Politica Educacional em Mocambique-Ebook
Politica Educacional em Mocambique-Ebook
Politica Educacional em Mocambique-Ebook
Política Educacional em
MOÇAMBIQUE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Reitor
Miguel Sanches Neto
Vice Reitor
Ivo Mottin Demiate
Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Culturais
Maria Salete Marcon Gomes Vaz
Editora UEPG
Beatriz Gomes Nadal
Conselho Editorial
Beatriz Gomes Nadal,
Adilson Luiz Chinelatto
Antonio Liccardo
Augusta Pelinski Raiher
Dircéia Moreira
Giovani Marino Favero
Ivana de Freitas Bárbola
Maria Salete Marcon Gomes Vaz
Névio de Campos
Adelino Inácio Assane
Maria Luísa Lopes Chicote Agibo
(org.)
Política educacional em
Moçambique
Copyright © by Adelino Inácio Assane, Maria Luísa Lopes Chicote Agibo org. &
Editora UEPG
Equipe editorial
Coordenação editorial
Beatriz Gomes Nadal
Revisão de língua portuguesa
Eduarda da Matta
Capa
Andressa Marcondes
Projeto gráfico e diagramação
Marco Aurélio Martins Wrobel
ISBN: 978-65-86234-52-7
DOI: 10.5212/86234-52-7
Editora UEPG
Praça Santos Andrade, n. 1
Cep: 84010-919 – Ponta Grossa – Paraná
Fone: (42) 3220-3306
E-mail: [email protected]
Site: www.editora.uepg.br
2023
Prefácio
O Professor Adelino Inácio Assane e a Professora Maria Luísa
Lopes Chicote, organizadores deste livro, me pedem a escrita do pre-
fácio, tarefa que assumo com muito prazer. O convite dos queridos
colegas me oferece a oportunidade de, ao ler os textos, lembrar-me
de minhas duas estadas em seu acolhedor e cativante país, a primeira
em 2014, em Maputo e na cidade de Maxixe (Província de Inhambane),
a segunda em 2019, nas cidades de Nampula, Ilha de Moçambique e
Nacala (Província de Nampula) e Quelimane (Província da Zambézia).
Na antiga UP da Maxixe, onde proferi palestras e ministrei curso
para alunos de Administração Educacional, tive meu primeiro contato
com a realidade moçambicana ao conhecer a cidade, visitar escolas e me
deparar com as questões difíceis da educação pública no país, especial-
mente na educação básica e na formação de professores. Na antiga UP -
Nampula, além de palestras e visitas a escolas, também ministrei curso
sobre Metodologia do Ensino Superior e, na UP - Quelimane, ministrei
palestras a professores e alunos. Sou extremamente agradecido aos
dirigentes e colegas professores dessas unidades da ex-Universidade
Pedagógica por terem me propiciado conhecer um pouco da paisagem
física, humana e política moçambicana, suas contradições sociais e
políticas, seu sistema educacional, suas escolas, suas crianças e jovens.
É verdade que um visitante precisa de um bom tempo para captar
e analisar as características económicas, políticas e culturais do país
que o acolhe, a dinâmica de funcionamento da sociedade, bem como o
contexto histórico da dinâmica das relações sociais, das instituições,
da herança política e das contradições da democracia. No entanto, a
vida pode nos conceder momentos de experiência cujo desfrute pode
ser impulsionado pela busca de compreensão do outro, pela curiosidade,
pela experiência própria acumulada. O escritor inglês Aldous Huxley
escreveu que a experiência não consiste no que acontece com a pessoa,
mas no que a pessoa faz com o acontecido. Desse modo, posso tentar
passar aos leitores, neste prefácio, algo sobre como os capítulos deste
livro me tocaram académica e profissionalmente, obviamente, tendo
como referência minha vivência da realidade educacional do Brasil.
Esta publicação ocorre no contexto da reforma do Ensino Superior
promovida pelo governo de Moçambique em 2019, com a extinção da
Universidade Pedagógica (UP), e sua transformação em cinco novas
universidades autônomas, uma delas a Universidade Rovuma, com
sede em Nampula, à qual estão vinculados vários dos autores de capí-
tulos deste livro. Nesse sentido, o livro comemora o nível de excelência
conquistado pela ex-UP -Nampula por meio de seus pesquisadores e
docentes.
Com efeito, os textos publicados aqui representam contribui-
ção extremamente relevante da produção acadêmica de pesquisadores
moçambicanos preocupados em realizar diagnósticos e análises rea-
listas acerca da educação pública do país.
Neste livro, estão reunidos cinco textos que abordam diferentes
aspectos das políticas educacionais de Moçambique. No decorrer dos
capítulos, o leitor encontrará análises de cunho político e cultural da
educação moçambicana nos períodos colonial e pós-colonial, chegando
às mudanças curriculares no século XXI, entre elas, a educação de
resultados impulsionadas por organismos internacionais. A obra traz,
também, importantes análises acerca da qualidade da formação de
professores e da educação profissional numa perspectiva crítica.
A leitura do livro suscitou-me alguns comentários que passo a
compartilhar com os leitores, visando mobilizá-los a percorrer capítulo
a capítulo e, assim, extraírem proveito de sua leitura. Ao percorrer o
livro, é possível acompanhar o desenvolvimento histórico da educação
desde a independência em 1975, quando se institui uma educação para
formação do “homem novo” conforme o ideal socialista, passando pela
guerra civil até chegar à constituição do Sistema Nacional de Educação
entre 1983 e 1999, período em que o país se alinha à Declaração
Mundial de Educação para Todos, nos moldes do neoliberalismo. Com
a Constituição de 1990, já no regime de multipartidarismo, os textos
realçam as contradições entre quantidade e qualidade no atendimento à
população escolar: o acesso à escola se expande, mas, pela precariedade
da infraestrutura, escassez e dificuldades na formação de professores,
entre outros fatores, a qualidade fica rebaixada. Impressiona a afir-
mação de um dos autores de capítulo ao escrever que “as crianças, ao
entrarem na escola, literalmente, eram excluídas e incluídas ao mesmo
tempo. Excluídas devido à obrigatoriedade do uso de uma língua de
ensino totalmente desconhecida e, incluídas, pelo fato de se encontra-
rem na escola. Esse paradoxo tinha e tem suscitado grandes conflitos
de inserção das crianças no meio escolar”.
Considero importante destacar, também, em vários capítulos,
reconhecimento de que a subordinação da educação ao currículo de
resultados trouxe mais prejuízos que benefícios à formação dos alunos,
além de menosprezar os fatores socioculturais que incidem no processo
de ensino-aprendizagem. Com efeito, na atual política educacional do
país, o currículo mínimo e os programas de ensino são estabelecidos
pelas autoridades da educação conforme modelos avaliativos padro-
nizados e formas de controle do trabalho dos professores. Segundo os
autores, essas políticas impactam negativamente a qualidade de ensino
e levam a uma redução drástica da autonomia dos professores. Ao se
impor a proletarização técnica, chega-se à proletarização ideológica,
resultando na perda de controle, por parte da escola e dos professores,
em relação aos fins e aos objetivos sociais para os quais deveria ser
orientado o seu trabalho.
Outro aspecto realçado diz respeito ao peso da educação “não
formal” em relação à “formal”, pondo a questão da abordagem, ao
mesmo tempo, institucional e pedagógica, da coexistência dessas duas
modalidades de educação. A esse respeito, surgem os desafios, de um
lado, da persistência de fortes traços da pedagogia tradicional autóc-
tone, incluindo os ritos de iniciação, por outro, a globalização cultural
visivelmente presente em canais de televisão e em manifestações da
vida cotidiana. Os autores constatam que, historicamente, ocorreu a
desqualificação da cultura e das experiências locais com base na lógica
educativa do colonizador e, hoje, surge o risco de uma homogeneização
cultural sob o impulso da globalização. A esse respeito, emergem nos
capítulos análises críticas muito realistas e bem fundamentadas sobre
as contradições das políticas educacionais. Por exemplo, por um lado,
o desvirtuamento dos ideais socialistas iniciais da FRELIMO pelas
políticas implantadas a partir da década de 1990, já então identificadas
com o neoliberalismo, por outro lado, o desconforto dos autores com a
desconsideração na organização escolar e no ensino, nos anos iniciais
do movimento pela independência, das manifestações culturais dos
diferentes povos em diferentes regiões do país (tradições, cultura, lín-
guas locais etc.), já que era priorizado o princípio da unidade nacional
através da língua oficial.
Sobre qualidade do trabalho docente, um dos capítulos formula
a questão de forma muito realista: há um discurso em torno da auto-
nomia e da criatividade do professor que, no entanto, é negado pela
prática, em razão dos controles que o sistema de ensino impõe com
base no currículo de resultados. Com isso, a emancipação, autonomia,
liberdade e criatividade do professor ficam comprometidas. De certa
forma, os autores admitem que, com a globalização econômica, reinci-
dem na realidade educacional moçambicana outras formas de coloni-
zação, desta vez levadas a efeito pela adoção das avaliações externas.
A implantação do currículo de resultados, que traz junto o menos-
prezo das questões pedagógicas, tem certa correspondência com o que
ocorre no Brasil, visto que nesse país também se verifica a ação dos
organismos internacionais, principalmente do Banco Mundial e da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),
desde a década de 1990, visando meramente a preparação dos alunos
em habilidades produtivas em função de sua inserção na economia de
mercado global e local. Também, no Brasil, escolas e professores são
considerados bem-sucedidos quando seus alunos apresentam bons
resultados, sem levar em conta o papel ativo do aluno na sua apren-
dizagem, a consideração de fatores sociais, culturais e materiais de
vida dos alunos que intervêm nessa aprendizagem, os procedimentos
avaliativos feitos pelos professores.
Esta breve exposição do conteúdo do livro que agora chega às
mãos do leitor, possibilita a analistas de políticas educacionais de
Moçambique do Brasil constatar a semelhança entre os problemas
políticos e pedagógicos da educação escolar dos dois países. Muitos
desses problemas podem ser analisados em quatro níveis de análise
articulados entre si: contextos social, político, econômico e cultural;
gestão do sistema de ensino; gestão curricular e pedagógica das esco-
las; efetivação do processo de ensino-aprendizagem na sala de aula.
Com efeito, os textos mostram, mesmo considerando as nuances
próprias do contexto social de cada país, que as políticas e as diretrizes
educacionais, os currículos, a política de avaliação e as formas de ges-
tão do sistema escolar estão vinculadas a orientações internacionais,
principalmente do Banco Mundial. Análises feitas pelos autores dos
capítulos acerca do impacto dessas orientações para os países emer-
gentes, cotejadas com estudos semelhantes realizados no Brasil, possi-
bilitam extrair várias consequências para o funcionamento do sistema
escolar e formação de professores e, especialmente, para a debilitação
da qualidade de ensino proporcionada pela escola por meio do pro-
cesso de ensino-aprendizagem. De fato, o currículo de resultados está
muito mais voltado para o atendimento de demandas da economia e do
mercado do que para a formação e o desenvolvimento humano dos alu-
nos. A institucionalização da regulação do funcionamento do sistema
escolar por meio de avaliações externas padronizadas visa mensurar
competências e habilidades para o trabalho imediato, e os resultados
obtidos servem para responsabilizar escolas e professores pelo sucesso
ou insucesso dos alunos e, em decorrência, culpabilizar os docentes.
Do ponto de vista pedagógico, o ensino por resultados reforça práticas
de ensino meramente transmissivas e baseadas na memorização, e
resume a avaliação da aprendizagem à aplicação de testes padroniza-
dos. Conforme já mencionado, o processo de ensino-aprendizagem fica
totalmente banalizado, com consequências traumáticas à verdadeira
aprendizagem. A homogeneização do ensino leva a considerar o aluno
individuo isolado, desvinculado dos contextos sociais, materiais e con-
cretos de vida que intervêm na aprendizagem. O papel ativo do aluno
não é considerado. Além do mais, a desconsideração do impacto das
desigualdades sociais no processo de ensino-aprendizagem resulta
funesta para os alunos pobres, uma vez que elas os colocam em des-
vantagem diante das exigências do processo de escolarização.
Outros aspectos das políticas educacionais e do funcionamento
pedagógico coincidem nos dois países: a insuficiente cobertura do
Estado em relação aos recursos financeiros para as necessidades de
atendimento escolar; a mal resolvida relação entre quantidade e qua-
lidade em relação ao atendimento da população escolar; a dissociação
entre objetivos de escolarização e as práticas de acolhimento social
dos alunos; o dissenso e dispersão, entre dirigentes públicos, políticos,
pesquisadores, professores universitários, no que se refere à definição
de finalidades educativas escolares que correspondam às necessidades
educativas do país e a uma educação emancipadora.
A análise esboçada até aqui dos conteúdos deste livro instiga a
lançar uma infinidade de perguntas que podem ser objeto de investiga-
ção dos pesquisadores e formadores de professores, por exemplo: para
que servem, efetivamente, as escolas, principalmente para os setores
empobrecidos da população? Como estabelecer ligações pedagógicas
entre a diversidade sociocultural/desigualdades sociais, e a exigências
democráticas e emancipatórias de apropriação da ciência, da cultura,
da arte, da moral? Que políticas e ações concretas, tanto institucio-
nais como pedagógicas, podem assegurar a universalização do ensino
com qualidade social e pedagógica? O que o sistema de ensino pode
fazer para uma urgente capacitação, em ações de formação continuada
na própria escola, de diretores e coordenadores pedagógicos? Como
responder às expectativas de muitos pais de alunos de comunidades
tradicionais que esperam da escola pública uma formação intelectual,
afetiva e moral a seus filhos? Como lidar com os impactos da globa-
lização sem menosprezar as culturais locais? No caso moçambicano,
chama a atenção o alerta do pensador moçambicano Alberto Viegas:
nós perdemos quando nos aventuramos para a globalização antes de
saber onde estamos. É preciso conhecer a própria cultura antes de
conhecer a cultura dos outros.
Finalizando a escrita deste prefácio, que já vai se alongando
demasiado, destaco que, a meu ver, o núcleo da problemática discutida
neste livro pode ser localizado em como pautar diretrizes da educação
nacional de modo a ter uma solução satisfatória para duas das finali-
dades da escola articuladas entre si: o ensino de conteúdos visando a
formação de capacidades humanas com caráter universal e o atendi-
mento das diferenças individuais, sociais e culturais dos alunos. Ou, em
termos mais precisos, como assegurar um currículo comum para todos,
de caráter científico e, ao mesmo tempo, adequar o ensino às condições
sociais, culturais, materiais dos alunos, manifestas nas desigualdades
sociais e na diversidade sociocultural?
O conteúdo deste livro e sua difusão entre dirigentes públicos,
pesquisadores, professores e alunos suscita a invenção e a imaginação
de outras políticas educacionais, outros parâmetros de qualidade de
ensino, outras formas de trabalho pedagógico nas escolas e salas de
aula, como contraposição às políticas neoliberais homogeneizadoras
em relação ao currículo e ao ensino. Sem dúvida, em face do domínio
avassalador dos interesses do mercado globalizado, investir em outra
concepção de educação e ensino em favor dos segmentos pobres da
população é uma prática de resistência política e pedagógica. O desa-
fio é imaginar o que pode ser uma escola que assegura a todos, sem
distinção de classe social, etnia, religião, gênero, sexo, o acesso ao
conhecimento escolar sistematizado e ao desenvolvimento das capaci-
dades de pensar e, ao mesmo tempo, leva em conta a diversidade social
e cultural dos alunos? O que pode ser uma escola que assegura o acesso
a todos à formação cultural e científica dando a cada aluno a possibi-
lidade de desfrutar o máximo possível suas capacidades intelectuais,
suas diferenças, adquirindo condições de participação na vida social,
econômica e cultural do seu país? Minha expectativa, após a leitura
deste livro e redigindo estas palavras, é que os pesquisadores progres-
sistas moçambicanos do campo da educação e do ensino, bem como
os políticos e técnicos da educação que atuam, de forma crítica, no
planejamento e desenvolvimento do sistema público de ensino, mobi-
lizem sua inteligência e suas energias para contrapor ao currículo ins-
trumental de resultados indicado pelos organismos internacionais um
currículo e uma pedagogia voltados para o desenvolvimento humano,
ou seja, para a construção de uma escola justa. Escola justa é aquela
que proporciona uma formação cultural e científica que possibilita o
desenvolvimento das capacidades humanas em estreita ligação com a
diversidade sociocultural e diretamente enlaçada às condições sociais,
culturais e materiais de vida dos alunos. É uma escola que atende à
diversidade, no entanto, sem abdicar do necessário acesso à condição
de universalidade do ser humano, isto é, o direito de todos ao conheci-
mento – à formação cultural e científica. Pedagogicamente, trata-se de
articular a formação cultural e científica com as práticas socioculturais
(diferenças, valores, redes de conhecimento etc.) de modo a promover
interfaces pedagógico-didáticas entre o conhecimento teórico-cien-
tífico e as formas de conhecimento local e cotidiano. Um livro, por si
só, não transforma o mundo, mas pode mobilizar as inteligências e as
vontades para as ações transformadoras na realidade. Meu desejo é de
que pesquisadores, professores e estudantes desfrutem de seu conte-
údo e que encontrem nele uma fonte inspiradora para as mudanças
que se fazem necessárias no seu país, tendo como caminho profundas
reflexões sobre as finalidades educativas escolares e os parâmetros de
uma escola justa.
INTRODUÇÃO...............................................................................................15
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Um olhar retrospectivo da educação
formal moçambicana: das mazelas
coloniais às mudanças curriculares do
início do século XXI
Adelino Inácio Assane
Julio Agibo
INTRODUÇÃO
1
Por educação não formal, considero os processos educativos que ocorrem fora dos contextos
escolares e são organizados pelos anciãos para transmitir aos mais novos as suas experiências,
os seus conhecimentos, por exemplo, ritos de iniciação ou de passagem e cerimônias de vocação
aos antepassados.
2
Para este trabalho, a educação formal é compreendida como aquela que ocorre em instituições
de ensino formalmente reconhecidas pelas instituições governamentais. Como aquela que,
geralmente, ocorre em escolas, tem um currículo oficial.
3
Refiro-me ao povo que se localiza no norte de Moçambique, principalmente, a partir do norte da
província da Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa. Para este trabalho, refiro-me ao povo
que se localiza na província de Nampula.
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Nasce no noroeste da Zâmbia e deságua por um delta, a sul da vila de Chinde, no oceano Índico.
6
É uma das línguas oficiais do Quênia, da Tanzânia e de Uganda, embora os seus falantes nativos,
os povos suaílis, sejam originários apenas das regiões costeiras do Oceano Índico. No entanto, é
também usado para designar os povos que falam esse idioma.
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Indígena era o termo oficial usado no tempo colonial pelos colonizadores para designar os
nativos da colônia. Para este texto, para se referir a esse grupo da população no período colonial,
passarei a usar o termo povo nativo ou os nativos como forma de marcar a nossa ancestralidade.
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No decorrer do texto, vou recorrer à grafia em caixa alta para me referir a FRELIMO como
movimento de libertação nacional e caixa-baixa para me referir a Frelimo como Partido político
que aconteceu a partir do III congresso em 1977.
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Eduardo Chivambo Mondlane (1920-1969) foi o primeiro moçambicano a obter o título de
Doutor. Em 1962, depois de trabalhar nas Nações Unidas, foi mentor e fundador da Frente de
Libertação de Moçambique (FRELIMO).
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Eram territórios conquistados pela FRELIMO e que passavam para a sua administração.
11
A FRELIMO já dispunha de escolas nos campos de treino militar na República de Tanzânia.
12
Realizado de 20 a 25 de julho de 1968 na província do Niassa.
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Alguns apelidam de revolução dos cravos ou revolução de 25 de abril. A polissemia do termo
tem a ver do ponto de vista do lugar onde se fala. Na lógica eurocêntrica (do povo português) foi
uma revolução, no entanto, Moçambique viveu uma revolução diferente da vivida em Portugal
(o que faz com que seja considerada como em Moçambique como golpe de Estado), pode ser
essa razão porque na literatura moçambicana os acontecimentos de 25 de abril de 1974 são
considerados de golpe militar porque entende por revolução aquilo que viveu, que arrancou da
mão do colonizador os territórios ocupados.
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continua
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conclusão
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da disciplina de Ofícios, que tem como foco o resgate dos saberes dos
ancestrais.
O processo de integração dos conteúdos locais, de disciplinas
voltadas aos saberes dos ancestrais e das línguas nacionais no currículo
do Ensino Básico justifica-se pela necessidade de formar um cidadão
consciente de sua cultura, das características locais, sem, no entanto,
impedir a formação de um cidadão nacional com uma visão universal.
Certos autores, como Castiano, chamam essa perspectiva de glocal –
uma perspectiva que toma o global por meio das características locais.
Uma formação baseada em tal perspectiva, deve estar – embora leve
em conta o global – sempre assente no local.
A valorização das línguas nacionais no currículo do ensino básico
está evidente com a introdução da educação bilíngue – assim como as
orientações metodológicas que privilegiam o uso das línguas locais
como meios de ensino.
Nota-se que, com a introdução do currículo local das línguas
nacionais no ensino e de novas disciplinas, pretendia-se tornar o ensino
relevante (INDE, 2008) para a formação de habilidades e competências
que facilitem a integração do indivíduo na comunidade.
Alguns aspectos podemos retirar como comuns ou então trans-
versais períodos de educação moçambicana (colonial, das zonas liber-
tadas e do período pós independência).
Não é um apagamento, mas a secundarização das culturas autóctones que não são privilegiadas
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Note que, quer na Lei n. 4/1993 de 23 de março, quer na Lei n. 6/1992, de 6 de maio, não há uma
diferenciação nítida no uso dos termos educação e ensino.
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Polícia Internacional e de Defesa do Estado-Direção Geral de Segurança – tinha a função de
perseguir, prender e torturar todos aqueles que eram inimigos do regime salazarista.
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Alfabetização é uma modalidade de educação virada para as pessoas que, tendo 15 ou mais anos
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de idade, não entraram no sistema escolar, isto é, não sabem ler e escrever em português.
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Foi presidente de 1962 a 1985 da República Unida da Tanzânia.
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REFERÊNCIAS
GÓMEZ, Miguel Buéndia. Educação Moçambicana: História de um
processo: 1962-1984. Maputo, Livraria universitária, 1999.
20
Texto gravado e organizado por: Laura Maria Coutinho na Palestra para o Curso de Mestrado da
Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, 8 de novembro de 1985.
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FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. 12. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1979.
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Políticas de educação em Moçambique:
a Educação e as Dinâmicas
Socioculturais na era Pós-colonial
Ana Maria de Jesus Pinho P. Guina
José Augusto Guina
INTRODUÇÃO
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Política educacional em Moçambique
1
Política Nacional de Educação e Estratégias de Implementação, Resolução nº 8/1995, de 22 de
Agosto.
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2
Declaração Mundial Sobre Educação para Todos (Conferência de Jomtien – 1990).
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3
Fonte: SACMEQ, Policy Issues; Number 2, September 2010 (www.sacmeq.org).
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das diversas diretrizes não têm levado em conta vários fatores socio-
culturais, para além de outros. Moçambique, considerando o fato de ter
várias línguas nacionais e seus respectivos dialetos, tem no seu tecido
social uma diversidade cultural enorme e diversificada. Ora, tentar
implementar o resultante de debates e conferências internacionais sem
que se leve em conta esses detalhes culturais pode acarretar o fracasso
de todo um programa de um governo.
Por outro lado, pela análise do Relatório da UNESCO (2007),
4
Ou seja, os alunos que terminam a 12ª classe apresentam fraca literácia e os alunos do ensino
médio demonstram nível fraco em competências e habilidades. (PEEC de 2006-2011).
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MÉTODO
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Política educacional em Moçambique
2007, 20.5
1997, 16.1
1980, 12.1
1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020
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RESULTADOS
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ESG -
129278 40.5% 235811 40.7% 514324 43.3% 728497 46.2 209%
1°Ciclo
ESG -
19348 39.1% 38192 39.3% 95779 40.7% 179608 43.1% 370%
2°Ciclo
AEA (1° 3°
478030.00 56.4% 674934 61.8% 680455 64% 42%
ano)*
Ensino
20136 27.9% 23602 27.8% 40214 29.8% 45679 33.2% 94%
Técnico
Ensino
22256 31.6% 81250 37.9 265%
Superior**
*Os dados referidos aos programas de AEA apenas incluem os programas formais do Ministério. As
actividades de educação não formal não estão incluídas, como são os casos da Alfa – Rádio, Alfalit,
Felitamo, Família sem Analfabetismo, Reflect e Alfabetização em línguas nacionais, cuja cobertura
estatística terá início em Janeiro de 2011. Os últimos dados referem-se a 2009.
**Os dados de coluna de 2003 referem-se e os da coluna de 2010 referem-se a 2009.
HM: Total de alunos (ambos os sexos).
%M: Percentagem de alunos do sexo feminino.
Fonte: INE, 2017
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Política educacional em Moçambique
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Políticas de educação em moçambique: a educação e as dinâmicas socioculturais na era pós-colonial
8000
6000
4000
2000
0
EP1 EP2 ESG1 ESG2
2013 11457 4587 458 174
2014 11742 5086 458 470
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Política educacional em Moçambique
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Políticas de educação em moçambique: a educação e as dinâmicas socioculturais na era pós-colonial
0
Homens Mulheres Total
2013 2.9 2.6 5.5
2014 3 2.7 5.7
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Política educacional em Moçambique
Gráfico 6 - Relação aluno por turma por nível de ensino, Moçambique 2014
70
Público Privado
EP1 60 52.9 40.1
EP2 50 46.8 36.4
ESG1 40 65.8 47.9
ESG2 30 65.2 39.5
20
10
0
EP1 EP2 ESG1 ESG2
Público 52.9 46.8 65.8 65.2
Privado 40.1 36.4 47.9 39.5
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Políticas de educação em moçambique: a educação e as dinâmicas socioculturais na era pós-colonial
Gráfico 7 - Indicadores
Indicadores de cobertura
de cobertura escolar noescolar no Ensino
Ensino Primário Primário
Público do 1ºPúblico
grau. do
1° grau, Moçambique
Moçambique 2014 2014
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Políticas de educação em moçambique: a educação e as dinâmicas socioculturais na era pós-colonial
REFERÊNCIAS
BASTOS, J.; DUARTE, S.; GURO, M. A perspectiva samoriana de
desenvolvimento da educação: a formação do Homem Novo e o processo
de massificação em Moçambique (1975-1992). In: 30 ANOS COM
SAMORA REFLECTINDO SOBRE A EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE. Xai-
Xai, 2016.
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Política educacional em Moçambique
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Os desafios da educação tradicional em
Moçambique e a globalização cultural
Wilson Profirio Nicaquela
INTRODUÇÃO
Escolhi o tema para este modesto texto, que poderá ser colocado
ao dispor de professores e alunos de todos os subsistemas de ensino,
acadêmicos e, sobretudo, os universitários. O eixo central são as nar-
rativas sociais, partilhadas intencionalmente nas diversas formas de
educação tradicional entre os macuas. A ideia de escrever sobre este
tema emerge da curiosidade intrínseca sobre algumas formas que
caracterizam esse modelo de educação e sua constante “coisificação”.
Alguém pode se questionar sobre a relevância da minha preocu-
pação e a necessidade de grifar nos princípios deste texto. Sem limitar
os outros entendimentos que possam emergir, a razão, creio, embora
tenha sido intuitivamente, foi uma experiência da educação aborígene
que tive recentemente, num trabalho de recolha de narrativas com um
ancião no Distrito de Monapo, em junho de 2018. Ao longo da conversa,
ele encontrou uma ocasião para me relatar o seguinte: “quem procura
saber a direção de um caminho não segue pegadas que conduzem ao
cemitério, apenas demora a chegar ao seu destino devido as paragens
espontâneas para se informar melhor”.
Receio escrever com uma tonalidade de arrogância sob pena de
ser julgado pelos princípios culturais dos quais sou muito fiel. Não
há maior violência psicológica entre os macuas, que eu saiba, que eu
tenha conhecimento, capaz de suplantar a avaliação extraordinária,
rotulando nossas atitudes em assemelharem-se àquelas de “um que
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Política educacional em Moçambique
não foi dançado”, ou seja, ao ser dito, parece não ter sido submetido aos
Ritos de Iniciação, é um ato pejorativo que não só afeta ao visado, mas
também deprecia os pais, os padrinhos e conselheiros que estiveram
em serviço no seu grupo.
Durante esse embaraço psicológico, sinto-me fortalecido por
saber que os grupos a que se destinam este texto, professores, alunos,
acadêmicos e, particularmente, os universitários, são férteis para criar
dúvidas e debates, sem se fixar na idade de quem reflete ou escreve,
embora seja um indicador necessário. Aliás, a própria educação aborí-
gene, ora coisificada, deixa-se questionar, colocando em crise algumas
formas de aquisição de conhecimentos, outrora considerados definiti-
vos. O exemplo mais comum nessa prática reside em alguns provérbios,
e um deles diz: ver as coisas e por conseguinte saber delas não é sinônimo
de longevidade de vida, mas porque acontecem ou aconteceram no nosso
meio.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Política educacional em Moçambique
REFERÊNCIAS
BAUMAN, Z. Medo líquido. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
COUTO, M. O livro que era uma casa, a casa que era um país. Aula
inaugural da condecoração ao título de doutor honoris causa pela
Universidade Politécnica. Maputo, 2015.
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Qualidade do trabalho docente em
Moçambique: desde as políticas de
controle, modelos de formação ao
comportamento inovador
Adriano Fanissela Niquice
Benedito Maurício Sapane
Adelino Inácio Assane
NOTA INTRODUTÓRIA
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atividades. Nunca pode ser uma arca de Noé. O modelo deve conciliar
a quantidade de realizações com o fundo de tempo, para o desenvolvi-
mento de atividades curriculares e/ou cocurriculares. Outro elemento
adicional, mas não de menor importância, é o custo dessas atividades
ou realizações.
É em relação ao segundo aspeto que procuramos fazer uma pri-
meira aproximação para explorar a realidade do processo de formação
no atual modelo de 10+3, vigente desde 2012, embora ainda na fase de
experimentação.
Um fato objetivo e passível de apreensão é a quantidade de
Unidades de Competências (UCs), num total de 14, nas quais estão
inscritas muitas atividades. É discutível a relevância dessas ativida-
des, sobretudo na perspectiva de tornar o ‘Modelo’ menos pesado, o
que sugeria a possível eliminação de algumas. Este assunto pode ser
oportunamente objeto de discussão e análise. O que urge agora?
Conforme prometi anteriormente, depoimentos de formadores
(atores de desenvolvimento do Modelo) permitem colocar algumas
preocupações relacionadas com:
• muitas atividades “transbordam” do fundo de tempo previsto
para a sua realização;
• os custos e recursos não acautelados para sustentar a efeti-
vação do Modelo;
• a quantidade de competências (e respectivas atividades)
que revela alguma ambição e utopia quanto à capacidade de
realização.
Um depoimento para encerrar esta primeiríssima reflexão: Se há
graduados malformados até então dos diferentes modelos experimentados
são os do Modelo de 10ª+3 (Formador Buku1).
Para encerrar esta parte, importa realçar o seguinte pormenor:
tudo fica difícil e complicado implementar o modelo porque, além de
1
Nome fictício.
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BOURDIEU, Pierre Félix. Homo academicus. Trad. Ione Ribeiro Valle e
Nilton Valle. 2. ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2013.
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Estado, setores empresariais brasileiros
e a educação profissional em
Moçambique: o que está em disputa?
Joana D’Arc Vaz
INTRODUÇÃO
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Política educacional em Moçambique
1
Entrevista especial concedida ao IHU On-Line com o tema “A recolonização de Moçambique
pelas mãos do agronegócio” (IHU-UNISINOS, 2015).
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2
Diário de Campo. Entrevista realizada no ano de 2016 no Ministério da Educação de Moçambique.
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3
Conforme acordo entre a pesquisadora e o indivíduo a ser entrevistado, ele não foi identificado
(DIÁRIO DE CAMPO, 2016).
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4
Entrevista concedida on-line no dia 15 de dezembro de 2016 (DIÁRIO DE CAMPO, 2016).
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5
Entrevista realizada no dia 05 de dezembro de 2016, na cidade de Maputo, Moçambique (DIÁRIO
DE CAMPO, 2016).
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6
Disponível em: http://opais.sapo.mz/index.php/sociedade/45-sociedade/43461-japao-doa-
420-milhoes-de-meticais-para-formacao-profissional.html. Acesso em: 08 fev. 2017.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Política educacional em Moçambique
REFERÊNCIAS
BANCO MUNDIAL. Desenvolvimento mundial: equidade
e desenvolvimento. Washington, DC, 2006. Disponível
em: http://siteresources.worldbank.org/INTWDR2006/
Resources/477383-1127230817535/0821364154.pdf. Acesso em: 05 abr.
2011.
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Estratégia de desenvolvimento da
educação em Moçambique: caminhos
para uma educação de qualidade no
ensino secundário
Adelino Inácio Assane
Arlindo Cornélio Nthunduata Juliasse
Eduardo Jaime Bata
Mário Jorge C. Brito dos Santos
Vanito Viriato Marcelino Frei
INTRODUÇÃO
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(ou pelo mundo) e amor pelos alunos, o que implica respeito, atenção,
dedicação, paixão (presença).
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REFERÊNCIAS
FREITAS, Hebrayn Bezerra. A importância do espaço físico e materiais
pedagógicos para as aulas de educação física na escola pública do
município de Unaí - MG. 2014. 36f. Trabalho de conclusão de curso
(Graduação) – Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília,
DF. Brasília, DF, 2014.
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Política educacional em Moçambique
NETO, Joaquim José S.; JESUS, Girlene Ribeiro de; KARINO, Camila
Akemi e ANDRADE, Dalton Francisco de. Uma escala para medir a
infraestrutura escolar. Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 24, n. 54, p.78 -99.
jan./abr. 2013.
NHAVOTO, A.; REGO, M.; SITOE, A. Balanço dos dez primeiros anos da
educação na República Popular de Moçambique: documento preparado
para XII Conselho Coordenador do MINED. Maputo: MINED, 1985.
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Sobre os autores e organizadores
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Políticas e práticas educativas em Moçambique
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Sobre os autores e organizadores
JULIO AGIBO
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Políticas e práticas educativas em Moçambique
9 786586 234527
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