Exercícios Funções Da Linguagem

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Exercícios

Imagine a seguinte situação:


Num torneio de futebol da escola, aos 44 minutos do segundo tempo e o time perdendo
de 2 a 1, o atacante, que está na grande área sozinho, grita e gesticula (levanta os braços)
desesperado para o outro jogador passar a bola.
2. Identifique os elementos da comunicação:
Emissor:
Receptor:
Mensagem:
Código:
Canal:
Contexto ou Referente:

(Enem 2014) A imagem da negra e do negro em produtos de beleza e a estética do racismo

Resumo: Este artigo tem por finalidade discutir a representação da população negra,
especialmente da mulher negra, em imagens de produtos de beleza presentes em comércios
do nordeste goiano. Evidencia-se que a presença de estereótipos negativos nessas imagens
dissemina um imaginário racista apresentado sob a forma de uma estética racista que camufla
a exclusão e normaliza a inferiorização sofrida pelos(as) negros(as) na sociedade brasileira. A
análise do material imagético aponta a desvalorização estética do negro, especialmente da
mulher negra, e a idealização da beleza e do branqueamento a serem alcançados por meio do
uso dos produtos apresentados. O discurso midiático-publicitário dos produtos de beleza
rememora e legitima a prática de uma ética racista construída e atuante no cotidiano. Frente a
essa discussão, sugere-se que o trabalho antirracismo, feito nos diversos espaços sociais,
considere o uso de estratégias para uma “descolonização estética” que empodere os sujeitos
negros por meio de sua valorização estética e protagonismo na construção de uma ética da
diversidade.
SANT’ANA, J. A imagem da negra e do negro em produtos de beleza e a estética do racismo. Dossiê: trabalho e educação básica.
Margens Interdisciplinar. Versão digital. Abaetetuba, n. 16, jun. 2017 (adaptado).
Palavras-chave: Estética, racismo, mídia, educação, diversidade.

2. O cumprimento da função referencial da linguagem é uma marca característica do gênero


resumo de artigo acadêmico. Na estrutura desse texto, essa função é estabelecida pela
a. Impessoalidade, na organização da objetividade das Informações, como em “Este artigo tem
por finalidade” e “Evidencia-se”.
b. Seleção lexical, no desenvolvimento sequencial do texto, como em “imaginário racista” e
“estética do negro”.
c. Metaforização, relativa à construção dos sentidos figurados, como nas expressões
“descolonização estética” e “discurso midiático-publicitário”.
d. Nominalização, produzida por meio de processos derivacionais na formação de palavras,
como “inferiorização” e “desvalorização”.
e. Adjetivação, organizada para criar uma terminologia antirracista, como em “ética da
diversidade” e “descolonização estética”.

(Enem 2017)

As atrizes

Naturalmente
Ela sorria
Mas não me dava trela
Trocava a roupa
Na minha frente
E ia bailar sem mais aquela
Escolhia qualquer um
Lançava olhares
Debaixo do meu nariz
Dançava colada
Em novos pares
Com um pé atrás
Com um pé a fim
Surgiram outras
Naturalmente
Sem nem olhar a minha cara
Tomavam banho
Na minha frente
Para sair com outro cara
Porém nunca me importei
Com tais amantes
[...]
Com tantos filmes
Na minha mente
É natural que toda atriz
Presentemente represente
Muito para mim
CHICO BUARQUE. Carioca. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2006 (fragmento).

3. Na canção, Chico Buarque trabalha uma determinada função da linguagem para marcar a
subjetividade do eu lírico ante as atrizes que ele admira. A intensidade dessa admiração está
marcada em:
a. "Naturalmente/ Ela sorria/ Mas não me dava trela".
b. "Tomavam banho/ Na minha frente/ Para sair com outro cara".
c. "Surgiram outras/ Naturalmente/ Sem nem olhar a minha cara".
d. "Escolhia qualquer um/ Lançava olhares/ Debaixo do meu nariz".
e. "É natural que toda atriz/ Presentemente represente/ Muito para mim".

(Enem 2017)
TEXTO I

Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras dos grandes escritores, em cuja
linguagem as classes ilustradas põem o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o
que o uso idiomático estabilizou e consagrou.
LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.

TEXTO II

Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis,
sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para
mim interesse de nenhuma espécie — nem sequer mental ou de sonho —, transmudou-se-me
o desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se
dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha
vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que
estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me faz
tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida.
PESSOA, F. O livro do desassossego. São Paulo: Brasiliense, 1986.

4. A linguagem cumpre diferentes funções no processo de comunicação. A função que


predomina nos textos I e II

a. Destaca o “como” se elabora a mensagem, considerando-se a seleção, combinação e


sonoridade do texto
b. Coloca o foco no “com o quê” se constrói a mensagem, sendo o código utilizado o seu
próprio objeto.
c. Focaliza o “quem” produz a mensagem, mostrando seu posicionamento e suas impressões
pessoais.
d. Orienta-se no “para quem” se dirige a mensagem, estimulando a mudança de seu
comportamento.
e. Enfatiza sobre “o quê” versa a mensagem, apresentada com palavras precisas e objetivas.

(Enem PPL 2016) Poema tirado de uma notícia de jornal

João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem
número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e
Morreu afogado.
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.

5. No poema de Manuel Bandeira, há uma ressignificação de elementos da função referencial


da linguagem pela

a. Atribuição de título ao texto com base em uma notícia veiculada em jornal.


b. Utilização de frases curtas, características de textos do gênero jornalístico.
c. Indicação de nomes de lugares como garantia da veracidade da cena narrada.
d. Enumeração de ações, com foco nos eventos acontecidos à personagem do texto.
e. Apresentação de elementos próprios da notícia, tais como quem, onde, quando e o quê.

(Enem PPL 2015) Perder a tramontana


A expressão ideal para falar de desorientados e outras palavras de perder a cabeça

É perder o norte, desorientar-se. Ao pé da letra, "perder a tramontana" significa deixar de ver


a estrela polar, em italiano stella tramontana, situada do outro lado dos montes, que guiava os
marinheiros antigos em suas viagens desbravadoras.

Deixar de ver a tramontana era sinônimo de desorientação. Sim, porque, para eles, valia mais
o céu estrelado que a terra. O Sul era região desconhecida, imprevista; já o Norte tinha como
referência no firmamento um ponto luminoso conhecido como a estrela Polar, uma espécie de
farol para os navegantes do Mediterrâneo, sobretudo os genoveses e os venezianos. Na
linguagem deles, ela ficava transmontes, para além dos montes, os Alpes. Perdê-la de vista era
perder a tramontana, perder o Norte.
No mundo de hoje, sujeito a tantas pressões, muita gente não resiste a elas e entra em
parafuso. Além de perder as estribeiras, perde a tramontana...
COTRIM, M. Língua Portuguesa, n. 15, jan. 2007.

6. Nesse texto, o autor remonta às origens da expressão "perder a trasmontana". Ao tratar do


significado dessa expressão, utilizando a função referencial da linguagem, o autor busca

a. Apresentar seus indícios subjetivos.


b. Convencer o leitor a utilizá-la.
c. Expor dados reais de seu emprego.
d. Explorar sua dimensão estética.
e. Criticar sua origem conceitual.

(Enem 2014) O exercício da crônica

Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa de
um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar
dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele
diante de sua máquina, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um fato
qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera, em que, com as suas
artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de
olhar em torno e esperar que, através de um processo associativo, surja-lhe de repente a
crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela
concentração. Ou então, em última instância, recorrer ao assunto da falta de assunto, já
bastante gasto, mas do qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado.
MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia. das Letras, 1991.

7. Predomina nesse texto a função da linguagem que se constitui

a. Nas diferenças entre o cronista e o ficcionista.


b. Nos elementos que servem de inspiração ao cronista.
c. Nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica.
d. papel da vida do cronista no processo de escrita da crônica.
e. Nas dificuldades de se escrever uma crônica por meio de uma crônica.

(Enem 2007) O canto do guerreiro

Aqui na floresta

Dos ventos batida, Façanhas de bravos


Não geram escravos,
Que estimem a vida
Sem guerra e lidar.
— Ouvi-me, Guerreiros,
— Ouvi meu cantar.
Valente na guerra,
Quem há, como eu sou?
Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais, como eu dou?
— Guerreiros, ouvi-me;
— Quem há, como eu sou?
(Gonçalves Dias.)

Macunaíma (Epílogo)

Acabou-se a história e morreu a vitória.

Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se
acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos
puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do
deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a
terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber
do Herói?
(Mário de Andrade.)

8. Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se que

a. A função da linguagem centrada no receptor está ausente tanto no primeiro quanto no


segundo texto.
b. A linguagem utilizada no primeiro texto é coloquial, enquanto, no segundo, predomina a
linguagem formal.
c. Há, em cada um dos textos, a utilização de pelo menos uma palavra de origem indígena.
d. A função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na forma de organização da linguagem
e, no segundo, no relato de informações reais.
e. A função da linguagem centrada na primeira pessoa, predominante no segundo texto, está
ausente no primeiro.

(Enem-2014)
O telefone tocou.
— Alô? Quem fala?
— Como? Com quem deseja falar?
— Quero falar com o sr. Samuel Cardoso.
— É ele mesmo. Quem fala, por obséquio?
— Não se lembra mais da minha voz, seu Samuel?
Faça um esforço.
— Lamento muito, minha senhora, mas não me lembro. Pode dizer-me de quem se trata?
(ANDRADE, C. D. Contos de aprendiz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958.)
9. Pela insistência em manter o contato entre o emissor e o receptor, predomina no texto a
função
a) metalinguística.
b) fática.
c) referencial.
d) emotiva.
e) conativa.

(Enem-2009)
Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
[...]
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.

10. Predomina no texto a função da linguagem:


a) fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação.
b) metalinguística, porque há explicação do significado das expressões.
c) conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação.
d) referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos reais.
e) poética, pois chama-se a atenção para a elaboração especial e artística da estrutura do
texto.

(Enem 2020 / Aplicação Digital)


11. De acordo com as intenções comunicativas e os recursos linguísticos que se
destacam, determinadas funções são atribuídas à linguagem. A função que
predomina nesse texto é a conativa, uma vez que ele

a) atua sobre o interlocutor, procurando convencê-lo a realizar sua escolha de maneira


consciente.
b) coloca em evidência o canal de comunicação pelo uso das palavras “corrige” e “confirma”.
c) privilegia o texto verbal, de base informativa, em detrimento do texto não verbal.
d) usa a imagem como único recurso para interagir com o público a que se destina.
e) evidencia as emoções do enunciador ao usar a imagem de uma criança.

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