Norma de Liberação - LAQUEADURA
Norma de Liberação - LAQUEADURA
Norma de Liberação - LAQUEADURA
CAPÍTULO I
DO PLANEJAMENTO FAMILIAR
Art. 1º O planejamento familiar é direito de todo cidadão, observado o disposto nesta Lei.
Art. 2º Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de
regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole
pela mulher, pelo homem ou pelo casal.
Parágrafo único - É proibida a utilização das ações a que se refere o caput para qualquer tipo
de controle demográfico.
Parágrafo único - Compete à direção nacional do Sistema Único de Saúde definir as normas
gerais de planejamento familiar.
Parágrafo único. A prescrição a que se refere o caput só poderá ocorrer mediante avaliação e
acompanhamento clínico e com informação sobre os seus riscos, vantagens, desvantagens e
eficácia.
Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: (Artigo
vetado e mantido pelo Congresso Nacional - Mensagem nº 928, de 19.8.1997)
I - em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de
idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias
entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa
interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe
multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce;
Art. 11. Toda esterilização cirúrgica será objeto de notificação compulsória à direção do
Sistema Único de Saúde. (Artigo vetado e mantido pelo Congresso Nacional) Mensagem nº 928, de
19.8.1997
CAPÍTULO II
DOS CRIMES E DAS PENALIDADES
Art. 15. Realizar esterilização cirúrgica em desacordo com o estabelecido no art. 10 desta Lei.
(Artigo vetado e mantido pelo Congresso Nacional) Mensagem nº 928, de 19.8.1997
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, se a prática não constitui crime mais grave.
I - durante os períodos de parto ou aborto, salvo o disposto no inciso II do art. 10 desta Lei.
II - com manifestação da vontade do esterilizado expressa durante a ocorrência de alterações
na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou
incapacidade mental temporária ou permanente;
III - através de histerectomia e ooforectomia;
IV - em pessoa absolutamente incapaz, sem autorização judicial;
V - através de cesária indicada para fim exclusivo de esterilização.
Art. 20. As instituições a que se refere o artigo anterior sofrerão as seguintes sanções, sem
prejuízo das aplicáveis aos agentes do ilícito, aos co-autores ou aos partícipes:
I - se particular a instituição:
Art. 21. Os agentes do ilícito e, se for o caso, as instituições a que pertençam ficam obrigados
a reparar os danos morais e materiais decorrentes de esterilização não autorizada na forma desta
Lei, observados, nesse caso, o disposto nos arts. 159, 1.518 e 1.521 e seu parágrafo único do
Código Civil, combinados com o art. 63 do Código de Processo Penal.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 23. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias, a contar da data
de sua publicação.
INTRODUÇÃO
A inclusão dos procedimentos não valerá para beneficiários com contratos assinados antes de 1º de
janeiro de 1999.
CIRURGIA HOSPITALAR
Discutira a via de acesso, mediante ato anestésico. Cirurgia: após o prazo estipulado por lei (60
dias).
ANESTESIA
Geral ou regional.
ÍNDICE DE FALHA
Índice de Falha: gira em torno de 2% em 10 anos. O estudo CREST (Revisão Colaborativa sobre
Esterilização nos Estados Unidos) mostrou que, em 10 anos, a taxa de falha cumulativa é de 18,5
em 1000 pacientes.
INDICAÇÕES
O Ministério de Saúde, através da lei nº. 9.263 de 12 de janeiro de 1996 e da resolução nº. 928 de
19.8.1997, dispõe que a esterilização voluntária será permitida nas seguintes situações:
- Mulheres com capacidade civil plena e maiores que vinte e cinco anos de idade;
- Pelo menos, dois filhos vivos;
- Em mulheres com risco a sua vida ou saúde ou do futuro concepto, testemunhado em
relatório escrito por dois médicos;
- Gestantes: A Lei Federal no. 9263 de 12/01/1996, regulamentada pela portaria no. 48 de 11
de fevereiro de 1999 proibiram a realização de laqueadura durante o parto ou aborto e nos 42 dias
subsequentes ao parto ou aborto, “exceto nos casos de comprovada necessidades por cesarianas
sucessivas anteriores ou quando a mulher for portadora de doença de base em que à exposição a
segundo ato cirúrgico ou anestésico representar maior risco para sua saúde...”.
COMPLICAÇÕES
Gravidez ectópica: A proporção de gravidez ectópica é 3 vezes maior entre 4-10 anos após a
esterilização do que nos 3 primeiros anos;
Densidade Mineral Óssea: laqueadura não produz alteração orgânica capaz de interferir na massa
óssea de mulheres climatéricas. (não servirá como prerrogativa para solicitações
subsequentes de densitometria em mulher laqueada);
Risco de Histerectomia: as mulheres que foram submetidas à laqueadura entre os 20-29 anos têm
maior chance de uma futura histerectomia. (incorrerá em ato pericial a mulher que, no prazo de
dez meses, tiver uma indicação prévia de laqueadura e neste mesmo período sofrer uma
histerectomia – falha planejamento/avaliação gineco);
Entre as mulheres que iniciaram um novo relacionamento, a chance ainda é maior quando este
parceiro novo não possui filhos e deseja gerá-los para formar a nova família. (vide necessidade de
planejamento familiar).
BIBLIOGRAFIA
Awsare NS, Krishnan J, Boustead GB, Hanbury DC, McNicholas TA. Complications of vasectomy.
Ann R Coll Surg Engl. 2005 Nov; 87(6): 406-10.
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intervenciones. Revisión de la literatura nacional y de sus complicaciones. Actas Urológicas
Españolas 2004, 28 (3), 175-214.