Politica Nacional Da Saude Publica
Politica Nacional Da Saude Publica
Politica Nacional Da Saude Publica
1. Introdução ................................................................................................................................ 1
3. Conclusão ................................................................................................................................ 7
4. Referências .............................................................................................................................. 8
1. Introdução
A Política Nacional de Saúde em Moçambique representa um compromisso abrangente e
estratégico do governo para promover o acesso equitativo e aprimorar a qualidade dos serviços de
saúde em todo o país, com o objetivo final de melhorar os indicadores de saúd e da população. Este
documento delineia uma série de estratégias fundamentais que abordam desafios específicos
enfrentados pelo sistema de saúde moçambicano e visam promover o bem-estar geral da sociedade.
Além disso, a política nacional de saúde está firmemente comprometida com a melhoria da
cobertura dos serviços de saúde em todo o país, especialmente para grupos vulneráveis e
marginalizados. Isso envolve a expansão da rede de unidades de saúde, a disponibilização de
medicamentos e equipamentos médicos adequados, além da implementação de programas
voltados para saúde materno-infantil e planejamento familiar.
Doenças não transmissíveis, como diabetes, hipertensão e câncer, também estão no foco da política
nacional de saúde, que desenvolve estratégias de promoção da saúde, como campanhas de
sensibilização sobre hábitos alimentares saudáveis, atividade física e prevenção do tabagismo e
consumo excessivo de álcool.
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2. Revisão da literatura
2.1.Histórico da Política Nacional de Saúde
Moçambique conquistou sua independência de Portugal em 1975, após uma longa luta de
libertação. O país emergiu com uma infraestrutura limitada e enfrentou desafios significativos,
incluindo pobreza generalizada e falta de acesso a serviços básicos, como saúde e educação.
Em 1977, uma guerra civil começou entre o governo do FRELIMO e a RENAMO (Resistência
Nacional Moçambicana), uma rebelião apoiada pela África do Sul e pelos Estados Unidos. A
guerra civil devastou o país, causando uma crise humanitária e econômica grave.
O fim da guerra civil em 1992 marcou um ponto crucial na história de Moçambique. O país entrou
em um período de reconstrução e desenvolvimento. As prioridades incluíam a restauração e
expansão dos serviços de saúde, bem como a melhoria das condições de vid a da população.
Em 1993, Moçambique adotou a Estratégia de Saúde para Todos como um marco fundamental
para o desenvolvimento do sistema de saúde. Essa estratégia foi desenvolvida com o apoio da
Organização Mundial da Saúde (OMS) e enfatizou o acesso equitativo aos serviços de saúde para
toda a população.
A Estratégia de Saúde para Todos estabeleceu princípios importantes, como a descentralização dos
serviços de saúde para níveis locais e a promoção da participação comunitária na gestão da saúde.
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A primeira Política Nacional de Saúde de Moçambique foi elaborada em 2001, com base nos
princípios e objetivos estabelecidos pela Estratégia de Saúde para Todos.
A política também destacou a importância da colaboração entre os setores público e privado, bem
como o envolvimento ativo das comunidades na promoção da saúde e na prevenção de doenças.
Desde sua introdução, a Política Nacional de Saúde de Moçambique tem sido fundamental para
orientar o desenvolvimento do sistema de saúde do país. Ela ajudou a impulsionar investimentos
e reformas necessárias para expandir e melhorar os serviços de saúde, especialmente em áreas
rurais e remotas.
Ao longo dos anos, a política passou por revisões e atualizações para responder aos desafios
emergentes, como o aumento da prevalência do HIV/AIDS e outras doenças infecciosas. Novas
estratégias foram implementadas para fortalecer a resposta do sistema de saúde a essas questões
de saúde pública.
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Estratégias como o Programa Saúde para Todos (SPT) têm como objetivo garantir que os serviços
essenciais de saúde estejam disponíveis e acessíveis a todos os cidadãos, independentemente da
localização geográfica.
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Isso inclui a coleta e análise de dados de saúde, a implementação de registros de saúde eletrônicos
e o uso de tecnologias de informação para melhorar a gestão e a prestação de serviços de saúde.
O impacto das políticas de saúde se estende ao orçamento público, com a alocação de recursos
sendo uma questão-chave para garantir a sustentabilidade do sistema de saúde a longo prazo. Além
disso, a saúde é um componente essencial da segurança nacional, especialmente na preparação e
resposta a emergências de saúde pública, como pandemias e surtos de doenças infecciosas.
Portanto, a saúde vai muito além do aspecto individual; é uma questão política nacional que afeta
diretamente o desenvolvimento e o bem-estar de uma nação como um todo. Investir em políticas
de saúde eficazes não é apenas uma decisão ética, mas também uma estratégia inteligente para
promover o crescimento econômico, a estabilidade social e a segurança nacional.
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A PNS é fundamental para orientar o desenvolvimento e a implementação de políticas e programas
de saúde em Moçambique. Ela serve como um quadro unificador que ajuda a alinhar os esforços
de todas as partes interessadas no sistema de saúde, incluindo o governo, organizações não
governamentais, parceiros de desenvolvimento e comunidades.
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3. Conclusão
A Política Nacional de Saúde em Moçambique representa um compromisso abrangente e
estratégico do governo para enfrentar os desafios de saúde do país e melhorar os indicadores de
bem-estar da população. As estratégias delineadas, como o fortalecimento da Atenção Primária
em Saúde, a expansão da cobertura de serviços, a prevenção e controle de doenças transmissíveis,
a promoção da saúde e o desenvolvimento de recursos humanos, refletem uma abordagem holística
e proativa para garantir que todos os moçambicanos tenham acesso a cuidados de saúde adequados
e de qualidade.
À medida que Moçambique avança em direção a uma saúde mais equitativa e acessível, é
fundamental manter o foco na implementação das estratégias delineadas, adaptando-se às
necessidades emergentes e avaliando continuamente o progresso realizado. Com o compromisso
e a colaboração de todos os envolvidos, é possível alcançar uma melhoria significativa nos
indicadores de saúde e no bem-estar geral da população moçambicana.
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4. Referências
COOPER, Frederick. “Conflito e conexão: repensando a História colonial da África”. In: Anos 90,
Porto Alegre, v. 15, n. 27, p.21-63, jul. 2008.
COUTO, Mia. Venenos de Deus, remédios do diabo: as incuráveis vidas de Vila Cacimba. São
Paulo: Companhia das Letras, 2008.
FRY, Peter. Culturas da diferença: sequelas das políticas coloniais portuguesas e britânicas na
África Austral. Afro-Ásia, nº29⁄30, Salvador, 2003, 271-343.
HALL, Stuart. Notas sobre a desconstrução do popular. In: SOVIK, Liv (org.) Da diaspora:
identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
MENESES, Maria Paula G. “Quando não há problemas, estamos de boa saúde, sem azar nem
nada”: para uma concepção emancipatória da saúde e das medicinas. IN: SANTOS, Boaventura
de Sousa (org). Semear outras soluções: os caminhos da biodiversidade e dos conhecimentos
rivais. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005