A Terra: Um Planeta em Evolução

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AULA 02 – A Terra: Um Planeta em Evolução

A Formação do Planeta Terra


De acordo com estudos a teoria mais aceita por alguns cientistas: teoria do big bang. Por volta de
13,7 bilhões de anos atrás. Nesta época a terra era como uma grande bola incandescente, com
elevadas temperaturas. Essa bola incandescente, com o passar de vários milhões de anos, foi aos
poucos se resfriando e solidificando na sua parte externa formando o que chamamos de litosfera,
cuja superfície terrestre ou crosta terrestre que nós habitamos.

O planeta Terra apresenta forma


aproximada de uma esfera, tendo cerca
de aproximadamente 6.370 km de raio
na linha do Equador. Seu interior é
dividido em esferas concêntricas, que
possuem características de composição
química e parâmetros físicos diferentes.

A estrutura interna da terra só foi


definida depois da aplicação da
Geofísica por meio de Sismologia
(Estudo dos Terremotos) e do estudo
dos Meteoritos.

1. Crosta
2. Manto (superior)
3. Manto (inferior)
4. Núcleo (externo)
5. Núcleo (interno)

CROSTA
Consiste em uma fina camada de rocha menos densa que o manto subjacente do qual derivou por
um complexo processo que durou milhões de anos. A sua estrutura é toda fragmentada, formando
as chamadas placas tectônicas.

A crosta pode ser dividida:


Em crosta continental (ou superior) e crosta oceânica (ou inferior).

CROSTA CONTINENTAL: CROSTA OCEÂNICA:


A crosta continental alcança, em média, até A crosta oceânica, denominada também de
40 km de espessura (é mais espessa nas SIMA, é constituída por Silicatos de Magnésio
regiões montanhosas), sendo constituída por e possui uma espessura média de 10 km.
Silicatos de Alumínio. Por isso, pode também A principal rocha constituinte desta crosta
ser denominada de SIAL. são os basaltos.
Sua densidade média é em torno de 2,7
g/cm3 e as rochas predominantes graníticas.
CROSTA CONTINENTAL E CROSTA OCEÂNICA
Os dois modelos de compensação ISOSTASIA ou Mov. ISOSTÁTICO operam simultaneamente.
Isostasia, ou movimento isostático, é o termo utilizado em Geologia para se referir ao estado de
equilíbrio gravitacional, e as suas alterações, entre a litosfera e a astenosfera da Terra.

As montanhas possuem raízes profundas, compostas por rochas com densidade relativamente
baixa, fazendo com que a crosta e a litosfera sejam mais espessas nessas regiões, segundo a previsão
do modelo Airy.

A Crosta oceânica situa-se em níveis topográficos mais baixos do que a crosta continental, devido
à sua maior densidade, de acordo o com o modelo previsto por Pratt.

Crosta continental (mais espessa e menos densa) e crosta oceânica (menos espessa e mais
densa). Transição Lateral entre as duas crostas.

MANTO
Alcança uma profundidade de até 2.900 km representando 82% do volume da Terra.

O manto superior (70 - 400 km) é formado por rochas


densas e de cor escura compostas por silicatos de ferro e
magnésio.
Estado físico do manto é SÓLIDO.
Pode ser dividido em:
Manto superior e Manto inferior.

Nos vulcões são encontrados fragmentos dessas


rochas, provenientes do magma que tem uma das origens
no manto.

A zona de transição (400 - 650km) é caracterizada pelo aumento de pressão que causa uma
mudança na estrutura dos minerais.
É importante destacar o manto inferior como um dos maiores compartimentos da Terra; com
2.350 km de espessura, na posição que ocupa no planeta, representa um volume considerável de
material, com predominância de minerais silicáticos de Fe e Mg.

Na zona de transição, correspondente aproximadamente à faixa de 400 a 650 km de profundidade,


observam-se novamente oscilações nas velocidades das ondas sísmicas.

Essas variações são explicadas tanto pela possível mudança de composição (com aumento da
proporção de Fe, elemento de peso atômico maior que o Mg, elemento que diminui em quantidade).

Quanto pelas mudanças na densidade dos materiais, pois o aumento da pressão promove
rearranjos cristalinos nos grãos minerais, e isso pode ocorrer de forma não linear com o aumento da
profundidade.

O fato de haver modificação na densidade dos grãos minerais que compõem as rochas nesta zona
tem reflexos diretos na velocidade das ondas sísmicas, pois sabemos que a densidade é um dos
fatores que determinam a velocidade das ONDAS SÍSMICAS.

NÚCLEO
O núcleo terrestre (2.900 a 6.370km) tem densidade quase duas
vezes maior que a do manto, e é provavelmente composto de ferro
e níquel com algum enxofre e silício dissolvidos.

Pode ser dividido em:


Núcleo externo (2.900 - 5.100 km) que é líquido e núcleo interno
(5.100 - 6.370 km) sendo sólido.

DESCONTINUIDADES
Entre a crosta e o manto existe um limite que é
denominado de Descontinuidade de Mohorovičić
(ou somente Moho).

Foi em 1909 que o geofísico, sismólogo e


meteorologista croata Andrija Mohorovičić (1857
- 1936) que chegou à conclusão da existência de
diferença entre o manto e a crosta terrestre. O
cientista observou que havia mudança na
velocidade sísmica entre a crosta e o manto.

Enquanto que entre o manto e o núcleo há a


Descontinuidade de Gutenberg.
Divisão geodinâmica (à esquerda) e Divisão geoquímica (à direita) da Terra.
A crosta está representada nas duas partes, de modo a evidenciar que é parte da litosfera, camada
mais externa na divisão geodinâmica; complementam as informações da figura alguns dados sobre
espessuras, estado físico e temperaturas.
É importante notar que a divisão Geodinâmica só foi estabelecida após a compreensão da divisão
Geoquímica e após as pesquisas multidisciplinares realizadas para a compreensão da Tectônica de
Placas, teoria aceita atualmente para explicar o mecanismo de movimento de fragmentos da litosfera
(Crosta + parte superior do manto).
FLUXO TÉRMICO
A temperatura é um parâmetro muito também pelo calor de solidificação do núcleo
importante no estudo da estrutura interna da externo.
Terra, pois sua variação tem papel primordial Energia geotérmica, ou também chamada
na definição do estado físico e das demais de Energia geotermal como o próprio nome
características do interior terrestre. indica: prefixo “geo” que significa terra e o
sufixo “térmica” – calor, é a energia obtida a
A fonte de calor mais evidente para o partir do calor proveniente do interior do
planeta é o Sol, sem dúvida alguma. No nosso planeta Terra.
entanto, seu poder esgota-se a poucos
centímetros de profundidade no solo terrestre. Gradiente geotérmico é a taxa de variação
da Temperatura do interior da Terra com a
O calor é gerado no interior da TERRA. É o profundidade medida a partir da superfície do
somatório do calor proveniente do planeta.
decaimento radioativo dos elementos com
essa propriedade no interior da Terra, além do A energia geotérmica é considerada uma
calor residual da formação do planeta, e das energias mais limpas e confiáveis no leque
de energias renováveis utilizáveis.

OS FENÔMENOS INTERNOS TERRA

TECTONISMO – compreende a movimentação que causa deslocamento e deformação nas rochas


da crosta.
ENCONTRO DIVERGENTE
Com o movimento ascendente do magma, as placas são forçadas a
se separarem e o magma, ao entrar em contato com a superfície, se
solidifica, criando-se crosta. Deste modo, o encontro divergente está
associado à criação de crosta, aumentando a área das placas tectônicas.
Ocorrem geralmente no fundo dos oceanos e formam as chamadas
dorsais meso-oceânicas, que podem chegar até 4000 metros de
altitude. Também podem ocorrer nos continentes, promovendo
atividades vulcânicas ou vales em rifte, como os observados no Mar
Vermelho e no Golfo da Califórnia.

ENCONTRO CONVERGENTE
Em encontros convergentes, uma placa se movimenta contra outra,
ocorrendo o choque e a sobreposição das placas. É um encontro
destrutivo, no qual a placa mais densa fica por baixo, ocorrendo
subducção, e posteriormente fundindo-se e misturando-se ao magma.
Devido ao atrito, a placa menos densa sofre orogênese, ou seja, se dobra
ocasionando elevações que geram cordilheiras como a dos Andes e
Himalaia.
Podem ocorrer encontros convergentes dos tipos oceano-oceano,
oceano-continente e continente-continente:
Oceano-oceano: neste caso, a placa oceânica menos densa irá dobrar até formar vulcões ou ilhas
vulcânicas. O Japão é um exemplo de zona formada por esse tipo de convergência de placas.
Oceano-continente: Quando uma placa oceânica colide com uma placa continental, a oceânica
sofre subducção (mergulha sob a continental), uma vez que é mais densa que a placa continental. A
estrutura resultante desse tipo de colisão é semelhante à desenvolvida nas convergências oceano-
oceano. A Cordilheira dos Andes é um exemplo desse fenômeno.
Continente-continente: Assim como na colisão oceano-oceano, a placa continental menos densa
mergulha sob a outra continental. A consequência desse tipo de colisão é a formação de cadeias de
montanhas. O Himalaia é um exemplo de formação desse caso.
ENCONTRO TRANSFORMANTE
Esse tipo de encontro ocorre quando duas placas se movem
lateralmente, em direções opostas, sem haver consumo nem expansão
de nenhuma delas. O exemplo clássico para esse caso é a Falha de San
Andreas, na Califórnia.

MOVIMENTOS EPIROGÊNICOS – são os


movimentos verticais, provocam
soerguimento (para cima) ou subsidência
(para baixo) da crosta. Normalmente
ocorrem em regiões mais estáveis
geologicamente.

MOVIMENTOS OROGÊNICOS – são os


movimentos horizontais, esses movimentos dão
origem às grandes cadeias de montanhas e
cordilheiras, tem pequena duração
geologicamente falando mas provocam grandes
transformações. As dobras resultam de forças
compressivas sobre rochas com comportamento
dúctil, capazes de sofrer deformação sem quebrar. A deformação é irreversível e permanente.

DINÂMICA INTERNA – ENDÓGENOS

DOBRAMENTOS – Quando as rochas sofrem transformações por


serem submetidas a esforços advindos do interior da Terra.
Nos dobramentos, um terreno, geralmente composto por rochas
pouco resistentes, tende a se dobrar, formando diferentes níveis de
elevações.

VULCANISMO – são fenômenos relacionados às


atividades vulcânicas, onde o magma do interior da Terra
ascende à superfície.
DINÂMICA EXTERNA – EXÓGENOS

São produzidas por agentes externos à crosta do planeta desencadeados pela energia solar e ação
dos seres vivos.

ÁGUA – é a grande responsável pela grande parte da erosão na


superfície terrestre, atua na forma de rios, chuva, escorrimentos
superficiais e subtérreos. É responsável pelos processos de desgaste
e transporte de sedimentos.

GELO – o deslocamento de geleiras provoca grande erosão na


superfície terrestre.

VENTO – é um agente esculpidor que atua principalmente em


regiões desérticas, provocando destruição e acumulação.

A temperatura, os microrganismos e o ser humano também agem


como modificadores do relevo.

A variação de temperatura provoca dilatação e trincas nas rochas


por onde microrganismos e vegetais penetram decompondo-a e o ser
humano tem a capacidade de alterar a superfície com suas obras.

A evolução da Terra é o resultado do embate das forças da natureza, que se manifestam na


DINÂMICA INTERNA – ENDÓGENOS (vulcões, terremotos, etc.) e na DINÂMICA EXTERNA –
EXÓGENOS (erosão, sedimentação, etc.). São as forças destrutivas e criativas da natureza.

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