Trabalho
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CAPÍTULO 4
MODULAÇÃO EM ÂNGULO
Componentes do Grupo:
Isaac
Matheus
João Paulo
Marcos
CAP.4 - MODULAÇÃO EM ÂNGULO
A modulação é definida como o processo pelo qual alguma característica da onda portadora é
variada de acordo com o sinal contendo a informação. A portadora é necessária para facilitar o
transporte do sinal modulado ao longo de um canal passa-faixa, do transmissor ao receptor.
Ela possibilita uma melhor discriminação contra ruído e interferência do que a modulação em
amplitude, porém esta melhoria é obtida ao custo do aumento da largura de faixa
transmitida;
A melhoria com relação ao ruído nesse tipo de modulação é obtida ao custo de aumento da
complexidade do sistema tanto no transmissor quanto no receptor;
Ac é a amplitude da portadora;
θi(t) é o ângulo de uma portadora senoidal modulada no tempo t.
Portanto, de acordo com a equação acima podemos interpretar o sinal modulado em ângulo s(t)
como um fasor girante de tamanho Ac e ângulo θi(t).
Velocidade angular:
1 - DEFINIÇÕES BÁSICAS
Se θi(t) aumentar constantemente com o tempo, então a frequência média em hertz, em um
pequeno intervalo de t a t + Δt é dada por:
Permitindo que o intervalo de tempo Δt tenda a zero, chegamos à seguinte definição para a
frequência instantânea de um sinal modulado em ângulo s(t):
1 - DEFINIÇÕES BÁSICAS
O fasor correspondente gira com velocidade angular constante igual a 2πfc radianos por
segundo;
A constante φc define o ângulo da portadora não modulada no tempo t = 0.
Existe um número infinito de formas pelas quais o ângulo θi(t) pode ser variado de alguma forma
pelo sinal de mensagem. Entretanto, iremos apresentar apenas dois métodos geralmente
utilizados, a modulação em fase e a modulação em frequência.
1 - DEFINIÇÕES BÁSICAS
Modulação em Fase:
A modulação em fase (PM) é a forma de modulação em ângulo na qual o ângulo instantâneo θi(t)
é variado linearmente com o sinal de mensagem m(t), mostrado por:
O termo 2πfct representa o ângulo da portadora não modulada com a constante φc igual a
zero por conveniência de representação;
A constante kp representa o fator de sensibilidade de fase do modulador, expresso em
radianos por volt na condição de m(t) ser uma forma de onda de tensão.
Modulação em Frequência:
Modulação em Frequência:
Integrando a equação anterior com relação ao tempo e multiplicando o resultado por 2π, temos:
Portadora
Sinal Modulante
Sinal Modulado em Frequência (FM)
2 - PROPRIEDADES DE ONDAS MODULADAS EM ÂNGULO
Outra característica distinta da modulação em ângulo é seu caráter não linear. Dizemos isso
porque tanto as ondas PM quanto FM violam o princípio da superposição.
Uma consequência de permitir que o ângulo instantâneo θi(t) se torne dependente do sinal de
mensagem m(t) ou de sua integral, como visto em equações anteriores, é que, em geral, o
cruzamento no zero de uma onda PM ou FM não possui regularidade perfeita em seu
espaçamento ao longo da escala de tempo.
No AM, vemos a forma de onda da mensagem como o envelope da onda modulada, desde que o
percentual de modulação seja menor do que 100%. Esta visualização não ocorre na modulação
em ângulo, para PM e FM.
2 - PROPRIEDADES DE ONDAS MODULADAS EM ÂNGULO
A onda FM pode ser vista como uma onda PM produzida pela onda modulante ∫m(t)dt no lugar de
m(t). Isto significa que a onda FM pode ser gerada integrando, primeiro, o sinal de mensagem m(t)
com relação ao tempo t e, então, utilizando o sinal resultante como a entrada de um modulador
de fase.
3 - RELAÇÃO ENTRE ONDAS PM E FM
Alternativamente, uma onda PM pode ser vista com uma onda FM produzida pela onda
modulante dm(t)/dt. Logo, a onda PM pode ser gerada diferenciando, primeiro, m(t) com relação
ao tempo e, então, utilizando o sinal resultante como entrada de um modulador FM.
4 - MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA DE FAIXA ESTREITA
Anteriormente ressaltamos o fato da onda FM ser uma função não linear da onda modulante.
Essa propriedade faz com que a análise espectral da onda FM seja uma tarefa muito mais difícil do
que para a onda AM correspondente.
Consideramos, primeiro, o caso simples de uma modulação de tom único que produz uma
onda FM de faixa estreita.
A seguir consideramos o caso mais geral envolvendo também a modulação de tom único,
mas desta vez a onda FM é faixa larga.
4 - MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA DE FAIXA ESTREITA
O objetivo imediato é estabelecer uma relação empírica entre a largura de faixa de transmissão da onda FM
e a largura de faixa da mensagem. Como iremos ver subsequentemente, a análise espectral em dois passos
descrita anteriormente nos fornecerá material necessário para propor uma solução útil ao problema.
Considere, então, a onda modulante senoidal definida por
Desvio de Frequência
Temos;
A partir dessa equação, vemos que, em um sentido físico, o parâmetro β representa o desvio de fase da
onda FM – ou seja, a distância máxima do ângulo θi (t) do ângulo 2πfct da portadora não modulada. Logo,
β é medido em radianos.
A onda FM é dada por
Para a onda FM s(t) ser faixa estreita, o índice de modulação β deve ser pequeno quando comparado a um
radiano. Usando a propriedade trigonométrica
A equação define uma forma aproximada de onda FM de faixa estreita produzida pela onda
modulante senoidal Am cos(2πfmt ). Desta representação aproximada, podemos deduzir o modulador
mostrado no diagrama em blocos da figura. Este modulador envolve a divisão da portadora Ac
cos(2πfct) em dois caminhos. Um caminho é direto, o outro caminho contém um circuito deslocador de
fase de –90 ° e um modulador de produto. A combinação deles gera uma onda modulada DSB-SC. A
diferença entre estes dois sinais produz uma onda FM de faixa estreita, mas com alguma distorção em
amplitude.
4 - MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA DE FAIXA ESTREITA
1. O envelope contém uma modulação em amplitude residual que varia com o tempo.
2. O ângulo θi (t) contém distorção harmônica na forma de harmônicas de terceira ordem e
superiores da freqüência de modulação fm
4 - MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA DE FAIXA ESTREITA
Interpretação fasorial
Podemos representar a onda FM pelo diagrama
fasorial mostrado na figura a, no qual utilizamos o
fasor da portadora como referência. Vemos que o
resultante dos dois fasores das frequências laterais
está sempre em 90° com o fasor da portadora. O
efeito desta geometria é a produção de um fasor
resultante representando uma onda FM de faixa
estreita aproximadamente de mesma amplitude do
fasor da portadora, mas fora de fase com relação a
ela.
O diagrama fasorial para a onda FM deve ser
contrastado com o da figura b representando a onda
AM correspondente. Vemos que o fasor resultante
representando a onda AM possui amplitude diferente
do fasor da portadora, mas sempre em fase com ele.
5 - MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA DE FAIXA LARGA
Queremos determinar o espectro de um onda FM de tom único definida pela fórmula exata da Eq. abaixo, para um
valor arbitrário de índice de modulação β. Em geral, tal onda FM produzida por uma onda modulante senoidal é uma
função periódica do tempo t somente quando a freqüência fc da portadora é um múltiplo inteiro da freqüência
modulante fm.
PROBLEMA . Falando estritamente, a onda FM da equação produzida por uma onda modulante senoidal é
uma função não periódica do tempo t. Demonstre esta propriedade da modulação em frequência.
Como podemos simplificar a análise espectral da onda FM de faixa larga definida na equação?
A resposta está na utilização da representação banda base complexa do sinal modulado (isto é, banda
passante), a qual foi discutida anteriormente. Especificamente, assuma que a frequência fc da portadora
é grande o suficiente (comparada com a largura de faixa da onda FM) para justificar a escrita da equação
na forma :
5 - MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA DE FAIXA LARGA
Ao contrário da onda FM original s(t), o envelope complexo é uma função periódica do tempo com
frequência fundamental igual à frequência fm da modulante. Especificamente, substituindo o tempo t na
equação por t + k/fm para algum inteiro k, temos
Nova variavel;
Exceto pela amplitude Ac da portadora, é referido como a n-ésima ordem da função de Bessel de
primeiro tipo e argumento β. Esta função é geralmente representada pelo símbolo Jn(β), portanto,
podemos escrever
5 - MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA DE FAIXA LARGA
Substituindo as equações, temos, em termos da função de Bessel Jn(β), a seguinte expansão para o
envelope complexo da onda FM:
O espectro discreto de s(t) é obtido calculando as transformadas de Fourier dos dois lados da Eq. acima, o
que resulta em
5 - MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA DE FAIXA LARGA
3. A Igualdade
5 - MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA DE FAIXA LARGA
Com isso podemos fazer as seguintes observações:
A teoria da onda FM sugere que ela possui infinitas frequências laterais, requerendo uma largura de
banda aparentemente infinita. Na prática, no entanto, a onda FM é limitada a um número de
frequências laterais significativas. Isso nos permite especificar uma largura de banda eficaz para a
transmissão de ondas FM.
Para uma onda FM gerada por uma única onda modulante, as frequências laterais diminuem
rapidamente em direção a zero, resultando em uma largura de banda limitada, apesar de sempre
exceder a excursão total de frequência.
Curva universal para a largura de faixa de transmissão FM
A regra de Carson, embora simples, nem sempre estima adequadamente a largura de banda necessária
para sistemas de comunicação com modulação em frequência de banda larga. Uma abordagem mais
precisa é definir a largura de banda com base no número máximo de frequências laterais significativas com
amplitudes acima de um valor selecionado, geralmente 1% da amplitude da portadora não modulada.
A largura de banda da onda FM é então determinada pela separação entre duas frequências além das
quais nenhuma frequência lateral excede esse limite. Isso é expresso como , onde fm é a
frequência modulante e nmax é o maior valor inteiro que satisfaz a condição específica. O valor de nmax
varia com o índice de modulação β e pode ser facilmente encontrado a partir de tabelas de funções de
Bessel.
Onda modulante arbitrária
Considere, a seguir, o caso mais geral de uma onda modulante arbitrária m(t) com sua componente
de frequência mais alta representada por W, ou seja, W representa a largura de faixa da mensagem.
Temos, agora, uma situação mais difícil de se trabalhar.
Especificamente, a largura de faixa necessária para transmitir a onda gerada por uma onda
modulante arbitrária é baseada na análise de pior caso de modulação por tom. Primeiro
determinamos a chamada razão de desvio D, definida como a relação do desvio de frequência Δf, o
qual corresponde a máxima amplitude possível da onda modulante m(t), para a mais alta freqüência
modulante W. Esta condição representa o caso mais extremo possível.
Existem dois métodos básicos para a geração de ondas moduladas em frequência, um direto e
outro indireto.
Método direto
Método direto utiliza um oscilador senoidal, com um dos elementos reativos (por exemplo,
elemento capacitivo) no circuito tanque de um oscilador sendo diretamente controlado pelo sinal de
mensagem. Em termos conceituais, o método direto é, portanto, diretamente implementado. Além
disso, ele é capaz de fornecer grandes desvios de frequência.
Entretanto, uma limitação séria ao método direto é a tendência da frequência da portadora desviar, o
que geralmente é inaceitável para aplicações comerciais de rádio. Para resolover esta limitação, é
necessário implementar uma estabilização de freqüência do gerador FM, o que é realizado através do
uso de realimentação do oscilador. Apesar do oscilador ser simples de se construir, a utilização da
estabilização de frequência adiciona complexidade do sistema ao projeto do modulador de
frequência.
Método indireto: modulador Armstrong
Método indireto, por outro lado, o sinal de mensagem é primeiro utilizado para produzir uma FM
de faixa estreita, seguido por um multiplicador de frequência para aumentar o desvio de
frequência para níveis desejados. Neste segundo método, o problema da estabilidade da
frequência da portadora é reduzido pela utilização de um oscilador altamente estável (por
exemplo, um oscilador a cristal) na geração do FM de faixa estreita. Este esquema de modulação
é chamado de modulador Armstrong de freqüência de faixa larga, em reconhecimento ao seu
inventor.
O sinal de mensagem m(t) é primeiro integrado e, então, utilizado para modular em fase um
oscilador controlado a cristal. A utilização do controle do cristal fornece estabilidade de freqüência.
Para minimizar a distorção inerente do modulador de fase, o desvio de fase máximo, ou índice de
modulação β, é mantido pequeno propositalmente, resultando, portanto, em uma onda FM de faixa
estreita.
Para a implementação do modulador de fase de faixa estreita, podemos utilizar o arranjo descrito
nos slides anteriores , na fig. 4.4.
A onda FM de faixa estreita é, a seguir, multiplicada em freqüência pelo uso de um multiplicador de
frequência, para produzir a onda FM de faixa larga desejada.
A implicação do dispositivo não linear sendo sem memória é que ele não possui elementos de
armazenamento de energia. A relação de entrada/saída de tal dispositivo pode ser expressa na
forma geral
Na qual a1, a2,...., an são coeficientes determinados pelo ponto de operação do dispositivo e n é a
mais alta ordem de não linearidade. Em outras palavras, um dispositivo não linear sem memória
é um dispositivo de lei de n-ésima potência. A entrada s(t) é uma onda FM definida por
De sistemas FM, lidamos com as contribuições espectrais de tais termos não lineares como termos de
segunda e terceira ordem da relação entrada/saída da Eq. (4.40) Por enquanto, é suficiente dizer que
após a filtragem passa-faixa da saída v(t) do dispositivo não linear, teremos uma nova onda FM
definida por
Portanto, comparando a Eq. (4.44) com a (4.42), vemos que o subsistema não linear funciona com um
multiplicador de frequência com A razão n de multiplicação é determinada pela mais alta
potência n da relação de entrada/saída da Eq. (4.40), caracterizando o dispositivo não linear sem memória
8 - DEMODULAÇÃO DE SINAIS FM
Mensagem obtida
por um filtro
Sinal FM passa alta
Derivador/Demodulador Envelope
8 - DEMODULAÇÃO DE SINAIS FM
8 - DEMODULAÇÃO DE SINAIS FM
8 - DEMODULAÇÃO DE SINAIS FM
8 - DEMODULAÇÃO DE SINAIS FM
8 - DEMODULAÇÃO DE SINAIS FM
CIRCUITO DERIVADOR
8 - DEMODULAÇÃO DE SINAIS FM
DETECTOR DE ENVELOPE