Impugnacao Contestacao e Documentos Alexandre

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CIVEL DA COMARCA DE ALEXÂNIA/GO.

PROCESSO NUMERO 5237929-26.2024.8.09.0003

ALEXANDRE DA SILVA GUIMARAES, devidamente qualificado nos autos da ação em epígrafe, por meio do seu
advogado que a esta subscreve, vem na ilustre presença de V. Excelência

IMPUGNAR A CONTESTAÇÃO E DOCUMENTOS


Pelos motivos de fato e de direito que se seguem.

I BREVE SINTESE DA CONTESTAÇÃO

A promovida alega em sua contestação:


• Impossibilidade de inversão do ônus probatório;
• Licitude da Conduta do NUBANK;
• Não Configuração do Dano Moral;
• Do Arbitramento do Dano Moral,e;
• Da Inexistência de Dano Material.

Nesse diapasão a promovida de maneira esdruxula e contraditória tenta afastar a sua responsabilidade, que é clara e
evidente diante de todos os fatos comprobatórios e muito bem balizados por toda vasta documentação jungida aos
autos.

II – DA IMPUGNAÇÃO DA IMPOSSIBILIDADE DE INVERSAO DO ONUS PROBATORIO


Cediço, que para a inversão do ônus da prova, é necessária a demonstração de hipossuficiência do consumidor ou a
verossimilhança de suas afirmações.

Dessa forma, o Autor trouxe aos autos elementos mínimos capaz de evidencias suas alegações e portanto presentes
um dos requisitos previstos no art. 6º, VIII, do CDC, o que deve ser deveria a favor do Autor, de acordo com o
entendimento jurisprudencial , senão vejamos:

AÇÃO INDENIZATÓRIA C/C REPETIÇÃO DO INDÉBITO - ELETRIFICAÇÃO RURAL -


APLICABILIDADE DO CDC - INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA - ART. 6º, VIII, CDC -
REQUISITOS DEMONSTRADOS - DEFERIMENTO - DECISÃO MANTIDA - RECURSO
DESPROVIDO. Para a inversão do ônus da prova, é necessária a demonstração de
hipossuficiência do consumidor ou a verossimilhança de suas afirmações. Estando
presentes um dos requisitos previstos no art. 6º, VIII, do CDC, deve a decisão que
deferiu integralmente a inversão do ônus da prova ser mantida. CARLOS ALBERTO
ALVES DA ROCHA, TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 11/07/2018,
Publicado no DJE 16/07/2018)

(TJ-MT - CÂMARAS ISOLADAS CÍVEIS DE DIREITO PRIVADO: 10050187520188110000


MT, Relator: CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA, Data de Julgamento: 11/07/2018,
TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, Data de Publicação: 16/07/2018)

In casu o Autor trouxe documentos importantes que evidenciam o fato constitutivo de seu direito demonstrando que
houve falha na prestação de serviço de segurança do banco, podendo a conta do cliente ser facilmente invadida e ter
todo o seu dinheiro arrancado da conta, sendo que em contestação a requerida não apresentou nenhum fato
modificativo das alegações apresentadas na incial.
III – DA IMPUGNAÇÃO DA LICITUDE DA CONDUTA DO BANCO NUBANK
Em sua contestação, a promovida alega não ter tido nenhuma ingerência no fato ocorrido com o promovente, uma
vez a transação ter sido realizada por meio de senha e por ato de terceiro, A VERDADE NUNCA FICOU TÃO DISTANTE
QUANTO APÓS ESSA ALEGAÇÃO.
A promovida alega, que não houve constatação por parte do banco de uma transação estranha, sendo a mesma
realizada por meio de foto do rosto e de dispositivo conhecido, junta no corpo da petição uma suposta foto do dia,
com o autor segurando o documento.

Contudo a FOTO JUNTADA É DO DIA REALIZADO PARA ABERTURA DA CONTA E NÃO NO DIA DA TRANSAÇÃO!

CASO O BANCO TIVESSE SEGUIDO ESSE MESMO PROCEDIMENTO, HAVERIA EVITADO O FURTO E GOLPE
ACONTECIDOS NA CONTA DO AUTOR.

Ao contrário, no dia do GOLPE, foi enviado um MALWARE para o autor, onde foi capturada uma foto, e logo após
registro de um novo dispositivo momento antes da transação efetuada, vejamos pelos próprios documentos juntados
pela promovida.
No dia da operação, conforme muito bem informado pela promovida, FORA FEITO UM PEDIDO DE CADASTRO DE
DISPOSITIVO, UM NÃO HABITUAL DO USUÁRIO:
No entanto, conforme os e-mails juntados pela promovente, houve o cadastro de dois dispositivos diferentes na data
de 18/03/2024, minutos antes da transação veja-se:

As transações fraudulentas, conforme documentos abaixo foram realizadas na data de 18/03/2024 ÀS 14:56:32 E ÀS
15:02:35:
Ato continuo, a transação que retirou R$ 82.000,00, RECEBEU O ID DE NUMERO
E18236120202403181E18236120202403181754s0892fb313a e a de R$ 9.900,00 ID
E18236120202403181800s08b82e70f0, que conforme juntado na CONTESTAÇÃO:

FORAM REALIZADAS PELO DISPOSITIVO DE ID 135523235071573692321203368614117894874

O mesmo, ID do dispositivo cadastrado as 14:56, tendo como operação CASH OUT, que é a retirada de dinheiro, e
que fora classificado pelo PROPRIO BANCO COMO RISCO HIGH – OU SEJA ALTO RISCO, veja:

OBSERVA-SE QUE A FOTO DE RECONHECIMENTO FACIAL EM NADA TEM HAVER COM A ALEGADA PELA PROMOVIDA
EM SUA EXORDIAL, ONDE APARECE O AUTOR SEGURANDO SEUS DOCUMENTOS, VEJA-SE QUE QUALQUER
DISPOSITIVO QUE INVADA O SISTEMA DO BANCO, E TENHA ACESSO REMOTO A CAMERA DO CELULAR CONSEGUE
CAPTURAR A FOTO, E BURLA O SISTEMA FRÁGIL DE SEGURANÇA DO BANCO.

DISPOSITIVO ESSE QUE ESTAVA REVOGADO E ESTAVA PENDENTE DE VALIDAÇÃO:

E MESMO QUE LEVE A CRER O ID DO DISPOSITIVO HABITUAL UTILIZADO PELO AUTOR É O DE NUMERO FINAL 9506,
CONFORME MUITO BEM JUNTADO PELA PROMOVIDA ÁS FOLHAS 05 DE SUA PETIÇÃO:

Ainda em ato continuo, trazendo em questão o contrato de prestação de serviços, o autor cumpriu com sua obrigação,
quando detectou a fraude, conforme disposto no contrato juntado:
Nesse interim, se pegarmos os extratos do autor, NUNCA HOUVE TRANSAÇÃO SUPERIOR OU IGUAL AOS 82 MIL
REAIS RETIRADOS, E NUBANK SE COMPROMETEU QUE POR SEGURANÇA, BLOQUEARIA A TRANSAÇÃO:

Fato este que não ocorreu, mesmo a promovida tendo ciência, conforme documento juntado da ocorrência de fraude:
Fica claro e evidente, que não foi o autor que realizou as transações, HOUVE UMA FALHA GRAVE NO SISTEMA DE
SEGURANÇA DO BANCO PERMITINDO TERCEIROS INVADIR A CONTA DO AUTOR E REALIZAR AS TRANSAÇÕES
FRAUDULENTAS.
Ademais, a alegação da promovida de que: “Cumpre reforçar que o Nubank não se responsabiliza por transações que
foram realmente realizadas pelo cliente por dispositivo autorizado e confirmadas mediante a senha pessoal do
mesmo, como no caso em tela, pois isso caracteriza a conformidade dele com a transação.”
A alegação supra cai por terra, ante os documentos juntados pelo autor, que IMEDIATAMENTE informou ao banco da
situação fraudulenta, ESTANDO LONGE DE ESTAR CONFORMADO COM A SITUAÇÃO!

HAJA VISTA O BOLETIM DE OCORRENCIA FEITO PELO AUTOR NO DIA DO FATO.

Sendo assim, não há que alegar INEXISTENCIA de defeito, evocando o disposto no artigo 14 do CDC, pois o fato aqui
em tele, esta totalmente coaduno com o disposto na SUMULA 479 DO STJ no sentido de : Súmula 479 do STJ – "As
instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e
delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.”

Com isso Excelência, é inconteste a obrigação e negligência do promovido, conforme os termos da inicial, RESTANDO
IMPUGNADO A LICITUDE DA CONDUTA DO BANCO NUBANK.

IV -IMPUGANAÇÃO : DA CONFIGURAÇÃO DO DANO MORAL

Diferente do alegado pela promovida, dizendo que não agiu comissiva ou omissiva para a ocorrência dos danos
sofridos pelo autor é totalmente descabida vejamos:
• O BANCO NUBANK TEM ACESSO E PODER DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DE TODAS AS OPERAÇÕES
FINANCEIRAS POR MEIO DA SUA PLATAFORMA DIGITAL, ÚNICO MEIO DO REFERIDO BANCO QUE SÓ EXISTE
DIGITALMENTE;
• AS OPERAÇÕES FORAM TOTALMENTE ATIPICAS CONFORME O PROPRIO BANCO CLASSIFICOU, E SABENDO DA
MOVIMENTAÇÃO HABITUAL DO AUTOR, AINDA EM SEU CONTRATO TRAZ PRA SI A RESPONSABILIDADE DE
BLOQUEIO DE QUALQUER ATO QUE SEJA FORA DO NORMAL DA CONTA, COMO ERA O CASO;
• O banco TEM UMA POLITICA PARA ABERTURA DE CONTA, TAL COMO FOTO COM DOCUMENTO EM MÃOS,
MAS É OPERAÇÃO DE CASH OUT, DEIXOU UMA TRANSAÇÃO POR MEIO DE UM DISPOSITIVO CADASTRADO A
MINUTOS ANTES DE REALIZAR A OPERAÇÃO, DE VALOR EXORBITANTE, SEM PEDIR NENHUMA CONFIRMAÇÃO
ADICIONAL, ENVIO DE MENSAGEM AO CLIENTE DE MANEIRA INSTANTANEA,
• COUBE AO CLIENTE, QUANDO CIENTE DA SITUAÇÃO ACIONAR O BANCO, QUE DEMOROU SEMANAS PARA
DAR O RETORNO QUE NÃO CONSEGUIU BLOQUEAR E REAVER O DINHEIRO NA CONTA DE DESTINO.

Ainda não suficiente, a promovente alega, que o AUTOR após ter sua conta zerada no importe de R$ 91.000,00
(NOVENTA E UM MIL REAIS) dinheiro que gere sua vida, seu comercio, seus fornecedores e seus funcionários, FOI UM
MERO ABORRECIMENTO.
QUE OS BOLETOS EM ATRASO, FUNCIONARIOS SEM RECEBER, PROCESSOS DE EXECUÇÃO, AUTOS DE INFRAÇÃO
POR FALTA DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS, ATRASO DAS CONTAS PESSOAIS, ENTRE OUTROS FATORES PESSOAIS,
QUE NÃO PRECISA DE MUITA COMPROVAÇÃO, APENAS SE PERGUNTAR E SE PEGASSEM TODO O VALOR DO SEU
TRABALHO DIÁRIO DE ANOS, É UM MERO ABORRECIMENTO?
Talvez, para uma empresa que não tem respeito, compaixão e empatia por seus clientes, tanto que os oferece uma
segurança deficiente , não se importando com a confiança que lhe é oferecida, desde que usem o NUBANK, pra essa
empresa sim, isso seria uma mero aborrecimento.
Para o autor não, que vem lutando e se levantando do baque que sofreu, tendo pavor e paranoia de olhar a cada
segundo seu saldo bancário.
A facilitação do acesso à internet evidenciou a situação da vulnerabilidade agravada do consumidor dentro do
ambiente online. Nessa conjuntura, criminosos deram nova roupagem a crimes já conhecidos e transferiram a sua
prática também para o ambiente digital. Assim, mesmo em uma mera transferência bancária onde aparentemente
há legitimidade na transação realizada, o consumidor passou a ser vítima dos mais diversos crimes de fraudes.

No caso das instituições bancárias, o processo de digitalização dos serviços foi ostensivamente incentivado pelos
próprios bancos, levando até mesmo os clientes mais refratários ao uso de tecnologia, a usar meios digitais de
realização de suas transações. A tendência é o investimento cada vez maior em tecnologia a fim de propiciar uma
experiência melhor e mais personalizada aos seus clientes. Todavia, à instituição financeira não cabe apenas melhorar
o serviço e a tecnologia envolta nas operações digitais, mas também, conferir segurança e legitimidade a essas
operações, com a finalidade de evitar prejuízos aos consumidores.

A atividade desenvolvida pelas instituições bancárias é naturalmente de risco, pois envolve disponibilidade e liquidez
de recursos financeiros, tendo a possibilidade de causar danos a outras pessoas. Por isso, às instituições bancárias se
aplica a responsabilidade civil objetiva, em virtude do risco da atividade exercida.

O risco da atividade está intimamente atrelado ao que a literatura conceitua como fortuito interno, ou seja, ligado à
atividade, cujo risco de dano, ainda que imprevisível ou mesmo inevitável, está jungido à atividade desenvolvida pelo
ofensor. No dizer de Rosenvald, Chaves e Braga Neto, "dano, por assim dizer, participa dos riscos do negócio". "(...)
Quem usufrui, habitualmente, dos bônus de determinada atividade deve responder pelos riscos que ela causar,
ainda que sem culpa."

A teoria do risco da atividade, aplicada às instituições bancárias, tem como objetivo a proteção do interesse de
eventuais vítimas que surgirem em virtude do risco inerente à prática daquela atividade. Portanto, a instituição
bancária não deve agir na busca exclusiva pela aferição de lucros, mas sim, garantir que para obtenção dos lucros
almejados, os bens tutelados de terceiros não podem ser atingidos.
Na verdade, as instituições bancárias têm o dever de agir com segurança. A inobservância do dever de segurança,
torna o produto defeituoso, nos termos do artigo 14, §1º do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

E mais, as excludentes de responsabilidade do fornecedor, previstas no artigo 14, §3º do CDC, quais sejam fato
exclusivo da vítima e fato exclusivo de terceiro, somente exoneram a responsabilidade nas operações bancárias, "se
estiverem absolutamente dissociadas das condutas omissivas, comissivas ou informativas que competem ao banco"
, o que restou vastamente comprovado e até CONFESSADO PELA PROMOVIDA CONFORME DOCUMENTAÇÃO
JUNGIDA AOS AUTOS, que houve OMISSÃO e NEGLIGENCIA e até mesmo IMPERÍCIA por parte da NU PAGAMENTOS
S.A.

No caso das instituições bancárias, a discussão em torno da atividade exercida é tanta que o STJ (Superior Tribunal de
Justiça) editou a Súmula 479[4], a qual prevê a responsabilidade objetiva dos bancos por danos gerados em virtude
de fortuito interno ou fraude nas operações bancárias. O ônus imposto ao fornecedor de serviços bancários se deve
ao fato de que é ele quem tem o controle de todas as operações envolvendo o uso de tecnologias online e, por isso,
deve observar a qualidade e segurança de seus produtos e serviços (artigo 8º do CDC), além de suportar os resultados
de seu fornecimento, com a responsabilidade de antever a os problemas e tomar medidas preventivas quanto a isso.
QUE FIQUE COMPREENDIDO, O AUTOR NÃO TEVE QUALQUER PARTICIPAÇÃO NO INVASÃO DA SUA CONTA, NÃO
DEU A SENHA A NINGUEM, PELO CONTRARIO USARAM O BANCO PARA CHEGAREM ATÉ ELE, POR MEIO DA FALHA
DE SEGURANÇA GRITANTE DO BANCO NU PAGAMENTOS S.A., ALVO DE VÁRIOS OUTROS PROCESSOS NO MESMO
SENTIDO.
Ou seja, a despeito do arcabouço protetivo previsto no CDC, incluindo a inversão ope legis do ônus da prova em
relação ao defeito na prestação do serviço, ainda assim se tem imposto à vítima da fraude o ônus da comprovação de
que não descumpriu com o dever de cautela na realização da operação, o subverte a lógica do diploma protetivo
consumerista.

Não é demais lembrar que o artigo 4º do CDC impõe o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado
de consumo e de sua posição de inferioridade em relação ao fornecedor, notadamente quando se trata de uso de
tecnologia para a realização dos contratos. Essa vulnerabilidade é agravada no ambiente virtual, chegando, em
algumas situações à existência de uma hipervulnerabilidade do consumidor.
Nessa esteira temos presentes a TRÍADE DO DANO MORAL:

• DO ATO ILICITO PRATICADO PELA PROMOVIDA

O ato da promovida, foi a falha na sua prestação de serviço quanto a segurança do seu aplicativo, que ao sinal de 02
(duas) transações atípicas, por meio de dispositivo não verificado, não tomou nenhuma medida de segurança para
proteger o autor.
• NEXO CAUSAL

Por conta dessa falha, o autor teve retirado da sua conta por terceiros o valor de R$ 91.000,00 (NOVENTA E UM MIL
REAIS), o que lhe ensejou graves prejuízos, seja de ordem financeira, psicologia e física.
Uma vez que a conta, conforme pode se verificar era responsável por gerir sua vida pessoal e sua empresa, sendo
também fonte de sobrevivência de várias outras famílias, tendo cunho social, e o abalo do autor, após esse golpe
sofrido por conta de uma negligencia do banco o qual confiou seu dinheiro, lhe trouxe e lhe traz sérios problemas.
• DA INEXISTENCIA DE CULPA DA VITIMADO FATO PRATICADO POR TERCEIRO

CONFORME COMPROVADO, A TRANSAÇÃO NÃO OCORREU DO DISPOSITIVO USADO PELO AUTOR, NÃO SENDO ELE
QUEM DIGITOU E CONFIRMOU A TRANSAÇÃO.
FICOU COMPROVADO QUE FOI CADASTRADO UM NOVO DISPOSITIVO MINUTOS ANTES DA TRANSAÇÃO, PARA
REALIZAR O CASH OUT O ESVAZIAMENTO DA CONTA, E TENDO OUTRO DISPOSITIVO ATIVO QUE ERA DO AUTOR, O
BANCO NÃO O AVISOU!!!

SENDO ASSIM INEISTE CULPA POR PARTE DO AUTOR.

Por isso mesmo, e ainda na esteira do que determina o art. 4º, II do CDC, a Política Nacional das Relações de Consumo
tem como princípio a obrigação de atuar para a efetiva proteção do consumidor, de modo a garantir produtos e
serviços com padrões adequados de segurança e desempenho.

É possível, pois, concluir que as instituições bancárias não devem apenas agir com o objetivo de entregar experiências
digitais mais ágeis e eficientes, sem garantir que o consumidor seja protegido quando as operações praticadas.
As instituições bancárias têm o dever de garantir a segurança e a legitimidade de suas operações com a finalidade de
diminuir a possibilidade de causar prejuízos aos seus próprios consumidores. Deveriam, portanto, identificar quais
seriam os golpes virtuais mais usuais e arquitetar maneiras de impedir a ação dos criminosos.
SENDO ASSIM, HOUVE O DANO MORAL E ELE ESTA CRISTALINO QUANTO A SUA CONFIGURAÇÃO, RESTANDO
IMPUGANADA A ALEGAÇÃO ABSURDA DA PROMOVIDA QUANTO A NÃO CONFIGURAÇÃO DO DANO MORAL.

V – DO ARBITRAMENTO DO VALOR DO DANO MORAL

Em sua confusão e platônica contestação, a parte promovida, traz a baila o velho falatório de quem tem culpa, que é
um absurdo o valor pedido, de enriquecimento sem causa, entre outros pontos.
Contudo, o prejuízo suportado pelo autor, quase 100 mil reais lhe arrancados de sua conta, a qual deveria ser sinônimo
de segurança, intransponibilidade e invulnerabilidade, até mesmo por que o promovente cobra por esse serviço.
Por conta desse erro, o autor vem suportando prejuízo de quase o dobro do que lhe fora tirado, sendo totalmente
razoável o valor do dano moral, pela questão educativa e como fator de impedir e compelir a empresa NU
PAGAMENTOS S.A, A REALMENTE RESPEITAR OS SEUS CLIENTES E O DINHEIROS QUE OS MESMOS DEPOSITAM EM
SEU BANCO!
Por fim, também com relação a este tema a autora reporta-se aos argumentos da inicial, pedindo apenas vênia para
juntar alguns exemplos do que vem decidindo o E. TJSP acerca do tema:

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS Autora vítima de abordagem por preposto da requerida,
de forma imprudente, sob a suspeita de furto de mercadoria - Prova testemunhal indicativa
de que a autora foi 'perseguida' por funcionária da ré que se dirigiu a outro estabelecimento,
expondo-a aos demais consumidores, sem a cautela necessária Furto não comprovado - Dano
moral Ocorrência - Abordagem em público, ante mera suspeita de furto, traduz ação
equivocada propiciadora de constrangimento, humilhação e desonra, gerando a obrigação de
indenizar Quantum indenizatório Arbitramento no valor equivalente a 40 salários mínimos que
não se afigura excessivo, diante da gravidade da acusação e da maneira ostensiva que a mesma
ocorreu Descabida sua redução - Sentença mantida Recurso improvido. (TJ-SP - APL:
274271720098260564 SP 0027427-17.2009.8.26.0564, Relator: Salles Rossi, Data de
Julgamento: 27/06/2012, 8ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 06/07/2012 –
grifos e destaques nossos sempre)

VI – IMPUGNAÇÃO DE DOCUMENTOS
Pugna o impugnante pelo indeferimento de todos os documentos juntados pela impugnada, posto não se fazer
presente os requisitos de validade para ser utilizado como fundamento para juízo de valor, bem como alguns nem
utilidade tem para o tema, servindo apenas para confundir a mente do nobre julgador.

Nesse sentido vemos:


DOS CONTRATOS JUTADOS
Fica claro evidente de se tratarem de contratos de adesão, não trazendo nenhuma responsabilidade ao CONTRATADO,
colocando todo o risco da atividade para o consumidor, o que não se pode aceitar.
DO FLUXO PIX
Não tem o condão de comprovação de nada, apenas uma pífia representação gráfica, sem nenhum valor legal ou
técnico:

Apenas uma imagem ilustrativa.


DAS FICHAS DE MOVIMENTAÇÕES, INFORMAÇÕES PESSOAIS E DISPOSITIVOS

Informações com o intuito de fazer confudir o ilustre douto juízo e o autor, com termos técnicos de informática , o
que nada mais comprova que quem detem o poder de informação e de dados é a promovida, e não o autor, e ainda
mais traz informações tais como confissão que o banco teve ciência da fraude e se quedou inerte, como pode ser
comprovado e as demais informações que trazem informações alheis ao processo, restam totalmente impugnadas.
VII – DOS REQUERIMENTOS

Ante o exposto, requer a Vossa Excelência, que se digne em acolhendo as razões supra enfocadas REJEITAR OS
ARGUMENTOS TRAZIDOS À CONTESTAÇÃO proposta pelo impugnado, para o prosseguimento da ação até a integral
satisfação, ao passo que reitero todos os pedidos constantes em Exordial, e;
Considerando impugnadas todas as alegações da parte adversa, e reservando-se, sem prejuízo, o direito de apresentar
memoriais finais, requer o prosseguimento do feito, para que seja ao final dado total provimento à ação, a fim de
condenar a ré nos termos do pedido inicial.

Termos em que,

Pede deferimento.
NIVALDO CONSTANTINO DA SILVA NETO

ADVOGADO OAB GO 46.668

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