A Importancia Da Leitura Nas Series Iniciais 1
A Importancia Da Leitura Nas Series Iniciais 1
A Importancia Da Leitura Nas Series Iniciais 1
Aprovada em ___/___/___.
AGRADECIMENTOS
(Ziraldo)
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RESUMO
ABSTRACT
Aiming to discuss the importance of reading in the early grades, this work was
carried out from a broad literature survey, yielding as content analysis of the
following: major aspects of reading development; the importance of reading in the
classroom; suggestions to stimulate reading activities. It was found that reading and
writing are part of the daily lives of children, because they are always involved with
drawings, books, posters, flyers, stories, finally, a multitude of situations involving
these skills. It was found that it is very important to encourage reading since
childhood, so therefore the child become aware that reading, and pleasurable, it
helps to be an adult and dynamic worship. It was found that, for the training of
readers, it is necessary to provide books and also provide answers and alternatives
for certain issues that concern the design of society, education, language, reading
and literature chosen by the individual. Final considerations reinforce that reading the
written word presupposes literacy, which, in our society occurs in schools and,
therefore, teacher training should include contacts with parents, with libraries, with
associations in order to establish exchange between the actions of information and
training.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 09
ANEXOS ............................................................................................................................... 35
9
INTRODUÇÃO
Este trabalho possui como tema a leitura, considerando que a leitura revela-
se como uma condição essencial para que o cidadão participe efetivamente da
construção de uma sociedade mais justa, igualitária, crítica e solidária. Em sua
delimitação, a pesquisa discorre sobre a leitura nas séries iniciais.
A realização deste trabalho justifica-se por considerar importante que a
criança realmente compreenda o que está lendo e o que está escrevendo, e pelo
fato da leitura possibilitar o desenvolvimento de suas habilidades e melhor
constituição da personalidade.
A realidade mostra que os alunos não se interessarem pela leitura nas séries
finais, comprometendo, assim, sua escrita ortográfica, argumentação e vocabulário.
A pesquisa sustenta a necessidade de reforçar a idéia de que a formação de
leitores tem como finalidade aproximar os alunos dos livros, oferecendo-lhes
recursos para que possam interpretar e compreender os textos lidos; ampliar a
capacidade expressiva através de atividades literárias e artísticas em que possam
manifestar sentimentos e opiniões e desenvolver a capacidade crítica estimulando-
os a reflexão sobre o que lêem, confrontando diferentes pontos de vista,
principalmente quando estiverem envolvidos temas polêmicos que expressem
anseios e preocupações da comunidade em que estão inseridos (BRITO, 2006).
Como objetivo geral, pretende-se confirmar e, também, promover uma
reflexão acerca da importância da leitura nas séries iniciais. Já os objetivos
específicos incluem: investigar os aspectos que envolvem o desenvolvimento da
leitura; discorrer sobre a importância da leitura em sala de aula para desenvolver
nas crianças o gosto pela leitura; sugerir atividades de incentivo à leitura. Esses
objetivos específicos foram distribuídos em forma de três capítulos que os
analisaram, respectivamente.
Pelo exposto, o problema apresentado para a realização desta pesquisa é: A
leitura nas séries iniciais é realmente importante?
Como hipótese, há evidências de que o incentivo à leitura nas séries iniciais é
de máxima importância para o desenvolvimento da criança.
A metodologia adotada para a realização da pesquisa consta de amplo
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numa sala de aula com variedade de estímulos para a linguagem oral e escrita, que
possibilite experiências informativas que permitam às crianças escutar, olhar e
descrever, expressando sentimentos e pensamentos.
Alliende & Condemarín (2005) consideram que a utilização de textos
autênticos da sala de aula e do ambiente próximo, estimula sensivelmente a
habilidade natural das crianças de formular perguntas relacionadas ao mundo que a
cerca. Sendo assim, é recomendável o uso de catálogos, cartazes, anúncios
comerciais, receitas, embalagens, cartas, entre outros.
O trabalho do professor pode ser enriquecido com o uso de livros, manuais,
cadernos para as crianças ou softwares educativos que, normalmente, vêm
acompanhados de sugestões metodológicas.
A aprendizagem da leitura pode ser entendida como sendo um processo
integrado por quatro fases, determinadas pela necessidade de sistematizar a
informação, sendo: leitura emergente, leitura inicial, leitura nas séries intermediárias
e leitura avançada (ALLIENDE & CONDEMARÍN, 2005).
Importante frisar que os alunos precisam de um espaço para a seleção de
suas leituras, considerando suas necessidades, interesses pessoais e o nível de
leitura. Além disso, eles devem dispor de um horário onde possam realizar suas
leituras sem serem interrompidos.
Betts apud Alliende & Condemarín (2005) classifica a competência na leitura
do aluno em três níveis, com seus correspondentes critérios:
- Nível independente, onde a criança pode ler o material de forma independente com
fluência, precisão e compreensão;
- Nível instrucional, onde a criança pode ler o material com leitura guiada ou
apoiada;
- Nível de frustração, onde a criança não está pronta para ler o material e mostra
um padrão de frustração quando tenta fazê-lo.
Na visão de Alliende & Condemarín (2005), o principal objetivo da leitura é
conduzir à compreensão da linguagem escrita, implicando um processo de
pensamento multidimensional existente na interação entre o leitor, o texto e o
contexto. Nessa direção, é essencial que o leitor interligue seus conhecimentos
prévios com as novas informações fornecidas pelo texto. Para eles, é primordial que
a criança tenha consciência das interações que ela faz em sua comunicação com a
linguagem escrita, assim como também é importante como ela desenvolve
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No que diz respeito aos fatores que inibem o desenvolvimento dos interesses
de leitura, Bamberger (1987) destaca que os fatores que quase não se podem
influenciar, como a inteligência e o status social, não são considerados. A ênfase
recai, especialmente, a problemas cuja responsabilidade cabe a seres humanos,
capazes de limitar o desenvolvimento natural e dificultar ou tornar ineficazes
medidas destinadas a desenvolver o interesse pela leitura. Dessa forma, é
preciso evitar qualquer influência que atalhe o desenvolvimento natural da leitura,
como suas motivações e interesses, atentando para alguns pontos relevantes, tais
como:
- As crianças não são “adultos em miniatura” e, por isso mesmo, as motivações
baseadas na razão são quase todas ineficazes. Entretanto, não se leva em
consideração, muitas vezes, a predominância do “impulso para brincar” nos
primeiros anos de escola. Aqui se cometem erros principalmente pela ênfase
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professor pode inteirar-se das opiniões da criança, do que ela procura nos livros e
do que mais a atrai.
Faz-se uma tentativa para obter uma visão de todo o material de leitura da
criança e do modo como ela o vê. O melhor método é o “diário de leitura”, mantido
pelo próprio leitor, que registra todos os livros que lê, anotando o nome do autor, o
título, a editora, o número de páginas, seguidos de breve caracterização e avaliação
do livro.
Pelo até aqui exposto, extrai-se que o objetivo do ensino da leitura, ou seja, o
desenvolvimento do gosto literário e da capacidade crítica, somente é alcançado
quando se começa com os interesses existentes, tentando continuamente ampliar-
lhes o horizonte.
No capítulo seguinte será analisada a importância da leitura em sala de aula,
considerando que favorecem a fluência leitora, bem como a compreensão dos
textos.
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Kriegl apud Souza (2007) assinala que quando alguém lê algo, aplica
determinado esquema alterando-o ou confirmando-o, mas, sobretudo, entendendo
mensagens diferentes de seus esquemas cognitivos, ou seja, as capacidades já
internalizadas e o conhecimento de mundo de cada um são diferentes.
“O leitor usa, simultaneamente, seu conhecimento de mundo e seu
conhecimento de texto para construir uma interpretação sobre o que se lê” (SOUZA,
2007, p. 03).
Porém, salienta Souza (2007), não basta apenas ler, é importante analisar,
interpretar, conhecer para agregar valor à atividade ou necessidade que se tem.
No entender de Kriegl apud Souza (2007) deve-se observar a forma, o
comportamento do professor no processo de motivação:
[...] não consiste em que o professor diga: Fantástico! Vamos ler! Mas que
elas mesmas o digam ou pensem. Isso se consegue planejando bem a
tarefa de leitura e selecionando com critério os materiais que nela serão
trabalhados, tomando decisões sobre as ajudas prévias de que alguns
alunos possam necessitar evitando situações de concorrência [...] e
promovendo, sempre que possível, aquelas situações que abordem
contextos de uso real, incentivem o gosto pela leitura e façam o leitor
avançar em seu próprio ritmo para ir elaborando sua própria interpretação –
situações de leitura silenciosa (KRIEGL apud SOUZA, 2007, p. 04).
2) Leitura Colaborativa
A leitura colaborativa trata-se de uma atividade na qual o educador lê um
texto com a classe e, durante a leitura, indaga os alunos sobre as pistas linguísticas
que permitem a atribuição de determinados sentidos. Este é um ótimo método para
a formação de leitores.
3) Projetos de Leitura
O projeto é uma atividade que pode e deve ser compartilhada por todos os
envolvidos, expressando-se num produto final em que todos trabalham. Outra
característica dos projetos é que eles permitem dispor do tempo de uma forma
flexível. Assim, os projetos de leitura são situações fundamentais para contextualizar
a necessidade de ler.
diferente da dos colegas que falaram anteriormente, caso o professor observe que,
num dado momento, fica difícil aos alunos apresentarem uma nova informação, ele
poderá encerrar a dinâmica;
- o professor poderá fazer comentários sobre as informações apresentadas;
- professor e alunos poderão comentar a experiência, observando contribuições à
aprendizagem e manifestando percepções pessoais.
2. Consegue repetir?
a) o professor faz perguntas sobre o texto a um aluno: o número de perguntas
poderá ser de duas a quatro, e o aluno responderá oralmente, à medida em que
forem sendo formuladas;
b) o professor solicita a outro aluno que repita as perguntas formuladas pelo
professor e as respostas do colega. Este aluno poderá, também (a critério do
professor), fazer, ao final, um comentário, uma apreciação pessoal, seja quanto ao
conteúdo, seja quanto à forma (clareza, objetividade, etc.) de expressão das
respostas.
Observações:
- dependendo do professor e do tipo de texto e questões (dependendo, enfim, das
circunstâncias), o professor poderá apresentar mais de quatro perguntas;
- o professor poderá dar continuidade a toda a dinâmica, apresentando outras
perguntas;
- professor e alunos poderão comentar a experiência, observando contribuições à
aprendizagem e manifestando percepções pessoais.
4. Compare as respostas
a) o professor apresenta questões sobre o texto, a serem respondidas,
individualmente, por escrito;
b) o professor solicita a dois alunos que leiam, em voz alta, as suas respostas;
c) o professor solicita a um terceiro aluno que aponte os elementos (idéias,
informações) comuns e os diferentes nas respostas dos dois colegas.
Observações:
- o professor poderá dar continuidade às etapas b e c, com as mesmas questões, ou
a toda a dinâmica, apresentando outras questões;
- professor e alunos poderão comentar a experiência, observando contribuições à
aprendizagem e manifestando percepções pessoais.
5. Surpresa!
a) o professor indica um aluno para:
- elaborar uma pergunta sobre o texto;
- indicar um colega para responder a esta pergunta.
b) surpresa – o professo diz que o próprio aluno que elaborou a pergunta deverá
respondê-la.
Observações:
- o professor poderá dar continuidade à dinâmica alternando a “surpresa” (ou seja, a
resposta dada pelo próprio aluno que elaborou a pergunta) com a resposta na forma
indicada pelo aluno (ou seja, a resposta dada pelo colega indicado pelo aluno que
elaborou a pergunta);
- professor e alunos poderão comentar a experiência, observando contribuições à
aprendizagem e manifestando percepções pessoais.
- o conhecimento de mundo.
Procedimento:
a) pedir aos alunos que encontrem, em jornais, revistas, livros, etc.:
- nomes próprios derivados substantivos comuns, como rosa, oliveira, ramos, etc.;
- nomes estrangeiros;
- nomes que podem ser usados no masculino e no feminino, como Roberto/Roberta,
Luís/Luísa, Marcelo/Marcela, etc.;
- nomes compostos por outros nomes, por exemplo: Lúcia + Neide = Lucineide
2. O nome da escola
Esta atividade auxilia:
- o desenvolvimento das linguagens oral e escrita;
- o conhecimento da própria história;
- a leitura do próprio texto;
- a autocorreção.
Procedimento:
a) pedir aos alunos que façam uma pesquisa sobre o nome da escola e,
coletivamente, escrevam um texto com as informações encontradas.
3. Autobiografia
Esta atividade auxilia:
- o reconhecimento da própria história;
- o conhecimento da história do outro;
- a leitura do próprio texto;
- a autocorreção.
Procedimento:
a) pedir aos alunos que escrevam uma pequena autobiografia;
b) esta atividade pode ser feita no próprio caderno do aluno ou em um caderno
coletivo, que circulará pela sala, proporcionando a cada um a leitura da história de
todos, inclusive a do professor.
4. A saúde
Esta atividade auxilia:
- a socialização do grupo;
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BAMBERGER, R. Como incentivar o hábito de leitura. 3. ed. São Paulo: Ática, 1987.
JOLIBERT, J. et al. Formando crianças leitoras. Vol. I. Porto Alegre: Artes Médicas,
1994.
KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria & prática. 6. ed. Campinas: Pontes, 1998.
RAMOS, R. 200 dias de leitura e escrita na escola. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
RANGEL, M. Dinâmicas de leitura para sala de aula. 18. ed. Petrópolis: Vozes,
2004.
ANEXOS
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ANEXO 1
LEITURA COMPLEMENTAR
Leitura: Aprendizagem e prazer 1
(Marivalda Guimarães Sousa)
1 Fonte: http://www.urutagua.uem.br/008/08lit_sousa.htm
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[...]
Para seduzir ou ganhar novos leitores, penso que é imprescindível saber usar
dos artifícios necessários no qual se possa oferecer ao outro o que o outro deseja,
mesmo que este não tenha consciência do seu próprio desejo, de sua
necessidade em adquirir novos conhecimentos. Seduzir pela força da palavra bem
aplicada, pela sugestão, passando um entusiasmo honesto, verdadeiro. Seduzir pelo
exemplo exercido em casa, tornando a leitura uma prática prazerosa que pode (e
deve) tornar-se familiar, encontrando respaldo na escola através de professores
leitores, no sentido amplo que envolve a palavra leitura. Refiro-me ao tipo de
professor que “lê” as necessidades individuais de cada educando.
Para se ganhar/formar um leitor, é preciso despertar na criança o prazer de
realizar inúmeras descobertas em um livro, uma revista, em um gibi, em um jornal...
Volumes que falem de seus interesses individuais, da realidade de seus cotidianos,
das suas alegrias e tristezas, das suas dores e inquietações, dos seus sentimentos e
de seus desejos secretos.
É para isso que a Literatura se presta, para auxiliar o ser humano a
compreender a sua própria existência através de uma linguagem cuidadosamente
elaborada, uma linguagem especial que fala do homem enquanto um ser
enigmático, um ser que busca permanentemente decifrar os mistérios da própria
vida e, principalmente, ser feliz.
Nesse sentido, o acesso à Literatura Oral (CASCUDO, 1984), que se
manifesta através de gêneros denominados por Jolles (1975) como formas simples
(contos, mitos, lendas, poesias, fábulas, causos e adivinhas dentre outras
formas de expressões orais), é de fundamental importância para impulsionar
o interesse infantil pela leitura.
[...]
Conta Lajolo (1982, p. 112) que quando o homem descobriu a linguagem,
tudo se modificou porque o homem descobriu a sua capacidade de nomear as
coisas. E foi assim que se completou a grande transformação do homem, pois “o
homem não era mais um ser entre outros seres, mas o ser capaz de simbolizar
todos os outros”. Daí a necessidade de perpetuar suas idéias através dos desenhos
em suas cavernas. “Bichos, plantas, rios e montanhas receberam nomes. Foram
reproduzidos em desenhos, foram simbolizados por sons e sinais gráficos” (ibidem).
O homem descobrira a escrita, enfim. Descobrir um sentido/significado para os
acontecimentos, eis a força que constantemente impulsiona o homem em busca de
solucionar suas inquietações e, por conseguinte, alcançar a sua própria felicidade.
Conforme Araújo (2000, p.09), a leitura deve ser usada “como um instrumento
de transformação dos indivíduos na perseguição de uma causa comum a todos: a
felicidade inculpada das pessoas, o pleno prazer de todos que fazem parte da nossa
sociedade”.
Nesse sentido, cabe lembrar Paulo Freire (apud Martins, 1994, p.10), quando
propõe que “a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta
implica a continuidade da leitura daquele”. Como é sabido, aprender a ler não se
restringe apenas ao decodificar letras, sílabas, palavras. Há uma espécie de leitura
que se inicia desde o nosso nascimento e que nos acompanha pela vida inteira. Isso
quer dizer que as experiências pessoais, individuais ou coletivas, são sempre
ativadas no amplo processo da leitura, inclusive, do texto escrito.
Ainda de acordo com Paulo Freire (idem, p.12), “ninguém educa ninguém,
como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em
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