Peel1865 D
Peel1865 D
Peel1865 D
Florianópolis
2018
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor
através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária
da UFSC.
3
________________________
Prof. Bartolomeu Ferreira Uchôa Filho, Dr.
Coordenador do Curso
________________________
Prof. Mauro Augusto da Rosa, Dr.
Orientador
________________________
Prof. Maurício Valência Ferreira da Luz, Dr.
Coorientador
Banca Examinadora:
________________________
Prof.ª Maria Cristina Dias Tavares, Dr.ª
Universidade Estadual de Campinas
________________________
Prof. Walter Carpes Pereira Júnior, Dr.
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Dimas Pereira, Eng.
Transmissoras Brasileiras de Energia
5
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................... 33
1.1 OBJETIVOS ......................................................................... 34
1.1.1 Objetivos gerais ................................................................... 35
1.1.2 Objetivos específicos ........................................................... 35
1.2 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO .................................... 36
2 REVISÃO TEÓRICA ......................................................... 37
2.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS......................................... 37
2.2 ONDAS VIAJANTES .......................................................... 39
2.2.1 Incidência, reflexão e refração das OV’s .......................... 41
2.2.1.1 Diagrama Lattice ................................................................... 46
2.2.1.2 Distúrbios em LT’s ............................................................... 48
2.2.2 Atenuação e distorção das OV’s ........................................ 50
2.3 ANÁLISE MODAL .............................................................. 52
2.4 TRANSFORMADA WAVELET ......................................... 57
2.4.1 Contextualização e aplicações ............................................ 57
2.4.2 Definição .............................................................................. 58
2.4.3 Transformada Wavelet Contínua ...................................... 62
2.4.4 Transformada Wavelet Discreta ........................................ 63
2.4.5 Análise Multi-Resolução ..................................................... 66
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................... 73
3.1 DETECÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO
CONFORME A TOV’S ........................................................................ 73
3.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................. 101
4 METODOLOGIA ............................................................. 104
4.1 SISTEMAS ANALISADOS ............................................... 104
4.1.1 LT Presidente Dutra/MA – Boa Esperança/PI ............... 104
4.1.2 LT Barra Grande/SC – Lages/SC – Rio do Sul/SC ........ 107
4.2 FENÔMENOS ESTUDADOS............................................ 110
4.2.1 Chaveamento ..................................................................... 111
4.2.2 Descargas atmosféricas ..................................................... 120
4.3 MODELAGEM NO ATP ................................................... 126
4.3.1 Modelo elétrico do gerador .............................................. 126
4.3.1.1 Parametrização dos geradores ............................................. 128
4.3.2 Modelo elétrico da LT....................................................... 133
4.3.2.1 Parametrização das LT’s ..................................................... 136
4.3.2.1.1 Impedância de aterramento ................................................ 141
4.3.2.1.2 Impedância de surto da torre .............................................. 142
4.3.2.1.3 Isolador ............................................................................... 145
4.3.2.1.4 Isolador OPPC instrumentalizado ...................................... 146
4.3.3 Modelos das descargas atmosféricas ............................... 150
4.3.3.1 Parametrização das descargas atmosféricas ........................ 151
4.3.4 Modelo elétrico da carga .................................................. 155
4.3.4.1 Parametrização da carga ..................................................... 157
4.3.5 Parâmetros da simulação ................................................. 157
4.3.6 Modelagem dos sistemas .................................................. 158
4.4 FORMULAÇÃO DOS ALGORITMOS DE DETECÇÃO,
CLASSIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DE FALTAS ...................... 160
4.4.1 Aquisição de dados............................................................ 160
4.4.2 Detecção ............................................................................. 161
4.4.3 Classificação ...................................................................... 166
4.4.4 Localização ........................................................................ 179
4.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................. 182
5 RESULTADOS ................................................................. 184
5.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................... 184
5.2 LT PRESIDENTE DUTRA/MA – BOA ESPERANÇA/PI 186
5.2.1 Faltas induzidas na frequência de chaveamento ............ 186
5.2.1.1 Variação da distância em relação ao terminal local ............ 187
5.2.1.2 Variação da resistência de falta........................................... 190
5.2.1.3 Variação do ângulo de incidência ....................................... 192
5.2.2 Faltas induzidas por impulsos atmosféricos ................... 198
5.2.2.1 Variação da distância ao terminal local .............................. 199
5.2.2.2 Variação da impedância de surto da torre ........................... 199
5.2.2.3 Variação do ângulo de incidência ....................................... 202
5.2.2.4 Amplitude do impulso atmosférico ..................................... 205
5.3 LT BARRA GRANDE/SC – LAGES/SC – RIO DO SUL/SC
210
5.3.1 Faltas induzidas na frequência de chaveamento ............ 210
5.3.1.1 Variação da distância em relação ao terminal local ............ 211
5.3.1.2 Variação da resistência de falta........................................... 211
5.3.1.3 Variação do ângulo de incidência ....................................... 212
5.3.1.4 Variação da corrente ........................................................... 213
5.3.2 Faltas induzidas por impulsos atmosféricos ................... 220
5.3.2.1 Variação da distância ao terminal local .............................. 220
5.3.2.2 Variação do ângulo de incidência ....................................... 221
5.3.2.3 Amplitude do impulso atmosférico ..................................... 225
5.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................. 230
6 CONCLUSÃO ................................................................... 232
6.1 PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES ...................................... 235
6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .............. 235
REFERÊNCIAS ................................................................................ 237
31
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
2 REVISÃO TEÓRICA
𝑈 (2.1)
𝑍0 =
𝐼0
𝐼0 = 𝑞𝑣 = 𝑈𝐶𝑣 (2.2)
1 (2.3)
𝑍0 =
𝐶𝑣
𝑑𝐼0 𝐼0 (2.4)
𝐹𝐸𝑀 = −∆𝑥𝐿 = − ∆𝑥𝐿
𝑑𝑡 ∆𝑡
𝑈 = 𝐼0 𝐿𝑣 (2.6)
𝑈 (2.7)
= 𝑍0 = 𝐿𝑣
𝐼0
1 (2.8)
𝑣=
√𝐿𝐶
(2.9)
𝐿
𝑍0 = √
𝐶
41
𝑈 = 𝑈𝑑 + 𝑈𝑟 (2.10)
𝐼 = 𝐼𝑑 + 𝐼𝑟 (2.11)
𝑍𝑟 − 𝑍0 (2.12)
𝜌𝑟𝑢 =
𝑍𝑟 + 𝑍0
𝑍0 − 𝑍𝑟 (2.13)
𝜌𝑟𝑖 =
𝑍𝑟 + 𝑍0
𝑈𝑟 = 𝜌𝑟𝑢 𝑈𝑑 (2.14)
𝐼𝑟 = 𝜌𝑟𝑖 𝐼𝑑 (2.15)
a) 𝑍𝑟 = 𝑍0
𝑈 𝑈 (2.16)
𝐼0 = =
𝑍0 𝑍𝑟
b) 𝑍𝑟 > 𝑍0
Figura 2.5 - Definição e sinais das ondas numa linha para 𝑍𝑟 > 𝑍0 .
c) 𝑍𝑟 < 𝑍0
Figura 2.6 - Definição e sinais das ondas numa linha para 𝑍𝑟 < 𝑍0 .
𝑈 (2.19)
𝜌𝑡𝑢 = = (1 + 𝜌𝑟𝑢 )
𝑈𝑑
𝐼 (2.20)
𝜌𝑡𝑖 = = (1 + 𝜌𝑟𝑖 )
𝐼𝑑
2𝑍𝑟 (2.21)
𝜌𝑡𝑢 = 1 + 𝜌𝑟𝑢 =
𝑍𝑟 + 𝑍0
2𝑍0 (2.22)
𝜌𝑡𝑖 = 1 + 𝜌𝑟𝑖 =
𝑍𝑟 + 𝑍0
𝑈 = 𝑈0 + 𝑈1 (2.23)
𝐼 = 𝐼0 + 𝐼1 (2.24)
Figura 2.8 - Diagrama Lattice para uma falta a uma distância d do terminal
transmissor.
𝑑 = 𝑡1𝑡 𝑣 (2.25)
(𝐿 − 𝑑) = 𝑡1𝑟 𝑣 (2.26)
Onde:
𝐼0 2 𝐿∆𝑥 (2.28)
∆𝐸𝑚 = (𝑊𝑠)
2
𝑈 2𝐶∆𝑥 (2.29)
∆𝐸𝑒 = (𝑊𝑠)
2
𝐺 (2.30)
𝑈 = 𝑈𝑑 exp (− 𝑡)
𝐶
𝑅 (2.31)
𝐼 = 𝐼𝑑 exp (− 𝑡)
𝐿
𝐺 𝑅 𝑅 𝐿 (2.32)
= ↔ =
𝐶 𝐿 𝐺 𝐶
𝑅𝐼 2 = 𝐺𝑈 2 (2.34)
𝑈0 𝑈𝑎 (2.35)
[𝑈𝛼 ] = 𝑇𝑈 [𝑈𝑏 ]
𝑈𝛽 𝑈𝑐
𝐼0 𝐼𝑎 (2.36)
[𝐼𝛼 ] = 𝑇𝐼 [𝐼𝑏 ]
𝐼𝛽 𝐼𝑐
𝐼𝑎 1 1 1 𝐼0 (2.37)
[𝐼𝑏 ] = [1 𝑎2 𝑎 ] [𝐼1 ]
𝐼𝑐 1 𝑎 𝑎2 𝐼2
Onde:
1 1 0 (2.38)
𝐼𝑎 1 √3 𝐼0
1 −
[𝐼𝑏 ] = 2 2 [𝐼1 + 𝐼2 ]
𝐼𝑐 1 √3 𝐼1 − 𝐼2
[ 1 − −
2 2 ]
55
1 1 0
𝐼𝑎 1 √3 𝐼0 𝐼0
1 − (2.39)
[𝐼𝑏 ] = 2 2 [ 𝐼𝛼 ] = 𝑇𝐶 [ 𝐼𝛼 ]
𝐼𝑐 1 √3 𝐼𝛽 𝐼𝛽
[1 − −
2 2 ]
1 1 1 1
𝑇𝐼 = 𝑇𝐶 −1 = [2 −1 −1 ]
3
0 √3 −√3 (2.40)
𝐼0 𝐼𝑎
1 1 1 1
𝐼
[ 𝛼 ] = [2 −1 −1 ] [𝐼𝑏 ]
𝐼𝛽 3 (2.41)
0 √3 −√3 𝐼𝑐
1
𝑣0 = (2.42)
√𝐿0 𝐶0
1
𝑣1 = (2.43)
√𝐿1 𝐶1
Onde:
2.4.2 Definição
Fonte: He (2016).
∞
∫ |𝜓(𝑡)|2 𝑑𝑡 = 1 (2.45)
−∞
1 𝑡−𝑏
𝜓𝑎,𝑏 (𝑡) = 𝜓( ), 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ 𝑒 𝑎 ≠ 0 (2.46)
√|𝑎| 𝑎
1
onde o termo é o fator de normalização de energia do sinal e
√|𝑎|
assegura que esta permaneça igual para quaisquer valores de 𝑎 e 𝑏
(DAUBECHIES, 1990).
É importante ressaltar que o parâmetro 𝑎 também está
correlacionado diretamente à largura da janela e, portanto, estabelece-se
que se 𝑎 > 1, a wavelet-mãe será dilatada, logo, a largura da janela será
maior, em oposição às situações em que 𝑎 está no intervalo entre zero e
a unidade, nas quais a função será contraída e, por consequência, o
intervalo de tempo correspondente à janela de observação será menor
(DAUBECHIES, 1990).
De forma ilustrativa, são apresentados na Figura 2.13, uma
wavelet-mãe com sua família, constituída pelas wavelets-filhas
transladadas e escaladas, bem como, as larguras das janelas de
observação no tempo, impostas pela variação do parâmetro 𝑎.
62
Fonte: He (2016).
1 ∞ ∞ 𝑑𝑎𝑑𝑏
𝑓(𝑡) = ∫ ∫ 𝑇𝑊𝐶𝑓(𝑎, 𝑏)𝜓𝑎,𝑏 (𝑡) (2.49)
𝐶𝜓 −∞ −∞ 𝑎2
1 𝑡 − 𝑛𝑏0 𝑎0 𝑚
𝜓𝑚,𝑛 (𝑡) = 𝜓( ), 𝑚, 𝑛 ∈ ℤ (2.50)
√𝑎0 𝑚 𝑎0 𝑚
Com base na função descrita para 𝜓𝑚,𝑛 (𝑡), dispõe-se que a janela
de observação do espectro do sinal possui uma relação de dependência
com os valores estabelecidos para a variável 𝑚. Eventualmente, ao
variar de um nível 𝑚 para um subsequente, 𝑚 + 1, a largura da janela
deste último será 𝑎0 vezes maior, em relação a do nível anterior.
Ademais, o escalamento provocado pela sequência de valores adotados
para o parâmetro 𝑎, proporciona que o espectro de frequências seja
abrangido de modo logarítmico (DAUBECHIES, 1992; KIM;
AGGARWAL, 2000).
Em outras palavras, isto sugere que para escalas maiores, há uma
menor resolução temporal, uma vez que a janela de tempo é maior, em
oposição a uma melhor resolução de frequência. Já para as escalas
menores, a diminuição da janela de tempo, que implica em uma melhor
resolução temporal, vem acompanhada de uma baixa resolução em
frequência (PENEDO, 2000).
Tais ilações podem ser visualizadas na Figura 2.14, a qual
representa o modo em que as resoluções tempo-frequência são
particionadas no domínio wavelet.
1 𝑡 − 𝑛𝑏0 𝑎0 𝑚
𝑓(𝑡) = 𝐶 ∑ ∑ 𝑇𝑊𝐷(𝑚, 𝑛)𝜓 ( ) (2.52)
√𝑎0 𝑚 𝑎0 𝑚
𝑚 𝑛
𝑚, 𝑛 ∈ ℤ
1
Nota: O termo janelamento se refere ao processo de aplicação de uma
janela (função wavelet) à um sinal ou à uma função 𝑓(𝑡).
66
𝜑(𝑡) = √2 ∑ ℎ(𝑘)𝜑(2𝑡 − 𝑘) , 𝑘∈ ℤ
(2.53)
𝑘
67
𝜓(𝑡) = √2 ∑ ℎ1 (𝑘)𝜑(2𝑡 − 𝑘) , 𝑘∈ ℤ
(2.54)
𝑘
1° termo 2° termo
(2.58)
𝑎(𝑘) = 〈𝑓(𝑡), 𝜑𝑘 (𝑡)〉 = ∫ 𝑓(𝑡) 𝜑𝑘 (𝑡)
(2.59)
𝑑(𝑗, 𝑘) = 〈𝑓(𝑡), 𝜓𝑗,𝑘 (𝑡)〉 = ∫ 𝑓(𝑡) 𝜓𝑗,𝑘 (𝑡)
𝑎𝑗 (𝑘) = ∑ 𝑔[𝑘 − 2𝑛] 𝑎𝑗+1 [𝑛] + ∑ ℎ[𝑘 − 2𝑛] 𝑑𝑗+1 [𝑛] (2.62)
𝑛=−∞ 𝑛=−∞
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
(𝑡1 − 𝑡0 )𝑣 = 𝑑1 (3.1)
78
(𝑡2 − 𝑡0 )𝑣 = 𝑑2
(𝑡3 − 𝑡0 )𝑣 = 𝐿2 + 𝑑2
𝑑1 + 𝑑2 = 𝐿1
𝐿 − 𝑣(𝑡2 − 𝑡1 ) (3.3)
𝑑=
2
2𝐿 (3.4)
𝑣=
∆𝑡1 + ∆𝑡2
Nas pesquisas realizadas por Lin, Lin e Liu (2014) foi proposto
um algoritmo para localização de faltas em LT’s não homogêneas
(linhas aéreas e subterrâneas) de três terminais multi-seção utilizando
sincrofasores obtidos através de PMU’s (phasor unit measurement).
Para confecção deste algoritmo, técnicas de localização de faltas em
linhas de dois terminais foram estendidas para linhas de três terminais.
O algoritmo proposto embasou-se no sistema representado na
Figura 3.14 e foi desenvolvido em três etapas: (1) seleção de referência,
cujo objetivo era identificar o ramo defeituoso, passando a configuração
do sistema de três para dois terminais através da seleção dos pontos 𝑃 e
𝐽𝑅(𝑣−1) como referência para os terminais de envio e recebimento de
sinais; (2) processamento dos dados obtidos por meio da transferência
dos sinais obtidos dos terminais de envio ao ponto 𝑃 e daqueles do
terminal de recebimento 𝑅 para o ponto de referência 𝐽𝑅(𝑣−1) , além da
geração dos índices de localização e (3) identificação do ramo
defeituoso mediante análise da relação entre aqueles dois índices, com
consequente estimação do ponto da falta.
88
Figura 3.14 - Diagrama unifilar de uma linha não homogênea de três terminais.
Figura 3.28 - Diagrama de reflexões para uma falta com conexão a terra.
4 METODOLOGIA
4.2.1 Chaveamento
Curto-circuito monofásico
𝑖𝑏 = 𝑖𝑐 = 0
Curto-circuito bifásico
𝑖𝑎 + 𝑖𝑏 = 0
𝑖𝑐 = 0
𝑖𝑎 + 𝑖𝑏 + 𝑖𝑐 = 0
Impedâncias de falta
A partir das Figuras 4.11 (a) e (b) pode-se inferir que a resistência
de falta influi diretamente sobre as magnitudes das correntes, o que está
em consonância com Andrade e Sorrentino (2011), o qual afirma que
tais impedâncias limitam as correntes de curto-circuito.
De acordo com os estudos de Sousa et al. (2005), os valores
típicos de resistência de falta variam entre 0 Ω e 10 Ω para o caso de
descargas atmosféricas; 10 Ω e 70 Ω para as queimadas e assumem
valores superiores a 70 Ω quando o curto-circuito é ocasionado por
árvores próximas às estruturas ou cabos.
Com base nisto, foram selecionados então apenas três valores
para as resistências de falta, 10 Ω, 40 Ω e 70 Ω.
116
Ângulo de incidência
𝑉𝑓 : tensão de fase;
𝑉𝑟𝑚𝑠 : tensão eficaz;
𝑓: frequência do sistema;
∅𝑓 : ângulo de fase.
3
Nota: a carga foi modelada, embora não tenham sido encontradas diretrizes
que subsidiassem a representação desta componente nas principais referências
utilizadas, a título de exemplo, Cigre WG 33-02 (1990) e Martinez-Velasco
(2010).
127
Aterramento da SE
𝜌 𝜋 (4.2)
𝑅𝑔 = √
4 𝐴
Onde:
𝜌: resistividade do solo, em Ω ∙ 𝑚;
𝐴: área da malha de aterramento da SE, em 𝑚2.
𝜌 𝜋 𝜌 (4.3)
𝑅𝑔 = √ +
4 𝐴 𝐿𝑡
Onde:
1 1 1 (4.4)
𝑅𝑔 = 𝜌 [ + (1 + )]
𝐿𝑡 √20𝐴 1 + ℎ√20⁄𝐴
Onde:
𝑉𝐿
𝑋1 = 𝑋0 = (4.5)
√3 𝐼𝑐𝑐
132
Onde:
Aterramento da SE
Onde:
𝑅: resistência da linha;
𝐿: indutância da linha;
𝐺: condutância shunt;
𝐶: capacitância shunt;
𝑉𝑡 e 𝑉𝑟 : tensões nos terminais transmissor e receptor, nesta ordem;
𝐼𝑡 e 𝐼𝑟 : correntes nos terminais transmissor e receptor, respectivamente.
sinh(γl)
𝑍′ = 𝑍 (4.6)
(𝛾𝑙)
𝛾𝑙
′
𝑌 tanh ( 2 ) (4.7)
𝑌 =
2 (𝛾𝑙 )
2
Onde:
4.3.2.1.3 Isolador
Isolador
OPPC
Condutor
Sensor de corrente e
& Sensor FBG de
Temperatura
Ferragem
terra
Corpo
polimérico
Ferragem
fase
Fonte: INESC P&D BRASIL (2016).
148
Figura 4.42 - Distribuição do campo elétrico sobre a representação 3D: (a) Sem
anel de equalização; (b) Com anel de equalização.
Modelo de Heidler
𝑡 𝑛 (4.8)
𝐼0 (𝜏 )
1 −𝑡⁄𝜏2
𝑖(𝑡) = ∙ 𝑛∙𝑒
𝜂 1+ 𝑡
(𝜏 )
1
Onde:
𝑡 𝑛 (4.9)
(𝜏 ) 𝑡
1
𝑖(𝑡) = 𝐼0 ∙ ∙ 𝑒 − ⁄𝜏2
𝑡 𝑛
1+( )
𝜏1
que para grandes áreas, o GPS pode introduzir um erro de até 1 𝜇𝑠,
problemática que pode ser corrigida com o aprimoramento da aplicação
de análises wavelet (KIM, KIM, CHOI, 2001; ZHAO, SONG, CHEN,
2001).
A aquisição de dados, neste estudo, foi realizada a partir de dados
sincronizados de ambos os terminais da linha.
Após a simulação dos sistemas elétricos no ATP, neste módulo
exportaram-se os sinais obtidos para o software MatLab, vide Figura
4.54, a fim de dar seguimento aos processos de detecção, classificação e
localização das faltas.
4.4.2 Detecção
Como discutido por este autor, pode-se perceber então que apenas
uma componente modal não é capaz de detectar todos os tipos de falta,
enquanto que o uso de duas destas componentes, desde que sejam 0 e β
ou α e β, não possuem restrição quanto ao tipo de falta. Deste modo,
foram utilizadas, neste trabalho, as correntes dos modos aéreos 𝛼 e 𝛽 (1
e 2) como variáveis na percepção de faltas em LT’s.
Posteriormente, tal qual os estudos de Costa e Souza (2011), os
coeficientes wavelet dos sinais foram calculados com base no algoritmo
piramidal da MODWT, de acordo com a Equação (4.11).
𝐿
Onde:
4.4.3 Classificação
Onde:
Onde:
𝑔(𝑡): sinal;
𝑐(𝑙): componentes ou coeficientes de aproximação;
𝑑𝑗 (𝑘): coeficientes detalhes em um determinado nível.
𝑁 𝑁𝑗 𝐽 𝑁𝑗
2 2
∑|𝑔(𝑛)2 | = ∑|𝑐𝐴𝐽 (𝑛)| + ∑ ∑|𝑐𝐷𝑗 (𝑛)| (4.14)
𝑛=1 𝑛=1 𝑗=1 𝑛=1
Onde:
Figura 4.58 - Coeficientes escalares e energia associada (a) falta bifásica AB;
(b) falta monofásica AT.
A partir da análise das Figuras 4.58 (a) e (b), pode-se inferir que
ao ocorrer uma falta sem conexão com a terra, tipo AB (a título de
169
Figura 4.59 - Falta bifásica AB. (a) Correntes resultantes; (b) coeficientes
escalares; (c) energia.
Figura 4.60 - Falta bifásica AC. (a) Correntes resultantes; (b) coeficientes
escalares; (c) energia.
Figura 4.61 - Falta bifásica BC. (a) Correntes resultantes; (b) coeficientes
escalares; (c) energia.
Figura 4.62 - Falta trifásica. (a) Correntes resultantes; (b) coeficientes escalares;
(c) energia.
Figura 4.63 - Falta monofásica AT. (a) Correntes resultantes; (b) coeficientes
escalares; (c) energia.
Figura 4.64 - Falta monofásica BT. (a) Correntes resultantes; (b) coeficientes
escalares; (c) energia.
Figura 4.65 - Falta monofásica CT. (a) Correntes resultantes; (b) coeficientes
escalares; (c) energia.
4.4.4 Localização
𝐿𝑡 − 𝑣(𝑡𝑅 − 𝑡𝐿 ) (4.15)
𝑑𝐿 =
2
Onde:
Onde:
Uma vez que foi adotado o terminal local como referência para as
estimações no M2T, desenvolveu-se, a partir da manipulação das
Equações (3.1), a expressão denotada pela Equação (4.17), no intuito de
obter também a distância da falta ao terminal local.
𝐿1 (𝑡𝐼 − 𝑡𝐿 ) (4.17)
𝑑𝐿 = − 𝐿1
2 2 (𝑡𝑅 − 𝑡𝐼 )
Onde:
𝐿𝑡 (𝑡𝑅 − 𝑡𝐿 ) (4.18)
𝑑𝐿 = + 𝐿1
2 2 (𝑡𝐼 − 𝑡𝐿 )
Onde:
5 RESULTADOS
1 (5.1)
𝑣(𝑤) =
𝐼𝑚[√𝑍(𝑤)𝑌(𝑤)]
Onde:
𝑤: frequência angular;
𝑍(𝑤) e 𝑌(𝑤): impedância série e admitância em derivação por unidade
de comprimento da LT em função da frequência.
Figura 5.3 - Falta bifásica BC: (a) componentes modais; coeficientes de detalhes
e energia dos modos: (b) 𝛼 e (c) 𝛽.
Figura 5.4 - Energia do sistema acometido por uma falta AT com resistência de:
(a) 10 Ω; (b) 40 Ω e (c) 70 Ω.
Figura 5.8 - Coeficientes de detalhes para faltas incidentes a: (a) 90° e (b) 0°.
Energias computadas a: (a) 90° e (b) 0°.
Figura 5.18 - Correntes trifásicas de sistemas acometidos por impulsos de: (a)
18 kA; (b) 50 kA. Coeficientes de detalhes: (c) 18 kA; (d) 50 kA.
a) M2T
b) M3T
Figura 5.28 - Coeficientes de detalhes: (a) 879 A; (b) 10 A. Energias: (c) 879 A;
(d) 10 A.
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
2015.
IEEE STD. 80. Guide for safety in AC substation grounding. 4th. ed.
New York: IEEE, 2000.
KIM, G.; KIM, H.-S.; CHOI, J.-Y. Wavelet Transform Based Power
transmission Line Fault Location Using GPS for Accurate Time
Synchronization. IECONO1 : The 27th Annual Conference of the IEEE
Industrial Electronics Society. Anais...Denver, Estados Unidos: 2001.
2017.
Lithuania: 2016.
APÊNDICE B - MODELOS
𝑍 = 𝑅𝐿 + 𝑅𝐸 + 𝑅𝐶 + 𝑖(𝑋𝐸 + 𝑋𝐿 ) (B.1)
Onde:
a) Aproximações teóricas
Modelo cilíndrico
𝑐𝑡 (B.2)
𝑍 = 60 ∙ ln [√2 ∙ ( )]
𝑟
Onde:
2ℎ (B.3)
𝑍 = 60 ∙ ln [√2 ∙ ( )]
𝑟
Onde:
ℎ (B.4)
𝑍 = 60 ∙ [ln (2√2 ∙ ) − 1]
𝑟
Onde:
Modelo cônico
√𝑟 2 + ℎ2 (B.5)
𝑍 = 60 ∙ [ln (√2 ∙ )]
𝑟
Onde:
𝑟 (B.6)
tan−1 ( )
𝑍 = 60 ∙ {𝑙𝑛 [𝑐𝑜𝑡 ( ℎ )] − 1}
2
𝑟 (B.7)
tan−1 ( )
𝑍 = 60 ∙ {𝑙𝑛 [𝑐𝑜𝑡 ( ℎ )]}
2
Onde:
Modelo waist
𝑟1 ℎ2 + 𝑟2 (ℎ1 + ℎ2 ) + 𝑟3 ℎ1 (B.8)
𝑇=
(ℎ1 + ℎ2 )2
1 (B.9)
𝑍 = 60 ∙ {ln [cot ∙ tan−1(𝑇)]}
2
Onde:
𝜋 1 (B.10)
𝑍 = √ 60 ∙ {ln [cot ∙ tan−1(𝑇)] − ln √2}
4 2
Modelo multicondutor
1⁄ 3⁄ (B.11)
1⁄ 1⁄ 2⁄ 4 1⁄ 2⁄ 4
𝑟𝑒𝑘 = 2 8 ∙ [(𝑟𝑡𝑘 3 ∙ 𝑟𝐵 3) ]∙ [(𝐷𝑇𝑘 3 ∙ 𝐷𝐵 3) ],
para 𝑘 = 1, 2, 3, 4
𝑍𝑇𝑘 = 60 ∙ [ln (
2∙√2ℎ𝑘
) − 2], para 𝑘 = 1, 2, 3, 4 (B.12)
𝑟𝑒𝑘
2 ∙ ℎ𝐴𝑘 (B.14)
𝑍𝐴𝑘 = 60 ∙ ln ( )
𝑟𝐴𝑘
Onde:
b) Estudos experimentais
Modelo multi-estágio
de surto. Este último é calculado com base na Figura B.6 e nas Equações
(B.15) e (B.16) (YAMADA et al., 1995).
ℎ (B.16)
𝑍𝑇 = 60 ∙ [ln ( ) − 1]
𝑟𝑒𝑞
Onde:
Onde:
B.3 ISOLADOR
𝐾2 (B.20)
𝑉 = (𝐾1 + )
𝑡 0.75
Onde:
𝑉: tensão, em 𝑀𝑉;
𝐾1 : 0,4 𝑊;
𝐾2 : 0,71 𝑊;
𝑊: comprimento da cadeia de isoladores, em metros;
𝑡: tempo de ruptura, em 𝜇𝑠.
b) Método da integração
Onde:
𝑡𝑐 = 𝑡𝑖 + 𝑡𝑠 + 𝑡𝑙 (B.22)
a) Modelos eletro-termodinâmicos
APÊNDICE D - RESULTADOS
Figura D.3 - Erros absolutos para faltas incidentes a 130 km do terminal local.
Figura D.4 - Erros absolutos para faltas incidentes a 175,6 km do terminal local.
Quadro D.7 - Diferenças entre as estimativas dos erros para correntes de raio de
50 kA e 100 kA.
Distância da Diferenças entre os erros absolutos (m)
falta(km)/
Fases
Ângulo de
incidência 20 27,2 40 52,8 60 72,8 80 87,8