Aluno 93
Aluno 93
Aluno 93
ALUNO
Nome:
Ensinando as Nações 1
E NINPADI 12 a 14
DATA
SUMÁRIO
LIÇÃO TEMA DATA PÁGINA
Transformando tribulações em triunfos
01 Pr. Elias Garcia Fernandes
07/04 5
Amizades especiais
02 Pra. Asenate Andrade da Silva Costa
14/04 9
Igreja, a noiva de Cristo
03 Ev. Marcelo Lopes da Rocha
21/04 13
A família cristã nos propósitos divinos
04 Pr. Carlos Antônio Rodrigues 28/04 17
No fundo do poço
05 Pr. Isaías Graciano de Jesus
05/05 21
A unidade do corpo de Cristo
06 Pr. Joel Bezerra Santiago
12/05 25
A cura da mulher encurvada
07 Pra. Wesleyana Cabral Neves Araújo
19/05 29
Não tenha medo da tempestade, Cristo
08 está no barco - Pr. Raimundo Maia da Costa 26/05 33
A importância da educação financeira na
09 vida do cristão - Pr. Milton Cruz da Conceição
02/06 37
Padrões para vivermos como Cristo viveu
10 Pr. José Fernandes da Silva
09/06 41
O maná
11 Pr. Jalmir Batista da Silva 16/06 45
O Espírito Santo e a graça dos seus dons
12 Pr. Jaime Rodrigues Moço 23/06 49
A morte e o luto do cristão
13 Pr. Moisés Ferreira da Costa
30/06 53
Ensinando as Nações 3
ENSINANDO AS NAÇÕES
A PALAVRA VIVA NA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS DE ANÁPOLIS
Presidente: Pr. José Clarimundo César
1º Vice: Pr. Jossele Clauber César
Vogais: Pr. Antônio Barbosa Vieira, Pr. Daniel Egídio Garcia, Pr. José Airton Faustino,
Ev. Paulo Egídio dos Santos e Pr. Salvarino Pinto da Silva.
Conselheiros: Pr. Antônio José Soares, Pr. Guido Pires Borges e Pr. Isaías Graciano de Jesus.
MESA DIRETORA
Presidente: Pr. Sebastião José Inácio
1º Vice: Pr. Moisés José Inácio
2º Vice: Pr. Elismar Veiga da Silva
1º Secretário: Pr. Daniel Ferreira César
2º Secretário: Pr. Álvaro Aurélio Pereira da Silva
1º Tesoureiro: Pr. José Ubaldino de Freitas Veríssimo
2º Tesoureiro: Pr. Paulo Sartin
CONSELHO CONSULTIVO
Presidente: Pr. José Clarimundo César
Vices: Pr. Jossele Clauber César
CONSELHEIROS
Pr. Adilson da Cruz Ribeiro, Pr. André Carlos Boaventura, Pr. Daniel Egídio Garcia, Pr. Dilson Resplandes dos
Santos, Pr. Edson Araújo Bruno, Pr. Evangelino Gomes de Andrade Filho, Pr. Jessé Câmara Braga Frota,
Pr. José Maria Gomes, Pr. Lázaro Francisco da Silva, Pr. Luís Carlos Vicente Júnior, Pr. Salvarino Pinto da
Silva e Pr. William da Rocha Melo
Ensinando as Nações 8
Lição 02
Domingo, 14 de abril de 2024
Comentarista: Asenate Andrade da Silva Costa
- Bacharela em Teologia (Faculdade Gamaliel)
- Pós-graduada em Teologia (Seminário Hosana)
- Pastora Auxiliar da AD de Anápolis/Ananindeua-PA
AMIZADES ESPECIAIS
b) Os doze apóstolos. “Já vos não cha- “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará
marei servos, porque o servo não sabe outro Consolador, a fim de que esteja para
o que faz o seu senhor, mas tenho vos sempre convosco, o Espírito da verdade,
chamado amigos, porque tudo quanto que o mundo não pode receber, porque
ouvi de meu Pai vos tenho feito conhe- não o vê, nem o conhece; vós o conheceis,
cer (Jo 15.15). Eles viveram muito pró- porque ele habita convosco e estará em
ximos de Jesus, portanto tiveram uma vós” (Jo 14.16,17).
excelente oportunidade de estabelecer Na caminhada da vida, encontra-
uma boa relação de amizade, onde a mos poucos amigos verdadeiramente fiéis,
troca de afeto característico de uma aqueles que nos conhecem profundamen-
amizade sincera foi intensa, ao ponto te e nos amam sem reservas. O Espírito
de Jesus os promover de servos para Santo é um amigo inigualável. Ele é o Con-
amigos. solador, o Espírito da Verdade, que não
apenas sabe quem nós somos, mas esco-
c) Judas. “E, estando ele ainda a falar, lheu habitar em nós e está sempre pronto
eis que chegou Judas, um dos doze para nos socorrer nas horas difíceis.
(...) Jesus, porém lhe disse: Amigo,
a que vieste? Então, aproximando- II - RELAÇÕES HUMANAS
-se eles, lançaram mão de Jesus e o
prenderam” (Mt 26.47-50). No ato da DE AMIZADE
traição, Jesus chama Judas de amigo,
e pergunta o que é que ele está fazen- 1 - Jônatas e Davi
do. Com esta atitude Jesus nos ensina
que nossos relacionamentos precisam “Depois dessa conversa entre o rei
Ensinando as Nações 11
Saul e Davi, Davi se encontrou com Jôna-
tas, filho do rei, e criou-se um grande laço
CONCLUSÃO
de amizade entre os dois, e Jônatas amou-
O nosso grande exemplo de ami-
-o como a si mesmo” (1 Sm 18.1). O exem-
zade é Jesus. Ele deu a sua vida por nós,
plo de Jônatas e Davi nos ensina sobre a
para livrar-nos da separação eterna de
excelência da fidelidade, do compromisso,
Deus. Aceitá-lo como Salvador e Senhor
da solidariedade e da renúncia, virtudes
é o que ele espera de cada um que de-
que precisam existir entre amigos. Jôna-
seja ser seu amigo. E isso não se resume
tas reconheceu que Deus havia escolhido
em apenas uma declaração pública, mas
a Davi como herdeiro do trono de Israel e
deve perdurar por toda a nossa existência,
não se importou em perder esse lugar.
numa demonstração de fidelidade.
2 - Os amigos do paralítico
QUESTIONÁRIO
“E eis que uns homens transpor-
taram numa cama um homem que estava 1 - Quais os privilégios de uma amiza-
paralítico e procuravam fazê-lo entrar e pô- de com Deus citados na lição?
-lo diante dele. E, não achando por onde
o pudessem levar, por causa da multidão, 2 - Qual a condição divina para ser-
subiram ao telhado e, por entre as telhas, o mos amigos de Deus?
baixaram com a cama até ao meio, diante
de Jesus” (Lc 5.18,19). Deus coloca os ver- 3 - Que lição Jesus nos deixou quan-
dadeiros amigos no nosso caminho para do chamou Judas de amigo, na hora
serem bênçãos na nossa vida e para nos da traição?
ajudarem a encontrar e caminhar com o
Jesus. 4 - Qual a lição de Jó diante da censu-
ra de seus amigos?
3 - Amigos de Jó
Ensinando as Nações 12
Lição 03
Domingo, 21 de abril de 2024
Comentarista: Marcelo Lopes da Rocha
- Graduado em Letras - Português e Inglês
- Pós-Graduado em Líng. Portuguesa e Literatura no Cont. Educacional
- Co-pastor da AD de Anápolis | Ibema (PR)
Ensinando as Nações 17
máxima do que vem a ser uma família.
COMENTÁRIO O livro de Gênesis 1.26,27, regis-
tra o início da primeira família humana, em
Introdução
que Adão foi formado à imagem e seme-
lhança de Deus. Logo após o Criador lhe
A família não está imune às difi-
entregou a mulher formada de sua própria
culdades impostas pela vida moderna com
costela, para ser sua auxiliadora.
seus hábitos sorrateiros. De fato, este sé-
O ‘lar doce lar’ desta família era
culo nos apresenta o inédito desafio de
o jardim do Éden, um lugar de prazer e
um mandamento cultural na contramão
satisfação. Lá eles se sentiam muito bem
daquele vivido pelas primeiras famílias. A
um com o outro e ambos com Deus. Adão
realidade nos pressiona a um novo estilo
recebeu uma responsabilidade: lavrar e
de vida. A competitividade, a correria, a
guardar o Jardim do Éden (Gn 2.15). Mas
necessária adaptação à modernidade, o
guardar do que ou de quem? Lendo este
aumento da violência em todos os níveis,
versículo bíblico entendemos que ele re-
tudo isto tem mudado radicalmente a es-
cebera duas tarefas, uma era física: lavrar
trutura familiar, e nós, cristãos evangélicos,
o jardim; a outra era espiritual: guardar o
não estamos isentos de tudo isto.
jardim de qualquer ação do maligno. Essa
O casamento tardio, as famílias al-
autoridade ele recebeu do Senhor para do-
ternativas, as “produções independentes”,
minar sobre toda criação.
as uniões entre pessoas do mesmo sexo,
os casamentos em que os cônjuges vivem
1 - Um lugar de proteção e sustento
separados (cada qual no seu cantinho), e
- Deus deu a Adão e Eva uma vasta área
tantos outros fenômenos são indicativos da
repleta de fertilidade, de uma natureza
perda funcional da família em seu aspecto
exuberante com o melhor em recursos ve-
convencional.
getais, animais e minerais. No Éden, era
Por estas e outras situações ve-
permitido ao homem desfrutar de tudo o
mos que é de suma importância nos enga-
que a natureza oferecia em termos de ali-
jarmos em um estudo frutífero e aprimora-
mento e abrigo, exceto os frutos da árvore
do em nossa EBD para falarmos acerca da
do conhecimento do que era bom e mau.
família. Este é o assunto de hoje.
Adão e sua companheira deso-
bedeceram a única proibição que tinham
I - A FAMÍLIA NO PLANO recebido. Assim, deram origem ao peca-
DIVINO do, sendo expulsos do jardim. Eles foram
manipulados pela serpente para provarem
Deus tem propósitos para a famí- do fruto proibido, rompendo, assim, uma
lia, a primeira instituição sobre a face da aliança muito íntima com Deus. A partir
terra. Ele tem planos extraordinários de daí, tiveram que conquistar o alimento com
bênçãos e realizações. E este projeto do o próprio suor, ou seja, tiveram que traba-
Senhor é imutável, perfeito e eterno. A pa- lhar para seu sustento.
lavra do Senhor nos ensina que todas as Nenhum lar foi feito para ser trin-
coisas terrenas e humanas são como figu- cheira do diabo. O lar precisa ser domina-
ra e sombra diante das celestiais (Hb 8.5), do por uma família que lidere em todos os
por isso o Reino de Deus é a expressão aspectos sociais, que imprima o ritmo de
uma vivência sadia, que divulgue através
Ensinando as Nações 18
do seu testemunho a grandeza de Deus, à morte.
que mostre ao mundo os verdadeiros va- A mulher caiu pelo orgulho; o ho-
lores que estão se deteriorando a cada dia mem caiu deliberadamente (1 Tm 2.14).
mais, que proclame ao mundo que servir a A dispensação da inocência terminou com
Deus é a melhor coisa. o julgamento e a expulsão do casal (Gn
3.22,23).
2 - A primeira família - Ao implantar a Nesta dispensação o homem tinha
família sobre a terra, Deus desejou que o uma perfeita comunhão com Deus. Diz a
seu caráter santo fosse refletido através da Bíblia que o Senhor andava no jardim na
vivência harmoniosa entre cônjuges, filhos viração do dia (Gn 3.8). O homem foi do-
e pais, em um ambiente onde o amor, que tado de inteligência perfeita e capacidade
é a essência do caráter de Deus, fosse vi- para poder administrar o mundo. Foi-lhe
venciado. dado o direito de dar nome aos animais,
A mulher não foi tirada da cabeça e ele o fez muito bem, agindo por uma
do homem, para não o governar; nem dos intuição inspirada segundo os propósitos
pés, para não ser pisoteada por ele; mas divinos.
de seu lado, para ser amparada, e de per-
to do coração, para ser amada. O objetivo 1 - Influência da queda no relaciona-
divino era que a família fosse uma grande mento familiar - A queda do homem lá
vitrine espelhada para refletir a imagem do no Éden deixou muitas consequências: co-
Criador, e não uma sociedade promíscua e nhecimento do mal; perda da comunhão
divorciada dos verdadeiros valores. com Deus; separação de Cristo; estado de
Dentro do padrão de Deus, mari- morte do espírito; perversão da natureza
do e mulher devem mostrar ao mundo que moral; condição de escravo do pecado e
é possível viverem juntos, apesar de suas de Satanás, perda da inteligência, além de
imperfeições, fraquezas e diferenças. Afi- outros resultados funestos. À mulher foi
nal, casamento não significa união de duas imposta uma tríplice maldição: concepção
pessoas perfeitas, mas a união de duas multiplicada; aumento de dores durante a
pessoas imperfeitas vivendo juntas, com o maternidade; sujeição ao domínio do ho-
amor de Deus aperfeiçoando o relaciona- mem.
mento, fazendo imperar o entendimento e
perdão recíprocos. 2 - A vida familiar depois da queda -
Com a queda, Adão e Eva sofreram a cor-
II - AS CONSEQUÊNCIAS rupção de sua natureza, um mal que trou-
xe a eles a morte natural e espiritual ao
DA QUEDA PARA A mesmo tempo. Como resultado da queda,
FAMÍLIA a natureza da raça humana ficou corrompi-
da, sujeita, portanto, a um estado de mor-
De acordo com o relato bíblico, te espiritual e morte física.
por causa da queda toda a humanidade Os descendentes de Adão não são
ficou privada da perfeição e de uma pers- responsáveis pelo seu ato manifesto de
pectiva de vida infindável. Foi a desobe- comer do fruto proibido, mas foram conta-
diência do primeiro casal que fez surgir a minados pela herança pecaminosa que ele
noção de pecado herdado e a necessidade deixou. Isto significa que a nossa nature-
de um resgate da humanidade condenada za se corrompeu na apostasia da natureza
Ensinando as Nações 19
dele. homem e da mulher. Nunca a família foi
tão desafiada pelas forças do mal como
III - A FAMÍLIA NA hoje em dia. Os homens já não ocupam
seu verdadeiro papel no lar, porque a “fa-
ATUALIDADE mília moderna” tornou-os dispensáveis
neste processo. Por isso, o grande desafio
Hoje em dia, quando um crime é consiste em fazer com que os homens re-
executado nas ruas, geralmente os indícios cobrem a sua função e imagem em meio à
são fortes no sentido de apontar a grande estrutura social do momento.
possibilidade de o criminoso ser resultado A mulher, por sua vez, tem se afli-
de um lar que falhou no passado. Cabe à gido com tantas formas de ocupação ao
família cristã dominar em todos os aspec- ponto de deixar em segundo plano a sua
tos da vida, imprimir um ritmo de uma vi- concentração na questão da maternidade
vência sadia que divulgue através do seu e do cuidado no lar. Todas estas anoma-
testemunho a grandeza de Deus, e revelar lias sociais podem contribuir em larga es-
os verdadeiros valores morais que estão cala para o fim da família tradicional que
cada vez mais deteriorados em nossos conhecemos.
dias. Numa época em que tudo está
O lar deve ser a fortaleza de Deus se tornando relativo, os valores familiares
para combater a trincheira do diabo. O lar tendem a se relativizar, isto é, a considerar
cristão deve proclamar ao mundo que ser- que o certo para uns, não é para outros,
vir a Deus é a melhor coisa que existe. O tornando a felicidade um fim em si mesma.
lar cristão deve condenar a promiscuidade. É importante realçarmos que o
O comportamento sadio de uma família casamento foi uma ideia de Deus desde o
que serve a Deus tem força suficiente para início, e ele o criou para cumprir seus pro-
corrigir conceitos errados que proliferam pósitos. Não são os modelos biblicamente
por aí afora. inconsistentes de uma sociedade moral-
O mundo tem que aprender com mente falida que vão gerar soluções para
a família de Deus, e nunca o contrário. Ri- as famílias, porque a verdadeira fonte de
queza e sucesso nunca devem sobrepujar ensinamento continua sendo a palavra de
a verdadeira felicidade do lar. Haja vista a Deus.
ocorrência de muitas famílias que alcança-
ram riqueza e sucesso, mas não são felizes.
Felicidade é um sentimento de
QUESTIONÁRIO
bem-estar, é a consciência plena encon-
1 - Qual foi o propósito de Deus ao
trada em Jesus Cristo. Portanto, a pessoa
criar a família?
pode ser feliz sem ter sucesso, mas tam-
2 - O que o Jardim do Éden era para a
bém pode ter sucesso sem ser feliz. Deus
primeira família?
quer que sejamos felizes e tenhamos pros-
3 - Qual é a origem dos males que
peridade em todos os aspectos.
atacam as famílias?
4 - Cite uma consequência do pecado
CONCLUSÃO para a mulher, conforme a lição.
NO FUNDO DO POÇO
VERSÍCULO CHAVE (Sl 40.2) Leitura Bíblica Principal
Jr 38.6-13
Tirou-me de um lago horrível, de
um charco de lodo; pôs os meus pés sobre 6 Então, tomaram Jeremias e o lançaram
uma rocha, firmou os meus passos. no calabouço de Malquias, filho do rei, que
estava no átrio da guarda; e desceram Je-
PENSAMENTO remias com cordas; mas, no calabouço,
não havia água, senão lama; e atolou-se
O fundo do poço pode ser o lugar
Jeremias na lama.
que Deus marcou um encontro com você.
7 Ouviu, pois, Ebede-Meleque, o etíope,
(João Chaves)
um eunuco que, então, estava na casa do
rei, que tinham metido a Jeremias no ca-
labouço. Estava, porém, o rei assentado à
Porta de Benjamim.
Leitura Diária 8 Logo, Ebede-Meleque saiu da casa do rei
Segunda-feira - Jeremias 1.5 e falou ao rei, dizendo:
- Antes que eu te formasse no ventre, 9 Ó rei, senhor meu, agiram mal estes ho-
eu te conheci. mens em tudo quanto fizeram a Jeremias,
Terça-feira - Jeremias 38.6b
o profeta, lançando-o no calabouço; de-
- Na cisterna só havia lama, e atolou-se certo, morreria de fome no lugar onde se
Jeremias na lama. acha, pois não há mais pão na cidade.
10 Então, deu ordem o rei a Ebede-Mele-
Quarta-feira - Daniel 6.27
- Ele salva, livra, e opera maravilhas no
que, o etíope, dizendo: Toma contigo daqui
céu e na terra. trinta homens e tira Jeremias, o profeta, do
calabouço, antes que morra.
Quinta-feira - Gênesis 41.46 11 E tomou Ebede-Meleque os homens
- José tinha trinta anos, quando se
apresentou a Faraó.
consigo, e foi à casa do rei, por debaixo
da tesouraria, e tomou dali uns trapos ve-
Sexta-feira - Mateus 19.26 lhos e rotos e roupas velhas em bocados,
- Para Deus todas as coisas são pos- e desceu-os a Jeremias, no calabouço, por
síveis.
meio de cordas.
Sábado - Isaías 43.13b 12 E disse Ebede-Meleque, o etíope, a Je-
- Agindo Deus, quem o impedirá? remias: Põe, agora, estes trapos velhos e
Ensinando as Nações 21
rotos, já apodrecidos, nas covas dos teus lançaram na cisterna de Malquias, filho do
braços, por debaixo das cordas. E Jeremias rei, que estava no átrio da guarda; desce-
o fez assim. ram a Jeremias com cordas. Na cisterna
13 E puxaram a Jeremias com as cordas e não havia água, senão lama; e Jeremias se
o tiraram do calabouço; e ficou Jeremias atolou na lama” (Jr 38.6).
no átrio da guarda. Jeremias foi chamado pelo Senhor
para o ministério profético no décimo ter-
COMENTÁRIO ceiro ano do reinado de Josias, em 627
a.C. a 586 a.C. A chamada para o minis-
Introdução tério profético de Jeremias tornou-se um
grande exemplo acerca de um chamado
A expressão “no fundo do poço” feito por Deus com um propósito especí-
pode ser uma metáfora usada para des- fico e para cumprir fielmente uma missão.
crever a situação de uma pessoa que está Jeremias proclamou sua mensa-
num beco sem saída, ou passando por pro- gem profética de julgamento e esperança
blemas difíceis de serem resolvidos. a uma nação que estava sendo subjugada
Na história da humanidade, inú- em cativeiro e estava em grande perigo
meros impérios foram estabelecidos sob devido à sua infidelidade a Deus. Jeremias
regimes autoritários e afeitos à vocação também denunciou a corrupção, a idolatria
bélica com requintes de crueldade: guer- e a injustiça social que prevaleciam na so-
reavam, levavam os prisioneiros cativos e ciedade judaica, chamando o povo para o
matavam seus adversários sem piedade, arrependimento e para voltar-se a Deus.
etc.
Há, inclusive, relatos bíblicos so- 1 - Livramento de Deus
bre homens e mulheres, escravos e livres,
judeus e gentios, profetas e discípulos, O que sustentou e livrou Jere-
religiosos e ateus que foram crucificados, mias de todas as afrontas do inimigo no
torturados, queimados vivos, subjugados à período do cativeiro da Babilônia foi a mão
escravidão etc. Eram frequentes as tortu- de Deus, no cumprimento de sua Palavra
ras de presos, os quais eram acorrentados (Jr 1.5). Naquele período homens e mu-
em prisões, jogados no fundo de cisternas, lheres passaram por grandes sofrimentos,
poços e covas de leões etc. perseguições, escassez básica, dificuldade
Muitos que foram submetidos a de sobrevivência no meio da lama, lugares
tais torturas e castigos foram libertados insalubres, escuridão, com os pés presos e
com vida, sem nenhum problema de saúde acorrentados em troncos, sendo açoitados
ou outras sequelas, porque faziam parte de e vigiados noite e dia.
elevados propósitos do Senhor e assim fo- Como já foi dito, muitos, inclusive,
ram protegidos pelas suas poderosas mãos só escaparam por causa do agir de Deus,
(2 Co 4.8,9; 11.23-28). caso contrário, teriam sido sucumbidos.
Muitos, inclusive, não perderam a fé nem a
esperança. Podemos citar (Jó 2.5-7); João
I - JEREMIAS NO FUNDO Batista e os discípulos de Jesus (Jo 15.18-
DO POÇO 21); os cristãos da igreja primitiva (At 4.1-
22; 8.1-14; 2 Co 4.8,9), por fim os heróis
“Tomaram, então, a Jeremias e o da fé relacionados na carta aos Hebreus
Ensinando as Nações 22
(11.33-40). Deus mantém a sua palavra de fidelidade
O profeta Jeremias viu o agir so- àqueles que são obedientes a ele, mesmo
brenatural de Deus sobre a sua vida e na após a morte física.
vida de Ebede-Meleque, o eunuco etíope,
ao mobilizar trinta homens, com cordas e III - DANIEL NO FUNDO
trapos de roupas velhas para colocarem
nas suas axilas a fim de resgatá-lo do poço DO POÇO
sem machucá-lo e depois colocá-lo na por-
ta da guarda do rei, um local seguro para O Profeta Daniel, um judeu de li-
os cuidados necessários (Jr 38.6-13) nhagem nobre (Dn 1.3), foi levado cativo
para Babilônia pelo rei Nabucodonosor,
aproximadamente no ano 605 a.C. Cativo
II - JOSÉ NO FUNDO DO na Babilônia, Daniel foi educado para servir
POÇO no palácio real, sendo instruído na cultura
da civilização dos caldeus (Dn 1.4). Dentre
“E, tomando-o, o lançaram na cis- os companheiros de Daniel na Babilônia,
terna, vazia, sem água” (Gn 37.24). A vida a Bíblia destaca três nomes: Hananias,
de José foi marcada por muitas coisas, in- Misael e Azarias, também conhecidos por
clusive pela condição de vítima da inveja seus nomes babilônicos: Sadraque, Mesa-
de seus irmãos que planejaram até matá- que e Abede-nego. Daniel também rece-
-lo. Depois mudaram de ideia, jogando-o beu o nome de Beltessazar.
numa cisterna e em seguida o venderam
para uma caravana de mercadores ismaeli- 1 - O Espírito de Deus em Daniel
tas.
Mas o que os irmãos de José não A competência administrativa de
sabiam era que os sonhos dele vinham Daniel e o seu destaque como um dos três
de Deus, e no tempo certo e determina- príncipes governantes do império - porque
do iriam se cumprir nos mínimos detalhes. nele havia o Espírito de Deus - levou o rei
Num espaço de treze anos José saiu do Dario a pensar em constituí-lo com autori-
fundo de uma cisterna para tornar-se go- dade sobre todo o reino (Dn 6.3).
vernador de todo o Egito, cumprindo-se a
soberana e poderosa vontade de Deus (Gn 2 - Conspiração por inveja
41.40-46).
Finalmente, José morreu com cen- Com tudo isso, os próprios go-
to e dez anos no Egito. E o interessante é vernantes de sátrapas e companheiros de
que, mesmo após a sua morte, Deus man- trabalho de Daniel conspiraram contra ele,
teve-se fiel ao que prometera a ele, à sua vigiando e espionando a sua vida e a sua
família, à sua descendência e ao seu pedi- casa para ver se ele continuava orando três
do para que seus ossos fossem levados à vezes ao dia ao Deus de Israel.
terra da promessa.
O nosso eterno Deus honrou o pe- 3 - Um plano foi traçado
dido de José (Gn 50.24,25). Esse pedido se
cumpriu com Moisés por ocasião da saída Então os príncipes do reino, os
dos judeus cativos do Egito em direção à prefeitos e presidentes, capitães e gover-
terra da promessa (Êx 13.19; Js 24.32). nadores se reuniram e concordaram em
Ensinando as Nações 23
pedir ao rei que desse uma ordem para que com José, filho de Jacó. Ao chegar na pri-
durante trinta dias nenhum pedido poderia são viu ali uma oportunidade de ser um
ser feito a qualquer deus ou a qualquer ou- dos melhores presidiários daquele lugar,
tra pessoa que não fosse o rei, e, em caso colocando toda a sua fé e sua confiança
de descumprimento, a pessoa deveria ser em Deus.
jogada na cova dos leões (Dn 6.7). José saiu do fundo da cisterna por-
Então os inimigos de Daniel des- que Deus tinha propósitos para sua vida.
cobriram que Daniel continuava orando e Porque também tinha que cumprir com a
suplicando diante do seu Deus. O rei con- sua Palavra de levar os descendentes de
cordou, assinou a ordem e mandou que Abraão para serem cativos por quatrocen-
fosse publicada. tos anos no Egito (Gn 15.13; 46.26,27; Dt
10.22).
4 - Deus cuida dos seus fiéis Jeremias saiu do fundo de uma
cisterna, onde esteve atolado na lama até
O profeta Daniel não se livrou da a cintura, e saiu com vida para fazer a obra
cova dos leões, ou seja, ele teve que entrar de Deus. Verdadeiramente o próprio Deus
lá, mas Deus o livrou de servir de alimento tinha um projeto para o seu ministério pro-
para os leões. E foi o próprio Daniel que fético desde o ventre da sua mãe (Jr 1.5).
testemunhou isso ao rei, logo pela manhã, Por fim, o profeta Daniel saiu vivo
falando do milagre de Deus ao conceder- da cova dos leões, porque Deus estava no
-lhe livramento: “O meu Deus enviou o seu controle e interveio para dar-lhe vida, livrá-
anjo e fechou a boca dos leões, para que -lo dos leões, e para honrar a sua obediên-
não me fizessem dano, porque foi achada cia desde a sua mocidade (Dn 1.8-17).
em mim inocência diante dele; e também Deus não muda jamais, e aquele
contra ti, ó rei, não tenho cometido delito que crer na sua Palavra verá acontecer mi-
algum” (Dn 6.22). lagres em sua vida, em seu ministério, em
O nosso Deus Eterno continua sua família e ainda terá seu nome escri-
operando e fazendo maravilhas do mesmo to no Livro da Vida (Ap 21.27; Fp 4.3; Lc
jeito, porque “Jesus Cristo é o mesmo on- 10.20; Dn 12.1).
tem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8). Ele
salva, livra e opera sinais e maravilhas no QUESTIONÁRIO
céu e na terra (Dn 6.27).
1 - Qual o significado da palavra ‘no
CONCLUSÃO fundo do poço’?
2 - O que sustentou e livrou Jeremias
As adversidades, as aflições, os das afrontas do inimigo no período do
desertos, as cisternas, as lamas e os pro- cativeiro?
blemas da vida acontecem por algumas 3 - Por que o rei Dario resolveu cons-
razões, e uma delas é provar-nos para nos tituir Daniel uma autoridade sobre
ensinar um caminho ainda mais excelente todo o reino?
e vivermos o sobrenatural de Deus. Aquele 4 - O que acontecerá para quem crer
caminho que deve ser a nossa meta no de- na palavra de Deus?
correr de nossa jornada cristã.
Foi exatamente o que aconteceu
Ensinando as Nações 24
Lição 06
Domingo, 12 de maio de 2024
Comentarista: Joel Bezerra Santiago
- Bacharel em Teologia (SEPEGO)
- Formado no Curso Básico de Teologia (EETAD)
- Pastor Auxiliar da AD de Anápolis | Igreja da Tiradentes
DE CRISTO
II - QUALIDADES DA
1 - O enfático convite UNIDADE EM CRISTO
O autor começa dizendo: “rogo- Neste ponto encontramos as qua-
-vos”, que no original é paráklētos, que lidades espirituais que caracterizam o cren-
significa: “chamar para estar ao lado de te que anda de “modo digno da vocação”.
alguém para auxiliar”. Paulo faz, de fato, São quatro qualidades da unidade em Cris-
um apelo veemente no sentido de encora- to que devem ser cultivadas pelo cristão.
jar e exortar os crentes para que tomem a Elas evitam que o poder da carne tome es-
atitude de participar da vida cristã em uni- paço na vida do crente. Elas sustentam a
dade. Mais uma vez ele se identifica como unidade espiritual do crente em Cristo, tais
“o preso do Senhor” para fazer entender como: humildade, mansidão, longanimida-
um duplo sentido. Ele era “o preso do Se- de e paciência (tolerância mútua suportan-
nhor” por amor a Cristo, mas também pre- do uns aos outros).
so fisicamente por causa da sua lealdade a
Cristo e ao evangelho que pregava. Mesmo 1 - Humildade
estando distante fisicamente, Paulo sentia-
-se unido aos irmãos em todas as igrejas. É impossível que o nosso andar
seja digno dessa vocação sem termos hu-
2 - A vocação cristã mildade. Essa qualidade tem a ver com a
adequada e justa maneira de nos compor-
A palavra “vocação” neste versí- tarmos diante de Deus. Com presunção e
culo tem um sentido de chamamento, ou orgulho ninguém será digno dessa chama-
seja, a convocação daquele que nos trouxe da. É preciso reconhecer a total dependên-
para a salvação. A Bíblia destaca três sen- cia de Deus. Na língua original do Novo
tidos especiais sobre a vocação com que Testamento a palavra humildade significa
fomos chamados: é soberana (Fp 3.14); “modéstia”. É uma qualidade que repudia
santa (2 Tm 1.9) e celestial (Hb 3.14). o orgulho e o egoísmo. A igreja mantém a
unidade quando os seus membros agem
3 - A dignidade da vocação cristã com humildade (Pv 11.2; Tg 4.6).
Ensinando as Nações 27
3 - Há uma só esperança 7 - Há um só Deus e Pai de todos
nhor.
- Entregando as preocupações ao Se-
COMENTÁRIO
Sexta-feira - Tiago 1.3 Introdução
- Sendo provado para aprender a per-
severança.
Caminhar com Jesus é algo edifi-
Sábado - Romanos 12.12 cante e reconfortante, sem dúvida. Mas isto
- Sendo pacientes na tribulação e per- não significa que os momentos vividos no
severantes na oração. servir ao Senhor sejam tangenciados por
Ensinando as Nações 33
um caminho tranquilo e sem problemas. As o dia a dia com Jesus requer de cada cren-
lutas são descritas como espinhos, pedras te o entendimento de que a trajetória é
e tempestades, coisas que são inerentes difícil, a batalha é árdua, o vento é forte,
ao percurso da vida do cristão. As dores, as ondas são tenebrosas, mas devemos
tristezas, solidão, desprezo, perseguição, lembrar sempre que, apesar de todas es-
choro e medo fazem parte da nossa vida sas ameaças, não podemos ter medo, pois
enquanto estivermos nesta terra, mas Cristo está no barco e todo o poder lhe foi
também retratam a trajetória de quem um entregue no céu e na terra. Ele tem o con-
dia decidiu entregar sua vida ao Criador e trole de tudo em suas mãos.
viver segundo a sua Palavra. Afinal, o Mes-
tre nos advertiu: “no mundo teres aflições” II - O MAR DA GALILEIA
(Jo 16.33); “eis que vos envio como ove-
lhas ao meio de lobos” (Mt 10.16). Segundo Earl D. Radmacher, escri-
Isto nos faz entender que mes- tor e comentarista bíblico do Novo Testa-
mo andando com Cristo, tendo comunhão mento, o mar (lago) da Galileia encontra-
com ele, dedicando-nos exclusivamente ao -se geograficamente a 700 pés abaixo do
serviço dele, orando várias vezes ao dia e nível do mar e é cercado por montanhas
jejuando, todavia, isto não nos isenta de de três ou quatro mil pés de alturas pelo
passarmos por apertos, agonias ou outras Leste, Oeste e Norte.
consternações, pois essas intempéries da Nesta região, o clima predominan-
vida existem justamente para nos fazer te é tropical, contudo, as noites são bem
crescer e nos proporcionar maturidade (Cl mais frias, devido ao ar gelado que vem
4.5). É sobre este assunto que falaremos das montanhas. Essas variações climáti-
nesta lição. cas do ar quente tropical, ao se juntarem
com o ar frio das colinas ao redor, fazem
I - CRISTO NO BARCO levantar grandes ondas que tornam a na-
vegação extremamente perigosa, podendo
A experiência que os discípulos ti- surpreender qualquer navegador experien-
veram na tempestade, conforme a Leitura te, com tempestades das mais variadas
Bíblica Principal, foi categórica para enten- possíveis.
derem que ninguém aprende, desenvolve Navegar por aquelas águas sig-
e cresce sem, antes, experimentar adver- nificava velejar por oito milhas, que apa-
sidades (Mc 4.40). Segundo o apóstolo rentemente parecia ser algo fácil. Aquela
Paulo, “a tribulação produz a paciência; e a região onde Jesus pregava era um lugar de
paciência, a experiência; e a experiência, a mistura de povos judeus, gentios e outras
esperança” (Rm 5.3-5). nações. Ele não foi ali por acaso, a sua mis-
Os apóstolos conviviam com Je- são era libertar os oprimidos e proclamar o
sus, mas não o conheciam o bastante para ano da graça do Senhor (Lc 4.17-19).
entender o tamanho de seu poder. É im- O Mestre tinha uma rotina de pre-
prescindível que o servo conheça bem seu gação em aldeias, cidades, montes e sina-
mestre para que o elo de confiança seja gogas. Nestes lugares, ele realizava curas e
o elemento germinador da comunhão, do ensinava. Essa jornada, às vezes, o deixava
relacionamento e da maturidade espiritual cansado, exausto e tenso (Mt 9.35). Hou-
(Os 6.3). Isto nos leva à percepção de que ve um determinado momento em que ele
Ensinando as Nações 34
estava ensinado próximo ao lago e a mul-
tidão o oprimia, forçando-o a entrar num
III - O SIGNIFICADO DE
barco e pedir que o afastassem da margem TEMPESTADE, HOJE
para que pudesse estrategicamente ter um
ângulo melhor para ver as pessoas e ser A tempestade representa todos os
visto por elas. Assim ele concluiu o seu ob- tipos de provação, aflição ou tormento que
jetivo. podemos enfrentar no decorrer da vida, na
De igual modo, a igreja atual pre- peregrinação em direção ao céu. Como um
cisa seguir o exemplo de Jesus, criando barquinho com muitos tripulantes, a igre-
mecanismos e estratégias de evangelismo ja navega pelos mares turbulentos sendo
para cumprir o ide de forma a alcançar a perseguida, caluniada e ameaçada pelos
todos (Mt 16.15). ventos deste século e pelas ondas das hos-
tes malignas.
1 - O cansaço físico - As multidões o Um numeroso exército de pessoas
acompanhavam, por isto ele dedicava seu comandadas pelo diabo tenta dia e noite
tempo atendendo pessoas (Mc 4.33). O destruir a igreja, mas em nossa mente e
cansaço físico era perceptível, e isto de- em nosso coração ecoam as reconfortantes
monstrava o seu lado humano, ele sentia palavras de Jesus: “... as portas do inferno
fome, sede, frio, enfado e sono. Sendo já não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18).
tarde e, permanecendo ainda no barco Mesmo em meio a tantas provações, Jesus
após ter encerrado seus sermões, o Mestre está com sua igreja, e ela será vencedora.
convidou seus discípulos a entrarem tam- Não há, portanto, motivos para medos.
bém (Mc 4.35).
Jesus autorizou os discípulos que 1 - Jesus no controle de tudo - Dian-
remassem para a outra margem em dire- te das adversidades, temos a tendência
ção ao destino desejado. Enquanto isto, de agir como aqueles discípulos que, ao
ele foi dormir deitado em um travesseiro. invés de usarem a fé e confiar, acharam
Sendo Deus e, também possuidor dos atri- que Jesus estava fazendo pouco caso da
butos da onisciência, onipresença e onipo- situação, porque dormia apesar da forte
tência, Jesus sabia o que iria acontecer no tempestade.
trajeto da travessia, mas a sua ordem as- “Não te importa que pereçamos”?
segurava que a viagem seguiria o seu itine- Esta pergunta retrata a visão dos discípulos
rário e chegaria ao destino, independente em relação à pessoa do Mestre (Mc 4.38).
das condições climáticas (Mc 4.35). A agitação deles (falta de fé), contrasta
Comparativamente, quando en- com a calma de Jesus. Essas exacerbações
tregamos nossa vida a Cristo e somos por são comuns em nossos dias, inclusive no
ele convidados a segui-lo, não devemos meio de cristãos que ainda não tiveram ex-
nos preocupar com o que poderá acon- periência espiritual nem um relacionamen-
tecer durante a jornada. O nosso dever to íntimo com Deus. Tais cristãos, diante
é descansar nele sempre, porque ele nos das tragédias, questionam dizendo: onde
garantiu que estaria conosco todos os dias, está Deus que deixou isto acontecer? Por
até à consumação dos séculos. que aconteceu comigo? Deus não houve
minha oração?
De acordo com Hebreus 4.13,
nada fica oculto aos olhos de Deus. Tudo é
Ensinando as Nações 35
descoberto e exposto diante dos olhos da- aparente pouco caso de Jesus diante do
quele a quem haveremos de prestar con- iminente perigo, este clamor foi de suma
tas. Isto prova que Deus observa nossas importância. Eles não tinham fé suficiente
atitudes, nosso clamor, nosso choro, nossa para repreender o vento e o mar. Então, o
falta de fé, e permanece onde sempre es- ato de gritar, clamar e acordar Jesus era o
teve: no controle de tudo. único recurso disponível naquele momen-
Quem age com indiferença em re- to. O forte vento, as altas ondas, o barco
lação ao Deus que tudo pode, comporta- naufragando, tudo aquilo era um problema
-se como quem não conhece o autor dos que estava fora de suas possibilidades de
milagres (Mc 4.41). Essas atitudes se con- resolução.
trapõem ao que nos ensinou nosso Mestre O modo como os discípulos se
Jesus: “... aquele que crê em mim também comportaram (Mc 4.38) retrata o nível de
fará as obras que eu faço e as fará maiores medo, pânico e desespero vividos por eles.
do que estas, porque eu vou para meu Pai” Mas também deixa claro que eles acredi-
(Jo 14.12). tavam piamente que a pessoa que esta-
va dormindo no barco podia demonstrar
2 - Jesus no barco, certeza de livra- misericórdia, acalmar o proceloso mar e
mento - Nenhum ser humano, em sã salvá-los.
consciência, consegue dormir sossegado
se estiver sendo atemorizado por iminen- CONCLUSÃO
tes perigos. Isso gera pânico, desespero.
O fato de Jesus estar dormindo tranquila- Estamos próximos do fim, um
mente no barco em plena tempestade in- tempo em que o vento passará a soprar
dica uma segurança divina de quem tem cada vez mais forte, as ondas bravias au-
controle sobre tudo. Este sossego de alma mentarão e quem não tiver com Jesus no
é inerente à íntima comunhão com o Pai, barco vai naufragar. Navegar com Jesus
aquele que tem o poder sobre a natureza e é um grande privilégio, e somente quem
pode oferecer descanso mesmo em meio a o aceitar usufruirá desse privilégio. Mas é
tempestades (Dt 31.8). importante ressaltar que o Senhor Jesus
Isto corrobora com o entendimen- não nos garante uma viagem fácil e tran-
to de que Jesus sabia que não existiria quila, mas nos garante que chegaremos no
nenhuma possibilidade de morrer naquela destino final sãos e salvos, se ele estiver
noite, já que sua morte seria na cruz. As- conosco no barco.
sim também é a peregrina igreja do Se-
nhor, ela sabe que se confiar no poder de
Deus e obedecer aos seus estatutos, nada QUESTIONÁRIO
terá poder para tirá-la da direção certa, a
Canaã celestial. 1 - Qual era rotina de Jesus durante
seu ministério?
2 - O que demonstrava o cansaço físi-
IV - O CLAMOR DOS co de Jesus?
DISCÍPULOS 3 - Quais as tempestades que a igreja
enfrenta hoje em dia?
Por mais que o clamor dos dis- 4 - O que o apóstolo Paulo nos ensi-
cípulos soasse como uma indicação de nou em 2 Timóteo 2.3?
Ensinando as Nações 36
Lição 09
Domingo, 02 de junho de 2024
Comentarista: Milton Cruz da Conceição
- Bacharel em Teologia (FATADB) - Capelão (OCEB)
- Juiz de Paz (CCEBD - Consultoria Coach EBD) - Juiz Arbitral (FEMICJP)
- Pastor da AD de Anápolis | Divinópolis (TO)
Provérbios 16.20
Segunda-feira - Ageu 2.8
- O Senhor é a fonte de toda riqueza.
O que atenta prudentemente para a pala-
Terça-feira - 1 Coríntios 10.32 vra achará o bem, e o que confia no Se-
- A nossa vida financeira deve ser nhor será bem-aventurado.
exemplo à sociedade.
3 - Seja generoso
A generosidade é um gesto de
amor, mas nem todos gostam de aplicar
em suas planilhas orçamentárias o quesito
“doações”. Vejamos o que a Bíblia diz sobre
Ensinando as Nações 40
Lição 10
Domingo, 09 de junho de 2024
Comentarista: José Fernandes da Silva
- Formado no Curso Básico de Teologia (CBTC/IBA)
- Pastor da AD de Anápolis | Joinville - SC (Sede de Campo)
- Presidente da CONFIESC
O MANÁ
O maná não foi uma obra huma- Tinha que ser recolhido antes do
na, mas divina. A dádiva de Cristo e toda a sol nascer, para não ser derretido com o
Ensinando as Nações 47
sol. Isto fala da prioridade em relação às colher.
coisas de Deus. Diz o texto: “Mas buscai
primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, CONCLUSÃO
e todas essas coisas vos serão acrescen-
tadas” (Mt 6.33). Infelizmente, na escala Em vários momentos do ‘êxodo’
de valores de certas pessoas que se dizem (saída do Egito rumo à Canaã), vemos que
cristãs, Deus não ocupa primazia, ou seja, o povo de Israel demonstrava uma notória
é secundário. aptidão para a prática da murmuração e
reclamação (Êx 16.1-12). Diante de qual-
3 - Recolhido de maneira correta quer dificuldade, enquanto vagueavam
pelo deserto, os israelitas tentavam contra
Para colher o maná, cada israelita Deus com atitudes, palavras, e em ações
tinha que reclinar-se, abaixar-se. Esse era de obstinadas queixas, atraindo, assim, o
um sinal de humildade. A comunhão com juízo de Deus.
Cristo é reservada para os humildes de co- É importante ressaltar que ten-
ração, aqueles que se prostram diante da tar a Deus em forma de murmuração, é
majestade e grandeza do Salvador, como o mesmo que assumir dolosamente uma
Maria, cujas narrativas bíblicas a apre- posição de desafio e desobediência ao Se-
sentam três vezes aos pés do salvador: nhor. A Bíblia nos diz que o nosso Pai Celes-
para aprender (Lc 10.39); para chorar (Jo tial é misericordioso, longânimo e bondoso,
11.32); para agradecer (Mc 14.3). porém, é justo e, por amor aos seus filhos,
às vezes, pratica duras correções com o
4 - Recolhido na quantidade correta objetivo de ensiná-los a se comportar da
maneira certa.
Cada pessoa podia comer dois li-
tros aproximadamente. Isto diz acerca da
experiência individual, significando que a QUESTIONÁRIO
salvação e a participação pela fé nas bên-
çãos espirituais são pessoais. Cada um pre- 1 - Por que o Senhor conduziu o povo
cisa ter sua própria experiência. de Israel por um caminho mais difí-
cil? Por onde passaram?
5 - Um teste de obediência
2 - O maná era diário. Como podemos
Em seguida o Senhor daria a lei aplicar isto?
no Monte Sinai, portanto, eles precisavam
ser testados na obediência em pequenas 3 - O maná tinha que ser recolhido
coisas, ou seja, na colheita do maná. Eles cedo. Qual a correlação com a nossa
deveriam obedecer nas pequenas coisas, vida?
pois, dificilmente uma pessoa obedece em
relação as coisas mais importantes se não 4 - Qual era a grande fraqueza do
aprende a obedecer nas menos importan- povo de Israel durante o êxodo?
tes. Mesmo assim, houve desobediência
na colheita, primeiramente em relação ao
dever de não guardar, e, também, em rela-
ção ao sábado, quando alguns saíram para
Ensinando as Nações 48
Lição 12
Domingo, 23 de junho de 2024
Comentarista: Jaime Rodrigues Moço
- Bacharel em Teologia (IBES-SP) - Formado em Marketing (UNOPAR)
- Acadêmico de Direito (UNIFAN) - Coordenador do Núcleo CBTC
- Pastor Auxiliar da AD de Anápolis | Pq. Trindade I | Ap. Gyn - GO
Ensinando as Nações 57
VISÃO ALGUMA É MAIOR DO QUE O
PODER DE DEUS QUE OPERA EM NÓS
Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os fins da terra por tua possessão
Sl 2.8
40 Anos
EDIÇÃO ESPECIAL
Templo da Assembleia de Deus de Anápolis, Templo da Assembleia de Deus de Anápolis, Templo da Assembleia de Deus de Anápolis,
Br. 153, Fazenda Degredo, Trevo de Pirenópolis | Pirenópolis | GO Rua Miguel Elias, Qd 52, Lt 01, Bairro São Carlos | Anápolis | GO Praça da Bíblia, Área 2, Jardim Bandeirante | Anápolis | GO
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Nome: Nome: Nome:
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