5 O Ultimo Beijo de Um Duque Contos de Natal Flavia Padula
5 O Ultimo Beijo de Um Duque Contos de Natal Flavia Padula
5 O Ultimo Beijo de Um Duque Contos de Natal Flavia Padula
1ª EDIÇÃO DIGITAL
CAPA: LA CAPAS
Criado no Brasil. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei n°. 9.610/98 e
punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Todos os direitos reservados. Todos os personagens desta obra são fictícios. Qualquer
semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência. Proibida a
reprodução, total ou parcial, desta publicação, seja qual for o meio, eletrônico ou mecânico,
sem a permissão expressa da autora Flávia Padula. Proibido para menores de 18 anos.
Com amor para Rebeca, Davi, Isaac e Alessandro.
Flávia Padula
1875. Daisy Winslet sofreu muitas auguras ainda jovem. Mas nunca
perdeu a esperança de dias melhores. Por isso, quando seu irmão
conseguiu que estudasse para ser enfermeira, ela agarrou a
oportunidade. E seu primeiro trabalho depois de formada foi como
cuidadora do Duque de Grafton, James Conway, conhecido por seu
temperamento um tanto hostil.
Então, o que era para ser um simples emprego vai mudar a vida de
enfermeira e paciente, a ponto de seus corações jamais voltarem a
bater sem desejarem estar na presença um do outro.
Música Trilha Sonora do livro:
Gratidão!
Com amor,
Flávia Padula.
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Epílogo
OUTROS LIVROS DA AUTORA
Capítulo 1
— Sim, senhora.
— Como não temos quem o faça, você terá que limpar seu
próprio quarto – avisou.
— Sim.
— Sim, senhor.
— Compreendo – concordei.
— Muito.
— Obrigada.
— Está bem...
Eu encolhi os ombros.
— Como ousa...
Então decidi agir com o Duque da mesma forma que fiz com
o Senhor Johnson, embora soubesse que o risco de perder meu
emprego era grande, contudo, sentia que era hora de alguém lhe
dizer umas verdades.
Eu o ignorei.
Ele me fitou com tanto ódio que tive que comprimir os lábios
para não rir. Não pensei que eu faltaria com respeito ao meu patrão
e falaria palavras tão atrevidas, mas ele merecia. Não esperaria que
a situação ficasse pior para que ele me demitisse. Aquele homem
precisava entender que não era o único aleijado no mundo e que
sua dor não permitia que tratasse as pessoas de classes mais
baixas com descaso. Apesar de toda minha coragem, eu estava
tremendo.
— Claro que não. Vamos ficar aqui até que o senhor entenda
que estou aqui para ajudá-lo a ter uma vida mais digna e não vou
admitir que me trate como um animal! – Eu o informei séria e
apontei para a mesa. — E enquanto não tomar o café, não trarei o
almoço e ficaremos os dois aqui em cima com fome!
Ele ficou vermelho de raiva.
Ela assentiu.
Ele ficou horas escrevendo e depois foi ler o jornal antes que
eu descesse e trouxesse seu almoço. Deixei sobre a mesa que eu
mesma havia limpado, bem como o chão.
Ele não fez isso por carência, fazia para me punir, para que
eu não almoçasse. Fui uma tola em ter pensado que ele facilitaria as
coisas para mim. Olhei para a cadeira que ele indicava enquanto se
aproximava da mesa. Aquele era o meu castigo por ter lhe dito
palavras severas? O homem era mais imaturo e arrogante do que
eu pudesse supor.
Ela riu.
— Inclusive o título.
Não deveria ser fácil para ele receber todas aquelas pessoas
saudáveis que o olhavam com pena.
Não havia um por favor. Notei que pelo fato de ele estar
pagando por meu trabalho era o suficiente para que eu o fizesse
sem agradecimentos ou cortesia.
— Sim, senhor.
Meu coração batia apressado, mas não era uma coisa boa.
Eu queria apenas que ele ficasse longe de mim.
Não me intimidei.
— Sim – concordei.
— Tem medo que eu morra e perca seu emprego? – Ele
debochou.
— E qual é?
— Por que algo me diz que não vai fazer o que pedi?
— Vinte.
Nós nos encaramos. Quem ele pensava que era para exigir
que eu lhe abrisse o meu coração e rasgasse a minha alma? Eu mal
o conhecia... A resposta estava na ponta da língua quando batidas à
porta nos interromperam.
— Não faço ideia por que Lady Parker tocaria no meu nome –
James disse com uma frieza ímpar.
Todos os olhares se voltaram para mim. Por que ele fez isso?
A Condessa levou a mão ao rosto e ergueu uma sobrancelha
como se me desafiasse. Thomas e Abigail me fitavam esperando
que eu dissesse alguma coisa. O que eu poderia dizer? Engoli em
seco.
Pensei que ele fosse me exortar por ter saído daquela forma
da sala de jantar, mas ao contrário, ele não disse nada.
Abri a porta e ele passou por ela. Sentimos o vento frio, mas
não me intimidei e ele também não. Tive vontade de perguntar qual
havia sido a última vez que ele saíra por aquela porta, mas sabia
que ele me xingaria de alguma forma.
Segurei na parte de trás da cadeira e comecei a empurrar
pelo caminho livre que nos levaria até o lago. Tudo em volta era
neve, não havia muito o que admirar, mas eu gostava daquele tipo
de paisagem. Respirei fundo sentindo o ar puro do campo. Ainda
bem que todo o caminho até o lago estava livre para passarmos,
não queria que nada atrapalhasse aquele momento sublime de
liberdade para mim e para ele. A cada vitória conseguida, eu me
sentia mais forte por ele.
— Parece que esse ano vai fazer muito frio. – Ele quebrou o
silêncio.
Olhei para ele. Minha boca secou sob aquele olhar intenso.
Desviei o olhar para a porta e o deixei no quarto para buscar seu
chá da tarde.
Por que estava com medo que ele desse meu emprego a
outra pessoa? Balancei a cabeça tentando recuperar a ordem dos
pensamentos. Estava apenas abalada com o estado de saúde de
minha mãe. Ficamos nos encarando um longo tempo e meu coração
bateu mais forte. E sinto que bateria assim toda vez que o fitasse.
Minha mãe não estava nada bem e por dias tememos por sua
vida. Vê-la deitada frágil em sua cama e receando pela própria
morte me deixou muito preocupada. Felizmente a febre baixou e
meu irmão considerava que um milagre acontecera.
Eu gostaria de ter sido uma boa mãe para ele. Mas o destino
quis que ele se tornasse filho de meu irmão, para ter um futuro mais
digno e honrado do que o estigma de bastardo, resultado de um ato
impróprio e desumano. Era um segredo que juramos guardar para
sempre, eu, Anne, Quentin e minha mãe. Morreríamos sem deixar
que Adam soubesse como ele fora concebido. Pensaria ser o irmão
gêmeo de Bryan.
E Anne compreendeu.
— Pensando nos dois agora, sinto que tem razão – ela voltou
a atenção para os pães —, eles têm o mesmo jeito atrevido de ser.
— Não – assegurei para seu alívio. — Ele foi passar uns dias
em Hapton com uma convidada e se mostrou grosseiro. Mas o
Duque o cortou quando notou meu incômodo e me prometeu que
jamais voltaria a acontecer.
Tão forte ligação que James deu a vida pelo irmão. Não a
perdeu, mas não a vivia mais completamente.
— Vou deixar que ele faça isso depois das festas. – Ela
revelou. — Quanto mais as crianças crescem, mas tem ficado difícil
cuidar de tudo sozinha. E sua mãe, apesar de me ajudar bastante,
tem tido esses desmaios estranhos.
— E não é? – retruquei.
Sei que minhas palavras mexeram com ele. Mas a culpa era
toda dele, eu apenas falei porque ele disse que queria conversar.
— Ela era uma criança, o que sabia da vida? Meu pai tinha
trinta e dois anos. Acredito que ela engravidou logo para ter ao que
se apegar.
— Estábulo?
— Montar?
— Eu?
— Bem, e o senhor?
Respirei impaciente.
Eu ri com vontade.
— Para mim?
— Há algo errado?
— Eu sei que...
Minhas mãos doíam pela força que tive que fazer e eu tremia
sem parar.
— Eu teria feito...
— Seu irmão me disse que correu atrás de meu cavalo
quando ele saiu em disparada. Masterson disse a ele no caminho –
ele me fitava sério —, eu estaria morto agora se aquele cavalo não
fosse contido.
Não sabia o que faria se não pudesse mais ter aquele sorriso
todos os dias. Notei que se algo ruim houvesse acontecido a ele,
como a morte, eu me sentiria arrasada. Estava nutrindo pelo Duque
um forte sentimento que tinha medo de nomear.
— Sim – concordou.
Eu ri.
— Está bem – concordei.
Encolhi os ombros.
Anne deixou as lágrimas caírem por seu rosto e dessa vez fui
eu que a abracei.
Eu ri dele.
Ele assentiu.
— Onde vai?
Thomas bufou.
— E ainda assim vai ficar sob o mesmo teto que ele. – Ela
me reprovou.
Forcei um sorriso.
Respirei impaciente.
— Por quê? Não acha que ele deveria saber o monstro que o
filho se tornou? – Ele me questionou.
— Seu irmão cria o seu filho, não é? Afinal, você disse que
tinha sobrinhos...
— Sim. – Eu o encarei.
— Ele me disse que tinha filhos gêmeos, não foi difícil deduzir
já que nunca falou de seu filho...
Ele disse meu nome com tanta paixão que meu bom senso
se perdeu.
E me beijou outra vez e não encontrou nenhuma resistência.
Deixei que ele me beijasse permitindo que todos os problemas
deixassem de existir e restasse apenas James e Daisy. Beijar era
bom e eu estava feliz por conseguir fazê-lo sem entrar em pânico,
era um verdadeiro milagre.
Ele me beijou!
Ele me beijou!
— Sim, senhorita.
— Adeus – respondi.
Como não havia nada para fazer até o jantar, eu fui para o
meu quarto ler. Sentei em frente à lareira e o calor agradável me
ajudou a relaxar, acabei cochilando. Sonhei que eu e James
cavalgávamos nos campos verdes e então descíamos do cavalo e
ele já andava e vinha até mim e me beijava com ardor... e acordei
com um Duque parado ao meu lado.
Ele me seguiu.
A única coisa que ele fez para me ajudar foi pegar o cesto de
pão. Mas não por preguiça e arrogância, infelizmente, a cadeira não
permitia que ele fizesse mais.
— Aqui mesmo – ele concordou —, gostaria de beber vinho
durante o jantar. – Ele avisou.
— Pode dizer...
— Ele teve sorte, mas se deseja ficar com ela tem duas
opções, enfrentar a todos correndo o risco de sofrer represálias
sociais por sua escolha – eu encolhi os ombros e pensei por um
instante —, ou fazer como seu irmão e partir para a América e
casar-se do outro lado do mundo com ela e se um dia voltar para
casa, enfrentar o escândalo que o aguarda.
— É o mais provável...
— E quanto a jovem? – Ele me questionou.
Sorri amistosa.
— Acredito que se amam tal como diz, eles enfrentarão
qualquer coisa para ficarem juntos – concluí.
— Muito, ele gosta dessa casa, não sei dizer o motivo. Mas
ficava aqui mais do que em Londres ou no castelo de Hapton. – Ela
contou.
— O que diz?
— Apenas morte e morte. – Ele apontou para o periódico em
cima da mesa. — Oxford está se tornando perigosa tanto quanto as
outras cidades que crescem diante da revolução industrial.
— Mesmo?
— Acredito que já lhe disse como me irrita essa mania de
responder com perguntas tolas. – Ele pontuou.
— Mesmo? – Eu ironizei.
— O que é isso?
— Eu... eu...
— Abra logo! – Ele falou impaciente. — Não temos o dia todo
e a senhorita tem coisas para fazer antes que meus convidados
cheguem.
— Claro – concordei.
Eu assenti.
John o ignorou.
— Orgulho? – Eu ri.
Livro Jornalístico:
Romance de Época:
O Duque
O Yankee
O Plebeu
A Casa da Colina
O Cavalheiro de Shetwood
O Pirata e a Prisioneira
A Carta
Conde de Denbigh
Sublime
A Força do Amor
O Poder do Amor
A Glória do Amor
O Fora-da-lei
O Vingador
O Justiceiro
Danior
Vladimir
Xavier
Gustav
Heron
Fúria Cigana
A Maldição do Rei
O Feitiço da Princesa
Caçada de Mestre
O Destino de Sarah
Desejo
Paixão
Coragem
Solidão
A Farsante
A Noiva e o Russo
A Preferida do Duque
A Preferida do Marquês
A Preferida do Conde
A Preferida do Lorde
Contemporâneo:
O Falcão do Deserto
O Amante Espanhol
Escolhas
O Pescador
O Vira-lata
O Playboy
Ralph
Duplamente CEO
Egor
Clube de Swing
O Baile de Carnaval
Quero Me Casar
O Editor
Tentação e Cobiça
Guto
Áthila
Falcon