LITOSFERA

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INSTITUTO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE QUELIMANE

Av. Amed Sekou Touré, nº 519, Tel. 24214543/24213740.Fax.24213740

DEPARTAMENTO DE COMUNIÇÃO E CIENCIAS SOCIAS


DISCIPLINA CIÉNCIAS SOCIAS
2- LITOSFERA
ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
A pesar do grau de avanço tecnológico e científico, até hoje é difícil ter um conhecimento
completo do interior da Terra. As ondas sísmicas, as erupções vulcânicas e a queda dos
meteoritos são os principais acontecimentos nos permitem a investigação indirecta da
litosfera e de directamente se realizam sondagens, mas não possibilitam um conhecimento
preciso das profundidades da Terra.

A Terra é constituida por 3 camadas:

1.Crosta Terrestre, é uma zona externa da Terra, ela varia de espessura de lugar para
lugar. É formada por duas partes: crosta superior/continental é a que assentam os
continentes, de cerca de 20-40Km de espessura, o ponto mais alto é o monte Everest e a
inferior /oceânica que forma o fundo dos oceanos com espessura que varia de 6-15 Km o

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local mais fundo são as fossas Marianas. Caracterize a crosta continental e a oceânica.
Localize Everest e Marianas.
A massa da Terra está composta sobretudo por ferro (32,1%), oxigênio (30,1%), silício
(15,1%), magnésio (13,9%), enxofre (2,9%), níquel (1,8%), cálcio (1,5%), e alumínio
(1,4%); os restantes 1,2% consistem de quantidades vestigiais de outros elementos.

2.Manto, é uma camada grossa e volumosa. O manto se divide em superior e inferior:

Manto superior: está separado da crusta a cima por uma zona de descontinuidade sismica
(litosfera que estão compostas as placas tectônicas). Abaixo da litosfera encontra-se a
astenosfera, uma camada de viscosidade relativamente baixa sobre a qual a litosfera se
desloca. Entre as profundidades de 410 e 660 km abaixo da superfície, encontra-se uma
zona de transição que separa o manto superior do manto inferior (com cerca de 100Km de
espessura), é onde ocorrem alterações importantes na estrutura cristalina.

3. Núcleo, com raio cerca de 3.475Km, a parte central é mais profunda. possui uma
camada exterior de cerca de 2225Km de espessura que se comporta como um fluido. em
contraste, o núcleo interior que tem um raio cerca de 1275Km é sólido. A região do núcleo
seja, sobretudo, composta por ferro (88,8%), com quantidades menores de níquel (5,8%),
enxofre (4,5%), e menos de 1% de elementos vestigiais.

O calor da Terra

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A temperatura da Terra aumenta à medida que nos aprofundamos em seu interior. Desse
modo, por exemplo, o interior das minas é mais quente que a superfície. A elevação da
temperatura devido à profundidade chama-se gradiente geotérmico, e tem o valor
aproximado de 1 grau a cada 33 metros. Ao entrar em erupção, o vulcão mostra o calor
interno da Terra, capaz de fundir rochas e expulsá-las na forma de lava.

SISMOS E SEUS EFEITOS

Sismo- Um sismo, também chamado de terremoto, é um fenômeno de vibração brusca e


passageira da superfície da Terra, resultante de movimentos subterrâneos de placas
rochosas, de atividade vulcânica, ou por deslocamentos (migração) de gases no interior da
Terra, principalmente metano. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes
quantidades de energia sob a forma de ondas sísmicas. (Teixeira, et al., 2000).

Ondas sísmicas- é a energia liberada por ocasião da ruptura de blocos no interior da


crosta é transmitida a partir do foco, através de movimento de ondas, por todas as rochas.
(José Henrique popp/geologia geral/5º edição/pag.233).

Efeitos do sismo
Entre os efeitos dos sismos estão a vibração do solo, abertura de falhas, deslizamentos de
terra, tsunamis, mudanças na rotação da Terra, mudanças no eixo terrestre, além de
efeitos deletérios em construções feitas pelo homem, resultando em perda de vidas,
ferimentos e altos prejuízos financeiros e sociais (como o desabrigo de populações inteiras,
facilitando a proliferação de doenças, fome, etc).
Falhas
A falha normal – também chamada de falha distensiva – ocorre quando o bloco
deslocado posiciona-se abaixo do plano da falha.

A falha inversa – também chamada de falha compressiva – manifesta-se de forma


oposta ao tipo de falha normal, com o bloco deslocado movimentando-se acima do plano
original.

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A falha transcorrente – também chamada de falha horizontal – acontece quando há
deslocamento no plano horizontal entre os dois blocos.

Origem e localização

Origem
A maior parte dos sismos ocorrem nas fronteiras entre placas tectonicas, ou em falhas
entre dois blocos rochosos. O comprimento de uma falha pode variar de alguns centímetros
até milhares de quilometros.
 O hipocentro é a zona do interior da Terra onde se origina o sismo.
 O epicentro é o local da Terra, situado na vertical do hipocentro, onde se verifica
maior intensidade do sismo.Ela pode ser:
 Na zona continental:Sismo
 Na zona oceânica:Tsunami

Tsunami-por vezes também chamado maremoto(do latim: mare, mar + motus,


movimento), é uma série de ondas de água causada pelo deslocamento de um
grande volume de umcorpo de água, como um oceano ou um grande lago. Tsunamis são
uma ocorrência frequente no Oceano Pacífico: aproximadamente 195 eventos desse tipo já
foram registrados. Devido aos imensos volumes de água e energia envolvidos, tsunamis
podem devastar regiões costeiras.
Sismos, erupções vulcânicas e outras explosões submarinas (detonações de artefatos
nucleares no mar), deslizamentos de terra e outros movimentos de massa, impactos, e
outros distúrbios acima ou abaixo da água têm o potencial para gerar umtsunami.

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Localização geografica

As áreas frequentemente abaladas por terremotos de intensidade sísmica, as que


registram terremotos ocasionais são chamadas de regiões penissísmicas, e o resto do
planeta que praticamente não registram terremotos são chamadas de regiões assísmicas.
Existem faixas de maior concentração como as bordas das placas ao redor do Oceano
Pacífico, numa região conhecida como cinturão circunpacífico. Inclui-se nessa faixa a área
de intensa actividade sísmica em alguns países como o Japão, Filipinas, Indonésia, Chile,
Oeste da América Central, região da falha de San Andreas, no estado americano da
Califórnia e vários arcos de ilhas vulcânicas. Outra faixa de concentração de atividade
sísmica é o cinturão transasiático, que atravessa as regiões montanhosas do litoral do mar
Mediterrâneo e continua através do Irã e da Cordilheira do Himalaia até atingir o Pacífico.
Uma terceira faixa contínua se estende por milhares de km sob os oceanos, formando um
sistema global e interligado que engloba as cadeias submersas dos oceanos Atlântico e
Índico. (Vinicius Camini/PBwork )

Tipos de Sismo
Sismos Naturais
*Sismos de origem tectônica: são associados a falhas tectônicas, que normalmente
ocorrem pelo movimento e interação das placas tectônicas. São os mais abundantes e
também tem as maiores magnitudes, além de ocorrer em profundidades desde muito
próximas à superfície da Terra até mais de 600 km de profundidade ou seja forças que
atuam lentamente sobre as rochas e que provocam a sua deformação.

*Sismos de origem vulcânica: estão associados às erupções vulcânicas deslocação do


magma no interior do vulcão, podem atingir grandes magnitudes, porém tem seus focos
relativamente superficiais (da ordem poucos km até poucas dezenas de km).

*Sismos de origem secundária: são provocados normalmente pela acomodação de


estratos superficiais, que provocam deslizamentos e afundamentos do solo.

Sismos Artificiais

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*Sismos induzidos: são sismos de origem secundária ou tectônica disparados pela ação
do homem, principalmente quando constrói reservatórios hidroelétricos, quando injeta água
através de poços profundos, na escavação de minas subterrâneas, explosões de pedreiras
e testes nucleares.

Tipos de Ondas Sismicas


Primaria e Secundarias

 As ondas P ou Primárias são as primeiras a chegar, são ondas longitudinais que


fazem a rocha vibrar paralelamente à direcção da onda, tal como um elástico em
contracção. Verifica-se alternadamente uma compressão seguida de uma distensão
com amplitudes e períodos baixos, impondo aos corpos sólidos elásticos alterações
de volume (contudo não há alterações na forma).

 As ondas S ou Secundáriassão ondas tranversais ou de cisalhamento, o que


significa que o solo é deslocado perpendicularmente à direcção de propagação
como num chicote. No caso de ondas S polarizadas horizontalmente, o solo move-
se alternadamente para um e outro lado. São mais lentas que as P, com velocidades
de propagação entre 2000 e 5000 m/s, sendo as segundas a chegar.

Vulcanismo

O termo vulcanismo é aplicado ao conjunto de processos ígneos associados ao


derramamento de magma na superfície da Terra.
Os magmas são definidos como substâncias naturais, constituídas por diferentes
proporções
de líquidos, cristais e gases, cuja natureza depende de suas propriedades químicas, físicas
e do
ambiente geológico envolvido.

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Por ser menos denso que as rochas ao seu redor o magma tende a subir pelas rupturas na
crosta e originar erupções vulcânicas. As montanhas vulcânicas diferem de outras
montanhas, pois são constituídas principalmente pelo acúmulo de produtos eruptivos.

Vulcanismo primário

Este tipo de vulcanismo está associado aos vulcões, quando estes se formam e/ou entram
em actividade, com a ocorrência de erupções vulcânicas.

Vulcanismo secundário

O vulcanismo secundário corresponde a manifestações vulcânicas atenuadas e de menor


importância (como por exemplo a emissão de gases, água quente e vapor de água) e a
formação de caldeiras de lama quente. São exemplos de manifestações de vulcanismo
secundário as fumarolas, as sulfataras, os géiseres e as nascentes termais.

Funcionamento do vulcanismo secundário

Fumarolas – correspondem a aberturas na superfície da crosta terrestre, situam-se


normalmente perto de vulcões, e emitem gases para o ar.

Géiseres – correspondem a nascentes termais que entram em erupção periodicamente,


lançando uma coluna de água quente e gases para o ar.

Sulfataras – correspondem a fumarolas, mas em que nos gases que são emanados existe
um predomínio de gases sulfurados como o dióxido e o trióxido de enxofre e o ácido
sulfídrico (quando nos gases libertados predominam o dióxido e o monóxido de carbono
designam-se por mofetas).

Nascentes termais – correspondem à libertação de água subterrânea aquecida, rica em


sais minerais. Existem em vários locais da superfície terrestre incluindo fundos oceânicos.

Tipos de vulcão

Os vulcões podem ser classificados de acordo com o tipo de actividade em três categorias:

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Figure 1: Tipos de actividades vulcanicas

Figure 2: Morfologia típica de um vulcão.

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Cratera – abertura do cone vulcânico que permite a comunicação entre o interior e o
exterior da Terra e pela cratera que são expelidos os materiais produzidos durante a
erupção.

Cone – elevação típica, normalmente de forma cónica, que resulta da acumulação de


materiais expelidos durante a erupção.

Chaminé – canal através do qual o magma atinge a superfície terrestre.

Câmara magmática – zona do interior da Terra onde o magma está contido.

Produtos vulcânicos- Os produtos formados pelas actividades vulcânicas podem ser


divididos em 3 grupos,classificados segundo a composição química, mineralógica e
propriedades físicas. Distinguem-se as lavas, os materiais piroclásticos, e os gases
vulcânicos.

Localização dos vulcões

Círculo de fogo do pacífico: concentra cerca de 82% dos vulcões e forma um


alinhamento que vai
desde a Cordilheira dos Andes até as Filipinas, passando pelas Costas Ocidentais da
América do Norte e pelo
Japão.

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A crosta terrestre é constantemente sujeita a actividades vulcânicas que, na maioria das
vezes, por sua violência, acabam provocado danos à humanidade.
Destacam-se entre os mais famosos vulcões conhecidos por sua actividade, o Vesúvio -
Itália
(ano 79 d.C), Krakatoa – Indonésia (1883), Monte Pelado - Martinica (1902).
Vesúvio - Itália (ano 79 d.C)

A erupção foi tão repentina que os habitantes da cidade de Pompéia


fugiram ou refugiaram-se no interior das casas. A queda das cinzas, em parte carregadas
de gases,
soterrou por completo todas as casas, ruas e praças, não permitindo a fuga posterior.
Pompéia foi
totalmente soterrada e seus habitantes mortos (cerca de 25.700 habitantes). A cidade
vizinha,
Herculano, foi atingida por uma corrente de lama de 15m de espessura. Somente em
meados do
século XVIII começaram a ser redescobertas.

Krakatoa – Indonésia (1883)


O estrondo produzido pela explosão foi percebido até 5.000Km de distância. A nuvem
formada pela explosão atingiu 50km de altura, produzindo um escurecimento total numa
grande área ao redor. A quantidade de cinza foi tal, que a cidade da Batávia, situada a
cerca de 200km do Krakatoa, ficou por muitas horas completamente as escuras, em pleno
dia. O número de vítimas foi avaliado em 36.000, tendo a maior parte morrido afogada por
uma onda gigantesca formada pela explosão.

Monte Pelado - Martinica (1902)


A nuvem ardente matou 28.000 habitantes. O ruído foi descrito como que parecendo
milhares de canhões em actividade e a nuvem ardente como furacão de fogo junto a
nuvens negras que se erguiam para o céu.

Consequências do vulcanismo

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São várias as consequências da actividade vulcânica, estas podem ser prejudiciais, uma
vez que podem provocar a destruição de infra-estruturas, devido à emissão de lava, cinzas
e piroclastos, mas se bem aproveitados os efeitos do vulcanismo podem ter consequências
benéficas:

 Aumentam a fertilidade dos solos, devido às cinzas que contêm minerais e água;
 Clima mais agradável devido à proximidade de uma fonte de calor;
 Produção de energia eléctrica, aquecimento de casas, piscinas, estufa, indústrias
(energia geotérmica);
 Fins medicinais (fontes termais e cinzas vulcânicas);
 Exploração de minérios.

Como prever erupções

Há vários sinais que nos permitem prever a ocorrência de erupções vulcânicas, como:
 Ocorrência de fracturas que permitam a saída de lava;
 Abalos sísmicos;
 Intensificação de fenómenos de vulcanismo secundário;
 Libertação de gases.

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