Ética Social
Ética Social
Ética Social
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise coesão textual)
Revisão bibliográfica
e discussão nacional e internacional
2.0
relevante na área de
Estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Recomendações de melhoria:
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 3
2. DESENVOLVIMENTO......................................................................................................... 4
3. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 10
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho enquadra-se na disciplina de Ética Social e tem como o tema “Vontade
Humana e Liberdade do homem na sociedade moçambicana”. No entanto, a questão da
liberdade se impõe constantemente ao homem. É um tema de amplitude inesgotável. Essa
actualidade será ainda mais marcante se considerarmos a liberdade não apenas em si mesma,
como valor ético, mas também nos fixarmos na sua significação histórica e dinâmica de
libertação.
A metodologia adoptada para este trabalho está fundamentada em uma abordagem qualitativa,
de carácter descritivo e do tipo bibliográfico, isto é, foi realizado com base nas referências
bibliográficas.
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2. DESENVOLVIMENTO
De acordo com sua concepção filosófica, Hegel considera a história do mundo como uma
realização progressiva da liberdade, que recebe expressão imediata e é “concretizada pelo
direito” (Weber, 1993, p.48), estabelecendo, nesse momento de objectividade do espírito uma
organização da “realidade social”. Segundo Hegel o homem não nasce livre.
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No entanto, como um ser presente, o direito não pode ser qualquer sistema real de normas que
operam em uma sociedade particular, mas apenas uma realidade legal, onde a realização da
liberdade e da lei é assegurada. A interacção entre direito e liberdade só pode ser exercida
através da vontade livre (Hegel, 2005, p. 483).
Para Hegel o pensar é “fazer passar alguma coisa a forma da universalidade” (Hegel 1986,
p.131) e, a “raiz verdadeira da liberdade funda-se no pensamento, pois a ideia da liberdade é
fundamentalmente pensamento” (Weber, 1993, p.49), logo pensamento e vontade, são dois
aspectos do espírito, teórico e prático, eles se penetram e se complementam mutuamente.
Ambos os lados, cada um à sua maneira, geram uma unidade do subjectivo e do objectivo.
A liberdade nessa determinação é bastante rudimentar, pois se levanta a questão de dizer que,
ser imediatamente determinado por nossos impulsos, desejos e inclinações é antes uma forma
de determinação ou liberdade negativa. Sendo que a ideia é a verdade, se um objecto ou uma
determinação são concebidos, restritos à pura existência em si, o intelecto limita-se ao
abstracto da liberdade sem alcançar a sua ideia e a sua verdade.
A vontade é livre em si mesma, pois tem potencial para ser livre. Os impulsos, desejos e
inclinações podem ter relação com vários objectos e podem ser compreendidos de várias
maneiras. Para essas inclinações naturais, o “eu” tem a potencialidade de dizer não devido a
sua natureza abstracta. Tem a possibilidade de decidir. A vontade natural vai exigir uma
decisão do indivíduo desejante.
Segundo Hegel, é através do decidir que “a vontade se põe como vontade de um indivíduo
determinado e como vontade de um indivíduo diferenciando-se em frente a outro” (Hegel,
2003, p.13). Essa decisão pode ser identificada com a forma mais imediata de vontade, pois é
uma actividade não mais determinada pelos desejos sensíveis, mas pela abstracção do eu com
relação a eles.
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2.3. Conceito de liberdade
De acordo Farias (1995, p.73), Liberdade, significa o direito de agir segundo o seu livre
arbítrio, conforme a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de
estar livre e não depender de ninguém.
Liberdade tem origem no latim libertas e significa a condição do indivíduo que possui o
direito de fazer escolhas autonomamente, de acordo com a própria vontade.
Na tradição cristã, a liberdade está muitas vezes identificada como livre-arbítrio. Já no direito,
liberdade está também relacionada com os direitos de cada cidadão.
A Liberdade é classificada pela filosofia, como a independência do ser humano, o poder de ter
autonomia, autodeterminação, espontaneidade e intencionalidade.
A liberdade pode ser entendida em um sentido amplo ou mais restrito, pensado como
liberdades e definidas pelo Direito. Alguns exemplos de liberdades são: Liberdade de
pensamento, Liberdade de opinião, Liberdade de expressão, Liberdade religiosa, Liberdade de
imprensa, Liberdade de ir e vir, Liberdade condicional (Farias, 1995).
Segundo a filosofia, liberdade é o conjunto de direitos de cada indivíduo, seja ele considerado
isoladamente ou em grupo, perante o governo do país em que reside; é o poder que qualquer
cidadão tem de exercer a sua vontade dentro dos limites da lei.
Para Wollmann (1994, p.23), a liberdade é um dos temas principais tratados pela tradição da
filosofia. Uma das primeiras definições de liberdade está presente no pensamento de
Aristóteles. Para ele, a liberdade está baseada na possibilidade de realizar escolhas orientadas
pela vontade.
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2.6. Liberdade do Homem na sociedade Moçambicana
A liberdade pode ser entendida em um sentido amplo ou mais restrito, pensado como
liberdades e definidas pelo Direito. Buanaissa (2016), aponta alguns exemplos de liberdades a
saber:
a) Liberdade de pensamento;
b) Liberdade de opinião;
c) Liberdade de expressão;
d) Liberdade religiosa;
e) Liberdade de imprensa;
f) Liberdade condicional.
De acordo com (Buanaissa, 2016), a ideia de liberdade em Nogenha pode ser entendida como
consta da sua obra Filosofia Africana: das Independências às Liberdade (1993), como um
pensamento associado à condição histórica do africano. Nogenha sustenta que os esforços que
começaram na segunda metade do Século XIX, quer eles se chamem pan-americanismo,
etnofilosofia, filosofia crítica, negritude ou hermenêutica, se afiguram movimentos que vivem
do espírito e tendem para a mesma realidade: a liberdade do africano, condição da sua
historicidade.
Quando isso acontece, ela escolhe e, ao escolher, a vontade se apresenta como a vontade de
um determinado indivíduo que difere de outro indivíduo. É a liberdade, mas apenas
liberdade formal ou liberdade, na medida em que a vontade de alguém se relaciona com algo
finito, limitado. O livre arbítrio é antes a “vontade enquanto contradição”, porque segundo
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Weber (1993, p.), este é o “ponto de partida da vontade livre realizada”. É essa contradição
que movimenta o processo dialéctico inerente ao livre arbítrio.
Hegel, nos Princípios da Filosofia do Direito, afirma que “a vontade é livre, ao ponto que a
liberdade constitui sua substância e sua destinação” (FD, p. 4). Esta frase abre as
considerações de Hegel da “Introdução”, onde trata sobre o conceito de vontade, que se
constitui, segundo ele, como a base do mundo objectivo (mundo do Direito).
Desse modo, tal frase sucede outra afirmação de Hegel, também central: “De uma maneira
geral, o direito faz parte do domínio do espírito, mas, no seio mesmo do espírito, ele tem mais
precisamente seu lugar e seu ponto de partida na vontade” (FD, p. 4). Estas duas afirmações
de Hegel apontam para determinações fundamentais daquilo que ele entende pelo conceito do
querer: 1º) a vontade é substancialmente livre e 2º) a vontade, na filosofia hegeliana, é a
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2.9. Liberdade de vontade
A liberdade, como directriz geral da vida humana em sociedade, oferece ao Direito uma
estrutura ontológica em face da qual incide valoração que a transforma em conceito jurídico,
antes de tudo em conceito jurídico-constitucional. As normas jurídico-penais devem respeitar
a concepção do homem como ser livre, capaz de se orientar e de se autodeterminar conforme
ao sentido e ao valor, sob pena de contrariarem a visão prática da vida e a concepção
constitucional do ser humano responsável”
É determinante para a escolha do Direito Penal que melhor representa certa forma de Estado,
quando se pretende regular condutas humanas não pela força, mas pelo Direito, mediante
sanções penais. Um Estado totalitário, que ignora a liberdade e trata o homem como ser
irresponsável, como instrumento de política criminal, e aplica medidas de defesa social
fundadas na periculosidade é absolutamente incompatível, por exemplo, com um Direito
Penal, próprio do Estado democrático de Direito, que prima pela liberdade e pela dignidade
como valores fundantes, que preexistem à norma constitucional.
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3. CONCLUSÃO
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3.1. Referências Bibliográficas.
Aristóteles. (1999). Ética a Nicômacos. 3. ed. [Trad. do grego, intr. e notas por Mário da
Gama Kury] Brasília: UNB.
Ngoenha, S.E. (1993). Filosofia africana: das independências às liberdades. Maputo: Edições
Paulistas.
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