Apostila - Conceitos Básicos de Software
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Apresentação
Livro Eletrônico
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Professor(a): Anderson Nascimento
Vale a pena dizer que o profissional de tecnologia da informação, por ter como especialidade
a resolução de problemas, acaba transitando pelos diversos níveis organizacionais, a saber,
operacional, tático e estratégico.
Para cada nível, necessidades diferentes são observadas, pois o gerente do nível
estratégico tem a necessidade de observar o dado de uma maneira diferente da visão que
necessita o gerente operacional.
Assim, toda vez que o profissional de software estiver envolvido na produção de algum software,
é importante conhecer bem os stakeholders. Os stakeholders são os profissionais interessados
e envolvidos no projeto, aqueles que podem tomar decisão durante o andamento do projeto.
Alguns exemplos de stakeholders são os gerentes, o patrocinador do projeto e os key-
users, que são usuários importantes da parte do cliente. É importante ressaltar que alguns
dos próprios membros da equipe de desenvolvimento também são considerados stakeholders.
2. Software
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Esses programas podem ser desenvolvidos como produtos que vão apoiar o trabalho
de um ou mais profissionais. Esses produtos podem ser divididos em duas categorias: os
softwares genéricos e os softwares por encomenda.
Os softwares genéricos são desenvolvidos para que sirvam para várias empresas de um
mesmo ramo. Por exemplo, um software para controlar o estoque de uma empresa pode
ser facilmente empregado em outra empresa que também deseja controlar o seu estoque.
Já os softwares por encomenda tratam especificamente o problema do cliente solicitante,
sendo desenvolvido para uma realidade particular e, portanto, pertencente exclusivamente
a quem o encomendou. Um exemplo desse tipo de software seria um sistema construído
para controlar as atividades acadêmicas de uma determinada escola.
3. O Profissional de Software
A partir daí temos o profissional de software atuando como facilitador técnico para que
outros profissionais possam ter as suas atividades diárias influenciadas pelo apoio dos softwares.
A tarefa desse profissional é observar e entender as necessidades do cliente, para
poder analisar e propor uma solução computacional que tornará viável, ágil e simplificada
a execução das tarefas do cliente.
Este é um ponto interessante para o profissional de tecnologia da informação, de uma
forma geral, pois ele passa a conhecer o domínio de negócio ao qual ele está prestes a
construir uma solução, entendendo o funcionamento, os processos e as regras de negócio.
Uma responsabilidade e tanto, não acha?
A área de tecnologia proporciona diversos desafios que devem ser encarados pelo
profissional de TI. Cada um desses desafios está relacionado com o papel e cargo desses
profissionais. Por ser uma tarefa muito difícil elencar todos os papéis que um profissional
de TI pode possuir, alguns dos mais comuns conseguimos observar na lista a seguir:
a) Desenvolvimento: apoiam atividades organizacionais a partir de sistemas que facilitam
o controle, coordenação e tomada de decisão nos negócios.
• Analista de Sistemas;
• Analista de Requisitos;
• Programador;
• Analista de Testes;
• Administrador de Dados.
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• Analista de Suporte;
• Analista de Redes;
• Analista de Infraestrutura;
• Administrador de Banco de Dados.
Além dessas duas grandes áreas, ainda temos cargos relacionados à Análise dos Dados,
Governança, dentre outras áreas relacionados à tecnologia da informação.
4. Engenharia de Software
Para que tudo isso seja possível, nasceu a Engenharia de Software, uma disciplina que
prevê o desenvolvimento profissional de software, propondo métodos, técnicas e ferramentas
que permita o desenvolvimento de um produto com qualidade.
Muito antes de tratar o desenvolvimento de software como engenharia, ocorreu a
chamada de “Crise do Software”. Esse termo se origina dos anos 1970 e relata o momento em
que a Engenharia de Software praticamente não existia, algo que se tornou crítico, uma vez
que esse período apresentou um crescimento substancial na atividade de desenvolvimento
de software em todo o planeta.
Especificamente este termo foi cunhado na apresentação de uma palestra feita por
Edsger Dijkstra na Association for Computing Machinery The Humble Programmer (EWD340),
que gerou artigo publicado no periódico Communications of the ACM.
O artigo The Humble Programmer (1972) pode ser encontrado no link www.cs.utexas.
edu/users/EWD/ewd03xx/EWD340.PDF.
Alguns aspectos conseguem direcionar quais eram os sintomas que apontavam a Crise
do Software:
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• Softwares que não entregavam aquilo que era pedido pelo cliente.
O profissional de software deve estar atento para cada uma dessas causas e deve considerar
os possíveis planos de contingência para o caso de falhas nos quesitos mais importantes,
principalmente aqueles que se tem menor controle, como a baixa participação dos stakeholders.
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Considerações Finais
Nesta aula inicial abordamos não só a conceituação de software, mas também dedicamos
um tempo a entender o importante papel do analista de sistemas nos processos que apoiam
a construção de soluções para os mais diversos problemas dos mais distintos domínios.
Traçamos um panorama sobre a forma como o software é importante em nosso dia a dia
atualmente, e como era o cenário descrito como “crise do software” em tempos em que não
havia a preocupação com a metodologia e os processos para desenvolvimento de software, assim
como havia poucas ferramentas de apoio para a atividade de desenvolvimento de software.
Descrevemos também a evolução no conceito de produção de software, apontando
quais foram as principais evoluções e como estas ajudaram na melhoria desta atividade
essencial para os dias atuais.
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Materiais Complementares
Artigo que deu origem ao termo “crise do software” de Edsger Dijkstra: The Humble
Programmer. Disponível em: https://www.cs.utexas.edu/users/EWD/ewd03xx/EWD340.
PDF. Acesso em: 28 out. 2022.
Referências
SOMMERVILLE, I. Engenharia de Software. 10ª ed. São Paulo: Pearson Addison. Wesley, 2019.
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