dos
processos administrativos ou outras variáveis que condicionam as atividades curriculares;
11. Assessorar na análise, interpretação e difusão dos dados de avaliação do rendimento escolar, tendo em vista o
cumprimento das diretrizes de governo, no que se refere ao avanço da educação no município;
12. Assessorar na elaboração, análise, seleção e difusão dos materiais didáticos necessários à melhoria da eficiência do
ensino;
13. Assessorar na definição de parâmetros para diagnosticar as necessidades de aperfeiçoamento e atualização do pessoal
envolvido no processo de ensino – aprendizagem, recomendando indicações sobre programas de aperfeiçoamento;
14. Assessorar na definição de diretrizes para pesquisas e estudos necessários ao desenvolvimento das atividades da área de
sua competência;
15. Assessorar na fixação de diretrizes para as atividades de recuperação e promoção de alunos;
16. Assessorar na formatação de fomento objetivando suprir a escolarização regular para os adolescentes e adultos que não
as tenham realizado ou concluído em idade própria;
17. Assessorar na definição dos instrumentos de avaliação, estabelecendo padrões de realização do processo ensino –
aprendizagem nas diversas modalidades;
18. Assessorar na formulação de diretrizes para a avaliação de técnicas, recursos e materiais didáticos utilizados;
19. Assessorar na criação de critérios e instalação de cursos;
20. Assessorar e orientar as Unidades Escolares no processo de elaboração do Calendário Escolar, em consonância com a
legislação vigente;
21. Supervisionar o cumprimento do Calendário Escolar, em consonância com a legislação vigente;
22. Assessorar e orientar as Unidades Escolares no processo de regularização dos Conselhos Escolares, Grêmio e APMs,
fazendo o acompanhamento dos colegiados junto às escolas;
23. Assessorar no cumprimento do plano de trabalho docente nos estabelecimentos de ensino;
24. Assessorar na indicação e padronização de normas técnicas e documentos pertinentes à vida escolar dos alunos;
25. Assessorar no acompanhamento, orientação e coordenação dos planos de gestão das Unidades Escolares;
26. Assessorar e orientar as Unidades Escolares em ocorrências envolvendo a comunidade escolar, em consonância com a
legislação vigente;
27. Promover a juntada de documentos pertinentes à ocorrências envolvendo a comunidade escolar, realizar atendimentos,
elaborar relatórios e encaminhar para ciência da chefia imediata e demais providências cabíveis;
28. Assegurar o fluxo e refluxo de informações entre a Secretaria Municipal de Educação e as unidades escolares;
29. Assessorar, planejar, controlar, orientar, avaliar e propor políticas públicas necessárias para o desempenho da Rede
Municipal de Educação;
30. Realizar o acompanhamento das escolas públicas municipais, elaborar relatórios periódicos de atividades relacionadas ao
funcionamento das escolas nos aspectos pedagógicos, de gestão e de infraestrutura;
31. Realizar a orientação, acompanhamento, fiscalização e o saneamento de atos administrativos nas escolas públicas
municipais e privadas (Educação Infantil), de forma individual ou por meio de comissões;
32. Participar do processo coletivo de construção do plano de trabalho da Secretaria Municipal de Educação, elaborar seu
plano de trabalho articulado com o Departamento de Ensino, bem como acompanhar o desenvolvimento de programas de
educação continuada propostos pela secretaria para aprimoramento da gestão escolar;
33. Realizar estudos e pesquisas, emitir pareceres e propor ações voltadas para o desenvolvimento do sistema de ensino,
acompanhando a utilização dos recursos financeiros e materiais para atender às necessidades pedagógicas e aos princípios
éticos que norteiam o gerenciamento de verbas públicas;
34. Assessorar o Diretor de Departamento no atendimento das equipes gestoras das unidades escolares, esclarecendo todas
e quaisquer dúvidas;
35. Exercer outras atividades compatíveis delegadas em razão de sua confiança;
COORDENADOR PSICOPEDAGÓGICO
Atribuições:
1. Coordenar atividades preventivas de forma a garantir que a escola seja um espaço destinado a professor/aluno; aluno/aluno/;
família/escola, fomentando as interações interpessoais para intervenções nos processos do ensinar e aprender;
Coordenar a definição de diretrizes para enfatizar a importância de que o planejamento deve contemplar conceitos e conteúdos
estruturantes, com significado relevante e que levem a uma aprendizagem significativa, elaborando as bases para um trabalho
de orientação do aluno na construção de seu projeto de vida, com clareza de raciocínio e equilíbrio;
2. Coordenar a definição do modelo de aprendizagem do professor e do aluno, intervindo, caso necessário, para torná-lo mais
eficaz;
3. Coordenar os docentes nos casos de dificuldades de aprendizagem dos discentes e encaminhar, quando necessário, para
atendimento com especialistas em centros especializados;
4. Coordenar e assessorar na mediação da relação entre profissionais especializados e escola nos processos terapêuticos;
5. Coordenar e assessorar na participação de reuniões da escola com as famílias dos alunos colaborando na discussão de
temas importantes para a melhoria do crescimento de todos que estão ligados àquela instituição;
6. Coordenar e assessorar na definição de políticas públicas para aprimoramento do desenvolvimento educacional em
consonância com as definições de governo;
7. Exercer outras atividades compatíveis delegadas em razão de sua confiança.
COORDENADOR PEDAGÓGICO
Atribuições:
1. Assessorar e coordenar atividades de desenvolvimento técnico-pedagógicas relativas à Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Educação de Jovens e Adultos e aos serviços de Educação Especial;
2. Assessorar na elaboração, formação e desenvolvimento de projetos para a Educação Infantil. Ensino Fundamental e
Educação de Jovens e Adultos;
3. Assessorar na elaboração e implementação da Proposta Política Pedagógica e do Plano de Gestão das unidades escolares;
4. Assessorar na coordenação das atividades de planejamento quanto aos aspectos curriculares;
5. Coordenar e assessorar na promoção dos objetivos propostos considerados no desenvolvimento do trabalho docente;
6. Coordenar e assessorar na promoção da integração entre os diferentes componentes curriculares da mesma série;
7. Coordenar e assessorar a definição de políticas públicas para garantia da sequência da aprendizagem na ordenação
horizontal e vertical das séries;
8. Coordenar a programação de atividades pedagógicas;
9. Coordenar a formação pedagógica para professores, visando assegurar a eficiência e a qualidade de ensino;
10. Coordenar, planejar e assessorar reuniões dos Conselhos de Classe;
11. Coordenar e orientar a elaboração de planos e atividades relacionadas ao processo de recuperação e reforço dos alunos;
12. Coordenar a elaboração de diretrizes para a programação e execução das reuniões pedagógicas;
13. Coordenar e assessorar a definição de parâmetros para as atividades de aperfeiçoamento e atualização dos docentes;
14. Coordenar e assessorar no planejamento de utilização dos espaços físicos destinados às aulas teóricas e práticas, bem
como dos ambientes especiais destinados às atividades de ensino e aprendizagem;
15. Coordenar e assessorar a avaliação dos resultados do ensino no âmbito das unidades escolares;
16. Coordenar e assessorar na definição e cumprimento do fluxo de informações entre os vários setores das unidades escolares;
17. Assessorar o Diretor, especificamente, quanto às decisões relativas à matrícula, organização de turmas e de classes,
organização do calendário, transferência de alunos, agrupamentos de alunos e horário das aulas, utilização dos recursos
didáticos da escola, classificação e reclassificação de alunos, dando ciência da organização didático pedagógica para a
comunidade escolar;
18. Assessorar o Diretor nos assuntos relacionados à ocorrências e/ou atividades extraordinárias verificadas no âmbito da
unidade escolar;
19. Assegurar a otimização dos recursos físicos, organizar e zelar pela utilização dos equipamentos de apoio técnico -
pedagógico, propor à direção, reformulação, quando necessário, dos arranjos físicos dos laboratórios e outros ambientes;
20. Participar de comissões quando designado pelo Diretor;
21. Exercer outras atividades compatíveis delegadas em razão de sua confiança.
ANEXO VI
TABELA DE PROGRESSÃO FUNCIONAL PELA VIA ACADÊMICA
Formação em pós-graduação, em nível de stricto sensu, MESTRADO, Gratificação de 10% (dez por
MESTRE ligado à área da educação do cargo do profissional, regulamentado pelo cento) dos vencimentos.
Ministério da Educação.
Formação em pós-graduação, em nível de stricto sensu, DOUTORADO, Gratificação de 17%
DOUTOR ligado à área da educação do cargo do profissional, regulamentado pelo (dezessete por cento) dos
Ministério da Educação. vencimentos.
Formação em pós-graduação, em nível de stricto sensu, PÓS- Gratificação de 25% (vinte e
PÓS-DOUTOR DOUTORADO, ligado à área da educação do cargo do profissional, cinco por cento) dos
regulamentado pelo Ministério da Educação.. vencimentos.
ANEXO VII
TABELA GERAL DO MAGISTÉRIO E GESTÃO PEDAGÓGICA – EDUCAÇÃO
PROFESSOR EDUCAÇÃO BASICA SUBSTITUTO
Referência
INICIAL 2.797,56
COORDENADOR PEDAGOGICO
Referência
INICIAL 7.646,68
SUPERVISOR DE
ENSINO
Referência
INICIAL 8.457,06
COORDENADOR PSICOPEDAGOGO
Referência A
INICIAL 7.646,68
ANEXO VIII
FORMULÁRIO A SER INFORMADO PELO SETOR DE RECURSOS HUMANOS.
Justificada
Injustificada
TIPO NÚMERO DE
OCORRÊNCIAS
Advertência
Suspensão
TIPO NÚMERO DE
OCORRÊNCIAS
Servidor estável do RH responsável pelo lançamento dos dados: _______________________________ Matrícula __________
FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Data da Avaliação:
Avaliação de nº ___________
_____/_____/_____
Qualidade e Atenção: Refere-se à atenção do servidor ao serviço, caracterizando-se pela execução correta das tarefas.
Embora faça o que lhe é Segue somente o que lhe é Seu trabalho está dentro dos Executa seu trabalho com
pedido, peca pelos resultados pedido, não se preocupa em padrões exigidos. Interessa- perfeição quando trata-se de
finais. Seu trabalho apresenta saber sobre o que faz. se em aprender sobre seu qualidade. Enfrenta novas
falhas características da falta Quando erra, corrige-se e serviço, seja participando de tarefas como um desafio,
de atenção. Quando cobrado evita os mesmos erros. treinamento ou em instruções tendo a iniciativa de buscar
não demonstra muito que lhe são transmitidas. informações e conhecimentos
interesse em aprimorar-se, e necessários para executá-las.
ocasionalmente repete os
erros.
( ) = (3,0) ( ) = (9,0) ( ) = (12,0)
( ) = (6,0)
Justificativa:
Interesse: Refere-se à atitude de buscar as informações necessárias para a execução do seu trabalho, bem como a atenção e ao
cumprimento das informações recebidas.
Espera que lhe digam o que é Faz somente o que lhe Percebe as situações Chama a responsabilidade
preciso ser feito, mesmo nas pedem, tendo o rotineiras de trabalho, sem para si. Busca solucionar os
situações rotineiras. conhecimento necessário que lhe seja preciso cobrar. problemas que surgem no
Caracteriza-se por “estar para isso, porém, tende a Aplica as soluções que lhe trabalho. Não só aplica as
sempre esperando alguém acomodar-se, afinal, “sempre são apresentadas. soluções que lhe são
mandar”. Não se preocupa foi feito assim”. Tem apresentadas como busca
com os resultados, “se não dificuldade em aceitar novos alternativas a fim de cumprir
der certo, faz novamente, se métodos e soluções sem suas obrigações da melhor
não terminar hoje acaba sequer testá-los. maneira possível.
amanhã”.
( ) = (3,0) ( ) = (6,0) ( ) = (9,0) ( ) = (12,0)
Justificativa:
Produtividade: Refere-se ao volume de trabalho executado, dentro dos padrões exigidos, em determinado espaço de tempo.
Sua produtividade varia. Em A quantidade de trabalho que Tem um nível de Utiliza toda a sua capacidade
algumas situações, precisa executa é apenas adequada produtividade dentro dos e recursos materiais
ser acompanhado e lembrado nas situações em que a padrões. Empenha-se para disponíveis, sendo altamente
quanto aos prazos. necessidade de serviços é melhorar o volume produtivo, mesmo em
menor. Se há um aumento executado, contornando as situações de aumento de
neste volume, não consegue dificuldades que lhe são demanda de serviços.
cumprir o que dele se espera. impostas no dia-a-dia.
( ) = (6,0)
( ) = (3,0) ( ) = (9,0) ( ) = (12,0)
Justificativa:
Iniciativa: Refere-se à atitude de agir dentro dos seus limites de atuação no trabalho.
Não resolve os casos que não Tem a iniciativa de resolver Atua resolvendo e Tomas as atitudes cabíveis
se enquadrem na mais os casos e/ou tarefas mais encaminhando os casos mesmo frente às situações
absoluta rotina de seu rotineiros. rotineiros ou não. Toma as mais complexas e distintas de
trabalho, e mesmo nestes, decisões dentro dos seus sua rotina. Preocupa-se com
precisa ser cobrado pela limites, não comprometendo o bom andamento dos
chefia e/ou ajudado pelos o andamento do trabalho, serviços de sua “seção”,
colegas. nem gerando apresentando-se disponível
constrangimento entre para colaborar com chefia e
colegas e chefias. colegas.
Responsabilidade: Refere-se à atitude de executar o que lhe compete de forma correta, sem a necessidade de supervisão constante.
Evita comprometer-se ou Algumas de suas atitudes no Demonstra conhecimento de Compromete-se com seu
assumir sua trabalho precisam ser suas responsabilidades. Não trabalho, sendo
responsabilidade. Quando acompanhadas para que se precisa ser cobrado pela sua extremamente responsável
cobrado tem sempre possa ter certeza de que chefia para que cumpra os pelo que faz. Está atento para
desculpa pronta, atribuindo a entregará suas tarefas prazos e/ou padrões todos os detalhes. Preocupa-
falha a uma causa ou pessoa. conforme estabelecido. estabelecidos. se com o bom andamento dos
( ) = (3,0) serviços.
( ) = (6,0) ( ) = (9,0) ( ) = (12,0)
Justificativa:
Excelente: 60 a 51 pontos - Bom: 50 a 36 pontos - Regular: 35 pontos a 24 pontos - Insatisfatório: igual ou inferior a 23 pontos
_______________________________________________ _______________________________________________
Assinatura do Servidor Assinatura / Carimbo superior hierárquico
_______________________________________________________
A assinatura em conjunto não representa concordância com a avaliação,
somente que está ciente. Integrante da Equipe Gestora da Unidade:
_______________________________________________________
Integrante da Equipe Gestora da Unidade:
O servidor não é obrigado a assinalar o item abaixo, mesmo que discorde, sendo o recurso o meio específico para apresentar su as razões.
( ) Discordo da avaliação e formularei recurso contra os conceitos atribuídos aos seguintes fatores de avaliação:
Essa avaliação deverá ser feita na presença do servidor e com base em dados objetivos. O servidor sempre receberá uma via de
sua avaliação, podendo contestar os dados lançados e pedir revisão. A CONFERÊNCIA DESTA AVALIAÇÃO SERÁ REALIZADA E
APROVADA PELA COMISSÃO ESPECÍFICA.