PP2 28.07.2023
PP2 28.07.2023
PP2 28.07.2023
Porto Alegre
2023
1
Porto Alegre
2023
2
SUMÁRIO
1 JUSTIFICATIVA....................................................................................................... 3
2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA............................................................................4
3 OBJETIVOS............................................................................................................. 5
3.1 GERAL...................................................................................................................5
3.2 ESPECÍFICOS.......................................................................................................5
4 MÉTODO.................................................................................................................. 6
4.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO............................................................................6
4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA (SELEÇÃO DE
COLABORADORES/PARTICIPANTES).....................................................................7
4.3 ASPECTOS ÉTICOS.............................................................................................7
4.4 COLETA DE DADOS.............................................................................................8
4.5 ANÁLISE DOS DADOS.........................................................................................9
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................10
5.1 EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA: ESTRATÉGIAS PARA A MELHORIA DA
EDUCAÇÃO BRASILEIRA........................................................................................10
5.2 BULLYING: REFLEXÕES TEÓRICAS SOBRE A RELAÇÃO ESCOLAR...........12
5.3 PANDEMIA: IMPACTOS DO ISOLAMENTO SOCIAL NO PSIQUÊ INFANTIL...13
6 RESULTADO......................................................................................................... 16
7 DISCUSSÃO.......................................................................................................... 16
8 CONCLUSÃO.........................................................................................................16
9 CRONOGRAMA.....................................................................................................17
10 ORÇAMENTO...................................................................................................... 18
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 19
APENDICE 1............................................................................................................. 22
ANEXO:.....................................................................................................................22
3
1 JUSTIFICATIVA
2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
3 OBJETIVOS
3.1 GERAL
3.2 ESPECÍFICOS
4 MÉTODO
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
6 RESULTADO
7 DISCUSSÃO
8 CONCLUSÃO
17
9 CRONOGRAMA
ETAPAS 2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023
/Fev /Mar /Abr /Mai /Ago /Set /Out /Nov /Dez
Elaboração do projeto X X X X
de pesquisa
Revisão de literatura X X X X X X X X X
Revisão ortográfica X X
Coleta de dados X X
Análise e interpretação X X
de dados
Apresentação do X
projeto de pesquisa
Apresentação dos X
resultados da pesquisa
18
10 ORÇAMENTO
REFERÊNCIAS
BRITO, ISADORA MARIA DE; SILVA, ALINE CRISTINA FLÁVIO DA; PEREIRA,
PABLO HENRIQUE. Educação transformadora: possibilidades para a
ressignificação do espaço escolar. SCIAS. Direitos Humanos E Educação, 2021.
Disponível em
<https://revista.uemg.br/index.php/sciasdireitoshumanoseducacao/article/view/6
015> Acesso em 08 mai. 2023.
APENDICE 1
(PERGUNTAS DE IDENTIFICAÇÃO)
1. Qual é a sua profissão?
2. Há quanto tempo você trabalha ou convive com crianças e adolescentes?
(PERGUNTAS DE COLETA)
1. Como voce acredita que a escola e as familias podem trabalha juntas para
promover a saude mental infantil dentro e fra das esclas?
2. Quais foram os principais desafios enfrentados pela escola e pela família
para manter uma boa comunicação e colaboração durante a pandemia?
3. Como a escola lida com casos de bullying e outros comportamentos
prejudiciais à saúde mental dos alunos?
4. Qual a sua opinião sobre o papel dos professores e orientadores na
identificação de problemas de saúde mental dos alunos?
ANEXO:
ARQUIVO DE ÁUDIO
WhatsApp-Audio-2023-07-26-at-19.51.02.mp3 ILDO
EMMA
Bom, começando as perguntas, então tá, qual a sua profissão?
ENTREVISTADO 1
Professor.
EMMA
E a quanto tempo você trabalha? Ou convive com criança?
ENTREVISTADO 1
Muito tempo. A minha formação foi na Universidade de Brasília de 1980 á
1985 e eu comecei a trabalhar em 1983, Já com adolescentes e com crianças do
fundamental. E tive uma experiência também em Brasília, fora de escolas públicas e
de escolas particulares, que foi com pré-escola. Eu fazia oficina de música com
crianças na década de 80, numa escola chamada casa do Sol, em Brasília, e depois
23
colocassem seus filhos para assistir. Isso no mundo ideal. O que que a gente
encontra, na verdade, de um lado, professores que não são preparados para darem
aula online não é, então, muita dificuldade para poder dar aula para ninguém, para
uma, para uma Câmera, né? É complicado, mesmo sem a interação, muitas vezes,
já que nem sempre essa aula seria síncrona, né? Às vezes ela seria gravada. Não
é? É, e a dificuldade de lidar com as tecnologias... Que ninguém estava
acostumado, né? e nem todo professor tem uma internet em casa. E do lado das
famílias, a situação ainda mais grave, a aqui na escola, por exemplo, a grande
maioria das famílias não tinham internet em casa e se quer um aparelho de celular
adequado, que a criança pudesse assistir as aulas. Então nós tivemos que, além de
fazer esse planejamento e preparar esse material para disponibilizar no Google
Classroom para ninguém assistir raros assistiam, nós tivemos que fazer o
equivalente em material impresso que as famílias viriam aqui buscar e assim com
um grupo de professores, foi a época que eu estava sozinho. Um grupo de
professores, em um certo momento, uma orientadora voltou de licença e pode ajudar
também. A gente atendia, em plantões, os pais que retiravam. A gente anotava ali
que retirou, daqui a pouco, uma semana depois, vinham trazer e levar mais. E a
pandemia foi transcorrida dessa forma, né? É dificuldades totais, nem toda família
veio buscar, nem toda família devolvia. Tinha a criança que devolvia em branco a
orientação do professor não existia, porque se não existe um canal eficiente de
comunicação ainda que é, digamos, com uma aula gravada, que pudesse passar
informação melhor, que pudesse tirar uma dúvida, né? Não, não existia. Era só a
folhinha. Então é como se assim, de um momento para o outro, a figura do professor
desaparecesse e a criança passasse a contar com papéis, né? Crianças em
processo de alfabetização, crianças com alfabetização ainda não concluída e até o
nono ano também foi assim, então foi uma dificuldade absurda. O rescaldo da
pandemia também não foi fácil. Eu diria que ele foi até talvez pior, porque é quando
a criança, o adolescente, chega na escola e aí a gente vai se deparar com a
defasagem real e aí a defasagem. Ela vem no conhecimento que não foi.. não houve
avanço, né? A criança ficou estacionada, né? As folhinhas não resolveram, não
existiu o papel do professor como mediador efetivamente, e aí então tu tem uma
criança aqui, por exemplo, está no sexto ano, mas ela não estava alfabetizada. 2
anos de pandemia ela ainda teria ali, um quarto ano ou no quinto, e assim, ó, casos
muito graves de crianças não alfabetizadas por aí, sexto ano, né? E pensa também
26
às vezes, o processo de alfabetização não é fácil para uma criança ela às vezes
chega no quinto, no sexto ano, sem pandemia, com muitas dificuldades, então
imagina que tiveram alguns adolescentes. Que chegaram lá no, no sétimo, no
oitavo, lendo, mas não entendendo o que que Liam.
EMMA
E nessa questão, assim, da saúde mental em si, como que foi assim no pós-
pandemia?
ENTREVISTADO 1
Bem difícil também, o que a gente enxergou mais foi a saúde mental dos
professores. Né? porque a gente lidava que com os professores relatando a um
processo quase que de enlouquecimento dentro de 4 paredes, tentando se virar nos
30 sozinho para aprender a usar um aplicativo é e para poder se comunicar com
aluno, né? E essa angústia toda de não saber quando todo mundo viveu angústia,
né isso não foi só o professor, de quando é que vai acabar né? mas a sensação de
que a gente estava numa, numa suspensão, uma coisa que suspenso por um
tempo, que ninguém sabia qual seria esse a gente já sair vivo dela, né? Então a
saúde mental foi ficou bastante abalada. As famílias todas, tanto professores como a
das crianças e adolescentes, é restringindo o acesso das relações ao núcleo
familiar. Então, houve um adoecimento desse núcleo familiar por excesso, né.. muito
tempo juntos, sem lazer, sem nada, né? E os professores não foram também muito
diferentes disso. Então, assim a gente percebeu olhando para o professor, num
primeiro momento, durante a pandemia, que o professor estava adoecendo, o
professor não estava bem, que estava angustiado e quando ele retorna para a sala
de aula, tu percebes isso, né? Aí a inquietação dele é, tá voltei, mas como é que eu
consigo resgatar esse aluno? Como é que que, como é que eu vou recuperar o
tempo perdido.. E uma coisa que foi a pressão que a gente sofreu da Seduc, né, por
conta de ter que se virar nos 30. Isso também foi um peso emocional muito grande,
né? E no retorno a mesma coisa, tu tem que correr atrás, tem que se reinventar,
Agora, com um professor que sobreviveu à pandemia e tem que criar formas de
resgatar esse aluno. Então, mais trabalho pro professor.. Teve um ano, inclusive,
que a gente fez o processo de recuperação todo, que chegou em dezembro, tivemos
a notícia que as aulas não iriam terminar e que a gente ia ter o mês de janeiro inteiro
ainda de recuperação, isso depois de 1 ano remando, né? E a recuperação foi lá em
fevereiro. Se não me engano, isso foi em 2021. E as crianças aí na chegada a gente
27
piso adequada, ela machuca. Então isso é explicado para eles também, né? Mas o
futebol é a grande, digamos assim. A grande arena de problemas e conflitos, mas
não é, é o típico bullying que assim aquela coisa sistemática que um pega no pé do
outro e vai, vai aí, tem um grupo que pega que vai é um humilhando e isso a gente
não tem. É muito raro aparecer.
EMMA
Na pandemia também não teve o cyberbullying, algo do gênero?
ENTREVISTADO 1
tivemos, mas também muito, muito assim. Episódico, né? Quer ver o que que
nós tivemos na Pandemia... uma reunião com pais e crianças praticamente andar de
pré-adolescentes, tinha gente do sétimo ano. Em que houve, é primeiro. Uma coisa
que eu considero. Até normal, que era uma menina especial que. Falou uma coisa
para outra, assim chamou outra de burra na frente de todos os pais por uma
bobagem, uma era especial e a outra também. Não dá nem para considerar... mas a
gente teve alguém que entrou nas nossas reuniões anonimamente e começou ali no
bate-papo a fazer insultos pra quem estava ali, para professores, a postar
pornografia e aí, assim como eu estava nesse momento, eu estava falando, eu não
vi o orientador que viu e ele falou, a gente bloqueou, né? Essa foi uma situação e
tivemos uma situação com professores. Alguém, por conta de o professor ter
disponibilizado celular, WhatsApp né? Alguém pegou o telefone e começou a ligar,
ligar não, a mandar mensagem dizendo que era a mãe de uma aluna e que queria
muito que o telefone dela fosse inserido no grupo da turma que a professora estava,
e aí a professora me chamou desconfiada e olha eu não conheço essa aluna, ela
está dizendo que é mãe de fulano. A gente tinha tido no ano anterior uma aluna com
esse nome. E aí, é eu falei, não, eu estou aqui com ela e vou continuar dando corda
e me chamou em paralelo para saber até onde vai daqui a um pouquinho. A pessoa
disse que achava ela era muito bonita, era uma mulher falando com a professora,
né? E que queria conhecer ela pessoalmente. Não sei o quê e a conversa Ela Foi
deixando, né? Para poder ver até onde IA chegar, até que chegou no naquilo, que é,
no me manda, vamos trocar nudes? Que eram provavelmente um golpe. Né? Aí se
alguém cai nisso depois é chantageado. A isso a gente fez uma denúncia porque
não foi só essa professora. Simultaneamente ali naqueles dias, né? Uns 3,4 dias,
outras professoras foram também contactados, né? Foram essas as Situações
assim, mais graves e tivemos uma situação, não na pandemia, mas já aqui no
30
regresso da pandemia com o nosso na época oitavo ano. Em que eles criaram um
grupo para se comunicar naquele afã de ar agora voltamos as aulas, vão ter um
grupo, vamos relacionar bem com essa, eles começaram a se atacar em 2 toques, e
essa situação foi grave porque foram ofensas bem pesadas e as mães tomaram
partido e eu tive que separar 2 mães aqui dentro. Que quer que queriam se pegar.
Mas mais grave ainda, eram 2 mães queriam se pegar e outras 2 queriam bater
numa adolescente. E aí eu tive que chamar aqui né, disse assim, ó, tudo errado. E
esse é também um trabalho de base que a gente tem feito com os pais, não é?
Quando lá atrás, eu falei do terceiro ano, no ano passado. Que as meninas se
batiam muito. A gente descobriu que tinha a seguinte fala dos pais, se te
provocarem Tu não se mete, tu se afasta. Agora, se te baterem não, não deixa
assim tu bate de volta. Então, o que que a gente percebeu que ao pé da letra, as
crianças estavam agindo assim... Ó, tu Olha Pra Mim, me encara, eu te xingo, se eu
te xiguei, tu me ameaça, ah se tu me ameaçou, eu te bato, aí eu te bati, Tu chama a
tua mãe, Aí a tua mãe vem e ameaça a minha.... E assim a coisa IA numa Escalada
e a gente chamava as mães para conversar e elas diziam que a frase era essa. -Eu
não ensino meu filho a bater ou a minha filha, né? Naquele caso, mas se
encostarem a mão nela é Ela está sendo instruído a revidar E se não bastar, eu vou
entrar e vou acertar as contas. Não dizia que IA bater, vou. Acertar as contas com
ela e com a mãe Dela, né? E Tivemos um Caso para não dizer que não tivemos
nenhum, de 2 mães que se estranharam, né? Foi a 2 crianças aqui que se
desentenderam no portão, na saída pós é final de turno. E a mãe estava perto. É,
digamos que o filho dela foi ameaçado. Assim, pequenos também eles eram do
quinto ano, o Filho da mãe que estava ali, teve a mão do outro colocada no pescoço
dele. Como se fosse apertar e ela não sei se só, digamos no, afã de separar, ela
segurou firme demais e arranhou o braço do outro. A mãe do outro ficou sabendo já
quando ele subiu, esperou lá em cima, e bateu feio nela, bateu, bateu, bateu e bateu
de tal forma que menos de uma semana depois, essa mãe se mudou do moro ali em
cima. Então é isso também foi importante trazer para os pais como aprendizado, ó
vamos, vamos resolver as coisas dentro das escolas são crianças, né? Às vezes
uma criança se desentende com a outra e a gente tem que ter a paciência para
resolver. E não deixar que uma mãe entre na história achando que ela pode é coibir
ou falar alguma coisa pro outro, porque daqui a um pouquinho né? A gente tem
primeiro um adulto se dirigindo a uma criança e depois a mãe desse adulto
31
ARQUIVO DE ÁUDIO
WhatsApp-Audio-2023-07-26-at-19.51.02-_1_ 1.mp3
00:00:01 EMMA
Bom, então vamos à início às perguntas, certo, qual é A sua profissão?
00:00:07 ENTREVISTADO 2
Eu sou professora de história desde 2008, início 2009 e tenho formação
também em orientação educacional e supervisão escolar desde 2017 (hoje).
Atualmente eu atuo em 3 instituições de ensino, uma da rede privada, que eu sou
professor de história em sala de aula. E 2 instituições públicas do estado que eu
sou supervisor e orientador.
00:00:36 EMMA
Perfeito a primeira pergunta, então, como você acredita que a escola e as
famílias podem trabalhar juntas para promover a saúde mental infantil dentro e fora
das escolas?
00:00:49 ENTREVISTADO 2
Eu penso que é através de parceria, né? Através de parceria, onde a escola e
família, elas devem ser parceiras, porque são elas que vão estar acompanhando as
crianças, no caso os estudantes. Quando a gente pensa na escola e os filhos e
filhas, quando a gente pensa No pai, na mãe, né? Então eu acho que essa
proximidade de família, escola, escola e família ela é fundamental, por quê São as 2
instituições, digamos assim, que tem uma proximidade bastante significativa com
esses estudantes e são eles que conseguem, hã, detectar alguma dificuldade, algum
34
internet, então não tinha como eles acompanhar em algo que eu descobri o nome
disso, que era uma aula síncrona, como a pandemia antes, eu não sabia que esse
era o termo que que se dava, né? Então, para os professores também foi um
aprendizado muito grande. E a escola se reinventou, ela teve que se reinventar, né?
Então, assim, foi bom no aspecto da aprendizagem, das readaptações que
aconteceram, mas o resquício disso, do ponto de vista da aprendizagem, a questão
pedagógica, ela gerou um prejuízo muito grande nos estudantes, e isso é perceptível
hoje, quando a gente conversa com eles, a gente vê que eles têm uma lacuna, né
significativa e que infelizmente vai atrapalhar eles por um tempo. Então, isso
também gera uma necessidade na escola, de buscar estratégias para tentar
recuperar aquilo que eles deveriam ter tido ali durante a pandemia que eles não
tiveram. Então há um... não há uma sincronia hoje ... tu tem às vezes tu tem uma
turma com 20 estudantes e tu vê que o desnível entre eles assim é grande e uma
parte disso está diretamente ligada ao contexto da pandemia, né? E após pandemia,
o que, o que que acontece a gente enquanto escola Precisamos desenvolver
estratégias nesse sentido de tentar repor para os estudantes aquilo que eles
ficaram, ficou a desejar para eles lá e, claro, um trabalho que não, não, ele não é
bem-feito, não é bem conduzido. Se a gente não tiver proximidade com a família de
Novo, né? Eu acho que essas 2 estruturas escola e família elas têm que estar muito
próximas nesse sentido, né? Porque às vezes a questão pedagógica, ela dá um
trabalho muito, muito sério assim para a escola, né não, às vezes, o professor de
sala de aula, muitas vezes ele não consegue encaminhar aquelas situações
específicas apresentadas por determinados estudantes. Então, ele precisa
encaminhar com uma sala de atendimento para uma orientação, para uma
supervisão. Então há, na verdade, é uma cadeia de funcionamento onde um setor
depende do outro, né? E claro que a gente tem essa percepção, a gente caminha de
várias formas, que às vezes as pessoas pensam que na que é na escola se trabalha
pouco, não é? Isso é uma, é uma inverdade muito grande, por que o que a gente
quer? E isso nós falamos para os estudantes, foi quando a gente conversa com ele,
tudo o que a gente quer é O sucesso deles, né? Tudo o que a gente quer é que eles
consigam atingir os objetivos deles. Às vezes a gente tem conversas mais rígidas,
mais duras, mas sempre dizendo para eles que o que está por trás disso é uma
postura de sentimento também porque a gente quer o bem deles, se a gente cobra
eles, é porque a gente acredita neles, porque a gente gosta deles e porque a gente
36
quer o bem Deles, então Isso gerou um contexto onde nós tivemos que nos
aproximar bastante deles Justamente pra isso, né? Para tentar atender as
demandas deles, que sempre tem uma ou outra, a gente convive com isso
diariamente, hã? Com esse objetivo, né? De tentar repor para eles aquilo que faltou
lá atrás e penso que a gente tem até um certo sucesso, né? Não é fácil, é uma
caminhada assim, bem difícil. Mas é uma caminhada que a Gente precisa fazer, né?
Porque esse É o nosso trabalho enquanto educador, que a Gente é então a gente
arregaça as mangas e a gente corre atras.
00:08:02 EMMA
Perfeito e como que a escola lida com casos de bullying e outros
comportamentos prejudiciais à saúde mental dos alunos?
00:08:11 ENTREVISTADO 2
Nós temos aqui na escola algumas estratégias pra gente trabalhar com isso,
né? Na nossa equipe, ela é muito do diálogo, a gente muito da conversa... Então eu
acho que isso é um princípio, se tenta conduzir essas situações dialogando, né? se
conversa se chama, estabelece acordos e quando esses acordos, eles não surtem
um efeito Propositivo, dentro do ambiente escolar. A gente busca outras estratégias,
né? De novo, eu volto à questão da importância do vínculo escola e família. Porque
tem algumas situações que nós enquanto escola, a gente tem os limites para
encaminhar, né? Então a gente vai chamar a mãe, vai chamar o pai, vai chamar os
responsáveis pra gente conversar, mas a gente tem postura, enquanto escola, que é
de ser sempre buscar fazer aquilo que a gente entende como possível para atender,
né? Essas situações, nós, enquanto instituição, a gente condena essas atitudes ou
práticas de bullying, brincadeiras que muitas vezes os estudantes pensam que é
uma brincadeira e na verdade, acaba não sendo a brincadeira. Então a gente
conversa muito com eles, a gente conscientiza eles.. porque o ambiente de escola
ele tem que ser um ambiente harmônico, ele tem que ser um ambiente de amizade,
Ele tem que ser um ambiente de socialização.. Ele é um Ambiente por excelência de
aprendizagem e eu acho que essa é um ponto que a gente conversa muito com
eles, né? Que é a questão da aprendizagem. Claro que a aprendizagem ela não se
resume só a questão do conteúdo em si, né? A gente trabalha com pessoas ..Mas
então a gente tem um papel de humanização muito grande no sentido e a gente
Busca o tempo todo colocar isso na cabeça deles, né? Eles vêm para a escola, eles
vão brincar, eles vão brincar, eles vão conversar, eles vão trocar ideia, eles vão, eles
37
vão jogar futebol, eles vão, mas tem um momento, eles vão se socializar, eles vão,
mas tem um momento que é o momento sagradinho ali do, do estudar, né, do estar
focado. Porque senão, as coisas ficam mais difíceis agora em relação a questão
central do bullying, a gente faz todo um trabalho de conscientização e quando a
gente percebe ou a gente é notificado por algum estudante, algum professor que
está ocorrendo alguma situação, a gente corre lá porque o nosso Objetivo é resolver
isso. E A gente Não, não tolera, a gente não deixa passar. Então, se ocorre uma
vez, ocorre 2 vezes. Enquanto a gente sentir que o ambiente da escola ele é
propício pra gente encaminhar uma situação de resolução, a gente aposta nisso.
Quando a gente vê que esses canais se esgotaram, aí a gente Busca as famílias.
00:11:06 EMMA
Aham, perfeito. Então, e a última, qual é a sua opinião sobre o papel dos
professores e orientadores na identificação de problemas de saúde mental dos
alunos?
00:11:18 ENTREVISTADO 2
Hã, eles têm um papel muito importante...Eles têm um papel, eu não vou
colocar no patamar do, da família, mas Eles tem um papel muito significativo, porque
ele eu estou usando no singular, mas envolve mais de eles porque o contato deles
com as crianças, com os estudantes, é muito , e cotidiano, né? É tu? Ontem eu tava
falando com os pais aqui, atendendo em relação a Aos estudantes. E eu dizia para
eles que o professor, ele como ele, acompanha cotidianamente os estudantes.
Muitas vezes eles conseguem detectar algumas coisas que o setor ele não
consegue, porque ele não acompanha o tempo todo. Então o professor muitas vezes
ele está mais próximo do estudante, a muitas vezes do que o pai ou a mãe está
porque pela jornada de trabalho que o pai e a mãe têm um envolvimento que eles
têm fora de casa, então o professor por ele passar de 4, 4 horas e meia na Escolas
junto acompanhando o estudante, ele consegue detectar muita coisa, então o
professor de sala de aula eu diria que ele tem um papel fundamental nesse processo
e aqui na escola a gente conversa com os professores Nesse sentido, eles têm
trânsito muito tranquilo, livre para trazer esse tipo de informação quando eles
detectam no ambiente da sala de Aula ou em qualquer outro Espaço pode ser no
pátio da escola, em qualquer outro lugar, Se eles detectarem alguma coisa diferente,
a gente pede Pra Ele, sabe? Vocês analisem também, não vão sair correndo, que
nem doido por qualquer coisinha. Mas Vamos acompanhar os comportamentos. Se
38
isso. Eu acho que nós temos todos que estar atento, sim. Como os nossos
estudantes, com os nossos filhos, né? Para que a gente consiga se em algum
momento tiver necessidade de a gente conseguir acolher eles e tentar encaminhar
as situações da melhor forma possível.
00:16:00 EMMA
Tá certo. Então, muito obrigada. Viu? Me chamo Emanuelle. Eu sou aluna da
cardiologia, hoje é dia 12 do 7 de 2023
Arquivo de áudio
WhatsApp-Audio-2023-07-26-at-19.51.02-_2_.mp3 IONE
00:00:00 EMMA
Bom, então assim eu vou começar fazendo. As perguntas são, ao todo, 6
perguntas, tá bom, tá aí que a gente vai se comunicando no. No meio delas.
Primeiro. Então, qual é A sua profissão?
00:00:12 ENTREVISTADA 3
Eu sou pedagogo de educação especial.
00:00:14 EMMA
Perfeito. E há quanto tempo você trabalha ou convive com crianças?
00:00:19 ENTREVISTADA 3
É eu, a minha área é com deficiência mental, né? Eu trabalhei 20 anos na
Apai, né? Com alunos com deficiência intelectual. É, já estou 15 anos com de
inclusão em escola regular, então são alunos que tem... com deficiência intelectual
que têm condições de frequentar, de estar inserido na escola regular. Já são... Então
eu tenho um total de 35 anos na área de educação especial.
00:00:49 EMMA
é bastante certo, e como que você acredita que a escola e as famílias podem
trabalhar juntas para promover a saúde mental infantil, dentro e fora das escolas?
00:01:02 ENTREVISTADA 3
É, é aquilo que a gente sempre procura fazer é a intermediação, escola,
família e a área da saúde, né? Por um momento que onde houver a falha de uma
dessas áreas, vai dar conflitos e a gente sempre procura estar, né? Saber O que
que o Aluno, que que essa criança precisa para a gente estar podendo preencher,
40
acolhendo esse aluno, né? Então é isso que é importante, a gente ter essa ligação,
família, escola e o aluno.
00:01:36 EMMA
O run perfeito. E quais foram os principais desafios enfrentados pela escola e
pela família para manter uma boa comunicação e colaboração durante a pandemia
do COVID-19 e após?
00:01:52 ENTREVISTADA 3
É bem bem difícil que que eu posso dizer, foi um desafio, um desafio para nós
profissionais. Desafio para a família. Acho que pra sociedade, pra todo mundo poder
se adaptar, acolher e dar condições da gente manter, né? O trabalho, que não foi
nada fácil, porque nem todo mundo tinha né? A condição de poder proporcionar
esse aluno, essa criança na escola, de fazer atividade online, né? Isso foi bem, foi
um trabalho desafiador. Para nós, assim quanto à escola, família E sociedade, assim
foi bem, bem difícil, né? Mas.
00:02:40 EMMA
E na sua questão, não pode falar, não, não na questão da saúde mental
dessas crianças, né? Qual foi o os maiores desafios nessa questão toda? Por conta
de estarem, né? Recluso, de não ter o contato.
00:02:40 ENTREVISTADA 3
Sim, sim, sim. O que que foi que a gente observou muito no retorno?
Eles voltaram muito Agressivos, desamparados. Hã? Como é que eu vou te
explicar? A carência, até mesmo a carência afetiva, muitas vezes até a fome. Isso aí
a gente percebeu bastante. Foi um desafio para a gente poder resgatar todos esses
alunos... bom tu sabe, né, bem difícil.
00:03:32 EMMA
Perfeito, então. E como que a escola lida com casos de bullying e outros
comportamentos prejudiciais a saúde mental dos alunos?
00:03:45 ENTREVISTADA 3
Essa não é muito minha parte...
00:03:46 EMMA
Mas dentro do que tu participa...
00:03:47 ENTREVISTADA 3
Tudo que bem é.
41
interagir também com outros profissionais da área da saúde pra gente poder atender
esses alunos que estão sofrendo com bastante sofrimento de saúde mental, Assim,
que está bem, assim acentuado, assim está vindo muita demanda de alunos...não
digo só...As crianças com problemas de saúde mental, assim, é o transtorno, essa
Doença, doença mental Assim... que a sociedade está, meio que a gente está
vivendo tudo isso também, ta nos levando a ampliar mais o nosso conhecimento
dessa... e a busca de soluções na área da saúde também...
00:07:16 EMMA
Perfeito, então são essas, claro, com certeza, são essas perguntas. Eu dou
sempre, nenhuma, uma. Abro um momento, se quer acrescentar alguma coisa mais,
assim em relação à saúde mental infantil, se tem algum, algum ponto específico que
queira comentar.
00:07:33 ENTREVISTADA 3
É isso que eu te falei, né? A gente agora sente a demanda, está muito
grande, né? Porque antes, né? Quando eu trabalhava na apai, eu trabalhei 20 anos
na apai... Eu chegava ali. Eu só tinha um trabalho assim, né? Tinha reunião porque
o aquele aluno chegava primeiro ir no neurologista. O neurologista passava pela
psicóloga. Da psicóloga ia para a T.O,né... e a gente no final, fazer uma avaliação
com o Pedagogo, no final A gente fazia Uma reunião, um estudo de caso se esse
aluno é pra estar na turma tal. E aí a gente? Faz a nossa parte. Só que agora está
muito difícil. Está difícil por quê, E o mais agravante, assim, ó. Para onde eu vou
encaminhar esse aluno? Um está com problemas emocionais? Aonde que a gente
vai pedir Socorro? Para onde que A escola vai encaminhar. Entendeu? Às vezes a
gente fica perdida. Às vezes tu quer tentar, solucionar, tu quer sanar a situação de
um determinada situação, mas tu não tem aquele Amparo, né? Meu caso alunos de
inclusão, se for ver a gente está sozinho. Você não tem onde recorrer, né? A então
tá... olha a situação da turma do ***, vai encaminhar para onde?? Onde está o
psicólogo, onde é que está um profissional? Há? Não, mas a gente encaminha via
posto. Mas ele...Não, mas tem que esperar até ser chamado, mas até tu ser
chamado...Aí fica perdida porque eu, a minha área é essa. Eu atendo até ali, mas e
depois, quem é que vai dar o suporte? Como é que vai? No caso da turma, né?
Quem é que vai dar esse suporte? Tudo? além de nós, porque às vezes foge da
nossa alçada. E aí, quem é que vai nos socorrer? Essa situação que eu vejo que eu
43
sinto que às vezes a gente está... não tem Aquele Amparo que nós deveríamos ter.
Eu acho que tem que ter muito profissional.
Muito profissional, acho que para poder acolher todas as as... Essa grande
demanda, que está muito grande essa demanda da decisão.
00:10:02 EMMA
Tu acha que aumentou essa demanda após pós pandemia?
00:10:05 ENTREVISTADA 3
Com certeza, muito. Talvez antes não Era tanto, mas agora também pós
pandemia foi bastante...Agora, esse de fica dentro de casa, não tem Liberdade,
imagina 2 anos. O ***, como é que foi o *** ficar os 2 anos, que ele tinha uma
Liberdade de brincar, dia que ele teve que ficar dentro de casa? O ** ta no segundo
ano né? No primeiro, ele tinha que assistir aula pelo computador.
Não, não chegou a.
Não, minto. Desculpa, ele não pegou isso, entendeu?
00:10:40 EMMA
Mas ele fez a creche pelo computador.
00:10:43 ENTREVISTADA 3
Tu imagina se ficar 4 horas pelo computador? Ele conseguiu ficar sentado?
Então isso tudo foi um desafio para nós, profissional, para pais... E para a
criança..
Mas estamos aí.
00:10:57 EMMA
Tá certo, então, okay.
00:11:00 EMMA
eu me chamo Emanuelle, sou aluna do cardiologia do curso técnico de
enfermagem e hoje é dia 12 do mês 7 de 2023.
Arquivo de áudio
WhatsApp-Audio-2023-07-26-at-19.51.02-_3_.mp3 FREDDI
00:00:01 ENTREVISTADA 4
Então vou responder aqui, desculpa horário, né? Tô conseguindo parar agora
vou. Espero que as respostas sejam satisfatórias. Mas lembrando também em
algumas das respostas, eu comento ali nessa questão que eu estou na escola há
pouco tempo, né?
44