Proposição de Um Modelo para Caracterização Das Conversões Do Conhecimento No Processo de Desenvolvimento de Produtos
Proposição de Um Modelo para Caracterização Das Conversões Do Conhecimento No Processo de Desenvolvimento de Produtos
Proposição de Um Modelo para Caracterização Das Conversões Do Conhecimento No Processo de Desenvolvimento de Produtos
São Carlos
2002
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FOLHA DE APROVAÇÃO
iii
à universidade pública,
responsável por minha formação científica e profissional
iv
AGRADECIMENTOS
Uma menção deve ser feita a algumas pessoas que colaboraram para a
finalização desta tese: à Elenise e Teresinha, da Biblioteca da EESC, pelas atentas
revisões no resumo e nas referências bibliográficas, e à Ana Paula e Ana Cláudia,
pela rigorosa revisão do português de toda a tese. Meu muito obrigado.
E a minha família, e em especial a meus pais, por toda a dedicação aos filhos
e a sua educação, e pela compreensão pelo pouco tempo disponível durante
alguns períodos desta jornada.
vi
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO ................................................................ 1
1.1. Contexto do trabalho de pesquisa ....................................................... 1
1.2. Questões e objetivos ............................................................................. 5
1.3. Justificativas e limitações ..................................................................... 6
1.3.1. Justificativas .......................................................................................... 6
1.3.2. Limitações ............................................................................................. 8
1.4. Etapas de apresentação do trabalho ................................................... 9
2 – O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE
PRODUTOS E SUAS DIMENSÕES .............................. 11
2.1. Características do desenvolvimento de produtos .............................. 11
2.2. Engenharia simultânea e o desenvolvimento de produtos tratado
como um processo .............................................................................. 14
2.3. Dimensões do processo de desenvolvimento de produtos .............. 18
2.3.1. Dimensão Estratégia ............................................................................. 19
2.3.2. Dimensão Organização ......................................................................... 23
2.3.3. Dimensão Atividades / Informações ...................................................... 25
2.3.4. Dimensão Recursos .............................................................................. 30
2.4. Considerações finais ............................................................................. 32
3 – A GESTÃO E AS CONVERSÕES DO
CONHECIMENTO ......................................................... 33
3.1. Conhecimento e administração: primórdios ....................................... 33
3.2. Diretrizes e recomendações básicas referentes a inserção da
gestão do conhecimento na empresa .............................................. 35
3.2.1. Mensurando o mercado de conhecimentos de uma empresa .............. 36
3.2.2. Impactos da gestão do conhecimento e da aprendizagem no escopo
das áreas e departamentos funcionais da empresa ............................ 38
3.3. Principais abordagens utilizadas na gestão do conhecimento ......... 39
3.4. Diferenciação do conhecimento em relação a dados e informações 41
3.5. Criação do conhecimento: formatos e conversões ............................ 43
3.5.1. Socialização .......................................................................................... 46
3.5.2. Externalização ....................................................................................... 46
3.5.3. Combinação .......................................................................................... 47
3.5.4. Internalização ........................................................................................ 47
3.6. Facilitadores do trabalho com o formato tácito do conhecimento 49
vii
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
RESUMO
ABSTRACT
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
Por fim, há uma dimensão Recursos, tratada pioneiramente por CLARK &
WHEELWRIGHT (1992) e CLARK & WHEELWRIGHT (1993) e por diversos outros
trabalhos recentes (destacando-se PAWAR, 1999; CHENG, 2000; e ROZENFELD
et al., 2000), que são as técnicas, métodos, ferramentas e sistemas empregados
como apoio às dimensões anteriores principalmente a de Atividades / Informações.
O uso do QFD (quality function deployment) para o levantamento das necessidades
e desejos do cliente e do FMEA (failure mode and effect analysis) de produto e de
processo de fabricação para a análise de impacto de potenciais falhas são dois
exemplos de Recursos, dentre outros.
RAMESH & TIWANA (1999), por exemplo, afirmam que o QFD é uma ferramenta
com forte potencial de transmissão de conhecimentos, devido às discussões
(Socialização) e registros (Externalização) que são necessários para sua
realização. Esses trabalhos são aqui denominados de melhores práticas e, assim
como as hipóteses, são apresentadas no capítulo 5.
- Como pode ser estruturada uma forma de avaliação da GC no DP que faça uso
das conversões do conhecimento e das dimensões desse processo?
- por fim, ao se atender aos objetivos anteriores, contribuir com uma revisão
crítica das abordagens teóricas que envolvem a GC e o DP, indicando lacunas
que necessitam ser mais detalhadamente investigadas nestes dois campos
teóricos.
1.3.1. Justificativas
1.3.2. Limitações
A contingência de se seguir apenas uma das linhas teóricas para cada tema
(a criação do conhecimento para a GC e as dimensões do processo para o DP),
consideradas e já defendidas aqui como sendo as mais pertinentes para se estudar
a GC no DP, faz que se coloque necessariamente em segundo plano outras
abordagens que também poderiam trazer algumas contribuições. Minimiza-se, esta
limitação, por meio de uma vasta análise de referências bibliográficas, buscando-se
entender e considerar as influências praticadas ou recebidas pelas linhas teóricas
adotadas em outras linhas que também tratam da GC e do DP.
O conteúdo dos capítulos teóricos que seguem deriva de uma ampla revisão
bibliográfica, um trabalho concentrado no início da tese, mas que se manteve
durante toda sua elaboração, realizado principalmente por meio da literatura
científica convencional complementada pelas informações presentes em sites da
internet e pela literatura empresarial. A participação em congressos relacionados ao
DP e à GC, as visitas às empresas consideradas pioneiras ou referências na GC
e/ou no DP, e por fim os diálogos com pesquisadores ligados aos temas da
pesquisa, também contribuíram para este trabalho.
Sabe-se, porém, que neste ciclo, na medida em que mais decisões vão
sendo tomadas na condução do DP (no seu andamento normal), mais
encarecedora fica a necessidade de se efetuarem modificações tardias (porque
requer que muitas decisões e suas implicações sejam revistas). Ao mesmo tempo,
a dinamicidade dos contextos atuais em que o DP se insere torna, muitas vezes,
inevitável que modificações ocorram durante sua realização. O próprio desafio
contemporâneo do DP, de contribuir para a “customização em massa” (a produção
de produtos personalizados em grande escala) (PINE II et al., 1993), requer uma
condução do DP flexível e rápida no atendimento das mudanças de projetos.
Percebe-se que, apesar desta divisão, feita para permitir uma melhor
análise do processo de DP, as dimensões são interelacionadas e interdependentes,
formando em conjunto uma visão holística sintética do DP.
1
Esses e outros indicadores de avaliação / desempenho de projetos são utilizados em
abordagens recentes sobre gestão de projetos, como as apresentadas em SILVA (2001) por
meio de textos explicativos e exemplos de uso de metodologias como o PMBoK – Project
Management Body of Knowledge e softwares como o Ca-Superproject, o MS-Project, e o
Project Control Panel.
22
Envolvimento de fornecedores.
2
EPPINGER (2001) menciona que no dinâmico DP atual, faz mais sentido a pergunta:
“Quais informações de outras tarefas eu preciso para completar esta?” do que a pergunta
convencional: “Quais outras tarefas precisam ser completadas antes de eu começar esta?”
29
Nos anos 80, este tema tornou-se mais presente devido ao advento das
abordagens teóricas relacionadas à sociedade do conhecimento, ao aprendizado
organizacional e às competências essenciais na gestão estratégica (SPENDER,
1996). Em anos recentes, as pesquisas nestas abordagens intensificaram suas
aplicações práticas e o aprofundamento teórico, focalizando a necessidade de se
entender como as organizações trabalham com o conhecimento para desenvolver
novos produtos, novos processos e novas formas ou arranjos organizacionais mais
flexíveis, proporcionando uma vantagem competitiva sustentável (HAYES &
PISANO, 1994).
autores mencionam que começar a GC pelo processo de DP, devido a sua inerente
dependência quanto ao conhecimento, é uma das melhores formas de se iniciar um
trabalho com este tema.
1
Estes autores consideram que o valor do conhecimento não pode ser fixado
definitivamente, pois vai depender de cada contexto (no tempo e no espaço) em que está
sendo aplicado. O conhecimento é sempre recriado conforme as condições que
caracterizam o momento presente em que está sendo manuseado. O aprendizado advindo
38
2
Esta visão de competências essenciais para o desenvolvimento de uma vantagem
competitiva sustentável e de difícil imitação é advinda de uma perspectiva competitiva
baseada em recursos, proposta originalmente por PRAHALAD & HAMEL (1990), em
oposição à abordagem ou perspectiva competitiva baseada na análise do posicionamento
estratégico da indústria em seu ambiente, advindo do trabalho de PORTER (1980).
41
3
No caso da internet há uma razoável separação conceitual entre estas três entidades. Os
dados que existem na web podem, quando acessados, prover informações em formato
estruturado e inteligível que, quando utilizada, serve como catalisadora de novos
conhecimentos (GEISELER, 1997).
43
4
Este escultor experiente pode escrever detalhadas regras e procedimentos e construir
elaboradas ferramentas físicas, porém, consegue incorporar nestes recursos formais
apenas parte de seu conhecimento, aqueles que o escultor consegue externalizar na forma
explícita. Mas quando este inicia uma nova escultura, um dos mais importantes
conhecimentos é a visão do todo, do resultado final de seu trabalho, que o vai guiar nos
detalhes e pequenas tarefas para conseguir seu intento. Esse conhecimento é tácito,
apenas precariamente externalizado na forma de um desenho ou discurso, mas pode ser
razoavelmente bem captado e incorporado por um aprendiz deste artesão que junto com ele
trabalha por um regular intervalo de tempo.
5
Ao descrever que dois pianistas, um aprendiz e um mestre, podem ter acesso ao mesmo
conhecimento explícito (as partituras musicais), porém, o entendimento destas partituras
será diferente, assim como a reação a esta leitura, em termos de interação com o teclado e
ajuste ao som produzido (conhecimento tácito).
6
Para uma revisão mais específica (indo além do escopo desta tese) de definições sobre
conhecimento e sua gestão, assim como aprendizagem e outros temas correlatos, veja em
BECGCAN apud CARAYANNIS (1999) e TERRA (2000).
44
CONCEITO CARACTERÍSTICA
SUTTON & PFEFFER (1999b) afirmam que, para aprender bem uma prática
de trabalho, é necessária a ação conjunta do conhecimento explícito e tácito, pois é
neste último formato que estão as várias nuances e aspectos não tangíveis que
45
7
Há inúmeros livros, figuras, filmes, relatos de visitas a fábricas, enfim conhecimento no
formato explícito, sobre o sistema Toyota de produção (similar à produção enxuta – lean
production). Entretanto, apenas com um trabalho conjunto ou estágio duradouro junto aos
experientes engenheiros e técnicos nas fábricas da Toyota, ou da permanência destes por
um certo período de tempo na empresa que pretende implantar este sistema de produção,
enfim criando-se oportunidades de contato com o conhecimento no formato tácito, é que é
possível captar e incorporar efetivamente os conhecimentos sobre este sistema (SUTTON &
PFEFFER, 1999b). O caso NUMMI, da fábrica construída em joint-venture entre a Toyota e
a General Motors, para que esta última aprendesse os princípios da lean production, é o
melhor exemplo que corrobora a afirmação destes autores.
46
3.5.1. Socialização
3.5.2. Externalização
3.5.3. Combinação
Uma frase síntese desta conversão pode ser, então: o agrupamento dos
registros de conhecimentos.
3.5.4. Internalização
Uma frase síntese desta conversão pode ser, então: o aprendizado pessoal
a partir da consulta dos registros de conhecimentos.
48
8
Segundo NONAKA & TAKEUCHI (1997), o modelo de gerência top-down valoriza a
atuação do “comandante”, otimizando apenas o conhecimento explícito (particularmente a
Combinação e a Internalização). Já o modelo bottom-up valoriza a atuação do “patrocinador
ou mentor”, otimizando o conhecimento tácito (em particular a Socialização e a
Externalização).
49
9
A prioridade de se trabalhar com o conhecimento tácito é denominada por HANSEN et al.
(1999) de estratégia de GC de personalização, em oposição a uma estratégia de GC de
codificação, que prioriza o trabalho com o conhecimento explícito.
50
10
Em síntese, estes autores apontam algumas condições para o funcionamento destas
redes de trabalho: - grupos e redes são voluntários e espontâneos, a empresa não deve
formalizá-los ou forçar sua criação, mas apenas remover barreiras e motivar a participação;
- a empresa deve respeitar as lideranças e elementos de ligação (gatekeepers) que surgem
nestes grupos ou comunidades, escolhidos não por sua posição na hierarquia formal da
empresa, mas sim por suas habilidades (motivadoras e inovadoras) de condução do
trabalho do grupo; - a empresa deve respeitar e valorizar os termos e linguagens comuns
que estes grupos adotam e proteger os canais de comunicação (físicos e virtuais) e as
oportunidades para o compartilhamento de experiências criados por estes grupos.
11
Um exemplo significativo de redes de trabalho (networks) é dado por DYER & NOBEOKA
(2000) e KOGUT (2000), ao estudar seu papel relevante no compartilhamento de
conhecimentos tácitos, no sistema de produção Toyota (tanto da empresa com seus
fornecedores como entre diferentes unidades da empresa no Japão e EUA). A empresa
fomenta a existência destas redes ao manter abrangentes associações com fornecedores,
estimular a formação de pequenos grupos voluntários de aprendizagem, oferecer uma
consultoria interna para solucionar problemas no trabalho em rede, e transferir empregados
entre diferentes unidades da empresa e fornecedores.
51
12
Outras denominações e procedimentos similares: relatos na forma de case method,
scripts (papéis e cenas que descrevem uma sequência de eventos), redes semânticas
(relações hierárquicas entre objetos), frames (uma estrutura que inclui todo o conhecimento
de um objeto em particular), mapas e/ou cenários, conforme indicados por, DUARTE &
SNYDER (1997), HEIJST et al. (1997), SOLTERO (1997), BIRCHALL & SMITH (1998),
O’LEARY (1998c), entre outros.
52
- por mais sofisticados que sejam os recursos de inteligência artificial, estes não
têm a mesma sensibilidade e versatilidade para fazer julgamentos se
comparados a uma pessoa conhecedora do assunto em análise (JUNNARKAR,
1997), que pode mesmo fazer julgamentos prévios com aceitável precisão em
situações instáveis, quando ainda não estão disponível todos os dados para
uma análise completa (TAYLOR & OATES, 1996; O’LEARY, 1998a);
13
Um dos poucos exemplos de ferramenta de TI relativamente útil à Socialização são os
grupos de discussão virtuais (groupware forum) (MARSHALL et al., 1996; BERRA &
GHAFOOR, 1998) permitindo a realização de discussões espontâneas ou conduzidas por
um líder ou mentor (BIRCHALL & SMITH, 1998).
57
- descarta, dentre estas teorias, aquelas que não funcionam (refutação) para a
solução do novo problema. Isto ocorre na elaboração teórica do modelo, tanto
ao se concentrar na teoria que trata o DP como um processo constituído por
várias dimensões e na que trata a GC como um conjunto de conversões do
conhecimento, quanto, dentro destas mesmas teorias, ao refutar algumas de
suas partes que não funcionam para a construção do modelo proposto;
67
Estratégia
- Gestão ou administração do portfólio de produtos Seção 5.1: Conversões do
(projetos); conhecimento na dimensão
- Avaliação do desempenho do processo de DP;
- Condução das alianças e parcerias para o DP; Estratégia (HT e MP)
- Condução das relações interfuncionais /
interdepartamentais.
Legenda: HT = hipóteses; MP = melhores práticas
Organização
- Adoção e manutenção da estrut. organizacional para Seção 5.2: Conversões do
o DP; conhecimento na dimensão
- Execução do trabalho de liderança no DP;
- Execução do trabalho em grupo, em uma cultura que Organização (HT e MP)
estimule a comunicação e a gestão de conflitos;
- Existência de programas de capacitação e de
acompanhamento da qualificação do pessoal envolvido
com o DP.
Atividades / Informações
- Pesquisa de mercado, levantamento das Seção 5.3: Conversões do
possibilidades tecnológicas e determinação dos conhecimento na dimensão
requisitos dos clientes;
- Identificação de riscos, avaliação de viabilidade e Atividades / Informações
planejamento de recursos; (HT e MP)
- Tradução do conceito do produto em estilo, layout,
componentes e especificações;
- Envolvimento de fornecedores;
- Construção de modelos físicos e avaliação de estilo
e layout;
- Transformação de resultados das etapas anteriores
em desenho e normas;
- Elaboração, construção e testes de protótipos;
- Tradução das especificações do projeto do produto
no desenvolvimento do projeto do processo (fabricação e
montagem);
- Realização de produção piloto e testes de validação
do produto;
- Execução de stage-gates para avaliação do
andamento do projeto;
- Normalização do conteúdo das informações;
- Normalização do formato das informações;
- Controle de atualizações e armazenamento das
informações.
Recursos
- Método de QFD; Seção 5.4: Conversões do
- Técnicas de DFMA; conhecimento na dimensão
- Ferramentas e sistemas CAD-CAE-CAM e CAPP;
- Recursos de FMEA, A/E valor e técnicas de Recursos (HT e MP)
fabricação e uso de protótipos (funcionais e não
funcionais);
- Sistemas PDM / EDM (integrados ou não ao PM do
ERP);
- Recursos de TI para apoio ao trabalho em grupo,
busca de conhecimentos externos e para o treinamento e
ensino;
- Ferramentas para a construção (desenho) e
manutenção de modelos de referência.
Legenda: HT = hipóteses; MP = melhores práticas
- a construção de figuras, como por exemplo, o “funil” proposto por CLARK &
WHEELWRIGHT (1992), para representar graficamente a administração do
portfolio, é uma linguagem figurativa útil, capaz de Externalizar o conhecimento
existente sobre a situação do portfólio;
Gestão ou (HT) diálogos e (HT) figuras que (HT) formas (HT) estudo das
administração brainstorming entre representam unificadas de interfaces de
do portfólio de pessoas de portfólio agrupamento de projetos
produtos diferentes projetos (MP) document. documentos dos (HT) revisão crítica
(projetos) das propriedades projetos dos conhecimentos
de arquiteturas e explícitos de projetos
módulos passados
(MP) diversos tipos possíveis de transferência de conhecimento intra e inter projeto
(simultâneos ou sequenciais), tanto tácitos como explícitos
Avaliação do (HT) auditoria e/ou (HT) redação e armazenamento de (HT) leitura e estudo
desempenho workshop pós- relatórios de avaliação do portfolio de de relatórios de
do processo projeto projetos avaliação (p. ex. dos
de DP stage gates)
Condução das (HT) negociação (HT) acertos contratuais ou documentais (HT) monitorando o
alianças e via discussões e do que foi negociado tacitamente e o ambiente em busca
parcerias para acertos “face-a- arquivamento em conjunto dos inúmeros e estudo de alianças
o DP face” documentos e contratos gerados e parcerias
potenciais
(HT) esforços sistematizados de realização de benchmarking e de inteligência
competitiva
Condução das (HT) descentraliz., (HT) centralizado, (HT) centralizado, (HT) na condução
relações favorece o implica em implica maior centralizada há
interfuncionais compart. e a transferir controle no maior leitura de
/ interdepart. exposição dos conhecimentos via agrupamento dos normas e
conhecimentos documentos documentos memorandos
tácitos
Legenda: HT = hipótese; MP = melhor prática
1
Tais autores, tendo como referencial os atributos que um projetista deve ter
(conhecimento, habilidade de síntese, habilidade de elucidar princípios, habilidade de
avaliação), propõem uma avaliação do projetista nos seguintes tópicos (relacionados ao
projeto de DP):
- o conhecimento do produto e de técnicas de projeto (no exemplo dado pelos autores de
um equipamento de ar condicionado: as partes do motor, as unidades de aquecimento /
refrigeração);
- o conhecimento das propriedades dos materiais;
- o conhecimento de engenharia básica e de métodos de processamento (no exemplo
dado: forjamento, injeção de plásticos);
- o conhecimento de métodos experimentais e ferramentas analíticas (tais como, o
projeto de experimentos, o FMEA);
- o conhecimento de normas e regulamentações de serviços (por exemplo, as normas de
emissões de CFCs);
- e o conhecimento de elementos de administração do projeto (por exemplo,
conhecimento de custos, do sistema de patentes, da visão de business process).
Os projetistas têm seu conhecimento tácito avaliado no interior desses grupos em três
níveis de experiência (em escala descendente de habilidade): 3 - ensina o conhecimento
aos outros; ou 2 - executa o conhecimento sozinho; ou 1 - executa o conhecimento apenas
se ajudado; ou 0 - não entende nada do conhecimento. Desse referencial de conhecimentos
do projetista pode-se partir para um referencial mais amplo, mostrando-se a ligação com as
capacidades organizacionais no DP (KUSUNOKI et al., 1998). Contribuição semelhante
pode ser encontrado em BODNAR (2001).
85
2
As principais são as empresas (concorrentes ou não), universidades, fornecedores,
clientes, consultores, e órgãos governamentais.
87
3
Talvez esta seja uma das alternativas mais interessantes, devido à sua viabilidade prática
em equilíbrio com bons resultados (LEONARD, 1995). BROWN (1991) relata um caso de
realização desta prática, em que uma equipe do cliente ficou na empresa por algum tempo,
para visualizar e interagir com produtos desenvolvidos e tecnologias empregadas pela
empresa no DP e, paralelamente, uma equipe da empresa ficou no ambiente de trabalho do
cliente, estudando seus processos de trabalho que empregariam o produto a ser
desenvolvido. Ao final, ambas as equipes se reuniram para decidir as especificações do
89
5
Também considerando essas diferenças, MASCITELLI (2000) aponta quatro níveis ou
estágios principais de prototipagem:
- modelos iniciais – primeiras visualizações sobre o produto e/ou suas partes, no início do
projeto, que auxiliam discussões preliminares no interior do time de DP e desse com
outros setores da empresa e com clientes potenciais do futuro produto;
- modelos refinados – que servem para a análise das possibilidades técnicas e de
conceito, exposições e discussões na empresa para a aprovação da continuidade do
projeto;
- protótipos iniciais – para avaliações do produto pelo cliente, refinamento das escolhas
técnicas e de conceito, e primeiros testes de robustez do produto;
- protótipos refinados – otimização dos detalhes técnicos e avaliações finais de
desempenho e custos, oportunidade de uso também para a divulgação do produto pela
área de marketing.
91
6
LEONARD-BARTON et al. (1994) reforçam isso ao mostrar como a construção e uso de
protótipos envolvem pessoas de diferentes áreas, estabelecendo padrões de trabalho
92
comuns, o que facilita a comunicação e permite que um grupo veja facilmente como suas
decisões afetam outros grupos (visão do todo).
93
7
Essa taxionomia classifica os conhecimentos explícitos em três tipos:
- os conceitos e filosofias, que servem para criar um embasamento teórico e fornecer
diretrizes para a implantação dos métodos, técnicas, ferramentas e sistemas, como, por
exemplo, os conhecimentos ligados à engenharia simultânea, lean production , etc;
- as técnicas e métodos, que são tipos de conhecimentos não tão abrangentes como os
conceitos e filosofias e normalmente são estruturados em passos, ou relacionados com
alguma atividade específica, para atingir um determinado objetivo, como, por exemplo,
os conhecimentos ligados à Análise do valor, DOE (Design of Experiments), FMEA
(Failure Mode and Effect Analysis), QFD (Quality Function Deployment), DFMA (Design
for Manufacturing and Assembly), etc;
- e as ferramentas e sistemas, que são tipos de conhecimentos relacionados com
produtos comerciais (por exemplo, CAD (Computer Aided Design), CAPP (Computer
Aided Process Planning), ERP (Enterprise Resource Planning), etc), utilizados no DP e
normalmente associados a conhecimentos de alguns conceitos / filosofias e técnicas /
métodos, sendo necessário que esses sejam previamente entendidos.
94
Atividades
/ Inform. Socialização Externalização Combinação Internalização
Atividades
/ Inform. Socialização Externalização Combinação Internalização
No entanto, essa opinião não é unânime. RAMESH & TIWANA (1999), por
exemplo, possuem uma opinião contrária ao afirmar que o QFD é uma ferramenta
com forte potencial de transmissão de conhecimentos pelo uso das casas da
qualidade, devido às discussões (Socialização) e aos registros (Externalização) que
são necessários para sua realização. Na mesma linha, está a posição de
DEBACKERE et al. (2000), ao mencionarem a importância das casas do QFD para
a documentação do conhecimento (Externalização) e seu posterior aprendizado
(Internalização), além de motivar a comunicação interfuncional devido aos
sucessivos desdobramentos dessas casas ou matrizes, envolvendo pessoas de
diferentes áreas funcionais (o que pode, aqui, contribuir indiretamente para a
Socialização).
NOBEOKA & BABA (1998) focam com mais detalhes o papel dos sistemas
CAD 3-D na criação de novos conhecimentos no DP, principalmente devido aos
recursos técnicos que permitem plena visualização em 3-D, pré-montagem digital e
simulação, e melhor comunicação e coordenação entre projetistas e engenheiros.
8
Estudando a evolução dos sistema CAD de 2-D para os atuais 3-D, NOBEOKA & BABA
(1998) perceberam também uma evolução na forma de inserção desta tecnologia no DP,
passando de apenas uma eficiente ferramenta para desenho e transferência de dados para
máquinas NC (numerical control) para uma ferramenta integrada ao processo de DP e
fundamental para a realização plena da engenharia simultânea.
99
Incorporando parte das funções destes sistemas KBS, cada vez mais estão
sendo utilizados para a GC no DP sistemas de apoio aos projetistas baseado em
intranet / internet (RODGERS et al., 1999; CORSO & PAOLUCCI, 2001), como por
exemplo, os portais que ajudam a agrupar conhecimentos explícitos do DP
(Combinação), apoiando em tempo real o andamento de um projeto e conectando
diferentes atividades durante sua execução, e, portanto, sendo um facilitador da
engenharia simultânea (NICOLETTI & NICOLÒ, 1998; HUANG & MAK, 1999).
9
Alguns exemplos: a Toyota incentiva seus engenheiros a registrarem, em textos resumidos
e de formato padronizado (contendo a definição do problema, a(s) solução(ões)
encontrada(s), as recomendações advindas, e os responsáveis pelo trabalho), os novos
conhecimentos incorporados durante a realização do desenvolvimento de um produto,
incentivando que vários engenheiros escrevam sobre uma mesma ocorrência; isso significa
uma riqueza de visões a ser compartilhada (SOBEK II et al., 1998). DUARTE & SNYDER
(1997) implantaram, em uma grande corporação (Whirlpool), um modelo para a
aprendizagem relacionada ao DP, em que enfatizam a seleção, análise e disseminação de
best / bad practices ligadas às experiências ocorridas nos projetos de DP da empresa.
Apesar desses esforços, MARSH (1997) e RAMESH & TIWANA (1999) afirmam que ainda
há muito a ser feito pelas empresas quanto à prática de captura e estruturação das
experiências e soluções adotadas em projetos de DP.
10
Alguns exemplos: KRENG (1992), foca a construção de um ambiente inteligente, usando
recursos KBS para assistir aos engenheiros na gestão dos conhecimentos envolvidos com
as configurações possíveis do projeto. FAVELA (1994) e FINN (1995) também propõem
sistemas para apoiar a memória de projetos de DP baseados em recursos de KBS, porém
diferenciando-se por deixar sob a responsabilidade do usuário a interpretação contextual e
avaliação de cada conhecimento. CALDWELL et al. (2000) apresenta uma ferramenta de
apoio à decisão (decision-support tool) para o DP, utilizando inteligência artificial. PRASAD
(2000) analisa casos de empresas que ampliaram o uso da manufatura integrada por
computador (CIM – computer integrated manufacturing) para apoiar o DP na GC e na
101
O quadro 5.6 faz uma síntese das tabelas parciais anteriores, ilustrando o
que vem a ser o modelo completo para a avaliação da GC no DP; tal modelo
fornece o embasamento para os instrumentos de pesquisa a serem aplicados no
estudo de caso do próximo capítulo.
Socialização
Conversão do conhecimento tácito de uma pessoa no conhecimento tácito de outra pessoa:
- diálogo frequente e comunicação “face-a-face”;
- brainstorming, insights e intuições são valorizados e discutidos sob várias perspectivas;
- trabalho do tipo “mestre-aprendiz”, observação, imitação e prática;
- compartilhamento de experiências e modelos mentais via trabalho em equipe
(heterogênea).
Frase síntese: troca de conhecimentos “face-a-face” entre pessoas.
Externalização
Conversão do conhecimento tácito do indivíduo em algum tipo de conhecimento explícito:
- representação simbólica do conhecimento tácito, através de modelos, conceitos,
hipóteses, etc., construído via metáforas / analogias, ou dedução / indução;
- descrição de parte do conhecimento tácito, via planilhas, textos, imagens, figuras,
regras, scripts, design history, etc.;
- relatos orais e filmes (gravação de relatos orais e imagens de ocorrências / ações).
Frase síntese: o registro do conhecimento da pessoa feito por ela mesma.
Combinação
Conversão de algum tipo de conhecimento explícito gerado por um indivíduo para agregá-lo
ao conhecimento explícito da organização, normalmente através do agrupamento
(classificação, sumarização) e processamento desses conhecimentos.
Frase síntese: o agrupamento dos registros de conhecimentos.
Internalização
Conversão do conhecimento explícito da organização em conhecimento tácito do indivíduo:
- leitura / visualização e estudo, individual, de documentos de diferentes formatos / tipos
(textos, imagens, etc.);
- prática individual (learning by doing);
- reinterpretar / reexperimentar, individualmente, vivências e práticas (practices e lessons
learned).
Frase síntese: o aprendizado pessoal a partir da consulta aos registros de conhecimentos.
Folha de Dimensões do DP
Estratégia, analisada sob a perspectiva da:
1. Gestão ou administração do portfólio de produtos (projetos), coordenação conjunta dos projetos
em andamento ou em planejamento, também coordenando estrategicamente as relações
interprojetos;
2. Avaliação do desempenho do processo de DP, avaliação de projetos de DP (produtos
desenvolvidos) em relação ao portfolio de projetos da empresa;
3. Condução das alianças e parcerias para o DP, realização de integração inter-organizacional
envolvendo fornecedores, clientes, instituições, etc;
4. Condução das relações interfuncionais / interdepartamentais, realização de integração em nível
estratégico entre marketing, engenharia e manufatura.
Organização, analisada sob a perspectiva da:
1. Adoção e manutenção da estrutura organizacional para o DP, envolvendo as escolhas e
combinações entre os (quatro) modos de organização do DP;
2. Execução do trabalho de liderança no DP, que se refere às habilidades e comportamento do
gerente de produto;
3. Execução do trabalho em grupo, em uma cultura que estimule a comunicação e a gestão de
conflitos;
4. Existência de programas de capacitação e de acompanhamento da qualificação do pessoal
envolvido com o DP, que incrementam a aprendizagem organizacional nesse processo.
Atividades / Informações, que são:
1. Pesquisa de mercado, levantamento das possibilidades tecnológicas e determinação dos
requisitos dos clientes;
2. Identificação de riscos, avaliação de viabilidade e planejamento de recursos;
3. Tradução do conceito do produto em estilo, layout, componentes e especificações;
4. Envolvimento de fornecedores;
5. Construção de modelos físicos e avaliação de estilo e layout;
6. Transformação de resultados das etapas anteriores em desenhos e normas;
7. Elaboração, construção e testes de protótipos;
8. Tradução das especificações do projeto do produto no desenvolvimento do projeto do processo
(fabricação e montagem);
9. Realização de produção piloto e testes de validação do produto;
10. Execução de stage-gates para avaliação do andamento do projeto;
11. Normalização do conteúdo das informações;
12. Normalização do formato das informações;
13. Controle de atualizações e armazenamento das informações.
Recursos, que envolve o uso:
1. Método de QFD (Quality Function Deployment);
2. Técnicas de DFMA (Design for Manufacturing and Assembly), projeto voltado à capacidade da
manufatura da empresa (fabricação e montagem);
3. Ferramentas e sistemas CAD-CAE-CAM e CAPP, respectivamente, Computer Aided Design-
Engineering-Manufacturing e Computer Aided Process Planning, usados de forma integrada ou
não;
4. Recursos de FMEA (Failure Mode Effect Analysis) de produto e de processo (fabricação),
Análise / Engenharia do Valor, e técnicas de fabricação e uso de protótipos (funcionais e não
funcionais);
5. Sistemas PDM / EDM, respectivamente Product / Engineering Data Management, integrados ou
não aos PM (Project Management) dos sistemas ERP (Enterprise Resource Planning);
6. Recursos de TI para apoio ao trabalho em grupo, busca de conhecimentos externos e para o
treinamento e ensino;
7. Ferramentas para a construção (desenho) e manutenção de modelos de referência.
Obs.: em negrito, palavra significativa do conteúdo para facilitar sua identificação em tabelas
QUADRO 5.8. Dimensões do DP
108
E1 portfólio
E2 desemp.
E3 parcerias
E4 relações
O1 estrutura
O2 liderança
O3 grupo
O4 capacit.
A1 clientes
A2 viabilid.
A3 conceito
A4 forneced.
A5 mod.fís.
A6 desenho
A7 protótip.
A8 proj.proc.
A9 prod. pil.
A10 gates
A11 ctdo.inf.
A12 form.inf.
A13 ctle.inf.
R1 QFD
R2 DFMA
R3 CAD
R4 FMEA
R5 PDM
R6 TI
R7 mod.ref.
1
Em ARBIX & ZILBOVICIUS (1997) e DIAS & SALERNO (2000) podem ser encontrados
mais detalhes sobre essas inovações na produção e administração, adotadas na empresa
115
Legenda:
QFD – Quality Function Deployment
CAD – Computer Aided Design
FESA – Finite Element Structural Analysis
estudada e que estão sucintamente descritos no presente texto sobre o estudo de caso.
116
FESA com novas informações para a melhoria da análise e cálculo estrutural dos
componentes e sistemas do produto em desenvolvimento.
E4 relações 10A 8A 2B
O2 liderança 9A 1B 8A 2B “há uma falha: a liderança das áreas tem peso maior do
que as lideranças de programas”
O3 grupo 10A 10A
A1 clientes 8A 6A 2B
A10 gates 7A 2B 4A 5B “alguns dos ‘gates’ acabam por não ser feitos / realizados”
A11 ctdo.inf. 5A 3B 3A 5B
A12 form.inf. 7A 1B 6A 2B
R1 QFD 8A 4A 4B
- R1 – Método de QFD;
- R2 – Técnicas de DFMA;
O quadro 6.2 apresenta os valores médios para cada uma das quatro
conversões e para a GC (média de todas as quatro conversões), em cada
perspectiva da Estratégia e Organização, Atividade e Recurso, e no conjunto destes
que formam as quatro dimensões e o processo de DP. Os dados completos que
foram coletados dos entrevistados, dos quais se calcularam os resultados finais
aqui apresentados, são expostos no Anexo 2. A figura 6.2, utilizando valores
apresentados no referido quadro, permite visualizar a distribuição das médias
encontradas para cada conversão do conhecimento.
123
E1 portfólio 3,9 (0,6) 3,4 (0,5) 3,3 (0,9) 2,6 (0,9) 3,3 (0,9)
E2 desemp. 4,3 (0,5) 3,0 (1,2) 2,9 (1,2) 2,6 (1,1) 3,2 (1,2)
E3 parcerias 3,9 (0,4) 3,5 (0,8) 3,3 (0,7) 3,0 (0,9) 3,4 (0,8)
E4 relações 4,2 (0,4) 3,7 (0,5) 3,4 (0,7) 3,3 (0,8) 3,7 (0,7)
Estratégia 4,1 (0,5) 3,4 (0,8) 3,2 (0,9) 2,9 (0,9) 3,4 (0,9)
O1 estrutura 4,2 (0,8) 3,4 (0,5) 3,5 (0,7) 3,2 (1,0) 3,6 (0,8)
O2 liderança 3,9 (0,6) 3,3 (0,8) 3,6 (1,0) 3,4 (0,5) 3,6 (0,7)
O3 grupo 4,3 (0,5) 3,3 (0,7) 3,0 (0,7) 2,9 (1,1) 3,4 (0,9)
O4 capacit. 3,6 (0,7) 2,8 (0,6) 2,9 (0,9) 3,2 (1,0) 3,1 (0,9)
Organização 4,0 (0,7) 3,2 (0,7) 3,3 (0,8) 3,2 (0,9) 3,4 (0,9)
A1 clientes 4,0 (0,5) 3,8 (0,9) 3,8 (0,9) 3,1 (0,6) 3,7 (0,8)
A2 viabilid. 3,8 (0,7) 4,0 (0,8) 3,8 (0,7) 3,1 (1,1) 3,7 (0,9)
A3 conceito 3,5 (0,9) 4,0 (0,7) 3,8 (0,6) 3,7 (0,5) 3,8 (0,7)
A4 forneced. 4,0 (0,5) 3,6 (0,7) 3,2 (0,6) 3,2 (0,8) 3,5 (0,7)
A5 mod.fís. 4,0 (0,5) 4,0 (0,7) 3,6 (1,0) 3,1 (0,8) 3,7 (0,8)
A6 desenho 3,7 (0,7) 3,8 (1,0) 4,3 (0,7) 3,9 (0,6) 3,9 (0,8)
A7 protótip. 4,1 (0,8) 3,8 (0,9) 3,5 (0,8) 3,4 (0,5) 3,7 (0,8)
A8 proj.proc. 3,9 (0,6) 3,8 (0,7) 3,8 (1,0) 3,7 (0,7) 3,8 (0,7)
A9 prod. pil. 4,4 (0,5) 4,0 (0,5) 3,4 (0,7) 3,2 (0,7) 3,8 (0,8)
A10 gates 3,7 (0,9) 3,7 (1,0) 3,3 (1,0) 2,6 (1,0) 3,3 (1,0)
A11 ctdo.inf. 3,3 (1,0) 2,4 (1,1) 2,5 (1,2) 2,8 (1,0) 2,7 (1,1)
A12 form.inf. 3,6 (0,5) 3,5 (1,1) 3,4 (1,3) 3,4 (1,1) 3,5 (1,0)
A13 ctle.inf. 3,6 (0,5) 4,0 (0,8) 3,8 (0,9) 3,5 (0,7) 3,7 (0,8)
Atividades 3,8 (0,7) 3,7 (0,9) 3,6 (0,9) 3,3 (0,8) 3,6 (0,9)
R1 QFD 4,4 (0,7) 3,9 (0,6) 3,4 (0,9) 3,3 (1,0) 3,7 (0,9)
R2 DFMA 3,4 (1,1) 2,9 (1,2) 2,9 (1,2) 2,6 (1,1) 2,9 (1,2)
R3 CAD 4,1 (0,6) 4,3 (0,5) 4,2 (0,4) 3,8 (0,4) 4,1 (0,5)
R4 FMEA 3,4 (0,7) 3,5 (0,9) 3,1 (1,1) 2,4 (0,8) 3,1 (1,0)
R5 PDM 3,0 (0,9) 3,6 (0,9) 3,3 (1,2) 3,0 (0,8) 3,2 (0,9)
R6 TI 3,5 (0,5) 3,6 (1,0) 2,8 (1,0) 3,0 (0,8) 3,2 (0,9)
R7 mod.ref. 3,8 (0,5) 4,0 (0,8) 3,1 (0,6) 2,9 (0,8) 3,4 (0,8)
Recursos 3,7 (0,8) 3,7 (0,9) 3,3 (1,0) 3,0 (0,9) 3,4 (1,0)
Processo DP 3,8 (0,7) 3,6 (0,9) 3,4 (0,9) 3,1 (0,9) 3,5 (0,9)
E1
R7 E2
R6 E3
R5 E4
R4 O1
R3 O2
R2 O3
R1 O4
A13 A1
A12 A2
A11 A3
A10 A4
A9 A5
A8 A6
A7
Estratégia
QUADRO 6.5. Análise das hipóteses na Condução das alianças e parcerias para o
DP
Organização
Atividades / Informações
A análise favorável das hipóteses (quadro 6.11) permite afirmar que não há
problemas expressivos na GC da presente atividade. Isso pode ser decorrência da
atenção especial que o DP da empresa dedica, desde sua origem, às
possibilidades tecnológicas e ao entendimento do mercado e do cliente. Essa
característica deve-se às condições de atuação da empresa quando de sua origem
no Brasil. Ao entrar em um mercado com grandes competidores já estabelecidos e
atuando por meio de grandes escalas de produção e produtos padronizados, a
empresa optou por enfatizar segmentos específicos do mercado, oferecendo
produtos personalizados e em conformidade com as necessidades particulares dos
clientes destes segmentos. Daí o especial destaque desta atividade A1, e também
outras atividades e recursos, como será percebido adiante.
135
A4 – Envolvimento de fornecedores
Recursos
R1 – Método de QFD
Este contexto do uso do QFD tem permitido que grande experiência seja
acumulada a respeito, o que contribui para uma significativa constatação das
hipóteses e melhores práticas deste recurso (quadro 6.24) no caso estudado.
R2 – Técnicas de DFMA
roteiros – para os registros de seus resultados; ou seja, tais padrões existem, mas
ou não são empregados plenamente, ou são utilizados com incorreções. Esta
lacuna compromete a Externalização e, certamente, a Internalização, tornando-se
uma disfunção em R4, para a qual se pode recomendar ações de melhoria que
também venham a contribuir para o incremento da atualmente baixa intensidade de
atuação / Presença neste recurso.
Neste mesmo quadro, percebe-se que muitas das hipóteses tiveram sua
avaliação limitada devido à ausência de informações, mas a análise das novas
melhores práticas busca superar, em parte, tal limitação.
QUADRO 6.29. Análise das hipóteses nos Recursos de TI para apoio ao trabalho
em grupo, busca de conhecimentos externos e para o treinamento e ensino
149
QUADRO 6.30. Análise das melhores práticas nas Ferramentas para a construção
– desenho e manutenção de modelos de referência
relacionamentos que não foram previstos antes pelas hipóteses e melhores práticas
do modelo. Como estes novos relacionamentos foram diretamente detectados e
descritos no estudo de caso, receberam a denominação de novas melhores
práticas por ser a definição de melhor prática que mais fidedignamente traduz a
forma como surgiram.
Para cada uma das quatro dimensões, foram propostas novas melhores
práticas que são comuns, ou seja, que seguem o mesmo raciocínio para todas as
perspectivas da Estratégia ou Organização, as Atividades ou os Recursos
constituíntes da dimensão. Desta forma, essas novas melhores práticas são
apresentadas em um quadro para cada dimensão, em que, inicialmente, o conteúdo
comum é formulado e, em seguida, analisado para cada perspectiva, atividade ou
recurso. Na Organização, diferenciando-se das demais dimensões, além dessas
novas melhores práticas comuns, há também algumas específicas para três das
quatro perspectivas.
Estratégia
Organização
Atividades / Informações
Legenda: nMP = nova melhor prática; J = válida; K = deficiente ou sem informações para avaliar
A4 – Envolvimento de fornecedores
No caso das novas melhores práticas (quadro 6.33) de A5, em sintonia com
o que foi observado nas hipóteses da sub-seção anterior, não se percebe nenhuma
deficiência que comprometa alguma das conversões do conhecimento. Duas únicas
lacunas que podem sofrer melhoramentos foram observadas nas novas melhores
práticas colocadas na Externalização e na Internalização, que respectivamente, se
referem ao registro e ao estudo de experiências e práticas derivadas da execução
desta atividade. Criar este hábito nas pessoas seria útil para tratar de forma mais
adequada a memória corporativa referente a A5, com a finalidade de não torná-la
totalmente dependente da Socialização e da disponibilidade e interesse das
pessoas em compartilhá-la.
Recursos
R1 – Método de QFD
R2 – Técnicas de DFMA
Conversões do conhecimento
Socialização Externalização Combinação Internalização
Dimensões J K (L) J K (L) J K (L) J K (L)
E1 1HT 1nMP 1HT 1nMP 1HT 1MP 1HT 1HT
portfólio 1MP 2MP 1nMP 1MP
1nMP
E2 1HT 1HT 1HT 1HT
desemp. 1nMP 1nMP 1nMP 1nMP
E3 2HT 1HT 1HT 1HT 1HT 2HT
parcerias 1nMP 1nMP 1nMP 1nMP
E4 1HT 1HT 1HT 1HT
relações 1nMP 1nMP 1nMP 1nMP
GC dim. 90%(9/10) 36%(4/11) 20%(2/10) 9%(1/11)
Estratégia
38%(16/42)
J
O1 1HT 1HT 1MP 1HT 1MP 1HT 1MP
estrutura 5MP 3MP 1nMP 1MP 1nMP 3MP 1nMP
1nMP
O2 1HT 1HT 1MP 1nMP 1nMP 2nMP
liderança 1MP 1MP 2nMP
2nMP
O3 1HT 1HT 1nMP 1nMP 1nMP 1HT 1nMP
grupo 2nMP 1nMP 2nMP
O4 1HT 1nMP 1nMP 1HT 2nMP 1HT 1nMP
capacit. 1nMP 1nMP 1nMP
GC dim. 94%(16/17) 53%(9/17) 40%(4/10) 60%(9/15)
Organiz.
64%(38/59)
J
A1 3HT 6HT 1nMP 3HT 1nMP 1HT 1HT
clientes 1nMP 1nMP
A2 1HT 1nMP 1HT 1nMP 1nMP
viabilid. 1nMP
A3 1HT 1HT 1nMP 1nMP
conceito 1nMP 1nMP
A4 1HT 1nMP 1nMP 1HT 1nMP
forneced. 1nMP
A5 1HT 1HT 1nMP 1nMP 1HT 1nMP
mod.fís. 1nMP
A6 1nMP 1HT 1nMP 1HT 1HT 1nMP
desenho 1nMP
A7 1MP 1MP 1nMP 1nMP 1MP 1nMP
protótip. 1nMP
A8 1nMP 1HT 1nMP 1HT 1HT 1nMP
proj.proc. 1nMP
A9 1HT 1HT 1nMP 1nMP 1HT 1nMP
prod. pil. 1nMP
A10 1MP 1nMP 1MP 1nMP 1HT 1HT
gates 1nMP 1nMP
A11 1nMP 1HT 1HT 1nMP
ctdo.inf. (1nMP) 1nMP
A12 1nMP 1HT 1nMP 1nMP 1nMP
form.inf.
A13 1nMP 1nMP 1HT 1nMP
ctle.inf. 1nMP
GC dim. 87%(20/23) 55%(16/29) 81%(17/21) 36%(8/22)
Atividades
64%(61/95)
/ Inform. J
Legenda: HT = hipótese; MP = melhor prática; nMP = nova melhor prática; J = válida; K = deficiente
ou sem informações para avaliar; L = nula ou inválida
Conversões do conhecimento
Socialização Externalização Combinação Internalização
Dimensões J K (L) J K (L) J K (L) J K (L)
R1 1MP 1MP 1nMP 1nMP 1HT 1nMP
QFD 1nMP 1MP
R2 1HT 1nMP (1HT) 1nMP 1HT
DFMA 1nMP 1nMP
R3 1MP 1HT 1nMP 1nMP 1HT
CAD 1nMP 1MP 1MP
1nMP
R4 1HT 1HT 1nMP 1HT
FMEA 1nMP 1nMP 1nMP
R5 1nMP 1nMP 1MP 1nMP 1nMP
PDM
R6 1nMP 1HT 1HT 2HT 1HT 1HT
TI 1nMP 1nMP 1nMP
R7 1MP 1MP 1nMP 1MP 1nMP 1MP 1nMP
mod.ref. 1nMP
GC dim. 92%(11/12) 40%(6/15) 45%(5/11) 44%(7/16)
Recursos
54%(29/54)
J
GC no 90%(56/62) 49%(35/72) 54%(28/52) 39%(25/64)
Processo 58%(144/250)
DP J
Legenda: HT = hipótese; MP = melhor prática; nMP = nova melhor prática; J = válida; K = deficiente
ou sem informações para avaliar; L = nula ou inválida
Um modelo que não trata especificamente do DP, mas que tem seu foco na
avaliação da GC na empresa, é encontrado na proposta de TERRA (2000), a qual
185
Essas aplicações poderiam ser feitas de maneira similar à que foi realizada
no presente trabalho, através de estudos de caso em que todas as dimensões do
processo de DP sejam investigadas. De forma alternativa, poderia concentrar-se na
análise de apenas uma ou duas dimensões daquele processo, ou de partes destas
dimensões, especialmente quando estudos amplos, realizados no DP da empresa,
mostrarem que tem sentido essa concentração. Também pode ser interessante
ouvir um número maior e mais representativo de pessoas envolvidas com o DP, e
acompanhar a evolução dos resultados da análise em relação ao número de
pessoas entrevistadas – e também em relação às diversidades de função e
hierarquia. Será interessante constatar, nessas aplicações, se a escala Likert é
efetivamente viável para a mensuração das conversões do conhecimento,
verificando se persiste o problema com o desvio padrão, que foi observado no
estudo de caso desta tese.
Por fim, uma quarta proposta de trabalhos futuros pode ser feita mantendo-
se do trabalho atual apenas a lógica do relacionamento entre dois eixos estruturais:
a visão de processos e a GC. Nesse sentido, outros processos poderiam ser
investigados, como o de fabricação, o de logística, o de vendas, o de assistência
técnica ao cliente, entre outros, que, com certeza, possuem suas dimensões,
provavelmente diferentes para cada tipo de processo. Ao fazer essa mudança no
eixo do processo, trocando-se o de DP por outro, pode-se manter a configuração
atual do eixo da GC, usando as conversões do conhecimento, como também pode
fazer sentido explorar outras abordagens para tratar da GC. Mantendo-se as
conversões do conhecimento, certamente devem ser buscadas, para cada
processo escolhido, as hipóteses e melhores práticas correspondentes para cada
dimensão deste processo.
O aspecto mais relevante desta última proposta, assim como das anteriores,
é que a originalidade do modelo de avaliação da GC no processo de DP cumpriu
seu papel de abrir um novo nicho ou segmento de estudo, longe de se esgotar e
com inúmeras possibilidades de novas contribuições.
191
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Publications.
Aplicação
1
Publicado inicialmente em: SILVA, S.L., ROZENFELD, H. Construção de um modelo para
avaliação da gestão do conhecimento no desenvolvimento do produto. Anais do XVI
Congresso Brasileiro de Engenharia Mecânica (COBEM). UFU. Uberlândia, MG. Novembro,
2001.
218
Este cenário pode ser vivenciado, o que significa ter alunos – universitários
e/ou pessoas de empresas – que assumem o papel de personagens da história e
seguem um script, para praticar, assim, o DP de forma integrada, assistindo
apresentações e também participando da execução de tarefas e tomadas de
decisão. Com duração que varia de três dias a uma semana, em período integral,
esta vivência tem conseguido simular, de forma bastante próxima do real, a
complexidade existente na realização do DP.
Resultados
Comentários
- foi proposta a atribuição de uma nota ou peso (ou um ranking) para cada
detalhamento das dimensões, conforme sua importância e/ou esforço para o
DP, percebido pelas pessoas que trabalham neste processo. Trata-se, então,
de caracterizar sua abrangência e sua valorização dentro do processo de DP da
empresa, antes de avaliar sua contribuição para as conversões do
conhecimento;
Aplicação
2
Publicado inicialmente em: SILVA, S.L., ROZENFELD, H. Proposta de uma ferramenta de
diagnóstico da gestão do conhecimento no processo de desenvolvimento do produto. Anais
do III Congresso Brasileiro de Gestão de Desenvolvimento de Produto (CBGDP). UFSC.
Florianópolis, SC. Setembro, 2001.
223
Resultados
Comentários
QUADRO 2. Mapeamento da GC no DP
227
Estrat. 33 A - 94% 20 A - 57% 4,1 (0,5) 3,4 (0,8) 3,2 (0,9) 2,9 (0,9) 3,4 (0,9)
2 B - 6% 15 B - 43% n=34 n=34 n=34 n=34 n=136
228
Organ. 38 A - 95% 36 A - 90% 4,0 (0,7) 3,2 (0,7) 3,3 (0,8) 3,2 (0,9) 3,4 (0,9)
2 B - 5% 4 B - 10% n=40 n=40 n=40 n=40 n=160
229
Ativid. 109A - 94% 86 A - 74% 3,8 (0,7) 3,7 (0,9) 3,6 (0,9) 3,3 (0,8) 3,6 (0,9)
7B - 6% 30 B - 26% n=116 n=116 n=116 n=116 n=464
231
Recurs. 57 A - 95% 33 A - 55% 3,7 (0,8) 3,7 (0,9) 3,3 (1,0) 3,0 (0,9) 3,4 (1,0)
3B - 5% 27 B - 45% n=60 n=60 n=60 n=60 n=240